GINECOMASTIA: UM PROBLEMA CADA VEZ MAIS ATUAL Alfredo

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GINECOMASTIA:
UM
PROBLEMA
CADA
VEZ
MAIS
ATUAL
Alfredo Carlos S.D. Barros,Cristiane B. A. Nimir
Ginecomastia é o aumento do volume mamário em homens devido à proliferação
excessiva do tecido fibroglandular e adiposo. Na sua etiologia participam
principalmente
fatores
hormonais,
com
desiquilíbrio
da
relação
estrogênios/androgênios. OBJETIVO: O objetivo é estudar aspectos epidemiológicos e
clínicos da ginecomastia nos dias atuais. MÉTODO: Foi realizada uma avaliação da
freqüência relativa entre 794 amostras de ginecomastia e o total de peças cirúrgicas
examinadas no laboratório Diagnóstika, entre os anos de 2003 a 2008. Nos anos 2003 e
2004 ocorreram 144 peças de ginecomastia sobre um total de 23.506 espécimes; em
2005 e 2006 foram 255 para 36.465; em 2007 e 2008 houve 317 para 42.407. contatouse aumento da freqüência relativa do biênio 2005-2006 em relação 2003-2004 de 8%. E
de 2007-2008 para 2005-2006 de 5%. A faixa etária acometida foi variável: 11-20
anos: 21,7%; 21-30: 36,2%; 31-40: 23,2%; 41-50: 8,3%; 51-60: 2,6%; 61-70: 3,0%;
71-80: 1,1%; 81-90: 2,6%; acima dos 90 anos: 3,6%. Achado incidental de câncer foi
verificado em 39 dos 794 casos. Correspondendo a 4,9%. CONCLUSÕES:A
freqüência relativa de ginecomastia está aumentando. Atualmente todas as faixas
etárias podem ser acometidas, predominando a idade adulta nas formas de
ginecomastia tratada cirurgicamente. A incidência de carcinoma incidental nas peças
de ginecomastia não é desprezível
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE GESTANTES COM TROMBOSE VENOSA
Amanda Rocha Firmino Pereira,Gabriela Nicoletti Dal´Ara; Karise Oliveira
Marques; Fernanda Rodrigues da Cunha; Maira de Lucca Guimarães; Cristina
Kallás Hueb.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE GESTANTES COM TROMBOSE VENOSA
PEREIRA ARF; DAL’ARA GN; MARQUES KO; HUEB CK Objetivos: avaliar a
incidência e as características epidemiológicas das gestantes com antecedente de TVP.
Métodos: estudo retrospectivo de um ano. Resultados: Identificamos 10 casos de TVP
correspondendo a 0,6% de todas as pacientes. A maioria das mulheres eram brancas
(80%) e multíparas (80%) e a idade média foi de 29 anos. Entre os antecedentes
4(40%) pacientes eram tabagistas , 4(40%)usavam CHO, 4(40%) tinham história
familiar de trombofilias e 5(50%) tinham perdas fetais. Em 6(60%) pacientes a
trombose ocorreu antes da gestação, em 1 (10%) durante a gestação e nas demais
3(30%) ocorreu no puerpério. Quanto a localização da trombose esta foi mais freqüente
no membro inferior esquerdo (6-60%), seguida do membro inferior direito (2-20%),
membro superior esquerdo (1-10%) e seio-sagital (1-10%). Todas as pacientes
receberam heparina e AAS na gestação, 1 delas evoluiu para aborto e 9 tiveram parto a
termo sem complicações. Conclusão: A trombose venosa ocorreu numa incidência
superior a relatada na literatura. Os fatores de risco foram facilmente identificáveis e
houve uma predileção pelo MIE. A anticoagulação profilática garantiu bons resultados
perinatais.
LEIOMIOSSARCOMA COM ALTO ÍNDICE MITÓTICO - RELATO DE
CASO
ANTONIO SERGIO GOMES VELUDO - VELUDO, A.S.G. ; ACADÊMICO DE MEDICINA DO
SEXTO ANO E ESTAGIÁRIO DO HOSPITAL PÉROLA BYINGTON, ABRANGENDO O
DEPARTAMENTO
DE
ONCO-CLÍNICO
E
CIRÚRGICO
DOS
TUMORES
GINECOLÓGICOS,PATRICIA RODRIGUES ALVES DE FIGUEIREDO - FIGUEIREDO,
P.R.A. ; ROBERTO EUZÉBIO DOS SANTOS - SANTOS, R.E. ; JOSE CARLOS
PASCALICCHIO - PASCALICCHIO, J.C. ;LUIZ HENRIQUE GEBRIM - GEBRIM, L.H.
O leiomiossarcoma origina-se de células musculares lisas do endométrio e raro, dos
leiomiomas.Os critérios prognósticos são o índice mitótico, o pleomorfismo celular e o
aspecto histológico.O tratamento é de acordo com o estádio. METODOLOGIA M.T,
sexo feminino, 38 anos, com hipermenorragia há 2 anos, procurou o serviço relatando
piora desse quadro há 3 meses.Há 2 meses, referiu dor em ombro e perna esquerda e
aparecimento de nodulação em mama direita com perda de peso nesse período. É
portadora de diabetes e tabagista. Ao exame: na cavidade oral uma lesão ulcerada em
rebordo ósseo de maxila esquerda; na mama direita presença de um nódulo, de
aproximadamente 3 cm, móvel, de consistência endurecida; abdome doloroso à
palpação profunda, com tumor pélvico de aproximadamente 14cm, bem delimitado,
endurecido, localizado acima da sínfise púbica.Ao toque vaginal: nódulo de
aproximadamente 2cm de diâmetro no intróito vaginal direito, e nodulação de cerca de
1cm de diâmetro em parede vaginal lateral esquerda em terço médio; colo uterino com
2cm de diâmetro, endurecido, irregular, nodular, epitelizado, com corpo uterino de
16cm. Ao toque retal: parede anterior com nodulações de aproximadamente 2 cm,
consistência pétrea. CONCLUSÃO A importância deste relato consiste na necessidade
do conhecimento e do reconhecimento precoce desta complicação.
TUMOR OVARIANO DE CÉLULAS DE LEYDIG: RELATO DE CASO
Carla Petraccho Betarelli,Dr. Rogério Bonassi Machado, Tatiana Veri de Arruda
Mattos
O tumor de células de Leydig é uma rara neoplasia de células esteróides do ovário.
Mais de 75% das pacientes desenvolvem sinais de virilização decorrentes da
hiperprodução hormonal de testosterona. Relatamos o caso de uma paciente de 53 anos,
menopausada há 8 anos, apresentando hirsutismo progressivo há 2 anos, intensa
oleosidade da pele acompanhado de alopécia frontal e aumento da tonalidade da voz.
Ao exame físico apresentava-se com hirsutismo significativo, além de calvície
temporal e clitoromegalia. A dosagem de testosterona total apresentou valor bastante
aumentado (800 ng/ml) e níveis normais de androgênios adrenais. Entre os exames de
imagem, não observou-se alterações ovarianas na ultra-sonografia transvaginal e
avaliação tomográfica adrenal. Em ressonância magnética de pelve observou-se ovário
esquerdo contendo folículos no interior. Diante do quadro clínico a paciente foi
submetida a pan histerectomia. Observou-se pequena tumoração intraovariana, cujo
diagnóstico histopatológio e imunoistoquímico caracterizaram tumor ovariano de
células de Leydig. Após dois meses da cirurgia observou-se melhora do quadro
cutâneo, com normalização do nível de testosterona total. Os autores fazem revisão da
literatura e tecem considerações a respeito dessa rara neoplasia ovariana, e baseados na
apresentação do caso sugerem que a terapêutica cirúrgica nesses casos deve ser
empregada.
USO DO CORTICÓIDE NA PREMATURIDADE COM PRÉ-ECLÂMPSIA
GRAVE
Cristina Kallás Hueb,Gabriela Nicoletti Dall´Ara, Karise Oliveira Marques, Ana
Paula Heinzl, Ana Beatriz de Abreu Severino
É estabelecido uso de corticóides na prematuridade para acelerar a maturidade
pulmonar fetal. Entretanto, a eficácia desta terapia em casos graves de pré-eclâmpsia é
pouco esclarecida. Objetivos: Determinar a interferência da corticoterapia antinatal.
Metodologia: Foram estudados os casos de partos prematuros eletivos por préeclâmpsia grave, com feto único e vivo, IG entre 28 e 34 semanas, ocorridos entre
Janeiro e Dezembro de 2008. Resultados: Encontramos 26 casos, 17(65,4%)
receberam corticoterapia (Grupo I) e 9(34,6%) não receberam (Grupo II). Os grupos
foram semelhantes quanto à distribuição da IG (média de 32 semanas) e quanto ao
peso do RN (média 1495g). Não houve diferença entre os grupos quanto ao apgar de
1º minuto (p=0,6817) e ao apgar de 5º minuto (p=0,8647). Não houve diferença
quanto à necessidade de internação em UTI (0.692), sendo que 9 RN foram
encaminhados ao berçário e 17 à UTI neonatal. Os grupos também não diferiram
quanto ao tempo de internação em UTI (p=0,4987), com média de 16 dias. Houve 6
óbitos neonatais, 3 no grupo I(17.65%) e 3 no grupo II(33.33%), sem significância
estatística.Conclusão: Não encontramos melhores resultados neonatais no grupo de
pré-eclâmpsia grave que recebeu corticóide para aceleração da maturidade pulmonar
fetal.
INDUÇÃO DO PARTO NA PRESENÇA DE MECÔNIO
Cristina Kallás Hueb,Gabriela Nicoletti Dal´Ara
INDUÇÃO DO PARTO NA PRESENÇA DE MECÔNIO HUEB CK; DAL’ARA
GN; MARQUES KO Objetivos: Avaliar as repercussões perinatais da indução do
parto na presença de mecônio. Métodos: Estudo retrospectivo de 64 casos de líquido
meconial identificados antes da indução do parto. Divididos dois grupos: GI- parto
induzido com misoprostol e GII- parto espontâneo. Resultados: GI 14(21,9%)
pacientes e GII 50(78,1%) pacientes. A idade gestacional média de 40,7 e 39,4
respectivamente no GI e GII (p=0,01). No GI, houve 7(50%) partos normais e 7(50%)
partos cesárea e no GII 20(40%) partos normais e 30(60%) partos cesárea (p=0,50).
Não houve diferença em relação ao peso médio de nascimento entre os grupos
(p=0,59). O Apgar do 1º minuto foi inferior a 7 em 4(28,6%) casos e em 10(20%)
casos no GI e GII, respectivamente (p=0,65). O Apgar do 5º minuto foi superior a 7
em todos os casos do GI e em 40(80%) no GII. Três RN do GII necessitaram de UTI
neonatal. Quatro (28,6%) RN do GI e 13(26%) do GII foram encaminhados ao
berçário (p=0,77). O tempo médio de internação hospitalar dos RN foi de 2 dias
(p=0,63). Houve 1 óbito neonatal no GII. Conclusão: A indução do parto na presença
de mecônio não interferiu na via de parto ou no resultado neonatal.
ADESIVIDADE AO PRÉ-NATAL: EXEMPLO PÚBLICO X EXEMPLO
PARTICULAR
Daia,M.A.,Gubeissi,A.S.;Daia,L.A.;Silva,F.A.;Daia,E.A.
O Pré Natal é caracterizado como assistência multidisciplinar relacionando entidades
médicas, psicológicas,nutricionais dedicadas à proteção materna fetal período
gestacional.São preconizadas no mínimo 6 consultas com intuito avaliar saúde
materna fetal e orientar gestante objetivando queda do número intercorrências nesse
período.No Brasil uma importante campanha de conscientização para realização
PréNatal,regiões Sul e Sudeste mantêm maiores percentuais adesão ao
acompanhamento.Este trabalho compara duas maternidades,publico alvo diferentes,na
cidade de SãoPaulo objetivando adesão gestantes PréNatal.A primeira
maternidade,particular,recebe gestantes particulares e conveniadas planos de saúde e
uma segunda maternidade,municipal,que presta serviços a gestantes funcionárias
publica e conveniadas SUS.O trabalho analisou 80 gestantes cada maternidade e
concluiu que estão dentro média assistência PréNatal realizada Brasil,mas ocorrera
importante diferença entre maternidades pesquisadas,apresentando adesão 91% contra
66% PréNatal favor maternidade particular.Demonstrando situação sócia econômica
cultural diretamente relacionada adesão PréNatal e devem manter campanhas e
eventos promocionais,principalmente em regiões carentes,para aumentar participação
gestantes avaliações periódicas
CÂNCER GÁSTRICO E GESTAÇÃO
Faria ALA,Faria ALA; Rodrigues LP; Lemos NLBML; Martins Liu PT; Aoki T;
Santos RE; Piza SR
Estima-se que apenas 0,1% dos cânceres gástricos(CG) ocorram em gestantes. O
diagnóstico do CG é difícil pois os sintomas são confundidos com os fisiológicos da
gravidez. Os tumores gástricos em pacientes jovens e gestantes são geralmente
adenocarcinomas, pouco diferenciados, do tipo difuso, com metástases freqüentes para
o peritôneo e linfonodos. O prognóstico é geralmente ruim pois o diagnóstico ocorre
em estádios avançados. O tratamento deve considerar a idade gestacional, o risco
materno e fetal. Relatamos um caso de câncer gástrico, em gestante de 25 anos, com
18 semanas de gestação, com diagnóstico tardio e desfecho desfavorável. Palavras
Chave: câncer gástrico, gestação, feto.
RELATO DE CASO: CÂNCER DE ENDOMÉTRIO COM EXTENSA
METÁSTASE PULMONAR.
Figueiredo, P.R.A.,Assumpção Neto, E.; d´Avila, F.S.; Ferraz, A.C.N.; Valiante,
I.C.M.; Veludo, A.S.G.; Lojelo, R
Introdução: O câncer de endométrio tem pico de incidência entre 55 e 65 anos de
idade, sendo o subtipo endometrióide o mais prevalente. Mulheres pós menopausa
com sangramento vaginal devem ser investigadas. O estadiamento e o tratamento são
cirúrgicos e os principais sitios de metástase são pulmão, fígado, ossos e
cérebro.Objetivo: Relatar um caso de câncer de endométrio e discutir sua
evolução.Método: MCCA, 51 anos, menopausa há 6 anos, é admitida com queixa de
sangramento vaginal e forte odor há um dia. Refere 4 episódios de sangramento
vaginal de moderada quantidade acompanhado de forte dor abdominal há 6 meses. Ao
exame físico: útero endurecido e aumentado de volume, colo sem lesões. Útero
aumentado e ecoendometrial de 14mm na ultrassonografia transvaginal. Lesão
sugestiva de câncer de endométrio na histeroscopia. Resultados: O resultado anátomo
patológico da biópsia foi carcinoma endometrióide grau 3 nuclear. Conclusão: Foram
observadas diversas imagens radiodensas difusas no raio-x de tórax. A Tomografia
computadorizada de tórax evidenciou claramente a presença de múltiplas metástases
pulmonares. A conduta foi alterada e a paciente foi encaminhada para tratamento
quimioterápico
exclusivo.
DIAGNÓSTICO E HOSPITALIZAÇÃO DE GESTANTES DE ALTO RISCO:
REPERCUSSÕES EMOCIONAIS
Fregonesi A.A, Rodrigues, L.P.
Introdução: Na gravidez de alto risco mudanças corporais e emocionais ocorrem
acompanhadas por ansiedades, medos e fantasias. Objetivos: Identificar as reações
emocionais frente ao diagnóstico e hospitalização de gestantes de alto risco. Método:
Avaliação psicológica de 86 gestantes internadas em enfermaria de gestação de alto
risco, utilizando a ficha de entrevista semiestrurada. Resultados: Quanto ao
diagnóstico verificou-se que 34% das pacientes referiram sentimento de ansiedade,
surpresa, susto e medo; 27% relataram sentimentos de abandono e desamparo frente
ao adoecer; 24% esperavam pelo diagnóstico devido às gestações anteriores, porém
com sentimentos negativos e 15% não conseguiram expressar quais os sentimentos
desencadeados. Quanto à internação verificou-se que 64% referiram sentimentos
negativos (angústia, ansiedade, medo e tristeza) e 36% descreveram a hospitalização
com sentimentos positivos (amparo, proteção e cuidado). Conclusão: Observamos que
o diagnóstico de gravidez de alto risco pode desencadear uma desorganização do
pensamento e sentimentos nas gestantes, intensificando mecanismos de defesa como
negação, racionalização e regressão. Quanto à internação observamos que mais da
metade da amostra apresenta sentimentos negativos, projetados muitas vezes, na
instituição e na equipe, como algo ameaçador para a continuidade da gestação.
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA MEDIDA DA PREGA NUCAL PELO
MÉTODO BIDIMENSIONAL E PELO MÉTODO 3DXI - ESTUDO
PRELIMINAR
Freitas, L S V,Barros, F S B; Negrini, R; Piato, S; Aoki, T; Bussamra, L C S
O presente estudo tem como objetivo comparar a medida da prega nucal em fetos de
16 a 20 semanas, pelo método bidimensional e tridimensional. Como estudo
preliminar foram avaliadas 40 gestantes sem comorbidades.
IMPACTO PERINATAL DA IDADE MATERNA IGUAL OU SUPERIOR A 40
ANOS
Gabriela Nicoletti Dall´Ara,Gabriela Nicoletti Dall´Ara, Karise Oliveira
Marques, Ana Paula Heinzl, Ana Beatriz de Abreu Severino
Introdução: A gestação em idade avançada tem sido preocupação da obstetrícia, pois
cresce o número de mulheres em todo o mundo que retardam a 1ª gravidez. Objetivos:
Analisar a freqüência e as repercussões perinatais da idade materna = a 40 anos.
Metodologia: Estudo retrospectivo dos prontuários de todas as pacientes com 40 anos
ou mais que tiveram partos assistidos no HCSL no período de maio 2007 a maio 2008.
As variáveis analisadas foram: idade das gestantes, idade gestacional, paridade,
patologias associadas, via de parto, apgar dos RN. Resultados: 1540 partos, 34 (2,2%)
de mulheres com 40 anos ou mais. O limite superior de idade materna encontrado foi
de 46 anos, sendo a idade média de 41,8. A IG variou de 33 a 42 semanas com média
de 36 semanas. 4 (11,8%) pacientes eram primíparas e as demais 30 (88,2%)
multíparas. 25 (73,5%) pacientes apresentavam alguma patologia clínica e/ou
obstétrica associada: síndrome hipertensiva (12), DM (3), obesidade (3), pós-datismo
(3), placenta prévia (2) e oligoâmnio (2). Ocorreu parto vaginal em 14 (41,2%) casos e
parto cesárea em 20 (58,8%). Conclusão: A gestação com 40 anos ou mais é pouco
comum em nosso meio, entretanto, associa-se freqüentemente a patologias clínicas e
obstétricas e a altas taxas de cesariana.
HISTERECTOMIA PUERPERAL: UM PROBLEMA OU UMA SOLUÇÃO?
Gabriela Nicoletti Dall´Ara,Cristina Kallás Hueb, Karise Oliveira Marques, Ana
Paula Heinzl, Ana Beatriz de Abreu Severino
Introdução: Histerectomia puerperal é a retirada total ou parcial do útero realizada
após o parto. Relato de Caso: 3 casos de histerectomias puerperais ocorridas em 2008
no HCSL. SBG, 36 anos, multigesta, IG 28+2, amniorrexe prematura, PP marginal e
feto em apresentação pélvica. Entrou em TPP com hemorragia. Realizado cesárea na
qual observou-se acretismo placentário, necessitando histerectomia. CRV, 26 anos,
primigesta, IG 37+6, amniorrexe prematura e alteração da vitalidade fetal. Feita
cesárea por sofrimento fetal, evoluiu com atonia uterina não revertida após massagem
e uterotônicos, impondo-se a histerectomia parcial. RAFM, 34 anos, multípara, IG
40+5 com oligoâmnio. Indicada indução do TP com misoprostol. Após, queixava-se
de forte dor em baixo ventre, quadro de choque e alteração dos BCF. Realizada
cesárea de emergência durante a qual evidenciou extensa área de ruptura uterina, feito
rafia da lesão e uterotônicos sem controle do sangramento. Procedeu-se então a
histerectomia parcial. Puérpera recebeu alta em 3 dias. Conclusão: A histerectomia
puerperal é uma das complicações obstétricas mais graves com alta morbimortalidade
materno-fetal. O acretismo placentário, a atonia uterina e a ruptura uterina constituem
as
principais
indicações
do
procedimento
cirúrgico.
REPERCUSSÕES OBSTÉTRICAS DA PLACENTA PRÉVIA
Gabriela Nicoletti Dall´Ara,Karise Marques, Maira Guimarães, Fernanda
Cunha, Ana Beatriz Severino, Ana Paula Heinzl, Cristina Hueb
REPERCUSSÕES OBSTÉTRICAS DA PLACENTA PRÉVIA Dall’Ara, G.N.*;
Marques, K.O.; Guimarães, M.L.; Cunha, F.R.; Severino, A.B.A; Heinzl, A.P.; Hueb
C.K.. Universidade do Vale do Sapucaí. * Acadêmica do 5º ano de medicina da
Universidade do Vale do Sapucaí. Objetivo: Avaliar a incidência de placenta prévia,
de suas complicações e os resultados perinatais. Metodologia: Estudo retrospectivo
dos casos de PP ocorridos no último 1 ano no Hospital das Clínicas Samuel Libânio,
em Pouso Alegre, Minas Gerais. Resultados: A incidência de PP foi de 0,6% (11).
Quatro do tipo centro-total, 3 centro-parcial, 2 marginais e 2 laterais. A idade média
das pacientes foi de 32 anos. Antecedentes encontrados: cesárea 4(36%), curetagem
1(9%), DIPA 1(9%) e gemelaridade 1(9%). Todas apresentaram hemorragia antiparto, moderada 7(64%) ou grave 4(36%). Três receberam transfusão sanguínea. O
parto foi prematuro em 64% (7) das vezes, com idade gestacional média de 34
semanas, ocorrendo em 54% (6) de cesáreas. Houve três casos de acretismo
placentário com hemorragia intra-parto, histerectomia e internação materna em UTI.
Conclusões: A incidência de PP encontrada não difere da nacional. A PP se relacionou
a prematuridade, a altas taxas de cesárea e a elevada morbidade materna.
CORRELAÇÃO ENTRE O VOLUME RENAL FETAL TRIDIMENSIONAL
(VOCAL) E PARÂMETROS BIOMÉTRICOS FETAIS
Giselle Tedesco,, Ingrid Schwach Werneck Britto1, Luiz Cláudio de Silva
Bussamra1,2, Sandra Rejane Silva Herbst1,Tsutomu Aoki1, Edward Araujo
Júnior2
Objetivo: Avaliar a correlação do volume renal fetal (VRF) aferido por meio da
ultrassonografia tridimensional (3DUS) com parâmetros biométricos bidimensionais.
Métodos: Realizou-se um estudo prospectivo longitudinal com 57 gestantes normais
entre 24 a 34 semanas. O volume de ambos os rins fetais forma aferidos por meio da
3DUS utilizando-se o método VOCAL (Virtual Organ Computer-aided Analysis) com
ângulo de rotação de 300. Para avaliar a correlação do VRF com os parâmetros
biométricos [diâmetro biparietal (DBP), circunferência craniana (CC), comprimento
do fêmur (CF), circunferência abdominal (CA) e estimativa de peso fetal (EPF)],
foram realizadas regressões polinomiais, sendo os ajustes realizados pelo coeficiente
de determinação (R2). Resultados: O VRF foi altamente correlacionado com todos os
parâmetros biométricos fetais, sendo todas as equações do tipo linear: VRF= 0,27 x
DBP – 11,57 (R2= 0,70); VRF= 0,07 x CC – 12,36 (R2= 0,74); VRF= 0,063 x CA –
73,22 (R2= 0,67); VRF= 0,36 X CU – 10,33 (R2 = 0,66); VRF= 0,31 x CF – 8,99
(R2= 0,69); EPF= 0,004 x EPF + 2,76 (R2= 0,61). Conclusões: O VRF aferido por
meio da 3DUS utilizando o método VOCAL foi altamente correlacionado com
parâmetros biométricos bidimensionais.
ESTADIAMENTO, IDADE, HISTOLOGIA E TRATAMENTO DAS
PACIENTES COM CÂNCER DE COLO UTERINO ATENDIDAS NO
SERVIÇO DE ONCOLOGIA PÉLVICA DO DEPARTAMENTO DE
OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
DE SÃO PAULO
Gustavo Leme Fernandes,Roberto Euzébio dos Santos; Ricardo Fonseca Nadais;
Renato Lima Rozenowicz;Tsutomu Aoki
O objetivo é descrever algumas variáveis coletadas das pacientes atendidas no Serviço
de Oncologia Pélvica, portadoras de câncer de colo uterino no período de Setembro de
2003 a Junho de 2009, como: estadiamento inicial, idade, tipo histológico e
tratamento. Metodologia: planilha de Microsoft Excel® na qual os dados das pacientes
são coletados Resultados: foram atendidas 1400 pacientes novas 1100 possuíam
patologias malignas e destas 420 pacientes possuiam tumores malignos em colo
uterino (excluindo casos de tumores “in situ”). A idade variou de 25 a 88 anos, com
média de 51,6 anos. O tipo histológico era Carcinoma espinocelular em 366 (87,1%)
casos e adenocarcinoma em 54 (12,9%) casos. Do total, 181 (43,1%) casos
encontravam-se em estádio I; 91 (21,7%), em estádio II; 136 (32,4%) em estádio III; e,
12 (2,8%) em estádio IV. O tratamento realizado foi somente cirurgia em 116 (27,6%)
casos; cirurgia e radioterapia em 64 (15,2%) casos; cirurgia com quimioterapia e
radioterapia em 18 (4,3%) casos; radioterapia exclusiva em 139 (33,1%) casos; e,
radioterapia com quimioterapia em 83 (19,7%) casos. Conclusões: A maioria dos
casos é do tipo espinocelular (87,1%), semelhante ao encontrado na literatura. A
maioria dos casos já se encontra em estádios avançados ao diagnóstico, determinando
o tratamento com radioterapia exclusiva ou com quimioterapia adjuvante na maioria
dos casos.
CÂNCER DE CORPO UTERINO: ANÁLISE DESCRITIVA DAS 96
PACIENTES ATENDIDAS NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA PÉLVICA DO
DEPARTAMENTO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA SANTA CASA
DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO
Gustavo Leme Fernandes,Roberto Euzébio dos Santos; Adriana Bittencourt
Campaner; Fabio Francisco de Oliveira Rodrigues;Tsutomu Aoki
Objetivo: descrever variáveis das pacientes atendidas no Serviço de Oncologia
Pélvica, portadoras de câncer de corpo uterino no período de Setembro de 2003 a
junho de 2009.Resultados:Dos casos de corpo uterino (n=183), 162 (88,5%) eram de
linhagem epitelial e 21 (11,5%) de linhagem mesotelial. Na linhagem epitelial, a idade
média foi 63,4. O tipo histológico endometrióide era o mais freqüente com 90,7%;
seguido por 9(5,6%) do tipo papilífero, 2do tipo seroso (1,2%), 3 (1,9%) de células
claras e 1 de carcinoma neuroendócrino (0,6). A maioria dos casos, 58,3%,
encontrava-se em estádio I; 19,4%, em estádio II; 19,4%, em estádio III; e, 2,8% em
estádio IV O tratamento foi cirurgia em 32,3%; cirurgia e radioterapia em 73 (58,9%);
cirurgia com quimioterapia e radioterapia em 7 (5,6%); e, cirurgia com quimioterapia
em 4 (3,2%). Nos sarcomas, a idade média foi 49,8 anos. O leiomiossarcoma foi o
mais freqüente com 63,2%; seguido por 26,3% sarcomas do estroma endometrial, 1
carcinossarcoma (5,3%) e 1 rabdomiossarcoma (5,3%).O estadiamento foi: 4 casos em
estadio I (30,8%); 3 em estadio II (23,1%); 5 em estadio III (38,5%); e um caso em
estádio IV (7,7%). O tratamento foi cirurgia em 25% casos e cirurgia com
quimioterapia em 75%. Conclusões: Entre os sarcomas o mais comum foi o
leiomiossarcoma, diferente da literatura, onde os carcinosarcomas são mais comuns .
ANÁLISE DESCRITIVA DOS CASOS DE NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA
GESTACIONAL ATENDIDOS NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA PÉLVICA
DO DEPARTAMENTO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA SANTA
CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO
Gustavo Leme Fernandes,Roberto Euzébio dos Santos; Adriana Bittencourt
Campaner; Fabio Francisco de Oliveira Rodrigues;Tsutomu Aoki
Objetivo: perfil das pacientes com neoplasia trofoblástica gestacional atendidas em
nosso serviço e avaliar os tratamentos realizados. Resultados: Do total de 1400
pacientes atendidas nesse período, tivemos 69 casos (4,9%) de neoplasia trofoblástica
gestacional, sendo 61 de mola completa (88,4%), 2 de mola parcial (2,9%), 4 de mola
invasora (5,8%) e 2 de coriocarcinoma (2,9%). Analisando a distribuição por idade,
encontramos uma idade média de 28,4 anos. Quanto ao IMC (índice de massa
corpóreo) das pacientes, tivemos uma média de 23,3Kg/m2 , com variação de 18,4 a
36,3Kg/m2. Dentre os tratamentos realizados, tivemos 28 pacientes submetidas
exclusivamente a curetagem uterina (63,6%), 2 a histerectomia (4,5%), 9 a curetagem
e quimioterapia (20,5%), 1 a curetagem associada a quimioterapia e radioterapia
(2,3%) e 4 a histerectomia e quimioterapia (9,1%). Conclusões:Dentre as neoplasias
trofoblásticas gestacionais, as molas hidatiformes, parciais e completas, são os
subtipos mais frequentes, totalizando 88,5% casos. Embora a incidência seja maior
nos extremos da vida reprodutiva e embora tenhamos nos deparado com pacientes
nesta situação, a idade média de nossas pacientes foi de 28,4 anos. Em todos os casos,
o tratamento cirúrgico esteve presente, sendo que em 91% deles foi realizado
esvaziamento da cavidade através de curetagem uterina e em 9% histerectomia.
SÍNDROME DE EDWARDS - RELATO DE CASO
Hime, G.A.(Médico Ginecologista e Obstetra, membro do corpo clinico do
Hospital São Luiz),Hime, R.A.;Póvoa,F.F.;Santos,L.R.;Filho,E.R.A.;Hime,P.C.
Introdução: A trissomia do 18 é a segunda mais freqüente entre nativivos. As
manifestações mais comuns são: polidrâmnio, pós termo, placenta pequena e artéria
umbilical única. O diagnóstico é baseado na ultrassonografia (USG) e na citogenética.
Objetivo: Relatar caso de Síndrome de Edwards Métodos: Acompanhamento prénatal, descrição de exames e procedimentos Resultados: I.C.S., feminino, 41 anos,
IIIGIPIA, apresentou pré natal sem intercorrências até 18ª semana quando USG
evidenciou ausência de cerebelo, ventrículos laterais no limite superior, diâmetro
bilateral 42cm, átrios sem identificação, mãos em flexão, pé torto bilateral, liquido
amniótico normal, pequena abertura lombosacral, 289gramas. Ecocardiograma fetal:
defeito de septo átrio ventricular forma intermediária, mal posicionamento e
cavalgamento da aorta e discreta insuficiência da válvula átrio ventricular direita.
Cariótipo: 47XX+18 correspondendo a Síndrome de Edwards. Foi encaminhado ao
juiz pedido para interrupção da gestação. Parto cesáreo com 28 semanas (DUM) com
natimorto apresentando microcefalia, implantação baixa de orelha, polidactilia, mãos
fletidas, pés tortos, meningomielocele. Conclusão: O aconselhamento genético no
início da gestação em mulheres com idade acima de 38 anos deve ser indicado pela
maior probabilidade de mal formações fetais relacionadas à anomalias cromossômicas
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA FETAL (RMF) NO DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL DAS PATOLOGIAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
(SNC): RELATO DE CASO.
INÊS GOMES DA SILVA - SILVA, I.G.1, RITA DE CÁSSIA SANCHEZ SANCHEZ, R.C. 1, 1 Departamento de Perinatologia do Hospital Israelita Albert
Einstein,MORGADO, N.L.1; XIMENES, R. 2; CORDIOLI, E. 1;
ABRAMOVICI, S. 1, 2 Centrus – Centro de US e MF Campinas
Introdução:A Ventriculomegalia fetal(VMF) é um achado ecográfico comum em
patologias do SNC. Nosso objetivo é mostrar a importância da RMF no diagnóstico
diferencial e prognóstico fetal. Relato de Caso: M.A.S., 29 anos, primigesta, com
suspeita ecográfica de hidrocefalia obstrutiva, encaminhada para avaliação da
necessidade de drenagem ventricular intra-útero. À US morfológica em nosso serviço
com 31 sem: VMF moderada(19 e 21mm),3º. e 4º. ventrículo sem dilatações, ausência
do cavum do septo pelúcido e suspeita de agenesia do corpo caloso (ACC).Na
RMF:ACC total, hipoplasia cerebelar esquerda, disposição radial dos sulcos e giros e
dilatação moderada assimétrica dos cornos posteriores dos ventrículos laterais ou
colpocefalia.O aconselhamento foi realizado de acordo com os novos achados e não
realizada a drenagem fetal.Parto cesáreo com 38sem.RN sem características
fenotípicas sindrômicas ou infecção fetal.O US transfontanelar confirmou os achados
da RMF. Discussão: A ACC tem incidência de 0,3 a 0,7% na população geral. Seu
diagnóstico ecográfico é suspeitado no final do 2o.trimestre. Hoje, a RMF constitui-se
numa ferramenta importante para ampliação dos achados do SNC, por meio de
aquisições multiplanares de boa resolução, contribuindo para o adequado
aconselhamento do casal.
REPERCUSSÕES
MECÔNIO
NEONATAIS
ASSOCIADAS
A
OCORRÊNCIA
DE
Karise Oliveira Marques,Gabriela Nicoletti Dall´Ara, Ana Beatriz de Abreu
Severino, Ana Paula Heinzl, Cristina Kallás Hueb
Introdução: A incidência da eliminação de mecônio durante o trabalho de parto tem
sido descrita na literatura variando de 0,5 a 30%. Sua ocorrência associa-se a
Síndrome da Aspiração do Mecônio (SAM) e elevada morbimortalidade neonatal.
Objetivos: Avaliar a incidência de mecônio, sua influência sob a via de parto e
resultados neonatais. Métodos: Realizou-se estudo retrospectivo dos partos ocorridos
de Janeiro a Junho de 2008, no Hospital Universitário Samuel Libânio. Identificou-se
os casos de ocorrência de mecônio e foi analisado a via de parto, Apgar dos RN,
ocorrência de SAM, internação em UTI neonatal e condições de alta do RN.
Resultados: Ocorreram 716 partos no período estudado, os quais 19 houve de
eliminação de mecônio (2,65%), sendo 9 partos vaginais e 10 cesárias. O Apgar de 1º
minuto foi inferior a 4 em um RN, de 4 a 7 em três e superior a 7 em 15 RN. O Apgar
de 5º minuto foi de 4 a 7 em um RN com eliminação intra-útero de mecônio e superior
a 7 para os demais. Dois RN foram admitidos em UTI neonatal, ambos com SAM, um
evoluiu para óbito e outro para alta hospitalar. Conclusão: A ocorrência de mecônio
durante o trabalho de parto não foi muito freqüente em nosso meio, mas, associou-se a
altos índices de cesariana e resultados neonatais adversos.
VASA PRÉVIA: RELATO DE CASO
Karise Oliveira Marques,Gabriela Nicoletti Dall´Ara, Ana Beatriz de Abreu
Severino, Ana Paula Heinzl, Cristina Kallás Hueb
Introdução: Vasa Prévia (VP) trata-se de anomalia de inserção do funículo umbilical
na placenta, na qual os vasos umbilicais colocam-se à frente da apresentação. Sua
freqüência oscila entre 0,5 e 1% e se relaciona com mortalidade fetal que varia de 33 a
100%. Relato de Caso: RSV, 19 anos, admitida no Hospital das Clínicas Samuel
Libânio em fase latente do trabalho de parto. Paciente primigesta, IG de 41 semanas e
2 dias, negando perda de liquido ou sangue. Realizada cardiotocografia que confirmou
boa vitalidade fetal. Evoluiu bem, entrando em franco trabalho de parto com bolsa
íntegra. Foi realizada amniotomia, havendo saída de grande quantidade de sangue vivo
acompanhado de líquido amniótico. Feto entrou em bradicardia, sendo administrado
oxigênio e posicionada a paciente em decúbito lateral esquerdo, sem melhora do
quadro. Diagnosticou-se rotura de VP e foi realizado parto cesárea. O procedimento
ocorreu rapidamente com nascimento de RN do sexo masculino, pesando 3665 g, com
Apgar de 7 no 1º minuto e 9 no 5º minuto. Mãe e filho evoluiram favoravelmente,
recebendo alta. Discussão: Muitas vezes o diagnóstico de VP é negligenciado em
função da raridade desta entidade. Portanto, é de extrema importância correlacionar o
sangramento pós amniotomia às modificações imediatas da freqüência cardíaca fetal,
possibilitando intervenção médica imediata e salvar a vida do concepto.
CIRURGIA ONCOPLÁSTICA MAMÁRIA:
TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA.
NOVA
TENDÊNCIA
NO
Louro, J.B.R.,Bagnoli, F; Taromaru, G.C.M.; Rios, L.S.R.; Capel, P.; Oliveira,
V.M.; Aoki, T.
Introdução: A cirurgia oncoplástica, técnica que associa cirurgia oncológica mamária à
princípios da cirurgia plástica vem se firmando no Brasil, seguindo o que acontece nos
Estados Unidos e Europa como método de escolha no tratamento do câncer de
mama.Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com câncer de mama, com resultado
estético pós cirúrgico muito satisfatório, a qual foi submetida a cirurgia oncoplástica
mamária com variação da técnica clássica.Método: Paciente apresentava nódulo em
quadrante ínfero- medial à esquerda de 2x2cm. Exames de imagem revelaram: Nódulo
heterogêneo de limites mal definidos, espiculado em quadrante ínfero-medial de mama
esquerda de 2 x 2.5 cm. À biópsia: Carcinoma invasivo de mama. Com a avaliação do
tipo e tamanho mamário e tamanho tumoral foi realizada setorectomia com
preservação de pedículo supero-lateral à esquerda com variação na incisão inferior
devido à localização tumoral e simetrização contra-lateral. Conclusão: O presente caso
ilustra a cirurgia oncoplástica mamária como parte integrante do tratamento do câncer
de mama. Graças as técnicas oncoplásticas os cirurgiões mamários estão adquirindo
experiência para melhor tratar suas pacientes, objetivando segurança oncológica e
resultado estético satisfatório amenizando os traumas físicos e psicológicos da
paciente
RELAÇÃO ENTRE CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL E DENSIDADE
MAMOGRÁFICA
Luciana Solha Valladão de Freitas,Alessandro Scapinelli, Tsutomu Aoki, José
Mendes
Aldrighi
Trabalho comparando mulheres de baixa densidade mamográfica com alta densidade
mamográfica, obteve acréscimo no risco de câncer de mama nestas últimas.
Principalmente nas mulheres jovens esse risco foi atribuído em 50% ou mais das vezes
à alta densidade mamográfica. Sabe-se que a aparência radiográfica da mama varia
entre as mulheres de acordo com a composição do tecido e a diferença radiográfica
entre gordura, estroma e epitélio. A gordura se apresenta radiotransparente na
mamografia em contraste com o epitélio e o estroma que se apresentam radiopacos.
Assim, queremos verificar se há relação entre a gordura abdominal e a densidade
mamária na mamografia. Para isso, foram feitas as medidas da circunferência
abdominal, peso e altura das pacientes durante consulta médica realizada no
Ambulatório de Climatério da Santa Casa de São Paulo de maio a junho de 2009 e
estes valores analisados junto com a descrição da densidade mamária em mamografia
recente dessas pacientes realizada entre 2008 e 2009.
DIFICULDADE INSERÇÃO DIU-LNG X PARIDADE
Luciana Tock,Anne Karine Zampieri, Karina S.L. Tafner, Sônia Tamanaha, José
Mendes Aldrighi, Cristina Nishimura
O dispositivo intra-uterino de levonorgestrel (DIU-LNG) é o método anticoncepcional
mais largamente utilizado no mundo. Seu efeito contraceptivo se faz com reação
inflamatória na cavidade endometrial, interferindo tanto na função do espermatozóide
como na implantação. Sua eficácia contraceptiva é de 99,5% (Pearl índex 0,1).
Também reduz reduz sangramento e dismenorréia, podendo ser utilizado como
alternativa no tratamento de endometriose e metrorragia. O DIU-LNG apresenta baixa
taxa de dificuldade de inserção, sendo esta maior em nulíparas. O risco de perfuração
uterina é de 6/1000 inserções, sendo que o maior risco se faz no puerpério. Segundo
estudo realizado na China, houve facilidade de inserção do DIU-LNG em 96% das
multíparas e em 82% das nulíparas. No ambulatório de planejamento familiar da Santa
Casa de Misericórdia de São Paulo foram inseridos 148 DIU-LNG por motivos
diversos, sendo o principal a anticoncepção, no período de Setembro de 2007 a Janeiro
de 2009. Houve dificuldade para inserção em apenas 19 pacientes (12,80%), conforme
o gráfico abaixo. A dificuldade de inserção não foi relacionada à paridade das
pacientes, segundo observado no gráfico abaixo.
RELATO DE CASO: TUMOR GASTROINTESTINAL
INTERPRETADO COMO AFECÇÃO PRIMÁRIA DE OVÁRIO
(
GIST),
Lucila Ayumi Miyake,Dr Roberto Euzebio dos Santos; Dr Tsutomu Aoki; Dr
Fábio Francisco de Oliveira Rodrigues, Dra Lívia Martin Cardozo, Dra Renata
Borges Simões, Dra Maria Antonieta Longo Galvão da Silva , Dra Iramaia
Oliveira Chaguri.
O GIST é doença relativamente rara e a cirurgia se constitui no tratamento principal.
Objetivo: relatar caso de GIST que inicialmente foi considerado como tumor ovariano
no pré operatório, pela história clínica, exame físico e exames de imagem. Relato:
G.M.B.S., 42 anos, apresentava dor em fossa ilíaca direita há aproximadamente 4-5
meses, em peso, de forte intensidade. Ao exame físico não apresentava alterações.
Realizou USGTV em março de 2009 que mostrou massa ovariana direita sólida
heterogênea com calcificações amorfas em seu interior de 8,0x7,7x7,2 cm. À TC de
abdome : volumosa lesão expansiva pélvica obliterando o espaço vésico-uterino,
devendo–se considerar entre as possibilidades a origem ovariana. À TC de pelve
revelou lesão sólida heterogênea pélvica (de origem mesentérica?intestinal?, menos
provavelmente ovariana). A paciente foi submetida a LE, sendo observado tumor de
delgado, realizando-se então enterectomia com entero-entero anastomose primária. A
paciente evolui sem intercorrencias, o AP evidenciou tumor estromal gastrointestinal
padrões fusocelular e epitelioide que mediu 9x7x5cm. Paciente segue em
acompanhamento e em tratamento com imatinib. Conclusão: embora raro o tumor
GIST, deve ser lembrado nas hipóteses diagnóstcas, pelo oncologista ginecológico,
apesar de se manifestar em algumas vezes em topografia anexial e sem comemorativos
intestinais.
FATORES PROGNÓSTICOS PARA OS RESULTADOS DO SLING
TRANSOBTURATÓRIO EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA
URINÁRIA DE ESFORÇO.
Mário Luis Casella,Luis Gustavo Morato Toledo, Victor Silvestre Soares Fanni,
Sandro Nassar Cardoso, Luis Figueiredo Mello, Sidney Glina.
INTRODUÇÃO: A incontinência urinária de esforço (IUE) tem alta prevalência em
mulheres. Não está claro se os fatores prognósticos do sling retropúbico,
principalmente a pressão de perda ao esforço (PPE), podem ser aplicados ao sling
transobturatório. OBJETIVOS: Avaliar fatores pré-operatórios que possam estar
relacionados aos resultados do sling transobturatório em mulheres com IUE.
PACIENTES E MÉTODOS: Ao todo 117 mulheres com IUE foram submetidas a
sling transobturatório com tela de polipropileno. Idade, IMC, número de gestações,
estado hormonal, antecedente de cirurgia para correção de incontinência urinária,
presença de sintomas obstrutivos, PPE, fluxo livre máximo, presença de contração
involuntária foram avaliados como possíveis fatores prognósticos para os resultados
cirúrgicos. A idade média foi de 53,9 (33-80) anos. A avaliação urodinâmica préoperatória demonstrou PPE média de 82 cmH20 e 24% tinham contrações
involuntárias. RESULTADOS: O tempo médio cirúrgico foi de 22 minutos. Com
seguimento médio de 13 meses, 90% das mulheres não apresentavam perda de urina
ao teste de esforço. Na análise multivariada, o único fator que estatisticamente
influenciou os resultados foi a PPE (p=0,016). CONCLUSÕES: O único fator, entre
os estudados, que influenciou os resultados do sling transobturatório para
incontinência urinária de esforço feminina foi a PPE.
COMPLICAÇÕES DA CONIZAÇÃO POR CIRURGIA DE ALTA
FREQUÊNCIA PARA TRATAMENTO DE NEOPLASIA CERVICAL:
ESTUDO PROSPECTIVO
Monica Christina da Silva Rial,Rial M C S, Santos R E, Leal S F, Lamon S A S,
Sestokas S R
OBJETIVOS: Avaliar os tipos de complicações em conizações de colo uterino por
CAF.MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo transversal em pacientes
submetidas a conização por CAF no Núcleo Ambulatorial do Hospital e Maternidade
Interlagos, no período de abril de 2000 a junho de 2009, que foram avaliadas
prospectivamente para análise das complicações, registradas em banco de dados
Excel. RESULTADOS: Durante o período do estudo, 327 pacientes foram submetidas
a conização por CAF. A média de idade das pacientes foi de 36 anos (variação, 16-73
anos) e 35 pacientes (10,7%) tinham 50 anos ou mais de idade. A citologia cervical
anormal mais comum foi LIEAG 187 casos (57,2%), seguida de LIEBG 113 casos (
34,5%). Encontramos complicações em 14 casos (4,3%), sendo que: hemorragia intraoperatória ocorreu em 10 casos (3,1%) e estenose de canal endocervical em 4 casos
(1,2%). Dos casos de estenose de canal endocervical, uma paciente apresentou
hematometra, sendo realizada dilatação do canal com histerômetro e colocação de
DIU. A paciente evoluiu sem intercorrências e eumenorreica. Não foram observados
casos de hemorragia pós-operatória precoce ou tardia, lesão de estruturas ou infecção
pós-operatória. CONCLUSÃO: Pelo que podemos observar as complicações imediatas
e tardias têm baixa incidência. A conização por CAF é um procedimento seguro para a
avaliação e tratamento da neoplasia cervical.
GESTAÇÃO A TERMO EM PACIENTE COM ÚTERO DIDELFO
Niederheitmann, V; Freitas, J; Roveran, V,Monteiro, APS; Rizzetto, RLS;
Parizi,H;Maganha, AC
Objetivo: relatar caso de gestação a termo em paciente com útero didelfo. Introdução:
Erros no desenvolvimento do útero apartir dos ductos müllerianos resultam em
malformações uterinas. O útero didelfo apresenta dois hemiúteros e duas cérvices e
causa diversas repercussões reprodutivas. Métodos: apresentação de relato de caso por
meio de pôster, bem como a revisão de literatura científica dos últimos 10 anos
encontrados por meio de sites de busca, que apresentavam as palavras-chaves:
anomalias ou malformações congênitas uterinas, malformações müllerianas, útero
didelfo correlacionados à gravidez Resultados: Relatamos o caso de uma secundigesta
com abortamento prévio, que evoluiu para cesariana de feto a termo e apresentava
torção uterina. Pacientes com anomalia uterina repreentam 3% das mulheres inférteis,
5 a 10% dos casos de abortamento e 20% dos abortamentos de repetição. O útero
didelfo apresenta como complicações obstétricas: aborto espontâneo (32 a 52%),
partos prematuros (20 a 45%), porém 60% das gestações evoluem para parto a termo .
Além disso, ocorre mais discenesia uterina, apresentação pélvica e índices de cesárea.
Conclusão: O caso relatado apresentou semelhanças com os dados de literatura no que
se refere à duração da gestação e à via de parto.
ESTUDO AMOSTRAL
CLIMATÉRIO
DA
SEXUALIDADE
DE
MULHERES
NO
Paula Fernanda S. Pallone Dutra,Sônia Maria Rolim Rosa Lima, Sóstenes
Postigo, Silvia Saito, Benedito Fabiano dos Reis, Tsutomu Aoki
Objetivo: Avaliar, em pequena amostra, o perfil da sexualidade nas mulheres no
climatério e comparar nossos resultados com o Estudo do Comportamento Sexual
(ECOS) do Brasileiro. Casuística e Métodos: Foram estudadas 38 mulheres com idade
entre 40 a 70 anos que encontram-se no período do climatério, através da aplicação do
questionário Quociente sexual-versão feminina (QS-F) contendo dez perguntas
objetivas no período de abril a junho de 2009. Comparamos nossos resultados com o
Estudo do Comportamento Sexual (ECOS) do Brasileiro. Resultados: A média de
idade das mulheres foi de 53,6 +- 6,1 anos, a queixa de falta de desejo foi relatada por
71,5% das mulheres, 31,6% não consegue atingir o orgasmo, falta de lubrificação foi
relatado por 34,5%, em relação a dispareunia 10,6% sempre têm dor na relação sexual.
No ECOS analisando 1271 mulheres acima de 18 anos apontou como maior queixa
sexual a falta de desejo, sendo nas mais jovens 23,4%, podendo atingir 73,0% entre as
de idade mais avançada. Conclusão: Com este estudo amostral observamos alta
prevalência de queixas relacionadas a sexualidade nas mulheres com idade superior
aos 40 anos, dados estes semelhantes ao estudo perfil sexual da população brasileira:
resultado do Estudo do Comportamento (ECOS) do Brasileiro.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO DE
MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA ASSOCIADA OU NÃO AO
PROLAPSO
GENITAL
Raquel Henriques Jácomo,Resende APM, Stüpp L, Lima AC, Teixeira FA,
Sartori MGF, Girão MJBC
OBJETIVO:Verificar a diferença entre a força de contração dos músculos do assoalho
pélvico (MAP) de mulheres incontinentes com e sem prolapso de órgãos pélvicos
(POP).METODOLOGIA:Foram atendidas 24 mulheres no Ambulatório de
Uroginecologia e divididas em dois grupos:I)12 mulheres com incontinência urinária
de esforço associada ao POP;II)12 mulheres incontinentes sem POP.A avaliação do
MAP foi feita por palpação bidigital e perineometria, a potência muscular pelas
escalas AFA e Oxford e o endurance pelo teste de tempo máximo de sustentação da
contração.O teste t de Student foi feito para comparar as médias obtidas e o nível de
significância e o coeficiente intra-classe (ICC) para verificar o grau de concordância
entre os avaliadores.RESULTADOS: Ambos os grupos apresentaram fraqueza
muscular.O grupo I apresentou menor endurance, sugerindo fraqueza de fibras
musculares lentas (p 0,05).O grupo II apresentou pior função de potência muscular,
sugerindo deficiência maior de fibras rápidas (p 0,05).CONCLUSÃO: Mulheres
incontinentes com POP possuem pior função muscular de sustentação. E as que são
acometidas somente por incontinência urinária de esforço apresentam pior função de
potência muscular.PALAVRAS-CHAVE:prolapso genital, avaliação dos MAP,
incontinência urinária.
AVALIAÇÃO
DA
ATIVIDADE
SEXUAL
DA
MULHER
IDOSA
RIBEIRO, D.L.A,
Avaliar a atividade sexual em mulheres idosas. Método: Estudo transversal, com
amostra de 75 mulheres com idade superior a 65 anos. Pesquisa realizada no Lar
Escola São Francisco e ambulatório de Geriatria e Gerontologia da UNIFESP, por
meio de questionário no período de Novembro de 2007 à Fevereiro de 2008.
Resultados: A média de idade foi de 75,4 ± 6,3 e o IMC de 25,4 ± 9,4. Das pacientes
estudadas, 39,39% concluíram o primário, 28,28% não terminaram o ensino
fundamental, 9,9% não terminaram ginásio, 5% tinham o superior, 15,15% eram
analfabetas e 4,4% não responderam. Em relação à religião, 61% eram católicas; 16%
evangélicas; 4% budistas, adventistas do 7º dia e não responderam; 3% Testemunha de
Jeová, Espíritas e Atéias; 1% Batista da Ibenezia e Luterana. Das 75 mulheres, 6 (8%)
eram ativas sexualmente. Das 69 (92%) inativas, 41(55%) eram viúvas, 12 (16%)
relataram disfunção sexual do parceiro, 12 (16%) não responderam e 4 (5%) negam
desejo sexual. Conclusão: Conclui-se que a abstinência sexual, neste estudo, ocorreu
principalmente por falta de parceiro.
VENTRICULOMEGALIA LEVE E PROGNÓSTICO FETAL
RITA DE CASSIA SANCHEZ - SANCHEZ, R.C. 1, INES GOMES DA SILVA SILVA, I.G.1, 1 Departamento de Perinatologia do Hospital Israelita Albert
Einstein,NAGAE, L.M.2; XIMENES, R.3; CORDIOLI, E.1 ; ABRAMOVICI,
S.1, 2 Serviço de Ressonância Magnética do Hospital Israelita Albert Einstein e 3
Centrus – Centro de US e MF Campinas
Introdução: Ventriculomegalia leve (VML) é a medida do corno posterior (CP) do
ventrículo lateral (VL) dos hemisférios cerebrais entre 10 e 15mm. Sua incidência
como achado isolado é de 1,4 a 20/1000 nascidos vivos. Objetivo: Avaliação da
propedêutica pré-natal nos casos de VML.Material e Métodos: Estudo retrospectivo de
04 casos com diagnóstico de VML fetal na US pré-natal em 2008. Resultados: A
média do CP do VL a partir de 17 semanas de gestação foi de 11,7mm. Realizada
propedêutica complementar nos 04 casos, com US morfólogica de 2o. e 3o. trimestre,
pesquisa de infeçções congênitas, RMF, ecocardiografia e cariótipo fetal. Diagnóstico
pós-natal de Síndrome de Moebius, infecção congênita por citomegalovírus, agenesia
parcial do corpo caloso e hemorragia cerebral. Conclusão: A VML é considerado um
achado ecográfico indireto de malformações no sistema nervoso central (SNC). Exige
propedêutica avançada com estudo minucioso do SNC, pesquisa de malformações
associadas, ecocardiografia fetal, pesquisa de infecções congênitas e estudo do
cariótipo fetal. Seu prognóstico é variável e depende dos achados com a propedêutica
empregada. Esta investigação é fundamental antes do aconselhamento do casal.
GESTAÇÃO APÓS CONIZAÇÃO POR CIRURGIA DE ALTA FREQUÊNCIA
PARA TRATAMENTO DE LIE-AG
Roberto Euzébio dos Santos,Santos R E, Rial M C S, Leal S F, Lamon S A S,
Sestokas S R
OBJETIVOS: Avaliar a associação da conização de colo uterino por CAF e resultados
de gravidez posterior. MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo transversal em
pacientes submetidas a conização por CAF no Núcleo Ambulatorial do Hospital e
Maternidade Interlagos no período de abril de 2000 a junho de 2009. RESULTADOS:
A análise de 327 casos realizados no período evidenciou uma média de idade de 36
anos (variação, 16-73 anos), sendo que destas, apenas 28 pacientes (8,6%) eram
nuligestas. Ocorreram 12 casos (3,7%) de gestação após a realização de conização de
colo uterino por CAF sendo que destes, apenas 1 paciente era nuligesta e 5 tabagistas.
Não se observou nenhum tipo de complicação ou intercorrência durante a evolução
das gestações. Quanto a resolução, observamos: parto normal em 8 pacientes ( 66,7%)
e cesariana em 4pacientes (33,3%); sendo estas por indicação obstétrica.
CONCLUSÃO: Concluímos que apesar da literatura revelar que mulheres submetidas
a conização por CAF são mais susceptíveis a ter parto prematuro, no nosso material, a
cirurgia de alta freqüência não interferiu em gestação posterior ou na indicação da via
de parto.
AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE E DA ESPECIFICIDADE EM BIOPSIAS
DE CONGELAÇÃO PARA TUMORES OVARIANOS.
Rodrigues, A.G.,Santos, R.E.; Rozenowicz, R.L.; Silva, M.A.L.G.; Aoki, T.
Obj.: Avaliar a especificidade e sensibilidade da biópsia de congelação para tumores
ovarianos em pacientes atendidas no Setor de Oncologia Pélvica da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo, submetidas tratamento cirúrgico. Mét.: De um total de 174
pacientes cadastradas em banco de dados do ambulatório de Oncologia Pélvica,
portadoras de neoplasia anexial, foram analisadas 58 pacientes que foram submetidas
a procedimento cirúrgico com biópsia de congelação intraoperatória. Comparamos o
resultado da congelação e o resultado do estudo pelo método lento da parafina. Res.:
Observamos 7 casos cujo resultado da congelação foi inconclusivo, em 42 casos a
congelação foi positiva para neoplasia, confirmado pela parafina, 4 casos foram
borderline na congelação e malignos pela parafina, 2 casos benignos pela congelação
confirmados pela parafina, 2 casos benignos pela congelação que foram malignos na
parafina e 1 caso benigno na congelação que ficou como borderline na parafina. Esses
dados submetidos à análise estatística totalizam valor preditivo positivo de 87,5%,
valor preditivo negativo de 66,7%%, sensibilidade de 85,7%, especificidade de 100%
e por fim acurácia de 88%.Conc.: a biópsia de congelacao mostrou uma boa
concordância com a biopsia de parafina nos casos de carcinoma francamente invasor.
Entretanto, nos tumores borderline e benignos a taxa de erro foi alta.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE 327 PACIENTES SUBMETIDAS A CAF
Santos RE,Rial MCS, Leal SF, Lamon SAS, Sestokas SR
OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico de idade, menarca, início da atividade
sexual, nº de parceiros, estado civil, método anticoncepcional das pacientes
submetidas a conização por CAF. MÉTODO: Análise do banco de dados(Excel) do
período de 2000 a 2009. RESULTADOS: Analisamos 327 pacientes submetidas a
cone por CAF. A média, mínima e máxima, para idade, menarca, início da atividade
sexual foi respectivamente: 36 (16,73), 13 (9,18), 17 (11,33). Quanto ao nº de
parceiros, a média foi de 3,9. 67 tiveram só 1 e 36 mais que 10; 124 eram tabagistas,
228 eram casadas ou com rel. estável, 84 solteiras e 14 viúvas. Quanto a
anticoncepção observamos: barreira, 55; método definitivo, 65; DIU, 5; hormonal,
120; comportamental, 5; sem atividade sexual, 4 e sem método, 70. CONCLUSÃO:
Quanto a idade 107 pacientes estavam na 3ª déc.(32,8%) e 107 na 4ª déc.(32,8%), o
início da atividade sexual ocorreu na sua maioria na adolescência e a média de
parceiros foi maior do que o relatado em pacientes sem lesões precursoras ou câncer
do colo uterino. Apenas 54 usavam preservativo e 70 não faziam anticoncepção. Os
dados acima, considerados como fatores de risco para o câncer de colo uterino, vão ao
encontro dos dados da literatura.
A CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL É FATOR RELEVANTE PARA O
DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME METABÓLICA APÓS A MENOPAUSA ?
Silvia Saito,Sônia Maria Rolim Rosa Lima, Sóstenes Postigo, Benedito Fabiano
dos Reis, Karen Tamura, Elizabeth G. Alexandre, Tsutomu Aoki
Objetivo: Avaliar a relevância da medida da circunferência abdominal no diagnostico
de mulheres portadoras da Síndrome Metabólica após a menopausa no ambulatório de
Fitomedicamentos. Método: Estudo transversal compreendendo 60 mulheres, de
janeiro a março de 2009, com idades de 40 a 65 anos, com pelo menos um ano após a
menopausa, dosagem de FSH 30 mUI/mL, com ou sem sintomas climatéricos,
quantificados pelo Índice Menopausal de Kupperman. Foi utilizado questionário
aplicado no Serviço de Cardiologia do “Hospital Dante Pazzanezi”. Resultados: A
média de idade das mulheres foi de 53,6 ± 6,1 anos, a idade da menopausa de 45,5 +
4,6 anos e o tempo transcorrido após a menopausa de 8,1 + 6,0 anos. Os fatores de
riscos prevalentes: aumento da circunferência abdominal n= 56(93%) sobrepeso n= 32
(53,3%), hipertensão arterial n= 30 (50%), estresse n=30 (50%), sedentarismo n= 26
(44%), HDL50 n=26(43%), hipercolesterolemia n=22 (36,6%), hipertrigliceridemia
n=20(33,3%), diabetes n=20 (33,3%), obesidade n= 18 (30%), tabagismo n=4 (6%).
Conclusão: Destacamos o aumento da circunferência abdominal como método
propedêutico básico para a detecção do diagnóstico da Síndrome Metabólica,
justificando sua importância e concordando nossos resultados com a literatura
internacional.
DOENÇA CARDIOVASCULAR EM MULHERES NO CLIMATÉRIO EM
USO DE FITOESTROGÊNIOS
Sônia Maria Rolim Rosa Lima,Benedito Fabiano dos Reis, Sóstenes Postigo,
Silvia Saito, Sheldon Rodrigo Botogoski, Tsutomu Aoki
Objetivo: avaliar a prevalência de fatores de risco para as doenças cardiovasculares
(DCV) em mulheres no Ambulatório de Climatério. Casuística e Método: Estudo
transversal descritivo, abrangendo 336 mulheres com idades entre 45 a 69 anos, com o
tempo após a menopausa superior a um ano e sintomas quantificados pelo índice
menopausal de Kupperman. O diagnóstico foi determinado com base na história
clínica e dosagem de FSH 30 mUI / mL. Resultados: A idade média das mulheres foi
de 55,2 + 7,2 anos, com a idade da menopausa 47,1 + 4,7 anos. O índice menopausal
de Kupperman foi severo em 1,7% das mulheres, moderado em 6,9%, leve em 41,4%,
enquanto 50% não tiveram sintomas. A prevalência de fatores de risco para as doenças
cardiovasculares foram 40,7%. Os fatores de risco mais comuns foram inatividade
física(57%),
obesidade(73,1%),
hipertensão
arterial(46,5%),
hipercolesterolemia(44,5%), diabetes(14,3%) e tabagismo(8,8%). Conclusão:
Atualmente existe uma grande procura de serviços médicos que ofereçam uma gama
de possibilidades terapêuticas para a remissão dos sintomas climatéricos, entre os
quais incluí a terapia com fitoestrogênios. Houve uma alta prevalência de fatores de
risco para doenças cardiovasculares neste estudo. Os elementos-chave no controle dos
fatores de risco nestas mulheres no climatério são: redução de peso, aumento da
atividade física e dieta balanceada.
MASTITE PERIAREOLAR RECIDIVANTE
TAROMARU, GCM,BAGNOLI F; OLIVEIRA VM; DALPRA VAR, RIOS
LSR, CAPEL P, AOKI T
INTRODUÇÃO: É uma doença benigna crônica da mama, caracterizada pelo
aparecimento de massa periareolar, enduração do complexo aréolo-papilar,
desenvolvimento de abscesso e, eventualmente, formação de fístula. O tabagismo
constitui um importante fator de risco, sendo constatado entre 75% e 90% das
mulheres afetadas pela doença. Ocorre mais frequentemente em mulheres entre 30 e
50 anos. RELATO DO CASO: ST, 41 anos com antecedente de mamoplastia redutora
há 7 anos, tabagista há 20 anos 1 maço dia. Apresentava abscesso em mama de 5 cm
com ulceração da pele. Foi tratada com antibioticoterapia, associado com a suspensão
do tabagismo.DISCUSSÃO: Inicialmente ocorre metaplasia do epitélio colunar de
revestimento de ductos com transformação do mesmo em epitélio pavimentoso. Como
isto ocorre o estreitamento do lúmen dos ductos e como conseqüência passa a ocorrer
a retenção de detritos de descamação celular e de secreção glandular, que ocasiona
dilatação dos ductos. O material repressado no interior dos ductos sofre contaminação
por bactérias patogênicas desenvolvendo um quadro infeccioso que ocasiona
inflamação das paredes dos ductos. O diagnóstico é relizado através da anamnese e
exame físico associado a ultrassonografia mamária. O tratamento deve ser realizado
com antibioticoterapia.
FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA IATROGÊNICA: RELATO DE CASO
Tassis M;,Faria, ALAF Tafner KL, Aoki T, Prado RAA, Tamananha S, Aldrighi
JM.
A falência ovariana prematura(FOP) acomete 1 em cada 1000 mulheres antes dos 30
anos, e possui várias etiologias. Dentre estas, a iatrogênica é uma das etiologias mais
conhecidas, destacando-se os tratamentos radio-quimioterápicos e as cirurgias
ovarianas. Diferentemente da menopausa natural, a FOP se instala de maneira precoce
e abrupta e expõe as jovens à infertilidade e a mais anos de hipoestrogenismo,
resultando em maior risco de osteoporose, disfunções sexuais, doenças
cardiovasculares e morte prematura. Relataremos aqui o caso de uma jovem que até os
26 anos foi submetida a 9 cirurgias (08 laparotomias exploradoras e 01
videolaparoscopia) para tratamento de cistos simples hemorrágicos nos ovários e
evoluiu com FOP. Conclusão: É necessária a conscientização dos ginecologistas
quanto ao risco de FOP na abordagem de neoplasias ovarianas, de modo a promover
indicação
criteriosa
da
abordagem
cirúrgica
das
mesmas.
RELATO DE CASO:FÍSTULA CUTÂNEA SECUNDÁRIA A DOENÇA
INFLAMATÓRIA PÉLVICA
Thalita Russo Domenich,Ammar,K; Reis,R; Souza, A.M; Oliveira, E.C.G.;
Oliveira, F.F.R.; Aoki,T.;
M.F. 49a, com dor em FID e hipogástrio há cerca de 01 mês, há 7d com abaulamento
abaixo da cicatriz umbilical. MAC: LT. AEF: Apresentava massa nodular de 5cm de
diâmetro, palpável em região infraumbilical, com orifício em pele drenando material
purulento. Colo e útero dolorosos ao toque, dor em região anexial bilateral.
Investigação: TC de pelve: coleção pélvica anterior ao útero contígua à parede
abdominal, comunicando-se com a pele por trajeto cilíndrico. HD: Fístula Cutânea
secundária à DIP. CD: Abordagem cirúrgica, antibioticoterapia e suporte clínico. No
intraoperátório foram visualizadas múltiplas aderências pélvicas, coleção purulenta,
comunicando-se com a pele por trajeto fistuloso e tubas uterinas aderidas. Realizada
HSTA, Salpingectomia bilateral, fistulectomia, ceftriaxona e metronidazol. A paciente
teve alta melhorada. Discussão: A DIP tem natureza ascendente e polimicrobiana.
Apresenta-se como quadros que variam de autolimitados até doença severa, com
seqüelas como: infertilidade em 10% dos casos, gestação ectópica em 5%, dor pélvica
crônica em 15% e recorrência do quadro infeccioso em até 25% das vezes, o caso
relatado destaca-se por complicar-se com fístula cutânea, ocorrência rara e só descrita
na literatura em casos associando uso do DIU à infecção por Actinomyces israeli.
O IMPACTO DO ACOMPANHAMENTO MULTIPROFISSIONLA NA
QUALIDADE DE VIDA DE GESTANTES
Vanessa Cardoso Marques Soares,Mary uchyama Nakamura; Sandra Maria
Alexandre: Miriam Diniz Zanetti
O IMPACTO DO ACOMPANHAMENTO MULTIPROFISSIONAL NA
QUALIDADE DE VIDA DE GESTANTES NAKAMURA MU*; SOARES VCM;
ZANETTI MRD; PETRICELLI CD; ALEXANDRE SM. Universidade Federal de
São Paulo INTRODUÇÃO Qualidade de vida se define como a percepção do
indivíduo segundo sua posição na vida no contexto da cultura e sistemas de valores e
em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações(OMS).
OBJETIVO: Avaliar o impacto do acompanhamento multiprofissional na qualidade de
vida de gestantes. MÉTODOS Estudo comparativo e observacional com 60 gestantes
entrevistadas no terceiro trimestre de gestação com o uso do questionário WHOQOLBREF. As gestantes da Unifesp participaram de um grupo multiprofissional, e as
gestantes do grupo controle (UBS) só recebiam atendimento médico. RESULTADOS
60% das gestantes do grupo estudo (Unifesp) se queixaram de dor nos últimos 15 dias
e no grupo controle (UBS) a média foi de 90%. 43,3% do grupo Unifesp queixaram-se
de lombalgia,sendo que no grupo controle (UBS) esta taxa foi de 83,3%. Nos
domínios do Whoqol-Bref todos mostram dados estatisticamente significantes.
CONCLUSÃO O atendimento multiprofissional durante a gravidez melhora a
qualidade de vida das gestantes, e a maioria das variáveis analisadas teve melhora
significante.
“RELAÇÃO ENTRE A EXPRESSÃO DA CICLOOXIGENASE-2 NOS
CARCINOMAS DUCTAIS IN SITU E INFILTRATIVO DE MAMA E SUA
CORRELAÇÃO COM ÍNDICES PROLIFERATIVOS E APOPTÓTICOS POR
MEIO DE ARRANJOS TECIDUAIS EM MATRIZ”
Victor Luiz Longo Galvão Silva,Edwin Byungkuk Hong; Maria Antonieta Longo
Galvão Silva e Vilmar Marques de Oliveira
A COX2 parece atuar na carcinogênese com efeitos sobre apoptose, proliferação
celular, agressão tumoral e invasão. Estudos evidenciaram relação entre câncer de
mama e COX e encontraram expressão positiva em carcinomas ductais invasivos e In
Situ (CDISs). Objetivo: Avaliar a expressão da COX2 em CDI/CDISs e sua correlação
com índices proliferativos Ki67 e PCNA, pró-apoptóticos APAF1 e caspase3, antiapoptóticos Bcl2 e Ciclina D1 e de invasão p16 e MMP2, por meio de arranjos
teciduais em matriz (TMA. Métodos: Avaliadas 110 pacientes portadoras de
CDI/CDIS, com ou sem comedonecrose, utilizando-se TMA, por imunoistoquímica
para avaliar COX2, APAF1, caspase3, bcl2, ciclinaD1, ki67, PCNA, p16 e MMP2.
Resultados: Em 91,8% pacientes, a COX foi positiva, com positividade maior nas
comedonecroses. A avaliação das proteínas APAF1 e Caspase3, mostrou-se negativa.
O Bcl2 correlacionou-se de maneira significativa com a COX e a CiclinaD1 não se
correlacionou. O Ki67 foi estatisticamente correlacionado com a COX, mas não com o
PCNA. O p16 foi negativo em todas pacientes, enquanto o MMP2 apresentou relação
estatística significativa. Houve relação entre a COX grau histológico e grau nuclear.
Conclusões: A COX2 mostrou-se hiperexpressa nos CDI/CDISs avaliados no mesmo
espécime e apresentou correlação estatística com Ki67, Bcl2 e MMP2. Os marcadores
pró-apoptóticos
foram
pouco
expressos.
SARCOMA MAMÁRIO
ZUCCHI, C.M.,TAROMARU G.C.M; BAGNOLI F; OLIVEIRA V.M.; RIOS
L.S.R; MONREAL M.A.; AOKI T.
INTRODUÇÃO: Sarcomas origina-se nos diferentes tecidos conjuntivos que
constituem o estroma mamário sendo tumores de baixíA incidência, correspondendo a
1% de todos os tumores mamários. RELATO DO CASO: AAN, 45 anos, com nodulo
em mama esquerda há 7 meses que evoluiu com aumento progressivo associado a dor
local, dispnéia e perda ponderal de 8 kg. No exame físico apresentava tumor de 15 cm
com ulceração da pele. Foi submetida a biópsia incisional cujo resultado foi sarcoma
pleomórfico de alto grau. Discussão: Trata-se de um grupo heterogêneo de doenças
que são classificadas de acordo com a semelhança com o tecido adulto com o qual se
parecem, dentre os quais temos: angiossarcoma, fibrossarcoma, lipossarcoma,
leiomiossarcoma, linfomas e carcinossarcoma. Para determinarmos o comportamento
biológico é fundamental a graduação histológica, baseada na celularidade,
pleomorfismo, mitoses, necrose. Clinicamente apresentam-se como massas mamárias
indolores e móveis e palpação axilar pode revelar linfonodos aumentados, porém
raramente comprometidos. O prognóstico é ruim devido a sua predileção pelas
metástases hematogênicas. Raras metástases para linfonodos regionais foram
relatadas, sendo a ressecção cirúrgica com margens amplas, sem esvaziamento axilar,
o tratamento local preconizado.
MARCADORES ANGIOGÊNICOS AVALIADOS EM CARCINOMAS
DUCTAIS INVASIVOS DA MAMA ATRAVÉS DA TÉCNICA DE “TISSUE
MICRO-ARRAY” E CORRELACIONADOS COM O PROGNÓSTICO DAS
PACIENTES
Ana Maria Kemp,Carla Sola Deponte, Maria Antonieta Longo Galvão Silva e
José Francisco Rinaldi
A angiogênese é requisito para células tumorais alcançarem a circulação e se
implantarem em órgãos. Sem angiogênese a neoplasia poderá crescer 1-2 mm,
limitada pelo aporte insuficiente. Bloquear a angiogênese atrasa as metástases.
Objetivos: Avaliados o seguimento de pacientes com carcinoma ductal invasivo
mamário CDI, e analisadas a interação entre crescimento tumoral, angiogênese, e
prognóstico evolutivo. Os locais de maior densidade da microvascularização MVD
foram correlacionados com o fator de crescimento do endotélio vascular VEGF, CD
34, receptores hormonais, Her2 e com o Ki67. Métodos: Analisadas 120 mulheres
portadoras de CDI. Os blocos submetidos à técnica de arranjos teciduais em matriz
TMA. O material processado por imunoistoquímica para anticorpos: VEGF, CD34,
Receptores de Estrógeno e Progesterona, CerbB2 e Ki67. Resultados: o estadiamento
das pacientes foi estatisticamente significante (ES) comparado ao tamanho do tumor,
aos linfonodos axilares, ao VEGF e ao KI67. Os receptores hormonais e o CerbB2 não
foram ES quando comparados com o VEGF e com o comprometimento axilar.
Conclusões: VEGF mostrou-se ES nos CDI desempenhando importante papel na
progressão tumoral, estímulo à angiogênese, no comprometimento linfonodal. O
CD34 é potente marcador da vascularização. O VEGF foi ES quando correlacionado
com agressividade tumoral, Ki67 e comprometimento linfonodal.
CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO
E OS ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS EM MULHERES COM
PROLAPSO GENITAL
Ana Paula Magalhães Resende,Liliana Stüpp, Bruno Teixeira Bernardes,
Emerson Oliveira, Rodrigo Aquino de Castro, Marair Gracio Ferreira Sartori,
Manoel João Batista Castello Girão
OBJETIVO: Correlacionar a força de contração dos músculos do assoalho pélvico
(MAP) com a área de secção transversal (AST) do músculo levantador do ânus em
mulheres com prolapso de órgãos pélvicos (POP). METODOLOGIA: Vinte e duas
mulheres (52±5,5 anos), multíparas, com prolapso genital estadio ICS II, foram
recrutadas no ambulatório de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da Unifesp. As
pacientes se submeteram a avaliação médica de rotina que incluiu a quantificação do
prolapso genital pelo método POP-Q. Essa avaliação determinou a inclusão das
pacientes neste estudo. Foi realizada a avaliação bidigital dos MAP onde se verificou a
força (pela escala de Oxford) e o endurance muscular pelo teste de tempo máximo de
sustentação da contração em segundos. Posteriormente, realizou-se a ultrassonografia
bidimensional transperineal da AST do músculo levantador do ânus. RESULTADOS:
Mulheres com POP apresentaram diminuição do endurance muscular (3,2 ± 1,4 seg),
diminuição da força (2,7±1,6) e menor AST (1,2±0,4 cm2). CONCLUSÃO: Houve
diminuição da força e do tempo de sustentação da contração dos MAP associada a
uma diminuição da AST, sugerindo a presença de disfunções do assoalho pélvico
associadas ao POP. PALAVRAS-CHAVE: prolapso genital, avaliação dos MAP,
ultrassonografia
bidimensional.
”BUPROPIONA NO TRATAMENTO DE SINTOMAS VASOMOTORES NAS
MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA”
Carolina de Souza Delage Faria,Moura, J.V.L.; Orioli, P.; Ribeiro, A.L.;
Scapinelli, A.; Tamanaha, S.; Aldrighi, J.M
Introdução: O período de transição menopausal é marcado por um conjunto de
sintomas(1). A hormonioterapia tem sido o tratamento recomendado para maioria das
mulheres saudáveis (2), as que possuem câncer de mama não podem fazer uso da TH.
Para esses casos, estudos com antidepressivos, como a Venlafaxina (5), têm
demonstrado uma diminuição na frequência e severidade dos fogachos (4). Não
existem muitos estudos sobre a Bupropiona para este fim. Objetivo: Comparar a
efetividade da Bupropiona com a Venlafaxina no tratamento dos sintomas
vasomotores e sexuais de mulheres na pós-menopausa, com contraindicação para
terapia hormonal ou que já o fizeram pelo período máximo recomendado pelo WHI,
suspenderam e continuam sintomáticas. Métodos: Ensaio clínico, prospectivo, duplo
cego, randomizado. Resultados: Foram randomizadas 33 pacientes, para uso das
medicações 1 e 2, sendo 13 da medicação 1 e 20 da medicação 2. A média de idade foi
de 55,3 anos. Nos tempos avaliados, a analise estatística mostrou melhora dos
sintomas com diferença significativa (p0,001), sendo que não houve diferença
significativa entre as medicações 1 e 2 (p0,05). Conclusão: As pacientes apresentaram
melhora dos sintomas menopausais, da função sexual e do humor com a Bupropiona.
PREVALÊNCIA E ETIOLOGIA DA FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA
Faria ALA,Tock L,Tamanaha S, TafnerKL, Prado RAA, Aoki T, Aldrighi JM
A falência ovariana prematura(FOP) representa 10-28% das amenorréias primárias e
4-18% das secundárias. Apresenta múltiplos fatores causais que resultam em depleção
ou disfunção folicular, e geralmente apresentam-se como forma esporádica, pois a
história familiar só está presente em 5% dos casos. Entre as causas conhecidas estão as
alterações cromossômicas, determinadas por genes ligados ao cromossomo X, doenças
auto-imunes, agentes tóxicos e causas iatrogênicas. Entretanto, com relativa
freqüência a causa etiológica não é estabelecida, sendo então denominada como
idiopática. Encontramos prevalência de 9% de pacientes atendidas com o diagnóstico
de FOP no ambulatório de Ginecologia Endócrina da Santa Casa de São Paulo. Destas
pacientes, 38% caracterizaram-se como FOP idiopática e 30% por etiologia
correlacionada com a disgenesia gonadal. A FOP após tratamento radio-quimoterápico
representa 22% dos nossos diagnósticos, e as causas cirúrgicas 8%, sendo que destas,
4% ocorreram por doenças benignas e 4% por doenças malignas no ovário Apesar dos
inúmeros métodos diagnósticos presentes na atualidade ainda temos 30% das FOP no
nosso ambulatório caracterizadas como idiopáticas. E, sabemos que, com o aumento
das sobreviventes ao câncer a prevalência de FOP ainda deve aumentar e devemos
estar preparados para assistir estes pacientes.
TÍTULO: IMPACTO DO TEMPO SEM REPOSIÇÃO HORMONAL NA
DENSIDADE MINERAL ÓSSEA E PERFIL LIPÍDICO DE MULHERES COM
FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA
Faria ALA, Tassis M, , Aoki T, Prado RAA, Tamananha S, Aldrighi JM.,Tassis
M, Tafner KL, Aoki T, Prado RAA, Tamananha S, Aldrighi JM.
A falência ovariana prematura(FOP) expõe as mulheres a mais anos de
hipoestrogenismo do que a menopausa natural, proporcionando maior risco de agravos
como a osteoporose e sua principal conseqüência, as fraturas. Entretanto, os principais
estudos foram realizados em mulheres na pós-menopausa e nestas, a terapia hormonal
foi indicada com o intuito de preservar ou atenuar a perda da densidade mineral óssea.
Poucos estudos têm se dedicado a avaliar o papel da terapia hormonal reposição
hormonal em mulheres com FOP, que muitas vezes ainda não alcançaram o momento
etário do pico natural de massa óssea. O presente estudo teve por objetivo avaliar o
impacto do tempo sobre a massa óssea em mulheres com FOP, não submetidas a
terapia hormonal, nas regiões do fêmur e coluna lombar. A densidade mineral óssea
foi menor em mulheres com história de 04 ou mais anos sem terapia hormonal, tanto
para coluna lombar (p=0,045), quanto para fêmur total (p=0,033). Conclusão: O
diagnóstico precoce (abaixo de 04 anos) é essencial para garantir a saúde óssea em
mulheres com FOP.
GESTANTES OBESAS COM DIABETES GESTACIONAL: ASPECTOS
EMOCIONAIS FRENTE AO ADOECER E À MATERNIDADE
Fregonese, A. A.,Fregonese. A. A., Rodrigues,L.P.
Introdução: A gestação chamada de alto risco representa problema emocional e social.
Objetivo: O objetivo desse trabalho foi de identificar as questões emocionais
envolvidas no diagnóstico de Diabete Melittus gestacional em gestantes hospitalizadas
com IMC acima de 30. Método: Estudo retrospectivo com 72 gestantes, a partir de
protocolo de entrevista semi-estruturada. Resultados: A média de idade foi de 27 anos.
Quanto à idade gestacional 30% estavam no primeiro trimestre, 40% no segundo
trimestre e 30% no terceiro trimestre. Quanto ao diagnóstico verificou-se que 34% das
pacientes referiram sentimento de ansiedade, surpresa, susto e medo; 24% esperavam
pelo diagnóstico devido às gestações anteriores, porém com sentimentos negativos e
27% se sentem culpadas pelo diagnóstico. Quanto à repercussão fetal do diagnóstico
55% apresentaram medo de malformação fetal e 35% temem a prematuridade e 10%
não relacionam nenhuma repercussão fetal. Quanto à maternidade 65% demonstraram
medo do futuro e de falhar na função materna, 67% referiram que sentimentos de
produtividade apenas durante o período gestacional, 30% apontaram o medo de
perderem o companheiro e 100% apresentaram vínculo afetivo com o bebê.
Conclusão: A gravidez de alto risco pode desencadear desorganização do pensamento
e sentimentos, intensificando ansiedades, medos e crenças negativas.
ABORDAGEM DO GINECOLOGISTA SOBRE A SEXUALIDADE DA
MULHER
Imacolada Marino Tozo,Nelson Gonçalves; Antonio Pedro Auge
A ginecologia é uma disciplina da medicina que estuda a fisiologia e a patologia dos
órgãos ligados à reprodução e suas repercussões sobre o organismo. Aborda a saúde
da mulher como um todo, em caráter preventivo, curativo e educacional. Portanto seu
objetivo está além do cuidado médico às doenças, priorizando a atenção à saúde física,
psicológica e social, com ênfase na esfera sexual e reprodutiva da mulher.
Objetivo:Através de um questionário investigou-se conhecimento, preparo profissional
e grau de importância dado as queixas sexuais na consulta em 588 ginecologistas
presentes na 22ª Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da Santa Casa de São Paulo em
2008. Resultados:50,50% dos entrevistados não receberam informação necessária
sobre o manejo clinico da sexualidade da mulher. Em relação ao questionar a cliente
sobre o assunto na consulta 54,9% admitiu que este procedimento deve fazer parte da
mesma, porém 27,0% somente o fazem quando a mulher trás o problema por iniciativa
própria. Segundo os entrevistados 66,5% das mulheres não o fazem. Quanto aos
princípios teóricos que os ginecologistas se baseiam para explorar a queixa sexual das
mulheres 53,3% referiram ser na própria experiência, normas morais e /ou religiosas.
Segundo os pesquisados, apenas 3,2% das mulheres, na consulta, não relata problemas
desse cunho, dentre as queixas mais comuns está a perda da libido 88,5%.
ESTUDO PROSPECTIVO RANDÔMICO COMPARANDO A CORREÇÃO
COM TELA DE POLIPROPILENO VERSUS A SÍTIO-ESPECÍFICA NO
TRATAMENTO DO PROLAPSO VAGINAL ANTERIOR
Jacqueline Leme Lunardelli,LEMOS NLBM, CARRAMAO SS, OLIVEIRA AL,
FARIA ALA, LOPES ED, AOKI T, AUGE APF
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar os resultados anatômicos e o
impacto na qualidade de vida obtidos com a correção sítio-específica e com o uso de
um kit de tela de polipropileno CASUÍSTICA E MÉTODO: 32 mulheres com
prolapso vaginal anterior estádios III ou IV foram incluídas e Randomizadas em dois
grupos: - Grupo 1: correção com kit de tela monofilamentar (Nazca TC®,
Promedon®, Córdoba, Argentina) - Grupo 2: correção sítio específica do prolapso
anterior, com pontos de poliéster (Ethibond®, Ethicon®, EUA) Os resultados
anatômicos foram comparados por meio do índice de quantificação de prolapsos
(POP-Q-I). O impacto na qualidade de vida foi medido pelo King’s Health
Quetionnaire, em uma versão validada para o português. RESULTADOS: Os grupos
eram semelhantes do ponto de vista demográfico. O tempo cirúrgico foi
significantemente inferior no Grupo 1. Porém, o sangramento intra-operatório não
diferiu entre os grupos. Os resultados anatômicos observados no Grupo 1 foram
superiores aos observados no grupo 2, em relação ao ponto Ba (p=.002). Não houve
diferença em relação aos outros pontos. Não houve diferença no escore de qualidade
de vida observado. CONCLUSÃO: Apesar dos resultados anatômicos superiores
observados no grupo 1, não houve diferença entre os grupos no que concerne à
qualidade
de
vida.
TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA BASEADA NA MEDIDA PRÉVIA DO
COMPRIMENTO UTERINO MELHORA OS RESULTADOS DE CICLOS DE
INJEÇÃO INTRACITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZÓIDES
Luiz Guilherme Louzada Maldonado,Tsutomu Aoki ; Camila Madaschi; Priscila
Queiroz; Assumpto Iaconelli Jr.; Edson Borges Jr.
INTRODUÇÃO: A última fase do processo de fertilização in vitro (FIV) é a
transferência embrionária (TE), e apesar do imenso avanço nas diversas fases do
processo, pouco se especula a respeito da TE. OBJETIVO: Avaliar se a TE baseada na
medida prévia do comprimento uterino resulta em maiores taxas de implantação e
gestação quando comparada com à TE padrão baseada apenas na ultrassonografia
transabdominal. MÉTODOS: O estudo incluiu 200 pacientes submetidas à
estimulação ovariana controlada para injeção intracitoplasmática de espermatozóides
(ICSI). Os ciclos foram divididos de acordo com o método de TE: ciclos em que a TE
foi baseada na medida uterina prévia (MUP, n=50) e ciclos em que a TE foi baseada
apenas na ultrassonografia transabdominal (Controle, n=150). A dificuldade da TE
(fácil ou difícil) e as taxas de implantação e gestação foram comparadas entre os
grupos. RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos em relação à
dificuldade da transferência, porém tanto as taxas de implantação (11.9% vs 30.7%, p
0,001) e gestação (26.0% vs 54.0%, p 0,001) foram significantemente mais altas no
grupo MUP. CONCLUSÃO: A TE baseada na medida prévia do comprimento uterino
resulta em maiores taxas de implantação e gestação quando comparada à TE padrão.
TÍTULO: IMPACTO DO TEMPO SEM REPOSIÇÃO HORMONAL NO
PERFIL LIPÍDICO DE MULHERES COM FALÊNCIA OVARIANA
PREMATURA
M Tassis,Faria ALA, Tafner KL, Aoki T, Prado RAA, Tamananha S, Aldrighi
JM.
A falência ovariana prematura(FOP) expõe as mulheres a mais anos de
hipoestrogenismo do que a menopausa natural, privando-as do efeito protetor
cardiovascular dos estrogênios. Poucos estudos têm se dedicado a avaliar o papel da
terapia hormonal reposição hormonal em mulheres com FOP, bem como seu efeito no
perfil lipídico nessas mulheres. O presente estudo teve por objetivo avaliar o impacto
do tempo sem reposição hormonal sobre o perfil lipídico de mulheres com falência
ovariana prematura. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foram incluídas 43 mulheres que
foram divididas em dois grupos, de acordo com o tempo decorrido entre a menopausa
e o início da reposição hormonal. RESULTADOS: Não encontramos diferença entre
os grupos para o colesterol total (p=0,958), LDL (p=0,877), HDL (p=0,833) ou
triglicérides (0,654). Conclusão: O tempo sem reposição hormonal não influiu no
perfil lipídico de mulheres com FOP. Estes achados não são, provavelmente,
condizentes com risco de eventos cardiovasculares, uma vez que mulheres nas quais
houver retardo na instalação da terapia hormonal permaneceram por período mais
prolongado sem o efeito protetor dos estrogênios para o perfil lipídico.
EFEITOS DO ANÁLOGO DE GNRH NA RESPOSTA OVARIANA EM
CICLOS REPETIDOS DE ESTIMULAÇÃO CONTROLADA
Mario Cavagna,Tsutomo Aoki; Camila Madaschi Reis; Fabio Biaggioni Lopes;
Assumpto Iaconelli Jr.; Edson Borges Jr.
INTRODUÇÃO: Durante o estímulo ovariano controlado (EOC), as pacientes são
tratadas com agonista (ago) ou antagonista (ant) do GnRH para bloquear a ação da
pituitária, e os ovários são estimulados com gonadotrofinas para induzir o
desenvolvimento de múltiplos folículos. É controverso o efeito da EOC na resposta
ovariana consecutiva a falha de gestação em tentativa prévia. O objetivo do presente
estudo foi avaliar se a manutenção ou a substitutição do análogo de GnRH (ago vs ant)
em ciclo de ICSI consecutivos pode influenciar os resultados. MÉTODOS: Foram
avaliados, 181 ciclos repetidos de ICSI cuja tentativa inicial resultou em falha de
gestação. Ciclos consecutivos foram comparados em relação à dose de FSH, número
de oócitos MII, número de embriões e taxa de gestação na tentativa consecutiva.
RESULTADOS: Ciclos de EOC utilizando GnRH ago na primeira tentativa
apresentaram resultados similares em estímulo consecutivo, independente do
protocolo de bloqueio. Por outro lado, a utilização do GnRH ant na primeira tentativa
resultou em aumento significativo do número de oócitos (7.5+6.9 vs. 10.3+8.4,
p=0.032) e na obtenção de um maior número de embriões (4.5+3.5 vs. 6.3+5.2,
p=0.036) em casos consecutivos nos quais foi administrado GnRH ago.
CONCLUSÃO: A utilização do ago de GnRH, em EOC posterior a falha prévia
utilizando GnRH ant, melhora significativamente a resposta ovariana.
PATCH DE SUBMUCOSA DE INTESTINO DELGADO SUÍNO (SURGISIS®)
PARA A COBERTURA DE EXTENSA RESSECÇÃO VAGINAL POR
ENDOMETRIOSE
Nucélio Luiz de Barros Moreira Lemos,Kamergorodsky G, Faria ALA, Severino
Jr. C, Rodrigues FC, Ayroza-Ribeiro PA, Auge APF, Aoki T
Trata-se este de um relato da utilização de um patch de submucosa de intestino
delgado suíno (SurgiSIS®, Cook®, Indianápolis, IN, EUA) como retalho sobre
extensa área cruenta de ressecção vaginal de endometriose. Uma paciente nulípara de
32 anos foi encaminhada para tratamento de um volumoso nódulo retovaginal que se
estendia das mucosas vaginal à retal. A cirurgia foi realizada em dois tempos:
inicialmente, foi realizada a ressecção segmentar intestinal, tratando radicalmente a
endometriose do retossigmóide, sem abrir a parede vaginal; seis meses após a primeira
intervenção, a paciente foi submetida a um “second-look” laparoscópico, para lise de
aderências, e ressecção, por via vaginal, da doença remanescente. Para previnir a
retração cicatricial e o encurtamento vaginal, foi utilizado um patch de submucosa de
instestino delgado suíno sobre a área cruenta de cerca de 4cm de diâmetro; ou seja,
cerca de metade do comprimento da parede vaginal posterior. Após 3 meses, a vagina
estava completamente epitelizada, sem sinais de retração cicatricial e com a
elasticidade preservada. Conclusão: O patch de submucosa de instestino delgado suíno
parece ser uma opção válida na prevenção da retração epitelial em casos de ressecção
vaginal extensa.
ESTUDO RANDÔMICO DA CORREÇÃO CIRÚRGICA DO PROLAPSO
UTERINO ATRAVÉS DE TELA SINTÉTICA DE POLIPROPILENO TIPO I
COMPARANDO HISTERECTOMIA VERSUS PRESERVAÇÃO UTERINA
Silvia S Carramão,Eliana D Lopes, Jaqueline Lunardelli, Nucélio LBM Lemos,
Aparecida Maria Pacetta,Paulo Airosa, Tsutomu Aoki, Antonio Pedro Flores
Auge,
Objetivo: Comparar os resultados anatômicos de pacientes portadoras de prolapso
uterino tratadas utilizando tela de polipropileno após histerectomia vaginal versus a
histeropexia.Método:Estudo randomizado com 31 mulheres com prolapso uterino
estádio III ou IV (POP-Q) divididas em dois grupos:Grupo HV-15 histerectomia
vaginal,Grupo HP- 16 Histeropexia. Para a análise das variáveis foi utilizado teste de
Mann-Whitney, risco a=0,05.Resultados:. Não se observou diferença entre os grupos
nas complicações funcionais. O tempo cirúrgico =120 minutos para grupo HV versus
58.9 minutos para grupo HP ( p 0.001 ) e o volume de perda sanguínea intra operatória
=120 mL no grupo HV versus 20 mL para grupo HP ( p 0.001). A taxa de sucesso
objetivo = 86.67% para grupo HV e 75% para grupo HP (p=0,667) A taxa de erosão
de tela = 20% de extrusão no grupo HV versus 18,75% grupo HP (p =1,000). O QQV
demonstrou que a qualidade de vida melhorou significativamente nos dois
guupos.Conclusão Cirurgia vaginal com telas é um procedimento efetivo para a
correção do prolapso. Os resultados anatômicos da histeropexia foram similares à
histerectomia. A histeropexia teve menor morbidade em conseqüência do menor
Tempo cirúrgico e volume de perda sanguínea. Entretanto mais estudos em longo
prazo são necessários para confirmar a eficácia e segurança do uso de telas na
correção do prolapso uterino.
AS DIFERENTES PERCEPÇÕES DA MULHER SOBRE A MENSTRUAÇÃO
NA MENARCA E NO MENACME.
TRINDADE P.C.,HEHN B.J. , MIYAKE M.M., FERNANDES L.F.L.,
BERTONI N.C., LIMA S.M.
Objetivo: Analisar a percepção da mulher a respeito de sua menarca e de sua
menacme. Métodos: trabalho transversal e observacional, incluindo mulheres
divididas em três grupos (menacme, puerpério e quimioterapia), que responderam a
um questionário sócio-demográfico e sobre suas sensações na menarca e no menacme
(Recollections of first Menstruation). Resultados: Foram incluídas 56 mulheres no
grupo menacme, 56 no grupo puerpério e 30 no grupo quimioterapia. No grupo
menacme, a primeira menstruação apresentou sentimentos positivos (orgulho,
empolgação, felicidade). Já no grupo quimioterapia, predominaram sentimentos
negativos (raiva e tristeza). No grupo puerpério, vergonha e sentimentos positivos
foram os mais mencionados. Com relação ao estado menstrual atual, no grupo
menacme prevaleceram orgulho e empolgação. No grupo quimioterapia predominaram
sentimentos negativos (vergonha e raiva). No puérperio encontrou-se equilíbrio entre
sentimentos positivos e negativos. Conclusão: Diversos fatores interferem na maneira
de interpretar a própria menstruação, como o nível educacional, idade da menarca e
presença de alguma doença que interfira na menstruação. Cabe destacar, a alta
prevalência do sentimento de vergonha que apareceu em todos os grupos.
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