Condução Nas traqueófitas, os feixes condutores têm vasos lenhosos e liberianos. Os primeiros transportam a solução mineral absorvida do solo, que, na planta, constitui a seiva bruta, normalmente ascendente. Os vasos liberianos transportam uma seiva orgânica, contendo especialmente os produtos solúveis da fotossíntese e do metabolismo da planta. É uma seiva normalmente descendente. A mais simples demonstração experimental para se provar por onde circulam as seivas é a retirada de um anel cortical, o chamado Anel de Malpighi, do caule de uma planta lenhosa. O anel removido tem ritidoma suberificado, parênquima e vasos liberianos. Depois de algum tempo (algumas semanas), a seiva elaborada que desce pelo líder (periférico), não podendo mais passar para as raízes, acumula-se em parte no bordo superior do corte em cicatrização. A seiva bruta continua subindo normalmente pela região central do caule (lenho). Se o anel de Malpighi for feito no caule principal, as raízes morrem por falta de alimentos orgânicos e, em seguida, morre a planta toda. Nas gimnospermas, os elementos condutores da seiva bruta apresentam septos transversais e, nas suas paredes, com deposição de lignina, há pontuações areoladas que regulam as trocas de água e funcionam como válvulas de proteção contra infiltrações gasosas (traqueídes). Nas angiospermas, os vasos lenhoso não têm septos transversais, e formam longos tubos que permitem a livre circulação da água. As paredes são reforçadas por deposição de lignina, especialmente as com forma de anéis e espirais ( traquéias). Tanto traquéias quanto traqueídes são elementos mortos, produzidos pela atividade dos câmbios fasciculares (meristema primário), presente nos caules de gimnospermas e angiospermas dicotiledôneas. Além da condução, traquéias e traqueídes são responsáveis pela sustentação mecânica da planta. A condução da seiva bruta O transporte de água pelos pêlos absorventes até o cilindro central das raízes, onde estão os vasos lenhosos, se faz por um gradiente osmóticos existente nas células do parênquima da casca. Esse transporte também pode ser livre, por difusão direta da água, através dos meatos do parênquima. No endoderme há células de passagem, sem reforço, que permitem a chegada da água nos vasos lenhosos. Até aqui fala-se em condução horizontal, pois a direção dela não se opõe à gravidade. Já no interior do lenho, a condução da seiva bruta depende de vários fatores. Nenhum deles isoladamente parece explicar o fenômeno de maneira totalmente satisfatória; é mais provável que a combinação desses fatores forneça uma melhor compreensão do que realmente ocorre. Capilaridade É conhecido há bastante tempo o fato de que as moléculas de água têm propriedades de coesão, atraindo-se mutuamente. Além disso, ocorre atração, ou adesão, entre as moléculas de água e as paredes dos vasos que as contêm, como por exemplo os tubos de vidro ou então os elementos do xilema . Em tubos de menos de 1mm de diâmetro, uma coluna de água se mantém sem que se exerça nenhuma pressão externa sobre o líquido. Este fenômeno é chamado de capilaridade. Pressão positiva da raiz Uma das hipóteses para explicar a ascensão da seiva bruta nas plantas propôs que as raízes teriam, de algum modo, a capacidade de empurrar a água para cima. De fato, em algumas plantas, esta “pressão positiva” da raiz pode ser demonstrada. Assim, quando um caule de tomateiro bem irrigado é cortado, observa-se exsudação na região seccionada. Germinação A germinação das sementes depende de vários fatores externos como; umidade, temperaturas adequadas e oxigênio. A luz é outro elemento que influencia, tanto em intensidade quanto em comprimento de onda; dependendo da espécie de planta, a germinação pode ser induzida pela presença ou ausência de luz. A duração ou comprimento do período de luz (em horas) capaz de induzir a floração é chamado fotoperíodo. E, a resposta das plantas a diferentes fotoperíodos (durações relativas dos ciclos dia-noite) é chamada fotoperiodismo. Há plantas que florescem sob curtos períodos de exposição a luz; são as plantas de dia curto, como por exemplo o crisântemo, a dália o morango e o fumo. Outras que florescem sob longos períodos de exposição à luz são as de dia longo, como por exemplo a alface, o espinafre, o rabanete e o trevo. Outras ainda, que florescem independentemente da duração dos fotoperíodos, são indiferentes ou neutras, como o tomate, o pimentão e o feijão. Não há uma duração absoluta, em horas, para definir o chamado fotoperíodo crítico. Este, é um determinado valor em horas de iluminação que, não sendo obedecido, provoca alteração da resposta de floração. A planta de dia curto só florescerá quando a duração da iluminação estiver abaixo do fotoperíodo crítico (8 à 9 horas) e , a planta de dia longo só florescerá quando a duração da iluminação estiver acima do fotoperíodo crítico (10 à 15 horas). Os tropismos são crescimentos orientados, ou seja, podem se manifestar em função da direção de onde vem o estímulo exterior. Os agentes exteriores que os induzem podem ser a força gravitacional, substâncias químicas, luz e outros. Fala-se em tropismo positivo quando o crescimento estiver orientado no sentido do estímulo e, em tropismo negativo, quando orientado em sentido oposto ao da incidência do estímulo. O geotropismo é particularmente observado nas raízes (geotropismo positivo) e nos caules (geotropismo negativo) EXPERIMENTO 1 – CONDUÇÃO: FLORES EM CORANTES Material: Flores brancas, gilete, frasco de vidro, eosina, azul de metileno, ácido pícrico, microscópio e lâmina. Procedimento Pegamos uma margarida branca e cortamos o eixo da inflorescência sob a água, deixando-a com um comprimento aproximado de 13 cm. Ainda sob a água, faça uma fenda longitudinal, em sua parte basal, até a altura de 6 cm, o suficiente para que cada ramo seja colocado em um corante diferente: eosina e azul de metileno Foi marcado o tempo que o corante demorou para subir até as pontas das pétalas. Pegamos uma outra flor e procedemos da mesma forma quanto ao preparo, porém antes de colocar ao corante, colocamos por um tempo na solução de ácido pícrico. Resultados Foi observado que os corantes demoraram aproximadamente 30 minutos para atingir a ponta das pétalas. Sendo confirmado com cortes transversal e longitudinal e observação ao microscópio óptico. A planta tratada com ácido pícrico também apresentaram o mesmo comportamento com os corantes. Conclusão Os corantes subiram até as pétalas, porque as nervuras das pétalas são formadas por vasos lenhosos. O ácido pícrico mata as células do parênquima lenhoso, mostrando que as células são vivas, e a subida dos corantes independe da presença de células vivas. EXPERIMENTO 2 – CONDUÇÃO: OS VASOS QUE TRANSPORTAM ÁGUA Material: Ramos de Eucalyptus sp, gilete, pasta de vedar (vaselina), béquer, suporte universal. Procedimento Cortamos dois ramos lenhosos de uma planta, com mais ou menos o mesmo tamanho, em baixo d’água. Em seguida retiramos dois centímetros do córtex da extremidade dos galhos, retiramos a água e aplicamos rapidamente a vaselina, sendo o ramo número 1 coberto totalmente e o ramo número 2 apenas o xilema Resultados Os resultados foram observados por 4 dias e os dados anostados na tabela abaixo: 1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 1º ramo X X X X º 2 ramo X X X X X= galho normal 0= galho murcho Conclusão O nosso experimento não apresentou o resultado desejado, pois houve uma falha na montagem da vaselina deixando um pequeno orifício para a passagem da água, porém como podemos observar no outros grupos somente o ramo que estava totalmente coberto pela vaselina apresentou seus galhos murchos, o outro ramo apresentou seus galhos normais, demonstrando a importância do floema no transporte da água. EXPERIMENTO 3 – CONDUÇÃO: OBSERVAÇÃO DA CONDUÇÃO DE CORANTE Material: Impatiens balsamina (beijo), fucsina ácida e béquer Procedimento Separamos 4 exemplares de “beijo”, com cerca de 30 cm de altura, cortamos em baixo d’água, logo acima das raízes, colocamos o corante num béquer. Colocamos contra a luz e por transparência procuramos observar a subida do corante. Resultados Observamos a subida do corante após um tempo de 24 minutos, podendo ser visto por todo o caule e inclusive nas pétalas. Conclusão EXPERIMENTO 4 – CONDUÇÃO: PRESSÃO RADICULAR Material: Pipeta ou tubo de vidro, parafilme, estilete, papel alumínio, planta envasada e suporte com garra. Procedimento Pegamos uma planta envasada e regamo-a abundantemente. Com o auxilio de um estilete cortamos o caule na altura de 4 cm do solo, ajustamos o tubo de borracha ao caule e colocamos um pouco de água com corante azul de metileno, dentro do tubo de borracha. Em seguida ajustamos o tubo de vidro a borracha, vedando muito bem com parafilme e observamos durante uma semana Resultados Foi observado a subida do nível da água dentro do tubo de vidro, essa subida foi gradualmente aumentando com o passar dos dias. Conclusão Com esse experimento foi comprovado a pressão positiva da raiz, mostrando que a água absorvida pelo xilema cria uma pressão positiva.