100 anos de Carlos Galhardo

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Informativo da Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Intelectuais
100 anos de Carlos
Galhardo
Zeca Pagodinho
faz 30 anos de carreira
CADE – Uma agressão
ao Direito
Rolando Boldrin:
um Ícone da Cultura
Brasileira
Jornada Mundial
da Juventude
no 28
Um time vencedor!
Rolf Müller
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Contreira
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Dario Zalis
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Números atrasados deste informativo podem ser consultados através da página da Socinpro.
Socinpro Notícias Junho 2013
2 socinpro notícias
Editorial
Foto: Flávio Cavalcante
100 anos: Carlos Galhardo
o dia 24 de abril deste ano, o
nosso querido e pranteado Carlos
Galhardo, se vivo, teria completado 100 anos. Além de consagrado intérprete, dedicou grande parte de sua vida à
defesa do direito autoral. Sócio fundador
da SOCINPRO, exerceu a Presidência da
Sociedade durante vinte anos, sempre solidário e amado por seus colegas. Mas,
hoje, se estivesse aqui entre nós, por certo
estaria encetando uma campanha em defesa do direito autoral, como nós estamos
fazendo na esteira de seus ensinamentos,
atuação e dedicação. Por isso, dedicamos a
capa desta Revista ao nosso querido Carlos
Galhardo. Vejam um pouco de sua vida
nas páginas 12 e 13, onde sua esposa, D.
Eulália Guagliardi, nos conta sua história.
Estamos vivendo tempos difíceis. Nas
páginas 7, 8 e 9, Dr. João Carlos Eboli e
Fernando Vitale comentam a desastrada
decisão do CADE, a qual, se levada a
efeito, travará a operacionalidade das Associações e do ECAD. Usuários de música, por certo, serão os mais beneficiados.Vão questionar a tabela de valores
cobrados, deixarão de pagar e a arrecadação terá um decréscimo que pode chegar
a 40%, já que verificamos uma queda na
arrecadação de 20% neste primeiro trimestre. O CADE exorbita de suas funções quando, sem nenhum critério, estabelece multas elevadíssimas, ao redor de
cinco milhões e meio de reais, determina
que todo sistema atual de cobrança seja
modificado em seis meses, para que cada
Associação passe a cobrar independentemente da outra e do ECAD os valores de
seus repertórios. E isso é impossível,
como demonstram Fernando Vitale e Dr.
João Carlos Eboli em seus artigos desta
revista. Se vamos a um restaurante e pedimos um “bacalhau na brasa”, na hora
de pagar não tem negociação. Ou pagamos ou vem a polícia e vamos presos. Por
que ser diferente no direito autoral?
N
Ao determinar também que o ECAD
admita toda e qualquer Associação de artistas sem qualquer restrição, fará com que
o ECAD não tenha condições de funcionar. O custo mínimo administrativo, afora
o do funcionamento e da arrecadação do
ECAD por Associação é de R$33.900,00
ao mês. Hoje, temos registradas no ECAD
nove Associações e somente sete conseguem arcar com o custo mínimo. De
modo que as sete Associações arcam com
os custos das deficitárias, que são somente
duas. Imaginem se amanhã se inscreverem
mais de 20 Associações? É justo que os autores, artistas e músicos sustentem aquelas
e que tenham diminuídos os seus rendimentos? Qualquer titular de direito hoje
tem nove Associações para, de livre escolha, se associar. Não é necessário criar outras Associações.
Se os clubes de futebol e os partidos políticos têm regras estatutárias regulando o
funcionamento dos mesmos, por que as
Associações de direito de autor não podem
ter? Mas parece que o CADE quer acabar
com as Associações e com o ECAD. Imaginem que determinou que as multas
sejam pagas com recursos próprios das Associações e do ECAD e não com o produto da arrecadação do direito autoral. As
Associações e o ECAD são entidades sem
fins lucrativos e não tendo resultados,
como pagar?
Falece competência ao CADE propor
reformas. Aliás, o Conselheiro Ricardo
Machado Ruiz é divergente do Presidente
do CADE nesse sentido e em seu voto
deixa claro sua posição nessa direção.
Ora, as Associações e o ECAD são
entidades sem fins lucrativos, não dispõem de outros recursos a não ser a
taxa de administração, que na nossa Associação não alcança em média o valor
de R$ 3.600.000,00 ao ano, acontecendo o mesmo com as outras seis Associações, com valores abaixo ou acima.
Como elas vão pagar uma multa arbitrária, sem dosimetria e sem critérios, que alcança o valor de cinco milhões e meio de
reais? É piada de salão, como diz uma marchinha de carnaval. É ou não é?
Enfim, estamos vivenciando o limiar de
uma “quebradeira total” se a Justiça, aonde
vamos nos socorrer, não suspender as multas e anular a decisão do CADE, em razão
de lhe faltar competência para tanto e,
também, por não havermos com o nosso
procedimento, afetado qualquer mercado
relevante pela operação da cobrança dos
direitos autorais, além de não constituir
uma atividade empresarial e não ter lucros.
Caso os usuários não queiram pagar o
preço da música às Associações e ao
ECAD, podem simplesmente não utilizálas e usar “apito”, ou contatar diretamente
cada autor, intérprete ou músico, encomendando a música que quiser e negociando o preço. Por certo, vai sair bem
mais caro e nem sempre vão dispor de música a todo momento. Por isso, eles têm a
“licença em branco”, que lhes permite utilizar qualquer obra musical e pagar depois
o preço fixado na tabela que é publicada e
se encontra em manuais, revistas e no site
do ECAD.
Decidam, então, senhores do “Anel”.
Jorge S. Costa
Presidente da SOCINPRO
socinpro notícias 3
Foto: Rodrigo Meneghello
A voz do associado
le voltou para ficar. O cantor Jerry Adriani está de volta à SOCINPRO, depois de um afastamento de
4 anos e promete dar muito trabalho à Sociedade. É que em 2014, o artista comemora 50 anos de
carreira e vai lançar um DVD e um livro sobre sua história e trajetória profissional. Jerry conta que
a história de Jair Alves de Souza já está pronta e foi escrita por ele. Mas a trajetória será feita por um jornalista, que vai pesquisar tudo o que foi feito nestes 50 anos, para que nada fique esquecido.
Jerry diz que desde o início de sua carreira foi filiado à SOCINPRO. Mas há alguns anos ele se tornou
grande amigo de Francisco Ribeiro, um dos dirigentes da ABRAMUS, que várias vezes o convidou para
participar da associação, dizendo que mudanças são necessárias na vida de todo profissional. Jerry
então passou para a ABRAMUS, onde ficou por 4 anos, fez grandes amigos, foi respeitado e muito bem
acolhido, mas o círculo se fechou. E agora ele está de volta à SOCINPRO, onde sempre teve também ótimos amigos, seu trabalho
foi muito bem preservado e ele adora receber o carinho da equipe, de toda a diretoria e do presidente, Jorge Costa, “que me recebeu
calorosamente”. E o grande projeto das comemorações dos 50 anos de carreira vai ser na SOCINPRO. Vai ser trabalhoso, mas com
certeza trará grandes alegrias a toda a equipe da Sociedade. E depois o trabalho continua, pois Jerry não pára. E seu fã clube cada
ano aumenta mais!
E
Notas
O NA SC IM EN T O DO S A MB A
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Cantor, compositor, poeta e escritor, Martinho da Vila acaba
de lançar o livro infanto-juvenil O Nascimento do Samba, décimo segundo livro de sua autoria, cujos estilos são variados e
abrangem: romance, ficção, biografia para adultos e literatura
infanto-juvenil. O gosto de Martinho pela literatura vem de
longe, afinal sua primeira autoria foi o samba enredo em homenagem a Machado de Assis que ele compôs para a Escola de
Samba “Boca do Mato”, em 1959, quando tinha 21 anos, e
que posteriormente foi gravado por ele no LP Samba Enredo,
de 1980.
Esse ano, Martinho da Vila tem vários motivos para comemorar seus 75 anos de idade e 46 de carreira, como a vitória de
sua escola de samba, a unidos de Vila Isabel e a vida e obra do
artista que é tema do Projeto Sambabook, que abrange shows,
CD, livro com o seu perfil biográfico e um DVD.
Rildo Hora, Silvio Cesar e Martinho da Vila.
SO CIN PRO S E REÚNE C O M A S SOCIAÇÕES AM ERICAN AS
O Coordenador do Departamento de Relações Internacionais da SOCINPRO, Marcelo Adonis, se reuniu com os dirigentes das Associações americanas de direito de autor, BMI e ASCAP, para intensificar o relacionamento internacional
e otimizar a arrecadação dos direitos autorais dos compositores da SOCINPRO, com atualização do banco de dados
das obras, identificação de protegidos (retidos) e os pagamentos de direitos gerados por shows, internet, audiovisual e
outras mídias digitais.
4 socinpro notícias
O rouxinol se cala
Silvio Cesar
O Brasil perdeu
mais um cantor.
Um rouxinol:
EMÍLIO SANTIAGO.
Nossas noites já não serão as
mesmas, sem o canto melódico e
harmonioso do maior entre os
pássaros cantores.
Nossa solidão já não será aliviada pela música do cantor solitário,
o que fica acordado enquanto
os outros dormem,
que se esconde enquanto os outros se exibem,
que canta para aliviar a tristeza
dos que choram.
Emílio cantou e viveu como
um rouxinol.
Discretamente, solitariamente,
amorosamente.
Sua voz, perfeita e única, jamais
será esquecida.
Seu canto, suave e musical, permanecerá em nossa memória.
Seu jeito de viver, recatado e elegante, sempre será um exemplo.
Sua arte, imortal.
esse extraordinário cantor e tive o
privilégio de conviver com esse
homem, honesto e leal, que soube
homenagear aqueles que o apoiaram no início, como o maestro Ed
Lincoln, a quem dedicou seu derradeiro CD “Só Danço Samba”,
gravando três dos emblemáticos
sambas do maestro que, por uma
feliz coincidência, são parcerias
comigo.
Uma honra.
Emílio Santiago fez da modéstia,
uma atitude natural e da humildade, um comportamento diário.
Jamais se vangloriou de seu
enorme talento e sempre se colocou à disposição de todos os projetos do bem que lhe foram apresentados.
Sempre incentivou e prestigiou
os jovens talentos, sem temor e
sem inveja.
Por tudo isso e pelo que está faltando dizer,
Obrigado, Emílio!
Obrigado por ter nos deixado
tantos exemplos de dignidade e
amor.
Obrigado pelos momentos de
paz e harmonia que você nos proporcionou.
Obrigado por você existir e ter
vivido entre nós.
Valeu, rouxinol!
Descanse em paz.
Arquivo da família
Eu me lembro de como tudo
começou.
Eu estava lá, no programa do
Flávio Cavalcante, aplaudindo.
Eu tive a sorte de ver minhas
modestas canções cantados por
socinpro notícias 5
Rolando Boldrin
Um ícone da cultura brasileira
6 socinpro notícias
Arquivo pessoal
O
início foi difícil. Ele queria ser
ator, mas foi sapateiro, frentista
de posto de gasolina e até auxiliar de armazém. Hoje ele é um ícone dos
ritmos regionais brasileiros, do teatro, do
cinema e da TV. Com cerca de 250 obras
gravadas e 6 livros publicados, Rolando
Boldrin é um grande sucesso como diretor
e apresentador do Programa Sr. Brasil, na
TV Cultura, onde há 8 anos canta, conta
causos e aborda temas e ritmos de todo o
Brasil. O objetivo do programa é divulgar
as culturas regionais. E tem dado certo,
como tudo o que Boldrin faz. Ele acaba de
lançar o DVD Rolando Boldrin e Convidados, onde faz parceria, entre outros, com
Dominguinhos, Tom Zé e Zeca Baleiro e
está se preparando para o seu grande Projeto de 2013: fazer um filme sobre a cultura brasileira inspirado no livro, de sua
autoria, “História de Amar o Brasil – 50
Anos de Carreira Artística”, com ele contando a sua própria história. E o Projeto é
ainda mais ambicioso diz Boldrin, “o meu
sonho é antes do filme fazer uma pequena
apresentação, conversando com o público
e falando sobre a minha carreira e minha
arte. E espero conseguir”.
O sétimo de doze filhos, vindo de uma
família tão pobre que morava em casa de
chão batido, sem fogão a gás, sem geladeira, nem rádio, Rolando conta: “Onze
horas da manhã, as vozes dos locutores
Lafayette Leandro e Airton Gouveia se faziam ouvir. ‘E com vocês...a dupla de
ouro...a dupla que vale ouro, a dupla que
é um verdadeiro... tesourooooooo: BOY
e FORRRRR...MIGA!’ Era o programa
de auditório, com direito até a jingle do
patrocinador e cachê artístico. A fama dos
dois meninos de vozes ardidas crescia
tanto que já eram convidados para apresentações em palcos de cinemas de outras
cidades. O Boy da dupla, era eu. Com 16
anos, meu pai me mandou para a capital.
Tirou do bolso uma nota de 100 mil réis,
me entregou e recomendou carinhosamente: ‘Vá, caboclinho. E muito juízo
por lá.’ Procurei qualquer trabalho, mas
não sonhava com outra coisa senão ser
ator. Fui procurar as emissoras de São
Paulo para testes de cantor ou ator de novelas de rádio ou programas humorísticos.
A última tentativa foi na Rádio e TV Tupi,
a pioneira no Brasil, onde habitavam os
grandes mestres dessa arte maluca que é
transmitida vinda do espaço, passando por
dentro de fio elétrico, coisa que me espantava só de imaginar como podia ser isso.
Em 1958, fui incluído no quadro de figurantes. Entre uns 300 colegas figurantes
nessa luta estavam alguns artistas que depois se tornariam meus amigos imortais:
Plínio Marcos, Fúlvio Stefanini, Chico de
Assis, Walter Negrão e muitos outros.
O ano de 1966 foi de rompimento
temporário com a televisão, numa arrancada corajosa, porque além de perder a estabilidade do emprego fixo, que já durava
8 anos, ficara prejudicada a projeção artística conseguida a duras penas na Emissora da ‘moda’, a TV Tupi de São Paulo.
Mas decidi partir para o teatro. A estréia
foi no TBC, entre feras do Grupo Oficina
na peça Os inimigos, de Máximo Gorki,
com direção de Zé Celso Martinez Corrêa. O ‘salto’ seguinte foi para o famoso
Teatro de Arena, marca registrada do
grande ator e dramaturgo Gianfrancesco
Guarnieri, lugar onde se podia ‘brincar’
de ator com grandes companheiros em
vários espetáculos. Agora sim. Estava do
jeito que eu queria. Peças de autores brasileiros num importante movimento da
classe teatral na resistência heróica à revolução militar de 64, quando nós atores
nos palcos, levávamos ‘pancadas’ e ampolas de gás ardido nos olhos, junto a um
público solidário nas ideias revolucionárias dos anos 70”, relembra Boldrin. “Depois de ter vivido muitos personagens na
televisão, mais a experiência do teatro, comecei a desejar um convite para o cinema.
O que só aconteceu em 1978, quando
João Batista de Andrade e David José apareceram lá em casa com um roteiro nas
mãos e, depois de um cafezinho e um
pouco dos meus causos, o João me disse
que queria me ver na tela grande interpretando o ferroviário de sua história, o ‘Pereira’. O convívio gostoso com os companheiros de TV Irene Ravache e Antonio
Fagundes, o triângulo amoroso desta história do João Batista, e estava feito ‘Doramundo’. E eu... o ‘Pereira maquinista’.”
E Rolando Boldrin marcava posição na
televisão, teatro e cinema, como um dos
mais respeitados atores brasileiros. E agora
chegou a hora de contar a sua história na
tela grande e nos palcos dos cinemas,
como ele sonha e todos nós torcemos. Este
é um Projeto que vem coroar a bela carreira desse guerreiro brasileiro.
Decisão do CADE nos leva
de volta aos anos 60
Fernando Vitale
U
Naquela época, os editores se
viam forçados a criar pequenas editoras e filiá-las às várias associações. Os compositores, por sua
vez, buscavam parcerias com autores da sua mesma sociedade. Para
driblar a ordem estabelecida, as esposas desses compositores, como
num passe de mágica, passavam
a compor canções e filiavam-se a
outra entidade, que não a de seus
maridos.
Ainda são incalculáveis os prejuízos para a classe artística musical, formada por compositores,
intérpretes, músicos, editoras de
música e gravadoras. Estimativas
conservadoras prevêem que a arrecadação dos direitos de execução
pública sofra uma perda de 50%.
Infelizmente, diversos usuários do
ECAD vêm suspendendo o pagamento de suas contribuições. Ou
seja, como se não bastasse a queda
livre na receita de direitos provenientes da vendagem de discos,
produto que nem vendedor ambulante comercializa mais, eis que
somos surpreendidos com essa
ignóbil imposição que, simplesmente, implode um sistema legalmente constituído de gestão coletiva de cobrança unificada, que
vem sendo aprimorado, a duras
penas, há 40 anos, desde a promulgação da lei que criou o ECAD.
Ao determinar que as associações apresentem preços individualizados pela utilização do seu repertório, o CADE, numa pretensa
Arquivo pessoal
m compositor chegava para se apresentar num clube
ou numa casa noturna e
logo alguém perguntava a qual sociedade de autor ele pertencia. Ao
informar o nome da sua associação, poderia receber a notícia de
não estar apto a cantar naquele
local porque o direito autoral era
pago a outra sociedade.
Preparemo-nos todos: a prevalecer a recente decisão do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (CADE) – pela qual cada associação deverá estabelecer e aplicar sua própria tabela de preços,
não mais podendo atuar em bloco,
como hoje se faz através do ECAD,
vamos viver um verdadeiro déjà vu
dos anos 60, quando UBC, Sbacem, Sadembra e Sicam disputavam o mercado palmo a palmo,
cada qual com “armas” e estratégias próprias.
Muitos usuários de música negavam pagamento de direito autoral, por exemplo, à Sadembra, embora utilizassem o repertório por
ela administrado, sob a alegação de
que já o haviam efetuado à UBC
ou à Sbacem. Por mais que explicássemos a diversidade do conteúdo de obras de cada associação,
não havia jeito: eles não entendiam
e não pagavam. Então, recorria-se
à Justiça e criava-se, assim, aquela
Torre de Babel. Claro que aquele
modelo não poderia perdurar por
muito tempo. Era uma crise atrás
de outra.
defesa do consumidor, estará debilitando o poder dos criadores nacionais e, por conseguinte, a própria produção musical brasileira.
Não podemos nos esquecer de
que, naqueles anos, o Brasil era um
território onde a música estrangeira, prosperando com facilidade,
era bem mais executada nas rádios
do que a nossa.
A se confirmar essa escatologia,
entre tantas questões sem resposta,
como cobrar o repertório compartilhado de Roberto Carlos (SOCINPRO) e Erasmo (UBC), garantindo
a ambos os parceiros a mesma remuneração? Infelizmente, parece
que apenas os artistas em evidência
conseguirão viver da profissão. Aos
demais, aqueles que não recebem
cachês dignos por apresentação ou
são apenas compositores sem contato com o público, restará, quem
sabe, para se adaptarem aos novos/
velhos tempos, solicitar: Garçom,
por favor, uma Cuba Libre!
socinpro notícias 7
Decisão do CADE:
s incisos XXVII e XVIII
do Art. Quinto da Constituição Federal determinam, respectivamente, que (i)
aos autores pertence o direito exclusivo de autorizar a utilização de
suas obras e que (ii) a criação de
associações independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.
Ressalte-se que tais dispositivos
constam do Capítulo da Carta
Magna que trata dos direitos e deveres fundamentais, inserto no Título pertinente aos direitos e deveres individuais e coletivos. Mas
o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) acaba
de passar como um rolo compressor por cima dessas máximas constitucionais. Vem de ser publicada
a decisão do referido Órgão, vinculado ao Ministério da Justiça,
no processo administrativo motivado por representação da ABTA
– Associação Brasileira de Televisão
por Assinatura, que congrega um
dos segmentos de usuários mais resistentes ao pagamento dos direitos
autorais de execução pública.
Além de condenar as associações
efetivas que integram e mantêm o
ECAD pela prática de cartel, o
CADE federal impôs às mencionadas entidades e ao próprio ECAD
multas astronômicas, superiores a
R$ 5.000.000,00 por associação,
O
8 socinpro notícias
sem o menor critério de razoabilidade e proporcionalidade. Tais penalidades poderão, se prevalecerem,
determinar o fim das atividades de
um sistema protecionista bem sucedido (a crescente arrecadação
atesta isso), que vem sendo aperfeiçoado em nosso País há 40 anos.
No cerne da decisão, o
CADE determina a
adequação do ECAD e
das associações a uma
série de medidas
administrativas que, caso
mantidas, importará no
término da gestão
coletiva dos direitos de
execução pública de
obras musicais, líteromusicais e de
fonogramas no Brasil.
No cerne da decisão, o CADE
determina a adequação do ECAD
e das associações a uma série de
medidas administrativas que, caso
mantidas, importará no término
da gestão coletiva dos direitos de
execução pública de obras musicais, lítero-musicais e de fonogramas no Brasil. Um verdadeiro desastre para as dezenas de milhares
de autores e artistas patrícios e
seus dependentes.
Em resumo, o CADE quer impedir a fixação de preços unificados por parte do ECAD, como
mandatário legal das entidades
que o integram, sendo estas mandatárias legais de seus associados,
como se deflui, sem muito esforço, da leitura dos artigos 98 e
99 da Lei n. 9.610, de 1998, que
disciplina os direitos autorais no
País, embora o CADE pareça querer regulá-los de acordo com as
normas do Código de Defesa do
Consumidor e da Lei de Defesa
da Concorrência.
O ECAD não se dedica à exploração da atividade econômica,
razão por que não pode representar uma ameaça de dominação de
mercados, de eliminação da concorrência e de aumento arbitrário
de lucros. Destarte, o CADE não
é competente para apreciar a matéria, fato esse já reconhecido
pelo próprio CADE ao se deparar, no passado, com questões
análogas, representadas pelos
processos administrativos números 08000.002511/1997-19 e
08000.011187/1995-13. Sem
preços unificados tornar-se-á praticamente inviável a arrecadação
dos direitos pelo uso das chamadas obras compartilhadas, quando
um de seus co-autores pertencer à
entidade A, outro à entidade B,
um terceiro à entidade C, o editor
uma agressão ao direito
João Carlos de Camargo Eboli
te, prolatado na ADIN n. 2054,
sendo Relator o Ministro Ilmar
Galvão. Ademais, a malfadada decisão representa uma afronta aos
tratados internacionais ratificados
pelo Brasil na área autoral, sobretudo a Convenção de Berna, com
a redação decorrente de sua última
revisão em Paris, em 1971, e a
Convenção de Roma, de 1961.
Por fim, o CADE está inviabilizando a chamada “blanket license” (licença única, genérica,
cobertor), através da qual, por
exemplo, os organismos de radiodifusão pagam um preço único ao
ECAD, que lhes permite executar em suas programações quaisquer obras musicais e fonogramas
sob a administração do Escritório
Central. O CADE não explicou
como as emissoras de rádio e TV
poderão e deverão agir, na prática,
para incluir música protegida em
suas programações sem a “blanket
license”. Bater à porta de cada associação...? Buscar a autorização
devida junto a cada titular...?
Há um princípio em direito
segundo o qual a lei não pode
exigir o cumprimento do impossível. Isto é : aquele que proíbe
alguém de desenvolver uma atividade essencial (como cobrar
direitos autorais) de determinada
forma, tem a obrigação de oferecer um caminho alternativo viá-
Arquivo pessoal
à entidade D, agravando-se mais
ainda quando se tratar da execução pública de fonogramas,
quando o produtor estiver filiado
à entidade E, o artista principal à
entidade F e o músico acompanhante à entidade G (!!!). Que
preço cobrar!? Como calculá-lo!?
Ressalte-se que até 1988, cabia
ao extinto CNDA – Conselho Nacional de Direito Autoral homologar a tabela unificada de preços do
ECAD. Logo, a unificação dos preços era referendada pelo Governo,
através de um Conselho Federal.
O objetivo de um cartel é estabelecer um monopólio. Se o
ECAD já é um monopólio, criado
por lei (Art. 115 da Lei n. 5988,
de 1973, ratificado pelo Art. 99
da Lei n. 9.610, de 1998), justamente para realizar a cobrança
centralizada de tais direitos, que
interesse poderiam ter as associações que o integram de formar um
cartel? Não por acaso a decisão do
CADE contraria diversos pareceres do mais alto nível, proferidos,
dentre outros, pelo renomado
economista Gesner de Oliveira,
ex-Presidente daquele Conselho,
pelo consagrado jurista Gustavo
Tepedino, pelo insuspeito Ministério Público Federal e pelo também insuspeito Ministério da
Cultura, além de desafiar o emblemático Acórdão da Suprema Cor-
vel, factível, exeqüível. Foi tudo
o que o CADE deixou de fazer.
Questionado pelos pobres mortais de bom senso, o aludido
Órgão alegou que o seu propósito era o de punir severamente
as associações para defender os
interesses dos autores (!?). Algo
paradoxal, eis que as associações
pertencem aos autores (ou aos titulares de direitos em sentido
amplo), que delas dependem
para gerir e perceber os seus direitos. Seria o mesmo que implodir um prédio para defender os
interesses dos condôminos, ou
decapitar o paciente para livrá-lo
de uma enxaqueca...
Estamos convictos de que a Justiça, serena e isenta, derrubará
mais essa decisão arbitrária e irresponsável de tecnocratas do Poder
Executivo, verdadeira agressão ao
direito pátrio.
socinpro notícias 9
CISAC – Confédératión Internationale Des
Sociétés D’Auteurs Et Compositeurs
Arquivo SOCINPRO
Arquivo SOCINPRO
Arquivo SOCINPRO
Arquivo SOCINPRO
o período de 13 a 16 de abril de
2013, foi realizada a reunião do Comitê Latinoamericano y Del Caribe da
CISAC, na cidade do México, sob os auspícios da sociedade mexicana SACM -Sociedad de Autores y Compositores de México. Participaram da reunião de trabalho,
executivos e técnicos das Sociedades latinoamericanas e caribenhas para tratar das
“perspectivas dos autores e editores no âmbito dos desafios da gestão coletiva na era
digital” e, também, como enfrentar o “ataque” dos grandes usuários de música, que
atuam de maneira a flexibilizar ou reduzir
o pagamento de direito autoral dos criadores. O diretor geral da CISAC, Olivier
Hinnewinkel, fez abordagens desses temas
e traçou estratégias de ação. O diretor geral
N
das dificuldades que enfrenta em seu país
na arrecadação do direito autoral.
da SACM, Roberto Cantoral Zucchi,
também tratou do tema, principalmente
FILAIE – Federación Iberolatinoamericana de
Artistas Interpretes o Ejecutantes
A
como a utilização de novas ferramentas
tecnológicas para melhor identificar e
distribuir os direitos autorais das interpretações dos artistas e executantes e,
também, ações para promover e desenvolver as atividades culturais no âmbito
da música de cada país integrante. Na
Assembleia Geral, aprovaram-se as recomendações e as conclusões das reuniões
dos Comitês e das Sociedades de cada
país que fizeram uma apresentação das
notícias nacionais, não somente sobre os
aspectos da cultura musical local, como
Arquivo SOCINPRO
s reuniões dos Comitês Técnicos,
Jurídicos e Expansión y Desarollos
Cultural, Consejo Directivo e Assemblea
Geral da Federação foram realizadas na
cidade do Rio de Janeiro, no período de
24 a 26 de outubro de 2012. Nessas reuniões foram abordados os temas jurídicos de proteção do Direito Autoral nos
países que integram a FILAIE (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Equador, Peru, Colômbia, Venezuela, México, Portugal, Espanha,
Panamá, Costa Rica e Porto Rico), bem
Arquivo SOCINPRO
10 socinpro notícias
também das dificuldades de cobrar dos
grandes usuários, da melhoria da arrecadação do local, do funcionamento das
Sociedades e também das providências
adotadas para que os contratos de representação entre os países fossem firmados
e cumpridos prontamente.
Nessa reunião, distinguiram-se os
membros fundadores da Federação e se
comemorou os trinta anos de existência
da mesma, que foi fundada em 1982, na
cidade de Brasília, Brasil. Alguns dos sócios fundadores estavam presentes, como
Jorge Costa, João Carlos Gobierna, representado por seu filho João Carlos, Nelson
Macedo, Marcus Vinícius e João Carlos
de Camargo Eboli. Todos receberam uma
placa com homenagem e distinção.
VIDA QUE SEGUE
rinta anos de carreira! Muita luta, muita inspiração, muito trabalho, muito balanço, grandes
alegrias, grandes vitórias, vida que segue.
O ano de 2013, vai ser de muita festa para
Zeca Pagodinho com as comemorações
desta data, que começou com o lançamento do CD e DVD Vida que Segue, dia
23 de abril, Dia de São Jorge, e continua
com o show que vai percorrer vários estados brasileiros, começando por São Paulo.
Segundo Zeca, o CD/ DVD é um resgate
de clássicos do samba prá quem é da antiga relembrar e quem é novo conhecer.
Só tem uma música de sua autoria, em
parceria com Ratinho, um calango, Madame, e uma música inédita do Serginho
Meriti, que dá nome ao disco.
O jornalista, compositor e pesquisador de música brasileira Sérgio Cabral
adorou o DVD e fez uma crítica dizendo: “Se não houvesse uma infinidade
de motivos para colocar a coroa na cabeça de Zeca Pagodinho, este DVD
seria suficiente, tal a sua soberania ao colocar todo talento na interpretação desse
magnífico painel do samba brasileiro. E,
como se não bastassem o intérprete, o
fantástico repertório e instrumentistas
maravilhosos, Zeca apresenta-se também ao lado de Yamandu Costa e Hamilton de Holanda, Marisa Monte, Paulinho da Viola, a Velha Guarda da
Portela, Roberto Menescal, Zé Menezes
e Leandro Sapucahy. É irresistível.
Zeca Pagodinho recupera o samba de
carnaval, um tipo de música que, infelizmente, não é lançado desde a década
de 1970 e que, cá entre nós, faz muita
falta. Sambas como Se eu errei, Eu agora
sou feliz, Atire a primeira pedra, Abre a
janela, entre outros, verdadeiros clássicos da música popular brasileira, agora
cantados primorosamente por Zeca Pagodinho, foram lançados para o carnaval. Por tudo isso, o DVD é também
uma divertida homenagem de Zeca a
compositores que não podem ser esquecidos, como Roberto Martins, Cartola,
Arlindo Marques Júnior, João da Baiana,
Fotos: Guto Costa
T
Adoniran Barbosa, Paulinho Vanzolini e
vários outros.”
Jessé Gomes da Silva Filho, mais conhecido como Zeca Pagodinho, nasceu
no Irajá, foi criado em Del Castilho e
desde cedo já trocava as aulas por uma
boa roda-de-samba. Por isso, depois da
quarta-série, não quis mais saber de escola. Nos anos 70, o partido-alto começou a se tornar uma febre nos subúrbios
do Rio. E entre um samba e outro, Zeca
se virava como podia. Feirante, camelô,
office-boy, contínuo e anotador de jogo
do bicho. Fez de tudo. No inicio dos
anos 80, em parceria com o flautista e
partideiro Cláudio Camunguelo, Pagodinho teve sua primeira música gravada:
Amargura. A faixa entrou no repertório
do segundo disco do grupo Fundo de
Quintal. A aproximação com o grupo,
acabou levando Zeca Pagodinho para
perto de Beth Carvalho, que gravou seu
primeiro sucesso: Camarão que Dorme a
Onda Leva.O pagode, então, já começava a tomar conta do Brasil. A RGE
lançou a coletânea Raça Brasileira (1985).
Entre as canções de Zeca estavam Mal
de Amor, Garrafeiro, A Vaca e Bagaço da
Laranja. Foram 100 mil cópias vendidas. No ano seguinte, o sambista estreava em disco solo, Zeca Pagodinho,
emplacando os sucessos Coração em Desalinho, Quando Eu Contar (IáIá), Judia
de Mim e Brincadeira tem Hora, atingindo a marca de um milhão de cópias
vendidas. Pela RGE ainda gravou Patota
do Cosme (1987). Em seguida, se mudou para a RCA (atual Sony-BMG), ao
lado de Beth Carvalho, Paulinho da
Viola e Martinho da Vila. Na casa nova,
vieram novos sucessos, como Jeito Moleque (1988), Boêmio Feliz (1989), Mania da Gente (1990), Pixote (1991), Um
dos Poetas do Samba (1992) e Alô, Mundo! (1993).
Em 1995, foi para a Universal, onde
gravou os CDs Samba Pras Moças (1995),
Deixa Clarear (1996), Hoje É Dia de Festa
(1997), Zeca Pagodinho (1998), Zeca Pagodinho Ao Vivo (1999), Água da Minha
Sede (2000) e Deixa a Vida Me Levar
(2002), que consagra o artista como um
dos grandes nomes da música brasileira.
A música título vira o tema da Copa e o
disco ganha o prêmio de “Melhor Álbum
de Samba” no Grammy de 2002.
Em 2003 lançou o Acústico MTV
Zeca Pagodinho (CD e DVD), sucesso
absoluto, em 2005, lançou À Vera e, em
2006, repetiu a parceria com a MTV
que, de forma inédita, resolveu repetir o
projeto acústico com um mesmo artista,
com Acústico MTV 2: Gafieira – Zeca Pagodinho. Em 2008, lançou o CD Uma
Prova de Amor, que contou com participação especial de João Donato em Sambou, Sambou. Sucesso absoluto! Em 2010,
Zeca lança seu 22º CD Vida da Minha
Vida, dedicado à sua madrinha Beth Carvalho. E agora, vem a grande festa: 30
anos de carreira. E muita coisa boa pela
frente, afinal, como diz mestre Sérgio Cabral, “Além de grande sambista ele é também um grande brasileiro!”
socinpro notícias 11
CAPA
Carlos Galhardo
o dia 24 de abril deste ano,
Carlos Galhardo, se estivesse
vivo, completaria 100 anos.
Galhardo, sócio fundador e Presidente
por vinte anos da SOCINPRO, além
de excepcional profissional, era querido
por todos pela sua elegância, gentileza
e lealdade. E em casa não era diferente.
Dona Eulália, sua esposa, fiel companheira e parceira por toda a vida, conta
como foi o início de sua vida com Carlos Galhardo.
“Nossa história de amor começou no
domingo de Carnaval de 1954, no Parque Municipal de Teresópolis. Eu estava
com minha irmã, meu cunhado e amigos, passeando no parque em direção à
piscina, quando eles avistaram o Carlos.
Minha irmã, que era sua fã, insistiu para
que eu pedisse a ele para cantar. Relutei,
mas acabei indo ao seu encontro e falei:
O senhor poderia cantar uma música? E
ele sorrindo disse: O senhor está no céu!
Mas acabou atendendo o pedido e cantando três músicas, acompanhado pelo
violão de um rapaz que estava no local.
Meu cunhado chamou-o para tirar fotos
conosco e numa delas ele se posicionou
ao meu lado. Todos agradeceram, se despediram e eu perguntei à minha irmã: E
aí está feliz? Ela me deu um beijo e eu
segui com minha amiga para a piscina.
Quando eu já ia entrando na água, ele
me abordou e perguntou: Onde você vai
brincar o Carnaval? Respondi de imediato: Onde o senhor não for! Ele educadamente falou: Nossa! Que moça mal
educada! Minha amiga ficou sem graça
e falou o nome do clube. À noite eu já
estava no clube brincando
com um rapaz, quando Carlos
chegou com os amigos e convidou a todos que estavam comigo para a mesa reservada a
ele. Sentei-me ao seu lado e a alegria da orquestra tocando, o pessoal pulando me contagiou e chamei-o para o salão. Ele pôs a mão
no meu ombro, juntando nossas
N
faces. No final do baile de terça-feira ele
despediu-se do meu pessoal e eu fui leválo à saída do clube. Nos beijamos pela
primeira vez. Ele me deu seu telefone,
pedindo que ligasse para ele assim que
chegasse ao Rio. Quando cheguei, hesitei um telefonar. O motivo não era a diferença de idade, eu com 17 anos e ele
com 40, e sim por ser um cantor famoso.
Achei que minha família se oporia. Mas
resolvi ligar e começaram os sucessivos
encontros durante um ano e meses, até
que minha mãe soube e quis conhecê-lo.
Apresentei-o a ela e a toda a família, e
todos aprovaram o namoro. Na certeza
do nosso amor ficamos noivos no meu
aniversário, em agosto de 1955, e nos casamos em setembro do mesmo ano.
Nossa felicidade foi crescendo com a
chegada dos filhos: Carla, Sandra e
Eduardo.”
Carlos foi um dos principais cantores
da Era do Rádio. Seu primeiro disco
solo foi lançado em 1933, com os frevos
Você não gosta de mim, dos irmãos Valença e Que é que há, de Nélson Freire.
Foi o segundo cantor que mais gravou
no Brasil, cerca de 570 músicas, vindo
logo depois de Francisco Alves. Carlos
era idolatrado pelos fãs e em 1935, fez
sua estréia como cantor romântico com
a valsa canção Cortina de Veludo, de
Paulo Barbosa e Oswaldo Santiago, fazendo enorme sucesso.
“Mas ele não era só ligado em suas
músicas, seus shows e seu enorme sucesso, conta Dona Eulália. Ele tinha uma
grande preocupação em preservar os
direitos autorais dos intérpretes. E no
início de década de 60, começaram as
reuniões lá em casa, entrando pela madrugada, onde se reuniam, entre outros,
Vicente Celestino, Tito Madi, Luiz
Claudio, Hélio Chaves, Dr. Henry Jessen e o Dr. Cláudio de Souza Amaral.
Eles discutiam como fundar uma sociedade que protegesses os direitos dos cantores. E começaram a ir a Brasília em
caravana, levando grupos de artistas famosos que também brigavam pela causa,
para convencer ministros, deputados e
senadores a aprovar uma lei do direito
do intérprete. Eles chegaram a ir à casa
do Presidente Juscelino Kubitschek , em
Ipanema, para pedir sua ajuda. Até que
em 1962, conseguiram criar a SOCINPRO, motivo de muita festa e grande
alegria para todos.
Mas mesmo nessa correria de viagens à Brasília e para os seus shows,
suas gravações e toda a movimentação
de sua vida profissional, Carlos nunca
se afastou de nós. Ele era amoroso e
muito dedicado à família. Vivemos em
harmonia por 30 anos. Guardo dele
uma saudade gostosa”
Fotos: Arquivo de Família
12 socinpro notícias
Ele era especial
Fotos: Arquivo de Família
“C
arlos Galhardo.
O nome pode – e até deve
– parecer totalmente desconhecido aos menores de 40 anos de
idade. Os mais velhos, contudo, ou
mesmo os jovens de hoje que preservam a memória da música popular ou
do Brasil, sabem muito bem quem foi
Carlos Galhardo.
E por que estaria eu – remitente
batalhador pela lembrança dos que
deixaram legados preciosos – a falar
dele agora?
Falo, sim, e com orgulho do Carlos
Galhardo, porque ele iluminou o cenário artístico do Brasil durante seguidas décadas, que vão dos anos 30 aos
70. Ou seja, por quase meio século
Galhardo foi considerado um importantíssimo intérprete do nosso cancioneiro popular.
E por que, justamente agora, saudálo com esta ênfase, este calor, esta reverência? Porque no dia 24 de abril, ele
faria 100 anos. Ora, o centenário do
cantor passaria – ou deve mesmo passar
– olimpicamente ignorado por este
país tão injusto em relação à memória,
tão ausente em lustrar mortos ilustres
que são despejados no mais reles esquecimento público, tão avaro no acarinhar datas que passam quase sempre
despercebidas, sem um registro sequer.
Para que vocês tenham uma ideia
mais precisa sobre Carlos Galhardo: ele
foi o cantor que mais vendeu discos no
Brasil, dos anos trinta aos cinqüenta,
só superado por Francisco Alves. E - o
mais significativo – foi considerado na era do rádio - um dos quatro grandes: os outros três eram Orlando Silva,
Silvio Caldas e o já citado Francisco
Alves, o Rei da Voz. Aliás, sua importância foi tão proclamada que ele era
conhecido como “O Cantor que Dispensa Adjetivos”, ou “O Rei da Valsa”.
Galhardo – que alguns críticos mal
humorados chegaram à audácia de
dizer que ele cantava com um ovo na
boca – foi um criador de sucessos
imorredouros, que começaram em
1933 com a celebérrima canção de
natal “Boas Festas”, lançando também
Assis Valente para o estrelato dos compositores da Época de Ouro. Atento à
defesa dos direitos autorais, Carlos Galhardo foi não apenas um dos fundadores da SOCINPRO, mas seu presidente por duas décadas. Um Presidente
diligente, presente e capaz.
Ou seja, grande cantor, grande brasileiro e grande batalhador pelos direitos dos seus colegas.
”
R ic ardo Cravo A lb in
Presidente do Instituto Cultural Cravo Albin
socinpro notícias 13
Novos Associados
Cicinho de Assis
Dyeguinho Silva
Bráulio e Fátima de Castro
Foto: Estela Carielli de Castro
Arquivo pessoal
Divulgação
O casal Bráulio e Fátima de Castro
agora faz parte da família SOCINPRO.
Compositor de todos os ritmos, o que
Dyeguinho Silva, o homem das boas pa-
Bráulio faz bem é criar música brasi-
ródias, agora está conosco na SOCIN-
leira, seja nordestina, seja samba,
PRO. O músico já sabia o que queria aos
seja lá o que for. Música ele sabe
14 anos de idade, quando escutou no
fazer. Com mais de 330 composições
rádio o som de um cavaquinho, que lhe
gravadas, boa parte em parcerias, po-
despertou a vontade de tocar um instru-
demos destacar Desafio , com grava-
O baiano Cícero Pereira de Assis, o Ci-
mento. Em seu aniversário ganhou da avó
cinho de Assis, é um novo associado da
seu primeiro instrumento. Comecei a
ções de Alcione e de Luiz Américo,
Porta é Prá Bater , com Jair Rodrigues,
Bendito Seja, interpretada por Benito
de Paula e quatro sucessos na voz de
Genival Lacerda: O Rádio, O Disco,
Rock do Jegue e O Gravador. Bráulio
também participou de vários festivais
como o Festival da Rede Globo, Festival da Record e o Festival Canta Nordeste, sempre classificando suas músicas entre as primeiras colocadas,
como ocorreu também no Recifrevo,
quando classificou Descompasso de
sua autoria em parceria com sua esposa Fátima de Castro, cantora e
compositora de primeira linha. Por
que veio para SOCINPRO? Ele responde: “conhecendo a SOCINPRO
desde o tempo em que morei em São
Paulo, década de 60/70, ainda na
época em que o grande cantor João
Dias era seu presidente, e sabedor
que o amigo Oséas Lopes era seu representante em Recife, solicitei minha
inclusão nesta conceituada Sociedade, juntamente com minha esposa
Fátima de Castro, cantora e compositora, além de professora de violão. Esperamos contar sempre com a presteza dos seus dirigentes”.
SOCINPRO. Músico acompanhante e
tocar e senti grande facilidade, diz ele,
arranjador de grandes artistas como
para fazer paródias com músicas conhe-
Gilberto Gil, Jorge Mautner, Milton Nas-
cidas nacional e internacionalmente, ou
cimento, Maria Bethânia, Daniela Mer-
sempre que havia uma situação engra-
cury e Ivete Sangalo, entre outros, Cici-
çada no meu bairro. Fui crescendo, pros-
nho vem desenvolvendo um trabalho
segue, passei a tocar samba na noite e
próprio, onde se apresenta cantando e
depois comecei a compor. A minha pri-
tocando seu instrumento (sanfona/acor-
meira música gravada foi pela Banda
deon), acompanhado de sua banda,
Amor Real, Cheid e, logo em seguida, a
com participação nas festas juninas da
Banda Aviões do Forró gravou Vai a Pé
capital e do interior do estado. Em car-
e Coração Vagabundo, sucessos em
reira solo desde 2000, o músico realizou
todo o Brasil. E aí não parou mais. Entre
nos últimos anos, cinco edições de um
outros sucessos, Dyeguinho emplacou
Eu Te Puxo e Tu me Lambe, A Mulher me
Deixou (Tô Nem Aí), Amor Prometido, Eu
Só Sei Dançar Beijando Na Boca, Cansei
de Você, Tá com Saudade de Mim e
Ajoelha e Chora Neném. Dyeguinho
Silva diz que a música foi o motivo que
o fez querer amar mais, viver mais e conseguir superar todas as suas dificuldades de cabeça erguida. E os motivos
pelos quais se associou à SOCINPRO
são muito simples: “a certeza de ser
bem reconhecido, bem representado e,
além do mais, saber que faço parte do
arsenal dos melhores compositores e artistas do Brasil e do mundo!”
importante projeto: Um Forró para Seu
Luiz, uma homenagem ao Rei do Baião
– Luiz Gonzaga, que contou com a participação de artistas como Waldonys,
Oswaldinho do Acordeon, Orquestra de
Sanfona da Bahia, Zelito Miranda e o
Trio Nordestino. O sanfoneiro prepara
um novo show para esse ano, que apresentará nos municípios da Bahia, Sergipe e Pernambuco, com o melhor da
música nordestina, diz ele. E informa:
“associei-me à SOCINPRO porque sinto-me cercado de amigos. Tenho por
esta Sociedade bastante respeito e
confiança”.
14 socinpro notícias
O cantador e compositor cearense Fran-
Claudion Mendes
peito e carinho por seus associados. Além
Foto: Néphilie Hann
cisco Maia de Queiroz, Louro Branco,
do mais, a SOCINPRO nos oferece um
agora faz parte da SOCINPRO. Louro
tratamento mais pessoal, “lado a lado” e
Branco, como é mais conhecido, come-
fica atenta às necessidades de músicos,
çou carreira aos 12 anos, já tendo can-
cantores e compositores como eu.
tado com inúmeros poetas populares e
maiores cantadores do Brasil. Participou
de mais de quatrocentos festivais e é
Victor Santos
Foto: Jozart
Foto: Jozart
autor de cerca de seiscentas composições gravadas com diversos artistas regionais e nacionais. Ele já percorreu vinte
estados brasileiros, sempre com sua
viola. Sobre a Sociedade Louro Branco
diz que conheceu a SOCINPRO através
O Pastor Claudion Mendes também se associou à SOCINPRO. Um apaixonado por
música, o Pastor Claudion tem várias composições e vai trilhando seu caminho. Ele
do amigo e parceiro Judivan Macêdo,
que também faz parte dela, que o indicou por confiar plenamente no trabalho
e atenção sempre prestados.
diz: quando Deus nos escolhe para uma
obra Ele mesmo faz acontecer e nada
foge dos seus designíos. E conta a sua
cado ao ouvi-lo cantar. Passaram-se anos,
Arquivo pessoal
história: certo dia em um evento religioso
conheci Dimas Wasf e meu coração foi to-
Renato Suhett
voltamos a nos encontar e decidi passar a
O cantor Victor Santos também se as-
cuidar de sua carreira. E agora ele faz
sociou à SOCINPRO. Tendo iniciado
parte de minha vida. Estamos juntos no Mi-
sua carreira aos 11 anos, cantando pa-
nistério Apostólico Entronize no qual sou
ra cerca de 40 mil pessoas num show
Pastor Fundador e como compositor e pro-
de seu pai o cantor Louro Santos, Victor,
dutor também estamos juntos lançando,
agora com 16 anos, já tem uma longa
até o final do ano, o primeiro CD em ado-
estrada de sucesso e lança seu pri-
ração ao Senhor, com o tema Jesus Tu És
Tão Simples. E vou trilhando o meu caminho. Decidi me associar à SOCINPRO primeiramente pela sua tradição, sabendo
que ao longo destes anos vem desenvolvendo um excelente trabalho, transmitindo
confiança e respeito pelo associado.
Francisco Maia de Queiroz
meiro show da carreira solo, Canção
Brasileira, com um repertório formado a
partir das diversas experiências musicais do jovem cantor, como forró, sertanejo, baladas românticas, pop e rock.
O Padre Renato Suhett, músico, cantor e
Com voz afinadíssima e de extensão
compositor é mais um associado da SO-
surpreendente, Victor Santos chega
CINPRO. Com 12 discos gravados em
num momento em que acumula uma ex-
português e 5 em espanhol, Padre Re-
periência de palco que já lhe rende mi-
Foto: José Vadimi Bezerra
nato vem trilhando uma carreira brilhante
lhares de acessos na internet. Nos pri-
desde o lançamento de seu segundo CD
meiros vídeos está acompanhado pelo
Tantos Caminhos, lançado pela Line Records, que vendeu 1,5 milhões de cópias
e foi mencionado na época, em l994, na
Revista Billboard Internacional como o
segundo maior vendedor de discos Gospel-Religiosos da América Latina, atrás
apenas de Padre Zezinho. Padre Renato
já vendeu mais de 3 milhões de discos. E
perguntado porque se filiou à SOCINPRO
respondeu: porque é uma arrecadadora
que trabalha com muita seriedade, res-
pai, com o qual Victor fez dupla durante
seis anos. No videoclipe mais recente,
Tenho Medo e Entre Quatro Paredes, o
artista abre suas asas, reafirma seu estilo romântico e vôa alto rumo a uma estrada de sucesso, lançando em breve o
CD e DVD Encontro Marcado. Victor diz
que veio para a SOCINPRO “por acreditar que é uma entidade confiável e vai
defender os meus direitos como compositor e intérprete!”
socinpro notícias 15
Jerry Adriani
Ele é especial
Foto: Rodrigo Meneghello
erry Adriani anda satisfeito da vida:
família unida, muito trabalho, grandes projetos e tudo caminhando com
harmonia. Este é Jerry Adriani. Um artista de primeira qualidade, competente,
amigo, leal e que atende a todos com a
maior simpatia. Por isso, não tem inimigos. Não há quem conheça Jerry e não se
torne seu amigo. Com cerca de 40 CDs e
em plena produção de seu segundo DVD
Família, baseado em seu último CD, que
fez grande sucesso, Jerry viaja pelo Brasil
inteiro com seus shows e não pretende
parar tão cedo. Ele adora o que faz . Adoro
cantar, ver a reação das pessoas e me sinto
realizado depois de cada show, diz ele.
Jair Alves de Souza nasceu em São
Paulo, iniciando sua vida como cantor
profissional em 1964, com o nome artístico de Jerry Adriani, lançando o LP Italianíssimo. No mesmo ano gravou o LP
Credi a Me. Em 1965, o cantor estourou
com Um Grande Amor, primeiro LP gravado em português. Na mesma época,
apresentou o programa “Excelsior a Go
Go” pela TV Excelsior de São Paulo, em
parceria com o comunicador Luiz Aguiar.
Comandou, entre 1967 e 68, na TV Tupi,
“A Grande Parada” (junto com Neyde
Aparecida, Zélia Hoffmann, Betty Faria e
Marília Pêra) um musical ao vivo que
J
apresentava os grandes nomes da MPB,
consagrando-se definitivamente como um
dos cantores de maior popularidade em
todo o país. No cinema fez três filmes
como ator/cantor: Essa Gatinha é Minha
(com Peri Ribeiro e Anik Malvil) Jerry, A
Grande Parada e Jerry em busca do Tesouro
(com Neyde Aparecida e os Pequenos
Cantores da Guanabara). Na primeira
metade da década de 70, Jerry Adriani, já
um artista consagrado, expandiu seu talento musical para vários países gravando
discos e fazendo shows na Venezuela,
Peru, Estados Unidos, México e Canadá,
entre outros. E o sucesso continuou por
onde se apresentava. No inicio da década
de 90, o cantor gravou um disco que trazia de volta as origens do Rock’n Roll Elvis Vive (um tributo ao rei do rock do
qual sempre foi fã) e 24° disco de sua carreira. No final de 1995, Jerry Adriani se
destacou com expressivo sucesso, no lançamento da uma super coleção com “Os
Maiores Sucessos dos 30 Anos da Jovem
Guarda”, pela gravadora Polygram, como
convidado especial, onde foram lançados
5 CDs comemorativos ao movimento, relembrando grandes sucessos como Broto
Legal, Namoradinha de um Amigo Meu,
Querida e Doce Doce Amor. E Jerry continuou, sempre com grandes sucessos, fazendo seus shows pelo Brasil e pelo
mundo e gravando seus CDs e trilhas sonoras de novelas de destaque da televisão
brasileira, como é o caso da canção Santa
Luccia Luntana, uma das mais executadas
na trilha sonora da novela “Terra Nostra”,
na TV Globo. Em novembro de 2012,
Jerry se apresentou em Nova York e em
dezembro lançou o CD Família com músicas voltadas para o Natal, considerado
um presente e “um disco que o mundo
precisa ouvir”, pelo professor e radialista
Fernando Mansur. Agora em 2013, Jerry
lançará o DVD Família, mais um presente para todos nós que adoramos seu
jeito de ser e de cantar !
Foto: Tomas Peixoto
Josilson
Lobo
Um apaixonado por sua terra natal
J
osilson Lobo, está gravando seu
sexto CD, que será lançado nos
próximos meses. O novo CD, com
20 músicas, que vão do frevo ao baião,
enfoca sua terra natal, tendo como músicas principais e de sua autoria Chapada
do Araripe e Bacia do Araripe, locais de
extrema beleza, segundo o músico. Professor, compositor e cantor, natural de
Crato , no Ceará, Josilson há 20 anos foi
morar em Brasília – Distrito Federal,
onde é funcionário da Secretaria de
Educação, desde que chegou à região,
em 1992. Foi quando começou a levar
a sério seu dom artístico como compositor, inspirado em seu primeiro ídolo o
16 socinpro notícias
Rei do Baião, Luiz Gonzaga, com o qual
veio a canção Meu primeiro Ídolo. Josilson inspirou-se também no estilo popular de grandes nomes da canção do nordeste, como Gilberto Gil, Caeteno
Veloso, Elba Ramalho, Zé Ramalho,
Chico Cesar, Fagner e Dominguinhos,
entre tantos outros, e ainda no romantismo do Rei Roberto Carlos, gravando
5 CDs com canções autorais. Hoje, com
cerca de 100 músicas de sua autoria,
suas principais canções são: Floresta
Verde, Zumbi nos Ensinou, Festa no Crato
e Crato Ceará. Participou de vários programas de rádio e TV local, em sua região do Cariri cearense bem como na ca-
pital, Fortaleza, divulgando seus trabalhos que falam da sua cultura, sua terra
natal, em vários estilos melódicos, retratando seu amor, sua paixão, seus sentimentos. São mais de 60 canções já gravadas em CDs independentes que vão
do sentimental ao romântico, do frevo
ao forró pé-de-serra. Josilson Lobo tem
suas obras na SOCINPRO desde o início da sua carreira, quando procurava
uma entidade séria, que tivesse o zelo, o
cuidado e a responsabilidade com as
obras dos artistas. E achou, diz ele.
Luciana Mello
la estreou um novo show em
São Paulo, “Luciana em Músicas”, que depois viaja pelo país,
mostrando toda a versatilidade e competência desta cantora que desde muito
cedo mostrou o seu valor. Luciana
Mello vai se apresentar com um repertório de primeira, cantando suas músicas preferidas de artistas que influenciaram sua carreira, como seu pai Jair
Rodrigues, João Bosco e Djavan. E a
moça não pára por aí: já está começando a produzir seu primeiro DVD
solo que lança ainda este ano. Luciana
Mello veio dos mais diferentes palcos:
dos palcos de dança, de musicais, de espetáculos infantis, de televisão e de
shows. Ela começou sua carreira aos 6
anos, cantando e gravando ao lado do
pai, Jair Rodrigues, a canção O Filho do
seu Menino, composta pelo gaitista e
E
Foto: Ike Levy
Ela sabe seu valor
produtor Rildo Hora. Aos 16 anos, a
cantora lançou, pela gravadora Movieplay, seu primeiro disco solo Luciana
Rodrigues e aí não parou mais. Em
2000, Luciana gravou seu segundo CD
Assim que se Faz, produzido por seu
irmão Jair Oliveira, que passou a produzir seus discos. Em 2004, já artista
consagrada, pelo timbre e suavidade da
voz, Luciana lança o CD LM com canções conhecidas do grande público,
que passeiam pelo samba, baladas e
músicas dançantes, entre elas a regravação de Molambo. Em 2009, num
projeto bem família, a cantora se juntou ao irmão Jair Oliveira e gravou o
CD e DVD O Samba me Cantou, onde
o samba foi o grande homenageado e
contou com novas versãos de clássicos
como Coração Leviano e Casa de
Bamba. Em 2011, Luciana lançou o
CD 6º Solo, um divisor de águas em sua
carreira, trazendo leveza, maturidade e
brasilidade nas melodias e canções, características marcantes desta nova fase
musical da artista. O disco, produzido
por Otávio Moraes, mostrou todo o
preparo e categoria desta grande cantora, que surpreende pelo seu incrível
desempenho nos palcos. “Luciana em
Músicas” é sucesso garantido por
onde passar.
Walmar
Paim
Pelo mundo afora Walmar é um sucesso
m dos mais respeitados bateristas brasileiros, Walmar Paim,
da banda Chiclete com Banana, tem muito trabalho pela frente:
eles estão lançando um novo DVD:
Pelo Mundo Afora, gravado na Praia do
Forte, em Fortaleza, numa releitura de
U
antigos sucessos destes 30 anos da banda. Walmar, nascido em Santo Amaro,
da Bahia, de onde saiu uma criativa leva
de artistas da MPB nos anos 60 e 70,
iniciou sua carreira aos 15 anos, montando junto com amigos a banda “Konecção”, que gerou músicos e técnicos
Foto: Bruno Polengo
da melhor qualidade, que hoje atuam
com os principais nomes da música
baiana. Sua musicalidade o levou a gravar desde o samba e MPB ao axé, e a
tocar com dois de seus grandes ídolos
Caetano Veloso e Maria Bethânia, entre
outros nomes da MPB. Ao ser convidado pelo cantor, compositor, violonista e arranjador Roberto Mendes para
integrar a banda Baianos Luz, em l995,
enfrentou seu primeiro grande desafio:
traduzir para a bateria toda a levada da
“Chula”, um ritmo único do Recôncavo Baiano. Se mostrou tão competente e exibiu tal técnica que, em 2008,
foi convidado para integrar a banda
Chiclete com Banana, onde está até
hoje, com uma agenda média de 130
shows, por ano, o que torna possível
conferir o balanço da Walmar Paim por
todos os cantos do Brasil.
socinpro notícias 17
Robson
Vidal
Aí vem ele com muita criatividade
A
de New York e em diversos países, fez
parte durante 4 anos de um dos programas de maior audiência da TV Globo
“Planeta XUXA” ao lado de Xuxa Meneghel, como DJ e produtor musical de
temas e aberturas para o programa, criou
um estilo musical único e irreverente chamado “Teknobeat”, que fez o maior sucesso dentro e fora do país, lançou 7
Foto: Guilherme Pereirea
í vem ele. Sempre com seu boné
e muita criatividade o produtor
musical e DJ Robson Vidal está
trabalhando a todo vapor no seu mais
novo projeto “Robson Vidal Feat”, licenciado para a gravadora Building Records,
que envolve produções de música eletrônica com novos cantores do Brasil e do
exterior e que já lhe rendeu o 29º lugar
no Top 100 Club Chart Europeu e Canadense com sua música Miss You , em
parceria com as DJs canadenses “Blondish”, o que não é pouca coisa.
Robson começou aos 13 anos fazendo
festas em playgrounds de amigos até ser
convidado por Paulo Lima (proprietário
da equipe Turbo Disco Club) para preencher uma vaga na equipe, conseguindo
seu primeiro trabalho como DJ. Daí em
diante foi se especializando, se aprimorando e novas oportunidades foram surgindo: foi DJ nos principais night clubs
do Rio de Janeiro (Manhattan Disco, Babilônia, Gypsy, Zoom, Imperator, Blue
Garden, Forest e Taj Lounge), participou
de vários eventos como o “Brazilian Day”
CDs, sendo 5 de sua total autoria, teve
participação nas principais rádios do
Rio de Janeiro: Tropical FM, Transamérica FM, Jovem Rio FM, Manchete
FM, RPC FM e Jovem Pan FM e, atualmente, é DJ residente na gravação do
programa de fim de ano da TV Globo
“Show da Virada”.
Como produtor musical, além de diversas trilhas, temas, bgs e medley para o
espetáculo “Xuxa Festa”, de Xuxa Meneghel, fez diversos remixes de artistas
como Lulu Santos, KLB, Biquini Cavadão, Kelly Key, Cidade Negra, Orlando
Morais, Ivete Sangalo, SNZ, Maurício
Mattar, Viviane Araújo, Mr. Jam,
D’Black, Latino, Blitz, Jerry Adriani e,
no cenário internacional, Roxette,
Moony, Lorena Simpson, Alexxa, Stevie
B, entre outros. Robson produz também
temas, aberturas e trilhas para programas
de TV, novelas e filmes. Pela sua versatilidade e grande capacidade de inovação,
Robson Vidal é apontado como um dos
maiores nomes da cena carioca em seus
30 anos de carreira.
Leandro Fab Ele está em todas
A
18 socinpro notícias
instrumentista, pelos pagodes da cidade.
Ganhou seu primeiro cavaquinho aos
15 anos e nunca mais se separou dele.
Começou então a criar melodias, até
que conheceu o compositor Meia
Noite, que teve grande influência em
sua carreira, e gravou seu primeiro
samba, em parceria com ele e Neném
Chama. Daí em diante, passou a ter
suas músicas requisitadas por produtores de todo o país. Leandro foi fazendo
suas músicas, conhecendo outros compositores e passou a”trabalhar” com alguns dos melhores nomes do ramo,
como Mauro Diniz, Dudu Nobre,
Xande de Pilares, Seu Jorge, Pretinho
da Serrinha, Gabriel Moura e Rogê,
entre muitos outros. Em 2011, Leandro
Fab teve uma grande ascenção em sua
carreira, com a música A Doida, que ex-
plodiu nas rádios de todo o Brasil, recebeu o Prêmio MPB, da rádio MPB
FM e foi indicada ao Grammy Latino
2012, ganhando como melhor disco. E
não teve para mais ninguém. Este ano,
com o sucesso da abertura da novela
Salve Jorge e mais de 200 obras gravadas por artistas de vários segmentos,
Leandro se consagrou como um dos
grandes compositores brasileiros.
Arquivo pessoal
música Alma de Guerreiro, que
fez o maior sucesso na abertura
da novela “Salve Jorge “, da TV
Globo, era de Seu Jorge, Pretinho da
Serrinha, Gabriel Moura e...Leandro
Fab. Outro grande sucesso da novela De
Cara Pro Gol, é de Xande de Pilares
e....Leandro Fab. E A Doida, que a gente
não pára de cantar até hoje? É de Seu
Jorge, Pretinho da Serrinha e Leandro
Fab. Ele está em todas e vem sendo procurado pelos melhores nomes do samba,
que querem novas músicas para gravar.
Hoje em dia se alguém ouvir um samba
de arrasar, pode ter certeza que foi Leandro quem fez. O compositor carioca,
criado na Vila da Penha, foi pegando
gosto pela música desde os 12 anos,
quando passou a acompanhar seu primo
Neném Chama, produtor, compositor e
Ricardo Cravo Albin toma posse
na
Academia Brasileira de Artes
Foto: Armando Araújo
ia 23 de maio, foi dia de festa
no Instituto Cultural Cravo
Albin: foi a posse de Ricardo
Cravo Albin na Academia Brasileira de
Artes na vaga do ex-presidente Agenor
Rodrigues Valle, que ficou 37 anos à
frente da Academia. A cadeira número
17, que Ricardo passa a ocupar, teve
como Patrono o autor do Hino Nacional Brasileiro, Francisco Manuel da
Silva, e já foi ocupada também pelo
maestro Francisco Braga, autor de vários hinos da melhor qualidade, a
ponto de ser apelidado de “Chico dos
Hinos”, sendo de sua autoria nosso
Hino à Bandeira. O maestro Hekel Tavares foi outro ocupante da cadeira 17
e ficou famoso não só pelo seu conhecimento de música erudita, mas, principalmente, por suas composições populares, tendo como parceiros entre
outros, Luiz Peixoto, Murilo Araújo,
Ascenso Ferreira e Joracy Camargo
com quem compôs Guacyra, Leilão,
Lua Cheia e Sapo Cururu.
A solenidade foi presidida por Heloisa Lustosa, atual presidente da ABA,
D
Os Acadêmicos Vitorino Charmont, Ricardo Cravo Albin e Sérgio Fonta
que fez a entrega da medalha e diploma
a Ricardo Cravo Albin, eleito pelos demais 50 acadêmicos, pelo notável trabalho que realizada pela cultura e, especialmente, pela música brasileira.
Cerca de 80 pessoas do meio artístico, intelectual e jornalistas participaram da festa e o discurso de recepção
ao novo acadêmico foi feito por Affonso Arinos de Mello Franco, que pertence também à Academia Brasileira de
Letras. Em seu discurso de posse e
Foto: Armando Araújo
agradecimento pela honra recebida, o
intelectual Ricardo Cravo Albin revelou que o Hino Nacional Brasileiro,
composto por Francisco Manuel da
Silva, considerado um dos mais belos
do mundo, foi feito para a revolução
de 1831, que obrigou Dom Pedro I a
voltar para Portugal e entronizou-se
Dom Pedro II como Imperador do
Brasil. Somente 40 anos mais tarde,
Osório Duque Estrada compôs a letra
e tivemos o nosso Hino Nacional.
A festa que entrou pela madrugada,
como todas as realizadas por Ricardo
Cravo Albin, conhecido como um
grande anfitrião, contou com a presença, entre outros nomes de destaque
do Rio de Janeiro, de Cícero Sandroni, Ivan Junqueira e Domício
Proença, da Academia Brasileira de
Letras, Desembargador Marcus Faver,
advogado Mauricio Araújo Pinho, Vitorino Charmont e Sérgio Fonta, da
ABA, Zezé Motta, Sonia Delfino e Ziraldo. E Ricardo diz que entre as mais
belas flores que recebeu estão as enviadas pela SOCINPRO.
Ricardo Cravo Albin, Zezé Motta, Marcus Faver e Mauricio Araújo Pinho.
socinpro notícias 19
Lançamentos
Foto: Mar
cos
Os irmãos Edson & Hudson se reencontram com um picadeiro como os que marcaram sua infância no DVD e CD Faço um circo pra você – Ao
Vivo, que está sendo lançado com onze canções inéditas e nove de seus maiores sucessos,
para celebrar a retomada da carreira da dupla. O palhaço, o acrobata, o malabarista, o ilusionista e a bailarina são personagens que habitam o imaginário da maioria das crianças,
especialmente para os irmãos Edson & Hudson, já que esse universo mágico do circo fez
parte de suas vidas de uma forma ainda mais intensa. Filhos de artistas circenses, ambos
nasceram praticamente sob a lona de um circo e fizeram desse mundo mágico o quintal
de suas travessuras. Foi assim que, ainda pequenos, assumiram as identidades de Pepi
e Pupi, dupla infantil que encantava o respeitável público por onde quer que passassem e que despertou neles a paixão pela música e pelos palcos. Por isso, os dois decidiram marcar para o picadeiro a volta da dupla,
depois de um hiato de quase dois anos, em que cada um trilhou caminhos e projetos musicais diferentes. O DVD Faço
um Circo pra Você – Ao Vivo, lançado pela Radar Records, é o quinto da dupla e o 12º álbum de sua carreira.
Hermes
Edson & Hudson
Hellen
Foto: Nábia Cristina
Lançando seu segundo CD Hellen – Cê tá querendo eu, a cantora já se revela
como um dos grandes sucessos no cenário da música sertaneja, apostando como destaques do
novo trabalho, na música título do CD e em Se Mamãe For. Natural de Rio Verde, interior de Goiás,
Hellen sempre incentivada pela família, aos 10 anos subiu num palco pela primeira vez e cantou
para cerca de 2 mil pessoas. Desde então, passou a estudar canto e violão e a participar de concursos musicais. Quando, em 2004, obteve a colocação de 1º lugar no Festival da Música Sertaneja,
a cantora foi convidada a dar início à sua carreira profissional, sendo vocalista de várias bandas conhecidas na região, tentando depois uma carreira solo e se transformando num grande sucesso.
Foto: Sérgio Mas
sa
Randall Junior
O cantor e compositor paulista Randall Junior, grande revelação
da música sertaneja, está lançando o CD Close, com um repertório moderno e selecionado com
o que tem de melhor nos seus trabalhos anteriores. Com 14 faixas, a música carro-chefe Não
era amor segue o formato de baladinha hit, pop-romântico que retrata o sentimento de uma paixão não correspondida e conta com a participação da dupla Edson & Hudson. Dentre outras
que se destacam, Close, obra que intitula o CD, segue a tendência do mercado no ritmo do arrocha mesclado com o pop e batidão, descrevendo a paquera em um ambiente de balada.
Entre outras músicas de sucesso, seguem: Não vivo sem você, Topo Tudo com Você e É love.
Léo Guilherme
Léo Guilherme é uma jovem revelação musical em Pernambuco. Com
apenas 16 anos, está lançando seu segundo CD, apenas com músicas inéditas. Sim, ele é compositor.
Seu repertório conta com muito forró, sertanejo universitário e arrocha. No novo CD, com vários sucessos
nacionais, merecem destaque suas músicas autorais Conchinha, S-10, O Cara e Trenzinho.
20 socinpro notícias
Divulgação
Divulgação
José Orlando
José Orlando lança novo CD Preciso lhe Encontrar pela Gravadora DN Music de
Fortaleza / Ceará. Esse disco, com 16 faixas, resgata os grandes sucessos de cantores consagrados brasileiros
como Alípio Martins, Raimundo Soldado, Franko Xavier, Trepidantes e Fernando Luiz. A primeira faixa é o título do
CD Preciso lhe Encontrar, música de autoria de Demétrius, gravada por Roberto Carlos em 1970, além de sucessos consagrados do próprio José Orlando como Pistoleiro do Amor, O Andarilho, Guerra e Paz, Loirinha,
Tenho pena de Você, entre muitos outros. E sua música não tem idade. Atualmente, jovens universitários e adolescentes curtem seus grandes sucessos e lotam casas de show para dançar. José Orlando realiza, em média,
20 shows por mês com a banda Pistoleiros do Amor por todo o Norte e Nordeste, principalmente, nos estados
do Amazonas, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
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Marcos & Belutti
Com uma história de amor a contar e a cantar em cada uma
das 14 faixas, Cores – o novo CD de Marcos & Belutti inaugura também uma nova identidade para
a dupla. Rimando flores com dores e amores, Cores é uma canção que prima pelo caráter romântico, item sempre presente no trabalho dos artistas. Versa sobre as cores da mulher e, sem ela, admitem eles, é impossível viver. O novo CD, com músicas como Cartas Marcadas, Amor de Deus,
Amor de Madrugada, Coração Vai Te Esperar e I Love You, é aposta de sucesso garantido para
esta dupla que com seu estilo moderno, tem conquistado um público de todas as idades, demonstrando que esse é só o início de uma longa trajetória de amizade, dedicação e grandes vitórias.
Maria Dapaz
Foto: Fábio Nunes
Divulgação
Maria Dapaz vem aí com o CD Outro Baião, uma explosão de brasilidade que
marca a carreira da artista e a inclui no rol das grandes intérpretes brasileiras. Dapaz firma-se a cada trabalho
como uma compositora de grandes possibilidades, traduzindo em suas canções a alma de um Brasil festivo e
musical com muita poesia, alegria, beleza e harmonia. Pernambucana de Afogados da Ingazeira, Maria Dapaz
abriu caminhos, viajou por terras distantes, dividiu palco com grandes nomes do cenário musical internacional
na Europa e fixou-se em São Paulo, ponto de partida para suas viagens pelo Brasil afora. Outro Baião reúne
14 composições próprias em parceria com Jotta Moreno, Fátima Marcolino, Socorro Lira, Bira Marcolino, Xico
Bizerra, Luís Avelima, Sampainho e Luciano Nunes. Este trabalho tem produção musical de Maria Dapaz e
produção executiva e artística da suíça Jocelyne Aymon. Lançamento Atração.
Ataíde & Alexandre
Ataíde & Alexandre estão lançando seu 26º CD – Intuição.
No álbum, com 14 faixas, a música de trabalho é a dançante Né Eu Não (Bruno Caliman/Alexandre),
que fala sobre o Cara que gosta de farrear, não quer compromisso, que gosta de balada e que
apronta. Outra aposta da dupla é a música título do CD Intuição (Alexandre/Renato Barros), um bolero
com letra fácil e muito romantismo, uma característica de Ataíde & Alexandre. No CD destacam-se
ainda Pé na Bunda (Rick/Alexandre), Médião (Fátima Leão/Alexandre), Fogo Cruzado (João Gustavo/Alexandre/Carlos Randall) e Coisa Boa (Renato Barros/Alexandre), com a participação de Maurício Mattar, e que também estará sendo a trilha sonora do personagem de Maurício, na próxima novela da Record “Dona Xepa”.
O cantor e compositor gospel Jefferson Rangel está lançando o CD Cenas Crussis, com nove músicas de sua autoria. Como maiores sucessos estão
sendo esperadas a música titulo Cenas Crussis, Dimensão e Por Amor. Jefferson iniciou sua
carreira muito cedo, quando começou a participar de festivais de música gospel como o
Canta Pará e Fest TUC, também no Pará. Em 2003, o cantor participou do programa Raul
Gil, se tornando muito conhecido na região. E quando foi selecionado para participar do quadro Tem um Cantor Gospel lá em Casa, no Programa da Eliana, no SBT, Jefferson diz que viu
que Deus estava a seu lado e finaliza: Deus e minha família são as bases da minha vida, o meu porto seguro.
E meu maior sonho é mostrar ao mundo Deus, através da minha adoração e de minhas canções.
Divulgação
Álvaro Santos
O cantor e compositor Álvaro Santos vem fazendo o maior sucesso com
seu novo clip Balada Top na Internet. E determinado a investir numa carreira sólida e autoral está lançando
seu 4º álbum Minha Essência, que abrange o ritmo Forronejo e traz 12 faixas, todas inéditas, sendo oito
das músicas em parceria com Dyeguinho Silva. O resultado revela uma eclética e divertida seleção de
bailões, forrós, batidões e até mesmo o arrocha, ritmo dançante e sensual, que nasceu na Bahia. O romantismo, no entanto, é a tônica de todas as canções, com destaque para as músicas Amanda e Minha
Essência, além da canção Lamborguini que promete sucesso em todo Brasil.
socinpro notícias 21
Foto: Hélio Paes
Jefferson Rangel
A música
Gospel cresce
a passos largos no Brasil
m novo segmento continua
crescendo a passos largos no
Brasil: é a música Gospel.
“Eu posso dizer que a música Gospel
está no seu melhor momento, Deus
está derramando muita inspiração, que
culmina em belas canções como Conquistando o Impossível (Campeão), que
recentemente foi regravada por Luan
Santana e Faz um Milagre em Mim (de
Régis Danese), que chegou a ser regravada até por grupos de pagode. Também está havendo uma maior dedicação por parte dos músicos, gerando
uma música de melhor qualidade”,
afirma Solange de Cesar, uma das
maiores compositoras do Gospel nacional que, em parceria com o irmão
Beno Cesar, já compôs mais de mil
músicas do gênero. Para falar sobre o
tema, a Revista SOCINPRO entrevistou Solange:
U
Como evoluiu esta música? Desde
quando existe no Brasil e desde quando vem crescendo?
Desde que existe Igreja evangélica no
Brasil sempre houve música Gospel,
pois com a vinda de missionários
norte-americanos e ingleses, essa música chegou até nós, através do Hinário,
denominado Cantor Cristão, por volta
de 1800. Mas para o mercado fonográfico, começou expressivamente a partir
da década de 80. Sua evolução começou com o potencial e dedicação de
cantores e bandas como Asaph Borba, Adhemar de Campos, Vencedores
22 socinpro notícias
Porque e como você escolheu este segmento?
Porque nasci e cresci num lar evangélico
e a canção de ninar que eu ouvia era
música Gospel. E também porque Deus
me presenteou com o dom de compor
herdado de meu avô Virgílio Prudêncio
Cesar que foi músico, Luthier (construtor de instrumentos de cordas) e que
formou uma “bandinha”, para tocar
nas noites do bataclã de Maria Machadão, em Ilhéus, na Bahia.
Quem são os nomes de destaque hoje
neste tipo de música?
Na atualidade temos muitos, mas podemos destacar Ana Paula Valadão,
Fernandinho de Campos, Thalles Roberto, Pregador Luo, Beno Cesar, Livres para Adorar e Fernanda Brum.
Também temos grandes destaques na
música internacional como Michael W.
Smith, Ron Kenoly, Kim Walker, Jaci
Velasquez, Jesús Adrian Romero e
Marcos Witt, dentre outros.
Quem são os principais compositores
e quais as músicas de maior sucesso
atualmente?
Posso citar Thalles Roberto – Deus da
minha Vida, Beno Cesar e Solange de
Cesar – Pelo Telhado (Interpretada por
Wilan Nascimento), Fernandinho de
Campos – Geração de Samuel e Antônio Crilo – Poderoso. Essas canções,
entre muitas outras, tem promovido
muitos milagres na vida das pessoas.
Este tipo de música já rende bons dividendos em direitos autorais?
Rende, até porque, a audiência da
música evangélica, atualmente, não se
restringe mais somente ao público evangélico, caiu nas graças de todos, independente de credo e religião, tendo
assim um grande espaço no mercado
fonográfico brasileiro.
Já se vive de música Gospel no Brasil?
Posso dizer que sim, dependendo do
número de obras que o compositor
tem gravadas. E através da obra de um
compositor abre-se um bom mercado
de trabalho para intérpretes, produtores, músicos e gravadoras.
Foto: Cristiane Rocha
Este tipo de música já tem um bom
mercado?
Com certeza, temos conquistado um
espaço na mídia que antes não conseguíamos. Isso se deve não só às belas
composições e produções fonográficas
de ótima qualidade, pois sem dúvida
devido às novas tecnologias se torna
fácil a produção, mas também por termos um preço mais acessível a todos.
por Cristo, Oséias de Paula, Vitorino
Silva, Rebanhão e Shirley Carvalhaes.
Estes são ícones que alavancaram a música Gospel no Brasil.
www.socinpro.org.br
Divulgação
Carlos Goldgrub / CPDOC JB
ão
Divulgaç
Chico Audi
Um time vencedor!
Divulgação
Socinpro – Goiás
Av. Milão, 1543 – Setor Celina Park,
Galeria Milão, Sala 10
Goiânia – GO
Tel: (62) 3086-0551
e-mail: [email protected]
Divulgação
ação
Divulg
Divulg
ação
Divulgaç
ão
Divulgação
Socinpro – Pernambuco
Rua Copacabana, 373 – bairro Setubal,
Recife – PE
Cep.: 51030-590
Tel: (81) 3422-0605 / 3341-1111
e-mail: [email protected]
Socinpro – Mato Grosso do Sul
R. Antônio Maria Coelho, 2989
Jardim dos Estados
Campo Grande – MS
Tel: (67) 3316-1009
e-mail: [email protected]
REPRESENTAÇÃO NO EXTERIOR:
Além das que constam na página 2,
temos ainda no Canadá, Nigéria,
Jamaica, Finlândia, Irlanda, Colômbia,
Bolívia, Paraguai, África, Países
Árabes (SACEM) e Reino Unido (PRS),
num total de 102 países.
E mais...
socinpro notícias 23
Brasil recebe Papa
Francisco na Jornada
Mundial da Juventude
Brasil será sede da 38ª Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 de julho,
quando receberá o Papa Francisco em
seu primeiro evento oficial fora do
Vaticano. “E nós merecemos, afinal
somos o maior país católico do mundo e estamos num momento único,
com os holofotes em cima, principalmente do Rio de Janeiro, que vai receber grandes eventos nos próximos
anos, como a Copa do Mundo e os
Jogos Olímpicos.É um momento de
grande alegria” diz Padre Marcelo
Rossi, entusiasmado com a vinda do
Papa Francisco que ele acha que foi
uma ótima escolha para dirigir a
Igreja:” um homem íntegro, forte e
ao mesmo tempo humilde, preocupado com os mais necessitados e carentes, que vai trazer a Igreja para
mais perto das pessoas, fazendo com
que se sintam mais acolhidas. É o primeiro Papa das Américas”. Padre
Marcelo Rossi, no entanto, diz que só
tem uma preocupação: o local escolhido para o principal evento da Jornada, a missa que será realizada em
Guaratiba, que ele sobrevoou de helicóptero no dia 8 de maio, quando
participou do Programa da jornalista
Fátima Bernardes, na TV Globo, e
ficou impressionado com a falta de
infra-estrutura e distância do local.
Ele lembra aos organizadores da Jornada, que milhares de pessoas vão se
deslocar para lá, grande parte de fora
do Brasil e do Rio e o local, além de
muito distante, é de difícil localização. Teremos transporte suficiente? A
distância a ser percorrida ainda a pé
é viável para pessoas de todas as ida-
24 socinpro notícias
Foto: Marco Pinto
O
des, inclusive crianças e idosos? E faz
um apelo aos organizadores da Jornada: porque não fazer esta missa no
Aterro do Flamengo, onde esteve o
Papa João Paulo II, recebendo uma
multidão entusiasmada com ordem
e tranqüilidade. Padre Marcelo lembra ainda, que a Jornada vai ser
acompanhado pelo mundo inteiro e
a imprensa estará toda focada nas
nossas possibilidades de organização
de um grande evento. Isso sem falar
que muitos jovens vão fazer até sacrifícios para vir ao Brasil e devem ser
muito bem tratados. Padre Marcelo
acredita que o Papa Francisco, com
seu carisma, sorriso amplo e simpatia
vai conseguir atrair mais jovens para
a Igreja Católica e fazer com que os
chamados “católicos não praticantes” voltem a participar das cerimônias religiosas. “Este é um momento
muito importante e de grande alegria
para a Igreja Católica” diz ele, que
está se preparando para este evento
histórico que mostra o valor da nossa Igreja e o seu reconhecimento
pelos outros países.
Padre Marcelo Rossi, que é também
cantor, ator e ex-professor de educação
física, ficou muito conhecido pela
forma como adota danças e coreografias em missas, que estão sempre lotadas, se propondo a levar a mensagem
de Cristo e os ensinamentos da Igreja
de uma maneira original, moderna e
mais leve. Ele faz parte do movimento
de Renovação Carismática Católica e
é considerado o maior fenômeno artístico cristão da América Latina com
mais de 12 milhões de CDs vendidos
ao longo de sua carreira.
Este ano, Padre Marcelo acabou
de lançar seu segundo livro Kairós,
que serve como complemento ao primeiro Ágape, lançado em 2009, que
se tornou o livro mais vendido do
ano no país, chegando hoje a cerca de
8,5 milhões de cópias. Com a renda
de seus projetos, o Padre construiu o
Santuário Mãe de Deus, com capacidade para 100 mil fiéis. O novo livro,
Kairós, significa em grego o “momento certo, o momento oportuno”,
neste caso o momento que Deus escolhe para realizar algo. Esse é o
grande valor apresentado pelo livro e
o grande dilema atual da humanidade. Vivemos num mundo em que
a nova geração, principalmente, está
acostumada a ter o que quiser na
hora que quiser. O livro esbarra nesse
ponto para chegar ao que vale de
fato: “Para tudo há um tempo, para
cada coisa há um momento debaixo
do céu” (Ecl 3.1).
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