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Informativo da Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Intelectuais
no 33
Roberta Miranda
A rainha do sertanejo
Foto de: Ione Lacerda
Brasileiros fazem
festa no Grammy
Latino
Roberto Carlos é homenageado
como a Personalidade do Ano
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Fundo de Quintal é o melhor
Álbum de Samba Pagode
SOCINPRO investe
em Assistência Social e
Cultural
Câmara dos Deputados:
parlamentares querem
reduzir os direitos autorais
O Futuro dos
Direitos Digitais
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Crédito da foto de capa: Ione Lacerda
Socinpro Notícias Outubro-Dezembro 2015
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Editorial
E
stamos em dezembro/2015.
Chegamos ao final do ano.
Logramos muitos resultados positivos na administração e
proteção dos direitos intelectuais.
Arrecadamos muito mais direitos
autorais e fizemos uma melhor distribuição. Com ajuda da tecnologia foram criadas várias ferramentas
que possibilitaram a gravação de
espetáculos artísticos, shows, trios
elétricos, casas de festas, emissoras
de rádio e televisão, internet. Com
isso, se identificou mais obras, fonogramas e titulares possibilitando
melhor arrecadação e distribuição.
A SOCINPRO com o seu novo Potal: www.socinpro.org.br, disponibiliza para seus associados, durante
24 horas, todas as informações de
que o associado precisa, tal como o
banco de obras, fonogramas, ISRC,
retidos, demonstrativos das obras
e fonogramas executados e que geraram arrecadação, demonstrativos
financeiros, lei autoral, estatuto, endereços de nossa filial de S.Paulo, das
representações em Goiânia (Goiás),
Campo Grande(MS), Salvador(Ba),
Recife(PE) e Fortaleza(CE), além das
representações no exterior com 123
Associações. Se você ainda não navegou no nosso Portal, faça agora e
constate as informações, facilidades
e meios de controlar a execução de
suas obras e interpretações. Você
tem a SOCINPRO dentro de casa e
ao alcance de suas mãos.
Por outro lado, muitos associados questionam a arrecadação dos
direitos autorais no ambiente digital. O mercado digital em 2014, com
as vendas na internet – download
e streaming – segundo a Associação Brasileira dos Produtores Fonográficos, teve um aumento de 30%, enquanto o físico com a venda de
discos caiu 15% e a indústria como
um todo cresceu 2%. O mercado digital já representa 48%, enquanto o
físico 52%. Nesse ano, vamos fechar
os resultados com a Gestão Coletiva apresentando uma melhoria no
segmento digital com um crescimento de 30%. Realizamos contratos com os provedores que disponibilizam música na internet, como o
ITunes, YouTube, Dizzi, Spotfy e Rdio
que estão pagando os direitos autorais. O Google, infelizmente, além de
não pagar,entrou na justiça questionando a cobrança dos direitos.
Mas é uma questão de tempo, os
Tribunais têm dado ganho de causa
nesses tipos de demanda contra o
ECAD e as Associações.
O nosso quadro social aumentou bastante em número de associados e em importância, dado que
ingressaram artistas e composi-
tores de renome, tais como Humberto Costa, Gustavo Lima, Roberta
Miranda, João Neto & Frederico,
Ronaldo Barcellos, Carlos Caetano,
Tiee, entre outros.
A ADIN, ação judicial de declaração de inconstitucionalidade
da Lei 12.853/13 que violou o art.
5° da Constitução Federal que disciplina os sagrados direitos dos
artistas e compositores, além da
gestão Coletiva, ainda se encontra aguardando julgamento no
Supre­mo Tribunal Federal.
Um Feliz Natal e próspero Ano
Novo com muita paz, saúde e realizações.
Jorge S. Costa
Presidente
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A voz do associado
roGEriNHo
Divulgação
R
ogério Pereira da Silva, o Rogerinho do Grupo Revelação, se associou à SOCINPRO e tem grandes
expectativas em relação ao trabalho da Sociedade. Trazido por Leandro Fab e Márcio Paiva, o músico
diz que ficou entusiasmado com a proposta que recebeu da equipe da SOCINPRO, que mostrou profissionalismo,
honestidade, ética e transparência, além de uma enorme simpatia e gentileza no tratamento. “Tenho certeza que os
meus direitos autorais serão muito bem cuidados e não vai passar nada”. Rogerinho, responsável pelo ritmo alucinante
do Revelação com o seu Tantan, já faz parte do grupo desde 2000 e está se preparando para a gravação de seu 9o CD junto
com o Revelação, que será gravado agora em dezembro, num show com a participação do público ao vivo no Estúdio da
Companhia dos Técnicos. O CD vem com 14 músicas e a grande aposta é na música Cavaleiro Sonhador.
Notas
CaSaMENto da BrUNa CaMPoS
Rogerinho e Davi, do Grupo Revelação, e Karol Ka se associaram à
SOCINPRO. Eles vieram trazidos por Leandro Fab e Márcio Paiva e
foram recebidos por Jorge Costa, presidente da Sociedade, em clima
de alegria e descontração.
Bruna Campos, nossa associada, compositora, intérprete, diretora
presidente da Editora Rede Pura Comunicação Ltda e nossa
representante na região de
Matogrosso e Matogrosso do Sul,
com sede na cidade de Campo
Grande, se casou no dia 15 de
dezembro, com o empresário Joel
Lucas de Almeida. A cerimônia foi
realizada no GOLDEN CLASS, em
Campo Grande (MS).
Arquivo Socinpro
JORGE COSTA RECEBE NOVOS ASSOCIADOS
PErdEMoS BoB lEStEr
Davi (Revelação), Karol Ka, Márcio Paiva.
SoCiNPro GoiÁS tEM NoVo ENdErEÇo
A filial da SOCINPRO em Goiás agora tem novo endereço. Em
instalações mais amplas e confortáveis a Sociedade passou a
funcionar na
Avenida Anhanguera, Q 74, 5674
Lt 9/11 Setor Central – Goiânia ( Palácio do Comércio). CEP:
74.043-010
Telefone: 62. 3086.0551
E.mail: [email protected]
4
Divulgação
Da esquerda para direita, Leandro Fab, Rogerinho( Revelação) Jorge Costa ( Presidente SOCINPRO),
Morreu dia 6 de novembro, no Hospital
Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, o
cantor e sapateador Edgard de Almeida
Negrão de Lima, mais conhecido como
Bob Lester, que foi para os EUA com
Carmen Miranda nos anos 1940. Bob
tinha 102 anos e estava no Retiro dos
Artistas, depois de ter sido convencido
por pessoas próximas de que seu
estado de saúde não permitia mais que
vivesse sozinho. O músico e dançarino
chegou aos 100 anos com vitalidade e disposição ainda fazendo
shows e apresentações. Calouro nota 10 do programa de Ary
Barroso e primeiro sapateador contratado pelo Cassino da Urca,
ele se apresentou com astros como Oscarito e Grande Otelo. Vai
deixar saudades!
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Roberto Carlos
é homenageado pelo Grammy Latino
D
Courtesy of The Latin Recording Academy/Wireimage.com ® 2015
ia 18 de novembro, o nosso
Rei Roberto Carlos, foi homenageado em Las Vegas
como a Personalidade do
Ano de 2015 do Grammy Latino, com um
grande show repleto de estrelas como
Paula Fernandes, Seu Jorge, Alejandro
Sanz e Dionne Warwick, no South Pacific Ballroom do Centro de Convenções
do Mandalay Bay.
Roberto Carlos, ultrapassou as frontei-
ras do Brasil na década de 1970, com suas
canções sobre o amor e as mulheres em
espanhol, francês, inglês e italiano. Desde então fez muito sucesso com músi-
cas como Eu quero apenas, Cama e mesa,
Côncavo e convexo e Detalhes, autênticos
hinos para seu imenso número de fãs.
Gabriel Abaroa (Presidente da Academia Latina da Gravação), o mais alto, a Laura Tesoriero (membro da
Academia) e o Presidente do Grammy americano, Neil Portnow
Participaram da festa dezenas de ar-
Roberto é uma “lenda da música. E com
tou uma versão de Lady Laura. Leslie
que se reuniram para celebrar a carreira
são românticas e acredito que o roman-
da música americana e colombiana,
tistas da Espanha e da América Latina,
do brasileiro, em sua maioria vestidos de
branco em homenagem a Roberto Carlos.
O espanhol Miguel Bosé, Personalida-
um legado maravilhoso. Suas canções
tismo não deve passar de moda porque é
a maneira de falar à mulher e ao amor”.
de do Ano em 2013, recordou que Roberto
Muitas emoções
tos corações durante muitas décadas. Ele
Carlos Vives e a mexicana Julieta Vene-
É um dos maiores “, disse ao repórter da
a homenagem, que virou um show en-
evento junto a uma legião de jornalistas.
de Roberto Carlos.
Carlos “tem sido a trilha sonora de mui-
criou um estilo e contribuiu muitíssimo.
gas interpretaram O progresso durante
AFP- Agence France-Presse, que cobria o
tre amigos para celebrar a vida e obra
O colombiano Carlos Vives disse que
Alejandro Sanz, de violão, apresen-
Grace e Maluma, novas promessas
cantaram Jesus Cristo, uma das várias
canções com as quais o brasileiro ex-
pressou sua fé católica. Romeo Santos
cantou Un gato en la oscuridad, Ana
Carolina e Seu Jorge À distância, Jesse
& Joy A Montanha, Dionne Warwick Fa-
lando Sério e Victor Manuelle Desabafo,
entre outros.
As 1,3 mil pessoas presentes aplaudi-
ram de pé quando Roberto Carlos subiu
ao palco para receber o Troféu Gramofone.
Como agradecimento, o brasileiro cantou
em português Emoções e em espanhol a
versão de Eu quero apenas (“Un millón de
amigos”), ovacionada pelo público.
Aos jornalistas Roberto Carlos disse:
“estou muito emocionado. Sem dúvida é
um momento muito especial na minha
vida. Estou muito orgulhoso de tudo o
que consegui”, declarou o homenagea-
do da noite, com aquele seu jeito meio
menino, meio brejeiro, mas muito feliz.
Ele vestia o tradicional terno branco com
uma gravata azul. Muito sucesso e muita
sorte ao nosso Rei!
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JorCosta eficiência e personalidade
J
orge de Souza Costa, mais conhecido
como Dr. Jorge Costa, sempre atuou
no meio artístico, ora como defensor
dos direitos dos artistas, ora na equipe
da produção executiva de filmes com
Ruy Guerra, Maria do Rosário Nascimento e Silva, Ana Maria Nascimento e
Silva, Paulo César Sarraceni, Joel Barcelos e Jon Tob Azulay.
No período de 1985 a 1993, foi diretor
da gravadora Polygram, hoje Universal,
com André Midani, Roberto Menescal, HeFoto: Flávio Cavalcante
leno de Oliveira, Van Dijk, José Luiz Pântano e Marcos Maynard. Escreveu e proferiu
mais de trinta conferências no âmbito
nacional e internacional, algumas publicadas pela OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual, outras
na Revista Droi de Auteur, no Livro Foro
Internaciotional sobre Interpretaciones
o Execuciones Artísticas, SUDEI, Uruguay,
maio/2001, e várias no site da SOCINPRO.
Algumas proferidas a convite do Ministério da Cultura. Também escreveu crônicas
e versos que ainda não deu publicidade.
Foi Conselheiro da Comissão Nacional
de Incentivo à Cultura do Ministério da
Cultura, nas gestões dos Ministros Francisco Welfort e Gilberto Gil, tendo recebido honrosa distinção com um Diploma,
em dezembro de 2005, e uma Placa, em
9 de agosto de 2006, por sua relevante
contribuição à cultura brasileira como
integrante da CNIC – Comissão Nacional
de Incentivo à Cultura.
Foi um dos fundadores da FILAIE – Federacion Iberolatinoamericana de Artistas Intérpretes o Ejecutantes, em abril
de 1981, em Buenos Aires, constituída em
setembro de 1982, em Brasília, para congregar as Associações dos artistas dos
países latinos, Portugal e Espanha. Exerce a Vice-Presidência dessa Instituição.
Em junho de 1997, em Medelim, Colômbia, foi distinguido com Diploma
como Miembro de Honor da FILAIE, por
seu reconhecido mérito e qualidade
profissional e humana. Em novembro
de 2009, em Madri, recebeu da FILAIE
igual distinção. Em outubro de 2012,
recebeu a Comenda de “Miembro de
Honor” do Foro Ibero-americano de Las
Artes, como reconhecimento internacional de sua brilhante trajetória profissional e humana em defesa dos direitos
dos artistas e das artes.
Como autor de canções começou há
pouco a dar publicidade às suas criações.
Fez Minha Cidade, em parceria com André Renato, Samba Diferente, com Leandro Fab, e escreveu com Paulinho Rezende No Coração de Deus. Com Naldinho e
Beto Corrêa, Minha Menina. Fez ainda a
letra de Diga-me, com Jairo Góes, e Xáxalalá, com Beto Corrêa, além de várias
outras. E ele diz: “como Presidente da SOCINPRO, minha sempre e eterna Sociedade, que tão bem sabe proteger e defender os direitos autorais, a parte musical a
ela também está entregue.
Mr. Sammy Coelho e as novinhas
E
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escola de música “Orquesta do Piamarta” dos maestros Ricardo Wilian e Costa
Holanda, e aos 12 já se destacava como
primeiro Clarinetista Solo da Orquestra.
E a partir daí a música era sua vida. Se
apresentou em bandas, bailes e shows
até os 20 anos, quando surgiu um problema sério na garganta e teve que parar
de cantar. Sammy conta então, que foi aí
que Deus lhe deu uma luz e abriu uma
grande janela na sua vida. Passou a compor e as coisas começaram a dar certo,
foi estourando uma música aqui e outra
acolá, hoje com 28 anos, tem mais de 150
músicas gravadas por grandes artistas
nacionais, é cantor multi-instrumentista
e produtor musical. Sua música de maior
sucesso é Vai no Cavalinho, em parceria
com o amigo Thales Hivo, o BigBig, que
é sua galinha dos “Ovos de Ouro”, pois
mudou a sua vida e diz: “Só tenho a agradecer a Deus por esse dom maravilhoso
da música e por fazer parte desta socie-
dade de grandes compositores e cantores do Brasil, que é a SOCINPRO, e que tão
bem me representa no cenário nacional
da música. E me aguardem! Mr. Sammy
Coelho e as Novinhas, vão arrebentar por
esse Brasil afora”.
Foto: Marcelo Alves
le vai dar uma reviravolta na carreira. A partir de janeiro de 2016, o cantor, compositor e instrumentista Francisco Anderson Coelho Garcia, mais conhecido como Sammy Coelho, dá a partida
no Projeto Mr. Sammy Coelho e as Novinhas, onde vai cantar cercado de bailarinas, que vão montar um show com ele.
Sammy está muito animado, afinal vai
fazer o que mais gosta: cantar. A primeira apresentação será em Feira de Santana, na Bahia. Logo depois o grupo se
apresenta no Carnaval de Salvador, onde
ele pretende arrazar! Sammy descobriu
aos 5 anos seu dom para a música. Aos
7 anos aprendeu a tocar seus primeiros
instrumentos, no caso da percussão,
tendo como grande referência musical
a Banda Timbalada, do grande cantor e
compositor Carlinhos Brown e uma escola de samba pequena do bairro Jardim
América de Fortaleza, no Ceará, onde
mora até hoje. Aos 9 anos entrou na
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Fundo de Quintal ganha
Grammy Latino 2015
O
muito importante para mim e minha
família, porque mostra o valor do trabalho, do esforço e da dedicação. E estou muito orgulhoso de meu filho, que
é também um grande compositor, com
mais de quinhentas músicas gravadas,
e que já está passando este talento
para meus netos, que também já estão
fazendo muita coisa boa. Nossa família
faz música unida. Afinal filho de peixe,
peixinho é, não é verdade? Agradeço a
Deus todos os dias pela família que me
deu. E meu filho me enche de orgulho”.
André Renato também é Só Felicidade. E ele conta como surgiu a música:
“há muito tempo não via um grande
amigo que estava passando por sérias
dificuldades. Nos encontramos por
acaso na rua e ele estava muito contente. Disse que tudo tinha passado e
que Deus abençoou a sua vida. Quando
cheguei em casa, contei a história para
meu pai e disse que graças a Deus ele
era só felicidade. E Sereno, que não perde uma oportunidade disse, então filho
vamos fazer uma música para ele. E ali
mesmo fizemos Só Felicidade”. E a história das gerações se repete, André Renato, um dos mais festejados compositores da atualidade, é autor da música
A Mil por Hora, em parceria com o filho
Rhuan André, com o irmão Lucas de
Oliveira e com o afilhado Gabriel Soares. A música é o tema da novela “Totalmente Demais”. André Renato é autor
também da música Fala meu nome aí,
título do CD do Mumuzinho, Eu amo a
vida, titulo do CD do Leandro Sapucaí,
Porta-Voz da Alegria, música título do
CD de Diogo Nogueira, além de ter feito a música Minha Cidade, com letra
de JorCosta, presidente da SOCINPRO.
André Renato e Sereno, com tanto sucesso e o merecido Grammy, todos nós
somos Só Felicidade!
Divulgação
tradicional grupo Fundo de
Quintal foi o vencedor do
Grammy Latino 2015, na categoria Melhor Álbum de Samba/
Pagode com o álbum Só Felicidade. A
música título é de autoria de André
Renato e seu pai Sereno, do Fundo de
Quintal, que estão na maior felicidade!
O Grammy Latino de Melhor Álbum de
Samba/Pagode é entregue anualmente, desde 2000, quando a cerimônia
de premiação foi instituída. O prêmio
é entregue para os artistas — solo,
duplas ou em grupo – cujo álbum no
cenário musical do Samba e do Pagode obtiveram maior destaque. E este
ano, foi feita justiça, com a indicação
do Fundo de Quintal.
O Fundo de Quintal é um grupo de
samba formado no Brasil no final da
década de 1970. Surgido a partir do
bloco carnavalesco Cacique de Ramos,
da cidade do Rio de Janeiro, o grupo
tornou-se uma referência original no
gênero pagode. Ele é, reconhecidamente, o grupo do gênero mais premiado e
respeitado da história da música.
O grupo foi berço, por exemplo, de
Jorge Aragão, Almir Guineto, Arlindo
Cruz e Walter Sete Cordas. Na sua formação, Bira Presidente, exímio pandeirista e sambista, que junto com Sereno e Ubirany formam o trio pioneiro
do Fundo de Quintal. Sereno, além de
cantor e grande compositor, é o inventor do Tantan e Ubirany o criador do
repique de mão. Ademir Batera, mais
conhecido como baterista sorriso, Mário Sérgio e Ronaldinho, que formam a
grande dupla de compositores do grupo, completam o Fundo de Quintal, que
faz a alegria de qualquer show, festa ou
apresentação.
Com sua música em parceria com
o filho André Renato, entrando como
titulo do álbum vencedor do Grammy
Latino 2015, Sereno é Só Felicidade. E
todo sorrisos ele diz: “esse prêmio é
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Novos associados
Karol Ka
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Foto: Vagner Souza
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Ronaldo Barcellos iniciou seus estudos musicais na Igreja Assembleia de Deus de Imbariê,
Município de Duque de Caxias, onde nasceu, e
hoje faz parte da SOCINPRO. Com uma trajetória de sucesso, iniciada aos 13 anos na Escola
Nacional de Música da UFRJ, onde estudou teoria e trompette, Ronaldo compôs várias músicas de sucesso como Cada Um Cada Um, até
decidir mergulhar de corpo e alma no samba,
sua vocação maior, compondo com parceiros
grandes sucessos como Quem tá Duro Reza
Pra Chover, Amor Oriental, Paparico (regravada por Julio Iglesias), Marrom Bombom, Ela e o
Namorado Dela, Cilada e Namoro de Elite, entre várias outras. Trabalhando desde 1975 fazendo vocais e arranjos, Ronaldo participou de
discos de Roberto Carlos, Julio Iglesias, Sérgio
Mendes, Gilberto Gil, Gal, Simone, Alcione, Tim
Maia, Emílio Santiago, Ivan Lins, Banda Black
Rio, Barão Vermelho, Lulu Santos, entre outros
artistas de primeira categoria. Atualmente, o
músico está envolvido com o lançamento de
3 discos autorais. Em relação a nossa Socieda-
de, Ronaldo diz “vim para a SOCINPRO por ser
uma sociedade que preza e valoriza o autor,
independente de sua arrecadação ou prestígio no mercado brasileiro de música!
Carlinhos Santos
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Ricardo Neves
Ronaldo Barcellos
Foto: Donatinho
Carolina Borges Cândido, a Karol Ka é uma
nova associada da SOCINPRO. Uma artista cheia de talentos que se envolveu com o
mundo da música aos três anos de idade,
quando começou a cantar e dançar, Karol
em sua trajetória participou do filme “High
School Musical” e do seriado “Quando Toca o
Sino”, ambos produzidos pelo Disney Channel. Também integrou o grupo Kandies, lançado no Criança Esperança, em 2010, e esteve
na primeira temporada do “The Voice Brasil”.
Karol é a nova artista que chega ao cenário
musical para valorizar ainda mais o atual
momento pop / funk. Karol conta que decidiu entrar na SOCINPRO quando resolveu colocar sua vida em ordem e começar a pensar
em seus projetos futuros como compositora.
Lembrou então da história que seu empresário Márcio Paiva conta sobre a SOCINPRO
e como ele é bem atendido e recebido lá. “Então não pensei duas vezes em me juntar a
esta grande família. E estou muito feliz com
o início desta grande e maravilhosa história!”
Ele é um empresário do ramo metálico, trabalha com alumínio e ferro, desde os 17 anos.
E agora também faz parte da SOCINPRO. José
Ricardo Fernandes Neves, mais conhecido
no meio musical, como Ricardo Neves, hoje
com 29 anos é dono de duas empresas, tem
43 funcionários, mas gosta mesmo é de samba. Ricardo é um apaixonado pelo samba e
sempre ajudou um grande parceiro da Viradouro, Gilberto Gomes. Há quatro anos decidiu se envolver de verdade com a música e
passou a trabalhar, com parcerias, sendo seu
samba-enredo campeão na Escola de Samba Unidos do Viradouro em 2013, na Unidos
do Porto da Pedra, em 2014, e na Escola de
Samba Acadêmicos do Salgueiro, em 2015. “A
minha chegada na SOCINPRO foi uma indicação do parceiro e amigo Gustavo Clarão. E
logo que cheguei na sede, me deparei com
uma estrutura de profissionais de verdade e
um presidente, o Jorge Costa, competente e
carismático. Estou muito satisfeito de estar
aqui.” Ele veio para ficar.
Conhecido como vocalista da banda P.O.
BOX, Carlinhos Santos, músico profissional
há mais de 37 anos, se associou à SOCINPRO.
Carlinhos foi o fundador e vocalista da banda
Nechivile. Em 1998, fundou e liderou a banda
P.O. BOX, grande sucesso em shows e mídia
em todo Brasil, com tournées no Japão e EUA,
e vendagem de mais de meio milhão de discos (discos de Ouro e Platina) pela gravadora
EMI. Como compositor, tem canções gravadas por P.O. BOX, Latino, Trem da Alegria, Lucas & Luan, Chico Rei & Paraná, Henrique &
Hernane, entre outros. Um de seus projetos
atuais é o recém-criado “Canções que ouvimos e gostamos de cantar” – em shows, CD
e DVD – onde o artista interpreta canções
de todos os tempos nos formatos acústico
ou elétrico, solo ou com banda, em interpretações personalizadas. Na primeira edição
do projeto, as canções escolhidas foram os
Standards internacionais dos anos 70. Já na
SOCINPRO ele diz: “sempre fui muito cuidadoso com minha obra, e vi na SOCINPRO um
zêlo muito grande não só no cuidado com a
obra do artista, mas também com a relação
entre sociedade e compositor. Isso faz uma
grande diferença. Venho de uma relação de
muita amizade com o pessoal do escritório da SOCINPRO de Goiânia, e acaba que o
meio de composições, como qualquer outro,
tem seus assuntos, as informações, o famoso
“boca a boca”. E pude perceber, conversando
com outros compositores, a satisfação com o
trabalho realizado pela SOCINPRO. Não tive
dúvidas. Estou aqui”.
Adalto Magalha
Cantor e compositor de grandes sucessos,
como Hoje eu vou pagodear, Luz do Desejo (Exaltasamba), Amor e Festança e É você,
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Arquivo Pessoal
Ferrugem
A compositora, cantora, jornalista, atriz e diretora musical de cinema Kely Reinttz, faz parte
da família SOCINPRO. Kely começou a se interessar pela música muito cedo, com apenas 6
anos havia feito sua primeira música e se tornou profissional aos 11 anos, quando gravou
duas de suas composições numa colectânea.
Com 14 anos comandava um programa de rádio ao vivo, de 4 horas, transmitido para 200
cidades e era líder de audiência. Em 2006, foi
contratada como “Compositora Exclusiva” da
Editora BMG Music (Umusic), pelo seu grande talento de compositora. Kely tem suas
composições gravadas por cantores de diferentes gêneros musicais e é autora da trilha
sonora do filme “Helena”,
obra clássica de Machado de Assis. Kely
agora está conosco
e conta: “em busca
de uma associação
correta e transparente escolhi a
SOCINPRO”.
Divulgação
Jheison Failde de Souza, o sambista Ferrugem, se associou à SOCINPRO. Ferrugem,
com 27 anos, traz sua paixão pelo samba
desde criança, quando já ouvia mestre Zeca
e o grupo Fundo de Quintal, entre muitos
bambas do samba. Depois de muito batalhar pra conseguir um tantan, aos 13 anos
comprou o seu e foi compor a sua história.
Fã do cantor Péricles, uma de suas referências musicais, começou a gravar canções
Kely Reinttz
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Foto: Freitas
Carlos Caetano do Nascimento, o poeta Carlos Caetano, um dos grandes compositores
de samba e pagode, também veio para a
SOCINPRO. Conhecido como “Poeta da Canção”, o artista iniciou sua vida no samba em
1984/1985, no grupo Nossas Raízes, onde era
percussionista. Em 1994, teve sua primeira
canção, O samba vai esquentar, gravada pelo
grupo Fundo de Quintal. Daí em diante, Carlos Caetano disparou com suas composições
e entre seus maiores sucessos atuais, estão
Água de Chuva no mar (Beth Carvalho), Se
eu Largar o Freio (gravado por Péricles), Pela
Hora (Fundo de Quintal), Decidida (Adriano
Ribeiro), Deixa Acontecer (Revelação), É diferente (Sorriso Maroto), Ela só quer saber de
sambar (Fundo de Quintal) e Te Amo (Mumuzinho. E hoje, seu foco é no lançamento, em
2016, do seu 6° CD Só um Desabafo, que tem
O compositor e
músico Mauro Diniz, se associou à
SOCINPRO. Nascido e criado no
Rio de Janeiro,
Mauro deu seus
primeiros passos
em direção à música guiado pelos
bambas da Velha Guarda da Portela. O músico sempre viveu entre sambas antológicos
de seu maior ídolo, o pai, Monarco, um dos
maiores compositores da música popular
brasileira. Aos 5 anos de idade já dedilhava
o cavaquinho do pai. Aos 8, foi presenteado com um violão por sua mãe Thereza,
pastora da Escola. Em 1983, o grupo Fundo
de Quintal incluiu uma composição de sua
autoria Te gosto (com Adilson Victor) no disco “Nos pagodes da vida”. Em 1985, a RGE o
convidou para gravar o LP “Raça Brasileira”,
junto com Jovelina Pérola Negra, Pedrinho
da Flor, Zeca Pagodinho e Elaine Machado. O
disco foi um sucesso de vendas e execução
nas rádios. E Mauro não parou mais. São discos, shows e produções, sempre com muito
sucesso. O compositor tem entre seus parceiros, entre outros, além do pai Monarco,
Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Marisa Monte
e Sereno do Grupo Fundo de Quintal. Mauro veio para a SOCINPRO e explica porque:
“me associei à SOCINPRO, pela tranparência
e disponibilidade rápida que temos para
acessar todos os assuntos referentes aos
nossos créditos e débitos.”
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Carlos Caetano
Mauro Diniz
próprias e interpretações de
outros compositores, jogando
tudo que podia
na internet. E
assim iniciou
uma carreira
de sucesso. Em
2011, surge a
oportunidade
de se apresentar em São Paulo. Ele criou então a Roda de
Samba do Vila Duca, na Vila Olímpia. Dali
sai a música Meu Bem, sucesso nas rádios
de todo o Brasil. Em 2014, ele assina contrato com a gravadora Warner Music. Em 2015,
ele lançou o CD Climatizar, com 14 faixas e a
participação de Anitta, que lança Ferrugem
definitivamente no mercado fonográfico. E
agora Ferrugem é nosso também. Ele conta
como veio para a sociedade: “estava perdido
na busca de uma sociedade, pois buscava
clareza. Quando fui na SOCINPRO e conversei com o presidente Jorge Costa, ele me
deu muito mais informações do que eu esperava e senti firmeza na SOCINPRO”.
Foto: Vanessa Barreto
Fato: Paulo Verardo
Adalto Magalha veio para a SOCINPRO. Autor
de vários sucessos com Almir Guineto, com
Beth Carvalho, Corda no Pescoço, com Jovelina, Banho de Felicidade, Desafio com Belo e
Pela Casa Inteira, com Zeca Pagodinho, Magalha tem mais de 450 músicas gravadas.
E agora ele está lançando seu CD Não Vivo
Sem o Samba e divulgando seu trabalho em
shows por todo o Brasil. Adalto Magalha é
também considerado um dos bambas do
samba, com 12 sambas enredo em diversas
escolas de samba, a destacar o enredo “Sílvio Santos” e o samba que homenageou o
Vasco da Gama. O compositor vem firmando
seu nome a cada dia na galeria dos grandes
artistas brasileiros. E porque ele veio para a
SOCINPRO? Ele responde “porque é uma sociedade que valoriza e respeita o artista!”
a participação de Jorge Aragão, Milton Nascimento, Sereno (Fundo de Quintal), Moisés
Santiago, Claudemir e Pedrinho de Cavaco.
E no final da entrevista, o poeta brinca com
as palavras: “Faça da minha felicidade, um
ponto de partida para a sua. Venha para a
SOCINPRO.”
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Assembleia geral
da FILAIE
na República Dominicana
A
Os temas abordados foram a
Diretor-Geral Silvio César e por seu
pro­teção dos direitos autorais, a
Coordenador da Área Internacional,
administração desses direitos, o in-
Marcelo Adonis. Na ocasião, a SO-
tercâmbio cultural, o tratamento
CINPRO realizou em paralelo várias
nacional e os contratos de reciproci-
reuniões de trabalho com os diri-
dade em que se remete de um país
gentes das Associações do Panamá,
para o outro os direitos autorais
Chile, Portugal, México, Guatemala,
das execuções musicais dos artis-
e República Dominicana, tratando
tas nacionais, além da evolução das
dos direitos de seus artistas e rea-
leis de proteção e a abordagem do
lização de contratos de representa-
tema mais em evidência que é a
ção, tendo firmado contrato com a
comunicação pública no ambiente
PANIE, do Panamá; a SODAIE, da Re-
digital, o respeito às leis, o direito
pública Dominicana, e a Musicartes,
moral da paternidade da obra e das
da Guatemala. As renovações com a
interpretações. A SOCINPRO se fez
ANDI, do México, a SCI, do Chile e
representar por seu Presidente que
a GDA, foram trocadas minutas de
exerce o cargo de Vice-Presidente
contratos para serem melhor ava-
da FILAIE, Dr. Jorge Costa, por seu
liadas e, em breve, os contratos seFoto: Adonis Marcelo
FILAIE –
Federación
Ibero­
latino­­americana de
Artistas Intérpretes o
Ejecutantes, com sede
em Madri, Espanha,
que congrega vinte
países latinos (América
do Sul, América
Central, Caribe),
Portugal e Espanha,
realizou em Punta
Cana, República
Dominicana, reuniões
dos Comitês Jurídico,
Técnico e Cultural,
assim como de seu
Conselho Diretivo e
sua Assembleia Geral,
de 18 a 21 de outubro
de 2015.
Pocho (Pres. SODAIE Rep. Dominicana), Jorge Costa e Silvio Cesar assinando o contrato de
representação com a SOCINPRO
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Foto: Adonis Marcelo
Luis Cobos (Pres. FILAIE), José Luis Sevillano (Dir. Geral AIE), Jorge Costa, Silvio Cesar (SOCINPRO) e Maria Rodriguez (SODAIE)
rão assinados. A SOCINPRO, durante
comunitárias, escolas, entidades fi-
Mundial do Comércio (OMC). O
a Assembleia mostrou a situação do
lantrópicas, as Prefeituras Munici-
TRIPS obriga os países-membros da
Brasil no que tange a Lei 12.853/13,
pais quando organizam eventos em
OMC a adotar padrões mais rigoro-
que alterou a lei do direito autoral
datas festivas e os que não tenham
sos de proteção. Nenhum bene-
9610/98, contrariando disposições
natureza lucrativa.
fício pode ser concedido, sem que
constitucionais,
ferindo
direitos
Essas Moções já foram encami-
se observe a “Regra dos Três Pas-
adquiridos, interferindo na gover-
nhadas ao STF e à Câmara Federal
sos” da Convenção de Berna, que
nança das Associações, na forma
dos Deputados. Nessas Moções, a
estabelece: a) em certos casos es-
de cobrança dos direitos autorais,
FIALIE e os países que a congregam
peciais; b) desde que não prejudi-
fez uma apresentação detalhada e
demonstram firme preocupação
que a exploração normal da obra;
logrou aprovar duas Moções: uma
com os direitos dos artistas e as
c) nem cause prejuízo injustificado
para o STF-Supremo Tribunal Fede-
violações dos tratados internacio-
ao interesse do autor. E, principal-
ral, onde tramita uma ADIN-Ação
nais de que o Brasil é signatário,
mente, o ordenamento jurídico de
de Declaração de Inconstituciona-
além do Tratado sobre Acordo so-
cada país. No Brasil a Constituição
lidade, contestando a referida lei e
bre os Aspectos dos Direitos de Pro-
Federal estabelece em seu art. 5°,
outra para a Comissão Especial da
priedade Intelectual Relacionados
inciso XXVII – aos autores perten-
Câmara Federal dos Deputados
ao Comércio (ADPIC) – Agreement
ce o direito exclusivo de utilização,
que examina projetos de leis que
on Trade-Related Aspects of Intel-
publicação ou reprodução de suas
reduzem os direitos dos artistas e
lectual Property Rights (TRIPS) – de
obras, transmissível aos herdeiros
isentam de pagamento as rádios
1995, no âmbito da Organização
pelo tempo que a lei fixar.
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Ponham a mão
D
everas preocupante o
justa e equitativa remuneração – os
comportamento dos
direitos autorais.
nossos
Por outro lado, não instituíram
até agora a denominada “Lei da Có-
legisladores,
A Câmara dos Deputados insti-
pia Privada”, como já o fizeram mais
embora não todos.
tuiu recentemente, uma Comissão
de trinta e cinco países. A lei obriga
Os senadores e deputados estão lá
Especial para analisar mais de qua-
os fabricantes, no ato da fabricação
no Senado da República e na Câma-
renta Projetos de Lei que pretendem
de produtos que se prestem à re-
ra Federal, em Brasília, para legislar
regulamentar as atividades de au-
produção, ao armazenamento e à
em benefício do cidadão e da socie-
tores e artistas e, pasmem, isentar
execução pública de obras musicais,
dade. Enfim, para a Nação.
O Brasil é uma República Federativa, um país dito democrático, com
uma Constituição Federal normatizando e balizando a convivência
social dos indivíduos e as atividades
de empresas, corporações, ONGS,
órgãos do governo e intergovernamentais. Os deputados e senadores
deveriam zelar pelo cumprimento
da Constituição e dos direitos e garantias do cidadão, sem que sequer
fosse necessário nos socorrermos
do Poder Judiciário. Mas o que se
observa, além do nepotismo, dos
desmandos e da corrupção, é a proliferação de leis cada uma mais esdrúxula do que a outra.
lítero-musicais e de fonogramas
“
A propriedade
intelectual,
que fomenta e
mantém a cultura
de um país e
que se encontra
resguardada no art.
5o da nossa Carta
Magna, vem sendo
constantemente
agredida.
”
A propriedade intelectual, que fo-
(por exemplo, computadores, smartphones, CDs e DVDs virgens, enfim
todo e qualquer aparelho ou suporte
físico apto a copiar, armazenar e comunicar ao público obras literárias,
artísticas, científicas e produções
fonográficas) ao pagamento de um
valor, a título de remuneração, de
natureza autoral, para compensar o
que os titulares deixam de receber
em face da ação, cada vez mais facilitada, de copiar e transmitir arquivos
de música, cinema, literatura, artes
plásticas (desenhos, pinturas e esculturas), fotografias e demais criações protegidas, sem que tais utilizações gerem qualquer remuneração
em favor dos legítimos detentores
menta e mantém a cultura de um
do pagamento de direitos autorais
dos direitos patrimoniais (de autor e
país e que se encontra resguardada
hotéis, rádios comunitárias, Prefei-
conexos) sobre tais criações e produ-
no art 5° da nossa Carta Magna, vem
turas, entidades religiosas, escolas e
ções protegidas.
sendo constantemente agredida.
instituições filantrópicas. Em contra-
Pesquisa realizada pela União
Criam-se leis retirando dos criado-
partida, os criadores do espírito pas-
Européia revela que dos suportes
res os seus direitos fundamentais
sarão a receber cada vez menos pelo
físicos fabricados 75% se destinam
arrolados na Constituição, como
uso de suas obras e interpretações.
a copiar e armazenar músicas. Se
as que isentam alguns segmentos
Querem fazer mesura com o
acabar a música, muitas indústrias
de usuários do pagamento de sua
12
chapéu alheio...
por certo encerrarão seus negócios.
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na consciência
Shutterstock
A pretensão do
“
Estado de flexibilizar
os direitos de
autores e artistas
representa uma nefasta
ingerência, claramente
inconstitucional,
em relações
jurídicas regidas
pelo direito privado.
Por favor, senhores
parlamentares,
ponham a mão na
consciência!
”
Desde que nascemos até o dia
contrário, o que vemos com tris-
criação da arte e na sua subsistência.
em que nos despedimos da vida
teza é a apresentação de diversos
E ainda havia os Mecenas. Será que
aqui no planeta Terra, a música es-
projetos de lei visando a restringir
eles tinham mais respeito e saber
teve, está e estará sempre presente
progressivamente os direitos das
que os nossos atuais governantes e
em nossas existências. Respiramos
referidas categorias, com a conces-
empresários? Penso que sim.
o ar que nos mantêm vivos; escuta-
são indiscriminada de isenções, e a
A pretensão do Estado de fle-
mos a música e apreciamos as artes
interferir indevida e abusivamente
xibilizar os direitos de autores e
em geral, o que nos relaxa, emocio-
na gestão coletiva ou individual
artistas representa uma nefasta
na, nos faz sonhar, nos faz viver...
de seus direitos, especialmente
ingerência, claramente inconstitu-
Mas boa parte dos nossos depu-
no campo da execução pública de
cional, em relações jurídicas regi-
tados e senadores lamentavelmen-
obras musicais, lítero-musicais e
das pelo direito privado. Por favor,
te não se dão conta disso. Talvez por
de fonogramas.
senhores parlamentares, ponham
esse motivo deixam de promulgar
Na época da Monarquia, pelo
uma lei assegurando aposentado-
menos, os reis, rainhas, príncipes e
ria especial aos artistas, autores e
condes amparavam e admiravam
atores, e/ou outorgando-lhes al-
os artistas, escritores, escultores,
guma isenção de impostos ou ou-
artesãos, arquitetos e engenheiros,
tro beneficio qualquer. Em sentido
acolhendo-os e incentivando-os na
a mão na consciência!
Jorge Costa, advogado, autor,
Presidente da SOCINPRO e Vice-Presidente
da FILAIE
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E
Roberta Miranda
D
ona de uma das vozes
lado, um amor unilateral. Vejo olhares
todo o roteiro minuciosamente apro-
admiradas da música
dos, eu e muitos outros já passamos
Em 2015, a artista também conti-
mais privilegiadas e
sertaneja, Roberta Mi-
randa está fechando 2015 com chave
de ouro. Conhecida por sua sensibili-
dade como compositora, está lançando mais uma música de extremo bom
gosto: Acho que esqueci de mim, can-
ção que Roberta divide os vocais com
os jovens talentosos Henrique e Julia-
no. O convite partiu da própria Rober-
ta por vir acompanhando o trabalho
de Henrique e Juliano. Quando ela
ouviu a música Cuida bem dela, ficou
emocionada com a interpretação da
dupla. E conta: “a busca de um com-
positor não se limita a simplesmente
entregar uma música para alguém, e
perdidos por amores pouco valoriza-
“Naquele tempo,
vado pela cantora.
nuou colhendo os frutos do excelente
trabalho realizado com o CD Rober-
ta canta Roberto, onde interpreta 12
violão, música e vida
noturna não eram o
ideal de uma família
como a nossa, que
migrou para a cidade
mais rica do país.
Acontece que eu
tinha um sonho e
uma determinação.
Eu queria ser artista,
compositora, cantora.
faixas de seu grande ídolo Roberto
Carlos. O CD foi uma iniciativa da gra-
vadora Som Livre e aceita logo pela
cantora, com a emoção de quem vive
a realização do sonho de uma vida
toda. Roberto Carlos gostou do projeto e liberou suas obras. E num de-
poimento feito no DVD de 25 anos da
cantora, Roberto mencionou a emoção que ele sempre viu nas interpre-
tações de Roberta. Esta emoção deve
ser um dos motivos que a autorizou
”
a regravar preciosidades de sua obra,
Acho que esqueci de mim, foi por ob-
por situação bem parecida” diz Rober-
fundo do meu coração, Proposta e
anulam por algo que existe de um só
gravado em duas etapas e que teve
sim, saber se o intéprete conseguirá
passar a mensagem. Quando compus
servar o quanto algumas pessoas se
ta. A faixa ainda terá um vídeo clipe,
como As canções que você fez pra mim,
O show já terminou, Se você pensa, Do
Nossa Senhora, todas de Roberto Car-
los e Erasmo Carlos. Em 2015, ainda,
Roberta Miranda ganhou o 26º Prê-
Foto: Anny Marques
mio da Música Brasileira na categoria
Melhor Cantora de Canção Popular.
Foi um ano de grande brilho.
Para 2016, a cantora, que é seguida
por meio milhão de fãs em sua rede
social, já tem grandes planos: produzir um novo DVD com músicas inéditas mescladas a alguns de seus maio-
res sucessos como Majestade, o Sabiá,
Vá com Deus e Meu Dengo, e escrever
um romance com características ci-
nematográficas, baseado na sua história de vida.
Maria Albuquerque Miranda, co­
nhecida no meio musical como Ro­
berta Miranda, nasceu em João Pes­
soa, na Paraíba. Com oito anos, a
família veio tentar a sorte em São
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fecha 2015 com chave de ouro
Equipe Roberta Miranda
Paulo. “Meus três irmãos se torna-
ram professores”, conta a cantora, “eu,
concluí­do o curso colegial, pegava o
violão e matava as aulas do cursinho.
Queria ser cantora. Apanhei. Fui quase internada, pois eles sonhavam que
a única filha fosse professora. Naquele tempo, violão, música e vida notur-
na não eram o ideal de uma família
como a nossa, que migrou para a cidade mais rica do país. Acontece que
eu tinha um sonho e uma determinação. Eu queria ser artista, compositora, cantora. Para isso, trabalhei ardua­
mente por quatorze anos em bares e
casas noturnas e me tornei Roberta
Miranda. Aos 16 anos, comecei a cantar em bares e acabei sendo contratada para abrir os shows do Beco e do
Jogral, em São Paulo, na época o reduto da Bossa Nova. Abri show para
Fafá de Belém, Rosemary e quem mais
estivesse sendo dirigido por Abelardo
Figueiredo ou Augusto César Va­nucci.
Eu queria cantar, cantar e compor
loucamente. E assim, fiz 400 composições e bicos que me aproximavam
dos artistas, das gravadoras, para oferecer as minhas músicas. Até que um
dia mostrei Majestade, o Sabiá, numa
gravadora. Eles gostaram muito e
resolveram gravar. Foi um super sucesso e Jair Rodrigues vendeu quase
um milhão de discos. Ainda não havia chegado a vez da cantora Rober-
ta Miranda, mas a compositora fora
reconhecida. Era um começo, pensei.
Finalmente, gravei o meu primeiro
disco. Eu tinha tanta sede, tanta von-
tade de vencer que perguntei ao meu
maestro, Nelson Oscar, quantos discos
teria que vender para que a gravado-
ra me desse a oportunidade de gravar
o segundo disco. Ele falou: ‘Roberta,
Em 1986, a artista lançou-se como
para você pagar todos os custos terá
cantora. Saiu seu primeiro disco in-
‘Vendo de porta em porta, vendo para
quíssimo tempo, as canções Meu
que vender 5.000 cópias.’ Eu pensei:
minha família, vendo para os meus
amigos, cheia de empolgação.’ De repente, lancei o disco que tem a músi-
ca São tantas coisas, como carro chefe.
Viajei durante oito meses, por todo o
Brasil, divulgando o trabalho e um dia
cheguei à fábrica da gravadora Conti-
titulado Roberta Miranda. Em pouDengo, Chuva de Amor e São tantas
coisas se tornam enorme sucesso.
Resultado: Primeira artista da his-
tória da música popular brasileira a
vender mais de 1,5 milhão de cópias.
Discos de Ouro e de Platina.
Hoje a paraibana Maria de Albu-
nental e vi um caminhão carregado
querque Miranda conquistou o títu-
cheia de curiosidade, comentei com o
e se tornou a terceira cantora brasi-
de discos. Eu, na maior simplicidade,
carregador: ‘Nossa, quantos discos!...
Quantos têm aí?’ E ele respondeu que
eram 100.000 cópias. ‘Quem é o ar-
tista?’ Perguntei. ‘É tudo seu, Roberta
Miranda’... Fiquei parada, levitando,
sentindo o chão fugir.”
lo de “rainha da música sertaneja”,
leira a vender mais discos no Brasil,
foram mais de 18 milhões. Roberta
Miranda tem em seu currículo mais
de 700 composições e clássicos do
cancioneiro popular. Sua estrela está
sempre brilhando!
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Marciano grava novo projeto: Lendas
arciano, com mais de 40 anos de
carreira e cantor e compositor de
grandes hits que embalaram os anos
80, uniu-se a Milionário, ex-parceiro
do saudoso José Rico, para um projeto
único: a gravação do CD e DVD Lendas,
proposta idealizada por Fernando e
Sorocaba. Com repertório escolhido a
dedo, o novo álbum conta com 16 canções intercalando sucessos das duplas
Milionário & José Rico e João Mineiro
& Marciano, além de músicas inéditas,
com destaque para Localizador e Lágrimas de Amor. Com criação e direção
artística de Marcos Frota, o cenário do
show foi inspirado no circo, local que
Milionário e Marciano conhecem bem e
onde começaram a cantar há mais de 45
anos. O novo CD e DVD serão lançados
pela FS Music no início de 2016.
O cantor e compositor Marciano, nascido em Bauru, interior de São Paulo,
possui uma trajetória de perseverança
e muito trabalho. A paixão pela música começou bem cedo, acompanhava o
pai em festas religiosas e já arriscava os
primeiros acordes no violão. Fascinado
pela música sertaneja, decidiu ir para
São Paulo em busca do sonho e objetivo
de viver única e exclusivamente da mú-
Divulgação
M
sica. Foi então que conheceu o parceiro
musical com quem viveria a dupla sertaneja por 16 anos: João Mineiro. Em 1970,
nascia a dupla João Mineiro & Marciano.
Nos anos 80, os artistas conquistavam
cada vez mais o público e já tocavam nas
principais rádios do país com sucessos,
conhecidos e regravados por grandes
artistas até os dias atuais, como Ainda
Ontem Chorei de Saudade, Seu Amor Ainda É Tudo, Aline e Se eu Puder Te Esquecer.
Em parceria nas composições com Darci
Rossi, a dupla tem mais de 200 músicas
gravadas também por outros cantores
como Crises de Amor, No Mesmo Lugar,
Esta Noite Como Lembrança e A Bailarina. A partir daí, os artistas venderam
mais de 12 milhões de cópias, sendo 10
discos de ouro, cinco de platina e dois
de platina duplo. Realizaram shows por
todo o país, além de turnê internacional
nos Estados Unidos. Em 1993, Marciano
se desvinculou da parceria com João Mineiro, para iniciar sua carreira solo. Nesta nova etapa de sua carreira, Marciano
já tem 10 CDs gravados, com destaques
para as canções Massachussetts, Paixão
Proibida, Champanhe e Miragem – esta,
tema da novela “Estrelas de Fogo” da TV
Record e que o consagrou com o Disco
de Ouro – além da música O Corinthiano, em que o cantor declara assumidamente seu amor pelo time de futebol
paulista. Em 2004, o artista alcançou sua
maior conquista em carreira solo: indicação para o prêmio Grammy Latino como
melhor álbum de música romântica com
o CD Meu Oficio É Cantar. Marciano gravou ainda dois DVDs: Marciano Inimitável – 15 Anos de Carreira Solo e Marciano
Inimitável In Concert . E agora está com
toda a sua energia voltada para o novo
álbum Lendas.
Pezinho firme na rocha
lex Theodoro Ferreira, mais conhecido no cenário musical como
Pezinho, está lançando o CD e DVD
Gospel intitulado Pezinho Firme na
Rocha, com louvores e testemunhos
de experiências que viveu no decorrer
de sua vida. Ele diz que é a sua experiência com Deus cantada. Pezinho tem
uma bonita história de lutas, sonhos
e conquistas. Com 37 anos, já tocou
como músico acompanhante de vários
artistas como: Reinaldo – o Príncipe do
Pagode, Arlindo Cruz, Sombrinha, Almir Guineto, Grupo Sensação, Grupo
Kiloucura, Exaltasamba, Thiaguinho e
Turma do Pagode. O compositor tem
vários sucessos como Tá vendo aquela lua, com o Exaltasamba, Buquê de
16
flores, com Thiaguinho, Além do meu
Querer, Arlindo Cruz, Toma jeito Coração, com a Turma do Pagode e Ousadia
e alegria, Thiaguinho.
Como Produtor consagrou-se produzindo os DVDs do Grupo Exaltasamba: Pagode do Exalta, Ilha da Magia e
Exalta 25 Anos. Produziu também o
primeiro DVD de Thiaguinho: Ousadia
e Alegria, o DVD de 15 anos do Grupo
Pixote e os 4 DVDs da Turma do Pagode, além do CD do Cantor Belo, Tudo
Novo. Pezinho voltou a se associar à
SOCINPRO. E diz: “Estou super feliz de
voltar pra minha casa SOCINPRO, onde
sou muito bem tratado e onde sinto
minhas obras valorizadas. Sempre sou
atendido com um extremo respeito!
Divulgação
A
Me sinto em casa e, por isso, decidi que
a SOCINPRO será minha Sociedade enquanto Deus permitir! Estou muito feliz mesmo!!!!
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Gustavo Clarão A alma do samba
ustavo Clarão tem novidades para
este ano ainda: está lançando seu
primeiro CD solo Alma do Samba, pela
Des Arts, com repertório cem por cento autoral e quase totalmente inédito. O sambista explica: “aqueles que já
conhecem meu trabalho como compositor de sambas de enredo, poderão
se surpreender – com certeza, positivamente – pois esta minha estreia em
disco, mostra meu outro lado como autor, o de criador de sambas de raiz, com
temática variada que diz respeito aos
meus sentimentos e à minha relação
com a vida de modo geral. São sambas
que foram criados deixando correr livre
a inspiração, sem os limites temáticos
que se impõem durante a criação de
um samba de enredo. E no ano que vem,
Gustavo vai correr as principais cidades
do país, divulgando o novo CD.
Gustavo começou sua carreira musical muito cedo. Aos 9 anos já tocava violão e aos 13, cavaquinho. Mas, bem antes
disso, o cantor se inspirava nas rodas de
samba e chorinho que seu avô comandava em São Gonçalo. Aos 18 anos come-
Fotografa: Luili Avalone
G
çou a tocar profissionalmente ao lado de
Dominguinhos do Estácio, chegando a
trabalhar com Jorge Aragão e Luiz Carlos
da Vila, que o acompanhou na carreira de
compositor de sambas-enredo. Em 1989,
Um, dois, feijão com arroz embalou a escola vermelho e branco. Em 1992, mais
um para a Estácio de Sá: Paulicéia Desvairada – 70 Anos de Modernismo. No ano
seguinte, em 1993, foi a vez da Mangueira
entrar na passarela com um samba de
Gustavo: Dessa fruta eu como até o caroço. Em 1995 e 1996, o compositor emplaca
O abençoado
Tiee
Arquivo Socinpro
U
ma novidade em primeira mão
para os fãs de Tiee: o compositor
vai virar o ano apostando no gênero
sertanejo. Compositor respeitado de
samba e pagode, Tiee diz que está querendo mudar a batida, e vai acrescentar
em seu repertório, de mais de 150 músicas gravadas, o sertanejo, além de estar planejando em 2016, focar mais na
composição. “Vou continuar cantando,
mas vou partir para a composição, pois
estou cheio de ideias novas”.
Diogines Ferreira Carvalho, mais conhecido como Tiee, já nasceu no meio
da música e da boa música. Filho de
Maninho da Cuíca, um dos mais importantes compositores de samba-enredo da atualidade, Tiee aos 10 anos já
acompanhava o pai cantando nos pagodes. Como adorava música, Maninho
disse ao filho: “você vai ser o quiser na
vida, mas o que fizer faça bem feito”. E
começou a ensinar ao filho a tocar cavaquinho, violão e banjo. Depois deci-
dois sambas na Estácio de Sá: Uma Vez
Flamengo e De um novo mundo eu sou
e uma nova cidade será. Nessa mesma
época, além das escolas de samba, Gustavo Clarão dava um salto na carreira com o
grupo Clarão da Lua, que se manteve por
dez anos no cenário musical. Convidado
por Dominguinhos do Estácio para ser
um dos diretores musicais da Viradouro,
em 1997 Gustavo assume o posto. Entre
1998 e 2007, assina sete sambas consecutivos na agremiação, sendo Orfeu, o negro do Carnaval de maior destaque. E em
2001, mais um para o repertório: a BeijaFlor desfila ao som de A Saga de Agotime,
Maria Mineira Naê. Em 2009, segue para
a Mangueira, ganhando com o samba A
Mangueira traz os brasis do Brasil mostrando a formação do povo brasileiro.
Quando retorna à Viradouro, em julho de
2010, como presidente tem a missão de
reerguer a agremiação. Em 2014, a vitória se consagra com a escola voltando ao
Grupo Especial. Gustavo é um dos compositores que mais venceu nas disputas
dos sambas nos últimos 30 anos, desde a
inauguração do Sambódromo.
diu: “vai ter também que tocar, cantar
e escrever música”.
E como isso era tudo que Tiee queria,
ele foi se aperfeiçoando em cada instrumento, cantava onde era convidado
e começou a fazer música. Aos 18 anos
ganhou o Prêmio de Samba de Terreiro
com a composição Luz de Luanda, em
parceria com Gilberto Gomes, concorrendo contra o próprio pai, que ficou
“na maior felicidade” e foi uma festa em
casa. Aos 20 anos, Tiee decidiu “se profissionalizar de verdade” e começou a
estudar música com professor. Foi então
que teve sua primeira música gravada,
Teu Jogo, pelo grupo Fundo de Quintal.
E agora, em 2015, com 30 anos de idade,
Tiee gravou seu primeiro CD Abençoado,
produzido por Prateado, com 14 músicas
de sua autoria, e uma grande aposta no
sucesso de Lugarzinho. O compositor
também está nas paradas de sucesso
com Climatizar, cantada por Ferrugem,
Voyeur, por Belo, Te dar Amor, pelo Grupo Bom Gosto e Lei da Vida, com Pixote.
Já gravaram suas músicas Jorge Aragão,
Arlindo Rodrigues, Grupo Molejo, Grupo
Balacobaco e Leandro Sapucaí, entre outros. E agora vamos de Sertanejo!
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L A N Ç A M E N TO S
BETHO WILSON
Ilustração da Capa: Gian Paolo La Barbera
Pássaro Preto é o nome do primeiro disco de estúdio do cantor e compositor brasileiro Betho
Wilson. O disco apresenta a versatilidade e capacidade do artista de “passear” por ritmos genuínos do nordeste brasileiro como o baião, a embolada, o frevo e a cultura de cordel. Pássaro
Preto é um trabalho de música brasileira com uma pitada de rock e grooves africanos como
nas canções A Prece e Fina Estampa, além de um bolero com frevo que batiza o álbum. Tem
também o samba funk Paz no Orí, que conta com a participação do músico nigeriano Teekay
Omoyele. Com produção musical de Felipe Pomar e arranjos de Betho Wilson, Pássaro Preto
é uma ode ao nordeste brasileiro, um belo trabalho que se junta a tantas outras grandes
produções da rica MPB.
Divulgação
GRACIANA ANTUNES
A cantora e compositora mineira Graciana Antunes completa 20 anos de carreira em janeiro de
2016, a todo vapor: está em fase de produção do seu novo show e acaba de lançar seu quinto CD
Relatividade, um trabalho totalmente independente, com 15 músicas de sua autoria, entre elas
Bem Estar, Nosso Amor, Vou Cuidar de mim, Amor Cigano e Um Sonho. Desde 1996, Graciana realiza
shows em eventos da região da Costa Verde e de outras cidades, interpretando, além de suas canções, sucessos de artistas renomados do pop nacional e internacional como Marisa Monte, Vanessa
da Mata, Gilberto Gil, O Rappa, Ana Carolina e Lulu Santos.
DJALMA FALCÃO
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Djalma Falcão está lançando o CD A Voz do Silêncio. Trata-se de um CD autoral com músicas gravadas por vários artistas como, entre outros, Alexandre Pires, Dominguinhos do Estácio, Grupo
Fundo de Quintal e Marquinho Sathã, e algumas canções inéditas gravadas por intépretes que
cantam nas noites da Ilha, local onde reside Djalma, compositor campeão de vários sambas de
enredo e Vice-Presidente da União da Ilha. Djalma diz que “algumas músicas foram gravadas
nas madrugadas da vida, com parceiros e músicos amigos só para registro, por isso, talvez não
tenham a devida qualidade técnica, como se trata de um CD autoral, preferi preservar o momento. Afinal de contas já dizia o poeta: o importante é que nossas emoções sobrevivam”. Vale
a pena conferir!
VALÉRIA LOBÃO
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Valéria Lobão está lançando o CD Noel Rosa, Preto e Branco, reunindo canções raras e alguns clássicos
do cantor e compositor carioca Noel Rosa. O CD duplo de voz e piano contou com a participação de 22
pianistas de alto gabarito, entre eles, André Mehmari, João Donato, Gilson Peranzzetta, Duo Gisbranco, Itamar Assiere, Marcelo Caldi e Cristovão Bastos. Foi na década de 1990 que Valéria começou sua
carreira artística. Passou a integrar o grupo vocal Equale, em 1992, formado por 16 cantores e dirigido
por André Protásio, com o qual lançou os discos: Expresso Gil (1999) e Um Gosto de Sol (2004). Fez sua
estreia solo no álbum Chamada, em 2011, pelo selo Tenda da Raposa, produzido por Carlos Fuchs.
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L A N Ç A M E N TO S
CAVALO DE PAU
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Para marcar seus 23 anos de história o Forró Cavalo de Pau reuniu uma multidão em Fortaleza para a
gravação de seu 2° DVD. Num grande show que virou uma festa, o grupo relembrou grandes sucessos
que marcaram a trajetória do Cavalo de Pau, através de canções interpretadas pelo quarteto Kátia Cile-
ne, Vanderson Araújo, Débora Lima e Eliane Fernandes, além de novos sucessos para tocar o coração.
A festa teve início com o hino do Cavalo de Pau, a canção Timidez, seguida de clássicos como Bem e o
Mal e Promessas, que fizeram o público dançar coladinho. O DVD, que reúne 26 músicas, foi dirigido e
produzido por Ferreira Filho.
MARIA DAPAZ
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Numa homenagem aos 95 anos que completaria a artista portuguesa Amália Rodrigues, foi lançado
o CD Maria Dapaz e Mahatma Costa – A Arte de Amália Rodrigues, gravado ao vivo no Teatro Santa
Isabel de Recife, pela gravadora Atração. Num emocionante recital, Maria Dapaz homenageia Amália
Rodrigues com uma nova interpretação, dando um sotaque brasileiro ao repertório imortalizado por
essa diva da música portuguesa. Num formato acústico, Maria Dapaz (violão e voz) e Mahatma Costa
(acordeom) criaram arranjos mais suaves, ressaltando as influências da música cigana e moura, dando
uma nova cor e mais leveza a esse gênero musical dramático e teatral na sua origem. Projeto especial
com a produção de Jocelyne Aymon, suíça, radicada no Brasil. Maria Dapaz, com sua voz firme como
metal e suave como veludo, apresenta uma versão inédita e original de Estranha Forma de Vida, Ai
Mouraria, Coimbra, Só nós Dois, Amêndoa Amarga e Hortelã Mourisca. O acompanhamento do acordeonista internacional Mahatma Costa impressiona desde a abertura do disco.
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JOÃO MOSSORÓ
João Mossoró está lançando o CD Canto de Amor, com 11 músicas e um pout-porri que mistura
músicas que falam ao coração, como Ronda, Negue e Marina. Mossoró começou a carreira artística
em 1958, quando fundou, com seus irmãos Oséas Lopes e Hermelinda, o Trio Mossoró. Dois anos
depois, o trio foi apadrinhado por João do Vale, e, por ele, foi levado para a gravadora Copacabana.
E aí iniciou uma trajetória de sucesso que até hoje persiste. E o CD Canto de Amor com certeza não
foge à regra: vem trazendo músicas como Te Amo um pouco mais, Noites Traiçoeiras, Nem às paredes
confesso e Meu amor chorou que, com certeza, vão encantar aos fãs de Mossoró e quem gosta da
boa música.
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ROGÉRIO BLUM
Rogério Blum está lançando seu quarto CD Floripa-Coração com algumas regravações, como Gua-
rania da Saudade, de Luiz Vieira, e Lembrança, de José Fortuna, e mais Floripa Coração, música título
que já desponta como o grande sucesso do álbum, além de Mensagens de amor e Perdoar 70x7, entre
outras. O novo CD, que está sendo lançado em shows em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina,
vem fazendo grande sucesso em rádios e TVs do sul do país. Rogério Blum também está lançando
uma coletânea, numa caixa box com seus quatro CDs, com arranjos do maestro Jânio Sântone, pela
gravadora “Alegretto” de São Paulo.
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Assistência
A
SOCINPRO,
além de
administrar
e proteger os
direitos autorais
de seus associados,
presta assistência
social e participa de
ações colaborativas,
fazendo doações para
outras entidades
que amparam os
artistas como o
Retiro dos Artistas,
em Jacarepaguá,
no Rio de Janeiro,
e também para
entidades culturais
como o ICMV –
Instituto Cultural
Martinho da Vila,
em Duas Barras, RJ,
o ICCA – Instituto
Cultural Cravo Albin,
no Rio de Janeiro,
RJ, e o Museu
Vicente Celestino, em
Conservatória, RJ.
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SOCIAL
retiro dos artistas
instituto Cultural
Martinho da Vila
O Retiro dos Artistas, fundado em 24
O ICMV, O Instituto Cultural Mar-
de agosto de 1918, acolhe os artistas
tinho da Vila é uma entidade sem
quando diante de um infortúnio,
em final de carreira e muitas vezes
já sem família, parentes e amigos
ficam desamparados.
fins lucrativos, localizado na Fazenda Cedro Grande, no município de
Duas Barras, Estado do Rio de Janeiro. Fundado em 20 de novembro
de 2003, e como diz a pedra fundamental: “Gente empenhada em
construir e que tem sonhos”, mantém oficinas de música, teatro para
os jovens e oficina de dança para
a terceira idade. O Dr. Jorge Costa,
presidente da SOCINPRO, foi um
de seus fundadores, é Conselheiro
Nato e foi Presidente.
Sonia Delfino fazendo a doação da SOCINPRO
ao Retiro dos Artistas
Aula de dança para a terceira idade no Instituto
Cultural Martinho da Vila
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em PAUTA
Instituto Cultural
Cravo Albin
• Cursos, seminários, pesquisas e
publicações
O núcleo de pesquisa e edições
Museu Vicente Celestino
e Gilda de Abreu
promove atividades sobre MPB envolvendo a celebração da memória, através de seminários, cursos
e palestras, além de livros, catálogos e monografias que são/serão
transcritos e publicados como, por
exemplo, o projeto “Olhares sobre
O ICCA, com o objetivo da preservação cultural com restauro de obras
e criação do Dicionário Cravo Albin
o Rio”, Cadernos da MPB, e várias
outras publicações relacionadas a
itens específicos.
de Música Popular Brasileira em
de Abreu nasceu de uma iniciativa
particular que encontrou abrigo no
movimento de resgate cultural vivenciado em Conservatória, Distrito
de Valença. Idealizado por Wolnei
Porto, o museu foi fundado em par-
edição digital online, com doze mil
ceria com a prefeitura de Valença, no
verbetes que, em 2006, teve lança-
ano de 1999, e mantém todo o acervo
da a sua primeira versão física, tem
de Vicente Celestino, celebrizado com
entre outras atividades elencadas
a canção O Ébrio, além de suas rou-
no site do Instituto:
pas, indumentárias, discos, chapéus,
sapatos, livros e objetos pessoais. O
• Ampliação do acervo
Museu, sob a direção do dedicado e
A equipe de pesquisadores do ICCA
dedica-se a buscar tesouros fono-
O Museu Vicente Celestino e Gilda
Sede do Instituto cultural Cravo Albin
gráficos de diversas procedências,
altruísta Wolnei Porto, mantém também acervos parciais de Jorge Goulart, Silvio Caldas e Ademilde Fonseca.
como, por exemplo, o acervo que já
pertence ao Instituto, composto de
trilhas sonoras de filmes valiosos,
shows memoráveis gravados ao vivo,
incluindo a singular trilha sonora do
Clube de Jazz e Bossa, em que Vinícius de Moraes apresenta Pixinguinha e Tom Jobim, (unidos em gravação uma única vez e de desconhecimento público), além de fitas diversas registradas e nunca ouvidas, que
estão sendo catalogadas.
MUSEU VICENTE CELESTINO: no centro o Curador do Museu Sr. Wolnei ladeado por Dr. Jorge Costa, Edson
Felipe, Ciça Costa, Drª Hevelise Scher, Sueli, Elicea, Dr. Sergio Barros e Rosemary, por ocasião da visita e
entrega da doação feita pela SOCINPRO.
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Direitos digitais serão rendosos no futuro?
M
uito tem sido dito sobre o crescimento dos direitos autorais
provenientes do mundo digital.
Afirma-se, inclusive, que, em breve, tais valores serão superiores àqueles gerados no
chamado “mundo físico”.
Até aí, todos concordamos. Todavia,
faço a seguinte pergunta: E o valor econômico que a sociedade atribui à música
também crescerá? Receio que não, muito
pelo contrário. Senão, veja-se:
Nos anos 1960-70, eu costumava comprar uns cinco discos novos todos os meses. Talvez, grosso modo, isso signifique
cerca de R$ 200,00 em moeda atual. Infelizmente, os jovens de hoje, percebe-se,
relutam em pagar R$ 15,00 mensais por
um serviço de streaming. No campo editorial, nos anos 80, um compositor que
lograsse ter uma obra incluída no disco do
Roberto Carlos, com a receita dos direitos
autorais, poderia até pensar em adquirir
um bom apartamento. Noutras palavras,
parece-me inconteste que, nessas últimas
décadas, tenha caído brutalmente o preço
de que estamos dispostos a pagar para
termos a agradável companhia da música
em nosso dia a dia.
E com a televisão, o que mudou nesse ínterim? Exatamente o oposto do que
ocorreu com a música. Enquanto em
passado recente a TV era de graça, hoje
ninguém se importa em desembolsar R$
200,00, por um pacote oferecido pelas
operadoras do ramo. E, pior do que isso:
as pesquisas de mercado apontam que
60% dos assinantes de TV paga, nada
mais assistem do que a programação das
TVs abertas. Pagam apenas para obter
um bom sinal de imagem e som. Alguns
dizem, em tom de chiste, que a queda de
vendas da lã de aço Bombril está relacionada com a diminuição da quantidade
de antenas de TV que sustentavam a famosa palhinha.
Ou seja, em pouco mais de 20 anos
inverteram-se os valores econômicos
atribuídos à música e à televisão. Qual
terá sido o motivo? Segundo o jornalista
e escritor Michael Wolff, os provedores
de serviços digitais (Google, Facebook,
Spotify, entre outros) conseguiram impor
suas condições comerciais à indústria da
música com muita facilidade, valendo-se
22
do argumento de que eles eram o novo, o
futuro, enquanto as gravadoras, editoras e
até mesmo as sociedades de gestão coletiva eram o velho, o passado. Todavia, essa
tese não prosperou junto às indústrias da
televisão e do cinema, o que resultou em
negociações bastante satisfatórias para
este segmento. Pode-se afirmar que, desde
sempre, a televisão aprendeu a enfrentar
concorrentes e a negociar com eles. Foi assim com as salas de cinema, com o videocassete doméstico, com as videolocadoras,
com as operadoras de TV a cabo/satélite,
com o Netflix e com outros entrantes. Essa
experiência foi fundamental para que as
negociações com os gigantes da internet
resultassem em bons acordos.
Infelizmente, os negociadores da indústria da música (refiro-me em nível
mundial) sucumbiram ao canto da sereia
entoado por aquele pessoal do Vale do
Silício. Talvez, assustados com a pirataria
desenfreada inaugurada pelo Napster,
agarraram-se todos na boia salvadora do
iTunes arremessada por Steve Jobs, atualmente ampliada para uma plataforma
flutuante a navegar sem rumo próprio, à
mercê do destino imposto pelos provedores de serviços. Nesse cenário hollywoodiano que descrevo, é fácil vislumbrar que
o valor dos direitos digitais não mais será
definido pela indústria da música ou por
seus criadores. Isso mudou de lado e serão nossos clientes aqueles que ditarão o
preço a pagar. E pior, mesmo sem nenhum
contrato, nem pagamentos de qualquer
monta, os serviços digitais continuam a
ser oferecidos na internet. Alguém acha
que se consegue suspender um serviço
desses na Justiça? Alguém acha que conseguiremos receber, digamos, R$ 50,00
mensais por uma assinatura de streaming? Esqueça, estamos perdendo essa
batalha, os valores só tendem a cair. Aliás,
a receita da propaganda feita por anunciantes na internet também está em queda. Eles vêm aferindo que o retorno desse
tipo de mídia não tem sido compensador.
Não é por acaso que algumas estrelas internacionais têm proibido a inclusão de
suas canções em determinados serviços
digitais, no que fazem muito bem.
Estou a recordar que, há bem pouco
tempo, algumas autoridades brasileiras
falavam sobre a necessidade de flexibilizar o direito autoral, sem nunca terem
explicado o que isso lá significava. Não é
mais preciso.
Todavia, alguns poderão dizer: Espera
aí, tem gente ganhando dinheiro com música na internet. Tem sim, explico.
Uma das lástimas dos serviços de
download e de streaming interativo é
que o usuário só compra ou só inclui em
suas playlists, por óbvio, as faixas que ele
conhece e aprecia. Tal fato simplesmente
acabou com o Lado B, nome genérico dado
às canções menos conhecidas de um LP
ou CD, mas que eram fundamentais para
constituir o perfil do repertório do artista
e para a revelação de novos autores. Como
conse­quência, as receitas de maior vulto
vão se concentrar fortemente nas canções
de maior sucesso, geralmente efêmeras,
destinando-se muito pouco para uma
enorme comunidade. Esse fenômeno estatístico, conhecido pelo nome de cauda
longa, pode ser expresso, parafraseando
Churchill, pela seguinte frase: nunca, na
era digital, tão poucos ganharão tanto em
detrimento de tantos.
Como consequência de todo o exposto, ou mudamos nossa atitude ou passaremos a tomar conhecimento de grandes
aquisições de catálogos musicais, em
nível mundial, por parte das empresas
da internet. Talvez, em breve, até saia no
New York Times: “Google oferece 100 milhões de dólares pelo acervo da prestigiosa editora brasileira Irmãos Vitale”. Opa,
onde eu assino?!
Fernando Vitale é autor, enge-
nheiro e editor.
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A Força de um Sonho
(Luiz Vieira)
“O poeta é a chama
O tempo é o escultor do invisível
Que apesar de frágil e breve
A fé é a negação do impossível
Ao pé de cada lápide cintila leve”
Acreditar em Deus é nosso pão feito do trigo
Disse o grande poeta Luiz Murad
Deste nosso ideal, somos assim
Porque aqui na Socinpro com certeza
A poesia é melhor
Você sabe que encontrará esta firmeza
Que as demais artes mais bela
Com um som forte e vitorioso de um clarim
Pintura que se enfeita luminosa sobre as telas
Da nossa imaginação do amor que há
E neste Ano Velho que está indo embora
Para que se eternize nos sentimentos
Há sempre uma bela visão grata
Bordados nos corações em atendimento
de uma nova aurora
De todos os mais lindos gostos de sonhar
Cantando uníssono num grande coral
São mais de quatorze mil associados reunidos
A Socinpro é mesmo muito assim que sonha
Cantando para todos os povos mais do
A cada instante que passa mais e mais risonha
que merecidos
Cresce na alegria de poder juntar
Um grande Ano Novo e um Feliz Natal!
Dia a dia, mês a mês, em ano a ano
Novos irmãos que vem chegando a nós
Que se afinam ao tom da nossa voz
Num só ideal de luta e de lutar
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Boas Festas!
São os votos da sua Socinpro.
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