Crescimento e Revoluções tecnológicas Conforme Schumpeter ESQUEMATIZAÇÃO: 1. Conceitos prévios • • • 1.1 Revolução tecnológica 1.2 Paradigma tecnoeconômico 1.3 Ondas longas de desenvolvimento 2. Janelas de oportunidade. 3. Estratégia de desenvolvimento. 1. Conceitos Prévios : 1) Revolução tecnológica Processos articulados que combinam : Produtos, indústrias e procedimentos (novos e antigos), em saltos tecnológicos (críticos), criando um conjunto de oportunidades de negócios. Conceito prévio 1.1 : Revolução tecnológica FONTE : AREND, 2011 ( Elaborado a partir de Perez 2004 , P35-39 ) 1. Conceitos Prévios : 2) Paradigma Tecnoeconômico É um modelo “ótimo” construído por princípios tecnológicos e organizacionais amplos que levam a eficiência no emprego da revolução tecnológica em andamento ampliando seu alcance ( modelo diferente entre ondas ). 1. Conceitos Prévios : 3) Ondas Longas de desenvolvimento Representa o processo de desenvolvimento e propagação da “revolução” e do “paradígma” em uma economia. Conceitos Prévios 1.3 : Ondas longas de Desvto. Fonte : Arend 2011 ( a partir de Perz 2004, p.109 ) C. Prévio 1.3 : Ondas longas ( BOLHAS E CRISES ). Fonte : Arend 2011 ( a partir de Perez 2004 apud Kindleberger 1994 ) 2. Janelas de oportunidade : 1) Premissas das Janelas de oportunidade : As revoluções e fronteiras tecnológicas são mudadas continuamente de forma “não linear”. Revoluções tecnológicas “quebram” a trajetória do progresso técnico ( anterior ) Os países responsáveis pela revolução se distanciam dos demais no início do processo de revolução. O diferencial de produtividade, entre os países, em uma revolução diminui em virtude da queda do ritmo de progresso dos países líderes (última fase da maturidade ) 2. Janelas de oportunidade : 2) Situações decorrentes das Janelas de Oportunidade Adiantamento ( forging ahead ) Emparelhamento ( Catching up ) Atraso/retrocesso ( Falling behind ) 2. Janelas de oportunidade : 3) Possibilidades do “salto “ : : Decorrem dos menores níveis de produtividade do trabalho da “economia atrasada” que permite absorção de novas tecnologias com menor custo relativo. Países “atrasados” também enfrentam uma menor resistência devido ao paradigma anterior ( inexistente ou de influência baixa ). Estes fatores levam a possibilidade de maior produtividade nas “economias atrasadas” ( a partir do ingresso no paradigma atual). 3. Janelas de oportunidade : 4) Momentos de acesso às oportunidades : Na “Irrupção” : Quando a tecnologia ainda está sendo difundida. Permite acesso por tempo limitado aos conhecimentos do novo paradigma ( Janela muito curta ). O aumento da acumulação da experiência produtiva do país líder leva a um aumento na dificuldade de acesso a informação ( impede acesso caso se perca a oportunidade). Na “Maturação “ : Quando a tecnologia já está Acessível e adaptada. Emparelhamento mais fácil. Prejuízo do crescimento no longo prazo. 3. Estratégia de Desenvolvimento : 1) Opções para o desenvolvimento à partir das “ondas longas” : Desenvolvimento com adoção de estratégia autônoma : Via construção de esforços domésticos para ingresso na irrupção de uma revolução tecnológica ( paradigma novo ). Desenvolvimento com adoção de estratégia dependente : Via ingresso de investimento pelas empresas do “paradigma em vigor “ no país “periférico”. 3. Estratégia de Desenvolvimento : 2) Características positivas da estratégia dependente : Menor necessidade de capital nacional ( Poupança interna) Permite um “salto tecnológico” nas economias periféricas ( vantagem do atraso ). Internaliza setores dinâmicos do paradigma maduro Permite rápido crescimento no curto prazo. 3. Estratégia de Desenvolvimento : 2) Características negativas da estratégia dependente: Depende do capital externo e de seu período de transferência ( fase de maturidade da onda vigente ) Não ocorre no início de uma onda. Até o momento de fluidez do capital “destina” os países periféricos a participarem apenas como fornecedores de matéria-prima. Garante o alargamento do ciclo de vida do produto ( país líder - onda vigente) Limita os “saltos” à tecnologia vigente ( impede as novas ondas), aprofundando o atraso no longo prazo. 3. Estratégia de Desenvolvimento : 2) Características negativas da estratégia dependente: Acaba conferindo papel de protagonista a empresa externa, criando dependência tecnológica Potencializa elementos da defasagem tecnológica Desfavorece a inovação na indústria nacional ( não internaliza o núcleo da revolução tecnológica ). Desfavorece o aparecimento e crescimento da empresa local ( via barreiras de entrada ) Direciona o investimento nacional para setor de baixo conteúdo tecnológico de uma onda já madura. A P & D é realizada apenas no país investidor Causa restrições no Balanço de pagamentos e está associada a crises. 3. Estratégia de Desenvolvimento : 2) Características positivas da estratégia autônoma : Maiores possibilidades de ingresso no “novo paradigma” Desenvolve a atividade científica e sua aplicação contínua. Não acessa a capitais externos ( via IED ), ou o faz de forma reduzida e controlada. Pode permitir o “forging ahead “ Exige o fortalecimento da empresa nacional no setor núcleo do “novo paradigma”. Confere papel de maior importância a empresa nacional. Internaliza o núcleo da inovação. Maior estabilidade no longo prazo. 3. Estratégia de Desenvolvimento : 2) Características negativas da estratégia autônoma: Necessidade de investimento em Pesquisa e desenvolvimento. Maior necessidade de recursos próprios para o financiamento do desenvolvimento. Não deve utilizar o acesso irrestrito à via IED. De Crescimento mais lento em seu início. 4. Considerações : 1) Historicamente os países que superam os atrasos realizaram engajamento em fases iniciais de uma “onda tecnológica “ . 2) As estratégias autônomas são mais adequadas para crescimento de longo prazo. 3) Financiamentos externos ao processo de desenvolvimento podem levar a dependência à vulnerabilidade externa e a dependência tecnológica.