Óptica geométrica A parte da Física que estuda a luz e os fenômenos luminosos é denominada Óptica. Essa ciência é muito antiga, provavelmente porque, dos nossos sentidos, a visão é o que mais colabora para o conhecimento que adquirimos do mundo que nos rodeia. Certamente, desde a Antiguidade, pessoas curiosas e observadoras começaram a buscar respostas para questões como: Por que vemos? Como vemos? Quando não podemos ver um objeto? O que é a luz?, etc. Fontes de luz Atribui-se ao filósofo Platão uma das primeiras tentativas de responder à questão “por que vemos um objeto?”. Esse filósofo e alguns de seus discípulos pensavam que nossos olhos emitiam pequenas partículas que tornavam os objetos visíveis ao atingi-los. No entanto, se as idéias dos filósofos gregos estivessem corretas, quando estivéssemos em um quarto totalmente escurecido, ainda assim poderíamos enxergar os objetos colocados ali (mesmo os que não sejam fontes de luz). Atualmente, sabe-se que vemos um objeto quando ele envia luz para os nossos olhos. Qualquer objeto que emite luz é considerado uma fonte de luz. De fato, se você pensar em vários objetos que se encontram ao seu redor, poderá verificar que podemos separá-los em duas grandes classes: ▪ objetos luminosos (fontes primárias): são aqueles que emitem luz gerada por eles próprios, como o Sol, uma lâmpada acesa, a chama de uma vela, etc. ▪ objetos iluminados (fontes secundárias): são aqueles que não produzem luz, mas a recebem de outros objetos. Por exemplo: um móvel, uma pessoa, esse livro, etc. A Lua e os planetas são também exemplos de corpos iluminados, pois não tem luz própria, e o brilho que apresentam é devido à luz que recebem do Sol e refletem para nossos olhos. Após inúmeras observações experimentais, os cientistas chegaram à seguinte conclusão: Qualquer objeto, seja luminoso ou iluminado, deve emitir luz para nossos olhos, para que possamos vê-lo. Note que essa idéia é exatamente o oposto da hipótese de Platão. Assim, se um objeto envia luz em todas as direções, mas essa não chega aos nossos olhos, nós não o vemos. Além disso, é evidente que, se estamos de olhos abertos diante de um objeto, mas este não nos envia luz, também não o vemos. OBSERVAÇÕES: As paredes de um sala refletem em todas as direções a luz recebida de uma lâmpada — quanto mais claras forem, mais iluminado é o ambiente, porque as paredes claras absorvem menos (e refletem mais) luz, e por isso contribuem mais para a claridade do ambiente. ► As fontes primárias de luz classificam-se em: A) incandescentes — emitem luz por causa da sua elevada temperatura, como o Sol (cerca de 6000 oC na sua superfície), as lâmpadas de incandescência (a temperatura de filamento é superior a 2000 oC), alguns metais na fusão, etc. B) luminiscentes — emitem luz mesmo quando sua temperatura é relativamente baixa; elas se dividem em fluorescentes (emitem luz quando excitadas, como no caso das lâmpadas fluorescentes, que emitem luz quando submetidas a uma tensão elétrica), e fosforescentes (emitem luz ainda durante algum tempo após ser interrompida a ação do agente excitador, como é o caso das substâncias utilizadas nos mostradores de alguns relógios e interruptores, que permitem a visão noturna. ► Princípios da óptica geométrica A parte da óptica que trata da descrição da trajetória da luz ao atravessar instrumentos ópticos, como máquinas fotográficas, lunetas, periscópios, microscópios e outros, é denominada óptica geométrica. O estudo da ótica geométrica se baseia em três princípios básicos: 1o Em meios homogêneos, a luz se propaga em linha reta . Você já deve ter observado este fato, quando a luz do Sol passa através de uma fresta da janela, penetrando em um quarto escurecido. Para indicar que a propagação da luz é retilínea, costumam-se traçar semi-retas a partir objeto do que emite a luz, as quais são denominadas raios de luz (ou raios luminosos), e representam as direções e sentidos (por meio de setas) em que a luz está se propagando. 2o Quando dois ou mais raios de luz se cruzam, seguem sua trajetória, como se os outros não existissem. Quando você vai em espetáculos, como um show de rock, deve ter reparado que a luz de um holofote não muda o caminho da luz de outro holofote. Da mesma forma, quando duas lanternas são acesas, o facho de uma lanterna não interfere no outro. 3o A trajetória da luz independe do sentido do percurso. Você também já deve ter observado, que quando olhamos alguém pelo espelho, esta pessoa também o vê. Isto só acontece porque os raios de luz são reversíveis, isto é, tanto podem fazer o percurso você→espelho→outra pessoa, como o trajeto inverso (outra pessoa→espelho→você). ▪ Sombra e penumbra Uma conseqüência da propagação retilínea da luz é a formação de sombras sobre um objeto, e as sombras que esse objeto é capaz de projetar. Se, com o auxílio de uma pequena lâmpada, iluminarmos uma bola de futebol dentro de um quarto escuro (figura ao lado), vamos constatar o aparecimento de uma sombra da bola projetada na parede, e também de uma região de sombra sobre a bola. A luz parte da lâmpada (L), e se propaga em todas as direções, e incide sobre a bola, deixando uma parte da mesma iluminada. Como a bola é um objeto opaco (que não deixa a luz passar através dele), a região da bola que está do lado oposto à lâmpada fica escura, e constitui a sua sombra própria. Além disso, como a luz só se propaga em linha reta, forma-se na parede uma região que não recebe luz, que chamamos de sombra projetada. Se, por outro lado, a lâmpada utilizada for de maiores dimensões, podemos apreciar, além das sombras, uma região parcialmente iluminada, denominada penumbra (figura ao lado). Nesse caso, podemos imaginar que a lâmpada L é formada por pequenas lâmpadas A,B,C... Então sobre a parede vão existir regiões em que A e B iluminam, regiões iluminadas somente por A e regiões iluminadas somente por B (região de penumbra), e regiões que nem A nem B iluminam (região de Óptica Geométrica Eclipses O mesmo fenômeno que ocorre na formação das sombras e penumbras dos objetos, aparece nos eclipses do Sol e da Lua. No eclipse do Sol (eclipse solar), quem faz o papel da parede do exemplo anterior é a Terra (figura ao lado). O Sol faz o papel da lâmpada e a Lua faz o papel da bola de futebol. Sobre a Terra vão aparecer regiões de sombra, regiões de penumbra e regiões iluminadas. As pessoas da Terra que estiverem na região T1 não conseguem receber os raios luminosos da parte B do Sol, mas conseguem ver a parte A do Sol. Elas estão em uma região de penumbra, e neste caso vêem o Sol parcialmente encoberto pela Lua (eclipse parcial). Da mesma maneira, as pessoas que estiverem na região T2 da Terra não conseguem ver a parte A, mas vêem a parte B do Sol, e também vêem o Sol parcialmente encoberto. Finalmente, quem estiver em C não consegue ver nenhum ponto do Sol, e para essas pessoas o eclipse é total. Os eclipses da Lua (eclipses lunares) são explicados de maneira semelhante. Fazendo sempre a comparação como o exemplo da bola de futebol, nesse caso a Terra será a bola, a Lua será a parede e a lâmpada continua sendo o Sol (figura ao lado). A Lua no seu movimento ao redor da Terra, atravessará regiões nas quais sofrerá eclipses parciais (regiões de penumbra) ou eclipses totais (regiões de sombra). A câmara escura A câmara escura é uma caixa de paredes opacas com um pequeno orifício em uma das faces, dentro da qual podemos projetar a imagem de um objeto sobre uma folha de papel. Seu funcionamento baseia-se no princípio da propagação retilínea da luz. Quando um objeto luminoso ou iluminado (fonte de luz) é colocado diante da face da câmara que possui o orifício, os raios de luz emitidos pelo objeto que passam pelo orifício, originam na parede do fundo uma figura semelhante ao objeto, mas invertida. Esta propriedade da câmara escura constitui o princípio de funcionamento das máquinas fotográficas. Para isso, utiliza-se um material sensível à luz (filme fotográfico), colocado na parede (fundo) da câmara, onde a imagem é projetada. O tamanho (altura ou diâmetro) e a posição de uma imagem (ou sombra) projetada sobre um anteparo podem ser relacionados com o tamanho e a posição do objeto que está sendo iluminado, através da fórmula: LEGENDA : o : tamanho do objeto i : tamanho da imagem p : posição do objeto p ' : posição daimagem i p' = o p OBS: No caso da formação de sombras, as posições (do objeto e da imagem) são as distâncias em relação à fonte de luz; já na câmara escura, as posições (distâncias) devem ser medidas em relação à parede da câmara com o orifício. Exemplo: Uma lâmpada pequena está a 20 cm de um disco de 10 cm de diâmetro, e projeta sombra sobre um anteparo situado a 80 cm, como mostra a figura ao lado. Qual o diâmetro da sombra formada no anteparo? Resolução: As posições do objeto e da imagem (em relação à lâmpada) são respectivamente: 20 cm e 80 cm, e o tamanho (diâmetro) do objeto é de 10 cm. Temos então: p=20 cm p’=80 cm o=10 cm i=x i p' = o p x 80 = 10 20 10×80 x= =40 cm 20 Portanto, o diâmetro da sombra projetada será de 40 cm. Exercícios 1. A moeda de 5 centavos tem 2 cm de diâmetro. A Lua tem 3000 km de diâmetro e sua distância da Terra é aproximadamente 380 000 km. A que distância devemos colocar a moeda para que ela cubra totalmente o disco lunar? Sugestão: Você pode usar o desenho do exemplo acima, imaginando a moeda como sendo o disco, e a Lua como sendo a imagem no anteparo. 2. Uma câmara escura tem profundidade (comprimento) de 50 cm, e está dirigida para uma árvore a uma distância de 10 metros (figura abaixo). Verifica-se que uma projeção de 5 cm de altura forma-se no fundo da caixa. Qual a altura da árvore? 3. Uma câmara escura tem 50 cm de comprimento. Determine a altura da imagem que se forma na câmara, quando um homem de 2,0 metros da altura se coloca a 10 m da parede com o orifício. Óptica Geométrica As cores da luz A luz emitida pelo Sol resulta da mistura de luzes de cores diferentes, e por isso é denominada luz policromática. Na verdade, ela é composta de infinitas cores, das quais sete se evidenciam quando têm o fenômeno do arco-íris: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta (esta combinação pode ser memorizada pela combinação de suas letras iniciais: VAAVAAV). Por outro lado, quando a luz emitida por uma fonte é constituída por uma só cor, é denominada luz monocromática. Como exemplos, podemos citar as lâmpadas de gases nobres: neônio (vermelho), argônio (azul), xenônio (violeta), etc., ou de vapores aquecidos: mercúrio (verde), sódio (amarelo), etc. A cor dos corpos As cores que os corpos apresentam dependem da cor das luzes que eles refletem. Assim, por exemplo, se uma folha de papel, quando iluminada pela luz solar, apresenta a cor verde, significa que ela reflete a componente verde e absorve as demais componentes da luz solar. Um corpo que, ao ser iluminado pela luz solar, reflete todas as componentes e não absorve nenhuma, se apresenta na cor branca; ao contrário, um corpo que não reflete nenhuma componente da luz solar, isto é, absorve toda a luz incidente sobre ele, apresenta a cor negra. corpo branco => reflete todas as cores corpo negro => não reflete nenhuma das cores Considere agora, três corpos, que quando iluminados pela luz solar, apresentam-se um na cor azul, outro na branca e outro na vermelha. Quando os levamos para um quarto cuja iluminação é feita com luz monocromática vermelha, o corpo azul é visto como negro, pois absorve a luz vermelha incidente; o corpo branco é visto como vermelho, uma vez que reflete qualquer cor que incide sobre ele; e o corpo vermelho continua sendo visto como vermelho. Na prática, um corpo de cor azul colocado dentro de uma sala iluminada com luz vermelha, se apresenta com cor avermelhada em tom bastante escuro e pouco visível, enquanto um corpo branco apresenta uma coloração vermelha mais brilhante e totalmente visível. Mistura de cores Uma mistura de luzes de cores diferentes é denominada mistura aditiva de cores, porque ao juntarmos duas cores diferentes obtemos uma terceira mais luminosa. Nesse caso, as cores básicas são o vermelho, o verde e o azul, denominadas cores primárias aditivas; note que nesse tipo de mistura, a soma de todas as cores primárias produz o branco. Por outro lado, uma mistura de tintas de cores diferentes é chamada mistura subtrativa de cores, porque ao misturarmos duas cores diferentes obtemos uma terceira menos luminosa. Nesse caso as cores básicas são o ciano, o amarelo e o magenta, denominadas cores primárias subtrativas; note que nesse caso, a soma de todas as cores primárias produz o preto. Fenômenos ópticos na atmosfera O fenômeno do arco-íris Um dos mais belos fenômenos ópticos que ocorrem na atmosfera é o arco-íris. A ocorrência desse fenômeno é devida à dispersão (decomposição) da luz solar (luz branco-amarelada) ao se refratar em pequenas gotas de água que se encontram em suspensão no ar (o arco-íris pode ser visto quando o Sol surge logo após uma chuva). Para entender o que ocorre em cada gota de chuva, observe a figura ao lado. A luz branca (do Sol) ao penetrar na gota, sofre refração, produzindo uma primeira separação de cores. O feixe disperso, ao incidir na face oposta (interna) da gota, sofre reflexão e retorna à face frontal da gota. Ao emergir da gota, o feixe sofre uma segunda refração, que provoca uma separação ainda maior das cores. Quando a luz emergente da gota chega a um observador, apenas uma cor do feixe penetra em seus olhos, porque as outras estão muito separadas (algumas alcançam o observador acima dos olhos, e outras abaixo). A luz de cor violeta alcança o observador formando um ângulo de incidência de 40°, enquanto a luz vermelha incide em um ângulo de 42°. As outras cores incidem formando ângulos intermediários entre esses dos extremos. Como são milhares de gotas, o resultado é que o observador recebe a cor vermelha proveniente das gotas mais altas e a luz violeta das gotas mais baixas; por isso vemos um conjunto de faixas semicirculares coloridas, ficando as cores mais “avermelhadas” em cima e as cores mais “azuladas” em baixo. A cor do céu As cores mais “azuladas” (azul, anil e violeta) pertencem à região de maiores frequências do espectro luminoso. Assim, as ondas eletromagnéticas correspondentes a esse tipo de radiação luminosa tem menor comprimento de onda. Por isso essas ondas tem maior dificuldade de contornar as partículas da atmosfera (em especial, átomos de nitrogênio e oxigênio), e acabam sendo mais refletidas e espalhadas do que a parte “avermelhada” do espectro luminoso. O resultado disso é que o céu apresenta a coloração azul na maior parte do dia (a cor azul predomina sobre o anil e o violeta, porque nossos olhos tem maior sensibilidade para essa cor). Contudo, quando o Sol está perto da linha do horizonte, a luz atravessa uma espessura de ar muito maior do que quando o Sol está a pino. Assim, os comprimentos de onda menores (como o azul e o violeta) já foram espalhados em camadas anteriores, enquanto os comprimentos de onda maiores (vermelho, laranja e amarelo) continuam se propagando. Isto faz com que o céu apresente aquela coloração “alaranjada” no nascer e pôr do Sol. A cor das nuvens As nuvens são formadas por partículas de diferentes tamanhos, pois a água se condensa em torno de partículas de poeira, fumaça sal e outras suficientemente leves para ficarem suspensas no ar. Como há partículas de diversos tamanhos, elas espalham diversos comprimentos de onda. Por exemplo, as menores espalham o azul, as intermediárias espalham o verde, e as maiores espalham o vermelho. Da soma de todos esses tipos de espalhamento resulta a cor branca. No caso das nuvens mais escuras, isto acontece porque suas partículas tornam-se ainda maiores; o efeito de absorção passa a ser maior e o espalhamento menor. Grandes demais para continuarem suspensas, essas partículas se precipitam na forma de chuva. Por isso, as nuvens escuras são um indicativo de que vai chover. Óptica Geométrica Reflexão da luz: a luz indo e voltando Considere um feixe de luz (um conjunto de raios luminosos produzidos, por exemplo, por uma lanterna) que se propaga no ar e incide em uma superfície bastante lisa (de um bloco de vidro, por exemplo). Nesta situação, parte da luz penetra no vidro (pois ele é transparente), mas uma outra parte volta a se propagar no ar. Dizemos que a parte do feixe que voltou a se propagar no ar sofreu reflexão, ou seja, a luz se refletiu ao encontrar a superfície lisa. Suponha agora que seja traçado apenas um dos raios que incidiu na superfície refletora (superfície que refletiu a luz). Na figura ao lado, mostramos este raio (raio incidente), e o raio refletido correspondente. Traçando-se uma reta perpendicular (normal) à superfície refletora, temos: ▪ o ângulo î formado pelo raio incidente e a normal, é denominado ângulo de incidência; ▪ o ângulo r formado pelo raio refletido e a normal, é denominado ângulo de reflexão. Verifica-se experimentalmente, que se variarmos o valor do ângulo de incidência, o ângulo de reflexão também variará, mas seus valores permanecerão sempre iguais entre si, isto é, teremos sempre î=r. Verifica-se também que o raio incidente, a normal e o raio refletido estão contidos no mesmo plano. Estes resultados experimentais, constituem as leis básicas da reflexão da luz: Leis da reflexão da luz ▪ O ângulo de incidência (î) é sempre igual ao ângulo de reflexão (r); Espelhos e imagens Um espelho comum é constituído de uma lâmina de vidro de faces paralelas, sendo que em uma das faces é depositada uma delgada camada de prata (face refletora). A imagem de um pequeno objeto luminoso, como uma lâmpada por exemplo, colocado na frente da face refletora de um espelho plano se forma “atrás” do espelho. Para saber como a imagem se forma lá dentro do espelho, precisamos saber como são refletidos os raios luminosos no espelho. Observe que os raios refletidos partem do espelho de maneira divergente (abrindo), e se forem prolongados para “trás”, encontram-se todos em um mesmo ponto “atrás” do espelho (figura ao lado). Assim, para o observador, a luz que chega a seus olhos parece ter sido emitida de dentro do espelho. Quando você era criança e leu “Alice no país do espelhos”, ficou pensando na possibilidade de “entrar em um espelho”. Vários filmes de ficção ligada ao sobrenatural tratam deste tema: os espelhos estão sempre ligados a outras dimensões, “mundos paralelos”, ao mundo da magia. Mas afinal, onde se forma a imagem no espelho? Se você fez a experiência da câmara escura, verificou que a imagem da chama da vela forma-se no papel vegetal. Você poderia aproximar ou afastar o papel vegetal para focalizar a imagem. No caso do espelho plano, é impossível captar a imagem em um anteparo, porque ela está “dentro” do espelho. Neste caso dizemos que trata-se de uma imagem virtual. Mas, e a distância da imagem até o espelho? Verifica-se que nos espelhos planos a distância da imagem até o espelho é igual à distância do objeto até o espelho. Além disso, o tamanho da imagem é igual ao tamanho do objeto. Tudo se passa, como se o objeto e a imagem estivessem eqüidistantes do espelho. ▪ O raio incidente, a reta normal à superfície refletora e o raio refletido estão contido em um mesmo plano. Mas por que, quando olhamos para um espelho, para a superfície tranqüila da água ou para um metal polido, vemos nossa imagem refletida, e quando olhamos para outros objetos, vemos esses objetos e não a nossa imagem? Note que quando a superfície refletora é bem plana e polida, a luz incidente muda de direção, mas se mantém ordenada. Nesse caso, vemos nossa imagem refletida, como em um espelho, é chamamos este fenômeno de reflexão regular, o qual será estudado em mais detalhes na próxima seção. Por outro lado, quando a superfície é irregular, rugosa, a luz volta de maneira desordenada; cada pequena porção da superfície reflete a luz numa determinada direção, e conseqüentemente, o feixe refletido não é bem definido. Dizemos então, que ocorreu uma reflexão difusa, isto é, houve difusão (espalhamento) da luz pela superfície refletora. A maioria dos corpos reflete difusamente a luz que incide sobre eles. Assim, esta folha de papel, uma parede, um móvel de uma sala, etc. são objetos que difundem a luz que recebem, espalhando-a em todas as direções. Quando esta luz penetra em nossos olhos, nós enxergamos o objeto. Se ele não difundisse a luz, não seria possível vê-lo (como é o caso de um vidro totalmente transparente). Como na difusão, a luz se espalha em todas as direções, várias pessoas podem enxergar um mesmo objeto, apesar de situadas em posições diferentes em torno dele. Com essas informações é fácil representar a imagem de qualquer objeto. Basta traçar uma perpendicular ao espelho, passando pelo objeto, como o relógio da figura acima, e manter as distâncias iguais. Se a posição do objeto não mudar, a posição da imagem também permanecerá a mesma. Enxergar ou não o relógio dependerá da posição do observador. Note que se você estiver olhando a sua própria imagem, você será o objeto e o observador ao mesmo tempo, mas na maioria das vezes o objeto e o observador são personagens distintos. Para saber se o observador enxergará a imagem, traçamos uma reta unindo seus olhos à imagem. Se esta reta passar pelo espelho, ele enxergará o relógio. Na figura ao lado, somente o adulto enxergará a imagem do relógio, porque a reta que une os olhos da criança com a imagem, não passa pelo espelho. Óptica Geométrica Refração da luz: a luz sendo desviada Quando a luz passa de um meio para outro — como do ar para o vidro ou plástico —, sua direção muda. Este desvio é chamado de refração, e por causa dele enxergamos uma colherzinha, dentro de um copo com água, como se estivesse “quebrada”. Esta mudança de direção é devido ao fato de que a luz tem velocidades diferentes no ar e no vidro ou no plástico. De fato, a velocidade da luz em cada meio é constante, mas ao passar de um meio para o outro seu valor se modifica. No vácuo ou no ar, a velocidade da luz é de aproximadamente 300.000 km/s, e em outros meio é sempre menor. Para sabermos o quanto a luz se desvia em um determinado meio, precisamos conhecer o índice de refração do meio. O índice de refração (símbolo n) é obtido dividindo-se a velocidade da luz no vácuo (símbolo c) pela velocidade da luz no meio (símbolo v): Note que o número que representa o índice de refração não tem unidades, porque é o quociente entre duas velocidades, e seu valor é sempre maior do que 1, porque a velocidade da luz no vácuo é maior do que em qualquer outro meio. Verifica-se que o índice de refração do vidro, ou de qualquer outro meio transparente, como água, plásticos, etc., é ligeiramente diferente para cada cor, aumentando do vermelho para o violeta. Por isso, a luz branca ao incidir sobre a superfície de um prisma de vidro, se “decompõe”, produzindo um feixe colorido. Cada cor simples (chamada luz monocromática) sofre um desvio diferente, aumentando do vermelho (menor desvio) até o violeta (maior desvio). Por outro lado, como já mencionamos anteriormente, a luz se propaga no espaço na forma de ondas eletromagnéticas. Assim como o som é uma vibração mecânica do ar, e sua frequência de vibração distingue sons graves e agudos, a luz é uma forma de vibração eletromagnética, e sua frequência distingue uma cor da outra, aumentando do vermelho (menor frequência) para o violeta (maior frequência). O que distingue duas cores, como a luz vermelha e a luz verde, é uma característica ondulatória chamada frequência da luz. Cada cor simples (luz monocromática) possui uma frequência Como o índice de refração é inversamente proporcional ao valor da velocidade no meio (veja fórmula acima), conclui-se que a velocidade de propagação da luz no vidro (e nos outros meios transparentes) diminui do vermelho para o violeta, ou seja, em meios transparentes como o vidro, a luz vermelha propaga-se mais rapidamente do que a luz violeta. A lei da refração No fenômeno da refração, será que existe uma relação direta entre as características do meio e o desvio sofrido pela luz? A primeira tentativa de relacionar deformação da imagem dos objetos inseridos na água com a mudança da trajetória da luz é atribuída a Ptolomeu, no século II d.C. No entanto, ele não obteve sucesso, porque tentou estabelecer uma relação de proporcionalidade direta entre os ângulos de incidência e refração. Foram necessários mais 1600 anos até que o físico holandês Willebrord Snell obtivesse dados experimentais mais apurados, que possibilitaram uma análise mais precisa do fenômeno. Snell e Renê Descartes, físico e matemático francês, perceberam de maneira independente, que por meio da função trigonométrica seno, era possível obter uma relação proporcional entre os ângulos de incidência e refração, cuja constante de proporcionalidade estava relacionada com os índices de refração dos meios por onde a luz atravessa. Esta relação ficou conhecida como lei de Snell-Descartes, e pode ser expressa da seguinte forma: LEGENDA : ^i : ângulo de incidência r^ : ângulode refração n 1, n2 : índices de refração * Reflexão total Em geral, quando discutimos o fenômeno da refração, tratamos o caso em que o a luz se propaga de um meio menos denso (menor índice de refração, como o ar) para um meio mais denso (maior índice de refração, como o vidro). Nesse caso, o raio de luz sofre um desvio, no sentido de se aproximar da reta normal em relação à superfície de separação dos dois meios. Mas o que ocorre com a luz, quando a trajetória é no sentido contrário, isto é, passa de um meio mais denso para um meio menos denso (como do vidro para o ar)? Nesse caso, o raio de luz é desviado no sentido de se afastar da reta normal. Observando a figura, vemos que para um determinado ângulo de incidência, denominado ângulo limite, o raio refratado emerge tangenciando a superfície de separação dos dois meios. Qualquer raio que incide com um ângulo maior do que o ângulo limite, volta sobre o meio mais denso (o vidro), ou seja, nenhuma luz passa para o meio menos denso (ar), e por isso dizemos que o raio é totalmente refletido na superfície de separação dos dois meios. O fenômeno da reflexão total é responsável pela formação das miragens. Nos desertos e no asfalto de uma rodovia em dias quentes, são comuns as miragens, nas quais um observador tem a impressão de o solo estar molhado. Quando a luz do Sol atinge o solo, faz com que se aqueça; assim, em dias quentes e secos, o ar em contato com o solo fica mais quente (e menos denso) que o ar um pouco acima. Assim, o raios de luz que se aproximam do solo vindo de cima, passam de camadas mais densas (maior índice de refração) para camadas menos densas (menor índice de refração). Como resultado, eles tendem a se desviar gradativamente em relação à normal ao solo, até sofrer reflexão total. Quando isso ocorre, o solo se comporta como se fosse um espelho, dando a impressão de estar molhado. * Fibra óptica: “entubando” a luz Uma aplicação do fenômeno da reflexão total é a tecnologia de fibra óptica. A fibra óptica é constituída de um fio de quartzo muito fino, totalmente transparente à luz. Um raio luminoso que penetra em uma das extremidades da fibra, sofre várias reflexões totais em sua parede interna, emergindo praticamente sem nenhuma perda na outra extremidade. Com esse processo, a luz (e também sinais eletromagnéticos usados nas telecomunicações) pode ser transportada ao longo de qualquer trajetória (mesmo que seja uma curva). Óptica Geométrica Reflexão nos espelhos esféricos Você já reparou como fica a sua imagem refletida numa colher? Usando as costas da colher como um espelho, você verá a sua imagem um pouco distorcida e bem menor. Se agora você virar a colher, e olhar as sua imagem pelo lado interno da colher, verá que a sua imagem fica “de cabeça para baixo”. E mais, se você aproximar bastante a colher do seu olho, verá que a imagem volta a ficar “de pé”. Essas observações resultam das propriedades ópticas das superfícies refletoras curvas, genericamente chamadas de espelhos esféricos. Um espelho esférico é basicamente uma calota esférica, com pelo menos uma das faces polidas. Quando a superfície espelhada é a parte interna da calota, o espelho é denominado côncavo; quando a superfície espelhada é a parte externa da calota, o espelho é denominado convexo. Uma colher metálica possui ambas as faces polidas; embora não seja rigorosamente esférica, pode ser usada como espelho côncavo (face interna) ou como espelho convexo (face externa). Elementos de um espelho esférico Vamos analisar uma calota esférica espelhada, e definir os principais elementos geométricos: C: centro de curvatura é o centro da esfera que deu origem à calota. R: raio de curvatura é o raio da esfera. V: vértice do espelho é o pólo (centro) da calota esférica. Eixo principal é a reta que passa por C e por V. : ângulo de abertura do espelho Foco principal de um espelho esférico Se um feixe de raios de luz paralelo ao eixo principal incide sobre um espelho côncavo, todos os raios refletidos convergem para um único ponto situado no eixo principal, denominado foco principal. Se o espelho for convexo, os raios do feixe paralelo refletem-se no espelho e divergem, mas seus prolongamentos coincidem em um ponto situado sobre o eixo principal, mas situado atrás do espelho, e por isso, classificado como foco virtual. Condições de nitidez de Gauss Para que os espelhos esféricos sejam capazes de fornecer uma imagem nítida de cada ponto do objeto é necessário que, na prática, sejam satisfeitas certas condições, hoje conhecidas como condições de nitidez de Gauss: o espelho deve ter pequeno ângulo de abertura (α <= 10°). os raios de luz incidentes devem ser próximos e pouco inclinados em relação ao eixo principal. * Construção geométrica das imagens A natureza (real ou virtual) , tamanho (maior, igual ou menor) e orientação (direita ou invertida) das imagens formadas pelos espelhos esféricos também podem ser determinados geometricamente (como nos espelhos planos) pelo comportamento dos raios de luz que partem do objeto e são refletidos após incidirem sobre o espelho. Embora sejam muitos os raios de luz que contribuem para a formação das imagens, podemos selecionar três tipos de raios especiais, denominados raios notáveis: 1. Os raios que incidem no espelho, passando pelo seu centro de curvatura (C); esses raios refletem-se sobre si mesmos, pois possuem incidência perpendicular à superfície do espelho. 2. Os raios que incidem no vértice (V) do espelho; esses raios são refletidos simetricamente em relação ao eixo principal do espelho. 3. Os raios que incidem paralelamente e próximos ao eixo principal do espelho; esses raios são refletidos passando pelo foco (F) do espelho. Para a construção geométrica da imagem de um objeto extenso em um espelho esférico, basta utilizar dois dos raios notáveis apresentados acima: em geral, tomamos um raio paralelo ao eixo principal do espelho, e um outro raio que incide no vértice do espelho. O tamanho (maior, igual ou menor) e orientação (direita ou invertida) da imagem, em relação ao objeto, são determinados pelo ponto de intersecção desses raios (ou seus prolongamentos), após refletirem no espelho (figura ao lado); a natureza é real se a imagem se forma “na frente” do espelho, ou virtual se a imagem se forma “atrás” (dentro) do espelho. Nos espelhos côncavos, as características da imagem projetada dependem da posição do objeto em relação ao espelho, conforme mostrado na tabela abaixo: Posição Tamanho Orientação Natureza entre o foco (F) e o vértice (V) do espelho maior direita virtual entre o foco (F) e o centro de curvatura (C) maior invertida real além do centro de curvatura (C) menor invertida real No caso dos espelhos convexos, a posição e o tamanho das imagens ficam determinados pelo cruzamento dos prolongamentos dos raios refletidos no espelho, já que esses raios não se cruzam efetivamente. As características das imagens obtidas nesse tipo de espelho são semelhantes: as imagens são sempre virtuais, direitas e menores em relação ao objeto, independentemente da posição do objeto. Óptica Geométrica Lentes esféricas e a refração da luz As lentes são dispositivos empregados em um grande número de instrumentos muito conhecidos, como óculos, máquinas fotográficas, microscópios, lunetas, telescópios, etc. Uma lente é constituída por um meio transparente, que pode ser um vidro ou plástico, limitado por faces curvas, que normalmente são esféricas. As lentes esféricas possuem faces côncavas ou convexas, podendo uma delas ser plana. Os tipos mais comuns são lentes com duas faces convexas (lentes biconvexas) ou duas faces côncavas (lentes bicôncavas). Quando um raio luminoso incide numa lente biconvexa, paralelamente ao eixo da lente (figura ao lado) este se refrata aproximando-se da normal à face frontal da lente. Ao emergir do outro lado, o raio se refrata novamente, agora afastando-se da normal à segunda face (face oposta) da lente. Desta maneira, todos os raios de luz que incidiram paralelamente ao eixo da lente convergem para um ponto de seu eixo, chamado foco (símbolo F). Por isso, essas lentes são denominadas lentes convergentes. Por outro lado, nas lentes bicôncavas (figura ao lado) os raios de luz que incidem paralelamente ao eixo também se aproximam de normal à face frontal da lente, e ao emergirem do outro lado afastam-se da normal à face oposta. Porém, devido à geometria da lente, esses raios não convergem para um dado ponto sobre o eixo da lente; ao invés disso divergem (se afastam do eixo da lente), e por isso, são denominadas lentes divergentes. Equações das lentes: Dado um objeto, podemos determinar a posição e o tamanho da imagem, fornecida por uma lente (ou um espelho esférico) através de uma fórmula conhecida como equação de Gauss: 1 1 1 = + f p p' Na fórmula acima, a letra p representa a posição (distância) do objeto em relação ao centro óptico (C) da lente, enquanto p’ indica a posição da imagem, e f representa a distância focal (distância do foco (F) até o centro óptico da lente). Esta equação pode ser aplicada para qualquer tipo de lente (ou espelho esférico), desde que a seguinte convenção seja adotada: A) A distância p (ou p’) será positiva se o objeto (ou a imagem) for real, e negativa se for virtual. B) A distância focal f será positiva quando a lente for convergente (ou o espelho for côncavo), e negativa se a lente for divergente (ou o espelho for convexo). Além disso, a relação entre o tamanho da imagem e do objeto, chamada aumento linear transversal (símbolo A) é dada por: i p' A= =− o p OBS: Numa lente divergente (assim como nos espelhos convexos) a distância focal é negativa porque o foco é virtual, ou seja, é determinado pelo ponto de convergência dos prolongamentos dos raios refratados (nas lentes) ou refletidos (nos espelhos). * Construção das imagens nas lentes Para construção geométrica das imagens produzidas pelas lentes, antes vamos apresentar o comportamento de dois raios particulares que atravessam a lente: Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo da lente, convergem na direção do foco da lente; inversamente, se o raio incidente passa pelo foco da lente, o raio refratado (emergente) saem paralelos ao eixo da lente. Todo raio de luz que incide sobre o centro óptico da lente, atravessa a lente sem sofrer nenhum desvio. Com base no comportamento desses raios notáveis, podemos construir geometricamente as imagens produzidas pelas lentes, de modo semelhante ao que foi feito com os espelhos esféricos. No caso das lentes convergentes, as características da imagem dependem da posição do objeto, conforme a tabela: Posição Tamanho Orientação Natureza entre o foco (F) e o centro óptico (C) maior direita virtual além do foco (F) (com p < 2f) maior invertida real além do foco (F) (com p > 2f) menor invertida real Nos casos das lentes divergentes, as imagens são independentes da posição do objeto: são sempre virtuais, direitas e menores do que o objeto, e situadas entre o foco e o centro óptico. Exemplo: Um objeto real está a 45 cm de uma lente convergente, cuja distância focal é 30 cm. A) Com base na tabela acima, determine as características da imagem produzida pela lente. B) Usando as equações das lentes, calcule a posição e o fator de ampliação (aumento linear) da imagem. Resolução: A) Pelos dados do problema (p=45cm, f=30cm), vemos que o objeto está localizado além do foco da lente, com p < 2f. Nesse caso, de acordo com a tabela acima, a imagem deve ser real, maior e invertida em relação ao objeto. B) Usando os dados acima e as equações das lentes temos: p=45 cm f=30 cm p’=x 1 1 1 = + f p p' 1 1 1 = + 30 45 x x=90 cm A=− A= p' p 90 =2 45 Portanto, a imagem se localiza a 90 cm à frente da lente, e sofre uma ampliação por uma fator 2 (dobra de tamanho). Óptica Geométrica Exercícios 1. Com base na texto “Construção geométrica das imagens” para espelhos côncavos, esboce um desenho para cada posição do objeto indicada na tabela. DICA: Lembre-se que bastam apenas dois raios notáveis: um que parte do “topo” (ponto mais alto) do objeto, e segue paralelamente ao eixo principal do espelho; e outro que, partindo do topo do objeto, incide sobre o vértice no espelho. Desenhe os raios refletidos correspondentes, e identifique o ponto onde eles se interceptam. 2. Um tubo de cola branca, de 60 cm de altura, é colocado de pé sobre o eixo principal de um espelho côncavo, a 25 cm de seu vértice. Sabendo que o espelho tem distância focal de 20 cm, determine as características da imagem do tubo formada no espelho. 3. Quais são as condições necessárias para que as imagens obtidas por espelhos esféricos sejam nítidas? 4. Coloca-se um espelho côncavo voltado para uma estrela. Em que ponto do eixo principal do espelho será formada a imagem da estrela? DICA: Como a estrela está muito longe, seus raios de luz incidem paralelamente ao eixo principal do espelho. 5. Um objeto real é colocado sobre o eixo principal de um espelho esférico (de raio igual a 20 cm), e tem sua imagem projetada numa tela, e ampliada quatro vezes. Determine: A) o tipo de espelho usado e a orientação da imagem B) a distância da tela ao vértice do espelho. 6. (UESPI-SP) Um lápis de altura 16 cm encontra-se diante de um espelho esférico convexo, com distância focal de valor absoluto 40 cm. A imagem do lápis tem a mesma orientação deste, e altura igual a 3,2 cm. A que distância do espelho encontra-se o lápis? A) 10 cm B) 20 cm C) 40 cm D) 140 cm E) 160 cm 7. O quadro a seguir fornece o índice de refração absoluto de alguns materiais para certa luz monocromática: 9. Um raio de luz incide sobre uma interface ar-vidro, formando um ângulo de 60°, e sendo refratado segundo um ângulo de 30º (figura ao lado). Se a velocidade da luz no ar mede 300 mil quilômetros por segundo, sua velocidade no vidro (em km/s) deve ser: A) 300 mil B) 150 mil C) 173 mil D) 519 mil E) 600 mil 10. Um raio luminoso ao passar de um certo meio para o ar, sofre refração como mostrado na figura ao lado. A) Qual é o valor do índice de refração do meio? B) Qual é a velocidade de propagação da luz nesse meio? DADOS: sen(30°)=0,5 sen(60°)=0,87 11. Um raio de luz incide sobre a superfície de um bloco de material transparente, formando um ângulo de 60°. Sabendo que o índice de refração do material é √3, o ângulo entre o raio refletido e o raio refratado é: A) 120º B) 45° C) 75° D) 60° E) 90° 12. Um objeto real de 30 cm de altura está colocado a 24 cm de uma lente convergente de distância focal f=6 cm. A) Utilize papel quadriculado para determinar geometricamente a posição e a altura da imagem. B) Calcule a posição e a altura da imagem suando as equações das lentes, apresentadas na página anterior. 13. (FGV) Uma estudante usou uma lupa para pesquisar a formação de imagens de objetos reais. Num instante de Sol a pino, ela conseguiu obter um ponto luminoso no chão, posicionando horizontalmente a lupa a 20 cm acima do solo. A seguir, aproximando a lupa a 15 cm de seu celular, obteve uma imagem do celular: A) real, invertida e maior B) real, invertida e menor C) virtual, direita e maior D) virtual, direita e menor E) virtual, invertida e maior Material Índice de refração ar 1,00 água 1,33 álcool 1,36 benzeno 1,50 Espelhos parabólicos diamante 2,42 glicerina 1,47 quartzo 1,54 safira 1,77 vidro 1,52 Os raios de luz que incidem paralelamente em um espelho esférico côncavo convergem para o seu foco, desde que sejam satisfeitas as condições de nitidez de Gauss. Para espelhos de grande abertura, essas condições não são satisfeitas, e por isso, ao invés de espelhos esféricos utiliza-se espelhos parabólicos. Os espelhos parabólicos são comuns em nosso cotidiano, sendo encontrados em holofotes, faróis e antenas de recepção de sinais (antenas “parabólicas). Nos dois primeiros casos, uma pequena lâmpada é colocada no foco do espelho, de modo que, quando ligada, seus raios de luz incidem no espelho e refletem paralelamente ao eixo principal produzido uma iluminação intensa e direta (“facho” de luz). No caso dos faróis de automóveis, têm-se uma lâmpada com dois filamentos: um deles é colocado no foco do espelho, a fim de que a luz produzida seja refletida paralelamente ao eixo do espelho (luz baixa); e o outro é localizado entre o foco e o vértice do espelho, de modo que o feixe de luz refletido seja levemente divergente (luz alta). A) Em qual dos meios a luz se propaga com maior velocidade? B) Em qual dos meios a luz se propaga com menor velocidade? C) Em qual dos meios a luz proveniente do vácuo apresenta o maior desvio? 8. Quando a luz passa para um meio mais refringente (maior índice de refração) que aquele em que estava, o que acontece com a sua velocidade: aumenta, diminui ou permanece inalterada? 14. Indique o que deve acontecer com o tamanho e a orientação das imagens obtidas pela lente, para que se tenha: A) um aumento linear transversal de ½ B) um aumento linear transversal de –3 C) um aumento linear transversal de 25%