literatura de dente de leão

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LITERATURA DE DENTE DE LEÃO
Nome Científico: Taraxacum officinale Weber
Sinônimos Científico: Leontodon taraxacum L., Taraxacum retroflexum H. Lindb.,
Taraxacum dens-leonis Desf., Taraxacum palustre (Lyons) Lam & DC., Taraxacum
mongolicum Hand-Mazz (*utilizado na medicina chinesa).
Nomes Populares: Dente de Leão, dente-de-leão-dos-jardins, taraxaco, alfacede-cão, salada-de-toupeira, amargosa, amor-dos-homens, chicória-louca, chicóriasilvestre.
Família Botânica: Asteraceae
Parte Utilizada: Raízes, Planta Inteira Florida e Partes Aéreas
Descrição:
Herbácea anual ou perene, acaule, lactescente, com raiz pivotante, de 15-25cm de
altura, nativa da Europa e Ásia. Folhas rosuladas basais, simples, com margens
irregulares e profundamente partidas, de 10-20cm de comprimento. Flores
amareladas, reunidas em capítulos grandes sobre haste floral oca de até 25cm de
comprimento. Os frutos são aquênios escuros e finos, contendo em uma das
extremidades um chumaço de pelos que facilitam a sua flutuação no vento.
Multiplica-se principalmente por sementes.
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
LITERATURA DE DENTE DE LEÃO
Constituintes Químicos Principais: Lactonas sesquiterpênicas, Ácido taraxínico,
Ácido di-hidrotaraxínico, Taraxacosídeo, Taraxacolídeo, Ácidos cafeico, Clorogênico
e Cicórico, Cumarinas cicoriina e Aesculina, Flavonoides, Luteolina, Fitoesteróis
sitosterol, Estigmasterol, Taraxasterol e Homotaraxasterol, Triterpenos β-amirina,
Taraxol e Taraxerol, Caratenoides e Vitamina A, Óleo-resina, Colina, Sais minerais
(principalmente potássio), Alcalóides (taraxina) e Principio amargo (taraxicina).
Indicação:
Cresce espontaneamente com muito vigor em solos agrícolas e outras áreas sob
distúrbio nas regiões Sul e Sudeste do Brasil durante o inverno e primavera, onde é
considerada ”planta daninha”. Suas folhas são consumidas como salada em
algumas regiões. As flores são melíferas. Esta planta é usada na medicina
tradicional desde tempos remotos na Europa. No Brasil é considerada diurética
potente, sendo empregadas suas folhas, raízes e capítulos florais, para dores
reumáticas, diabetes, inapetência, afecções da pele, hepáticas e biliares, prisão de
ventre e astenia. Para distúrbios da função digestiva (estomacal, hepática, biliar,
intestinal e prisão de ventre) e como diurético, é recomendado seu extrato
alcoólico, preparado amassando-se em pilão 2 colheres (sopa) de raízes e folhas
picadas e deixando-se em repouso por 3 dias em 1 xícara (chá) de álcool de cereais
a 75%, administrando 1 colher de chá diluído em um pouco de água antes das
principais refeições. Recomenda-se ainda em uso externo para afecções da pele do
rosto (pruridos, eczemas, escamações, vermelhidão) e irritação dos olhos, o seu
chá, preparado com uma colher (sopa) de raízes picadas em i xícara de chá de
água em fervura por 5 minutos e adicionando-se 1 colher (sobremesa) de mel após
esfriar e coar.
O dente-de-leão é amplamente utilizado como diurético e também por suas
conhecidas propriedades laxativas, anti-inflamatórias e atividades colerética (para
aumentar a secreção biliar) e hipoglicemiante. Algumas dessas atividades foram
comprovadas por meio de estudos com animais, e nenhum estudo com humanos foi
publicado até então. O dente-de-leão também é utilizado como alimento (as folhas
em saladas, e as raízes como um substituto do café). Um efeito probiótico foi
sugerido para as raízes.
Farmacocinética: Em estudo com ratos pré-tratados durante 4 semanas com um
infuso de dente de leão a 2%, foi observada uma inibição das isoenzimas CYP1A2 e
CYP2E do citocromo P450 em 85% e 52%, respectivamente, quando comparada
com um grupo-controle, mas não mudou a atividade da CYP2D e da CYP3A. Um
aumento de 244% na atividade da UDP-glucuronil transferase também foi
reportado em ratos tratados com o infuso de dente-de-leão. Os resultados dos
estudos em animais não podem ser diretamente extrapolados para humanos, mas
resultados positivos como esses sugerem que estudos clínicos são necessários.
Contraindicação: Nenhuma contraindicação foi encontrada.
Efeitos Adversos: Reações alérgicas por contato.
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LITERATURA DE DENTE DE LEÃO
Revisão de Interação:
Nenhuma interação específica foi encontrada para o dente-de-leão, embora existam
evidências limitadas em animais de que o Taraxacum mongolicum (espécie usada
na medicina chinesa) pode alterar a absorção do ciprofloxacino.
a) Dente-de-leão + Alimentos
Nenhuma interação encontrada.
b) Dente-de-leão + Ciprofloxacino
A interação entre Taraxacum mongolicum e ciprofloxacino é baseada
somente em evidência experimentais.
Evidências experimentais: Em um estudo com ratos, um extrato aquoso de
Taraxacum mongolicum (2g de planta/kg) reduziu significamente a
concentração máxima de uma dose oral única de 20mg/kg de ciprofloxacino
em 73%, quando comparada com a administração oral somente do
ciprofloxacino. A distribuição nos tecidos e o tempo de meia-vida também
aumentaram, embora a ASC não tenha mudado. O extrato de Taraxacum
mongolicum utilizado foi analisado e encontrou-se uma alta concentração de
magnésio, cálcio e ferro.
Mecanismo: Cátions como magnésio, cálcio e ferro são conhecidos por
formarem quelatos com o ciprofloxacino e reduzirem moderadamente sua
absorção total do ciprofloxacino não foi alterada. A razão para a redução da
concentração máxima e do prolongamento do tempo de meia-vida de
eliminação é incerta.
Importância e conduta: O significado geral desses estudos em animais não
está claro, especialmente porque a absorção geral do ciprofloxacino não
pareceu ser afetada. Novos estudos são necessários para descobrir se, e sob
quais circunstâncias, o dente-de-leão pode interagir com o ciprofloxacibo.
Além disso, também são necessários estudos para observar se os efeitos da
espécie de dente-de-leão utilizada nesse estudo (Taraxacum mongolicum)
são aplicáveis para Taraxacum officinale
c) Dente-de-leão + Medicamento fitoterápico
Nenhuma interação foi encontrada.
Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; ABREU MATOS, F.J. Plantas Medicinais no Brasil
Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, 2ª Edição, Nova Odessa – SP Brasil, 2008.
2. WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações Medicamentosas
de Stockley: Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos.
Editora Artemed, Porto Alegre – RS, 2012.
3. VEIGA JUNIOR, V.F.; PINTO, A.C.; MACIEL, M.A.M.. Plantas Medicinais:
Cura Segura?. Química Nova, v. 28, n. 3, 2005.
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