ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO .............................................................................................. 3 MERCADO BANCÁRIO................................................................................................................................. 10 CRÉDITO AGRÍCOLA – EVOLUÇÃO RECENTE E PERSPECTIVAS.................................................. 14 CCAM DO DOURO, CORGO E TÂMEGA.................................................................................................. 20 ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS.......................................................................................................... 20 EVOLUÇÃO DAS CONTAS ....................................................................................................................... 22 SITUAÇÃO LÍQUIDA..................................................................................................................... 23 CRÉDITO VENCIDO ..................................................................................................................... 24 CRÉDITO VENCIDO ..................................................................................................................... 25 DEPÓSITOS DE CLIENTES ............................................................................................................ 27 DIVERSIFICAÇÃO DE PRODUTOS FINANCEIROS .......................................................................... 29 IMOBILIZADO .............................................................................................................................. 30 CONTAS DE RESULTADOS ........................................................................................................... 31 MARGEM FINANCEIRA ................................................................................................................ 31 PRODUTO BANCÁRIO .................................................................................................................. 32 CUSTOS ADMINISTRATIVOS ........................................................................................................ 33 CASH-FLOW ................................................................................................................................ 34 RESULTADOS DO EXERCÍCIO ...................................................................................................... 34 AFECTAÇÃO DE RESULTADOS ................................................................................................................. 35 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................... 37 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .......................................................................................................... 38 ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ..................................................... 41 PARECER DO CONSELHO FISCAL ........................................................................................................... 97 PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO ............................................................................................... 98 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS..................................................................................................... 100 ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CCAM ................................................. 102 De acordo com o preceituado na Lei e nos Estatutos, vem Administração da o Conselho Caixa de de Crédito Agrícola Mútuo de Douro, Corgo e Tâmega, submeter para aprovação, os Relatório e Contas referentes ao exercício de 2010, bem como as propostas para aplicação dos resultados do exercício. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO A envolvente macroeconómica continua a apresentar-se complexa para as condições de exploração das instituições financeiras. Apesar de se admitir que, no plano internacional, o ponto mais crítico da actual recessão a nível internacional tenha sido atingido entre o final de 2008 e os primeiros trimestres de 2009, verificou-se em 2010 uma grande disparidade no comportamento das principais economias. Com efeito, a reanimação que se observou na parte final de 2009 e no princípio de 2010 assentou em grande medida na manutenção de um crescimento robusto em economias emergentes – como a China, que deve ter crescido 10,3% em 2010, a Índia, com um crescimento neste ano de 9,7%, e o Brasil com um crescimento de 7,5%. Como se sabe, a China tornou-se recentemente a segunda maior economia a nível mundial, em termos do valor do PIB global, embora ainda a grande distância dos EUA. Evolução da Economia Mundial Taxas de crescimento ∆% PIB 2006 2007 2008 2009 2010 [Est.] 2011 [Proj.] 3,0 2,7 0,2 -3,4 3,0 2,5 EUA 2,8 2,1 0,0 -2,6 2,8 3,0 Japão 2,4 2,3 -1,2 -6,3 4,3 1,6 Zona Euro 2,8 2,7 0,5 -4,1 1,8 1,5 7,9 8,3 6,0 2,6 7,1 6,5 China 11,6 13,0 9,6 9,2 10,3 9,6 Índia 9,8 9,4 6,4 5,7 9,7 8,4 Países Desenvolvidos Paises em Desenvolvimento Rússia 7,4 8,1 5,2 -7,9 3,7 4,5 Brasil 3,8 5,7 5,1 -0,6 7,5 4,5 Economia Mundial 5,1 5,2 2,8 -0,6 5,0 4,4 ∆% Comércio Munidal* 9,3 7,3 3,0 -10,7 12,0 7,1 * Bens e serviços Fonte: FMI, Wordl Economic Outlook (Update, Janeiro/11) _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 3 Este dinamismo das economias emergentes transmitiu-se às economias avançadas com sectores exportadores mais competitivos – v.g. a Alemanha, cujo crescimento em 2010 foi de 3,6% e Japão com 4,3%, e os próprios EUA (com um crescimento da ordem de 2,8%, no entanto considerado escasso face ao potencial produtivo e à evolução dos anos anteriores). A maioria das economias do continente europeu, e desde logo a Zona Euro no seu conjunto, continuaram porém a evidenciar fraco dinamismo (1,7% para o conjunto da Zona Euro, 1,6% para a França e 1% para a Itália, e contracção económica em Espanha, com o PIB a cair 0,2%). Evolução da Economia Europeia Taxas de crescimento ∆% PIB 2006 2007 2008 2009 2010 [Est.] 2011 [Proj.] Zona Euro 2,8 2,7 0,5 -4,1 1.8 1,5 Alemanha 3,0 2,5 1,0 -4,7 3,6 2,2 França 2,2 2,3 0,1 -2,5 1.6 1,6 Itália 1,8 1,6 -1,3 -5,0 1,0 1,0 Espanha 3,9 3,6 0,9 -3,7 -0,2 0,6 Fonte: FMI, Wordl Economic Outlook (Update, Janeiro/11) A desaceleração verificada na segunda metade do ano transacto nas economias avançadas foi consequência do esgotamento do impulso, que se fez sentir nos últimos meses de 2009 e início de 2010, da reconstituição dos stocks – os quais na parte final de 2008 e início de 2009 haviam sido massivamente reduzidos como reacção de pânico. Mas a desaceleração ficou também a dever-se a um certo arrefecimento nos países emergentes, em alguns dos quais as respectivas autoridades adoptaram recentemente medidas para fazer face ao sobreaquecimento da economia. O progressivo desmantelamento das medidas de estímulo fiscal em muitos países, agora - como consequência da crise - a braços com défices públicos muito expressivos, igualmente contribuiu para o afrouxamento registado. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 4 Impacto da crise financeira nas finanças públicas Saldo contas públicas/PIB (%) -0,2 -0,1 -3,3 2010 (E) -5,0 65,1 66,0 73,2 2010 (E) 78,8 Espanha +2,2 -3,9 -11,2 -9,8 -8,8 36,2 39,7 53,2 64,9 Irlanda +0,2 -7,2 -14,3 -11,7* -12,1 25,0 43,9 64,0 77,3 87,3 ___ -7,7 -13,6 -9,3 -9,9 ___ 99,2 115,1 124,9 133,9 2007 Alemanha Grécia 2008 2009 2011 (P) -4,7 Dívida Pública/PIB (%) 2007 2008 2009 2011 (P) 81,6 72,5 Reino Unido -2,6 -5,4 -11,5 -12,0 -10,0 44,1 52,0 68,1 79,1 86,9 Japão -2,5 -5,6 -6,9 -6,7 -6,6 187,7 172,0 189,2 193,5 194,9 EUA -2,9 -5,3 -11,0 -10,0 -9,9 62,9 70,7 84,0 93,6 102,5 Fonte: DI/Caixa Central com base na Moody’s Investment Services E/P: Estimativa/Previsão * Integrando o apoio do Estado Irlandês aos bancos em dificuldades, o défice sobe para o nível colossal de 32% do PIB. Neste estado de coisas, e sobretudo como consequência de o crescimento económico não estar a absorver o desemprego existente, que permanecia elevado (9,4%) e mostrava tendência de subida, as autoridades dos EUA decidiram manter em vigor as políticas de estímulo à actividade económica, incluindo a política monetária abertamente expansionista, deixando invariantes, no nível actual de praticamente 0%, as suas taxas directoras (fundos federais). Em paralelo prosseguiram com as cedências massivas de liquidez ao sistema bancário e à economia. Evolução da Euribor 3M e das Taxas Directoras da Zona Euro e dos EUA 6 5,5 5 4,5 4 % 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Jan-07 Abr-07 Jun-07 Set-07 Dez-07 Mar-08 Jun-08 Set-08 Dez-08 BCE (TAXA REDESCONTO) Mar-09 FED FUNDS Jun-09 Set-09 Dez-09 Mar-10 Jun-10 Set-10 Dez-10 Euribor 3M _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 5 Na Zona Euro, no entanto, apesar de as taxas de desemprego continuarem também persistentemente elevadas em vários países, o Banco Central Europeu, mantendo embora a sua taxa directora (taxa refi) em 1%, nível em que se encontra desde Maio de 2009, procedeu à inflexão da sua política monetária, começando a drenar, gradualmente, a liquidez injectada massivamente no sistema no auge da crise financeira. Em virtude deste reajustamento da política monetária na Zona Euro, as taxas euribor, que tinham descido para níveis esmagados, de quase 0% nos prazos mais curtos, encetaram uma paulatina recuperação, que, depois de um período ainda incerto, tem prosseguido nos últimos meses. No entanto, o possível reacendimento de tensões inflacionistas nos EUA e na Europa – no caso particular da Zona Euro a taxa de inflação homóloga mensal, ultrapassou, nos últimos meses já o target de 2% pelo qual o BCE norteia a sua política monetária – introduziria um factor de complicação na actual postura acomodatícia dos bancos centrais dos dois lados do Atlântico, obrigando-os a dar, desde já, também atenção à contenção da subida de preços. As declarações dos principais responsáveis têm ido, no entanto, no sentido de considerarem que a inflação ainda não é um problema. Assim, no caso particular da Zona Euro, não é de prever qualquer subida da taxa directora do BCE para os meses mais próximos. Neste contexto económico de fraco dinamismo e de acentuada incerteza, os mercados financeiros mantiveram uma marcada volatilidade, prevalecendo no sector obrigacionista uma atitude de aversão ao risco, com a correlativa fuga para a qualidade que afectou, e profundamente, o próprio mercado da dívida pública. No sector accionista, por seu turno, ocorreram nos últimos meses do ano significativos movimentos de correcção que anularam os ganhos iniciais, embora com comportamento diferenciado entre os principais mercados (os índices dos EUA e Alemanha subiram, no resto da Europa em geral regrediram). Face à conjuntura muito deprimida a nível internacional, a economia portuguesa registou uma estagnação em 2008 e uma acentuada contracção em 2009, ano em que o PIB decaiu 2,6%, evolução esta que, ao induzir uma forte redução das receitas do Estado e um _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 6 aumento súbito da despesa pública via subsídios de desemprego – a taxa de desemprego subiu para 10,8% e mantém tendência ascendente – provocou uma “crise fiscal”, agravada pelo afrouxamento, em 2009, do esforço de saneamento das contas públicas que vinha sendo seguido e pela situação estrutural de excessivo peso das despesas do Estado. O défice público em percentagem do PIB atingiu assim 9,3% em 2009 e projectava-se que ficasse em 8,3% em 2010, nível subsequentemente revisto para 7,3%, como reflexo das medidas entretanto adoptadas. No tocante à evolução dos preços na economia portuguesa, verifica-se uma tendência semelhante à que se descreveu para a Zona Euro, explicada pelos mesmos factores - subida do custo de produtos de base energéticos, industriais e alimentares -, a que, no caso português, poderá vir a acrescer o efeito do aumento do IVA. Assim, a taxa de inflação média em 2010 situou-se em 1,4%, contra a inflação negativa de -0,8% registada em 2009. Aliás, as variações mensais mais recentes, também à semelhança do que ocorre na Zona Euro, mostram uma subida mais vincada do índice de preços no consumidor. (Em Dezembro foi de 2,4%). Evolução das componentes do PIB v.h. em % 2006 Consumo Privado Consumo Público FBCF Exportações Importação PIB Procura Interna Export.Líquidas 2007 2008 2009 2010 Est. 2011 Prev. 1,1 1,6 1,8 -1,0 1,8 -2,7 -0,3 0,0 0,8 2,9 3,2 -4,6 -2,0 3,1 -1,8 -11,9 -5,0 -6,8 9,1 7,5 -0,3 -11,8 9,0 5,9 4,2 5,6 2,8 -10,9 5,0 -1,9 1,3 1,9 0,0 -2,6 1,3∗ -1,3** 0,3 1,6 1,2 -3,4 0,6 -3,9 1,0 0,3 -1,2 0,8 0,7 2,5 Fonte: • 2008, 2009: BdP, Boletim Económico, Outono 2010 • 2010,2011: BdP, boletim Económico, Inverno 2010 ∗ Números recentes do INE elevaram a variação do PIB para 1,4% **A projecção do Governo contida no OGE é de crescimento do PIB em 0,2%. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 7 O nível do défice público, aliado ao crescimento da sensibilidade ao risco da dívida soberana dos países periféricos da Zona Euro que actualmente se verifica, e que afectou fortemente os yield da dívida portuguesa, veio criar a necessidade de um considerável reforço das medidas correctivas do défice, com impacto inevitavelmente gravoso. Estas medidas vão, no imediato, e porventura por algum tempo no futuro, restringir consideravelmente o crescimento da economia nacional, afectando o nível de actividade das empresas e avolumando o desemprego, sendo necessário compensar o efeito negativo na procura interna através de uma maior dinâmica das exportações, que aliás têm tido ultimamente comportamento razoável, nomeadamente de produtos não tradicionais e para mercados fora da Zona Euro. Dívida Pública em % do PIB Défice Público em % do PIB 2006 2007 2008 -2,7% -2,7% 2009 2010(E) -4,0% 2004 2005 2006 2007 63,6% 64,7% 63,6% 2008 2009 2010(E) 2011(P) 2011(P) -4,6%* 58,3% 66,4% 77,2% -7,3% 82,1% 86,6% -9,3% Fonte: PEC (Março de 2010) e OE - 2011. Os níveis de dívida pública contemplados na revisão de Julho/2010 eram de 83,5% do PIB para 2010 e de 85,9% para 2011, os níveis respectivos são 82,1% e 86,6%. * OE - 2011 Os factores críticos para o comportamento das exportações prendem-se, naturalmente, com a melhoria da competitividade, que por sua vez depende do crescimento da produtividade – que exige medidas estruturais – e da contenção dos custos e da remuneração dos factores produtivos internos. A competitividade também depende, porém, da evolução do euro em relação às principais divisas, num quadro em que se especula sobre o ressurgimento de uma competição cambial entre os mais importantes pólos económicos. Em tal eventualidade, a subida do euro para além da cotação de 1€ = 1,35 USD, seria susceptível de prejudicar significativamente a evolução das nossas exportações, e de outros países da Zona Euro, e constituiria mais um factor de agravamento das dificuldades de ajustamento da economia nacional. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 8 Desemprego e Inflação Taxa de desemprego (%) Desemprego de longa duração (%) Desempregados (v.h.%) Inflação (IPC v.h.%)* da qual prod. energéticas bens alimentares 2007 2008 2009 2010 8,0 48,8 +4,9 7,6 49,8 -4,8 9,5 46,5 23,8 10,7* 54,2* 15,5* 2,5 2,6 -0,8 1,4 3,5 2,8 6,5 4,2 -8,0 -2,5 9,5 0,4 * Até Novembro Fonte: BdP, Indicadores de conjuntura, Set 2010 e Jan 2011 Boletim Económico Inverno 2010 De referir finalmente que o défice da balança corrente e de capital, que traduz a evolução do endividamento da economia portuguesa face ao exterior, registou em 2010, em percentagem do PIB, uma ligeira melhoria – descendo de 9,4% no ano anterior para 8,8% – , antevendo-se nova redução do défice (em % do PIB) em 2011 para 7,1%. No entanto, estes níveis de desequilíbrio mantêm-se excessivos, e são insustentáveis num cenário de subsistência de restrições ao financiamento externo da economia portuguesa. Balança Corrente e de Capital ( % do PIB) 2007 2008 2009 2010 (E) 2011 (P) -7,1 -8,1 -9,4 -8,8 -10,5 Fonte: BdP, Boletim Económico, Inverno/2010 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 9 MERCADO BANCÁRIO As perspectivas para o sector bancário que decorrem deste panorama macroeconómico são desfavoráveis no tocante à dinâmica e às condições gerais do negócio, na medida em que, à evolução quantitativamente desfavorável do crédito, se vão adicionar factores de risco, agravados pelas dificuldades da conjuntura, que tenderão a deteriorar a qualidade da carteira e a aumentar as imparidades. Evolução dos Agregados de Crédito Variação homóloga em % Dez-08 Mar-09 Jun-09 Set-09 Dez-09 Mar-10 Set-10 Nov-10 Total Empresas Particulares Habitação Consumo 8,5 6,2 4,7 4,6 3 2,8 2,2 2,1 14 10,9 8,8 7 1,7 0,8 0,2 0,6 4,2 2,4 1,3 2,5 4,1 4,6 4,0 3,4 3,9 2,4 1,5 3,1 5,1 5,5 5,1 4,6 12,1 5,5 3,3 1,8 1,8 2 1,0 -1,2 Fonte: Banco de Portugal; Indicadores de Conjuntura Estas tendências já se verificam, aliás, no momento presente, na medida em que o crédito a empresas se encontra em estagnação – o que traduz um volume muito limitado de crédito novo – e o crédito vencido tem registado níveis de crescimento consideráveis. Entre 2007 e Junho de 2009 o crédito vencido de empresas aumentou 178,1%, representando mais 2.649 milhões de euros em valor absoluto nesse período, e de meados de 2009 até Novembro de 2010 registou-se novo incremento de 2.026 milhões. No crédito a particulares, embora de modo menos expressivo, o crédito vencido apresentou igualmente, no mesmo período, grande aumento, particularmente no crédito ao consumo (mais de 800 milhões de euros desde 2007) uma vez que no crédito à habitação o crescimento do crédito em mora é significativamente menos acentuado. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 10 Crédito Vencido no Sistema Bancário Nacional Evolução ∆ absoluta Milhões de euros Jun-09 Jun-10 Dez-07 Jun-09 ∆% Jun-09 Dez-07 Nov-10 Jun-09 Particulares do qual: Habitação Consumo 1.296 794 58,7 22,7 516 452 202 359 40,8 89,5 11,3 37,5 Empresas das quais Construção e Imobiliário 2.649 2.026 178,1 49,0 1.436 957 371,3 47,2 3.617 TOTAL Fonte: BdP, Boletim Estatístico 2.820 97,9 36,9 Sobre este pano de fundo já complexo, as restrições de balanço que as instituições enfrentam, a necessidade de iniciarem a adaptação para o enquadramento normativo de Basileia III, e, sobretudo, as actuais dificuldades em se refinanciarem nos mercados financeiros internacionais – o que é uma sequela do actual grau de endividamento global do país, combinando as dívidas do sector público com as dos agentes privados, que se reflectem no balanço dos bancos – são factores que vão igualmente pesar nas perspectivas para o negócio bancário no futuro próximo. Rácios de crédito vencido empresariais por escalões do crédito concedido 2007 2008 2008 2009 2009 2010 Dez Jun Dez Jun Dez Set < 20.000 10,6 11,0 11,1 12,6 14,0 15,2 20.000 – 50.000 7,3 7,7 8,0 9,3 9,9 11,1 50.000 – 100.000 5,9 6,6 6,9 8,5 9,0 10,2 100.000 – 200.000 4,8 5,5 6,0 7,2 7,9 8,8 200.000 – 400.000 4,0 4,4 4,7 6,1 6,5 7,9 400.000 – 1.000.000 3,5 4,0 4,6 6,3 6,7 7,8 1.000.000 – 5.000.000 > 5.000.000 2,6 0,4 3,2 0,7 3,5 1,0 5,0 2,7 5,6 2,6 7,2 3,2 [Intervalos em euros] Fonte: BdP, Boletim Estatístico _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 11 Outro aspecto relevante da actual situação do mercado é a persistência, apesar da ligeira recuperação que se verificou recentemente, do baixo nível das taxas euribor, que, no tocante à sua actividade doméstica, penalizou a margem financeira dos diferentes bancos, e naturalmente em maior medida daqueles em cuja carteira de crédito têm peso elevado os empréstimos a prazos longos indexados a esses referenciais de mercado. Alguns bancos, no entanto, conseguiram, pelo menos em parte, compensar esta evolução com os proveitos da sua actividade internacional, e através do aumento da margem complementar. Apesar da ligeira subida das taxas euribor nos últimos tempos, a margem financeira mantém-se sob pressão, devido à expressiva subida do custo dos recursos, que tenderá a acentuar-se, seja em consequência da crescente competição pelos depósitos – induzida pela necessidade em que as instituições se encontram de recomporem a estrutura do seu passivo – seja pelos spreads mais altos (em relação ao passado recente) nos financiamentos junto dos mercados financeiros internacionais, quando estes se voltarem a abrir. O fraco crescimento que se pode antever na massa global de recursos (depósitos e recursos fora do balanço) como reflexo da fraca dinâmica da economia e da própria contenção do crédito, para além de outros factores, vai ser um factor adicional de intensificação da concorrência entre as instituições financeiras na captação de recursos de clientes. Verifica-se, na verdade, um crescimento da taxa média de remuneração dos depósitos nos últimos meses claramente superior ao que se tem verificado no crédito. Assim, desde Junho até Novembro a taxa média dos depósitos até dois anos subiu 0,46 pontos percentuais, quando no mesmo período a taxa média do crédito a empresas apenas subiu 0,33%, sendo a subida ainda menor nas taxas do crédito a particulares. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 12 Nível de Taxas de Juro Médias no Sistema Bancário Depósitos até 2 anos Crédito a empresas* Crédito à habitação Crédito pessoal (consumo…) 2006 2007 2008 2008 2009 2009 2010 2010 Dez Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov ∆pp ∆pp 2,72 3,58 3,72 3,99 2,37 1,67 1,46 1,92 -0,91 +0,46 5,39 6,15 6,29 6,14 4,02 3,34 3,31 3,64 -0,71 +0,33 4,79 5,51 5,63 5,86 3,08 2,00 1,86 2,06 -1,22 +0,20 8,07 8,75 8,98 9,04 8,00 7,32 7,76 7,87 -0,24 +0,11 Jun10 - Jun09 Nov - Jun10 * Sociedades não financeiras Fonte: BdP, Indicadores de Conjuntura, Set/2010 Os bancos portugueses, como se sabe, têm compensado as maiores dificuldades de financiamento nos mercados recorrendo ao Banco Central Europeu, obtendo assim recursos em condições até bastante favoráveis, mas este canal não ficará indefinidamente aberto nos termos e nos moldes actuais. É porém expectável que a subida no custo dos recursos venha a reflectir-se no preço do crédito, uma vez que as instituições não têm margem de manobra para acomodar essa subida sem ajustamento nas taxas activas. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 13 CRÉDITO AGRÍCOLA – EVOLUÇÃO RECENTE E PERSPECTIVAS O Crédito Agrícola é uma instituição bancária de base cooperativa, integrando-se num modelo com presença de grande relevo nos sistemas financeiros de outros países europeus, como a Alemanha, a França, a Holanda e a Itália. A nível europeu, os bancos cooperativos dispõem de uma quota de mercado de mais de 20%, servem 170 milhões de clientes através de 4.100 bancos locais com 65.000 balcões, e empregam centenas de milhares de pessoas. Alguns dos bancos cooperativos encontram-se entre as instituições líderes do continente europeu. É reconhecido que os bancos cooperativos foram os que melhor suportaram o impacto da crise financeira, de que não foram causadores, funcionando no contexto da crise como um factor de estabilidade. Com a mesma vocação dos seus congéneres europeus, eles também com laços históricos à agricultura, embora abertos hoje em dia a outros sectores económicos, o Crédito Agrícola tem vindo a fortalecer continuamente a sua solidez económico-financeira. Tal está bem expresso no valor da sua situação líquida, de mais de 1.000 milhões de euros, bem como no nível do rácio de solvabilidade e do rácio Tier 1 (relativo aos fundos próprios de base), situando-se este último actualmente em 12,2 %. Este rácio é o mais elevado no conjunto dos grupos bancários de maior relevância no sistema financeiro nacional, e está muito acima dos mínimos definidos pelo Banco de Portugal, e também dos que decorrem do novo regime normativo internacional conhecido como Basileia III. No período 2002-2010, o Crédito Agrícola aumentou o seu rácio Tier 1 em 4 pontos percentuais, tendo conseguido um notável reforço da sua solvabilidade. Ao mesmo tempo que mantém esta forte posição em termos de solvabilidade, o Crédito Agrícola dispõe igualmente de uma posição de liquidez ímpar, que é o resultado da prudente política, que sempre manteve, de limitar o volume do crédito que concede aos depósitos que capta, deixando ainda uma significativa margem de segurança. Esta prática _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 14 dispensa o Grupo de recorrer aos mercados financeiros internacionais para o financiamento da sua actividade creditícia. Rácio TIER I - Junho 2010 0,00% 12,36% Evolução da Situação Líquida do SICAM 12,36% 12,21% 979 1.000 8,90% 738 800 600 1.016 1.000 873 828 8,20% 657 520 570 7,90% 400 8,90% 200 9,50% 0 8,40% 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Set-10 8,60% Ano Evolução do Rácio Tier 1 do Crédito Agrícola 14,0% Percentagem V a lor e s e m M ilh õ e s d e e u ro s 1.200 12,0% 10,0% 10,4% 10,5% 2004 2005 11,6% 11,5% 2006 2007 12,0% 11,8% 2008 2009 12,2% 9,1% 8,1% 8,0% 6,0% 2002 2003 Set-10 Ano _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 15 Em 2010 o Crédito Agrícola voltou a reforçar os seus capitais próprios, apesar das dificuldades da conjuntura e do efeito exógeno da política monetária do BCE que, esmagando as taxas euribor, a que muitos contratos de crédito se encontram indexados, prejudicou bastante a margem financeira das Caixas Associadas, reduzindo em consequência o seu produto bancário e os resultados. Estes mantiveram-se, no entanto, no conjunto do Crédito Agrícola, amplamente positivos no corrente exercício, tendo ultrapassado os 37 milhões de euros para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas) e atingido cerca de 9 milhões de euros na actividade seguradora. A actual conjuntura tem conduzido a um aumento do crédito mal parado no conjunto do sistema bancário nacional, fenómeno inevitável e que se verifica igualmente noutros países, dadas as dificuldades enfrentadas por numerosas empresas e famílias. Todavia, o aumento do crédito vencido no Crédito Agrícola, no contexto da actual crise, está bastante aquém do que se regista no sistema bancário no seu todo. Refira-se aliás que, nos últimos anos, o Crédito Agrícola reforçou de modo significativo a sua cobertura de provisões para crédito vencido, a qual se elevou de 73,6% no final de 2002 para cerca de 129% no último exercício. O activo líquido do Crédito Agrícola situava-se, ao terminar o exercício de 2010, em cerca de 14 mil milhões de euros (13 mil milhões no SICAM), o que, representando já cerca de 8% do Produto Interno Bruto português, atesta a dimensão nacional do Grupo e a sua relevância no sistema financeiro português. Para além desta evolução no plano financeiro, o Crédito Agrícola conseguiu igualmente nos últimos anos uma evolução marcante em diversos aspectos da sua actividade, com melhorias visíveis na sua base tecnológica e no plano operativo, bem como na modernização da sua imagem e reforço da notoriedade. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 16 Evolução dos Depósitos de Clientes do SICAM Evolução do Activo do SICAM 14.000 13.098 11.447 10.044 10.000 8.000 7.946 10.000 10.566 9.319 8.696 8.251 12.000 12.093 V alo res e m m ilh õ es d e e u ro s V alo res e m m ilh õ es d e e u ro s 12.000 6.000 4.000 8.174 8.000 6.863 9.158 8.671 9.613 10.070 9.994 2009 Set-10 7.599 7.181 6.000 4.000 2.000 2.000 0 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Set-10 2002 2003 2004 2005 Ano 2006 2007 2008 Ano Do mesmo modo, o Crédito Agrícola tem prosseguido o crescimento da sua rede, mesmo neste período em que o ambiente de negócio se apresenta menos favorável, dispondo actualmente de 690 balcões, cobrindo a totalidade do território nacional (com excepção da Região Autónoma da Madeira). Em alguns distritos do continente a rede do Crédito Agrícola representa mais de 30% da rede bancária existente. Evolução do número de balcões do SICAM 700 690 680 Valores em milhões de euros 680 670 660 647 640 632 2005 2006 616 620 600 628 598 584 580 560 540 520 2002 2003 2004 2007 2008 2009 2010 Ano O Grupo dispõe de um dos mais vastos parques de ATM (com 1.400 unidades, 10% da rede nacional, das quais 400 em localidades onde não existe qualquer outro tipo de serviço bancário), para além de um sistema avançado de auto-serviço bancário (Balcão 24, _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 17 actualmente com 202 máquinas), e quase 15.700 TPA’s em pontos de venda. O Crédito Agrícola presta, actualmente, também o serviço de acquirer, detendo uma quota de mercado em cartões de 7%. Quotas de Mercado Dezembro 2010 Cartões TPAs ATMs Nº 1.007.281 15.640 1.400 Quota de Mercado 7,2 % 5,6 % 10% É ainda de referir que o Crédito Agrícola colocou à disposição dos seus associados e clientes um serviço de internet banking, designado por CA On-Line, que oferece uma gama alargada de funcionalidades para consultas e transacções bancárias, quer para empresas quer para particulares, que tem granjeado adesão crescente, e igualmente instalou um canal de banca telefónica, também com grande utilização. Para além das 85 Caixas Agrícolas e da Caixa Central, que entre si formam o SICAM, o Crédito Agrícola integra um conjunto de empresas especializadas, nas áreas de seguros, de gestão de activos e de consultadoria, com crescente importância. Merece destaque, neste contexto, a relevância já adquirida pela actividade seguradora do Grupo, distinguindo-se as duas companhias – a CA Vida e a CA Seguros -, quer pela evolução dos seus indicadores económicos e financeiros crescente qualidade conduziu ao do quer serviço. reconhecimento da pela Tal CA Seguros como a melhor seguradora de ramos reais em Portugal no seu segmento, _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 18 distinção que obteve, em 2010, pelo terceiro ano consecutivo. Em 2006 a CA Vida fora, por sua vez, considerada a melhor seguradora do Ramo Vida e tem mantido, nos últimos anos, posição de destaque no “ranking”. As perspectivas do Grupo para o próximo ano continuam condicionadas pela conjuntura de crise económica e financeira, admitindo-se no entanto que a recuperação paulatina a que se assiste desde há já alguns meses nas taxas euribor tenha continuidade e se reflicta positivamente na margem financeira das Caixas Associadas. Em sentido contrário, está a assistir-se a uma concorrência mais aguda pelos recursos, com impacto no seu custo, dada a necessidade em que os demais bancos se encontram de reajustarem a composição do passivo. A chamada margem complementar, em que se integram, entre outros, os proveitos da venda cruzada, nomeadamente de seguros, as comissões do negócio de cartões, etc. tem vindo a dar igualmente um contributo mais expressivo para o produto bancário, e tal tendência deverá manter-se em 2011. Já no que toca ao crédito mal parado, o seu valor tenderá a aumentar, como sempre sucede em situações de recessão ou de fraco crescimento económico, mas como se viu atrás, o Crédito Agrícola dispõe de uma ampla cobertura de provisões, o que constitui uma salvaguarda nesta conjuntura complexa. Admite-se que o efeito conjugado dos vários factores em presença se traduzirá em 2011 numa melhoria dos lucros consolidados do Crédito Agrícola comparativamente a 2010. A este respeito, são já conhecidos os resultados de Janeiro de 2011 que foram, em termos líquidos, de 10 milhões de euros no conjunto do SICAM, marcando um início muito positivo para o actual exercício, que é mais de realçar no actual contexto. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 19 CCAM DO DOURO, CORGO E TÂMEGA ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS O exercício de 2010 foi marcado pela crise económica, já anteriormente abordada, e que teve como principais consequências para a CCAM um forte estreitar da margem financeira e substancial agravamento do crédito vencido, fazendo com que os resultados do exercício se possam considerar apenas razoáveis, quando comparados com os de exercícios anteriores. Mesmo assim, a CCAM, numa atitude de prudência em relação aos exercícios futuros, manteve algumas das provisões existentes na conta de “provisões para crédito interno cobrança duvidosa extraordinária”, no montante de duzentos e noventa mil euros, afectando-as a processos de crédito específicos, não as utilizando para melhorar os resultados, como poderia ter acontecido se as tivesse utilizado no provisionamento do crédito vencido. Para além do natural exercício da actividade bancária, destacamos, no exercício de 2010, a abertura do novo balcão e sede administrativa da Caixa, em Vila Real, bem como as obras de remodelação do balcão de Peso da Régua, que se mostraram indispensáveis, face ao encerramento do balcão de Tondela. Ainda quanto ao imobilizado, para além de se ter adquirido o equipamento julgado necessário para manter ou melhorar a qualidade dos serviços prestados aos nossos associados e clientes, temos vindo a efectuar um considerável esforço, em conjunto com todo o Grupo Crédito Agrícola, no sentido de dar resposta satisfatória às cada vez maiores exigências das entidades de supervisão _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 20 Por outro lado, e tendo em conta as profundas alterações que o negócio bancário está a sofrer, o Conselho de Administração procedeu à divulgação de todas as acções de formação promovidas pelo Departamento de Recursos Humanos e pelo Instituto de Formação Bancária, incentivando os trabalhadores a participarem, não olhando aqui a custos, pois considera ser este um investimento prioritário, do qual depende em grande medida o futuro da instituição. Foram satisfatórios os resultados obtidos nesta área, sendo de registar a elevada participação em acções de formação, com 56 presenças em 13 acções de formação que envolveram um total de 36 colaboradores. Por fim, no que respeita ao aspecto mais social da nossa actividade que se prende com o apoio aos associados e com a ligação ao meio rural, refira-se que continuámos a disponibilizar os nossos serviços técnicos para aconselhamento dos agricultores nossos associados e para a elaboração dos seus projectos de investimento. Para além de todo o apoio prestado, directa ou indirectamente continuámos a auxiliar os agricultores na elaboração das suas candidaturas aos vários subsídios à produção e ao rendimento, tendo, em colaboração com a Confagri, realizado algumas sessões de esclarecimento que tiveram uma forte adesão por parte dos agricultores. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 21 EVOLUÇÃO DAS CONTAS De acordo com o Artigo 75º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola, a Caixa Central recomenda o cumprimento dos rácios e indicadores cuja evolução se explicita em seguida. Rácios e indicadores (Artº 75º R.J.C.A.M.) DATA Solvabilidade > 8% 31-12-2008 31-12-2009 31-12-2010 18,71% 18,95% 18,87% CVL/CTL <=3% 3,27% 4,41% 4,30% CVB+90/CT <=5% 3,84% 6,70% 8,48% Rácio de Eficiência CF+AM/PB <55% AL/NE >2.500.000 56,26% 3.140.407 68,52% 3.282.981 60,70% 3.513.394 PB/NE >90.000.000 COM/PB Transformação GH+PDP/ >12% <=85% CT>=50% 126.578 15,33% 110.128 18,25% 127.270 22,08% 58,00% 67,40% 62,75% 70,43% 82,08% 66,57% Como se verifica, a evolução dos indicadores de crédito vencido continua a ser fortemente negativa, apesar da ligeira melhoria do rácio CVL/CTL como consequência do aumento das provisões. Pela positiva, realce para a significativa evolução do Rácio de Eficiência, sendo também de assinalar o crescimento do Activo Líquido e do Produto Bancário medidos em função do número de trabalhadores, bem como do rácio de Comissões sobre o Produto Bancário. Durante o exercício de 2010, o activo líquido da CCAM aumentou 7.028.427 €, ou seja 3,51%, passando dos 200.261.839 € que se registaram em 2009, para os actuais 207.290.266 €. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 22 Se levarmos em linha de conta os resultados do exercício antes da sua distribuição, verifica-se que a Situação Líquida aumentou 135.088 € (0,64%), atingindo agora os 21.344.340 € e que, por sua vez, os Fundos Próprios aumentaram 115.556 €, situando-se, em final do exercício, nos 18.404.340€. No quadro seguinte, de forma desagregada, constata-se a evolução das contas da Situação Líquida da CCAM, considerando os resultados do exercício antes da sua distribuição. Situação Líquida Designação Capital subscrito Reservas 2006 2008 2009 15.198.350 15.689.225 14.968.515 15.492.445 15.483.660 -8.785 -0,06% 3.671.764 3.280.290 4.147.067 5.310.447 5.403.374 92.927 1,75% 0 -68036 -58.168 -87.991 -42.895 45.096 -51,25% 1.120.012 1.292.927 2.190.107 494.351 500.201 5.850 1,18% 19.990.126 20.194.406 21.247.521 21.209.252 21.344.340 135.088 0,64% Result. transitados Resultado exercício Total 2010 Evolução 2010/2009 2007 De seguida apresenta-se um gráfico em que se regista a evolução da Situação Líquida e dos Fundos Próprios no último quinquénio. EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO LÍQUIDA E DOS FUNDOS PRÓPRIOS 25.000.000 20.000.000 15.000.000 10.000.000 5.000.000 0 2009 2008 2007 Situação Líquida 2006 2005 Fundos Próprios _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 23 Também em consequência da evolução do Activo e dos Fundos Próprios, o rácio de solvabilidade da CCAM manteve-se sensivelmente igual, passando de 18,95 % em Dezembro de 2009 para os 18,87 % actuais. Em resumo, foi a seguinte a evolução dos principais indicadores: Designação ACTIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA FUNDOS PRÓPRIOS RÁCIO DE SOLVABILIDADE 2008 2009 2010 Evolução 2010/2009 2006 2007 178.571.854 184.165.329 194.705.244 200.261.839 207.290.266 7.028.427 3,51% 19.990.126 20.194.406 21.247.522 21.209.252 21.344.340 135.088 0,64% 18.479.697 17.567.998 16.892.174 18.288.784 18.404.340 115.556 0,63% 19,10% 18,43% 18,71% 18,95% 18,87% -0,160% -0,84% Crédito Vencido Cumprindo um dos principais objectivos do exercício, o aumento de 6.197.277 € situou o total de crédito concedido nos 116.555.128 €, o que constitui um acréscimo de 5,62%. O crédito concedido representa agora 63,81% dos depósitos de clientes. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 24 Durante o exercício de 2010 registou-se um aumento do crédito concedido para aquisição de habitação própria, que atingiu os 31.303.251€ correspondentes a um acréscimo de 9,24% em relação aos 28.654.366 € que se registavam no final do exercício anterior. O crédito concedido para aquisição de habitação própria representa agora 26,86% do total da carteira de crédito concedido. Nos últimos anos, conjugando os dados disponíveis no I.N.E. com os registos da CCAM, tem sido a seguinte a evolução da quota de mercado da Caixa, no que respeita ao crédito concedido. MERCADO ANO Crédito concedido (milhares Euros) Total de Balcões CCAM Média de crédito concedido por Balcão Crédito concedido (milhares Euros) Balcões da Caixa CCAM versus MERCADO Média de crédito concedido por Balcão Quota de Mercado Quota de Balcões Diferença da média de crédito conc. por Balcão 2005 1.439.388 96 14.994 89.356 15 5.957 6,21% 15,63% 9.037 2006 1.669.226 92 18.144 86.106 15 5.740 5,16% 16,30% 12.403 2007 1.878.459 94 19.984 82.635 15 5.509 4,40% 15,96% 14.475 2008 1.998.631 101 19.788 98.351 16 6.147 4,92% 15,84% 13.641 2009 2.043.661 102 20.036 110.358 17 6.492 5,40% 16,67% 13.544 116.555 17 6.856 2010 Crédito Vencido Confirmando também na CCAM uma das principais consequências da crise económica, o crédito vencido aumentou em montantes e percentagens relevantes. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 25 O crédito vencido é agora de 11.271.895 € correspondente a um aumento de 34,53 % em relação ao valor que se registava em 31/12/2009 e que era de 8.378.552 €. No final de 2010, o crédito vencido representa 9,67% do total de crédito concedido, o que constitui uma evolução negativa em relação ao exercício anterior, em que o peso do crédito vencido na carteira de crédito era de 7,59%. Estão constituídas provisões para crédito vencido e de cobrança duvidosa no montante de 6.604.341 € correspondentes a 58,59 % do total do crédito vencido. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 26 Depósitos de Clientes Os recursos captados através de depósitos de clientes aumentaram 6.804.759€, correspondentes a um acréscimo de 3,87%, passando a registar um saldo de 182.668.577 €. Os depósitos à ordem registam uma variação positiva de 8.175.998 €, correspondentes a um acréscimo de 17,90 %, passando dos 45.669.481 € que se verificavam em 2009, para os actuais 53.845.479 €. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 27 Já no que respeita aos outros depósitos, o saldo que se registava em final de exercício era de 128.797.195 €, resultado de um decréscimo de 1,07 % e de -1.397.141 € em relação aos valores de 31/12/2009. Em consequência dos valores atrás referidos, a relação entre os depósitos à ordem e os depósitos totais passou de 25,97 % em 2009 para os actuais 29,48 %. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 28 Nos últimos anos, conjugando os dados disponíveis no I.N.E. com os registos da CCAM, tem sido a seguinte a evolução da quota de mercado da Caixa. MERCADO ANO Depósitos (milhares Euros) Total de Balcões CCAM Média de Depósitos por Balcão Depósitos (milhares Euros) Balcões da Caixa CCAM versus MERCADO Média de Depósitos por Balcão Quota de Mercado Quota de Balcões Diferença da média de depósitos por Balcão 2005 1.673.596 96 17.433 151.097 15 10.073 9,03% 15,63% 7.360 2006 1.611.654 92 17.518 155.008 15 10.334 9,62% 16,30% 7.184 2007 1.791.399 94 19.057 159.525 15 10.635 8,91% 15,96% 8.422 2008 2.052.724 101 20.324 169.560 16 10.598 8,26% 15,84% 9.727 2009 2.074.615 102 20.339 175.864 17 10.345 8,48% 16,67% 9.994 182.669 17 10.745 2010 Diversificação de Produtos Financeiros Com o objectivo de aumentar o volume de negócio dos produtos fora do balanço, foram desencadeadas internamente, tal como no exercício anterior, algumas acções específicas de campanha, em colaboração estreita com a CA Vida e a CA Seguros, tendo-se obtido os resultados explicitados no quadro seguinte: 2008 2009 2010 Crédito Agrícola Vida 1.660.921 3.439.529 2.311.065 Seguros de Vida Risco 260.123 287.834 324.537 1.398.578 3.144.475 1.980.609 2.290 7.220 5.820 CA Seguros 1.081.312 1.082.563 1.109.423 Fundos de Investimento 2.076.793 1.934.284 1.483.038 Mobiliários 1.538.401 1.391.888 711.629 Imobiliários 538.392 542.396 771.409 Seguros de Capitalização Fundo de Pensões _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 29 Imobilizado No que se refere ao imobilizado, para além da aquisição de equipamento julgado necessário para manter ou melhorar a qualidade dos serviços prestados, foram efectuadas obras de remodelação no balcão de Peso da Régua e concretizou-se a abertura do novo balcão e sede administrativa da Caixa, em Vila Real. Como se pode verificar pelo quadro abaixo em que se explicita a evolução das contas de imobilizado nos cinco últimos exercícios, cumpriu-se com muito à vontade o estabelecido no Orçamento, que previa que o imobilizado líquido em Dezembro de 2010 atingisse os 5.623.549 €. Evolução Designação 2006 2007 2008 2009 2010 2010/2009 Imobilizado bruto 7.204.240 6.618.422 6.659.444 8.589.922 8.734.742 144.820 1,69% Amortizações/Provisões acumuladas 2.293.810 2.530.379 2.720.196 2.984.427 3.207.174 222.747 7,46% Imobilizado líquido 4.910.430 4.088.043 3.939.248 5.605.495 5.527.568 -77.927 -1,39% _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 30 Contas de Resultados De seguida, de forma desagregada, explicita-se a evolução das contas de resultados no último quinquénio. Evolução Designação 2006* 2007* 2008* 2009 2010 5.581.644 5.896.854 6.271.311 5.582.399 4.929.454 -652.945 -11,70% 992.263 1.469.433 1.576.507 1.135.434 2.579.504 1.444.070 127,18% 6.573.907 7.366.287 7.847.818 6.717.833 7.508.958 791.125 11,78% Custos Administrativos 3.894.521 3.788.618 4.165.791 4.338.644 4.239.818 -98.826 -2,28% Provisões Exercício 1.977.377 1.899.013 704.339 1.903.249 2.308.777 405.528 21,31% 297.393 273.095 249.408 264.264 318.261 53.997 20,43% 1.428.796 1.405.562 2.728.280 256.908 642.102 385.194 149,93% 308.785 112.634 538.173 -237.443 141.901 379.344 -159,76% Resultados Líquidos 1.120.012 1.292.927 2.190.107 494.351 500.201 5.850 1,18% Cash-Flow 3.703.567 3.577.669 3.682.027 2.424.421 3.269.140 844.719 34,84% Margem Financeira Outros Res. Correntes Produto Bancário do Amortizações Exercício Res. Antes de Impostos Impostos sobre Lucros 2010/2009 * Valores agregados com a ex-CCAM do Vale do Douro Margem Financeira A margem financeira diminuiu de 5.582.399€ para 4.929.454€ correspondendo a um decréscimo de 11,70%. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 31 Produto Bancário O Produto Bancário é agora de 7.508.958€, na sequência de um acréscimo de 11,78% em relação aos 6.717.833 € que se verificaram em 2009. Sendo assim, o peso da Margem Financeira no Produto Bancário registou uma diminuição, passando de 83,1% em 2009, para 65,64 % em 2010. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 32 Custos Administrativos Os custos administrativos diminuíram 98.826 € correspondentes a um decréscimo de 2,28%. Decomposição dos Custos Administrativos Designação Custos com pessoal Fornecimento e Serviços de Terceiros Total 2006 2007 2008 2009 2010 2010/2009 1.811.748 1.796.704 2.107.155 2.123.961 2.163.119 39.158 1,84% 2.082.773 1.991.913 2.058.636 2.214.683 2.076.699 -137.984 -6,23% 3.894.521 3.788.617 4.165.791 4.338.644 4.239.818 -98.826 -2,28% Como se verifica, os custos com pessoal aumentaram 39.158 € e 1,84%, atingindo a importância de 2.163.119€. Os Fornecimentos e Serviços de Terceiros registaram uma diminuição de 137.984 € e de 6,23%, fixando-se em final de exercício num saldo de 2.076.699 €. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 33 Cash-Flow O cash-flow do exercício atingiu o valor de 3.269.140 €, o que corresponde a um acréscimo de 844.719 € e de 34,84 %, em relação aos 2.424.421€ que se verificavam no final do exercício anterior. Decomposição do Cash-Flow Designação Provisões Amortizações Impostos sobre Lucros Resultados Líquidos CASH-FLOW 2006 2007 1.977.377 1.899.013 297.393 2008 2009 2010 2010/2009 704.339 1.903.249 2.308.777 405.528 21,31% 273.095 249.408 264.264 318.261 53.997 20,43% 308.785 112.634 538.173 -237.443 141.901 379.344 159,76% 1.120.012 1.292.927 2.190.107 494.351 500.201 5.850 1,18% 3.703.567 3.577.669 3.682.027 2.424.421 3.269.140 844.719 34,84% Resultados do Exercício Os resultados do exercício foram positivos em 500.201€, sensivelmente iguais aos resultados de 2009, registando-se apenas uma subida de 1,18%. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 34 AFECTAÇÃO DE RESULTADOS O Conselho de Administração propõe que o resultado positivo obtido no montante de 500.200,52 € (quinhentos mil e duzentos euros e cinquenta e dois cêntimos), seja distribuído da seguinte forma: Cobertura de Resultados Transitados Negativos Reserva Legal Reserva para Formação e Educação Cooperativa Outras Reservas RESULTADO DO EXERCÍCIO 42.895,00 240.000,00 5.003,00 212.302,52 500.200,52 Após aquela distribuição de resultados, do montante das Outras Reservas, que passará a ser de 212.543,18 €, o Conselho de Administração propõe que: • 80.200,00 € (oitenta mil e duzentos euros) sejam aplicados na remuneração dos títulos de capital dos associados, no caso de a respectiva proposta do Conselho de Administração vir a ser aprovada nesta mesma Assembleia • 62.340,00 € (sessenta e dois mil, trezentos e quarenta euros) seja transferido para capital social, nos termos da alínea d) do nº 2 do Artº 8º dos Estatutos. • 70.000,00 € (setenta mil euros) sejam aplicados em gratificações aos trabalhadores, Propõe ainda o Conselho de Administração que: • Do montante de 5.177.121,31 € ( cinco milhões, cento e setenta e sete mil, cento e vinte e um euros e trinta e um cêntimos), actualmente existentes em Reserva Legal, sejam transferidos 1.500.000,00€ (um milhão e quinhentos mil euros ) para Capital Social _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 35 Assim, se estas propostas merecerem a aprovação da Assembleia, as contas de Situação Líquida apresentarão os seguintes saldos: Capital subscrito 17.046.000,00 Reservas 4.148.139,86 3.917.121,31 Reserva Legal Reserva para Formação e Educação Cooperativa 12.122,76 Reserva para Mutualismo 20.283,91 Reserva para Remuneração de Títulos de Capital 133.698,35 3,18 Outras Reservas 64.910,35 Reserva de Reavaliação SITUAÇÃO LÍQUIDA 21.194.139,86 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 36 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para além dos clientes e associados, a quem são endereçadas palavras de apreço pela confiança que têm manifestado no seu relacionamento com a Caixa, o Conselho de Administração deseja expressar o seu agradecimento às pessoas e instituições cuja compreensão e apoio foram importantes para se alcançarem os resultados apresentados, nomeadamente: - Aos funcionários e demais colaboradores, especialmente àqueles que pelo seu empenhamento e profissionalismo demonstrados contribuíram decisivamente para os resultados alcançados; - Ao Banco de Portugal e ao Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo; - À Caixa Central e à FENACAM; - À Mesa da Assembleia Geral e ao Conselho Fiscal; - A todas as instituições, que connosco colaboraram activamente. Peso da Régua, 26 de Fevereiro de 2011 O Conselho de Administração Alcino Pinto dos Santos Sanfins Maximiano Pereira Correia Manuel António Mota Ferreira _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 37 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO DOURO, CORGO E TÂMEGA, C.R.L. BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em Euros) ACTIVO Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Activos com acordo de recompra Derivados de cobertura Activos não correntes detidos para venda Propriedades de investimento Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos Total do Activo Notas 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 20 21 Activo Bruto Dez-10 Provisões, imparidade e amortizações 1.773.712 1.670.768 909.287 63.953.889 116.897.004 16.146.744 1.065.863 8.300.843 433.899 4.159.581 110.472 1.217.099 1.568.850 218.208.011 (7.155.403) (125.601) (2.874.471) (332.704) (250.000) (179.567) (10.917.745) Dez-09 Activo líquido Activo líquido 1.773.712 1.670.768 909.287 63.953.889 109.741.602 16.146.744 940.262 5.426.373 101.195 3.909.581 110.472 1.217.099 1.389.283 1.940.922 2.174.097 6.968 1.154.071 75.334.391 106.099.163 908.450 5.495.093 110.402 3.909.581 545.491 917.418 1.665.793 207.290.266 200.261.839 PASSIVO E CAPITAL Notas Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos financeiros associados a activos transferidos Derivados de cobertura Passivos não correntes detidos para venda Provisões Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Instrumentos representativos de capital Outros passivos subordinados Outros passivos Total do Passivo 22 23 24 25 26 27 28 14 29 30 20 20 31 32 33 Capital Prémios de emissão Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Lucro do exercício Dividendos antecipados Total do Capital Total do Passivo e do Capital 35 35 36 36 36 36 A Técnica Oficial de Contas (TOC n.º 46127) O Conselho de Administração (Maria do Carmo da Silva Macedo Teixeira) (Alcino Pinto dos Santos Sanfins) (Maximiano Pereira Correia) (Manuel António Mota Ferreira) Dez-10 Dez-09 6.968 50.684 183.058.975 113.444 176.404.967 948.445 388.235 2.155 124.655 0,53 1.372.776 185.945.926 1.003.505 3.428 193.750 0,53 1.326.524 179.052.586 15.483.660 15.492.445 64.910 5.295.569 500.201 64.910 5.157.546 494.351 21.344.340 207.290.266 21.209.252 200.261.839 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE DOURO CORGO E TÂMEGA, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E EXERCÍCIO FINDO DE 2009 (Montantes expressos em Euros) RUBRICA Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Notas Dez-10 Dez-09 37 38 6.529.517 (1.600.063) 6.395.714 (2.085.594) 4.929.454 4.310.120 2 1.893.334 (235.722) 28.744 4.183 888.962 1.039.611 (147.553) 8.092 (16.477) 22.224 7.508.958 5.216.016 (2.163.119) (2.076.699) (318.261) 55.060 (2.322.951) (1.668.756) (1.851.199) (200.148) (13.807) (1.143.380) (85.570) 44.685 (71.262) (10.555) 642.101 256.908 (442.855) 300.954 8.304 229.139 500.201 494.351 Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados Resultados de activos financeiros disponíveis para venda Resultados de reavaliação cambial Resultados de alienação de outros activos Outros resultados de exploração 39 40 41 42 43 44 45 46 Produto bancário Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações do exercício Provisões líquidas de reposições e anulações Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 47 48 17 e 18 30 30 30 Resultado antes de impostos Impostos correntes diferidos 20 20 Resultado líquido do exercício A Técnica Oficial de Contas (TOC n.º 46127) O Conselho de Administração (Alcino Pinto dos Santos Sanfins) (Maria do Carmo da Silva Macedo Teixeira) (Maximiano Pereira Correia) (Manuel António Mota Ferreira) _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 40 ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 1. Nota introdutória A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Douro, Corgo e Tâmega, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM do Douro, Corgo e Tâmega) é uma instituição de crédito constituída em 15 de Julho de 1983 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa faz parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. No decurso de 2009 o Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo foi alterado através do Decreto-Lei 142/2009, o qual visou, entre outros, adaptar o modelo de governação das Caixas de Crédito Agrícola às estruturas previstas no Código das Sociedades Comerciais, sem prejuízo das competências da Assembleia Geral que caracterizam o modelo cooperativo, ao mesmo tempo que autoriza um alargamento da respectiva base de associados. Adicionalmente e no que respeita à fiscalização das contas, as caixas agrícolas associadas ao Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo passaram também a ser obrigadas à certificação legal das suas contas e à contratação de um revisor oficial de contas Em 31 de Dezembro de 2010, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua dos Camilos n.º 249 em Peso da Régua e através de uma rede de dezassete balcões, situados nos concelhos de Boticas, Chaves, Mesão Frio, Montalegre, Peso da Régua, Ribeira de Pena, Santa Marta de Penaguião, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real. As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010 encontram-se pendentes de aprovação pelo Conselho Fiscal e pela Assembleia Geral. No entanto, o Conselho de Administração que as aprovou em 26/02/2011 entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas. As notas cujos números não são indicados neste anexo, não têm aplicação por inexistência ou imaterialidade dos valores a reportar. 2. Bases de apresentação, comparabilidade da informação e principais políticas contabilísticas 2.1 Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, atentas ao regime do acréscimo, da consistência da apresentação, da materialidade e da não compensação (excepto quando permitida), com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 42 Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo n.º 3 do Artigo 115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92 de 31 de Dezembro. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”. v) Foi permitido um período de diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios da Norma IAS 19 – Benefícios de Empregados, dos custos e responsabilidades assumidos relativamente a pensões, custos com saúde e outros benefícios a que os colaboradores da Caixa têm direito após o período activo de trabalho. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 1 de Janeiro de 2007, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011,com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 43 cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013. Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no aviso n.º7/2008, de 14 de Outubro de 2008. A Caixa adoptou a Norma IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, a qual se tornou efectiva para os períodos de relato com início em 1 de Janeiro de 2007 ou após. O Impacto da adopção da Norma IFRS 7 consistiu nas divulgações fornecidas ao nível dos instrumentos financeiros utilizados e da gestão do capital (Nota 51). Adicionalmente, foi tida em consideração a versão actualizada da IAS 1 – Apresentação de Demonstrações financeiras. 2.2 Comparabilidade da informação As demonstrações financeiras referentes a 31 de Dezembro de 2010 são comparáveis com as demonstrações agora apresentadas 2.3 Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: 2.3.1 Especialização dos exercícios As perdas e ganhos são registados no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. 2.3.2 Saldos e transacções em moeda estrangeira As contas da Caixa são preparadas em Euros, sendo esta a sua moeda funcional, ou seja, a divisa utilizada no ambiente económico em que a Instituição opera. As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data da transacção. Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para euros com base na taxa de câmbio em vigor. Os activos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os activos não monetários registados pelo seu custo histórico permanecem registados ao câmbio original. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 44 As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, tal como acções, classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação. 2.3.3 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21. Os dividendos são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua distribuição. 2.3.4 Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 i) estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. De acordo com as normas do Banco de Portugal, os juros sobre crédito vencido há mais de 90 dias que não estejam cobertos por garantias reais, são reconhecidos como proveitos apenas quando recebidos. 2.3.5 Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extra patrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. 2.3.6 Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 45 De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento, de acordo com a tabela definida no ponto 4 do 3º parágrafo do Aviso 3/95, do Banco de Portugal. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: • As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; Estarem em incumprimento há mais de: − Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; − Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; − Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. • Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 60 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 46 Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”. iii) Provisão para risco país Quando existente, destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extra patrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção: • Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda; • Das participações financeiras; • Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia; • Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência; • Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco. iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: • 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; • 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; • 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 47 2.3.7 Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica Activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica Passivos financeiros detidos para negociação. Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”. Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado. O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 48 ii) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber. Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. iii) Investimentos a deter até à maturidade Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso. Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. iv) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 49 No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. v) Operações de venda com acordo de recompra Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros. vi) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma, a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). Em 2010, a Caixa não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo. vii) Imparidade em activos financeiros A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber. Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 50 estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. No caso de activos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. 2.3.8 Derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extra-patrimoniais pelo respectivo valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado: • Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); • Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. i) Derivados embutidos Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que: • As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e • A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 51 ii) Derivados de cobertura Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos: • Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; • Descrição do(s) risco(s) coberto(s); • Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; • Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização. Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situarse num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados. As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos. iii) Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo: • Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 52 justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura; • Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; • Derivados contratados com o objectivo de “trading”. Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente. 2.3.9 Propriedades de investimento Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações. 2.3.10 Outros activos tangíveis Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de vida útil estimada Imóveis de serviço próprio Despesas em edifícios arrendados Equipamento informático e de escritório Mobiliário e instalações interiores Viaturas 50 10 3 a 10 6 a 10 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 53 amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. 2.3.11 Activos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. 2.3.12 Activos não correntes disponíveis para venda Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: • A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; • Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica. A Caixa regista nesta rubrica os imóveis, equipamentos e outros bens recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, sendo registados pelo valor acordado no contrato de dação/arrematação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação/arrematação. Os imóveis são objecto de avaliações periódicas que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. Estes activos são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação. Pela venda dos bens recuperados procede-se ao seu abate do activo, sendo os ganhos ou perdas registados na rubrica “Resultados de alienação de outros activos” (Nota 45). A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes activos. 2.3.13 Provisões Esta rubrica do passivo poderá incluir as provisões constituídas para fazer face a, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). 2.3.14 Benefícios de empregados _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 54 A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: • Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerouse a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; • Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 55 casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Crédito Agrícola Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção da IAS 19 - Benefícios de Empregados. Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu o Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008, o qual permitiu diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso acima referido. Os benefícios pós-emprego dos colaboradores incluem ainda os cuidados médicos (SAMS), os quais foram calculados com base nos mesmos pressupostos que as responsabilidades com complementos de pensões. Os ganhos e perdas actuariais resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados e (ii) das alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos como um activo ou um passivo numa rubrica de desvios actuariais e o seu valor acumulado é imputado a resultados com base no método do corredor. De acordo com o método do corredor os ganhos e perdas actuariais diferidos acumulados no início do ano que excedam 10% do valor actual das responsabilidades totais ou do valor do fundo, dos dois o maior, reportados igualmente ao início do ano, são imputados a resultados durante o período estimado de serviço remanescente dos trabalhadores abrangidos pelo plano. Os ganhos e perdas actuariais acumulados que se situem dentro do referido limite, não são reconhecidos em resultados. 2.3.15 Prémios de antiguidade Nos termos do ACTV, a Caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente. A Caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 56 baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é igualmente determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. 2.3.16 Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). Porém, o Estatuto Fiscal Cooperativo (“EFC”) prevê, entre outros benefícios fiscais, um regime de tributação mais favorável em sede de IRC, concretamente a aplicação de uma taxa reduzida de 20% ao resultado tributável das cooperativas, com excepção dos resultados provenientes de operações com terceiros, de actividades alheias aos fins cooperativos e dos abrangidos pelo regime de tributação pelo lucro consolidado, nos termos do número 3 do seu artigo 7º. Estes últimos resultados encontram-se sujeitos ao regime geral de tributação de IRC. O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. A principal situação que origina diferenças temporárias ao nível da Caixa corresponde a provisões não aceites para efeitos fiscais. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 57 exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. 2.3.17 Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros. 2.3.18 Caixa e seus equivalentes Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, a Caixa considera como “Caixa e seus equivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em bancos centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”. 2.3.19 Comissões As comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente, comissões cobradas ou pagas na origem das operações, são reconhecidas ao longo do período das operações pelo método da taxa efectiva em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”. As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço ou de uma só vez, se corresponderem a uma compensação pela execução de actos únicos. 2.3.20 Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras da Caixa incluem as abaixo apresentadas. i) Benefícios a empregados As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente, no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, os valores reais podem diferir das estimativas efectuadas. ii) Determinação de impostos sobre lucros Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pela Caixa com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objectiva e originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 58 melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Caixa sobre o correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais. iii) Determinação das provisões para crédito A determinação da provisão para crédito concedido a clientes resulta de uma avaliação específica efectuada pela Caixa com base no conhecimento da realidade dos clientes e nas garantias associadas às operações em questão. iv) Avaliação dos colaterais nas operações de crédito As avaliações dos colaterais de operações de crédito, nomeadamente, hipotecas de imóveis, foram efectuadas com o pressuposto da manutenção de todas as condições de mercado imobiliário, durante o período de vida das operações, tendo correspondido à melhor estimativa do justo valor dos referidos colaterais na data da concessão do crédito. 3. Introdução das normas de contabilidade ajustadas A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras originou um impacto global negativo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2007 no montante de 283.103 euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB resultante dos seguintes efeitos: Bruto Fiscal Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2006 de acordo com o PCSB Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39: Activos tangíveis e imparidade Beneficios dos empregados Impostos diferidos Activos detidos para venda Diferimento de comissões associadas a operações de crédito IAS 16 e 36 IAS 19 IAS 12 IFRS 5 IAS 18 Líquido 19.137.244 (64.338) (226.747) (4.463) (121.646) (417.194) 13.058 46.039 35.144 39.850 134.091 Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2006 de acordo com as NCA (51.280) (180.708) 35.144 (4.463) (81.796) (283.103) 18.854.141 Tal como referido na nota 2.3.14 os impactos decorrentes da adopção da IAS 19, Benefícios dos Empregados foram diferidos através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 59 Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. 4. Relato por segmentos No presente exercício de doze meses findo em 31 de Dezembro de 2010, a segmentação dos resultados da Caixa por linhas de negócio corresponde na sua totalidade à banca de retalho, a qual é desenvolvida unicamente em Portugal. Desta forma, não é divulgada informação por segmentos. 5. Caixa e disponibilidades em bancos centrais Esta rubrica tem a seguinte composição: Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras 31-Dez-10 31-Dez-09 1.773.712 - 1.940.922 - 1.773.712 1.940.922 De acordo com o Regulamento nº 2818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos EstadosMembros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. As CCAM que integram o SICAM não estão obrigadas a este regime, uma vez que constituem entregas anuais ao Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), ao abrigo do art.º 9º do Decreto-Lei n.º 345/98. A base de incidência compreende o valor dos saldos médios mensais dos depósitos, elegíveis, do ano anterior. A esta base é aplicado um coeficiente determinado anualmente pelo Banco de Portugal, que tem como referência o valor do rácio de cobertura do FGCAM do ano anterior, que corresponde ao rácio entre os Depósitos em Instituições de Crédito e os Depósitos garantidos pelo FGCAM. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 60 6. Disponibilidades em outras instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-Dez-10 Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Juros a Receber 7. 31-Dez-09 873.449 796.861 - 1.429.908 743.376 - 1.670.309 458 2.173.284 812 1.670.768 2.174.097 Activos financeiros detidos para negociação Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-Dez-10 Instrumentos financeiros derivados 31-Dez-09 - 6.968 - 6.968 O saldo desta rubrica, à data de 31 de Dezembro de 2010, refere-se a opções de compra efectuadas junto da Caixa Central com objectivo de cobrir a rentabilidade garantida aos clientes no produto denominado “Depósito Energia 24” (ver nota 23). _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 61 9 Activos financeiros disponíveis para venda Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-Dez-10 Instrumentos de dívida 31-Dez-09 909.287 1.154.071 909.287 1.154.071 Em 31 de Dezembro de 2009 e a 31 de Dezembro de 2010, o saldo desta rubrica apresenta a seguinte composição: Valor Quant. nominal Cx.Central / 2005-1ªEmissão 408 100 Cx.Central / 2007-2ªEmissão 2.025 200 Cx.Central / 2009-1ªEmissão 1.000 500 Custo aquisição Juros 31-Dez-10 40.800 405.000 500.000 945.800 1.428 2.859 4.287 406.428 502.859 909.287 31-Dez-09 40.852 609.300 503.919 1.154.071 T axa de Juro -1,56% 2,19% 10 Aplicações em instituições de crédito Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Aplicações em Instituições de Crédito no País: Em outras instituições de crédito: Depósitos Juros a receber 31-Dez-10 31-Dez-09 63.538.671 74.904.969 63.538.671 415.217 74.904.969 429.422 63.953.889 75.334.391 Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2010, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 62 31-Dez-10 31-Dez-09 Até Três Meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três anos e cinco anos Mais de cinco anos 6.000.000 22.150.366 30.631.805 4.746.500 10.000 7.779.729 57.436.910 5.758.829 3.869.622 59.880 Juros a receber 63.538.671 415.217 74.904.969 429.422 63.953.889 75.334.391 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 63 11 Crédito a clientes Esta rubrica tem a seguinte composição: Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto Empréstimos Crédito Em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos Particulares Habitação Consumo Cartão crédito Outros Créditos ao consumo Outras finalidades Desconto Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Crédito exterior Particulares Habitação Juros a receber Receitas com rendimento diferido Total crédito não vencido Crédito e juros vencidos Crédito vencido Juros vencidos Provisões Para crédito e juros vencidos Para crédito de cobrança duvidosa Total provisões 31-Dez-10 31-Dez-09 858.764 39.806.994 5.220.852 56.982 621.128 666.423 34.431.438 5.831.168 11.205 659.303 31.303.258 28.654.366 7.119.595 13.947.386 98.434 17.922.458 2.125.338 38.270 133.536 14.929.497 2.399.055 67.784 111.160 248.138 105.283.232 560.902 (219.025) 101.979.299 680.405 (192.211) 105.625.109 102.467.493 11.157.230 114.665 8.216.642 161.910 11.271.895 8.378.552 116.897.004 110.846.044 (6.604.341) (551.062) (3.760.518) (986.363) (7.155.403) (4.746.881) 109.741.602 106.099.163 Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 64 de 2009 e 31 de Dezembro de 2010 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 860.657 Euros e 915.717 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). Em 31 de Dezembro de 2010, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura: 31-12-2010 Até 3 meses Entre três meses e um ano Entre um ano e cinco anos Mais de cinco anos 4.211.801 8.215.020 17.323.945 87.146.237 116.897.004 12 Investimentos detidos até à maturidade Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Titulos detidos até à maturidade: Titulos cotados: Títulos emitidos por residentes Instrumentos de dívida De Dívida pública portuguesa Juros a receber 31-12-2010 31-12-2009 15.739.112 407.633 16.146.744 - _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 65 15 Activos não correntes detidos para venda Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Activos não correntes detidos para venda: Imóveis Outros Antigas Inst. Devolutas do balcão 2150 Imparidade: Imóveis 31-Dez-10 31-Dez-09 1.003.467 988.327 62.396 62.396 1.065.863 1.050.723 (125.601) (142.273) 940.262 908.450 O movimento desta rubrica durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e em 31 de Dezembro de 2010 pode ser apresentado da seguinte forma: 31-Dez-09 Valor bruto Imparidade Activos não correntes detidos para venda Imóveis Equipamento Outros Aquisições Alienações Dotações de imparidade Reposições de imparidade Valor bruto Imparidade Valor líquido 988.327 62.396 (142.273) - 147.000 - (131.860) - - (2.542) - 19.214 - 1.003.467 62.396 (125.601) - 877.866 62.396 1.050.723 (142.273) 147.000 (131.860) - (2.542) 19.214 1.065.863 (125.601) 940.262 Utilização de imparidade Dotações de imparidade Reposições de imparidade 31-Dez-08 Valor bruto Imparidade Activos não correntes detidos para venda Imóveis Equipamento Outros 31-Dez-10 Utilização de imparidade 31-Dez-09 Aquisições Alienações 790.622 (131.719) 371.687 (173.982) - (10.555) - - - - - - - - Valor bruto 62.396 - - - - - - 988.327 62.396 853.018 (131.719) 371.687 (173.982) - (10.555) - 1.050.723 Imparidade _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 66 Valor líquido (142.273) - 846.054 62.396 (142.273) 908.450 17 Outros activos tangíveis O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante o exercício de 2009 e 2010 foi o seguinte: Descrição Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros imóveis Outros Obras em imóveis arrendados Equipamento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento Valor bruto 31-Dez-09 Amortizações acumuladas Imparidade Aquisições 686.263 3.223.224 1.142.250 493.336 (399.554) (147.695) (199.097) - 5.545.073 (746.347) - 411.898 234.670 481.242 533.665 26.550 417.727 312.791 (275.795) (204.461) (480.488) (333.555) (10.283) (233.906) (257.917) 2.418.542 Amortizações do exercício Transf. 28.125 84.375 106.680 - (65.570) - - (28.713) - (34.009) 219.180 - (128.292) - 48.085 4.641 50.338 4.708 9.787 - (1.796.406) - 117.559 78.850 (38.370) - 33.750 - 8.076.215 (2.581.123) - Imparidade Regul. - - 31-Dez-10 Valor líquido Alienações e abates - 714.388 2.842.475 (62.654) - - 1.009.868 260.229 - - (62.654) 4.826.960 (70.668) (10.776) (754) (31.915) (1.697) (36.558) (24.108) - - - 113.521 24.074 0 218.533 14.570 151.970 40.553 - (176.475) - - - 563.220 - - (4.287) - - - 36.193 - - (33.750) - - - - - - 336.738 (33.750) (309.054) - - (62.654) 5.426.373 - Equipamento em locação financeira: Equipamento Activos tangíveis em curso Descrição Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros Obras em imóveis arrendados Equipamento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento Valor bruto 31-Dez-08 Amortizações acumuladas Imparidade Aquisições Amortizações do exercício Transf. Imparidade 317.513 - - 368.750 - - 2.116.974 (353.406) - 1.106.250 - (46.148) 863.035 (127.074) - 279.708 - (20.621) 493.336 (165.088) - - - (34.009) 3.790.858 (645.568) - 1.754.708 - (100.779) 374.523 (246.982) 37.375 - (28.812) 213.920 (194.951) - 20.750 - (9.511) 481.242 (479.056) - - - (1.431) 422.736 (283.373) - 110.929 - (50.183) Regul. 31-Dez-09 Valor líquido Alienações e abates - - 686.263 2.823.670 994.555 294.239 - - (493) 4.798.726 - - - - - - - - - - (493) 26.550 (7.739) - - - (2.545) - 376.551 (199.635) - 41.450 - (34.271) - - (274) 290.651 (234.844) 22.140 - (23.074) - - - 136.104 30.209 754 200.110 16.267 183.821 54.874 2.186.172 (1.646.579) - 232.644 - (149.826) - - (274) 622.137 78.850 (25.511) - - - (12.860) - - - 40.480 Equipamento em locação financeira: Equipamento Outros activos tangíveis: Activos tangíveis em curso 117.478 - - 107.500 - - - - (191.228) 33.750 6.173.358 (2.317.658) - 2.094.852 - (263.465) - - (191.994) 5.495.093 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 67 18 Activos intangíveis O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante o exercício de 2009 e 2010 foi o seguinte: Descrição Sistema de tratamento automático de dados (software) Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso Descrição Sistema de tratamento automático de dados (software) Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso Valor bruto 31-Dez-09 Amortizações acumuladas Imparidade Aquis. Transf. 322.730 190.977 - (322.730) (80.575) - - - - 513.707 (403.305) - - Valor bruto 31-Dez-08 Amortizações acumuladas Amortizações do exercício Imparidade Alienações Regul. e abates 31-Dez-10 Valor líquido - (9.207) - - - - 101.195 - - (9.207) - - - 101.195 Amortizações do exercício Imparidade Alienações Regul. e abates 31-Dez-09 Valor líquido Imparidade Aquis. Transf. - (767) - - - - 110.402 - - (767) - - - 110.402 322.730 163.357 - (322.730) (79.808) - - 27.620 - 486.086 (402.537) - 27.620 19 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2010, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição: Participação Valor de efectiva (%) balanço 31-12-2010 31-12-2010 Empresa Sector de actividade Sede CCCAM FENACAM CA Informática CA Seguros Matadouro Regional do Barroso e Alto Tâmega, S. Sector Financeiro Lisboa Sector Cooperativo Lisboa Serviços Informáticos Damaia Seguradora Lisboa 2,6081% 3.887.685,00 0,0045% 154,64 0,4057% 21.716,48 0,0001% 25,00 Abate de animais 20,000% Montalegre Imparidade Valor líquido Acumulada de balanço 31-12-2010 31-12-2009 3.887.685,00 154,64 21.716,48 25,00 250.000,00 (250.000) 0,00 4.159.581 (250.000) 3.909.581 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 68 Os dados financeiros mais recentes e significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma: Empresa Caixa Central Crédito Agrícola M útuo Crédito Agrícola Informática S.A. Crédito Agrícola Seguros S.A. Crédito Agrícola Vida S.A. Fenacam Data Referência Activo líquido S ituação líquida Resultado líquido 31-12-2010 31-12-2010 31-12-2010 31-12-2010 31-12-2010 5.633.234.164 33.113.585 154.839.987 872.792.809 6.515.891 147.251.679 5.498.777 22.655.039 45.289.864 3.760.401 2.268.545 146.365 3.096.651 6.107.050 498.046 20 Imposto sobre o rendimento Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2010 eram os seguintes: Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Por prejuízos fiscais reportáveis Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Activos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a recuperar Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar 31-Dez-10 31-Dez-09 1.217.099 1.217.099 917.418 917.418 (2.155) (3.428) 1.214.944 913.990 110.472 545.491 110.472 545.491 (388.235) - (277.763) 545.491 937.181 1.459.481 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 69 Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: 31-Dez-10 31-Dez-09 (442.855) Impostos correntes 8.304 Impostos diferidos (300.954) (229.139) - - (300.954) (229.139) Total de impostos reconhecidos em resultados (743.809) (220.836) Lucro antes de impostos 642.101 256.908 Carga fiscal -115,84% -85,96% Registo e reversão de diferenças temporárias Prejuízos fiscais reportáveis De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2007 a 2010 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010. Nos termos do artigo 12º do Estatuto Fiscal Cooperativo, as cooperativas podem deduzir ao imposto a pagar, as importâncias correspondentes a 20% dos montantes não provenientes de auxílio financeiro do Estado a fundo perdido, investidos em elementos do activo imobilizado corpóreo afectos à prossecução do seu objecto social, com excepção de viaturas ligeiras, mobiliário e outros bens de investimento não directa e imprescindivelmente associados à actividade económica por elas prosseguida. A CCAM do Douro, Corgo e Tâmega, C.R.L., à data de 31 de Dezembro de 2010 tem a situação regularizada perante Segurança Social e a Administração Fiscal. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 70 21 Outros activos Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 31-Dez-10 31-Dez-09 2.639 28.976 586.691 87.527 2.639 27.986 562.701 17.472 705.833 610.798 60.133 15.280 172.413 74.292 18.468 201.727 247.826 294.487 615.191 968.088 615.191 968.088 1.568.850 1.873.373 (179.567) 1.389.283 (207.580) 1.665.793 Outros activos Outros metaos preciosos , numismático Bonificações a receber Devedores e outras aplicações Outros juros e rendimentos similares Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões Seguros Sams Valores a regularizar Outras Deved., out. aplicações e out.activos-Prov.p/imp.acumulada 23 Passivos financeiros detidos para negociação Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-Dez-10 Instrumentos derivados com justo valor negativo 31-Dez-09 - 6.968 6.968 O saldo desta rubrica, em 31 de Dezembro de 2010, refere-se a opções de compra efectuadas junto da Caixa Central com objectivo de cobrir a rentabilidade garantida aos clientes no produto denominado “Depósito Energia 24” (Ver nota 7). _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 71 25 Recursos de outras instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2010 Recursos de instituições de crédito no país Recursos a muito curto prazo Depósitos 31-12-2009 50.590 50.590 113.413 113.413 95 31 50.684 113.444 Juros a pagar 26 Recursos de clientes e outros empréstimos Esta rubrica tem a seguinte composição: Depósitos À ordem A prazo De poupança Outros recursos de clientes Cheques e ordens a pagar Outros 31-Dez-10 31-Dez-09 53.845.479 62.970.025 65.827.170 45.669.481 54.805.103 75.374.590 - Juros a pagar 25.902 - 9.082 5.562 390.399 541.149 183.058.975 176.404.967 Em 31 de Dezembro de 2009 e em 31 de Dezembro de 2010, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos 31-Dez-10 31-Dez-09 110.149.245 50.435.151 21.952.860 481.719 40.000 109.031.605 58.460.153 8.707.539 183.058.975 176.199.297 - _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 72 30 Provisões e imparidade O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2009 e 2010 foi o seguinte: Saldos em 31-Dez-09 Provisões para créditos sobre _clientes e aplicações em _instituições de crédito: Créditos de cobrança duvidosa Crédito e juros vencidos Provisões: Riscos gerais de crédito Outras Provisões Imparidade Imparidade de outros activos financeiros Activos não correntes detidos para venda Outros activos Provisões: Riscos gerais de crédito Outras Provisões Imparidade Imparidade de outros activos financeiros Activos não correntes detidos para venda Outros activos Utilizações Saldos em 31-Dez-10 Transf. 986.363 3.760.518 452.402 4.567.702 (887.703) (1.723.879) - - 551.062 6.604.341 4.746.881 5.020.104 (2.611.582) - - 7.155.403 915.717 87.788 143.712 (198.771) - - 860.657 87.788 1.003.505 143.712 (198.771) - - 948.445 - - - - - - 349.853 250.000 2.542 - (47.227) - - - 305.168 250.000 599.853 2.542 (47.227) - - 555.168 6.350.239 5.166.358 (2.857.580) - - 8.659.016 Saldos em 31-Dez-08 Provisões para créditos sobre _clientes e aplicações em _instituições de crédito: Créditos de cobrança duvidosa Crédito e juros vencidos Reposições e anulações Reforços Reposições e anulações Reforços Utilizações Saldos em 31-Dez-09 Transf. - 986.363 3.760.518 4.746.881 1.224.408 185.552 (423.597) 1.662.111 3.405.961 (1.307.437) (117) - 2.886.519 3.591.513 (1.731.034) (117) - 883.501 136.560 (104.344) - - 87.788 - - - - 915.717 87.788 971.289 136.560 (104.344) - - 1.003.505 581.817 - - - (581.817) - 589.298 10.555 - (250.000) - - - - 250.000 349.853 250.000 1.171.115 10.555 - - (581.817) 599.853 5.028.923 3.738.628 (1.835.378) (117) (581.817) 6.350.239 - _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 73 31 Instrumentos representativos de capital Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2010 31-12-2009 - - 124.655 124.655 193.750 193.750 Instrumentos representativos de capital com natureza de passivo: Acções preferenciais Outros instrumentos Emitidos 32 Outros passivos subordinados Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2010 Outros passivos subordinados: Emitidos 31-12-2009 1 1 1 1 33 Outros passivos Esta rubrica tem a seguinte composição: Credores e outros recursos Recursos diversos Sector Público Administrativo Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Cobranças por conta de terceiros Contribuições para outros sistemas de saúde Credores diversos Responsabilidades com pensões e outros benefícios Encargos a pagar Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias e Subs Natal Prémio de antiguidade Outros Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas Outros compromissos irrevogáveis Valores a regularizar Outras operações a regularizar 31-Dez-10 31-Dez-09 34.335 38.142 108.913 34.330 2.848 7.159 190.535 274.110 92.308 31.204 224.394 192.168 271.207 256.408 9.138 3.792 180.001 262.298 246.427 34.224 1.372.776 1.326.524 11.562 193.797 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 74 34 Passivos contingentes e compromissos Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados Compromissos perante terceiros Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança 31-Dez-10 31-Dez-09 2.876.633 4.254.352 11.614.110 1.217.008 5.122.749 1.217.008 451.231 589.488 244.146 712.994 16.748.469 11.551.249 35 Capital e prémios de emissão O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 Euros. Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2010, o capital da Caixa ascende a Euro 15.483.660 e Euro 15.492.445, respectivamente, sendo a estrutura accionista de capital a seguinte: 31-Dez-10 N º de Valor Titulos Titulos Titulos de Capital Títulos próprios Títulos dos Associados 2.383.954 712.778 3.096.732 % N º de Titulos 31-Dez-09 Valor Titulos % 11.919.770 3.563.890 76,98% 23,02% 2.354.311 744.178 11.771.555 3.720.890 75,98% 24,02% 15.483.660 100,00% 3.098.489 15.492.445 100,00% Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2010, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de: • Redução da participação do Associado; • Exoneração do Associado; • Exclusão do Associado; • Falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 75 A redução da participação do Associado só é permitida até ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral. A exoneração do Associado ou a redução da sua participação só se tornam eficazes no termo do exercício, dependendo da verificação das seguintes condições: • • • O pedido ter sido apresentado por escrito, com antecedência mínima de 90 dias; Terem decorrido pelo menos três anos desde a realização dos títulos de capital; O reembolso não implicar a redução do capital social para valor inferior ao capital mínimo previsto nos estatutos nem implicar o incumprimento ou o agravamento de incumprimento de quaisquer relações ou limites prudenciais fixados por lei ou pelo Banco de Portugal em relação à Caixa. Os títulos de capital são reembolsados ao seu valor nominal. 36 Reservas, resultados transitados, outros instrumentos de capital e lucro do exercício Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2010, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: 31-Dez-10 Reservas de reavaliação: Reservas de reavaliação do imobilizado Reserva legal Outras reservas Resultados transitados Lucro do exercício 31-Dez-09 64.910 64.910 5.177.121 5.078.251 161.343 (42.895) (87.991) 5.295.569 5.157.546 500.201 494.351 5.860.680 5.716.807 167.286 Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 76 37 Juros e rendimentos similares Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro Juros de outras disponibilidades Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro Juros de crédito a clientes Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Operações de locação financeira Outros créditos Consumo Operações de locação financeira Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Crédito externo Particulares Outros créditos Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos Juros Crédito Vencido Juros Crédito Vencido Juros e rendimentos similares de outros activos financeiros Juros de activos financeiros disponiveis para venda Títulos de investimento subordinados Outros créditos e valores a receber - titularizados Juros de investimentos detidos até à maturidade Títulos de dívida emitidos por residentes OT's-Divida pública portuguesa-IDM Outros juros e rendimentos similares 31-Dez-10 31-Dez-09 6.080 - 6.069 - 1.243.159 - 2.158.270 - 73.010 1.032.446 297.398 51.198 13.517 571.801 36.773 1.142.349 249.850 25.817 6.194 660.095 700.994 543.042 35.564 1.135.133 180.285 56.340 24.478 846.890 155.869 34.997 - 2.803 20 21.353 6.578 15 597.619 471.858 19.322 - 26.572 6.395.714 491.433 42 6.529.517 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 77 38 Juros e encargos similares Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de recursos de outras instituições de crédito No país Juros de recursos de clientes e outros empréstimos Outros juros e encargos similares 31-Dez-10 31-Dez-09 348 1.499.621 100.093 2.078.241 1.600.063 2.085.594 31-Dez-10 31-Dez-09 2 2 - 164 7.189 39 Rendimentos de instrumentos de capital Esta rubrica tem a seguinte composição: Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais 40 Rendimentos de serviços e comissões Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias prestadas Garantias e avales Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Por serviços prestados Cobrança de valores Transferência de valores Gestão de cartões Anuidades Operações de crédito Outras operações de crédito Outros serviços prestados Outras comissões recebidas 31-Dez-10 31-Dez-09 70.376 70.376 61.876 61.876 80.357 80.357 48.167 48.167 8.797 23.087 855 62.877 8.067 10.561 735 37.016 423.314 518.412 1.037.341 705.260 1.893.334 255.584 297.210 609.173 320.395 1.039.611 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 78 41 Encargos com serviços e comissões Esta rubrica tem a seguinte composição: Depósito e guarda de valores Cobrança de valores Operações de crédito Outros serviços bancários prestados por terceiros Outras comissões pagas 31-Dez-10 31-Dez-09 20.625 5.164 728 208.915 290 235.722 5.831 5.035 300 135.991 397 147.553 31-Dez-10 31-Dez-09 28.744 28.744 8.092 44 Resultados de reavaliação cambial Esta rubrica tem a seguinte composição: Operações cambiais à vista Operações cambiais a prazo 8.092 45 Resultados de alienação de outros activos Esta rubrica tem a seguinte composição: Resultados em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis 31-Dez-10 31-Dez-09 4.140 43 4.183 (16.482) 5 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 79 (16.477) 46 Outros resultados de exploração Estas rubricas têm a seguinte composição: Outros rendimentos de exploração Reembolso de despesas Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis Recuperação de juros e despesas de crédito vencido Rendimentos da prestação de serviços diversos Outros Outros encargos de exploração Quotizações e donativos Contribuições para o Fundo de Garantia do CAM Outras perdas realizadas - outros activos tangíveis Outros encargos e gastos operacionais Outros impostos 31-Dez-10 31-Dez-09 959 4.465 1.141.638 319.303 34.585 12.044 223.685 228.333 31.517 21.478 1.508.528 509.478 127.850 95.031 62.655 306.799 27.230 38.255 252.397 247 192.453 3.902 619.566 487.254 888.962 22.224 47 Custos com pessoal Esta rubrica tem a seguinte composição: Salários e vencimentos Órgão de Gestão e Fiscalização Empregados Encargos sociais obrigatórios Fundo de pensões Encargos relativos a remunerações Segurança social SAMS Outros encargos sociais obrigatórios Outros Outros custos com pessoal Outros custos com pessoal 31-Dez-10 31-Dez-09 81.794 1.587.535 1.669.329 47.819 1.237.008 1.284.827 81.942 70.083 308.683 78.976 229.376 62.425 17.146 486.746 17.193 379.077 7.045 7.045 2.163.119 4.852 4.852 1.668.756 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 80 O número médio de colaboradores da Caixa em 2009 e 2010 apresenta a seguinte composição: 2010 3 9 38 11 7 67 Administração Chefias e gerência Quadros técnicos Administrativos Outros 2009 3 10 37 11 7 68 48 Gastos gerais administrativos Esta rubrica tem a seguinte composição: Com fornecimentos: Água energia e combustíveis Material de consumo corrente Publicações Material de higiene e limpeza Outros fornecimentos de terceiros 31-Dez-10 31-Dez-09 120.083 37.851 5.330 126.127 289.418 68.593 59.544 151 2.861 78.197 209.346 155.921 246.250 162.000 54.959 85.819 26.142 49.415 119.823 233.449 182.428 64.192 34.117 8.909 12.984 31.749 63.213 4.143 736.933 3.951 17.787 1.440 6.062 42.679 6.724 595.120 1.509 17.239 1.666 2.803 28.492 15.209 86.931 42.612 1.787.281 2.076.699 29.324 180 11.351 67.275 178.331 1.641.853 1.851.199 27 Com serviços: Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal Seguros Serviços especializados: Avenças e honorários Judiciais contencioso e notariado Informática Segurança e vigilância Limpeza Informações Bancos de dados Mão de obra eventual Bancos de dados Outros serviços especializados: Estudos e consultas Consultores e auditores externos Avaliadores externos SIBS Multibanco Outros serviços de terceiros _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 81 49 Entidades relacionadas Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2010, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas: 31-Dez-10 Outras empresas do Grupo Coligadas Total Coligadas Activos: Disponibilidades em outras instituições de crédito - 780.767 780.767 Activos financeiros detidos para negociação - - - Activos financeiros disponíveis para venda - 909.287 Aplicações em instituições de crédito - 63.538.671 Crédito a clientes - - - 108.345 3.887.685 3.996.030 Outros activos 1.338.723 909.287 1.154.071 -1.154.071- 63.538.671 74.904.969 74.904.969-- 4.317.962 4.355.660-- 113.413 113.413-- - - - Recursos de outras instituições de crédito - 50.590 50.590 Recursos de clientes e outros empréstimos - - - Responsabilidades representadas por títulos - - - Passivos subordinados - - - 99.275 14.349 113.624 Custos: Juros e encargos similares - 348 Encargos com serviços e comissões - 3480 117.811 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 117.811 37.698 --7.046 102.231 299 81.659 67.592 - - 1.726 1.726 Gastos gerais administrativos 992.876 6.357 999.233 Proveitos: Juros e rendimentos similares - 1.249.239 1.249.239 Rendimentos de instrumentos de capital Total 1.338.723 Passivos: Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos 31-Dez-09 Outras empresas do Grupo 770.110 56.918 109.277#VALOR!299 149.251-- 2.164.339 827.0282.164.339- 2164338,59 8135 2.164.33977.209- 3122 - 7.243 -- 2 0 2 Rendimentos de serviços e comissões 230.302 44.105 274.407 69.074 Outros resultados de exploração (21.690) 1.276 (20.414) 4.121 - - - - Garantias recebidas - 55.500 55.500 146.288 Compromissos perante terceiros - - - 146.288-- Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - Extrapatrimoniais: Garantias prestadas e outros passivos eventuais: _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 82 50 Pensões de reforma Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006. Em 1 de Janeiro de 2007, o valor actual das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s são as seguintes: Fundo de Pensões Responsabilidades PCSB Impacto da transição para IAS 19: - Tabua de mortalidade - Pressupostos Financeiros Responsabilidades IAS 19 Valor da quota parte do fundo de pensões em 31 Dez 2006 Insuficiencia de Cobertura pelo fundo de pensões Encargos com saúde (SAMS) Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores Com Licenças sem vencimento Com pensões em pagamento Premio de antiguidade Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 1-Jan-07 134.812 18.326 132.547 285.685 (158.731) 126.954 292.185 9.538 301.723 226.747 226.747 De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 83 Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008. Assim, em 31 de Dezembro de 2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção da IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue: Alteração da Tabua de Mortalidade Alteração dos Pressupostos Financeiros Excesso de Cobertura em PCSB Encargos com saude 31-Dez-07 15.708 106.038 19.135 258.620 Anos a diferir 9 7 7 9 Data limite de Diferimento 2016 2014 2014 2016 Reconhecimento anual nos resultados transitados 2010: 31-Dez-10 1.745 15.148 2.734 28.736 48.363 Alteração da Tabua de Mortalidade Alteração dos Pressupostos Financeiros Excesso de Cobertura em PCSB Encargos com Saude (SAMS) Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM DO DOURO, CORGO E TÂMEGA, C. R. L., com referência a 31 de Dezembro de 2009 e de 2010 foram os seguintes: 31-Dez-10 Pressupostos financeiros: Taxa de desconto Taxa de rendimento Taxa crescimento salários e outros benefícios Taxa de crescimento das pensões Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade Tábua de invalidez Idade de reforma Método de avaliação 31-Dez-09 5,50% 4,28% 2,5% 1,75% 5,50% 5,52% 3% 2% TV – 88/90 EVK 80 65 TV – 88/90 EVK 80 65 “Projected Unit Credit” “Projected Unit Credit” Em 31 de Dezembro de 2010, o valor actual das responsabilidades com complemento de pensões de reforma e respectiva cobertura, são as seguintes: _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 84 31-Dez-10 Valor actual das responsabilidades por serviços passados . Com trabahadores no activo e ex-trabalhadores . Com pensões em pagamento 642.452 133.021 775.473 O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM DO DOURO, CORGO E TÂMEGA, C. R. L., é o que a seguir se apresenta: + Custo do serviço corrente + Custo dos juros - Rendimento esperado dos activos do Fundo de Pensões +/- Ganhos e Perdas actuariais Acrecimo anual de responsalilidades 31-Dez-10 53.195 48.636 25.820 (163.436) (87.425) O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM DO DOURO, CORGO E TÂMEGA, C. R. L., foi o seguinte: Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31/12/2009 Contribuições efectuadas . Pela CCAM . Pelos empregados Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) Prémios de seguro pagos Pensões pagas pelo fundo de pensões . Por reformas antecipadas . Outros SAMS pago pelo fundo de pensões 608.847 Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31/12/2010 Variação do valor da quota-parte do fundo de penões em 2010 601.641 (7.206) _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 85 21.225 12.259 (25.815) (11.789) (3.086) O movimento ocorrido durante o exercício de 2010 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: Responsabilidades Pensões em 31/12/2009 Custo de serviço corrente Custo dos juros Ganhos e perdas actuariais nas responsabilidades Acrescimos de responsabilidaes resultantes de reformas antecipadas Pensões pagas pelo fundo de pensões . Por reformas antecipadas . Outros SAMS pago pelo fundo de pensões Responsabilidades em 31/12/2010 Variação das responsabilidades em 2010 865.514 53.195 48.636 (176.997) (11.789) (3.086) 775.473 (90.041) O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2010, de acordo com o Aviso 4/2005 do Banco de Portugal, era o seguinte: Encargos com SAMS Valor actual das responsabilidades com serviços passados 775.473 Valor por amortizar em 31/12/2010 163.674 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 4/2005) 587.461 Nivel de cobertura (Aviso 4/2005) (%) 102% Responsabilidades por serviços passados (ISP) Nivel de cobertura (ISP) (%) 497.210 121% Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado dos fundos de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são diferidos numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite de 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor dos fundos de pensões, dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. Caso os ganhos e perdas actuariais excedam o valor do corredor, deverá ser reconhecido em resultados, no mínimo, um montante correspondente ao referido excesso dividido pelo diferencial entre a idade média dos colaboradores no activo e a idade normal de reforma considerada no estudo actuarial. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 86 Em 31-12-2010 a decomposição do corredor é a seguinte: Corredor 2010 77.547 Desvios actuariais por amortizar em 31/12/2009 (Ganhos) e perdas actuariais dentro do corredor (Ganhos) e perdas actuariais fora do corredor 114.743 86.551 28.192 Transferência das contribuições acumuladas dos empregados Amortização dos desvios actuariais em 2010 Desvio actuarial gerados em 2010 Desvio financeiro (Ganho/Perda) Desvio actuarial (Ganho/Perda) Desvios actuariais por amortizar em 31/12/2010 (50.247) (1.342) (163.436) 13.561 (176.997) (100.282) Ganhos e perdas actuariais dentro do corredor em 31/12/2010 (77.547) Ganhos e perdas actuariais fora do corredor em 31/12/2010 (22.735) Tempo de serviço medio futuro dos activos do fundo 21 Amortização dos desvios em 2010 1.342 A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte: 31-Dez-09 Premio de antiguidade . Com trabaladores no activo . Com licenças sem vencimento 31-Dez-10 Variação 246.428 256.409 9.981 246.428 256.409 9.981 51 Divulgações relativas a instrumentos financeiros 51.1 Risco de Mercado O risco de mercado reflecte perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spread de crédito ou outras variáveis equivalentes. Em 31 de Dezembro de 2009, tal como em 31 de Dezembro de 2010, o risco de mercado é reduzido dado o tipo de instrumentos financeiros em que a Caixa investiu. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 87 51.2 Risco Cambial O risco cambial surge como consequência de variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições abertas” nessas mesmas moedas. Em 31 de Dezembro de 2010, as posições em moeda estrangeira são residuais. 51.3 Risco de Taxa de Juro A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro. O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente: • Diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing); • Alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva); • Variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e • Existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção). A política de gestão do risco de taxa de juro é definida e monitorizada centralmente pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO). A avaliação deste risco é efectuada mensalmente pela Caixa Central, para a totalidade dos saldos das diversas Caixas Associadas sendo a sua exposição a este tipo de risco efectuada com recurso a uma metodologia baseada no agrupamento dos diversos activos e passivos sensíveis em intervalos temporais de acordo com as respectivas datas de revisão de taxa. Para cada intervalo são calculados os cash flows activos e passivos apurando-se o correspondente gap sensível ao risco de taxa de juro. Procede-se então à avaliação do impacto dos gaps mencionados sobre a evolução da margem financeira e sobre o valor económico da entidade em diversos cenários de evolução das taxas de juro. A relação risco/rentabilidade encontra-se enquadrada por limites definidos e monitorizados mensalmente pelo ALCO ao nível da exposição da margem financeira e do valor económico a variações adversas das taxas de juro. O desenvolvimento dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da sua maturidade ou data de refixação é apresentado no quadro seguinte: Considerando os valores apurados, os quadros anteriores apresentam uma exposição ao risco de taxa de juro, tanto da margem financeira como do valor económico do capital, pouco significativa. Este risco mede o impacto de uma variação das taxas de juro, positiva ou _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 88 negativa, sobre os referidos indicadores em função da exposição líquida nos diversos intervalos temporais. 51.4 Risco de Liquidez O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu activo satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis. A política de gestão da liquidez é definida e monitorizada pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO) da Caixa Central, estando a sua gestão diária cometida ao Departamento Financeiro da Caixa. Para avaliar a exposição global a este tipo de risco, no curto, médio e longo prazos, são elaborados relatórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como avaliar a cobertura dinâmica dos mesmos. É também realizado um acompanhamento por parte da Caixa dos rácios de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados segundo as regras exigidas pelo Banco de Portugal. Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional. Os recursos excedentários da Caixa são canalizados para a Caixa Central, onde são centralmente aplicados em activos de elevada qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente, obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações de prazo curto sobre Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais. Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta e acompanhados os seguintes aspectos: • Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais; • Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas; • Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados. O “gap” negativo até 3 meses reflecte o elevado montante de depósitos à ordem de clientes os quais foram classificados de acordo com o seu prazo residual contratual, tal como exigido pelas IAS, mas que na prática apresentam características de passivos estruturais. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 89 51.5 Risco de Crédito A eficiência e a rendibilidade de uma instituição financeira dependem objectivamente de um rigoroso controlo dos riscos, no que assenta também a sua solidez financeira. Neste sentido, o Grupo Crédito Agrícola continuou a dar elevada prioridade ao projecto de “Transformação da Função Risco”, desenvolvido à luz das melhores práticas organizacionais neste domínio e enquadrado no cumprimento dos requisitos regulamentares de Basileia II. A coordenação deste projecto encontra-se cometida ao Gabinete de Riscos da Caixa Central que centraliza, na sua unidade de estrutura, as competências e as funções de coordenação em matéria de análise e controlo integrado de riscos, articulando a actividade desenvolvida com a dos demais departamentos especializados. O risco de crédito está associado à possibilidade de incumprimento efectivo e/ou à degradação da qualidade da contraparte em operações de crédito, constituindo o risco mais relevante da actividade de qualquer instituição financeira. O programa de “Transformação da Função Risco” é constituído, em matéria de avaliação da exposição a este risco, por diversas iniciativas de diferente disciplinaridade e amplitude, mas formando um todo coerente entre si. 51.6 Justo valor de activos e passivos financeiros As principais considerações sobre o justo valor dos activos e passivos financeiros são as seguintes: • Relativamente aos saldos à vista, considerou-se que o valor de balanço corresponde ao justo valor; • O justo valor dos restantes instrumentos foi determinado pela Caixa Central com base em modelos de fluxos de caixa descontados, tendo em consideração as condições contratuais das operações e utilizando taxas de juro apropriadas face ao tipo de instrumento, incluindo: o Taxas de juro praticadas nas operações intra-grupo realizadas ao abrigo do Regime Jurídico do Crédito Agrícola, designadamente aplicações efectuadas junto da Caixa Central; o Taxa de juro praticadas nas operações concedidas pela Caixa para tipos de créditos comparáveis; e o Taxas de juro de referência para emissão de produtos para colocação no retalho. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 90 51.7 Exposição máxima ao risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2010, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue: 31-Dez-2010 Patrimoniais: Crédito a clientes Aplicações em instituições de crédito Disponibilidades em outras instituições de crédito Extrapatrimoniais: Garantias prestadas Compromissos irrevogáveis 109.741.602 63.953.888 1.670.768 175.366.258 2.876.633 11.614.110 14.490.743 189.857.001 51.8 Risco Operacional O risco operacional traduz-se, genericamente, na eventualidade de perdas originadas por falhas na prossecução de procedimentos internos, pelos comportamentos das pessoas ou dos sistemas informáticos, ou ainda por eventos externos à organização. Para a gestão do risco operacional encontra-se implementado um sistema que visa assegurar a uniformização, sistematização e recorrência das actividades de identificação, monitorização, controlo e mitigação desses riscos. 51.9 Risco de Compliance Apesar de haver uma Departamento próprio de Compliance, o Conselho de Administração é responsável pela supervisão da gestão do risco de Compliance, sendo a Caixa Central responsável pela divulgação das suas políticas pelas Caixas Associadas. 52 Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Douro, Corgo e Tâmega está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 91 Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2010, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros): Origem Seguradora 2008 2009 2010 Ramos Não Vida Ramo Vida Fundos de Pensões Total CA Seguros CA Vida CA Vida 119.079,65 35.975,52 92,47 155.147,64 106.398,71 55.721,74 153,56 162.274,01 124.785,43 48.023,58 150,18 172.959,19 % por Origem 2010 72,1% 27,8% 0,1% 100,0% A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM. 53 Fundos próprios Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2010, o detalhe dos fundos próprios da Caixa apresenta-se de seguida: 31-Dez-2010 20.486.768 Fundos próprios de base 31-Dez-2009 20.373.181 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 92 Fundos próprios complementares Deduções Fundos próprios totais Riscos ponderados totais Rácio TIER I Rácio de solvabilidade 925.568 (2.655.738) 18.540.506 83.743.579 19,09% 18,87% 980.627 (2.906.376) 18.288.784 82.164.862 19,12% 18,95% 54 Lei 28/2010 – Divulgação da política de remuneração dos membros dos Órgãos de Administração e de fiscalização A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Douro, Corgo e Tâmega, C.R.L., aprovou em Assembleia-geral de 29/12/2010, a declaração de política de remuneração para o ano findo onde consta que: • A remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste num montante fixo mensal, em conformidade com a “Proposta de Remuneração dos Órgãos Sociais”. • A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste na atribuição de uma senha de presença. • A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas. Remunerações brutas auferidas no exercício findo em 31/12/2010 70.793,76 29.254,80 20.769,48 20.769,48 4.500,00 Órgãos Sociais Conselho de Administração Presidente Vogal Vogal Conselho Fiscal Presidente Vogal Vogal 500,00 2.000,00 2.000,00 Revisor Oficial de Contas (valor s/ IVA) 11.820,00 11.820,00 87.113,76 Santos Carvalho & Associados, SROC, S.A. A Técnica Oficial de Contas (TOC n.º 46127) O Conselho de Administração (Maria do Carmo da Silva Macedo Teixeira) (Alcino Pinto dos Santos Sanfins) (Maximiano Pereira Correia) (Manuel António Mota Ferreira) _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 93 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO DOURO, CORGO E TÂMEGA, C. R. L. DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros) Capital Saldos em 31 de Dezembro de 2008 14.968.515 Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...) Aplicação do resultado do exercício de 2008: Transferência para resultados transitados Constituição de reservas Distribuição de dividendos Gratificações Aumento de capital 778.950 Reembolso de capital (255.020) Alterações de justo valor líquidas de imposto Resultado liquido do exercício de 2009 Saldos em 31 de Dezembro de 2009 15.492.445 Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...) Aplicação do resultado do exercício de 2009: Transferência para resultados transitados Constituição de reservas Distribuição de dividendos Gratificações Aumento de capital 198.215 Reembolso de capital (207.000) Alterações de justo valor líquidas de imposto Resultado liquido do exercício de 2010 Saldos em 31 de Dezembro de 2010 15.483.660 Reservas de reavaliação Outras Reservas e resultados transitados Outras Resultados reservas transitados Total 64.910 4.082.157 (58.168) - - (42.895) (42.895) 1.168.225 (574) (1.755) (2.517) - 58.168 (45.096) 58.168 1.168.225 (574) (1.755) (2.517) (45.096) 64.910 5.245.537 (87.991) 5.157.546 - - (42.895) (42.895) - 92.689 239 - 87.991 - 87.991 92.689 239 - 64.910 5.338.464 - (42.895) 4.023.989 5.295.569 Resultado do exercício 2.190.107 (58.168) (1.202.052) (155.283) (98.393) (676.211) 494.351 494.351 Total 21.247.522 (42.895) (33.826) (155.857) (100.148) 100.222 (255.020) 449.255 21.209.252 (42.895) (87.991) (103.870) (88.000) (70.000) (144.490) 500.201 500.201 (11.182) (87.761) (70.000) 53.725 (207.000) 500.201 21.344.340 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO DOURO, CORGO E TÂMEGA, C. R. L. DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros) 2010 Resultado individual Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda: Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda Impacto fiscal Transferência para resultados por alienação Impacto fiscal Pensões - regime transitório Outros movimentos Total Outro rendimento integral do exercício Rendimento integral individual 2009 500.201 494.351 (42.895) (42.895) 457.306 (42.895) (42.895) 451.456 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 95 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE DOURO, CORGO E TÂMEGA, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E O EXERCÍCIO FINDO DE 2009 (Montantes expressos em Euros) 2010 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de juros e comissões Pagamentos de juros e comissões Pagamentos ao pessoal e fornecedores Contribuições para o fundo de pensões (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento Resultados cambiais e outros resultados operacionais Recuperação de créditos incobráveis Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais (Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Aplicações em instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda Créditos a clientes Investimentos detidos até à maturidade Derivados de cobertura Activos não correntes detidos para venda Outros activos 2009 8.422.851 (1.835.785) (4.183.691) (56.127) 326.800 917.706 7.435.325 (2.233.147) (3.449.872) (70.083) (754.912) 30.315 (468.701) 3.123.054 992.355 1.949.980 (11.380.502) (159.214) 5.965.422 16.146.744 11.000 (439.860) 10.136.623 (7.822.393) (2.273) 282.138 11.073.002 214.187 1.315.232 5.059.893 (6.968) (62.760) 6.654.008 (2.273) (2.410) 5.761.237 364.150 6.948.431 (193.871) 5.562.681 (65.137) 2.452.769 (65.137) 2.452.769 (6.968) Aumentos (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Derivados de cobertura Passivos não correntes detidos para venda Outros passivos Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimento Impostos pagos Caixa líquida das actividades operacionais FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Dividendos recebidos Aquisição de activos disponíveis para venda Alienação de activos disponíveis para venda Rendimentos adquiridos nos activos disponíveis para venda Aquisições de activos tangíveis e intangíveis Variação de activos tangíveis e intangíveis Vendas de activos tangíveis e intangíveis Investimentos em empresas filiais e associadas Caixa líquida das actividades de investimento FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Aumento de capital Diminuição de capital Dividendos pagos Emissão de dívida titulada e subordinada Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros Remuneração paga relativa a passivos subordinados Outros Caixa líquida das actividades de financiamento Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício A Técnica Oficial de Contas (TOC n.º 46127) (2) 240.291 1.866.390 240.289 (250.000) 1.616.390 523.930 (8.785) (356.328) (365.113) (1.056.551) (532.621) (670.540) 303.758 4.115.018 3.444.479 3.811.260 4.115.019 O Conselho de Administração (Maria do Carmo da Silva Macedo Teixeira) (Alcino Pinto dos Santos Sanfins) (Maximiano Pereira Correia) (Manuel António Mota Ferreira) _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 96 PARECER DO CONSELHO FISCAL No desempenho das suas funções, reuniu nesta data o Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Douro, Corgo e Tâmega, CRL, na sua sede, para apreciar, discutir e dar parecer sobre o relatório de gestão, as contas e a proposta de distribuição de resultados, apresentados pelo Conselho de Administração e referentes ao exercício de 2010. O Conselho Fiscal tomou conhecimento da Certificação Legal de Contas, efectuada sem reservas, pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Santos Carvalho & Associados, SROC, S.A. Estiveram presentes todos os seus membros, o Presidente Tiago Gil Durães Oliveira e os vogais António Guedes Moreira e Manuel Monteiro Figueiredo, que analisaram os elementos apresentados, considerando que estes espelham com fidelidade e consistência a situação patrimonial da Caixa, cuja actividade vem sendo acompanhada de perto por este Conselho Fiscal, desde a sua tomada de posse. Nestes termos e por unanimidade, foi deliberado propor à Assembleia Geral: - A aprovação dos Relatório e Contas do exercício de 2010; - A aprovação das propostas do Conselho de Administração de distribuição dos resultados do exercício e de aplicação da Reserva Livre; Um voto de reconhecimento aos demais Órgãos Sociais, funcionários e colaboradores, pela forma como desenvolveram a actividade desta CCAM e pela qualidade da gestão dessa mesma actividade, consubstanciada nos resultados do exercício apresentados e no reforço da situação económica da Caixa. Vila Real, 2 de Março de 2011 O Conselho Fiscal Tiago Gil Durães Oliveira António Guedes Moreira Manuel Monteiro Figueiredo _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 97 PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO DOURO, CORGO E TÂMEGA, C. R. L., SOBRE O RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2010 Nos termos do nº 1 do artigo 34º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola do Douro, Corgo e Tâmega, CRL, é competência do Conselho Consultivo, por solicitação do Conselho de Administração, emitir parecer sobre o Relatório e Contas do exercício de 2010, a apresentar à Assembleia Geral convocada para o efeito. Na sequência da entrada em vigor do novo Regime Jurídico do Crédito Agrícola, com a publicação do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho de 2009, as Caixas Agrícolas tiveram de adequar os seus Estatutos, alterando o seu modelo de governação para uma das modalidades previstas no Código das Sociedades, deixando, neste particular, de seguir o preceituado no Código Cooperativo. Devido àquelas alterações Estatutárias, o Conselho Consultivo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Douro Corgo e Tâmega mudou o seu regimento e, em consequência, apenas tomou posse no final do exercício de 2010. Com estes considerandos, após a leitura e análise do Relatório e Contas do exercício de 2010 apresentado pelo Conselho de Administração, analisados também o parecer do Conselho Fiscal e a Certificação Legal de Contas emitida pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas “Santos Carvalho & Associados, SROC, SA”, congratulamo-nos com os resultados obtidos, no montante de quinhentos mil e duzentos e um Euros, que se devem considerar bastante satisfatórios, principalmente se tivermos em conta a difícil conjuntura económica que atravessamos. Do relatório parece-nos ser ainda de realçar a evolução negativa da margem financeira, certamente em consequência da actual política monetária e do seu reflexo sobre as taxas Euribor, penalizando essencialmente as instituições que, como a nossa Caixa, têm uma confortável posição de liquidez e uma elevada percentagem das aplicações indexadas à Euribor. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 98 Finalmente, merece ainda relevância a diminuição de quase 100.000,00 € conseguida nos custos administrativos, bem demonstrativo do esforço efectuado pelos órgãos de gestão da Caixa na contenção dos custos de funcionamento. Assim, o Conselho Consultivo da Caixa de Crédito Agrícola do Douro, Corgo e Tâmega, CRL, no exercício das competências que lhe são atribuídas pelos Estatutos, emite parecer favorável ao “Relatório e Contas” do ano de 2010 apresentado pelo Conselho de Administração. Peso da Régua, Março de 2011 O CONSELHO CONSULTIVO João dos Anjos Barbosa José da Fonseca Alves Carlos Silvino Rodrigues Machado Maria Assunção Pinto Rosinha Vítor Manuel Teixeira Carvalho Rui Fernandes Alvares Celso Marques de Magalhães _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 99 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 100 _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 101 ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CCAM 1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Douro, Corgo e Tâmega, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos. 2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC 3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 102 3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Valdemar Augusto Costa Leite Vice-Presidente: Manuel António Alves Dias Secretário: Maria Adelaide Rodrigues Vaz Machado 3.2.Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais; Votar a proposta de Plano de Actividades e de Orçamento da Caixa de Crédito Agrícola para o exercício seguinte; Votar o Relatório, o Balanço e as Contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa de Crédito Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa de Crédito Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; Decidir da alteração dos estatutos; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola. 4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente. _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 103 Actualmente o Conselho de Administração é composto por três membros, com mandato para o triénio 2010/ 2012. 4.1. Composição do Conselho de Administração Presidente: Alcino Pinto dos Santos Sanfins Vogal: Maximiano Pereira Correia Vogal: Manuel António da Mota Ferreira 4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: Administrar e representar a Caixa de Crédito Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de Plano de Actividades de Orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o Relatório e as Contas relativos ao exercício anterior; Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa de Crédito Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa de Crédito Agrícola, vencidos e não pagos; Organizar, dirigir e disciplinar os serviços; Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Adquirir bens móveis ou imóveis em processos de recuperação de crédito, e proceder à sua alienação; _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 104 4.3. Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 55 reuniões em 2010. 4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração não distribuiu pelouros entre os seus membros 5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividades e de orçamento. 5.1. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente. 5.1.1. Composição do Conselho Fiscal Presidente: Tiago Gil Durães Oliveira Vogal: António Guedes Moreira Vogal: Manuel Monteiro Figueiredo _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 105 5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por mês, tendo realizado, em 2010, um total de 5 reuniões. 5.2. Revisor Oficial de Contas O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2010 a 2012, encontrando-se designado para o cargo: Efectivo: Santos Carvalho & Associados, SROC, S.A. Suplente: Carla Maria Castro de Pinho _______________________________________ CCAM do Douro, Corgo e Tâmega - Relatório e Contas do Conselho de Administração – 2010 106