Mise en page 1 - INRA Montpellier

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O Caso de estudo da Lezíria do Tejo.
Uma região nas margens da área
metropolitana de Lisboa (Portugal)
DAUME
Sustentabilidade
das agriculturas urbanas
na região mediterrânica
Um projecto internacional
de investigação sobre a
sustentabilidade das agriculturas
urbanas e periurbanas a norte
e sul da bacia mediterrânea
Urbanização ao longo do Tejo
(vista de Chamusca).
Fotografia de G. Mousselin, ADES
O projecto DAUME compara a região da Lezíria do Tejo, em Portugal, com quatro regiões
urbanas da bacia mediterrânea (Montpellier em França, Pisa em Itália, Meknes em Marrocos
e Constantina na Argélia). Visa produzir conhecimentos úteis para uma renovação das
relações urbano-rurais, dando resposta às seguintes questões:
I Que relações existem entre cidade e agricultura?
E como esta se adapta à cidade?
I Como é a agricultura enquadrada pelos instrumentos de ordenamento do território?
Quais os factores de emergência e de sucesso dos projectos e políticas
integradoras da agricultura e do desenvolvimento urbano?
Que actores e formas de governança estão associados?
I São os sistemas agri-urbanos sustentáveis?
O projecto DAUME
Preservar a agricultura constitui um desafio importante nas regiões mediterrâneas pela sua importância para
o equilíbrio dos ecossistemas, da segurança (inundações, incêndios), a nível alimentar (produção local), e sanitário
(poluição de aquíferos) e para a preservação dos recursos naturais (água e solos, sobretudo). Face à urbanização em
curso, crescentemente dispersa, torna-se necessária uma maior articulação entre a preservação da agricultura
e o desenvolvimento urbano, nomeadamente nas práticas, organizações e projectos de política pública no sentido
de se construírem sistemas agri-urbanos duradouros.
www1.montpellier.inra.fr/daume/
O Caso de estudo da Lezíria do Tejo.
Uma região nas margens da área metropolitana de Lisboa (Portugal)
I o projecto centra-se em duas áreas de estudo para além do enquadramento regional:
o subsistema urbano Santarém-Cartaxo-Almeirim; o concelho de Benavente.
Para estas áreas de estudo analisa com recurso a metodologias de SIG, Análise de Redes e Detecção Remota: i) as
dinâmicas espaciais, ou seja a evolução dos usos e ocupações do solo, propondo um conjunto de tipologias
urbano-agricolas, ssim como a sua análise à luz dos modelos de gestão do uso do solo municipais. ii) As dinâmicas
dos actores, ou seja, a análise das relações entre os actores da região, assim como dos projectos construídos por
estes à luz das estratégias e politicas de ordenamento e desenvolvimento territorial.
I Este projecto contribuirá para a construção teórica e metodológica em torno da sustentabilidade agri-urbana,
na medida em que a síntese destes trabalhos permite obter os princípios, as práticas de governança territorial
e as ferramentas que caracterizam ou que podem identificar os caminhos possíveis para a integração urbano-rural.
Enquadramento
da região Lezíria
do Tejo no contexto
nacional e regional
e áreas artificializadas
Investigadores a contactar :
Patrícia Abrantes, [email protected] / Eduarda Marques da Costa, [email protected] /
Margarida Queirós, [email protected] / Miguel Padeiro, [email protected]
Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa
(CEG-IGOT, UL)
www.ceg.ul.pt
Concepção Pascale Scheromm UMR Innovation. Grafismo www.anagram.nationaleneuf.fr
I A região da Lezíria do Tejo é uma região NUT III com onze concelhos
(Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e
Santarém). Trata-se de uma das regiões mais importantes do país em termos de qualidade dos solos e consequentemente
de produção agrícola, nomeadamente de vinho, produtos hortícolas, arroz, entre outros. Esta região agrícola apresenta
dois mundos que se interligam: o de uma agricultura competitiva, produtiva, de mercado; e o de uma pequena agricultura
tradicional de forte ligação à terra e ao mundo rural, mas com uma população envelhecida. Por sua vez, o desenvolvimento
urbano, com a crescente aproximação à metrópole de Lisboa, pelo aumento das acessibilidades, tem contribuído para
o consumo de uso de solo agrícola, para o aparecimento de formas urbanas dispersas e para uma descaracterização da
paisagem rural (PROT-OVT, 2009). É neste contexto que se questiona: como ligar a agricultura de mercado à preservação
da ruralidade da região? Como fazer resistir a agricultura tradicional face ao processo de urbanização? Como incentivar,
através da preservação da agricultura, um modelo urbano que promova formas mais compactas? E que políticas de
ordenamento do território constrangem ou são impulsionadoras de uma melhor articulação urbano-rural?
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