Condução - et@llcorp 2001

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Condução
Nas traqueófitas, os feixes condutores têm vasos lenhosos e liberianos. Os
primeiros transportam a solução mineral absorvida do solo, que, na planta,
constitui a seiva bruta, normalmente ascendente. Os vasos liberianos transportam
uma seiva orgânica, contendo especialmente os produtos solúveis da fotossíntese
e do metabolismo da planta. É uma seiva normalmente descendente.
A mais simples demonstração experimental para se provar por onde
circulam as seivas é a retirada de um anel cortical, o chamado Anel de Malpighi,
do caule de uma planta lenhosa. O anel removido tem ritidoma suberificado,
parênquima e vasos liberianos. Depois de algum tempo (algumas semanas), a
seiva elaborada que desce pelo líder (periférico), não podendo mais passar para
as raízes, acumula-se em parte no bordo superior do corte em cicatrização. A
seiva bruta continua subindo normalmente pela região central do caule (lenho). Se
o anel de Malpighi for feito no caule principal, as raízes morrem por falta de
alimentos orgânicos e, em seguida, morre a planta toda.
Nas gimnospermas, os elementos condutores da seiva bruta apresentam
septos transversais e, nas suas paredes, com deposição de lignina, há
pontuações areoladas que regulam as trocas de água e funcionam como válvulas
de proteção contra infiltrações gasosas (traqueídes).
Nas angiospermas, os vasos lenhoso não têm septos transversais, e
formam longos tubos que permitem a livre circulação da água. As paredes são
reforçadas por deposição de lignina, especialmente as com forma de anéis e
espirais ( traquéias).
Tanto traquéias quanto traqueídes são elementos mortos, produzidos pela
atividade dos câmbios fasciculares (meristema primário), presente nos caules de
gimnospermas e angiospermas dicotiledôneas. Além da condução, traquéias e
traqueídes são responsáveis pela sustentação mecânica da planta.
A condução da seiva bruta
O transporte de água pelos pêlos absorventes até o cilindro central das
raízes, onde estão os vasos lenhosos, se faz por um gradiente osmóticos
existente nas células do parênquima da casca. Esse transporte também pode ser
livre, por difusão direta da água, através dos meatos do parênquima. No
endoderme há células de passagem, sem reforço, que permitem a chegada da
água nos vasos lenhosos. Até aqui fala-se em condução horizontal, pois a direção
dela não se opõe à gravidade. Já no interior do lenho, a condução da seiva bruta
depende de vários fatores. Nenhum deles isoladamente parece explicar o
fenômeno de maneira totalmente satisfatória; é mais provável que a combinação
desses fatores forneça uma melhor compreensão do que realmente ocorre.
Capilaridade
É conhecido há bastante tempo o fato de que as moléculas de água têm
propriedades de coesão, atraindo-se mutuamente. Além disso, ocorre atração, ou
adesão, entre as moléculas de água e as paredes dos vasos que as contêm, como
por exemplo os tubos de vidro ou então os elementos do xilema . Em tubos de
menos de 1mm de diâmetro, uma coluna de água se mantém sem que se exerça
nenhuma pressão externa sobre o líquido. Este fenômeno é chamado de
capilaridade.
Pressão positiva da raiz
Uma das hipóteses para explicar a ascensão da seiva bruta nas plantas
propôs que as raízes teriam, de algum modo, a capacidade de empurrar a água
para cima. De fato, em algumas plantas, esta “pressão positiva” da raiz pode ser
demonstrada. Assim, quando um caule de tomateiro bem irrigado é cortado,
observa-se exsudação na região seccionada.
Germinação
A germinação das sementes depende de vários fatores externos como;
umidade, temperaturas adequadas e oxigênio. A luz é outro elemento que
influencia, tanto em intensidade quanto em comprimento de onda; dependendo da
espécie de planta, a germinação pode ser induzida pela presença ou ausência de
luz.
A duração ou comprimento do período de luz (em horas) capaz de induzir a
floração é chamado fotoperíodo. E, a resposta das plantas a diferentes
fotoperíodos (durações relativas dos ciclos dia-noite) é chamada fotoperiodismo.
Há plantas que florescem sob curtos períodos de exposição a luz; são as
plantas de dia curto, como por exemplo o crisântemo, a dália o morango e o
fumo. Outras que florescem sob longos períodos de exposição à luz são as de
dia longo, como por exemplo a alface, o espinafre, o rabanete e o trevo. Outras
ainda, que florescem independentemente da duração dos fotoperíodos, são
indiferentes ou neutras, como o tomate, o pimentão e o feijão.
Não há uma duração absoluta, em horas, para definir o chamado
fotoperíodo crítico. Este, é um determinado valor em horas de iluminação que,
não sendo obedecido, provoca alteração da resposta de floração. A planta de dia
curto só florescerá quando a duração da iluminação estiver abaixo do fotoperíodo
crítico (8 à 9 horas) e , a planta de dia longo só florescerá quando a duração da
iluminação estiver acima do fotoperíodo crítico (10 à 15 horas).
Os tropismos são crescimentos orientados, ou seja, podem se manifestar
em função da direção de onde vem o estímulo exterior. Os agentes exteriores que
os induzem podem ser a força gravitacional, substâncias químicas, luz e outros.
Fala-se em tropismo positivo quando o crescimento estiver orientado no sentido
do estímulo e, em tropismo negativo, quando orientado em sentido oposto ao da
incidência do estímulo. O geotropismo é particularmente observado nas raízes
(geotropismo positivo) e nos caules (geotropismo negativo)
EXPERIMENTO 1 – CONDUÇÃO: FLORES EM CORANTES
Material: Flores brancas, gilete, frasco de vidro, eosina, azul de metileno, ácido
pícrico, microscópio e lâmina.
Procedimento
Pegamos uma margarida branca e cortamos o eixo da inflorescência sob a
água, deixando-a com um comprimento aproximado de 13 cm. Ainda sob a água,
faça uma fenda longitudinal, em sua parte basal, até a altura de 6 cm, o suficiente
para que cada ramo seja colocado em um corante diferente: eosina e azul de
metileno
Foi marcado o tempo que o corante demorou para subir até as pontas das
pétalas.
Pegamos uma outra flor e procedemos da mesma forma quanto ao preparo,
porém antes de colocar ao corante, colocamos por um tempo na solução de ácido
pícrico.
Resultados
Foi observado que os corantes demoraram aproximadamente 30 minutos
para atingir a ponta das pétalas. Sendo confirmado com cortes transversal e
longitudinal e observação ao microscópio óptico.
A planta tratada com ácido pícrico também apresentaram o mesmo
comportamento com os corantes.
Conclusão
Os corantes subiram até as pétalas, porque as nervuras das pétalas são formadas
por vasos lenhosos.
O ácido pícrico mata as células do parênquima lenhoso, mostrando que as células
são vivas, e a subida dos corantes independe da presença de células vivas.
EXPERIMENTO 2 – CONDUÇÃO: OS VASOS QUE TRANSPORTAM ÁGUA
Material: Ramos de Eucalyptus sp, gilete, pasta de vedar (vaselina), béquer,
suporte universal.
Procedimento
Cortamos dois ramos lenhosos de uma planta, com mais ou menos o
mesmo tamanho, em baixo d’água.
Em seguida retiramos dois centímetros do córtex da extremidade dos
galhos, retiramos a água e aplicamos rapidamente a vaselina, sendo o ramo
número 1 coberto totalmente e o ramo número 2 apenas o xilema
Resultados
Os resultados foram observados por 4 dias e os dados anostados na tabela
abaixo:
1º dia
2º dia
3º dia
4º dia
1º ramo
X
X
X
X
º
2 ramo
X
X
X
X
X= galho normal
0= galho murcho
Conclusão
O nosso experimento não apresentou o resultado desejado, pois houve
uma falha na montagem da vaselina deixando um pequeno orifício para a
passagem da água, porém como podemos observar no outros grupos somente o
ramo que estava totalmente coberto pela vaselina apresentou seus galhos
murchos, o outro ramo apresentou seus galhos normais, demonstrando a
importância do floema no transporte da água.
EXPERIMENTO 3 – CONDUÇÃO: OBSERVAÇÃO DA CONDUÇÃO DE
CORANTE
Material: Impatiens balsamina (beijo), fucsina ácida e béquer
Procedimento
Separamos 4 exemplares de “beijo”, com cerca de 30 cm de altura,
cortamos em baixo d’água, logo acima das raízes, colocamos o corante num
béquer.
Colocamos contra a luz e por transparência procuramos observar a subida
do corante.
Resultados
Observamos a subida do corante após um tempo de 24 minutos, podendo
ser visto por todo o caule e inclusive nas pétalas.
Conclusão
EXPERIMENTO 4 – CONDUÇÃO: PRESSÃO RADICULAR
Material: Pipeta ou tubo de vidro, parafilme, estilete, papel alumínio, planta
envasada e suporte com garra.
Procedimento
Pegamos uma planta envasada e regamo-a abundantemente.
Com o auxilio de um estilete cortamos o caule na altura de 4 cm do solo,
ajustamos o tubo de borracha ao caule e colocamos um pouco de água com
corante azul de metileno, dentro do tubo de borracha.
Em seguida ajustamos o tubo de vidro a borracha, vedando muito bem com
parafilme e observamos durante uma semana
Resultados
Foi observado a subida do nível da água dentro do tubo de vidro, essa
subida foi gradualmente aumentando com o passar dos dias.
Conclusão
Com esse experimento foi comprovado a pressão positiva da raiz,
mostrando que a água absorvida pelo xilema cria uma pressão positiva.
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