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PRATICANDO A SELEÇÃO NATURAL 
Experimento cadastrado por Raquelfaria em 15/06/2009
Classificação
•••••
baseado em 3 avaliações
Total de exibiçõeses: 1285 (até 12/06/2017 21:24:52)
Palavras-chave:
Material - Onde encontrar
Em casa
Material - Quanto custa
até R$ 10,00
Tempo de apresentação
Até 30 minutos
Dificuldade
Fácil
Segurança
Seguro
MATERIAIS
• 1 Folha de papel de presente com motivos florais;
• Papeis coloridos de diversas cores;
• Tesoura;
• Papelão ou papel cartão;
• Lápis.
INTRODUÇÃO
A evolução é um processo que demora bastante tempo para acontecer. Ela se processa em tempo geológico e, por isso, não é
simples perceber suas evidências. Este experimento propõe uma prática simples, em que é possível simular como a seleção natural
procede e o que pode interferir neste processo.
PASSO 01 - PREPARANDO-SE PARA A PRÁTICA
Escolha um papel de presente e cole-o no papel cartão ou no papelão para montar o que será a base ou tabuleiro da sua prática. É
interessante utilizar um papel com motivos florais para simular melhor um ambiente natural. Observe as cores que mais aparecem no
papel de presente escolhido. A partir dessa observação, você escolherá as cores das suas borboletas. Os alunos devem imaginar que
são predadores de borboletas que querem comer o maior número possível de presas. Para isso, precisam percebê-las no ambiente.
Assim, o professor deve escolher algumas cores que são semelhantes às encontradas no papel, para que algumas borboletas sejam
camufladas, e outras que não são semelhantes, para que a camuflagem não seja favorecida. Sugestão: Coloque pelo menos 3 cores
de borboletas camufladas e 2 não camufladas.
© 2017 pontociência / www.pontociencia.org.br
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Observe como a borboleta amarela fica camuflada. O mesmo não ocorre com a azul.
PASSO 02 - COMO FAZER AS BORBOLETAS
Para que sua prática tenha maior valor como dado científico, deve-se “controlar as variáveis do meio”, ou seja, fazer todos os
procedimentos padronizados, a começar das borboletas. Elas devem ser todas do mesmo tamanho e de preferência com a mesma
textura e brilho, somente a cor deve variar. Para produzi-las com esse padrão, basta fazer um molde a partir do qual se desenhará as
outras. Depois, corte-as com a tesoura e espalhe-as sobre o tabuleiro.
Com a ajuda de um molde, desenhe Recorte as borboletas desenhadas.
as borboletas nos papeis coloridos.
As borboletas devem ser
padronizadas.
Tabuleiro pronto para realização da
prática. Você consegue ver as
borboletas amarelas? E as rosas?
PASSO 03 - COMO REALIZAR A PRÁTICA
Devem ser escolhidos 10 alunos para desempenharem o papel de predadores. Esses dez devem esperar do lado de fora da sala
enquanto o professor explica o que acontecerá para os outros que ficaram dentro da sala. Deve ser mostrado o tabuleiro e as
borboletas a estes e explicada a dinâmica da prática. As borboletas devem sem distribuídas aleatoriamente por todo o tabuleiro,
observando as cores que darão a camuflagem a algumas. Logo após, os alunos que serão os predadores entrarão, um de cada vez,
com os olhos fechados e serão instruídos pelo professor ou outro aluno sobre o que deve fazer. Ao chegar ao tabuleiro, deve ser
instruído que ali está um ambiente natural, aonde existem muitas presas que são borboletas de várias cores. Eles devem abrir os
olhos por 3 segundos, fechá-los logo em seguida e colocar a ponta do dedo indicador sobre uma das presas que enxergou. O
professor ou um aluno deve ficar ao lado para falar a hora de abrir e fechar os olhos. O aluno-predador deve permanecer com o dedo
sobre o tabuleiro no local onde indicou até que alguém retire sua mão e as borboletas que vão sendo predadas do tabuleiro. Cada
aluno terá 10 chances para tentar “comer” alguma borboleta. Se ele não colocar o dedo sobre nenhuma borboleta, deve-se
considerar como se tivesse perdido a oportunidade de pegar a presa, por isso, ao final ele poderá ter “comido” menos que 10
borboletas. Ao final das 10 tentativas, são contadas quantas borboletas foram atingidas e de que cor elas são. Logo depois, devem
ser recolocadas sobre o tabuleiro para que o próximo aluno repita o procedimento. As informações devem ser anotadas no quadro
negro em forma de tabela, como a apresentada abaixo:
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PRATICANDO A SELEÇÃO NATURAL 
Confira o vídeo. - Clique para assistir
PASSO 04 - COMO ANALISAR OS DADOS
Depois de preencher a tabela com seus alunos, converse com eles a respeito dos resultados. Provavelmente, as cores de borboletas
mais predadas foram as que não eram camufladas sobre o papel de presente. Estimule os alunos a pensarem na possível explicação
para este resultado. Por que as borboletas camufladas foram menos predadas? O que acontecerá após certo tempo com as
populações de borboletas de diferentes cores? Neste simples experimento, que pode ser aplicado de forma lúdica, o professor pode
trabalhar com o terceiro ano do Ensino Médio vários conceitos, por exemplo, como ocorre a seleção natural, como a pressão dos
predadores é importante para a este processo, como funciona a dinâmica de populações, o que é a camuflagem e por que é uma
vantagem adaptativa.
PASSO 05 - ALTERNATIVA PARA REALIZAR A PRÁTICA
Professor, você ainda tem alternativa para realizar a prática: ao invés de separar alunos predadores e alunos expectadores, separe a
turma em grupos com a mesma quantidade de alunos e coloque uma folha de papel de presente diferente para cada grupo. Antes da
aula, já deve ter sido cortado um pedaço de cada uma das folhas com furadores de papel, formando bolinhas com todos os padrões
de papel que há na sala. Entrega-se para cada grupo uma quantidade igual de bolinhas, que serão jogadas aleatoriamente sobre os
papéis de cada grupo. Peça para que somente um aluno de cada vez pegue uma única bolinha e passe a vez para o próximo. Marque
um tempo para que os alunos procurem as bolinhas e depois escreva os resultados no quadro. Esta outra forma de se aplicar a
mesma prática pode ser vantajosa dependendo do perfil de sua turma, porque permite um maior envolvimento dos alunos, pois todos
participam como predadores. Outro fator interessante para discutir é que cada grupo terá um padrão mais predado. Os mesmos
animais em ambientes variados serão predados de forma diferente.
PASSO 06 - O QUE ACONTECE
Veja na tabela abaixo os resultados que obtivemos quando aplicamos este experimento em sala de aula.
Note que as borboletas azuis clara foram as mais predadas, seguidas pelas roxas. As marrons e rosas foram as menos predadas.
Notamos claramente que os alunos tiveram mais dificuldades para enxergar as borboletas de cores parecidas com as do “ambiente
natural” em que se encontravam, assim como um predador, como um pássaro, teria se estivesse voando e passasse por aquela área.
Essa dificuldade para enxergar a presa se deve ao fato dela possuir uma estratégia para escapar dos predadores, a camuflagem ou
coloração críptica.
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PASSO 07 - BORBOLETAS NA VIDA REAL
As diversas espécies de borboletas que existem apresentam várias colorações em suas asas. Isso é importante, pois cada uma
prefere se alimentar de néctar de flores diferentes ou de suco de frutas diferentes, mesmo que convivam em um mesmo habitat. Por
exemplo, as que se alimentam de flores alaranjadas, geralmente, apresentam cor laranja; as que preferem flores amarelas, também
se apresentam dessa cor. Isso acontece também com as larvas das borboletas e mariposas, as lagartas, e caracteriza uma
camuflagem, pois os indivíduos se confundem com o meio ambiente no qual vivem. Além das borboletas, muitos animais atingem a
coloração críptica e se mesclam com os arredores, combinando sua cor e seu padrão com a cor e o padrão da vegetação. Essa é uma
boa estratégia para se defender da predação.
Borboletas geralmente preferem se
alimentar de flores da mesma cor
que suas asas.
Borboleta camuflada.
Borboleta camuflada.
Borboleta camuflada.
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Lagarta amarela (Larva de
borboleta) começando a empupar
num ramo de uma planta que
possui flores amarelas. A lagarta
ficou dessa cor após se alimentar
das flores amarelas da mesma
planta.
Pupa de borboleta que se
assemelha a uma folha seca.
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PRATICANDO A SELEÇÃO NATURAL 
Besouro sobre uma folha verde. Apesar de ser marrom, apresenta-se camuflado pois confunde-se com as partes da folha que estão queimadas.
PASSO 08 - A SELEÇÃO NATURAL E A CAMUFLAGEM
Vários animais parecem gravetos, folhas, detalhes na folha, partes de flores e até mesmo fezes de aves. Assim, predadores os
confundem com objetos, rejeitando-os para a alimentação. Alguns louva-deus, por exemplo, além de possuir o corpo parecido com um
graveto apresentam comportamento que os faz ainda mais semelhantes a ele: o louva-deus esconde suas patas dianteiras em
posição de repouso e permanece praticamente imóvel a maior parte do tempo. O comportamento dos organismos camuflados deve
necessariamente corresponder à sua aparência. Imagine, por exemplo, se esse louva-deus estivesse parado sobre uma folha verde,
ou se movesse rapidamente através de um galho. Provavelmente não conseguiria enganar muitos predadores. Essa e outras
adaptações para sobrevivência no ambiente demonstram a grande força e a presença dos predadores em todos os lugares como uma
pressão seletiva. Aqueles indivíduos que se escondem efetivamente são menos predados, mas os que não se escondem com
eficiência são descobertos e comidos e a população da sua espécie residente naquele local provavelmente irá diminuir ou talvez até
será extinta daquela região. Se ela for extinta de determinado local, a mesma espécie pode migrar para outros lugares, onde a
pressão do predador não seja tão grande ou, se não puder migrar e a distribuição mundial daquela espécie for restrita àquela região,
acabará sendo extinta do planeta.
PASSO 09 - PARA SABER MAIS - QUAL A DIFERENÇA ENTRE CAMUFLAGEM E MIMETISMO?
Camuflagem acontece quando um indivíduo é pouco percebido no seu meio ambiente, pois suas cores e seu padrão se mesclam com
a cor e o padrão das cascas de árvores, folhas, flores ou galhos lá presentes. No caso da borboleta Olho-de-coruja, a camuflagem
acontece de forma diferente, pois o padrão de cor da parte de baixo das suas asas lembra o olho de uma coruja. Caso um predador
se aproxime, interpretará aquela imagem como uma coruja e não incomodará a borboleta. Essa é uma estratégia dos animais
comíveis ou palatáveis. Mas algumas espécies produzem substâncias químicas nocivas ou as acumulam a partir dos alimentos que
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comem e anunciam este fato apresentando cores fortes e chamativas, o que é chamado de coloração de advertência ou aposemática.
Por exemplo, a lagarta da borboleta monarca (Danaus plexippus) se alimenta da planta Oficial-de-Sala, que possui substâncias
tóxicas e apresenta um padrão de listas brancas, pretas e amarelas que indicam aos predadores que ela possui gosto ruim. Depois,
durante a fase adulta, a borboleta monarca continua apresentando cores chamativas, com asas laranjas com listras pretas e marcas
brancas, e tem um gosto tão amargo que uma única experiência com essa presa é relembrada por muito tempo... Os animais e
plantas impalatáveis que apresentam coloração de advertência frequentemente servem de modelo imitado por animais palatáveis, que
passam a apresentar padrões, texturas, forma do corpo, comportamento e cores de advertência semelhantes aos de gosto ruim. Isso
é chamado de mimetismo e realmente confere vantagem ao imitador, pois o predador evitará se alimentar de todos os indivíduos que
apresentarem os padrões e as cores fortes dos animais impalatáveis.
Borboleta Olho-de-coruja. Observe
sua interessante camuflagem.
Lagarta da borboleta Monarca.
Repare sua coloração de
advertência.
Borboleta Monarca fêmea pousada
sobre planta Oficial-de-sala.
Fotografia por Rob Knell. Vários
insetos, como moscas, besouros e
abelhas, mimetizam vespas
tóxicas.
Fotografia por Tom Ings.
Fotografia por Rob Knell.
Fotografia por Tom Ings.
Fotografia por Rob Knell.
Fotografia por Rob Knell. Vários insetos, como moscas, besouros e abelhas, mimetizam vespas tóxicas.
PASSO 10 - VEJA TAMBÉM
Saiba mais sobre mimetismo
Sobre camuflagem e mimetismo
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