Dente de Leão

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DENTE- DE- LEÃO
Juliana Aenishanslin
Nome científico:
Taraxacum
officinale
Família:
Asteraceae.
Nomes populares:
Alface-de-cão, alface-de-côco, amargosa, amor-dos-homens, chicória-louca,
chicória-silvestre, coroa-de-monge, dente-de-leão-dos-jardins, frango, leutodonte,
quartilho, radite-bravo, relógio-dos-estudantes, salada-de-toupeira, soprão, taraxaco,
taraxacum. Diente de leon (espanhol), dent de lion (francês), dandelion (inglês),
tarassco
comune
e
dente
di
leone
(italiano).
Constituintes químicos:
Ácido caféico, ácido cítrico, ácido dioxinâmico, ácido p-oxifenilacético, ácido
tartárico, ácidos graxos, alcalóides, amerina, aminoácidos, apigenina, carboidratos,
carotenóides, cobalto, cobre, colina, compostos nitrogenados, estigmasterol, ferro,
fitosterol,
flavonóides,
fósforo,
frutose,
glicosídeo
(taraxacosídeo),
inulina,
lactucopicrina, látex, levulina, luteolina, magnésio, matéria graxa, mucilagem, níquel,
óleo essencial, pectina, potássio, pro-vitamina A, resina, sais de cálcio, saponinas,
silicatos, sitosterol, soda, sódio, stigmasterol, taninos, taraxacina, taraxacosídeos,
taraxasterol,
taraxerol,
vitaminas:
A,
B1,
C,
PP,
D;
xantofilas.
(4)
Propriedades medicinais:
Alcalinizante,
anódina,
antianêmica,
anticolesterol,
antidiarréica,
antiescorbútica, antiflogística, anti-hemorrágica, anti-hemorroidária, anti-hipertensiva,
antiinflamatória, antilítica biliar, antioxidante, anti-reumática, antiúrica, antivirótica,
aperiente, bactericida, carminativa, colagoga, colerética, depurativa, desobstruente das
vísceras abdominais, diurética, digestiva, estimulante, expectorante, febrífuga,
fortificante dos nervos, galactagoga, hepática, hipocolesterolêmica, hipoglicêmica,
laxante
suave,
nutritivas,
problemas
do
fígado,
sudorífica,
tônica.
(3)
Estudos etnofarmacológicos:
Na medicina popular o dente de leão é indicado para muitos usos: ácido úrico;
acidose, acnes, afecções biliares, afecções hepáticas, afecções ósseas, afecções renais,
afecções vesicais, aliviar escamações da pele, aliviar irritações da pele, aliviar
vermelhidões na pele, anemias; arteriosclerose, astenia, baixa produção de leite por
lactantes, cálculos biliares; câncer, cárie dentária, celulite, cirrose, cistiti, colecistite
(inflamação da vesícula biliar); colesterol, constipações, depurativo para todo o
organismo, dermatoses, desordens hepatobiliares, desordens reumáticas, diabetes, diluir
gorduras do organismo, distúrbios menstruais; diurético, doenças de pele, doenças
ósseas, eczemas, edemas; escarros hemoptóicos, espasmos das vias biliares, esplenite
(inflamação do baço); excesso de colesterol, falta de apetite, fígado, fraqueza; gota,
hepatite; hidropisia; hiperacidez do organismo, hipoacidez gástrica, icterícia, impurezas
no sangue, insuficiência hepática; litíase biliar, manchas na pele, nefrite, obesidade,
obstipação, oligúria, palidez; paludismo, pele, piorréia, prevenção de derrames, previnir
a gota, previnir artritismo, previnir cálculos renais, previnir cárie dentária, previnir
doenças das gengivas, previnir reumatismo, prisão de ventre, problema hepáticos,
problemas digestivos, radicais livres, renovar e fortalecer o sangue, reumatismo; rugas,
sardas,
tonificar
o
sistema
sexual,
varizes,
verrugas,
vesícula.
(10)
Parte utilizada:
rizoma,
folhas,
inflorescência,
sementes.
(9)
Contra-indicações/cuidados:
Não usar na gravidez. É contra indicado em casos de pessoas com sensibilidade
gastrintestinal, acidez estomacal, com obstrução no duto biliar; no caso de cálculos
renais,
usar
a
planta
apenas
sob
a
supervisão
de
um
médico.
(7)
Efeitos colaterais:
Náuseas,
O
látex
vômitos,
da
diarréia,
planta
fresca
pode
pirose,
reações
produzir
alérgicas.
dermatite
de
contato.
Em uso interno, pode causar moléstias gástricas, como hiperacidez. Para evitar associar
o
malvavisco
ou
outra
planta
mucilaginosa.
O uso de diuréticos en presença de hipertensão ou cardiopatia, só sob prescrição
médico, dada a possibilidade de ocorrer descompensação tensional ou eliminação de
potássio excessiva com potencialização dos efeitos dos cardiotônicos (no caso do dentede-leão
o
risco
é
menor
por
ser
ele
rico
em
potássio).
(5)
Modo de usar:
Infusão,
decocção,
vinho.
Folhas:
- suco: bater no liqüidificador 4 folhas, 1 copo d´água e gotas de limão. Tomar 2 a 3
colheradas
-
secas:
do
4
a
10g
suco
três
vezes
ao
ao
dia
ou
dia.
por
infusão.
- infusão: 10g de folhas por litro de água, como tônico e depurativo, 3 xícaras de chá
por
-
dia.
sumo
Uso
das
folhas:
cálculos
externo:
renais
e
fígado.
vitiligo.
- folhas novas são usadas em saladas; as folhas velhas, refogadas e comidas como
verdura;
Flores:
-
fritas.
-
em
saladas,
maioneses
e
geléias;
Sementes:
- torradas e moídas, podem ser usadas como "café de chicória".
Rizomas:
-
comidas
cruas
ou
cozidas,
cortadas
em
fatias.
- deixar macerar por 1 dia 1 colher das de chá de raízes secas em 1 xícara das de chá de
água. Tomar ½ xícara antes das refeições: desintoxicante hepático e depurativo;
- 2 a 3 colheres de chá das raízes secas em 250mL de água. Ferver 10 a 15 minutos.
Tomar
3
vezes
ao
dia.
- 1 colher de chá de raízes secas em ½ copo de vinho tinto seco. Deixar macerar 10 dias.
Tomar
1
-
raiz
-
extrato
cálice
antes
pulverizada:
fluido:
das
1g
30
por
gotas,
3
refeições:
dose,
a
4g
4
aperiente;
por
vezes
dia.
ao
dia.
- macerar 1 colher-de-chá de raízes picadas em uma xícara de água, durante uma noite.
Ferver no dia seguinte por cerca de 1 minuto. Tampar e deixar esfriar. Coar e tomar
meia xícara em jejum e a outra metade após o café da manhã do mesmo dia: depurativo
e
-
desintoxicante;
tintura
(1:5):
5
a
10mL
Raízes
em
25%
etanol,
3
vezes
e
ao
dia.
folhas:
- 2 colheres-de-sopa de raízes e folhas picadas, em 1 litro de água. Ferver por 3 minutos,
tampar até esfriar. Coar, tomar durante o dia, dividido em várias doses: diurética.
-
tintura
mãe:
50
gotas,
3
vezes
ao
dia.
Raízes, flores e folhas novas podem ser consumidas cruas em saladas como estimulante
da
digestão.
Planta toda seca pulverizada: 1g por dose, 3 a 4 vezes ao dia. (6)
Histórico:
O Taraxacum officinale é conhecida no Brasil pelos vários nomes populares:
amor-de-homem, amargosa, taraxaco, alface-de-cão, salada-de-toupeira. O nome mais
comum,
dentre
estes,
é
Dente-de-leão.
Esta planta já era chamada de "dent-de-lion" pelos Normandos Gálicos, um dos
muitos povos que na Idade Média habitavam a região que hoje chamamos de França.
O nome é devido, provavelmente, à forma das folhas, que lembrariam dentes de
leão. Quando a Inglaterra foi conquistada pelos Normandos, em 1066, os Saxões (que
então habitavam a Inglaterra) criaram, a partir do nome "dent-de-lion", a variação
"dandelion", até hoje o nome popular dado à planta nos países de língua inglesa.
O Dente-de-leão é chamado pelos botânicos de Taraxacum officinale.
"Taraxacum" é, provavelmente, uma latinização do termo persa "tarashgun", que
significa
"erva
amarga".
Já "officinale", por sua vez, é um adjetivo latino empregado para designar
plantas usadas nas farmácias para a preparação de medicamentos. Então, se fossemos
traduzir para a nossa língua o nome científico do dente-de-leão, chegaríamos a algo
como "erva amarga de uso medicinal". (1)
Curiosidade:
As flores do dente de leão se abrem às cinco da manhã e fecham ao cair da tarde,
razão pela qual esta planta também é chamada de relógio de pastor. Há também uma
crença de que se as sementes saem voando quando há vento é sinal de chuva iminente.
Assim, são conferidas ao fruto propriedades divinatórias: quando sopradas, as sementes
que caem podem indica os anos de vida de uma pessoas ou o número de descedentes…
(2)
Referências Bibliográficas:
www.planetanatural.com.br/ detalhe.asp?cod_secao=10&idnot=680 (1)
www.casaecia.arq.br/plantas_aromaticasv.htm (2)
www.cotianet.com.br/jornalatuante/mat037.htm (3)
www.plantamed.com.br/ESP/Taraxacum_officinale.htm (4)
darwin.futuro.usp.br/site/ dandelions/quadroteorico/c_denteleao.htm (5)
www.aleph.com.br/pleiades/ervas/dente%20de%20leao.htm (6)
LORENZI H. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Instituto Plantarum, 2002. Nova
Odessa, São Paulo. (7)
TESKE M., TRENTINI A. M. Herbarium: compêndio de fitoterapia. Editora Herbarium
Laboratório Botânico. Curitiba, Paraná. 1995. (8)
ALONSO, J. R. Tratado de fitomedicina – bases clínicas e farmacológicas. Isis. Buenos Aires:
1998. (9)
Segredos e virtudes das plantas medicinais. Editora Reader’s Digest Brasil Ltda. Rio de Janeiro,
1999. (10)
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