Souls of Fire

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música
Souls of Fire
Ao som do reggae
Souls of Fire é uma banda que surgiu no Porto em 2001. Um grupo
de amigos, que se conheceram na praia, juntou-se para criar novos
sons ao ritmo do reggae. Comunicar é o nome do primeiro álbum e
também, afirmam, o objectivo principal dos seus temas..
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Texto: Marta Almeida Carvalho
Fotos: Souls Of Fire
O Ano Europeu da Cultura no Porto marcou o
nascimento da banda portuense Souls of Fire.
Oito amigos de um grupo de praia resolveram
juntar-se para fazer “boa música reggae”. Agora
são sete e a formação, que já sofreu algumas
alterações, é actualmente composta por Diogo
Oliveira, voz principal, Gustavo Carvalho,
teclados, Rudolfo Neves, percussão e voz,
Sérgio Pires, baixo, Márcio Silva, bateria e voz,
Romano Rafael, percussão e Brother Pine,
guitarra.
O nome surgiu como homenagem a um amigo,
comum a todos os elementos, que tinha morrido
pouco tempo antes. “Ele gostava muito de uma
música intitulada «Soul Fire» e resolvemos dar
este nome à banda, em jeito de homenagem.
Mas o nome foi rapidamente transformado em
Souls of Fire”, explicam. Em 2006 a banda
lança aquele que é o seu primeiro álbum Comunicar – e cujo single «História» fez
sucesso imediato nas rádios portuguesas. Uma
grande diversidade de concertos tem preenchido
a agenda do grupo, desde os festivais de Verão
e eventos académicos a actuações em grandes
palcos como o Cinema Batalha (Porto) e o
Coliseu dos Recreios (Lisboa). Os temas de
Comunicar são cantados em português e em
inglês, embora quando se fale em reggae se
pense imediatamente na língua inglesa.
“Acreditamos que a mensagem é passada mais
eficazmente se for cantada na nossa língua. Isso
do português não ser adaptável a determinado
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música
Souls of Fire
um espírito «cool», uma energia muito positiva.
Se a esse facto associarmos uma letra que
passe bem a mensagem o resultado é
excelente”, explicam. Essa mensagem
consciente pode abranger diversos temas e
preocupações especiais da sociedade.
As influências da banda passam pelo reggae
jamaicano e africano e por nomes como o lendário
Bob Marley, Waillers, Burning Spear, Black Uhuru.
A banda começou basicamente com autodidatas
mas os elementos possuem já formação musical,
que consideram fundamental. “Para fazermos
determinadas coisas é necessário ter know-how. A
teoria é como um complemento da prática”,
defendem.
Vivem a cidade do Porto, cujo espírito reconhecem
em toda a área metropolitana. “Falamos do Grande
Porto como um todo, até porque o espírito da
cidade está bem enraizado nas zonas envolventes”.
As francesinhas ganharam por largos votos às
estilo musical é um mito. É preciso é que as
bandas arrisquem mais e não caiam naquilo que
é mais comum. Até porque escrever bem em
inglês também é difícil”, asseguram. O
importante é que as ideias que querem
transmitir passem bem para o público, que
dizem heterogéneo. “Há muita gente mais velha
ligada ao reggae, até porque este foi um
movimento cuja expressão se desenvolveu na
altura em que eram mais jovens e com o qual se
identificam”, dizem. No entanto, nos concertos
há um predomínio de malta mais jovem.
“Também depende muito do local onde
estivermos a tocar. Num concerto à noite ou
numa semana académica é claro que há mais
jovens”, referem.
O reggae e a cidade
Ao vivo tentam ser enérgicos e descontraídos,
passar a mensagem. “A música reggae transmite
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tripas à moda do Porto. A Baixa, a Foz e toda a
zona ribeirinha são os locais de destaque embora
apreciem a cidade no seu todo. “O Porto é uma
cidade musical”, referem, garantindo que as
músicas da banda sofrem a sua influência. “Todas
as nossas vivências são aqui e por isso somos
obviamente influenciados pelo ambiente portuense”.
www.soulsoffire.net Q
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