O Brasil no início do século XX Crise de 1929 – reorganização das esferas estatal e econômica no Brasil ; Década de 1920 – deslocamento da economia agro-exportadora – industrialização – impulsionado pela 1ª Guerra Mundial; Preço da força de trabalho – constantemente pressionado para baixo Mulheres e crianças expostas as mesmas condições de trabalho; inexistência da legislação trabalhista – contrato de trabalho particular, massa de desempregados; Classe trabalhadora no Brasil: majoritariamente imigrantes (Europa), condições insalubres de moradia, mínimas condições de higiene e segurança. êxodo rural, população marginalizada, longas jornadas de trabalho; Década de 1920 – greves e manifestações operárias, luta contra a dilapidação do trabalho (Organização de Socorro Mútuo, Caixas Beneficentes, Ligas Operárias, Sociedades de Resistência e Sindicatos); Acirramento da QUESTÂO SOCIAL: contradição antagônica entre burguesia e proletariado O Brasil no início do século XX Luta da classe trabalhadora: iniciativas no plano cultural e social como forma de crítica dos valores burgueses, aumento do salário, duração da jornada de trabalho, proibição do trabalho infantil, regulamentação do trabalho, direito à férias, seguro contra acidentes e contrato de trabalho coletivo; 1919: 1ª lei que responsabiliza as empresas industriais pelos acidentes de trabalho; Estado: se vê obrigado a regular o mercado de trabalho – mecanismos de integração e controle; Final da 1ª República – conquistas estreitas do proletariado; combate às organizações da classe trabalhadora, implementação de mecanismos assistenciais – vilas operárias Fragmentação da classe trabalhadora (campo e cidade) e fragmentação da classe burguesa (cafeicultores e industriários); Cafeicultores – proposta de manutenção (conservadorismo); e Industriários – proposta de progresso/desenvolvimento; O Brasil no início do século XX Cisão entre classe burguesa indica a necessidade de uma rearticulação da burguesia que estava cindida; Estabelece-se um Estado de Compromisso e/ou Estado Provisório (19301937): garantir a reprodução do Capital e as taxas de acumulação das diversas frações burguesas, controlar a classe trabalhadora; Estado assume uma organização corporativa (convergir os interesses divergentes), na década de 30 esse Estado corporativo se consolida. Figura importante nesse cenário: Getúlio Vargas. Estado se coloca acima das classes e propaga a bandeira da harmonia social e do desenvolvimento, criação do Ministério do Trabalho, promulgação da lei 2/3, legislação social é revista e ampliada, controle do sindicato, o trabalho é visto como virtude universal; Crise do Estado – o trato da Questão Social será relegada à Igreja A Questão Social e a Igreja Devido a crise do Estado, a Igreja assume a preocupação com a QUESTÃO SOCIAL; Igreja terá um departamento específico para pensar essas questões - AÇÂO SOCIAL. Esse interesse da Igreja se justificava pela perda de poder que a mesma vinha sofrendo desde a República Velha; Igreja inicia nesse período o MOVIMENTO DE REAÇÃO CATÓLICA: objetivo inicial era recatolizar a nação e recuperar privilégios perdidos – movimento católico leigo que se iniciou na 2ª metade da Rep. Velha 1ª ação uma campanha de Pregação feita pelo padre Júlio Maria – tomava por base as diretrizes da encíclica Papal Leão XII 1916: Dom Sebastião Leme pede a colaboração da população nesse processo de recatolização da sociedade; Igreja volta a ter acesso ao ensino público, assim como um grande poder de influência sobre o Estado (acesso ao ensino público); A Questão Social e a Igreja Igreja papel de colaboração mútua com o Estado – reivindicações da igreja: universidades católicas, jornais católicos, eleitorado católico – processo de mobilização da opinião pública a seu favor; Cooptação dos intelectuais da época (industriários), para isso criação da Revista “A Ordem” (1921) e do Centro Dom Vital (1922) – combater o anticlericalismo e o positivismo e o laicismo nas instituições republicanas; Mobilização do laicato – exercer uma influência entre as frações de classes componentes do bloco dirigente; 1922 – Confederação Católica; coordenar e centralizar politicamente o apostolado leigo – transformar os católicos num exército conquistador; Nesse momento a questão social fica relegada à segundo plano; Fim da República Velha maior identidade entre Igreja e o Estado – década de 30 a mobilização do laicato atingirá seu ápice A Questão Social e a Igreja 1928: Semana de Ação Católica: diversas ações de doutrinação. Recristianização da sociedade; Ações da Ação Católica: Homens da ação Católica (maiores de 30 anos e casados), Liga Feminina (maiores de 30 anos e casadas), Juventude Católica Brasileira, Juventude Feminina Católica, Juventude Estudantil e Juventude Operária; 1932 – Instituto Católico de Estudos Superiores – gérmen das universidades católicas; Década de 30 – 2º ciclo de mobilização do movimento laicato e do MOVIMENTO DE REAÇÃO CATÓLICA; Igreja passará a ter um enorme campo de intervenção na vida social; Nesse momento Estado e igreja querem consolidar a Ordem e a disciplina social; Igreja irá mobilizar a opinião pública e passa reorganizar o movimento católico leigo A Questão Social e a Igreja Intelectualidade da Igreja formulará um projeto de cristianização da ordem burguesa; 2 demonstrações de força da Igreja no Brasil em 1931 – entronização de Nossa Senhora Aparecida e Inauguração do Cristo Redentor; Reafirmação da noção de Nação Católica; Nesse período interesse do governo na Igreja devido a sua força disciplinadora; Liga Eleitoral Católica: apoiar qualquer candidato que defendesse os interesses da Igreja; Constituição de 1934: catolicismo religião oficial, casamento religioso efeito civil, proibição do divórcio e sindicalismo católico.