Desenvolvimento Sexual O desenvolvimento do sexo do embrião

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Desenvolvimento Sexual
O desenvolvimento do sexo do embrião depende de várias etapas. Quem vai comandar
essas etapas é o sexo cromossômico, no embrião masculino o cromossomo XY e no feminino o
cromossomo XX.
Nos dois primeiros meses (8º- 9º semana) de gestação, os dois sexos se desenvolvem de
maneira exatamente idêntica, ou seja, não é possível notar diferenças no fenótipo. No final desse
período as gônadas se diferenciam em ovários e testículos, lembrando que os testículos ainda estão
dentro da cavidade abdominal, só migrando para a bolsa escrotal no final da gestação. O
desenvolvimento da genitália externa e dos caracteres sexuais secundários se completa por volta da
12º semana de gestação.
A Difernciação das Gônadas
O início da diferenciação gonadal se dá na 5º semana, com a formação de pequenas protuberâncias,
denominadas de crista genital, que se situam medialmente ao Ducto Mesonéfrico ou também
chamado Ducto de Wolff. Ocorre, então, em torno da 4º a 6º semana, a migração das células
germinativas (originadas do endoderma da vesícula vitelina), para próximo destas protuberâncias.
Embrião na 5º semana de desenvolvimento.
Neste momento nos fazemos uma pergunta:
Como o cariótipo XX ou XY irá determinar a formação do testículo ou do ovário?
O interessante é que para formar o ovário não é necessário que nenhuma mensagem genética ocorra,
o ovário irá se formar independente do cariótipo sexual. Mas o testículo necessita da presença da
mensagem do gene SRY (ligado ao cromossomo Y) para que a crista genital se diferencie em
testículo. A ausência deste gen levará a formação dos ovários.
Genitália Interna
Entende-se por genitália interna o aparelho sexual feminino: útero, vagina e trompas
uterinas. Aparelho sexual masculino: ducto deferente, vesícula seminal, próstata e ducto
ejaculatório.
O trato urogenital inferior interno é derivado de dois conjuntos de ductos, os ductos de Wolff
e ductos de Müller, os quais estão presentes precocemente em ambos os sexos.
Nas mulheres os ductos de Müller originam as trompas uterinas, útero e os 2/3 superiores da
vagina, os ductos de Wolff persistem na forma vestigial.
Nos homens, os ductos de Wolff originam o epidídimo, vaso deferente, vesícula seminal e
ducto ejaculatório, os ductos de Muller regridem.
É importante sabermos que o desenvolvimento dos ductos de Müller e de Wolff dependem
de controles hormônais. O hormônio antimülleriano (AMH ou MIF - Fator de inibição Mülleriano),
uma glicoproteina secretada pelas células de Sertoti do testículo fetal (a partir da 6º semana) é
fundamental para a regressão dos ductos de Müller. A testosterona, secretada pelos testículos a partir
da 8º semana vai estimular a diferenciação dos ductos de Wolff.
Desta forma, na presença de hormônios masculinos ocorre a formação da genitália interna
masculina e ausência da feminina. Na ausência de qualquer hormônio, o caminho natural da
diferenciação é a formação da genitália interna feminina.
Temos que saber que o embrião, tanto masculino quanto feminino, encontra-se sobre
estímulo de elevados níveis de estrogênio materno. Por isso a ausência de hormônios masculinos no
embrião XY pode levar ao aparecimento de caracteres femininos.
Resumindo tudo depois de tanta informação:
* Hormônio Masculino → Ductos de Wolff → Genitália Interna Masculina
* S/ Hormonio Masculino → Ductos de Müller → Genitália Interna Feminina
Genitália Externa
Desenvolve-se tanto no homem quando na mulher, a partir de precursores comuns:
Tubérculo Genital, Protuberância Genital (eminências labioescrotais), Dobras Urogenitais e Seio
Urogenital.
Nas mulheres, o tubérculo genital origina o clitóris, as protuberâncias genitais originam os
grandes lábios e as dobras urogenitais os pequenos lábios.
Nos homens, as protuberâncias genitais se fundem para formar a bolsa escrotal, as dobras
urogenitais se alongam e se fundem para formar o corpo do pênis e a uretra peniana e o tubérculo
genital forma a glande do pênis. O seio urogenital dará origem à próstata.
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