Abordagem Nutricional nos Transtornos Alimentares

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Abordagem Nutricional
nos Transtornos
Alimentares
Nutricionista: Gisele Araú
Araújo Magalhães
Transtornos Alimentares
Anorexia
Transtorno
da Compulsão Alimentar
Perió
Periódica
Transtornos Alimentares não
Especí
Específicos
EPIDEMIOLOGIA
Predominante
Nervosa
Bulimia
EPIDEMIOLOGIA
em mulheres: menos
de 10% são homens, mas os casos
começam a aumentar
Anorexia Nervosa: fase pré-puberal e
puberdade, cada vez mais cedo;
0,5% em mulheres jovens ocidentais
Bulimia Nervosa: 16 - 19 anos
prevalência de 1% em mulheres
jovens ocidentais (Hay, 2002)
de síndromes parciais ou
TANE: 2-5% das mulheres jovens
Prevalência de TCAP em 2-3% da
população americana (50% homens /
50% mulheres)
Pode ocorrer em qualquer classe
sócio econômica
EPIDEMIOLOGIA
Referências Diagnó
Diagnósticas
Prevalência aumentada em certos grupos
ocupacionais = profissões que exigem boa
aparência e corpo muito magro:
Bailarinas, dançarinas;
Modelos, atrizes;
Ginastas, jóqueis, boxers, lutadores;
Estudantes de nutrição e nutricionistas;
Estudantes de Ed. Física e educadores
físicos;
Antonaccio (2001) = 21,4% com
Alimentação desordenada
Prevalência
Diagnostic and Statistical Manual of
Mental Disorders - DSM IV - Americam
Psychiatry Association - (APA)
Código Internacional Doenças - CID 10
ANOREXIA – Crité
Critérios Diagnó
Diagnóstico
ANOREXIA – Crité
Critérios Diagnó
Diagnóstico
DSM IV:
DSM IV
1- Há perda de peso ou, em crianças, falta
de ganho de peso e peso corporal é
mantido em pelo menos 15% abaixo do
esperado para idade e altura (IMC <17,5
Kg/m2) [checar se chegou a perder 15%
peso].
2- A perda de peso é auto-induzida por
evitar “alimentos que engordam”.
3
- Há uma distorção na imagem
corporal na forma de uma
psicopatologia específica de um
pavor de engordar.
4 - Um transtorno endócrino
generalizado envolvendo o eixo
hipotalâmico-hipofisário.
ANOREXIA – Crité
Critérios Diagnó
Diagnóstico
ANOREXIA – Crité
Critérios Diagnó
Diagnóstico
CID 10
CID 10
1
3
- Há perda de peso ou, em
crianças, falta de ganho de peso e
peso corporal é mantido em pelo
menos 15% abaixo do esperado.
2 - A perda de peso é auto-induzida
por evitar “alimentos que
engordam”.
- Há uma distorção na imagem
corporal na forma de uma
psicopatologia específica de um
pavor de engordar.
4 - Um transtorno endócrino
generalizado envolvendo o eixo
hipotalâmico-hipofisário-gonadal.
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Histó
Histórico - Anorexia
Anorexia (grego): falta de apetite
Richard Morton (1694) - 1a descrição
médica
Idade Média - jejum religioso - “anorexia
santa”
Entidade clínica:
William Gull (1868) - Inglaterra
Charles Laségue (1873) - França
Perda de peso
Atraso no diagnó
diagnóstico
Prá
Práticas inadequadas para o controle do
peso:
(Cordás et al – IN: Philippi & Alvarenga, 2004)
– Vômitos
– Diuré
Diuréticos
– Enemas e laxantes
Rev. Bras. Psiquiatr. vol.24 suppl.3 São Paulo Dec. 2002; Carmen
Leal de Assumpção e Mônica D Cabral
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Jejum simples;
Reduç
Redução da glicemia e aa circulantes;
Aumento na secreç
secreção de glucagon e
reduç
redução na secreç
secreção de insulina;
Uso das reservas corporais de glicogênio;
Gliconeogênese;
Gliconeogênese;
Uso de corpos cetônicos pelo cé
cérebro com
reduç
redução do consumo proté
protéico e perda de
90 a 100g /dia de massa muscular
Na
primeira semana de jejum há
há
uma perda de 300 a 600 g/dia
Esta perda é acompanhada pela
reduç
redução do gasto caló
calórico
Há maior utilizaç
utilização de gordura como
fonte energé
energética
Reduç
Redução da perda para 220 g/dia
↓ Massa muscular
100%
Fadiga
↓ Resposta imune
Disponibilidade de energia e
Acamado
Insuficiência de
Depressão
Múltiplos órgãos
Apatia total
Morte
energética
60%
Pacientes
catabólicos
0
semanas
Pessoas
normais
10
0%
Alteraç
Alterações Endó
Endócrinas
Amenorré
Amenorréia;
Baixos ní
níveis de testoterona,
testoterona, FSH e LH;
Diabetes insipido;
insipido;
Elevaç
Elevação do ní
nível basal do hormônio do
crescimento;
Hipercortisolemia;
Hipercortisolemia;
Reduç
Redução de T3 e T4 com TSH normal ou
pouco reduzido;
Qualidade de vida
100%
Peso Corpóreo
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Variação
Normal
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Alteraç
Alterações ósseas
Alteraç
Alterações Hidroeletrolití
Hidroeletrolitícas
Reduç
Redução
da densidade óssea;
Osteopenia ou osteoporose
irreversí
irreversível;
Diminuiç
Diminuição ou suspensão do
crescimento ósseo linear;
Fraturas.
Hipocalemia;
Hipocalemia;
– Fraqueza, confusão, ná
náuseas, palpitaç
palpitação,
arritmia, dor abdominal e constipaç
constipação
Hiponatremia;
Hiponatremia;
Hipomagnesemia;
Hipomagnesemia;
Acidose metabó
metabólica e alcalose metabó
metabólica
hipocalêmica.
hipocalêmica.
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Alteraç
Alterações Hematoló
Hematológicas
Anemia;
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Alteraç
Alterações dos fâneros e visão
Leucopenia;
Leucopenia;
Trombocitopenia;
Trombocitopenia;
Hipoplasia
de medula secundá
secundária ao
uso de fenolftaleí
fenolftaleína.
na.
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Alteraç
Alterações Cardí
Cardíacas
Hipotensão arterial;
Bradicardia;
Bradicardia;
Taquicardia;
Atrofia do mú
músculo cardí
cardíaco;
Prolapso de vá
válvula mitral;
Derrame pericá
pericárdico;
Alteraç
Alterações eletrocardiográ
eletrocardiográficas e arritmias;
Risco de morte sú
súbita;
Síndrome de realimentaç
realimentação.
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Alteraç
Alterações Renais
Reduç
Redução
da concentraç
concentração uriná
urinária;
Azotemia pré
pré-renal;
Nefropatia hipocalêmica;
hipocalêmica;
Lití
Litíase renal;
Hematú
Hematúria.
ria.
Pele seca, sem brilho e coberta por fina camada
de pêlos (lanugo
);
(lanugo);
Coloraç
Coloração de pele amarelada;
Diminuiç
Diminuição dos caracteres sexuais secundá
secundários;
Perda do contorno do quadril e ná
nádegas;
Unhas quebradiç
quebradiças e com crescimento lento;
Pêlos e cabelos ralos, finos, opacos;
Catarata, atrofia do nervo óptico e degeneraç
degeneração
da retina.
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Alteraç
Alterações Pulmonares
Edema
pulmonar;
Pneumomediastino;
Pneumomediastino;
Taquipné
Taquipnéia;
ia;
Bradpné
é
ia;
Bradpn ia;
Aspiraç
Aspiração.
Complicaç
Complicações Clí
Clínicas na
Anorexia Nervosa
Alteraç
Alterações Gastrointestinais
Pancreatite;
Pancreatite;
Elevaç
Elevação
de enzimas hepá
hepáticas;
Aumento das paró
parótidas e parotidite;
Retardo no esvaziamento gá
gástrico.
PREVALÊNCIA DAS
COMPLICAÇ
COMPLICAÇÕES CLÍ
CLÍNICAS
Hipoglicemia
Hipercolestero
lemia
BULIMIA – Crité
Critérios Diagnó
Diagnóstico
DSM IV
1
- Episódios recorrentes do comer
compulsivo
2 - Comportamentos compensatórios
recorrentes com frequência mínima:
2x / sem por 3 meses
51,7% Osteopenia
41,3% Bradicardia
38,6% Anemia
34,6% Osteoporose
34,4% Leucopenia
30% Fratura óssea
22,4% Hipotermia
19,7% Hiponatremia
19,7% Hipocalemia
16,1% Hipotensão
14,8% Amenorré
Amenorréia primá
primária
BULIMIA – Crité
Critérios Diagnó
Diagnóstico
DSM IV
3
- Prejuízo na auto-avaliação em
função de peso e forma corporal
4 - Subtipos: purgativo e nãopurgativo
APA, 1994
BULIMIA – Crité
Critérios Diagnó
Diagnóstico
CID 10
1 - Episódios de hiperfagia: grandes
quantidades de alimento são consumidas
em curtos períodos de tempo (pelo menos
duas vezes por semana durante um
período de três meses).
2 - Preocupação persistente com o comer
e um forte desejo ou um sentimento de
compulsão a comer.
BULIMIA – Crité
Critérios Diagnó
Diagnóstico
CID 10
3 - O paciente tenta neutralizar os efeitos
“de engordar” por meio de: vômitos autoinduzidos, purgação auto-induzida,
períodos de alternação de inanição, uso de
drogas tais como anorexígenos,
preparados tireoideanos ou diuréticos.
Quando a bulimia ocorre em pacientes
diabéticos, eles podem negligenciar seu
tratamento insulínico.
TCAP – Crité
Critérios Diagnó
Diagnóstico
BULIMIA – Crité
Critérios Diagnó
Diagnóstico
CID 10
DSM IV
4
Episódios
- Há uma auto percepção de estar
muito gorda, com pavor intenso de
engordar e com uso de exercícios
excessivos ou jejuns.
recorrentes do comer
compulsivo não associada ao uso
regular de comportamentos
purgativos característicos da AN
e BN, com acentuada angústia
Pelo menos 2 dias por semana
durante 6 meses
Transtornos alimentares não
especí
específicos
TCAP – Crité
Critérios Diagnó
Diagnóstico
DSM IV
Associado a 3 ou mais critérios:
- comer muito e mais rapidamente que o
normal
- comer até sentir-se repleto
- comer grandes quantidades de alimentos
sem estar com fome
- comer sozinho devido ao embaraço da
quantidade que consome
- sentir repulsa por si mesmo, depressão ou
culpa
AN atípica – um ou mais aspectos estão
ausentes ou
todos em grau mais leve
BN atípica - um ou mais aspectos estão
ausentes
Hiperfagia associada a outros distúrbios
psicológicos (levando a obesidade)
Vômitos associados a outros distúrbios
psicológicos
Picacismo em adultos, perda de apetite
psicogênica
HÁBITO ALIMENTAR
FATORES DETERMINANTES
OUTROS TRANSTORNOS
ALIMENTARES
(AINDA NÃO CONSTAM NO
DSM-IV)
HÁBITO ALIMENTAR FAZ PARTE DA IDENTIDADE
CULTURAL DO INDIVÍDUO
FATORES CULTURAIS
Fatores socioeconômicos
(globalização)
Informação nutricional
(mídia)
FATORES FISIOLÓGICOS
Fase de desenvolvimento
do indivíduo (puberdade,
gravidez, outros)
HISTÓRIA
PESSOAL/FAMILIAR
Vínculo mãe-filho
Relações afetivas com
familiares
Vivências dolorosas
Desamparo estrutural
INFLUÊNCIA NA FOME, NA SACIEDADE, NO
APETITE E NA ESCOLHA E NA RELAÇÃO COM O
ALIMENTO .
INFLUÊNCIAS DA GLOBALIZAÇ
GLOBALIZAÇÃO
HÁBITO ALIMENTAR
FATORES DETERMINANTES
A globalizaç
globalização não funda comunidades, mas centros
comerciais
Influência da globalizaç
globalização
A globalizaç
globalização, uma revoluç
revolução silenciosa, alterou
profundamente os padrões de comportamento da
sociedade, principalmente nos últimos 30 anos.
A globalizaç
globalização, a despeito da nossa vontade ou
percepç
percepção, condiciona a nossa vida, modificando nossos
costumes, valores e relaç
relações com o trabalho, vida
familiar e o lazer.
Para manter seu poder aquisitivo o homem moderno negligencia o
auto cuidado para espichar o tempo. Vive sem tempo, apressado,
estressado e sedentá
sedentário (PRESSA = ESTADO NATURAL)
Famí
Família se debilita como referência (funç
(função paterna em baixa).
Desorganizaç
Desorganização familiar
Diminui o tempo dedicado a convivência familiar e perde a
sensibilidade para perceber os filhos, que apresentam grandes
perdas afetivas = “HOMEM LIGHT”
LIGHT”
Diminui o tempo dedicado à nutriç
nutrição (fast
(fast food),
food), lazer. Perdem a
capacidade de saborear.
Assim, os filhos compensam o pouco acolhimento que recebem
com excesso
excesso de comida, TV, videovideo-game,
game, etc.
etc. ComeCome-se para
preencher vazios.
INFLUÊNCIAS DA GLOBALIZAÇ
GLOBALIZAÇÃO
Ação massificadora dos meios de comunicaç
comunicação
padroniza os desejos, inclusive do corpo ideal.
Os deuses instilaram ansiedade no primeiro homem
que descobriu como distinguir os horá
horários.
Exigência da beleza imperativa associada à magreza X
grande estí
estímulo para consumo de alimentos padronizados.
E instilaram mais ansiedade ainda naquele
Profunda insatisfaç
insatisfação, principalmente das mulheres, com o
corpo.
Perda da espontaneidade na relaç
relação com o alimento.
ComeCome-se com medo de engordar. Grande dificuldade para
perceber a saciedade.
Quanto mais o homem deseja o modelo padronizado de
magreza, mais difí
difícil para ele mantermanter-se magro.
que construiu um reló
relógio de sol, para cortar e picar
meus dias tão desgraç
desgraçadamente em pedacinhos!
Titus Maccius Plautus (254 - 184 aC)
aC)
A mesma sociedade que fabrica o obeso o rejeita.
FATORES DE RISCO PARA
O SOBREPESO EM
CRIANÇ
CRIANÇAS DO MUNICÍ
MUNICÍPIO
DE VIÇ
VIÇOSA – MG
(Juliana Farias de Novais)
HÁBITOS ALIMENTARES
Transiç
Transição nutricional
Número de pessoas
do domicílio (< 5)
HÁBITOS ALIMENTARES
Familiares próximos com
dislipidemias
Tempo/dia em frente à televisão
Filho único
Ganho excessivo de peso gestacional materno
Prática de atividade sedentária em dias de semana
Lanche frequente em estabelecimentos comerciais
Familiares próximos com obesidade
Prática de atividade sedentária no fim de semana
Elevado percentual de gordura corporal materno
Número de refeições realizadas pelo pai em dias de semana (< 3)
Limitação pelos pais da quantidade de alimentos ingeridos pela criança
Comer solitá
solitário / perda do ritual
⇓ consumo tradicional e ⇑ consumo
de industrializados (ex. jantar X
lanche)
Omissão de refeiç
refeições
Excesso de preocupaç
preocupação com a
imagem corporal → padrão dieté
dietético
bizarro e suplementaç
suplementações alimentares
inadequadas.
Perda da espontaneidade* na relaç
relação
com o alimento: alimentos “que
engordam”
engordam” (ruins) X alimentos “que
não engordam”
engordam” (bons)
* Perda da liberdade diante do alimento
CONSEQUÊNCIAS
⇓ desnutriç
desnutrição e ⇑ obesidade
⇑ complicaç
complicações metabó
metabólicas
(diabetes tipo II)
⇑ Dislipidemias = ⇑ doenç
doença
cardiovascular
Fome oculta (ex.anemia)
Graus variados de retardo do
crescimento e da maturaç
maturação
sexual (riscos futuros:
osteoporose).
MUNDO GLOBALIZADO
depressão, anorexia,
bulimia, obesidade
mórbida
Mal estar
gravidez na
adolescência
contemporâneo
delinquência,
delinquência,
drogadiç
drogadição,
ão,
prostituiç
prostituição infantil,
DST/Aids
suicí
suicídio, acidentes,
homicí
homicídios:
mortalidade elevada
por causas externas
Novos sintomas
Novos desafios à
medicina
Comportamento
Anoré
Anoréxico x Anorexia
Comportamento
Bulí
Bulímico x Bulimia
Terapia Nutricional
A
importância das dietas no
desenvolvimento e manutenç
manutenção dos
Transtornos Alimentares
- Restriç
Restrições dieté
dietéticas
- Padrões alimentares inadequados
- Hábitos errôneos
Terapia Nutricional
As atividades do nutricionista representam
uma parte importante no tratamento dos
transtornos alimentares – TA
A American Dietetic Association (ADA)
indica que “intervenç
intervenção e educaç
educação
nutricionais sejam integradas ao
tratamento”
tratamento”, com um nutricionista na
equipe multiprofissional.
multiprofissional.
(Gannon MA, Mitchell JE, J Am Diet Assoc 1986; American Dietetic
Association (ADA). J Am Diet Assoc 1988;American
1988;American Dietetic
Association (ADA). J Am Diet Assoc 2001).
Fases da Terapia Nutricional
Educacional:
coleta e transmissão de informações: a
história alimentar do paciente, o
estabelecimento de uma relação de
colaboração, a definição de conceitos
relevantes sobre alimentos, a
apresentação de exemplos de padrões de
fome e de consumo alimentar e a
orientação familiar
Fases da Terapia Nutricional
Experimental:
Experimental:
tem objetivos mais terapêuticos, que incluem:
separar comportamentos relacionados a alimento
e peso, de sentimentos e questões psicológicas;
incrementar as mudanças de comportamento
alimentar; aumentar ou diminuir o peso
gradativamente; orientar a manutenção de um
peso adequado e o comportamento com o
alimento em ocasiões sociais.
(American Dietetic Association (ADA). J Am Diet Assoc 1994;94(8):902-7.)
(American Dietetic Association (ADA). J Am Diet Assoc 1994;94(8):902-7.)
Terapia Nutricional
Segundo
a ADA, todos os
nutricionistas estão aptos a atuar na
fase educacional; mas, para a fase
experimental, são necessários
treinamento e experiência em TA,
trabalhando mais intimamente
comos psicoterapeutas, em uma
abordagem “psiconutricional”
(Alvarenga M& Larino MARev Bras Psiquiatr 2002;24(Supl III):39-43)
Terapia Nutricional
Abordagem
na Bulimia Nervosa
- Um conhecimento em profundidade do
comportamento alimentar possibilita o
planejamento da intervenção nutricional
necessária para melhorar a qualidade da dieta
desses pacientes. As atitudes relacionadas ao
alimento são bons preditores da ingestão
alimentar. Sabe-se que a mudança em atitudes
alimentares é uma medida importante do
resultado geral nesses pacientes. Pesquisadores e
clínicos devem entender e tratar todos os
distúrbios de alimentação dos pacientes com BN
e não apenas os episódios bulímicos que definem
a síndrome.
Terapia Nutricional
nos Transtornos
Alimentares não especificados
- Promover alteraç
alterações e melhoras do
comportamento alimentar e da
relaç
relação com o alimento.
Terapia Nutricional
Abordagem na Anorexia Nervosa
- Ajudar o paciente a entender suas
necessidades nutricionais, bem como
ajudar a iniciar uma escolha alimentar por
meio de um aumento da variedade na
dieta e da prática de comportamentos
adequados. Uma técnica efetiva envolve
mudança das crenças errôneas e ajuda o
paciente a ter percepções e interpretações
mais adequadas de dieta, nutrição e
relação entre inanição e sintomas físicos.
- Cuidado com realimentaç
realimentaçao.
ao.
Terapia Nutricional
Abordagem
na Bulimia Nervosa
os padrões nutricionais e
reeducar os comportamentos
alimentares inadequados.
adequar
(Hetherington MM, Spalter AR, Bernat AS, Nelson ML, Gold
PW. Int J Eat Disord 1993;13:13-24; Sunday SR, Einhorn
A, Halmi KA. Am J Clin Nutr 1992;55:362-71. Eiger MR,
Christie BW, Sucher KP. J Am Diet Assoc 1996;96:62-4;
Bulik CM, Sullivan PF, Carter FA, Joyce PR. Int J Eat Disord
1997;22:195-201; Cordás TA, São Paulo:Maltesse; 1993.)
ANOREXIA ou
BULIMIA NERVOSA
Abordagem
PRÁ
PRÁTICA
CLÍ
CLÍNICA
“Pega”
Pega” do paciente com o
nutricionista.
Cuidado com tanta gente cuidando.
Transferências alimentares, amizade,
seguranç
segurança, relaç
relações, compulsão.
Terapia Nutricional
“Eu não achava que eu tinha anorexia, e
nem me achava tão magra, só
só descobri
que estava doente quando fui internada
por me sentir muito mal... Ao sair do
hospital, tive muito medo de deixar a
sonda e não conseguir mais sentir bem.
Hoje que estou sem sonda, ainda tenho
medo de me alimentar, mas já
já vejo que
sou capaz de viver bem, em paz com as
calorias!”
calorias!”
M.C.J. – 34 anos há
há 17 anos vem tratando
anorexia nervosa
Terapia Nutricional
“Viajar é um trauma, sempre viajo
procurando farmá
farmácias...”
cias...”
“Meus irmãos são ótimos, magros e
altos”
altos”
Apó
Após as festas de fim de ano:
“consegui comer um pouco sem
descontrolar, mas estou muito
preocupada com isto”
isto”
M.O.B.L. 23 anos
CONCLUSÃO
O SIGNIFICADO NÃO NUTRICIONAL DOS
ALIMENTOS
Os
“Uma sopa quente que se toma numa noite fria é uma
lareira que se acende no estômago. Sopas são
maravilhosos remé
remédios contra depressão. Quando a
sopa quente, cheirosa, colorida e apimentada bate no
estômago, a tristeza se vai e a alegria volta. Não há
há
melancolia que resista à magia de um prato de sopa... “
Rubem Alves
OBRIGADA
TA são complexos e o tratamento
efetivo deve contar com uma equipe
de especialistas. O nutricionista deve
ser o profissional qualificado para
implementar a Terapia Nutricional,
necessitando de formação especial e
experiência na área, além de
interação com os demais membros
da equipe.
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