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A Semana em Revista
sexta-feira, 7 de junho de 2013
sexta-feira, 7 de junho de 2013
PIB menor e câmbio mais depreciado

Publicamos nossa revisão mensal de cenários
Caio Megale

Projetamos crescimento menor e câmbio mais depreciado no Brasil
Fernando Barbosa

Desaceleração e depreciação cambial também em outros países da AL

Nos EUA, mercado de trabalho segue em recuperação moderada
[email protected]
[email protected]
Novas projeções de crescimento, câmbio e inflação no Brasil
Publicamos nossa revisão mensal de cenários (acesse aqui). No Brasil, reduzimos
as projeções de crescimento em 2013 para 2,4% e em 2014 para 2,8%. Com a
apreciação global do dólar, elevamos nossa projeção para a taxa de câmbio no
final deste ano para 2,07 reais por dólar. Diante de uma inflação corrente mais alta
e da perspectiva de um câmbio mais depreciado, elevamos a projeção para o IPCA
em 2013 para 5,8%. (Tabela 1).
Tabela 1 - Projeções Brasil
2013
2014
PIB - %
2,4
2,8
R$ / US$ (dez)
2,07
2,10
Juros - (dez) - %
8,75
8,75
IPCA - %
5,8
6,0
Fonte: Itaú
Governo retira IOF para entradas de capital externo em renda fixa
O governo zerou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeira (IOF)
incidente sobre operações de câmbio relativas à entrada de capital externo
destinada a aplicações em renda fixa. A ação busca combater movimentos rápidos
de depreciação cambial como observado nos últimos dias. Nesta semana o câmbio
continuou pressionado, se aproximando de 2,15 reais por dólar.
Gráfico 1 - Brasil: Inflação ao
consumidor
20%
acumulado 12 meses
18%
16%
14%
Agência S&P reduz perspectiva do rating brasileiro
IPCA
Serviços
Alimentação no
domincílio
12%
10%
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s revisou a perspectiva da
nota soberana do Brasil de “estável” para “negativa”. A agência argumentou que o
crescimento baixo e a política fiscal expansionista podem levar a um aumento da
dívida pública ao longo do tempo.
IPCA em linha com o esperado em maio
8%
6%
4%
2%
0%
jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 jan-13
Fonte: IBGE e Itaú
O IPCA de maio ficou em 0,37%, em linha com o esperado por nós e pelo
consenso de mercado. Em 12 meses, o IPCA ficou em 6,50%, exatamente o teto
da banda de tolerância da meta do banco central (Gráfico 1). Entre os grupos que
mais subiram neste período estão alimentação no domicílio (14,8%) e serviços
(8,4%). A média das medidas de núcleo, que busca captar a tendência subjacente
da inflação, ficou em 0,50%, consistente com uma tendência anualizada em torno
de 6%.
120
Gráfico 2 - Brasil: Produção
industrial
índice, com ajuste sazonal
jan/2010=100
115
110
Produção industrial se recupera em abril
105
A produção industrial teve forte alta em abril (1,8%), liderada pelo setor de bens de
capital (Gráfico 2). O aumento do investimento tem sido mais disseminado, embora
a produção de bens de capital de transporte ainda tenha peso relevante na
expansão do setor. As outras categorias de uso também avançaram, e mostram
um quadro de crescimento um pouco mais espalhado na indústria. Os dados
reforçam o cenário de aceleração do crescimento no segundo trimestre. Para maio
há sinais favoráveis: segundo a Anfavea, a produção de veículos avançou 24%
100
95
90
Prod. industrial total
Prod. de bens de capital
85
jan-10 jul-10 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13
A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Os investidores
não devem considerar este relatório como fator único ao tomarem suas decisões de investimento.
Fonte: IBGE
A Semana em Revista – sexta-feira, 7 de junho de 2013
frente ao ano passado.
Gráfico 3 - Crescimento nos
emergentes
Ata do Copom: esperamos um ciclo de 1,5 p.p de alta nos juros
9%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou a ata de sua
reunião de maio. O Copom apresenta três razões para embasar a decisão e
acelerar o ritmo de alta dos juros: i) o crescimento excessivo da absorção interna e
as demais ações de política econômica (além da política monetária) estimulando
esta dinâmica; ii) a evolução dos salários, “originando pressões inflacionárias de
custos”; iii) a propagação da inflação através de “mecanismos formais e informais
e a piora na percepção dos agentes econômicos”.
7%
O Copom afirma ainda que, “no curto prazo, a inflação em doze meses ainda
apresenta tendência de elevação e que o balanço de riscos para o cenário
prospectivo se apresenta desfavorável”. Em nosso cenário, o IPCA em 12 meses
atinge seu pico em junho e começa a recuar no terceiro trimestre. Caso
confirmado, entendemos que esta tendência levará o Copom a interromper o ciclo
de alta de juros após a reunião de agosto.
A ata é consistente com nosso cenário de ciclo total de 1,5 p.p. na taxa Selic.
Esperamos uma subida adicional de 0,50 p.p. na próxima reunião e uma última
elevação de 0,25 p.p. em agosto.
Cenário global: Dólar forte, crescimento menor na China
No mundo, os temas são o dólar forte e a retirada de estímulos nos EUA. As
perspectivas de crescimento nos Estados Unidos são melhores do que em outras
economias desenvolvidas (Europa, Japão) e, mais recentemente, que em muitos
países emergentes. A China tem desacelerado um pouco mais que o esperado
(reduzimos a projeção para este e para o próximo ano), outros emergentes
também (Gráfico 3).
cresc. trimestral
anualizado
Emergentes
selecionados
(ex-China)
5%
3%
1%
-11,2%
-1%
-8,1%
-3%
2005
2007
2009
2011
2013
Fonte: Haver, Itau
Tabela 2 - América Latina
Projeções
2013
Anterior Atual
PIB (%)
2,0
2,0
Argentina
câmbio*
5,9
5,9
PIB (%)
3,5
3,2
México
câmbio*
11,8
12,0
PIB (%)
5,3
4,5
Chile
câmbio*
460
485
PIB (%)
3,8
3,8
Colômbia
câmbio*
1850
1880
PIB (%)
6,2
6,0
Peru
câmbio*
2,55
2,60
Fonte:Itaú
*moeda local por dólar
Gráfico 4 - EUA: Criação mensal
líquida de postos de trabalho
500
em mil postos,
média de 3 meses
300
100
Crescimento menor e depreciação cambial na América Latina
-100
Este é um ambiente diferente para a América Latina. Desaceleração e depreciação
cambial vão definindo um novo cenário (Tabela 2). Após um período de bonança, a
desaceleração finalmente atinge a maioria dos países, ainda que em intensidades
diferentes. No entanto, os fundamentos sólidos e a perspectiva de reformas nesses
países sugerem que a desaceleração será temporária. A aliança comercial do
Pacífico também é um avanço que beneficia a todos.
-300
-500
-700
-900
jan-04
jan-07
jan-10
jan-13
Fonte: US BLS
Mercado de trabalho americano segue em recuperação moderada
Em maio foram criados 175 mil postos de trabalho nos EUA, acima do esperado
pelo mercado (163 mil). No entanto, foram revisados em -12 mil postos os
resultados dos últimos 2 meses. A taxa de desemprego subiu de 7,5% para 7,6%,
resultado de uma procura maior por trabalho. Em geral, os números sugerem que o
mercado de trabalho segue em recuperação moderada (Gráfico 4).
Gráfico 5 - Japão: Índice da
bolsa de valores
16000
15000
14000
Nikkei 225
13000
12000
11000
Correção prossegue nos mercados japoneses
10000
Em resposta a forte expansão de política monetária, a bolsa do Japão subiu
fortemente - chegou a acumular alta de 75 % desde novembro de 2012 - e o iene
se fortaleceu. Nas últimas semanas, no entanto, parte deste movimento excessivo
vem sendo corrigido também de forma pronunciada. Desde o pico em meados de
maio, o iene apreciou 6% e a bolsa já recuou 17% (Gráfico 5).
9000
8000
7000
6000
fev-12
jun-12
out-12
Fonte: Bloomberg
Itaú
2
fev-13
jun-13
A Semana em Revista – sexta-feira, 7 de junho de 2013
Destaques da próxima semana
No Brasil teremos uma semana relativamente leve. Destaque para a as vendas do
varejo de abril, na quinta-feira. Esperamos alta de 0,6%, em linha os resultados
positivos de vendas de veículos (Fenabrave) e supermercados (ABRAS). Na sexta
feira, o banco central divulga seu indicador de atividade econômica (IBC-Br) de
abril.
No lado externo, serão divulgadas a produção industrial de abril da zona do euro
(quarta-feira) e as vendas no varejo de maio nos EUA (quinta-feira).
Pesquisa macroeconômica – Itaú
Ilan Goldfajn – Economista-Chefe
Para acessar nossas publicações e projeções visite nosso site:
http://www.itau.com.br/itaubba-pt/analises-economicas/publicacoes/
Informações Relevantes
1.
Este relatório foi preparado e publicado pelo Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Banco Itaú Unibanco S.A.
(“Itaú Unibanco”). Este relatório não é um produto do Departamento de Análise de Ações do Itaú Unibanco ou da Itaú
Corretora de Valores S.A. e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º da Instrução CVM
n.º 483, de 6 de Julho de 2010.
2.
Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroeconômicas, e não constitui e nem deve ser
interpretado como sendo uma oferta de compra ou venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra ou venda
de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer
jurisdição. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que o relatório foi divulgado
e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. O Grupo Itaú Unibanco não dá nenhuma segurança ou
garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este
relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele
abordados. As opiniões, estimativas e projeções expressas neste relatório refletem a opinião atual do analista
responsável pelo conteúdo deste relatório na data de sua divulgação e estão, portanto, sujeitas a alterações sem aviso
prévio.] O Grupo Itaú Unibanco não tem obrigação de atualizar, modificar ou alterar este relatório e de informar o leitor.
3.
O analista responsável pela elaboração deste relatório, destacado em negrito, certifica, por meio desta que as opiniões
expressas neste relatório refletem, de forma precisa, única e exclusiva, suas visões e opiniões pessoais, e foram
produzidas de forma independente e autônoma, inclusive em relação ao Itaú Unibanco, à Itaú Corretora de Valores S.A.
e demais empresas do Grupo.
4.
Este relatório não pode ser reproduzido ou redistribuído para qualquer outra pessoa, no todo ou em parte, qualquer que
seja o propósito, sem o prévio consentimento por escrito do Itaú Unibanco. Informações adicionais sobre os
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qualquer outra empresa de seu grupo econômico não se responsabiliza, e tampouco se responsabilizará por quaisquer
decisões, de investimento ou de outra forma, que forem tomadas com base nos dados aqui divulgados.
Observação Adicional nos relatórios distribuídos no (i) Reino Unido e Europa: Itau BBA International plc: Este material é
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and Markets Act 2000. O material que descreve os serviços e produtos oferecidos pelo Itaú Unibanco SA (Itaú) foi elaborado
por aquela entidade. IBBA UK é uma filial do Itaú. Itaú é uma instituição financeira validamente existente sob as leis do Brasil e
membro do Grupo Itaú Unibanco. Itaú BBA International plc sede 20 º andar, 20 de Primrose Street, London, Reino Unido,
EC2A 2EW e está autorizado pela Prudential Regulation Authority e regulado pela Autoridade de Conduta Financeira e do
Prudential Regulation Authority (FRN 575225). Itaú BBA International plc Sucursal Lisboa e a Sucursal Financeira Exterior
localizada na Madeira são reguladas pelo Banco de Portugal para a realização de negócios em todos os escritórios. Itaú BBA
International plc tem escritórios de representação na França, Alemanha, Espanha e Colômbia, que estão autorizados a
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do Brasil e membro do Grupo Itaú Unibanco. Itau BBA UK Securities Limited sede 20 º andar, 20 de Primrose Street, London,
Reino Unido, EC2A 2EW e é autorizado e regulado pela Autoridade de Conduta Financeira (FRN494837); (ii) EUA: A Itaú
BBA USA Securities Inc., uma empresa membro da FINRA/SIPC, está distribuindo este relatório e aceita a responsabilidade
Itaú
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pelo conteúdo do mesmo. O investidor americano que receber este relatório e desejar realizar uma operação com um dos
valores mobiliários analisados neste relatório, deverá fazê-lo através da Itaú USA Securities Inc., localizada na 767 Fifth
Avenue, 50th Floor, New York, NY 10153; (iii) Ásia: Este relatório é distribuído em Hong Kong pela Itaú Asia Securities
Limited, autorizada a operar em Hong Kong nas atividades reguladas do Tipo 1 (operações com títulos e valores mobiliários)
pela Securities and Futures Commission. A Itaú Asia Securities Limited aceita toda a responsabilidade legal pelo conteúdo
deste relatório. Em Hong Kong, um investidor que desejar adquirir ou negociar os valores mobiliários abrangidos por este
relatório deverá entrar em contato com a Itaú Asia Securities Limited, no endereço 29th Floor, Two IFC, 8 Finance Street Central, Hong Kong; (iv) Japão: Este relatório é distribuído no Japão pela Itaú Asia Securities Limited - Filial de Tóquio,
Número de Registro (FIEO) 2154, Diretor, Kanto Local Finance Bureau, Associação: Associação dos Operadores de Títulos
Mobiliários do Japão; (v) Oriente Médio: Este relatório foi distribuído pela Itaú Middle East Limited. A Itaú Middle East Limited
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úteis das 9h00 às 18h00), ou entre em contato por meio da Caixa Postal 67.600, São Paulo-SP, CEP 03162-971.
* Custo de uma Chamada Local
Itaú
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