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SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA
UNAERP CAMPUS GUARUJÁ
Educação ambiental e a melhoria da qualidade de vida da
população do Guarujá.
Leoncio Flavio Nery Junior
Acadêmico do Curso de Administração de Empresas
UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá
[email protected]
Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee
Resumo:
Neste trabalho apresento que juntamente com o novo estilo de vida da
população, surgiram vários problemas, um deles o problema ambiental, cuja
agressão ao meio ambiente causa dentro deste contexto a contaminação dos
cursos de água, a devastação das florestas e a destruição dos habitats
faunísticos. Estas e outras ações afetam diretamente a qualidade de vida da
população em geral. A educação ambiental surge como uma resposta à
preocupação da sociedade com o seu futuro e para mudar o comportamento
do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de
desenvolvimento sustentável um processo de práticas que irão amenizar esta
destruição. Partindo destes fatos buscarei um meio de mudar a atual
situação ambiental do município do Guarujá e mostrar meios que visem
solucionar esses problemas locais, pois o lema da educação ambiental é:
Pensar globalmente, agir localmente.
Palavras-chave:
Educação
desenvolvimento sustentável.
ambiental,
qualidade
de
vida,
Seção 1: Curso de Administração de Empresas – Meio Ambiente.
Apresentação: oral.
1. Introdução
O presente estudo propiciará a análise do tema educação ambiental e
os processos pelo qual o indivíduo e a coletividade irão construir os valores
sociais e atitudes voltadas para a conservação do meio ambiente, assumindo
e incorporando fortemente a proposta da solidificação de uma sociedade
sustentável, e buscar a formação de uma consciência, a fim de utilizar
sustentavelmente os recursos naturais e relacionar a prática de tomadas de
decisões para a devida melhoria da qualidade de vida da população do
município do Guarujá.
Em seguida serão abordadas situações de como a educação ambiental
deverá ter cada vez mais um papel crucial na vida das pessoas do município,
não apenas visando o lado econômico, mas também o lado social, como
componente indispensável à manutenção da qualidade de vida de seus
moradores.
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2. Realidade do município
A Mata Atlântica é o bioma brasileiro que mais sofreu com a destruição
causada pelo homem, e o município do Guarujá possui o maior conjunto de
remanescentes intactos da Mata Atlântica, rica em biodiversidade, a área
também abriga centenas de nascentes, e possui cerca de 50 quilômetros de
praias.
Todo seu ecossistema sofreu e ainda sofre com a insensata destruição e
má gestão de seus recursos naturais. Sua fauna está em rápido declínio,
mas continua a ser um bioma rico em formas aladas. Sua beleza natural
esta sendo colocada em um jogo que, se continuar assim, acabará
padecendo, afinal a natureza é frágil e não conseguirá lutar por muito tempo
contra tantas agressões.
O adensamento populacional de forma descontrolada, associados ao
uso socialmente desordenado, predatório e consequentemente destrutivo do
meio ambiente, são fatores que influenciam na degradação das condições de
saúde e da qualidade de vida da população, gerando uma preocupação social
com o futuro da cidade.
Guarujá possui muita miséria e exclusão socioeconômica, onde cerca de
45% de sua população moram em favelas, gerando um alto índice de pobreza
e
consequentemente destruição do meio ambiente. Um dos grandes
problemas ambientais hoje, é o aumento gradativo desses assentamentos
irregulares, pois são feitos sem conhecimento técnico e é onde sempre ocorre
o embate entre a preservação do meio ambiente e a urbanização. Há uma
relação direta entre as moradias pobres e as áreas ambientalmente frágeis
como: beira de córregos, rios, encostas íngremes, mangues, várzeas e áreas
de proteção ambiental. A má gestão dos solos aliado a ausência de políticas
habitacionais tem levado a esses fatores. Então, os invasores passam a ser
considerados inimigos da qualidade de vida e do meio ambiente, quando na
verdade eles não têm alternativas e isso ocorre devido à falta de
planejamento urbano.
Graças a essa ocupação desorganizada o município vive hoje um estado
de calamidade, e temos vários outros problemas, mas destaco os seguintes:
o desmatamento e o comprometimento dos cursos de água que acabaram
virando depósitos de lixo e canais de esgoto. Em conseqüência, temos outro
fator gravíssimo para aumentar a poluição ambiental que é a falta de
saneamento básico, o que gera um aumento de casos de doenças. De acordo
com a ONU as regiões costeiras do Brasil são as mais poluídas do mundo.
3. A educação ambiental como solução
O surgimento de problemas ambientais que afetam a qualidade de vida
e a crise de relações entre sociedade e meio ambiente, está tornando nosso
município pobre e precário, e a educação ambiental surge como uma
resposta à preocupação da sociedade com o futuro da cidade.
A educação ambiental não se restringe apenas na proteção e uso
sustentável de recursos naturais, mas incorpora fortemente a proposta de
construção de uma sociedade sustentável, ou seja, a educação ambiental
são processos por meio dos quais, o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
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voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida e sustentabilidade.
Em 1988 nossa Lei Fundamental, pela primeira vez na história,
abordou o tema meio ambiente, e o artigo 225 da Constituição Federal
exerce o papel de principal norteador do meio ambiente e diz: “Todos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras
gerações. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incube ao Poder
Público: VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e
a conscientização pública para a preservação.
Outro marco referencial adotado é a Política de Educação Ambiental
instituída com a aprovação da Lei nº. 9.795 de abril de 1999. A lei conceitua,
em seu artigo 2º, a educação ambiental como componente essencial e
permanente da educação nacional. Determina que o poder público, as
instituições educativas, os órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio
Ambiente – SISNAMA, os meios de comunicação de massa, as empresas,
entidades de classe, instituições públicas e privadas e a sociedade como um
todo têm a incumbência de promover a educação ambiental.
Enfim, o poder público é o principal responsável na proteção do meio
ambiente, bem como fomentar meios de se implantar a educação ambiental
nas escolas, seja qual for o nível de ensino, pois assim irá atingir a maioria
dos cidadãos, e através de um processo pedagógico participativo permanente
iremos incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática
ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese
e a evolução dos problemas ambientais. Cabe, também, a todos defender o
meio ambiente e desenvolver ações em prol da conscientização, quanto a sua
cidadania, os seus direitos e deveres para com a natureza, pois trata-se de
um aprendizado social onde o diálogo, a criação de informação e o conceito
significativo, podem advir de experiência pessoal, e tal responsabilidade de
conscientização deverá ser, sempre, preocupação da sociedade, pois nem
todas as pessoas têm acesso à educação formal.
A educação ambiental exercerá um papel importantíssimo na vida das
pessoas, pois a partir do seu estudo, elas não serão portadoras apenas de
denúncias e sim de soluções, embora as denúncias devam ser as primeiras
atitudes diante dos desmandos socioambientais. A população deverá,
também, produzir mudanças nas suas próprias condutas, modificando, por
exemplo, seus hábitos de consumo, o que gerara um impacto em certas
empresas, e, ao mesmo tempo na conscientização dos empresários que na
busca incessantemente a comercialização de riquezas de nada valerá se não
tivermos um meio ambiente saudável para vivermos com qualidade de vida.
Uma questão primordial para a paralisação das agressões ao meio
ambiente é o planejamento urbano voltado à questão ambiental. Isso
resultara em políticas que atenderão as pessoas menos favorecidas, levando
a elas toda uma estrutura, dentre elas destaco: a coleta de lixo e o
saneamento básico. E o governo não poderá explicar tal falta, pois para cada
dólar investido em saneamento básico, 4 dólares são economizados com a
prevenção de doenças que requerem internações e a falta deste responde por
65% das internações nos hospitais. Outro fator é o lixo. Cada habitante da
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cidade produz cerca de 1Kg de lixo doméstico por dia, ou seja, se a pessoa
viver 70 anos terá produzido em torno de 25 toneladas. Se multiplicarmos
pela população do município, pode-se imaginar a dimensão do problema.
Então, a prefeitura deverá fazer um projeto para a reciclagem desse lixo,
visando à melhoria do meio ambiente.
O modelo de desenvolvimento com Educação Ambiental é a solução
para acabar com a rota da miséria, exclusão socioeconômica e degradação
ambiental, pois visa compatibilizar necessidades de desenvolvimento de
atividades econômicas e sociais com necessidades de preservação ambiental.
4. A educação ambiental e o desenvolvimento sustentável
Todos nós buscamos um meio ambiente sustentável, onde os recursos
da Terra realmente sustentam a vida e a saúde, dando suporte ao progresso,
e sendo capaz de se renovar; uma sociedade sustentável, aquela em que
seus membros vivam em harmonia entre si e com a natureza, local, nacional
e internacionalmente; e uma economia sustentável, aquela em que as
decisões de desenvolvimento, políticas e práticas não destruam os recursos
do planeta Terra e sejam implementadas com respeito às várias culturas do
mundo; enfim, buscamos um desenvolvimento sustentável.
A expressão desenvolvimento sustentável originou-se na Conferência
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como
Conferência de Estocolmo, e significa um modo de desenvolvimento que
atenda às necessidades do presente, sem comprometer a existência das
gerações futuras, abrangendo, portanto, uma dimensão humanitária,
holística, interdisciplinar e democrática da proteção ambiental.
A educação ambiental, hoje, caminha para a Sustentabilidade, sendo
uma importante ferramenta a ser utilizada no intuito de alcançá-la, por sua
vez, é um conceito bastante abrangente e destaca a participação da
comunidade, por meio de valores sociais que sejam capazes de mudar para
melhor o comportamento da raça humana para com o planeta em que vive.
No processo de educação ambiental, as informações ambientais
possuem um relevante significado, pois possibilitam que os cidadãos possam
inteirar-se sobre a situação, organizar-se e influenciar nos processos
públicos de decisão, assim como exigir uma maior e qualificada tutela
ambiental.
A educação ambiental e a sustentabilidade devem andar juntas, mas
antes temos que superar um grande desafio nesse meio, que é a tomada de
medidas que garantam a conservação e proteção ambiental. Temos que
proporcionar uma educação crítica e inovadora nas camadas formais e
informais da sociedade através de um processo político-pedagógico,
democrático e duradouro rumo à construção de uma consciência crítica
sobre a necessidade da proteção ambiental e a mudança dos atuais padrões
de desenvolvimento.
Enfim, estabelecer as relações entre economia, o desenvolvimento social
e político e o meio ambiente. A educação ambiental irá trazer ao Guarujá o
desenvolvimento sustentável, e irá impulsionar sua economia, gerando
emprego e dignidade ao cidadão e garantirá que as gerações futuras possam
gozar da maravilha que é a natureza, da qual a espécie humana é apenas
uma parte.
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5. Conclusão
A má gestão dos recursos ambientais, o uso socialmente desordenado,
predatório, e a sua conseqüente contaminação, tem gerado conflitos de
interesse na cidade do Guarujá. Além disso, são grandes influenciadores na
degradação das condições de saúde e da qualidade de vida no nosso
município.
Com o objetivo de desenvolver nos cidadãos a consciência sobre o meio
ambiente, como sendo lugar para as futuras gerações no exercício de sua
cidadania é que surgiu a Educação Ambiental.
A educação ambiental constitui um suporte indispensável para a
efetivação do desenvolvimento sustentável. A responsabilidade de
conscientização sobre o meio ambiente deverá ser também, preocupação da
sociedade, pois nem sempre as pessoas têm acesso à educação formal.
Procurando-se viabilizar, assim, a crescente participação comunitária nas
decisões sobre onde e como trabalhar as paisagens locais e quais os
caminhos para a revitalização cultural necessários na conservação dos
recursos naturais.
Enfim, pode dizer que o papel da educação ambiental é de suma
importância para que ocorra a implementação de uma nova mentalidade e
de um novo paradigma de desenvolvimento sustentável. Concluindo,
somente por meio da implantação de ações de educação ambiental é que se
poderá subsidiar a gestão integrada e equilibrada dos diversos usos do meio
ambiente, visando assegurar um crescimento social e econômico duradouro,
sustentável e justo, conforme estabelecido na legislação federal e estadual.
6. Referências bibliográficas
BRASIL, Constituição da República Federativa do. São Paulo: Saraiva,
2003.
DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental – Princípios e Práticas. 6ª
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http://www.planalto.gov.br/ccivil-html. Acesso em: 17 de agosto de 2009.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Documento base. Tema Cidades
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Brasil. São Paulo:SMA,1998.p27-32.
VIGOTSKY, L. A Formação
Fontes,1991.
social
da mente. São Paulo: Martins
WIKIPEDIA. Enciclopédia Multilíngüe On-line Livre. Educação Ambiental
e Desenvolvimento Sustentável. São Paulo, SP. Disponível em:
http://www.pt.wikipédia.org. Acesso em: 15 de agosto de 2009.
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