EDIÇÃO ISSUE #1 #1 BRASIL REVISTA HEMP! The Beatles Reggae Tribute Vol. II NABBY CLIFFORD Preta é Minha Cor ROOTS / ROCK / REGGAE / RESPECT PONTO DE EQUILÍBRIO Juntos Somos Fortes IRIEMAG.COM.BR EDIÇÃO #1 / 2014 “Uma coisa boa sobre a música é que quando ela bate você não sente dor.” - Bob Marley Nicholas “Nico” Da Silva Fundador/Editor IRIEMAG.COM.BR Celebre 4/20 todos os dias! ROOTS. ROCK. REGGAE. HEMP! Nabby Clifford Ponto de Equilíbrio A Reggae Tribute to The Beatles, Vol. II Preta é minha Cor! Juntos Somos Fortes RESPECT. REWIND. RIDDIMS. Kindah One Drop Festival Zion Train Uma Família Gustavo Paes Blind ÍNDICE. ARG ROOTS. HEMP! A Reggae Tribute to The Beatles, Vol. II HEMP! A Reggae Tribute to The Beatles, Vol. II By Hernan “Camel” Sforzini HEMP! é a sequência do “El Álbum Verde” (O Album Verde), o álbum que alcançou fama e reconhecimento em 2005, por reunir os líderes das principais bandas de reggae da América Latina para tocar a música dos Beatles em versões reggae. SIGA Hernan Sforzini Nós conversamos com Hernan Sforzini que estava feliz em compartilhar conosco a produção do projeto HEMP! A Entrevista IRIE. Qual é o seu histórico com a música ? Você é músico de profissão? Eu sou DJ e músico. Comecei como DJ quando tinha 12 anos de idade. Aos 16 anos eu comecei a tocar percussão, e com 17 anos fiz meu primeiro show profissional como músico em uma banda de salsa na Argentina. Depois disso toquei e gravei com um monte de bandas, incluindo “La Zimbabwe” (lendária banda argentina desde 1986) e “Kameleba”, uma das bandas de reggae mais populares da Argentina. Outras bandas que toquei foram: Don Carlos, Everton Blender, Os Abbysinians, Pablo Moses, Andrew Tosh, Groundation, El Natty Combo e Santo Piby. Eu também promovi e produzi um monte de shows de reggae no meu país (Argentina) de nomes como: Israel Vibration, SOJA, Don Carlos, Gregory Isaacs e Apple Gabriel. SITE elalbumverde.com.ar IRIEMAG.COM.BR IRIE. Por que você escolheu a música dos Beatles para este projeto musical? Eu adoro os Beatles! HEMP! é a sequência do “El Álbum Verde”, o primeiro tributo reggae aos Beatles que eu produzi em 2005 com as bandas mais interessantes da América Latina, incluindo Gondwana, Fidel Nadal, Dança Mood, Nonpalidece, Riddim, Mimi Maura, El Natt Combo, The Skatalites e Planta & Raiz, para citar alguns. Quando eu descobri “Revolver”, dos Beatles, eu me tornei um ouvinte sério de música dos Beatles. Então, um dia eu me perguntei: por que não levar os meus dois amores, Beatles e reggae, e combiná-los? SIGA Hernan Sforzini IRIE. Você teve alguma desafios na produção deste projeto? Era difícil reunir os artistas para este projeto. Havia 56 artistas de todo o mundo. O projeto levou três anos para produzir um trabalho de Jah! IRIE. A segunda série tem o nome “Hemp”! Por que este nome? Eu nomeei o álbum “HEMP!” como um jogo de palavras com o álbum dos Beatles, Help (Ajuda)! O álbum físico (CD), também inclui folhetos e informações sobre a planta e os benefícios para o nosso planeta. IRIE. Você tem planos para mais um lançamento? Talvez possamos completar uma trilogia. Alguns dos artistas não tiveram tempo de terminar sua versão para o projeto! Talvez possamos fazer uma terceira versão para incluí-los. Mas, no momento, estou apenas curtindo mais este lançamento. 2 de 4 IRIEMAG.COM.BR IRIE. Como foi a reacão dos artistas e bandas com o convite para fazer parte do projeto? Todos os envolvidos ficaram muitos felizes com o convite. Você pode sentir isso quando você ouvir a música. IRIE. Ouvi dizer que os rendimentos das vendas do álbum será destinado para uma causa de caridade. Você pode compartilhar isso com a gente? Sim, para cada CD vendido os lucros gerados serão utilizados para a construção de um poço de água para a comunidade de crianças carentes de Shipibo em Pucallpa no Peru coração da Amazônia, onde o mestre Alex Muñoz Vazquez (xamã importante desta tribo) caminha vários vezes ao dia por 2 km com baldes de água para abastecer a comunidade, e também para a reconstrução da área de assistência médica. SIGA Hernan Sforzini Destaque IRIE. Você pensa em produzir shows para divulgação do projeto? Alguma chance de que isso aconteça em um futuro próximo? Isso seria ótimo! Talvez em um futuro próximo, planejaremos shows com uma banda de apoio e convidaremos os cantores envolvidos nos dois projetos: “El Album Verde” e “HEMP!”. Hemp! A Reggae Tribute to the Beatles, Vol. I 2014 3 de 4 IRIEMAG.COM.BR O Melhor da Música Reggae Agora nas principais lojas digitais do Brasil o melhor da música reggae para todos os estilos, dos clássicos aos lançamentos, nacionais e internacionais. “Uma coisa boa sobre a música é que quando ela bate você não sente dor.” - Bob Marley BRA ROCK. NABBY CLIFFORD Preta é minha Cor! NABBY CLIFFORD Preta é minha Cor! By Nicholas Da Silva Deixe me te apresentar a um amigo e mentor, Nabby Clifford, o Embaixador do Reggae na minha terra, Brasil. Nabby nasceu em Gana, na África Ocidental, e deixou sua terra natal em uma idade jovem, perseguindo música por participar de bandas escolares. Assim como eu, ele viajou e viveu em muitos países onde ele experimentou muitas culturas diferentes. Chegando no Brasil, ele criou uma banda com a missão de estabelecer a música reggae no país. Como DJ, ele criou o primeiro programa de reggae para a Rádio Fluminense FM (94,9). Ao longo dos anos, Nabby esteve envolvido em vários projetos musicais e gravou vários álbuns enquanto atuava como a fonte do Reggae. SIGA Nabby Clifford SITE pretaeminhacor.com Atualmente, Nabby está empenhada em uma nova causa, que Irie Revista suporta 100% ... Preta é minha cor (Black is my Color) 1 of 11 IRIEMAG.COM.BR Suas próprias palavras Meu projeto Preta é minha cor “Black is my color” começou em 2001 pedindo ao governo brasileiro para identificar os Afro-Brasileiros como “Pretos” e não como “Negros”, que no idioma Português, tem significado negativo. A língua é o Português, não gosto da língua espanhola onde ‘negro’ significa a cor preta. Negro, no idioma Português, é 100% negativo e até mesmo Portugal deveria abandonar seu uso. Muitas vezes me perguntei, se isso é uma manobra para destruir a vontade do povo. A influência negativa desta palavra é enorme e está em toda parte, mas o governo brasileiro continua a agir cegamente sobre este importante assunto. Uma pessoa que é identificada como negativa é considerada selvagem. É por isso que as ruas brasileiras são uma das mais perigosas da América do Sul. Eu nasci um Ganense e Nabby Clifford é o meu nome. Eu sou conhecido como o Embaixador do Reggae no Brasil, porque eu sou a referência Reggae desde que eu escolhi aqui para viver, na década de 80. Eu tive o primeiro programa de rádio Reggae em 1988 para 1994, na Rádio Fluminense FM, com uma audiência enorme. Com a minha banda, eu gravei três álbuns e estou atualmente no estúdio da Kafofu Records para o meu quarto álbum. Senti meu primeiro choque no Brasil, quando meu cunhado perguntou a minha esposa “por que você está com Nabby se você jurou que nunca estaria com um homem de sua cor?” Isto é o que acontece com as pessoas que são identificados como negativos. Isso é Brasil, onde casal negro é difícil de encontrar, onde a maioria dos jovens negros preferem se juntar a traficantes de drogas e um sistema de ensino tão ruim que até mesmo professores e pessoas de alta escolaridade não podiam saber a diferença entre “preto e negro, negro e preto”. Tenho visitado escolas, faculdades, universidades, igrejas e casas do governo tentando chamar a sua atenção para esta questão e eu quero você, leitor desta revista ajude nisso, por não ser racial, mas sim modernizar para salvar a honra do ser humano. SIGA Nabby Clifford Destaque Black Foundation 2013 IRIEMAG.COM.BR PROFESSOR NABBY CLIFFORD Nabby Clifford falando com professores da Escola Municipio Ulyssis Guimaraes de Jacarepaguá, Rio de Janeiro, Brasil. IRIEMAG.COM.BR Meu pai diz que quando nascemos, viemos ao mundo possuindo duas almas... uma boa alma e um espírito terrestre. Quando morremos a boa alma deixa o corpo e ascende aos céus para ser julgada pelo Ser Supremo. O espírito terreno, no entanto, permanece com o corpo por vários dias. É aqui que o espírito terrestre, uma força energética desconhecida, é mais vulnerável. Se o corpo não está devidamente honrado e enterrado, o espírito terrestre pode relaxar e escapar. Sob certas circunstâncias, a sua sombra pode tomar a forma de um duppy, que é como uma espécie de fantasma, mas vazio de personalidade e memórias da morte. Quando isso acontece, o duppy vai vagar pela terra. E isso não é bom. Alguns duppies são confusos e inofensivos, mas a maioria deles são espíritos maliciosos. Invisível pelas pessoas normais, eles descansam durante o dia e saem à noite para assombrar os vivos. E se um Obeah Man, um feiticeiro de magia negra, se apodera de um duppy, ele pode usar sua magia maligna para fazer o duppy causar grandes danos ou até mesmo a morte à vida. Descubra a história de Dread & Alive: www.dreadandalive.com SIGA Dread & Alive BRA REGGAE. PONTO DE EQUILÍBRIO Juntos Somos Fortes PONTO DE EQUILÍBRIO Juntos Somos Fortes Por Maíra Durães SIGA “Sinta a música, entre dentro dela. Veja o que a música tem a lhe mostrar” Ponto de Equilíbrio PONTO DE EQUILÍBRIO Sua música alcança lugares que seus discos não chegam. A simplicidade dos integrantes, o amor pelo que fazem, a paixão ao apresentar música com conteúdo de valor é sentida por todos e a interação que tem com o público é algo especial. Hélio Bentes, Pedro “Pedrada” Caetano, Thiago Caetano, Márcio Sampaio, Lucas Kastrup, André Sampaio e Marcelo “Gracia” Campos. Esses caras é que fazem o Ponto de Equilíbrio ser uma das principais referências do Reggae Brasileiro atualmente. Eles são da zona norte no Rio de Janeiro, da comunidade de Vila Isabel. A banda começou despretensiosamente e com seu próprio estilo e hoje tem 17 fãs clubes espalhados pelo mundo. Como eles mesmos se definem, “É uma banda que quando você escuta, se encanta. E quando você assiste ao show, se surpreende”. SITE bandapontodeequilibrio.com.br Poucas horas antes de entrar no palco em Curitiba, a banda concedeu uma entrevista para a edição de lançamento da IRIE. Entre no universo do Ponto de Equilíbrio e veja que eles têm realmente algo bonito pra dizer e querem unir as pessoas através do Reggae. IRIEMAG.COM.BR A Entrevista IRIE. Vocês começaram de uma forma muito despretensiosa e cada integrante da banda com seu estilo próprio. Hoje já somam mais de 10 anos na Estrada. Como é para vocês estarem juntos até hoje levando o projeto em frente? SIGA Ponto de Equilíbrio Pedro. A gente fica muito feliz por esse resultado. A banda começou em 1999 e já estávamos fazendo shows pelo Brasil todo. Hoje temos 15 de anos de banda e para nós é muito bom. IRIE. Vocês já tocaram do extremo sul do Brasil até a Amazônia. Existe alguma cidade que ainda não foram e que queiram muito conhecer e tocar? Tiago. A gente roda bem. Temos até um mapa HELIO BENTES onde marcamos os lugares que já fomos, com todas as cidadezinhas que vamos pingando. E ele está bem marcado. (risos) O Brasil é um continente, né, cara! Temos muita demanda por aqui. Ainda tem muito lugar que não passamos e queremos tocar. IRIEMAG.COM.BR Um lugar maneiro que não fomos ainda é o Pantanal, no Mato Grosso. É um lugar muito bacana. Já fomos para Manaus, Rondônia, e são acessos mais difíceis, mas sempre rola. Como somos uma banda que se espalhou muito pela internet, é surpreendente, porque passamos em lugares que nossos discos nunca chegaram para a venda. E todo mundo canta as músicas, em função da internet mesmo. SIGA IRIE. E internacionalmente? Vocês tem a pretensão de tocar em algum lugar específico? Ponto de Equilíbrio Nós nunca fizemos uma turnê na América Latina e nem na América Central, mas sabemos que na América Latina temos muitos fãs. Já tocamos na Europa e na África. Mas para Ásia e Oceania, também não fomos, e seria muito interessante. A gente tem o desejo de conhecer todos esses lugares e fazer shows por lá. IRIE. Como foi a primeira vez que vocês tocaram juntos no palco? Nós tínhamos seis meses de banda, muita vontade de fazer, mas ainda com pouca experiência. Era uma festa fechada e não teve divulgação. No segundo show já teve a comunidade, muitos amigos presentes, a família toda, foi uma festa muito grande. Para todos nós, estar no palco é uma grande emoção, e com a realização de termos uma banda de Reggae, é um sentimento de sonho realizado. IRIE. Qual show foi marcante para vocês? A Turnê pela Europa foi bem marcante. Fizemos o Rototom Sunsplash, fomos para o leste da Itália, Berlim, participamos de um festival em Brena, na Noruega, onde o sol nem se punha na época. Uma experiência bem legal e muito marcante. Também fomos à Portugal, que virou nossa segunda casa. 3 de 13 IRIEMAG.COM.BR IRIE. Como é essa influência Rastafári na música de vocês? Lucas. A música reggae surgiu nos anos 70, e foi fruto de uma geração que se identificava com a mensagem Rastafári. O reggae é um desdobramento que vem do Ska e Rock Steady, ritmos Jamaicanos que vieram se formando desde a década de 50 até a década de 70, a partir de músicas jamaicanas folclóricas com a influência da música americana, do rhythm and blues e do soul. E também de manifestações religiosas, como Nayabing, que é a batida do coração, o cerimonial dos tambores Rastafári. SIGA Ponto de Equilíbrio Então o reggae é influenciado tanto musicalmente quanto na mensagem Rastafári. Quer um mundo com maior igualdade social, qualidade de vida, alimentação e principalmente a fé Rastafári, que está incutida no Reggae desde o início. Quando nós do PONTO começamos a ouvir reggae juntos na adolescência, a gente se identificou com tudo isso, incluindo a parte do Rastafári, que foi o que nos motivou muito no início para ser o nosso diferencial. TIAGO CAETANO “Ser uma banda de reggae que busca afirmar o Rastafári”, muitas bandas brasileiras de reggae IRIEMAG.COM.BR tinham certo receio de falar sobre isso, tinham dúvidas e tal. E nós já chegamos afirmando isso desde o começo. Mas sendo de um país que fala português, e a maioria dos reggaes conhecidos são em inglês e nem todos da banda falam inglês fluente, a gente acabou entendendo e desenvolvendo a cultura Rastafári da nossa forma. Nós temos a liberdade de interpretação e de práticas, cada um vivencia isso de uma forma única. São muitos dogmas e regras sobre o que um Rastafári precisa fazer e a gente valoriza essa liberdade que cada um tem. SIGA Ponto de Equilíbrio IRIE. Qual é a mensagem que querem reforçar na música de vocês? Vontade de viver, vencer desafios, esperança, luta e superação. O PONTO faz um som que você coloca para tocar quando acorda, aí fica animado e tem força para trabalhar o resto do dia, é para o povo oprimido, trabalhador, mas também para classe média. É uma música que abrange todos os tipos de pessoas, camadas sociais e diferentes religiões. Tem a proposta de tocar o coração de toda pessoa que quer se transformar. A gente acredita na música como forma de alimento, é um combustível para vencer e superar todas as batalhas materiais e obstáculos que aparecem no nosso caminho. IRIE. Na música de vocês, fica claro essa mensagem como forma de protesto, mas também fala muito sobre natureza e amor. Como vocês enxergam o Brasil hoje com todos esses protestos, diferenças e descaso de nossos representantes no governo? O que vocês esperam do Brasil? Nossa música tem um apelo social. A gente fala de paz, amor, bondade e de alegria. Somos a favor de toda a manifestação que seja em prol da população e que venha buscar melhores condições. A escravidão só mudou de forma, não temos a chibatada mas os brancos e os negros são incluídos 5 de 13 IRIEMAG.COM.BR numa escravidão pelo dinheiro. É preciso ter dinheiro para pagar o alimento do dia, o transporte e a moradia, mas somos super mal assalariados. Um país que é tão bonito por natureza, tem tanta riqueza natural e tem uma força de trabalho muito grande, mas vive sofrendo na mão de uma minoria que se beneficia e suga o povo. Uma realidade que não é só do Brasil. SIGA Ponto de Equilíbrio Acreditamos na força do povo se unindo para transformar tudo para melhor. É uma batalha difícil, acredito que o Brasil está na mão de políticos corruptos, com obras de fachadas, copa do mundo, olimpíadas, para fazer mais uma estratégia de se dar bem e deixar o povo na miséria se contentando com pouco. É uma realidade triste. Precisa de uma transformação urgente, uma mobilização de consciência. A TV está cada vez mais vazia, telenovelas assistidas por crianças e por idosos trazendo péssimos exemplos de família. É como um veneno para o nosso conhecimento e nossos olhos. Assim como às vezes as redes sociais trazem muita falta de conteúdo e influenciam o esvaziamento da consciência, a gente precisa de mais consciência política e social para ANDRÉ SAMPAIO IRIEMAG.COM.BR conseguir uma geração que tenha um embasamento e força para mudar isso. Temos esperança na melhora e acreditamos que o povo tem que se unir cada vez mais à natureza e ao meio ambiente. IRIE. Como é o processo de composição das músicas da banda? No início o Lucas, André e o Helio traziam umas letras para o estúdio. Algumas já prontas, com melodias e composições e arranjos, ou traziam uma poesia e criávamos um arranjo. Outras nasceram no estúdio mesmo, com o Helio tendo inspirações no momento e a coisa toda vai evoluindo. Começa de forma bem individual, mas todos são compositores e tem suas músicas porque trabalhamos exclusivamente com música. Com o PONTO a gente sustenta a nossa cena do reggae no Brasil. SIGA Ponto de Equilíbrio Quando temos um trabalho novo, basicamente vamos para os ensaios levando todas as ideias e assim vamos compondo um repertório. É tudo pensado e elaborado de forma conjunta. IRIE. Quais são as dificuldades de se produzirem no mercado fonográfico brasileiro de forma independente? Pedro. Na verdade, ser independente já foi muito mais difícil em termos de mercado de música. Já temos mais facilidade, mas não quer dizer que melhorou muito porque é muito difícil para qualquer artista se colocar no mercado de uma forma geral, e a gente sabe que também tem uma direção que engloba muito conteúdo vazio. Nós mesmos gerimos e financiamos o nosso trabalho e vamos subindo os degraus. Estamos juntos há 15 anos, com três discos e um DVD, e trilhando os próximos passos. Já sentimos que o público está pedindo algo novo, e acreditamos em música com conteúdo que tem algo real a dizer. Estamos na estrada e ser independente não é fácil. Principalmente a questão financeira, os custos são elevados. Começar do zero assim é difícil, tem muitos artistas. 7 de 13 IRIEMAG.COM.BR Tiago. Vamos aprendendo e evoluindo. Estamos entrando nisso com as próprias pernas e montamos uma loja virtual para vender os álbuns e fazer a comercialização por conta própria. Ainda estamos em busca de uma parceria para distribuição. Temos o selo, o Kilimanjaro Records, que pretende futuramente também lançar outros artistas. SIGA Ponto de Equilíbrio IRIE. Como é a cena do Reggae no Brasil hoje e como ela se mantém? Tem melhorado muito, apesar de não ser muito bom. Ainda é difícil viver de reggae, muitas bandas já com trabalhos com consistência e amadurecidos às vezes têm dificuldades de se manter, mas estão lutando para conseguir isso. O reggae está evoluindo no mundo. O nível das produções está alto e achamos que o segmento está num momento muito bom. IRIE. Por que vocês acham que o Reggae ainda sofre certo tipo de preconceito? Tem a dificuldade de entrar na grande mídia, por serem músicas de conteúdo, que tem algo a dizer. Falar em protesto e transformação MARCELO “GRACIA” CAMPOS IRIEMAG.COM.BR social em alguns veículos não é adequado. Ser música de terceiro mundo, atrelada ao uso de substância alucinógena, a Cannabis Sativa, que está presente, não obrigatoriamente, entre os Rastafáris e na música reggae, causa muito preconceito mesmo. Uma planta marginalizada colocada como droga. IRIE. E sobre a legalização da maconha? SIGA A planta foi marginalizada por uma questão econômica, usada para fazer tecido, papel, etc... E quando se tornou muito competitivo, começaram a atrelar a planta aos marginais, então ela sofreu e sofre muita discriminação. Existem várias formas de uso. Nem se sabe muito bem todos os benefícios dessa planta e muitas pesquisas são proibidas no Brasil. Somos a favor da legalização e da venda da Cannabis, para diminuir esse preconceito e também a violência com o tráfico e estamos felizes com o avanço que teve no Uruguai, que foi legalizado, e vem tendo no Brasil. Temos a esperança de viver num país onde a Cannabis é livre. Ponto de Equilíbrio IRIE. Quais são as principais influências da banda? Com essa diversidade de gêneros musicais, são muitas. O reggae roots setentista foi a nossa escola no início, e com o tempo nos abrimos mais para fazer misturas. Temos usado bastante música brasileira, ritmos africanos e brasileiros. E usamos aquela base de batida do Bob (Marley). Conseguimos fazer essa mistura do nosso jeito. Testamos algumas coisas e fazemos misturas, não temos uma definição de estilo único de referência. IRIE. Na produção do DVD “Juntos Somos Fortes” lançado em 2013, tiveram a participação especial do Marcelo D2 e fizeram parceria com os The Congos. Tem alguém em especial com quem desejam trabalhar? Tivemos participação do D2 na música “Malandragem às Avessas”, e também do Laurinho, do 9 de 13 IRIEMAG.COM.BR Rappa. Fizemos uma produção bem caprichada. O DVD foi gravado em junho de 2012 e lançado um ano depois. Poxa, qualquer membro da família Marley, seria um prazer maravilhoso. (risos) É até difícil citar, tem tantos artistas maravilhosos. SIGA Ponto de Equilíbrio IRIE. Alguns membros da Banda têm projetos paralelos. Quando isso começou e quais são alguns deles? Lucas: Durante muitos anos da banda nós tínhamos exclusividade com o PONTO. Só uns 10 anos depois que alguém resolveu fazer algo paralelo, para fazer coisas que não faria com a Banda. PEDRO “PEDRADA” CAETANO Eu sou formado em Ciências Sociais, trabalho como antropólogo, tenho mestrado e doutorado na UERJ. Pesquiso música e religião pela carreira acadêmica que pretendo dar continuidade. Paralelo a isso, estou produzindo um filme sobre a história do reggae, que se chama “Na batida do Reggae”, onde conto do surgimento e a fundação desse gênero musical Jamaicano. Falo um pouco do ritmo e da cultura e trago convidados brasileiros e jamaicanos para me ajudar a contar essa IRIEMAG.COM.BR história. Até o momento tenho depoimentos do vocalista do Groundation, do vocalista do The Abyssinians e do baterista que atualmente acompanha o Israel Vibration. Tenho o roteiro pronto e esse material gravado, feitos em estúdios e camarins de shows, e quero tentar patrocínios e parcerias para viabilizar financeiramente o projeto. Tentei uma campanha de financiamento coletivo pelo Catarse, mas não alcancei a meta. Mas foi muito importante num primeiro momento, apresentar esse projeto ao público do PONTO e estou muito contente de estar fazendo isso. SIGA Ponto de Equilíbrio O André Sampaio tem uma banda chamada “André Sampaio e os Afro Mandinga”, onde ele apresenta o resultado da sua pesquisa de música Africana. Ele ficou dois meses viajando pela África e são tanto músicas próprias quanto outras que ele trouxe para fazer esse trabalho. O Helio trabalha com o Dubatack Sound System, e faz músicas próprias que não entram no PONTO. São um ponto de vista pessoal e com uma cara diferente da do PONTO. O Marcelo Campos, nosso percursionista, toca bateria com seu irmão gêmeo baixista numa banda que se chama “Filhos da Luz”. Ele também toca na bateria da Escola de Samba de Vila Isabel, ele é de uma família de sambistas. O pai é um grande compositor de samba, Gracindo Salgueiro, que compôs o samba “Janela da Favela” e que nós fizemos em uma versão Reggae. Pedro. Eu tive a honra de ganhar um prêmio de uma competição de remix feita pelo Damian Marley. Ele disponibilizou o vocal a capela da música “Stupid Money”, do Wayne Marshall, um artista que o Damian produz com o selo dele, chamado Gettho Youths International. Meu remix foi selecionado como o Remix official. O Damian divulgou na página dele e foi uma grande honra e conquista não só pra mim, mas para o Reggae no Brasil. 11 de 13 IRIEMAG.COM.BR Tenho meu próprio selo, o Pedrada Records, com vários artistas. É um selo pequeno, eu mesmo produzo tudo, tenho alguns álbuns. Lancei o Daniel Profeta; a banda Plantae, de Niterói; e em parceria com o produtor Rapha B, recentemente lancei o Ras Haitrim, com o álbum Serious Times. SIGA Ponto de Equilíbrio O Ras é um moçambicano radicado no Brasil.São todos projetos realmente muito interessantes. Como é a distribuição do conteúdo musical da banda? Já vendemos mais de cinco mil unidades em nossa loja virtual e ainda estamos procurando outros nichos de distribuição física. O mercado é muito fechado. E estamos agora fazendo uma parceria no segmento digital, com o Fernando Costa fundador da Brazil Deluxe, que é especializada em distribuição de conteúdo digital. IRIE. Tem alguma novidade sendo produzida no momento? MÁRCIO SAMPAIO Ainda não temos previsão de lançamento de um novo trabalho. Estamos em fase de IRIEMAG.COM.BR produção, juntando várias ideias para o próximo material. Mas agora estamos trabalhando com os shows do “Juntos Somos Fortes”. Estamos na estrada! Discografia SIGA Ponto de Equilíbrio Juntos Somos Fortes Dia Após Dia Lutando 2013 2013 Destaque Álbum Juntos Somos Fortes (Ao Vivo) 2014 LUCAS KASTRUP Abre a Janela Reggae a Vida Com Amor 2007 2006 IRIEMAG.COM.BR House of Shem Maxi Priest Katchafire Harmony Easy To Love Best So Far Rafael Peppe Alika Cidade Verde Algo Novo Mi Palabra, Mi Alma Missão de Paz ÍNDICE. HOUSE OF SHEM NZL HOUSE OF SHEM NZL Harmony A House of Shem vem de Aotearoa, na Nova Zelândia, e como outras lendas do reggae, começou como um tradicional trio vocal. Carl Perkins, líder da banda, escreve e toca reggae há mais de trinta anos e já fez parte das bandas ‘Herbs’, ‘Mana’ e ‘The Twelve Tribes Of Israel’ - suas credenciais são impecáveis! Junto a Carl estão dois de seus filhos, Te Omeka e Isaiah, que além de tomarem conta da harmonia e dos teclados, são cantores e compositores de brilho próprio. Esse laço de sangue e de família faz com que a combinação de suas vozes soe realmente incrível. Cada um traz um estilo de fazer música e uma voz diferente, o que faz com que a banda tenha na verdade três vocalistas. As harmonias são sublimes e a precisão de sua apresentação em conjunto, simplesmente fenomenal. O aguardado disco Island Vibration foi gravado em 2010 nos estúdios da Auckland’s Roundhead. A banda recrutou o conhecimento em engenharia de som do lendário Errol Brown, famoso por gravar e mixar a nata do reggae, incluindo Bob Marley & The Wailers, Burning Spear e Third World. Brown trabalhou nos discos de Damian Marley, Julian Marley e Lauren Hill que ganharam o Grammy. Island Vibration foi mixado por Errol Brown nos estúdios da Tuff Gong, de Bob Marley, na Jamaica. “Island Vibration” foi lançado em 2011 e entrou direto no número 1 da parada e do ITunes da Nova Zelândia. Nos últimos anos a banda esteve em turnê dentro e fora da Nova Zelândia, e participou dos festivais Raggamuffin da Austrália e da Nova Zelândia, tocando com grandes nomes do reggae como Lauren Hill, Sly & Robbie e Shaggy. A House Of Shem é presença garantida nos festivais neozelandeses Soundsplash, Parihaka Peace Festival, One Love, Parachute Festival e Big Day Out, SITE houseofshem.com IRIEMAG.COM.BR e sempre se apresentam na Nova Caledônia, nas Ilhas do Pacífico e na Austrália. A banda tem fãs fiéis não apenas nos grandes centros da Nova Zelândia como nas pequenas comunidades rurais. Em 2009, seu álbum de estreia, Keep Rising, foi lançado na Austrália, nas Ilhas do Pacífico e no Havaí. Em 2011, seu grande sucesso nas rádios os levou em turnê pela Austrália, Havaí e Estados Unidos, onde tocaram em 48 estados. SIGA Em maio de 2008 a House of Shem lançou seu álbum de estreia, Keep Rising, mostrando ao que veio. Com cada membro da família dividindo igualmente os créditos pelas composições, percebe-se nitidamente a abrangência musical e a diversidade de estilos. A House of Shem também teve quatro canções nas mundialmente famosas coletâneas Conscious Roots. Ver a House of Shem ao vivo é uma experiência inesquecível – uma rara mistura de poder e beleza. A incrível unidade da banda, suas harmonias celestiais, letras conscientes e mistura de estilos de reggae, do tradicional ao contemporâneo, vão encantar a todos. House of Shem Destaque Harmony 2014 ISAIAH, CARL & TE OMEKA PERKINS IRIEMAG.COM.BR MAXI PRIEST GBR Easy To Love São poucos os cantores que conseguem transcender além de seu gênero sem perder a essência de quem são. O superstar Maxi Priest é um desses artistas cuja visão privilegiada o levou a alcançar um estrondoso sucesso mundial. Ele foi o primeiro artista de reggae a encabeçar as paradas internacionais, inclusive a americana, da Billboard. Seu novo álbum que será lançado mundialmente no dia 24 de Junho é a mais perfeita representação do lovers’rock. A sofisticação que ele traz às faixas é a marca da verdadeira qualidade; a sua mistura gostosa de reggae, R&B e dancehall tem apelo universal. E também é uma maravilha para dançar e fazer amor – ingredientes importantes para um cantor que atraiu tamanho fã-clube feminino. SITE maxipriest.com A música de lançamento, “Easy To Love”, foi o IRIEMAG.COM.BR hit número 1 do verão passado nas paradas de reggae – a prova de que Maxi Priest tem o dom de permanecer atual – e conta com a participação da lendária dupla jamaicana de baixo e bateria, Sly & Robbie (conhecidos por “Riddim Twins”, os “Gêmeos do Ritmo”), que trabalharam com outros grandes artistas como Dennis Brown, Gregory Isaacs, Rolling Stones, UB40 e Bob Dylan. Sly & Robbie também tocaram em alguns dos maiores sucessos de Maxi: “Wild World”, “Some Guys Have All The Luck”, “Every Little Thing”, “Close To You” e “Housecall” (com Shabba Ranks). “Without A Woman” traz como convidado Beres Hammond e ecoa os temas e a intensidade de “It’s a Man’s World”, de James Brown. Maxi e Beres retomam a parceria iniciada com o sucesso “How Can We Ease The Pain”. O tempo aprofundou o entrosamento entre eles e essa faixa tem tanto sentimento que chega a doer. “Essa canção é um agradecimento a todas as mulheres e um presente dos artistas”, diz Maxi. “Às vezes nos esquecemos de dizer um simples ‘obrigado’ – pois sem vocês, não há nós”. “Esse álbum é sobre o tempo, e um momen- to”, diz Maxi Priest. Enquanto cantava “Angel Wings”, Maxi se visualizava na Jamaica, cercado de natureza. A delicadeza e profundidade dessa faixa demonstram como o reggae evoluiu nessa nova era. Outras faixas, como “Fire In The Skies” e “I Could Be The One”, são um desafio à categorização e a prova viva da versatilidade musical de Maxi Priest. SIGA Maxi Priest “Acima de tudo, venho de uma criação religiosa”, ele explica. “Da minha mãe, uma missionária, eu ouvia o lindo som do gospel, misturado com o reggae que meus irmãos mais velhos tocavam em casa. As minhas irmãs gostavam de Jackson Five, Beatles, Al Green, etc. Desde pequenininho minha família me encorajava. Eu ouvia todo tipo de vocalistas, Frank Sinatra, Elvis Presley, Sam Cooke, Dennis Brown… Sem perceber, fui desenvolvendo minha arte. Fui ensinado a nunca me limitar – e é por isso que você sempre vai achar estilos musicais diferentes nos meus discos, e um time variado de produtores para ressaltar diferentes aspectos da minha criatividade.” “Gravity,” escrita por John Mayer, é um exemplo do que acontece quando alguém do calibre de IRIEMAG.COM.BR Maxi Priest se apaixona por uma canção. Como Marvin Gaye ou John Holt, ele sabe tudo da arte do romance. Sua emissão e fraseado são impecáveis, assim como suas escolhas de material e colaboradores. SIGA “Hearts Across The World” é uma peça central do álbum, e manda uma mensagem para a aldeia global. É uma canção do nosso tempo – um pedido para que todas as raças amem umas às outras, vindo de um desejo genuíno de ajudar a levantar o astral da humanidade. “No one’s going to cry tonight / Everyone in the world, dry eyes…” (Em tradução livre: Essa noite ninguém chora/ o mundo todo sem lágrimas agora.) Maxi Priest Fãs novos e antigos vão se deliciar ao ouvir faixas como “Loving You Is Easy,” “Holiday,” e “Still In Love”, tributos irresistíveis ao amor duradouro. Maxi vem falando aos corações femininos desde o meio dos anos 80, quando dominou a parada britânica de reggae com sucessos como “Should I” e “Strollin’ On”. A versão de Maxi para “If I Gave My Heart To You”, de John McLean, nos lembra de quando sua estrela começava a brilhar. Hoje, com mais de 15 milhões de cópias vendidas no mundo IRIEMAG.COM.BR todo, ele é o mais bem sucedido artista solo na história do reggae britânico e conquistou o respeito de colegas artistas nos quatro cantos do planeta. Maxi Priest é o primeiro cantor nascido na Inglaterra a se graduar no sound system londrino Saxon Studio International, levando o som do lovers’rock a uma audiência global. Antes de juntar-se ao Saxon, Maxi era Rastafari e foi aprendiz do sound system do sul de Londres Negus Negast, e do lendário Jah Shaka. Maxi manteve-se fiel a esses princípios ao longo de sua carreira ao fazer música consciente de todo tipo. Embora “Easy to Love” seja essencialmente um álbum de canções de amor, ele fecha com uma música que foi gravada primeiramente por Ras Michael & the Sons of Negus nos anos 70. A versão de Maxi para “None A Jah Jah Children” é altamente original e uma benção para que sejamos transportados em segurança para uma cerimônia Rasta de grounation ou Nyahbinghi – um encontro dos que tem fé, onde somos assegurados de que não importa quais sejam as dificuldades, os filhos de Jah sempre triunfarão. SIGA Maxi Priest Destaque Easy To Love Lançamento 24 de Junho IRIEMAG.COM.BR KATCHAFIRE NZL KATCHAFIRE NZL Best So Far Vinda de H-Town (Hamilton), Aoteoroa (Nova Zelândia), a banda Katchafire tornou-se um fenômeno global do reggae roots. Formada por Maoris, seu som puro e clássico agrada fãs de música do mundo todo, e seu show ao vivo é um dos mais autênticos do reggae na atualidade. Depois de quatro bem sucedidos álbuns de estúdio, diversos prêmios, discos de platina e canções no topo das paradas, a fogo continua aceso! Seu som é baseado nos clássicos fundamentais do reggae roots, com um toque de R’n’B e funk, misturando o dancehall moderno e o lado pop do reggae. A Katchafire tem uma vibe universal, capturando algo muito especial com diversidade instrumental e clareza sonora. Tudo começou em família, quando o guitarrista Grenville Bell, pai do vocalista Logan Bell e do baterista/cantor/compositor Jordan Bell, se mudou para um apartamento na cidade com seus filhos, na época adolescentes, onde eles podiam fazer música a noite toda. Foi então que tudo aconteceu. Incontáveis jam sessions e shows com lotação esgotada depois, eles agora são um coletivo de 8 talentosos compositores e músicos altamente requisitados na cena roots da Califórnia e do Pacífico. E o fogo continua a queimar, como demonstram convites para eventos aclamados como Glastonbury, além de festivais na Europa, Portugal e no Brasil. Todos querem compartilhar dessa incrível vibração positiva dos shows ao vivo da Katchafire. SITE katchafire.co.nz IRIEMAG.COM.BR Seu sucesso de público e crítica os levou a dividir o palco com inúmeros artistas, de Damian Marley, Steel Pulse, UB40 e The Wailers a Michael Franti e Spearhead e muitos outros. Eles ganharam o respeito de gente como Don Letts (aclamado documentarista e DJ da turnê do The Clash), do jornalista musical David Katz, e já estiveram nas ondas do rádio tocando em programas como os de Steve Barker (BBC), Charlie Gillet (BBC) e David Rodigan (Kiss FM), para citar apenas alguns de uma longa lista. SIGA Katchafire Seu último lançamento, ‘Best So Far’, traz os clássicos do Katchafire em uma incrível coletânea para fãs de música do mundo todo, enquanto a banda prepara em estúdio seu aguardado 5o álbum de inéditas. O momento não poderia ser melhor, não há como apagar O FOGO. KATCHAFIRE! IRIEMAG.COM.BR Press “Com seu amadurecimento, a apresentação ao vivo da banda tornou-se uma das mais celebradas e originais da cena reggae do mundo todo.” The Brag SIGA Katchafire “A reação do público indicava que quase todas as músicas eram favoritas do público.” FASTERLOUDER “A Katchafire só apresenta coisa boa. Com os anos, sua habilidade nas composições se tornou impecável, e o tempo os permitiu trabalhar as canções antigas à perfeição.” Destaque ArtsHub Best So Far 2013 IRIEMAG.COM.BR ALIKA ARG Mi Palabra, Mi Alma Com base nos primeiros dias de hip hop dela, Alika se tornou uma das líderes no mundo com seu reggae dancehall em espanhol. Após fazer parte de Actitud Maria Marta – uma das primeiras bandas de hip hop da Argentina – em 1994, eventualmente Alika se separou da banda para focar na sua carreira solo, e em 1999 decidiu começar seu próprio projeto baseado na cultura Rastafári. Deste momento em diante, Alika ganhou reconhecimento com uma voz ferozmente consciente que emana da América Latina, escrevendo diretas músicas de respeito, dignidade e auto-confiança, além de relatar problemas comuns em muitos dos “barrios” de terceiro mundo da América Latina. O seu carisma e presença no palco tem lhe permitido levar seu show a festivais, teatros, clubes, escolas, hospitais e até prisões em diferentes cidades pelo mundo – incluindo SITE alika.com.ar IRIEMAG.COM.BR EUA, México, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Brasil, Chile, Bolívia, Argentina, Uruguai, Espanha e Andorra – marcando uma carreira verdadeiramente maravilhosa para alguém que até hoje se mantém uma artista independente. Alika tem 7 álbuns até agora e o crédito de ter criado um dos maiores hinos do reggae no mundo dos reggaes latinos. Múelodias como ‘Ejercito Despierta’ no mundo da música Riddim (com milhares de acessos no YouTube) tem colaborado para estabelecer Alika como um estrela internacional do Reggae e tem ajudado a colocar o reggae latino no mapa mundial. Uma outra evidência disso é o 5º álbum de Alika, que foi esforço colaborativo o produtor de dub renomado mundialmente Mad Professor. O álbum, antitulado Alika Meets Mad Professor, foi inteiramente produzido pelo gênio de dublar a si mesmo e está disponível no iTunes. SIGA Alika Destaque Em Setembro de 2007, Alika lançou sua própria linha de roupas – Alika 3D – que tem recebido grandes elogios. A linha está disponível na Argentina através da bem sucedida varejista Isabel la Catolica, com lojas espalhadas por todo o país. Em Agosto de 2009, Alika também apresentou sua própria linha de óculos de sol, desenvolvidos pela fabricante aclamada mundialmente VULK, atualmente disponível na Argentina. Mi Palabra, Mi Alma 2014 IRIEMAG.COM.BR BRA RAFAEL PEPPE RAFAEL PEPPE Algo Novo SIGA Rafael Peppe Nascido em 1975, Rafael Peppe cresceu na periferia da cidade de São Paulo, zona norte. Criado em uma família muito unida, que sempre abraçou estilos de black music como Samba, Bossa Nova, Soul Music, R & B, Jazz, Reggae e MPB, enquanto resistia a todas as formas de preconceito e discriminação racial no Brasil. Através da música, Rafael poderia resgatar suas raízes e cultura africanas. Rafael foi influenciado por pelo músico Rastaman, tio Cláudio Peppe, que o apresentou à música reggae, quando ele tinha apenas 6 anos de idade. Rafael dá graças e louvor a quem o influenciou positivamente; Luciano (Jah Messenger), Bushman, Prince Malachi, Peter Tosh, Claudio Peppe, a família Marley, Junior Dread, Kuky Lughon, Solano Jacob, Dada Yute, Christafari, e o mais importante, dando todo o louvor a Deus. IRIEMAG.COM.BR A Entrevista IRIE. Por que você abraçar a música reggae para expressar-se? Porque eu acho que já foi escrito antes de eu nascer. Então eu fui chamado por Deus, esta é a minha missão na terra, trazer a presença de Deus e de Sua profecia através do Reggae Music. SIGA Rafael Peppe IRIE. Como é que o Movimento Rastafari guiado você em sua vida? Eu conheci o movimento Rastafari através de meu tio Claudio Peppe no inicio dos anos 80. A pratica de ler a palavra de Deus e seguir os seus decretos e os preceitos de amor, paz, igualdade e respeito a todos o temor a Deus e os Louvores a Deus me atrairam. Eu nasci em um berço evangélico e todas estas coisas foram anunciadas pelo Messias Yeshua, o Filho do Deus vivo. Só a Ele eu me prostro e ofereço toda honra, glória louvores e adoração e majestade to Yeshua Hamashia. IRIE. Como o reggae se tornou parte da cultura brasileira ? Com certeza através da musica do Jimmy Cliff- Reggae Night mais tarde pelo Bob Marley, Peter Tosh, Bunny Wailer e outros artistas. Em 1988 a Banda Terceiro Mundo lançou um cd chamado Marley Vive, 1989 Banda Nomad doi fundada, Gilberto Gil vendeu mais de 500 mil còpias do compacto de “Não chores mais”, a versão de “No woman no Cry”, de Bob Marley. Na região norte do Brasil que o reggae entrou com mais força. No estado do Maranhão principalmente na capital São Luis.Hoje em dia, o reggae tem o um público cativo no Brasil inteiro. IRIE. Quem são alguns dos seus maiores influências na sua música? Luciano (Jah Messenger), Bushman, Prince Malachi, Peter Tosh, Claudio Peppe, the Marley Family, IRIEMAG.COM.BR Junior Dread, Kuky Lughon, Solano Jacob, Dada Yute, Christafari,Black Uhuru, Buju Banton,Third World, Asward, Roots Radics, Earth Wind and Fire, James Brown, Roberta Flack and others. SIGA IRIE. Quem são alguns dos artistas de reggae que você está ouvindo? Rafael Peppe Eu atualmente estou ouvindo Chronixx, Protoje, Ziggi Recado, Jah9, Kabaka Pyramid, Jesse Royal, Luciano, Prince Malachi, Damian Marley, Stephen Marley, Dada Yute e Etana. IRIE. O que você acha sobre a fusão de skate com música reggae? Eu acho maravilhoso porque Skate é esporte urbano não tem classe social não há barreiras ou fronteiras skate é um esporte que une as pessoas pode ajudar jovens da periferia sair das ruas e da vida do crime é um esporte universal faz bem para o corpo para a alma assim como o Reggae Roots Music, bom para o corpo para a alma...pratique algum esporte de preferência skateboard. IRIEMAG.COM.BR IRIE. Qual é a cena do skate no Brasil como agora? O Skate cresce a cada mais no brasil é um esporte que passa de pai para filho e mesmo as pessoas da década dos anos 80 continuam andando de skate por diversão.. eu mesmo pratico skate desde os anos 80. O mercado esta aquecido muitas marcas novas novos skatistas em todas categorias precisamos de mais incentivo da midia da televisão, mais patrocinadores, mais campeonatos. Skate board esta na veia para sempre nunca morrera. SIGA Rafael Peppe IRIE. Você está pronto para a Copa do Mundo? Eu amo meu país desejo que as coisas fluam bem principalmente a segurança das pessoas das famílias e crianças. Mas não posso negar que há um clima tenso de descontentamento com o governo corrupto que usou bilhões de dólares em estádios de futebol e infra-estrutura, mas as pessoas não têm educação hospitais é precário e os impostos são os mais caros do mundo. Então, eu espero e oro para que as coisas ocorram bem. E claro o Brasil de novo Campeão do Mundo. Destaque IRIE. Há algo que você gostaria de adicionar ou compartilhar? Pois Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para salvar o mundo por meio dele. Quem acredita no Filho de Deus não é condenado. Quem não acredita no Filho de Deus já foi julgado e condenado, porque não acredita no Filho único de Deus. Todos são julgados por este fato: A luz já veio ao mundo, mas os homens não amaram a luz. Amaram a escuridão porque faziam o mal. Toda a pessoa que faz o mal odeia a luz. Ela não virá para a luz porque a luz mostrará todo o mal que essa pessoa tem feito. Mas quem pratica a verdade vem para a luz. Então a luz mostrará que as coisas que ele fez foram feitas por intermédio de Deus. John 3:16,17,18 Love one another...Bless up Algo Novo 2013 IRIEMAG.COM.BR CIDADE VERDE BRA CIDADE VERDE Missão de Paz Formado em 2005, os maringaenses do Cidade Verde Sounds, vem fazendo muito barulho por onde passa. Adonai é quem canta e compõem as canções, Dub Mastor é o mago por trás dos arranjos, bases e mixagem ao vivo, trazendo uma experiência única a quem nunca ouviu o som. SIGA Cidade Verde Com uma legião de fãs por todo o país eles já colecionam apresentações no sul ao norte do Brasil, destaque para os shows de abertura na turnê da diva do reggae Dezarie em setembro de 2013, e abertura dos shows de Alpha Blondy e The Wailers, respectivamente nos maiores palcos do Rio de Janeiro, Circo Voador e Fundição Progresso. E não é só no Brasil que o nome da dupla cresce, por duas vezes se apresentaram na Costa Rica onde a música “Real Ganjaman” é executada nas rádios diariamente. O primeiro cd da dupla saiu em 2011, chamado “Reggae Presidente”, contou com participações especiais de Eek a Mouse, Ranking Joe e Sizzla Kalonji, a música e vídeo clipe “Faroeste” hoje é a mais visualizada no youtube e já conta com mais de 410 mil views. Em setembro de 2013 o segundo cd, “MISSÃO DE PAZ” é lançado. O single que leva o mesmo nome do cd, em menos de três dias chega a 25 mil visualizações. A inovação do cd se deu conta pelas parcerias de peso, com Dean Fraser nos metais, Fitzroy Green(Baterista de Alborosie) e músicos Jamaicanos que deram uma nova cara ao Cidade Verde. SITE cidadeverdesounds.com Destaque para as canções “No Coca”, “Até o Fim”, “Plantando Ganja” que contam com esses músicos IRIEMAG.COM.BR de bagagem internacional e “Fazendeiro de Apartamento” e “Ta Difícil esquecer” que já haviam sido lançadas como Single anteriormente. Além dos Jamaicanos, o cd conta ainda com a participação do grupo Oriente na canção “Eu meto o pé” e de Junior Dread na canção “Mais esperança”. Nas redes sociais o crescimento é constante, a página do facebook já conta com mais de 190 mil seguidores e segue em ritmo acelerado de admiradores. Em março de 2014 o grupo vai à Jamaica pela primeira vez, os estúdios Tuff Gong e Harry J receberam a dupla para gravar o novo cd que será lançado ainda este ano. A viagem rendeu além do novo cd, 2 vídeo clipes e um documentário com previsão de ser exibido em Maio. SIGA Cidade Verde Destaque Missão de Paz 2014 IRIEMAG.COM.BR REWIND. One Drop Festival Gustavo Paes Katchafire One Drop Festival | São Paulo, Brasil Katchafire One Drop Festival | São Paulo, Brasil Katchafire One Drop Festival | São Paulo, Brasil Alpha Blondy One Drop Festival | São Paulo, Brasil Fernando Costa e Alpha Blondy One Drop Festival | São Paulo, Brasil Alpha Blondy One Drop Festival | São Paulo, Brasil Alborosie One Drop Festival | São Paulo, Brasil Alborosie One Drop Festival | São Paulo, Brasil Alborosie One Drop Festival | São Paulo, Brasil Alborosie One Drop Festival | São Paulo, Brasil RIDDIMS Zion Train Bem-vindo à seção Riddims. Irie fez uma parceria com o produtor Neil Perch (Zion Train) para lhe trazer a nossa visão sobre o dubplate. Veja como funciona: SIGA Zion Train Nós fornecemos uma faixa exclusiva que você poderá baixar e usar para criar sua própria versão do dubplate. Uma vez feito isso, você poderá fazer upload de sua versão em nosso site para ser apresentado na sessão Irie Trax. Para fazer o download deste mês o Irie Riddim, “Blind”, clique no link de download abaixo. http://www.iriemag.com/riddims/ blind.zip (212.7 MB) SITE wobblyweb.com/zt/ IRIEMAG.COM.BR ZION TRAIN O grupo Zion Train comemora 25 anos de existência em 2014, tendo se apresentado praticamente em todas as partes do mundo. Fundado no início dos anos 90 por Neil Perch, o grupo foi pioneiro nas performances de dub mixado ao vivo no palco, aliado a instrumentos acústicos e acompanhado de grandes vocalistas. A formação ao vivo sempre foi muito flexível, podendo incluir uma variedade de vocalistas renomados para as apresentações, incluindo Brother Culture, Kenny Knots, Earl 16 e Tippa Irie. Zion Train já se apresentou nos principais festivais de reggae do mundo, entre eles: Woodstock (Polônia), Madasound (Martinica), Fusion Festival (Alemanha), Sierra Nevada World Music Festival (Estados Unidos), Rototom Sunsplash (Itália / Espanha), Outlook (Croácia), Boomtown (Inglaterra), Glastonbury Festival (Inglaterra), Seasplash Festival (Croácia), Bababoom Festival (Italia), Wickerman Festival (Inglaterra), Reggae Geel (Bélgica), Universo Parallelo (Brasil), Reggae Sun Ska (Franca), Ostrada Reggae Festival (Polônia), Asigiri Jam (Japão), Sziget (Hungria), Exit (Sérvia), Bielawa (Polônia), Solipse (Zambia) e Rainbow Serpent (Austrália). SIGA Zion Train O grupo se prepara para lançar, ainda esse ano, um novo álbum com os vocalistas Dubdadda, Fitta Warri e Jazzmin Tutum. Destaque State of Mind 2011 IRIEMAG.COM.BR IRIE gostaria de agradecer as seguintes pessoas que ajudaram a fazer com que esta edição seja um sucesso. Sem os seus esforços, esta revista não seria possível. Danny Creatah, Giovanna Guimarães, Fernando Costa, Maira Durães e Sound System Brazil! Muito Respeito! IRIEMAG.COM.BR