CASO CLÍNICO 7

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CASO CLÍNICO 7
Anestesia Venosa Total para Colecistectomia
Videolaparoscópica
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Dr. José Eduardo Bagnara Orosz
CRM: 88119 SP
Corresponsável pelo CET / SBA - PUC Campinas
Mestre em Anestesiologia pela FM Botucatu – UNESP
Membro da Comissao Científica da SAESP
Presidente do Comite de Anestesia Ambulatorial da SBA
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CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
Colelitíase
Comorbidades associadas: ASA II por dislipidemia
DADOS DEMOGRÁFICOS
Paciente: RBS, 48 anos, sexo feminino
RBS, 48 anos, sexo feminino
Medicações em uso: Sinvastatina
CIRURGIA PROPOSTA
Colecistectomia videolaparoscópica
Exame Físico: P78 kg, 167cm, IMC: 28 kg.m-2
• Bom estado geral, corada, hidratada, eupneica,
orientada, sem edemas.
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• Ausculta precordial e torácica sem alterações.
PA:122x78 mmHg, FC:76 bpm.
• Abdome flácido, indolor à palpação.
- LDL: 71 mg.dL-1
- VLDL: 144 mg.dL-1
- HDL: 32 mg.dL-1
• Mallampati grau 2, boa mobilidade cervical, distância tireomentoniana 8 cm.
Linha do Tempo (minutos)
• Sem antecedentes relevantes.
1 - Início infusão IV propofol – alvo 6 µg.mL-1
• Exames laboratoriais com valores alterados:
3 - Perda consciência
- triglicérides: 221 mg.dL-1
- colesterol total: 247 mg.dL-1
Início infusão remifentanil - 1µg.kg-1 em 1 minuto
IV
Bolus de rocurônio - 1,2 mg.kg-1 IV
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5 - IOT
Reajustada infusão remifentanil para 0,25 µg.kg-1.
min-1 IV
6 - Alvo do propofol reajustado para 4 µg.mL-1
10 - Incisão da pele
Titulação da infusão remifentanil conforme parâmetros hemodinâmicos
40 - Rocurônio 0,1 mg.kg-1 IV
50 - Morfina 0,1 mg.kg-1 IV
70 - Término da sutura da pele
interrompida infusão de remifentanil e propofol
75 - Término do curativo
reversão do rocurônio
79 - Extubação
98 - Chegada à SRPA
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Técnica anestésica e evolução pós-anestésica
Proposta anestesia geral venosa total, com infusão
alvo-controlada de propofol - Diprivan® PFS 2%, por
tratar-se de técnica segura, de fácil administração e
grande estabilidade perioperatória, recuperação rápida com mínimos efeitos adversos, e grande satisfação
do paciente.1,2
A monitorização constou de eletrocardioscópio, oxímetro de pulso, pressão arterial não invasiva, capnógrafo e termômetro esofágico. Obtido acesso venoso
com cateter G20 em membro superior esquerdo.
A anestesia geral foi iniciada com pré-oxigenação sob
máscara facial, com O2 a 100% por 3 minutos, seguida
de indução da hipnose, através de infusão alvo-controlada de propofol, com uso de Diprifusor™.
A bomba foi programada com alvo plasmático de 6
µg.mL-1. Iniciou-se a infusão acompanhando na tela
da bomba a evolução da concentração estimada no
local de efeito. Observou-se inconsciência com concentração de 3,1 µg.mL-1, quando foi perdido o contato verbal com a paciente. Iniciou-se bolus de 1 µg.kg-1
de remifentanil, administrado em 1 minuto, e de 1,2
mg.kg-1 de rocurônio, seguidos de infusão de 0,3
µg.kg-1.min-1 do opioide. Ao constatar-se satisfatório
relaxamento muscular, procedeu-se à laringoscopia e
intubação traqueal, sem ventilação com pressão positiva sob máscara facial.
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Após ausculta bipulmonar e fixação da sonda traqueal, reajustou-se a concentração alvo de propofol
no Diprifusor™. Ao valor observado no momento da
perda de consciência (3,1 µg.mL-1 ) somou-se 30%, a
fim de se obter a concentração de efeito mínima de
manutenção durante a anestesia geral (4,0 µg.mL-1).
Assim, a manutenção da hipnose foi realizada com a
concentração alvo de 4 µg.mL-1 de propofol no plasma, associada à infusão contínua de remifentanil, variando entre 0,1 e 0,4 µg.kg-1.min-1, e oxigênio em FiO2
de 0,6. Ajustes na infusão de remifentanil foram feitos
conforme necessidade, de acordo com as variações
hemodinâmicas e da intensidade do estímulo nociceptivo. Novo bolus de 0,1 mg.kg-1 de rocurônio foi
administrado após 40 minutos da indução anestésica.
Foram administrados ainda ranitidina 50 mg, cetoprofeno 100 mg e 8 mg de morfina, diluídos na primeira
unidade de cristaloide, infundida EV durante a indução anestésica. Ao término da sutura da pele, foram
interrompidas as infusões de propofol e remifentanil
e, após a conclusão do curativo, realizada reversão do
bloqueio neuromuscular com atropina 1,25 mg EV e
neostigmina 2,5 mg EV.
A extubação ocorreu 9 minutos após a interrupção
da infusão de propofol, com a paciente acordada e
tranquila, orientada e com bom volume corrente. Foi
encaminhada à sala de recuperação conversando,
tendo alta para o quarto após 60 minutos, sem qualquer queixa.
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1. Quais os cuidados a serem tomados na
videolaparoscopia abdominal?
Apesar de gerar estimulação nociceptiva de
intensidade inferior, se comparada à laparotomia,
demandando menores doses totais de analgésicos,
a laparoscopia exige controle preciso do plano
anestésico e pleno relaxamento muscular, tanto da
parede abdominal como do diafragma. Dessa forma
se obtém boa visualização das vísceras e amplo
campo operatório, o que confere não apenas maior
conforto e facilidade ao cirurgião, mas também
relevante ganho em segurança para o paciente.
Mas o pneumoperitônio produz compressão de
vasos abdominais, dificultando o retorno venoso,
sobretudo de membros inferiores e vísceras. Assim,
pode causar distúrbios hemodinâmicos, com redução
do débito cardíaco e hipotensão arterial. O aumento
da pressão intra-abdominal tende também a elevar
o diafragma, dificultando a ventilação pulmonar.
Gera maior pressão nas vias aéreas e redução da
capacidade residual funcional, o que aumenta
o shunt alveolar, prejudicando a hematose, com
dessaturação de oxigênio e hipercapnia. Contribui
ainda para a elevação da PaCO2 e absorção do CO2
na cavidade.3
2. A anestesia venosa total tem indicação para
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este caso? Por quê?
Frente ao potencial para produzir alterações
cardiovasculares, intrínseco à técnica cirúrgica, a
possibilidade de melhor controle hemodinâmico
oferecida pela anestesia venosa total traz evidente
vantagem em relação à técnica balanceada, à medida
que o propofol produz menor depressão miocárdica
em relação aos anestésicos halogenados, sobretudo
o halotano.4
Além disso, como há prejuízo à ventilação pulmonar,
utilizar apenas anestesia venosa, que não depende
da via respiratória para administração, constitui outro
benefício, pois alteração da ventilação pulmonar
que dificulta a hematose pode também prejudicar
a administração adequada de anestésico inalatório.
Quantidade insuficiente de anestésico disponível
ao sistema nervoso central pode ser causa de plano
anestésico inadequado, com risco de despertar
e memória intraoperatória, desencadeamento
de respostas neuroendócrinas, estimulação do
sistema nervoso autônomo simpático, distúrbios
hemodinâmicos, hiperglicemia e acidemia.5,6
Alguns procedimentos cirúrgicos apresentam maior
incidência de náuseas e vômitos pós-operatórios,
que estão entre as complicações mais temidas pelos
pacientes. Esse é o caso das cirurgias laparoscópicas.
Também nesse aspecto a manutenção da anestesia
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com Diprivan® apresenta-se como grande vantagem,
uma vez que, sobretudo em infusão contínua, o
propofol apresenta efeitos antieméticos, ao contrário
do que ocorre com os anestésicos halogenados.7,8
3. Como deve ser realizada a indução e a
manutenção neste caso? Por quê?
A indução deve priorizar o equilíbrio hemodinâmico, a fim de evitar vasodilatação periférica acentuada
e hipotensão arterial, efeitos adversos do propofol
que, no entanto, são doses dependentes. A técnica
de infusão alvo-controlada (TCI - Target Controlled
Infusion) caracteriza-se por menores doses de indução, se comparada à técnica combinada, ou mesmo
à técnica manualmente controlada (MCI). Dessa forma, a TCI oferece melhor controle hemodinâmico,
pela utilização de doses mais precisas, calculadas
pela bomba de acordo com o modelo farmacocinético que utiliza, sendo no Diprifusor™ o modelo de
Marsh.9-10
No caso descrito, como se trata de paciente não
idosa, sem comprometimento importante da reserva cardiovascular funcional, optou-se por abreviar a
fase de indução anestésica, programando a bomba
de infusão com a concentração alvo de 6 µg.mL-1, superior ao que usualmente se necessita para perda da
consciência, em torno de 4 µg.mL-1. Como o bolus
inicial infundido pela bomba é proporcional ao alvo
escolhido, a maior rapidez de indução possibilitou
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também que se tentasse fazer a intubação traqueal
sem ventilação, com pressão positiva sob máscara
facial, a fim de se evitar distensão gástrica, que poderia prejudicar o campo visual do cirurgião.
Durante a indução, foi possível determinar a concentração plasmática que deveria ser usada para manutenção da anestesia, ao se observar que com o valor
estimado de 3,1µg.mL-1 a paciente perdeu a consciência. Esse valor aparece como ”efeito” na terceira
linha da tela exibida após o início da infusão, pressionando-se a tecla, localizada logo abaixo do botão
giratório do Diprifusor. Considerando-se a existência
da variabilidade interpessoal, é prudente somar-se
ao valor obtido uma margem de segurança de 30%,
o que permite redução do risco de despertar e de
memória intraoperatória, resultando na concentração plasmática usada para manutenção (4 µg.mL-1),
reajustada após a intubação traqueal.11
No transcorrer da cirurgia, é essencial adequar a
analgesia oferecida à intensidade do estímulo doloroso vigente, sobretudo quando se usa opioide de
ultra curta duração, como o remifentanil, como fármaco único para prover analgesia.
4. Como se deve proceder ao final da anestesia?
À medida que a cirurgia se aproxima do final e passa
às fases de menor estimulação nociceptiva, como
as suturas de pele, é possível fazer uma redução
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progressiva da concentração plasmática de propofol,
para se reduzir tanto o tempo de despertar ao final da
infusão, como eventuais efeitos adversos resultantes
de dose total além da necessária. Para tanto, podese retornar ao alvo próximo daquele em que houve
perda da consciência, desde que se mantenha
analgesia suficiente.12 Em tese, as concentrações em
que ocorrem a perda de consciência e o despertar
são as mesmas, exceto se houver ainda quantidades
residuais de outros fármacos no plasma, suficientes
para haver somatória ou sinergia de efeito.13
5. Qual a técnica de analgesia pós-operatória que
pode ser utilizada?
Analgesia pós-operatória de boa qualidade pode
ser alcançada com anti-inflamatórios (AI) esteroidais
e não hormonais, nas cirurgias com dor de pequena
a moderada intensidade. Para procedimentos com
maior dor está indicada a técnica multimodal, quando
se associam, além de AI, opioides como morfina e
metadona, na dose de 0,1 mg.kg-1, administrados
IV cerca de 30 e 60 minutos antes do final do
procedimento, respectivamente. Outros opioides de
latência mais curta, como tramadol, na dose de 1mg.
kg-1 IV, também oferecem analgesia pós-operatória
de boa qualidade, mas de menor duração.
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6. Há vantagem na utilização da apresentação de
Diprivan® PFS 2%?
Diprivan® PFS 2% apresenta 20 mg.mL-1, mas com a
mesma quantidade de lipídeos por mL, comparada
ao PFS 1%. Dessa forma, para administrar determinada dose, usando PFS 2% infunde-se metade do
volume que se necessitaria de propofol 1% e, consequentemente, também metade da quantidade de
lipídeos.
Em pacientes dislipidêmicos, a manutenção da anestesia com propofol 2% constitui vantagem adicional
em comparação às apresentações a 1%, pela menor
elevação da trigliceridemia durante e após a infusão.15,16 Essa vantagem pode ser ainda mais impor-
tante em pacientes obesos, que apresentam maior
incidência de esteatose hepática, já que os lipídeos
presentes na emulsão de propofol dependem de
metabolização hepática.17
Pacientes em estado grave ou aqueles submetidos
a quaisquer cirurgias de longa duração, quando é
usada maior dose total, também podem se beneficiar do fato de receberem 50% menos lipídeos, sem
custos adicionais.18
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Referências Bibliográficas: 1. Myles PS, Leslie K.
Patient satisfaction after anaesthesia and surgery:
results of a prospective survey of 10811 patients.
Br J Anaesth 2000: 6-10. 2. Palomba R et al. Comparison between balanced anesthesia and total
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Minerva Anestesiol. 1994; 60(11):669-74 3. Luiz
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and total intravenous anaesthesia Gent. Academia
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Br J Anaesth, 1995;75:562-566. 11. Schuttler J,
Ihmsen H - Population pharmacokinetics of propofol: a multicenter study. Anesthesiol, 2000; 92:727738. 12. Servin FS, Marchand-Maillet F, Desmonts
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emprego da metadona ou da clonidina no intraoperatório para controle da dor pós-operatória
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a high-dose propofol infusion affect lipid metabolism in man? European Journal of Anaesthesiology 1991;8(6):500-1. 16. Magana JJJ, Zapata GFL,
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triglycerides during propofol infusion for induction
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procedures. Revista Mexicana de Anestesiologia
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obesidade, em: Garrido Jr AB, et al. - Cirurgia da
Obesidade. São Paulo, Atheneu, 2002;9-12. 18.
Coetze A, et al. Effect of 1% and 2% propofol on
blood lipids during long-term sedation. South Africa Medical Journal 2002; 92:911-6.
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Diprivan® 1% e 2% (propofol)
Diprivan® (propofol) é um agente de anestesia geral de curta duração, com rápido início de ação de aproximadamente 30 segundos. Indicações: Diprivan é um agente anestésico intravenoso de curta ação, adequado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos cirúrgicos. Pode também ser
usado para a sedação de pacientes adultos ventilados, que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva e, também, para sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico. Contraindicações: Diprivan é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente
de sua fórmula; para sedação em crianças com menos de 3 anos de idade com infecção grave do trato
respiratório, recebendo tratamento intensivo e para sedação de crianças de todas as idades com difteria
ou epiglotite, recebendo tratamento intensivo. Cuidados e Advertências: Advertências: Quando Diprivan
é administrado para sedação consciente, procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico, os pacientes devem
ser continuamente monitorados para sinais precoces de hipotensão, obstrução das vias aéreas e dessaturação de oxigênio. Quando Diprivan é usado para sedação durante procedimentos cirúrgicos, podem
ocorrer movimentos involuntários dos pacientes. Durante procedimentos que requerem imobilidade, esses movimentos podem ser perigosos para o local cirúrgico. A liberação do paciente da sala de recupera8/22/11 1:21 PM
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ção requer atenção especial, de modo a assegurar a completa recuperação da anestesia geral. Assim
como com outros agentes anestésicos intravenosos, deve-se tomar cuidado em pacientes com insuficiência cardíaca, respiratória, renal ou hepática, pacientes hipovolêmicos ou debilitados. Diprivan não possui
atividade vagolítica e tem sido associado com relatos de bradicardia (ocasionalmente profunda) e também
assístole. Deve-se considerar a administração intravenosa de um agente anticolinérgico antes da indução
ou durante a manutenção da anestesia, especialmente em situações em que haja probabilidade de predominância do tônus vagal ou quando Diprivan for associado a outros agentes com potencial para causar
bradicardia. Quando Diprivan for administrado a um paciente epiléptico, pode haver risco de convulsão.
Deve-se dispensar cuidado especial aos pacientes com disfunções no metabolismo de gordura e em outras condições que requeiram cautela na utilização de emulsões lipídicas. A necessidade de zinco suplementar deve ser considerada durante a administração prolongada de Diprivan, particularmente em pacientes que tenham predisposição à deficiência em zinco, tais como aqueles com queimaduras, diarreia e/ou
sépsis. O uso de Diprivan utilizando-se o sistema TCI DIPRIFUSOR é restrito à indução e manutenção de
anestesia geral, sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico e sedação de pacientes adultos ventilados, que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva. O sistema TCI DIPRIFUSOR
não é recomendado para uso em crianças. A administração de Diprivan 2% por injeção em bolus não é
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recomendada. Uso durante a gravidez e a lactação: Categoria de risco na gravidez: B. Diprivan não deve
ser usado durante a gravidez. Todavia, este produto foi usado durante interrupção da gestação no primeiro trimestre, quando indicada. A segurança para o neonato, quando do uso de Diprivan em mulheres que
estejam amamentando, não foi estabelecida. Diprivan atravessa a placenta e pode estar associado à depressão neonatal. O produto não deve ser utilizado em anestesia obstétrica. Interações medicamentosas:
recomenda-se que os bloqueadores neuromusculares atracúrio e mivacúrio, não devem ser administrados
na mesma via IV antes de se eliminar os indícios de Diprivan. Doses menores de Diprivan podem ser necessárias em situações em que a anestesia geral é utilizada como um adjunto às técnicas anestésicas regionais. (para maiores informações vide bula completa do produto). Reações adversas: As reações adversas
mais comumente informadas são efeitos colaterais farmacologicamente previsíveis de um agente anestésico, como a hipotensão, dor local em indução, bradicardia, apneia transitória durante a indução, náusea e
vômito durante a fase de recuperação, dor de cabeça durante a fase de recuperação, sintomas de abstinência em crianças, ruborização em crianças (outras reações adversas vide bula completa do produto).
Posologia: Adultos: Indução de anestesia geral: Diprivan 1% pode ser usado para induzir anestesia através
de infusão ou injeção lenta em bolus. Diprivan 2% deve ser usado para induzir anestesia através de infusão
e somente naqueles pacientes que receberão Diprivan 2% para manutenção de anestesia. Administrar
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aproximadamente 40 mg a cada 10 segundos em adulto razoavelmente saudável, por injeção em bolus ou
por infusão, até que os sinais clínicos demonstrem o início da anestesia. Manutenção de anestesia geral: A
profundidade requerida da anestesia pode ser mantida pela administração de Diprivan por infusão contínua ou por injeções repetidas em bolus.- Infusão contínua – Diprivan 1% ou Diprivan 2% podem ser usados.
A velocidade adequada de administração varia consideravelmente entre pacientes, mas velocidades na
faixa de 4 a 12 mg/kg/h, normalmente mantêm a anestesia satisfatoriamente. Injeções repetidas em bolus
– recomenda-se que apenas Diprivan 1% seja utilizado. Se for utilizada a técnica que envolve injeções repetidas em bolus, podem ser administrados aumentos de 25 mg (2,5 mL) a 50 mg (5 mL), de acordo com a
necessidade clínica. Sedação na UTI: A velocidade de infusão deve ser ajustada de acordo com a profundidade necessária de sedação, sendo que velocidades em torno de 0,3 a 4,0 mg/kg/h devem produzir sedação satisfatória. Sedação consciente para cirurgia e procedimentos de diagnóstico: A maioria dos pacientes necessitará de 0,5 a 1 mg/kg por aproximadamente 1 a 5 minutos para iniciar a sedação. A manutenção da sedação pode ser atingida pela titulação da infusão de Diprivan até o nível desejado de sedação
– a maioria dos pacientes irá necessitar de 1,5 a 4,5 mg/kg/h. Adicional à infusão, a administração em bolus
de 10 a 20 mg pode ser usada se for necessário um rápido aumento na profundidade da sedação. Crianças:
Administração de Diprivan por sistema TCI DIPRIFUSOR não é recomendado para uso em crianças. Indu8/22/11 1:21 PM
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ção de anestesia geral: A dose deve ser ajustada em relação à idade e/ou ao peso. A maioria dos pacientes
com mais de 8 anos provavelmente irá necessitar aproximadamente 2,5 mg/kg de Diprivan para a indução
da anestesia. Manutenção da anestesia: A profundidade necessária de anestesia pode ser mantida pela
administração de Diprivan por infusão ou por injeções repetidas em bolus. É recomendado que somente
Diprivan 1% seja usado se forem usadas injeções repetidas em bolus. Geral: A velocidade necessária de
administração varia consideravelmente entre os pacientes, no entanto, a faixa de 9 a 15 mg/kg/h normalmente produz anestesia satisfatória. Idosos: Em pacientes idosos, a dose de Diprivan necessária para a
indução de anestesia é reduzida. Sistema TCI DIPRIFUSOR: Indução e manutenção da anestesia geral: Em
pacientes adultos com idade abaixo de 55 anos a anestesia pode normalmente ser induzida com concentrações alvo de propofol em torno de 4 a 8 mcg/mL. Uma concentração alvo inicial de 4 mcg/mL é recomendada em pacientes pré-medicados e, em pacientes sem pré-medicação, a concentração alvo inicial
recomendada é de 6 mcg/mL. O tempo de indução com estas concentrações alvo é geralmente de 60-120
segundos. As concentrações alvo podem então ser aumentadas na proporção de 0,5 a 1,0 mcg/mL em
intervalos de 1 minuto a fim de se atingir uma indução gradual de anestesia. Sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico: Em geral, serão necessárias concentrações sanguíneas de propofol no intervalo de 0,5 a 2,5 mcg/mL. O ajuste da concentração alvo deve ser titulado conforme a resposta
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do paciente, para obter a profundidade de sedação consciente desejada. Sedação na UTI: Em geral, serão
necessárias concentrações sanguíneas de propofol no intervalo de 0,2 a 2,0 mcg/mL (para informações
mais detalhadas da posologia vide bula completa do produto). Superdose: É possível que a superdosagem
acidental acarrete depressão cardiorrespiratória que deve ser tratada através de ventilação artificial com
oxigênio. A depressão cardiovascular requer a inclinação da cabeça do paciente e, se for grave, o uso de
expansores plasmáticos e agentes vasopressores. Apresentações: Diprivan 1% emulsão para injeção via
intravenosa é apresentado em embalagens com 5 ampolas contendo 20 mL ou 1 frasco-ampola contendo
50 ou 100 mL e embalagem com 1 seringa pronta para uso contendo 50 mL. Diprivan 2% emulsão para
injeção via intravenosa é apresentado em embalagem com 1 frasco-ampola contendo 50 mL ou embalagem com 1 seringa pronta para uso contendo 50 mL. USO ADULTO (Diprivan PFS 1% e 2% seringas prontas
para uso) e CRIANÇAS ACIMA DE 3 ANOS (Diprivan 1% e 2% frascos-ampolas e ampolas). VIA INTRAVENOSA. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.
USO RESTRITO A HOSPITAIS. Para maiores informações, consulte a bula completa do produto (CDS 11.06
Janeiro/08). AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia - SP - CEP 06707-000 Tel.:
0800-0145578. www.astrazeneca.com.br Diprivan®. MS – 1.1618.0011
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Contraindicações: Diprivan® é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade
conhecida a qualquer componente de sua fórmula.
Interações medicamentosas: recomenda-se que os bloqueadores neuromusculares
atracúrio e mivacúrio, não devam ser administrados na mesma via IV antes de se
eliminar os indícios de Diprivan®.
Diprivan® (propofol) é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou
opere máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar prejudicadas.
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Para uma anestesia geral confiável e eficaz,
siga por estas 3 direções:
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1- Servin, F. S. TCI compared with manually controlled infusion of propofol: a multicentre study [Target Controlled Intravenous
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