Mulher já pode doar óvulo para cobrir parte do tratamento de

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Mulher já pode doar óvulo para cobrir parte do tratamento de fertilização - vida - saude - Estadão
13:27 • 9 MAIO DE 2013
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Mulher já pode doar óvulo para cobrir
parte do tratamento de fertilização
Para Conselho Federal de Medicina, trata-se de ato de solidariedade e não prática mercantil
09 de maio de 2013 | 10h 40
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Resolução do Conselho Federal de Medicina
(CFM) que entra em vigor hoje altera as
regras para a fertilização assistida no País,
abrindo espaço para a doação compartilhada.
Ela também regulamenta o limite de idade
para pacientes, a idade para doação de
óvulos e espermatozoides e estabelece a
permissão de forma clara do uso da técnica
por casais do mesmo sexo.
A doação compartilhada prevê que pacientes
interessadas em fazer a fertilização assistida
doem parte de seus óvulos a outras pacientes
A doação de parte dos óvulos seria para outras pacientes
que não têm como produzí-los
que não têm como produzi-los. Essas, em
troca, financiam parte do tratamento das
doadoras. "Não é prática mercantil. É ato de
solidariedade", afirma o presidente em exercício do CFM, Carlos Vital Correa Lima.
Divulgação
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,mulher-ja-pode-doar-ovulo-para-cobrir-parte-do-tratamento-de-fertilizacao-,1030136,0.htm[09/05/2013 13:28:37]
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Mulher já pode doar óvulo para cobrir parte do tratamento de fertilização - vida - saude - Estadão
O presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, Adelino Amaral, defende
a medida e afasta a possibilidade de se formar um banco de doadoras ou uma espécie de
ação para recrutar pacientes. Segundo ele, a troca é ofertada para pacientes que
espontaneamente procuram a clínica, mas que não têm condições de arcar com o preço
do tratamento, de até R$ 20 mil. Cerca de 50% desse valor é gasto só com o estímulo
para produção de óvulos. Essa parte do tratamento é que seria paga pela receptora.
Já a professora da Universidade de Brasília Débora Diniz considera que o CFM não
poderia fazer esse tipo de regulação. "O governo dispõe de um serviço gratuito. O
compartilhamento de óvulos em troca financeira é algo que está longe de ser o ideal",
afirma. Ela observa que toda a lógica da regulação brasileira impede a cobrança por
doações, seja de órgãos, seja de sangue. "E para óvulos não pode ser diferente." Para ela,
a troca dos óvulos por parte do tratamento desrespeita toda a noção de altruísmo.
Amaral, no entanto, observa que o sistema público não tem condições de atender a toda
a demanda. "Estima-se que 5% das fertilizações assistidas no País sejam feitas no
sistema público de saúde. A espera chega a ser maior do que um ano."
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Limites
A resolução ainda deixa claro o limite de embriões a ser implantados na paciente. O
número varia de acordo com a idade da doadora e não da paciente que vai receber os
embriões. A regra, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução
Assistida, Adelino Amaral, tem como objetivo reduzir o número de gestações múltiplas,
de maior risco tanto para gestantes e bebês. "Pacientes mais velhas têm probabilidade
menor de engravidar. Por isso, a partir de determinada idade da doadora, é preciso
aumentar os implantes."
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De acordo com o presidente da câmara que analisou as mudanças, Hiran Gallo, mulheres
com mais de 40 anos tem probabilidade de engravidar de 10%; no caso das de 35 anos, a
probabilidade é de 40%.
Outra mudança é oficializar a chamada tipagem HLA, para selecionar embriões livres de
doenças encontradas na família e, ao mesmo tempo, compatível com o paciente. "Isso
pode permitir que a criança, ao nascer, possa até ser doadora e ajudar no tratamento do
paciente", afirma Gallo. "E está longe de ser antiético. A mulher acaba aliando seu desejo
de procriar com a possibilidade de tratar outro filho, por exemplo."
Lima defendeu as mudanças. "Precisávamos de regras mais atuais", afirma.
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Tópicos: Saúde, Fertilização, Reprodução
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