(19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE O IME 2005 - MATEMÁTICA (156 x + 156 − x ) , demonstre que: 2 f(x + y) + f(x - y) = 2 f(x) f(y) log a d log a d log a d ; ; log a b log a c 1. Dada a função f(x) = SOLUÇÃO: Sejam x e y, valores pertencentes ao domínio de f(x). (156 x + 156 − x ) (156 y + 156 − y ) = Temos que: 2. f(x) . f(y) = 2 2 2 156 x + y + 156 x − y + 156 y − x + 156 −(x + y) = 2 4 156 x + y + 156 −(x + y) 156 x − y + 156 −(x − y) + = f(x + y) + f(x - y) 2 2 Assim, vem: 2. O sistema de segurança de uma casa utiliza um teclado numérico, conforme ilustrado na figura. Um ladrão observa de longe e percebe que: • A senha utilizada possui 4 dígitos; • O primeiro e o último dígitos encontram-se numa mesma linha; • O segundo e o terceiro dígitos encontram-se na linha imediatamente superior. Assim, nota-se que houve um engano na referida questão, pois o expoente do termo (a.c ) deve ser log a b , e não Calcule o número de senhas que deverão ser experimentadas pelo ladrão para que com certeza ele consiga entrar na casa. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 Teclado numérico SOLUÇÃO: 1 2 3 Linha 1 4 5 6 Linha 2 7 8 9 Linha 3 0 Linha 4 Sabemos que o 2o e 3o dígitos estão na linha imediatamente o o o o superior à linha o 1 e 4 dígitos, portanto, o 1 e o 4 dígitos só podem estar nas linhas 2,3 e 4. o o Hipótese 1: 1 e 4 digito na linha 4 Possibilidades 1 3 3 1 9 Digito 1o 2o 3o 4o total o o Hipótese 2: 1 e 4 dígitos na linha 3 Possibilidades 3 3 3 3 81 Digito 1o 2o 3o 4o total o o Hipótese 2: 1 e 4 dígitos na linha 2 Possibilidades 3 3 3 3 81 digito 1o 2o 3o 4o total Portanto temos 9 + 81 + 81 = 171 possibilidades. Sendo assim para ter certeza que o ladrão consegue entrar devem ser experimentadas 171 senhas. 3. Sejam a, b, c e d números reais positivos e diferentes de 1. Sabendo que logad, logbd e logcd são termos consecutivos de uma progressão aritmética, demonstre que: c2 = (ac)loga d 2. log a d log a d 2 1 = log a d + ⇒ = 1+ ⇒ log a b log a c log a b log a c ⇒ 2. log a c = log a b . log a c + log a b ⇒ ⇒ 2. log a c = log a b .( log a c + 1) = log a b .( log a c + log a a ) ⇒ ⇒ log a c 2 = log a (a.c ) loga b ⇒ c = (a.c ) loga b 2 log a d , como diz o enunciado. 4. Determine o valor das raízes comuns das equações 4 3 2 4 3 2 x -2x -11x +18x+18 = 0 e x -12x -44x -32x-52 = 0. SOLUÇÃO: Sejam P1(x) = x4-2x3-11x2+18x+18 e P2(x) = x4-12x3-44x2-32x-52 Cálculo das raízes de P1(x): Pelo Teorema das Raízes Racionais, tem-se que, se a equação apresentar raízes racionais, estas pertencerão ao conjunto A = {1; -1; 2; -2; 3; -3; 6; -6; 9; -9; 18; -18}. Fazendo a verificação para os elementos desse conjunto, tem-se que as raízes racionais são 3 e –3. Desta maneira, é possível fatorar P1(x): x4 - 2x3 - 11x2 + 18x + 18 = 0 2 (x - 3).(x + 3).(x – 2x – 2) = 0 Assim, as raízes de P1(x) são: 3 ; x4 = 1 + x1 = -3; x2 = 3; x3 = 1 - S1 = { - 3; 3; 1 - 3 ;1+ 3 , ou seja: 3} Verificação das raízes comuns a P1(x) e P2(x): • P2(-3) = (-3)4 – 12(-3)3 - 44(-3)2 - 32(-3) – 52 = 53 ≠ 0 ; • P2(3) = (3)4 – 12(3)3 - 44(3)2 - 32(3) – 52 = - 787 ≠ 0; • P2(1- 3 ) = (1- 3 )4 –12(1- 3 )3 - 44(1- 3 )2 - 32(1- 3 ) – 52 = 176 3 - 352 ≠ 0; • P2(1+ 3 ) = (1+ 3 )4 – 12(1+ 3 )3 - 44(1+ 3 )2 – 32(1+ 3 ) – 52 = - 176 3 - 352 ≠ 0; Portanto, não existem raízes comuns entre P1(x) e P2(x). 5. Resolva a equação 2 sen 11 x + cos 3x + 3 sen 3 x = 0. SOLUÇÃO: 2sen 11x + cos 3x + 3 sen 3x = 0, dividimos ambos os termos por 2 2 1 3 ⇔ .sen 11x + .cos 3x + .sen 3x = 0 2 2 2 ⇔ sen 11x + sen π 6 ⇔ sen 11x + sen( sen p + sen q = .cos 3x + sen 3x . cos π 6 2.sen( π 6 =0 + 3x) = 0, sabemos que: p+q p−q ).cos( ) , logo: 2 2 SOLUÇÃO: Transformando para a base a, tem-se a seguinte PA: 1 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE O IME 2005 - MATEMÁTICA π π 11x + 3x + 6 11x − 3x − 6 ⇔ 2.sen .cos =0 2 2 π π ⇔ 2.sen 7 x + .cos 4 x − = 0 12 12 π π =0 ⇔ Logo sen 7 x + 7 x + = π + k.π 12 12 S ACQ = X + Y + S ATP = 1 .S 1+ r Então o sistema pode ser resolvido por Cramer: ⇔ (q + 1). X + Y = 1 .S 1+ r 1 .S q +1 X = q +1 11π π + k. 84 7 ⇔ x= π π π ou cos 4 x − = 0 ⇔ 4 x − = 2 + k.π 12 12 ⇔ x= 7π π + k. 48 4 1 .S 1+ r 1 1 r +1 = q.S (q + 1).(qr + q + r ) S ATP = q 2 .S (q + 1).(q.r + q + r ) 1 r +1 Como SATP = q . X, então 7. Considere uma elipse de focos F e F', e M um ponto qualquer 11π π 7π π S = x ∈ R x = + k . ou x = + k. , k ∈ Z 84 7 48 4 6. Considere um triangulo ABC de área S. Marca-se o ponto P sobre o lado AC tal que PA / PC = q, e o ponto Q sobre o lado BC de maneira que QB / QC = r. As cevianas AQ e BP encontram-se em T, conforme ilustrado na figura. Determine a área do triângulo ATP em função de S, q e r. dessa curva. Traça-se por M duas secantes MF e MF' , e que interceptam a elipse em P e P', respectivamente. Demonstre que a soma ( MF / FP ) + ( MF' / F' P' ) é constante. Sugestão: Calcule inicialmente a soma (1/ MF ) + (1/ FP ). SOLUÇÃO: eixo maior da elipse: 2am eixo menor da elipse: 2bm distancia entre focos: 2cf am2 = bm2+ cf2 a+b = 2am M b m a F SOLUÇÃO: A c P T b.r F’ n a.q B d P a Q C b Como PA / PC =q, então: S − SCBP S ABP =q⇔ =q SCBP SCBP ⇔ SCBP = 1 .S q +1 (I ) Como QB / QC =r, então: S ABQ S − S ACQ =r⇔ =r S ACQ S ACQ 1 .S ( II ) 1+ r Sendo X a área do TPC e Y, do TQC, temos que SATP = q.X e SBTQ = r.Y De I: 1 .S SCBP = X + Y + S BTQ = q +1 1 ⇔ X + (r + 1).Y = .S q +1 De II: ⇔ S ACQ = P’ Para visualizarmos a Relação de Stewart no triângulo MPF', temos: MP = a = m + n MF = m FP = n FF’ = d = 2cf MF’ = b PF’ = c Daí, pela Relação de Stewart, temos: m.c2 + n.b2 = a.d2 + a.m.n Considerando a elipse, temos ainda: b + m = c + n = k (soma das distâncias de um ponto aos focos constante); k = 2am ⇒b=k–m e c=k–n Substituindo na relação de Stewart: m.(k – n)2 + n.(k – m)2 = (m + n).d2 + (m + n).m.n ⇒ m.(k2 –2kn +n2) + n.(k2 –2km +m2) = (m + n).d2 + (m + n).m.n ⇒ (m + n).k2 – 4kmn + (m + n).m.n = (m + n).d2 + (m + n).m.n ⇒ (m + n).(k2 – d2) = 4kmn ⇒ (m + n) / m.n = 4k/(k2 – d2) ⇒ 1/m + 1/n = 4k/(k2 – d2) que é constante pois k e d são constantes. 2 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE O IME 2005 - MATEMÁTICA Assim, tomando-se 4k/(k2 – d2) = K = constante, vem: 1/PF + 1/MF = K (I) analogamente, 1/P'F' + 1/MF'= K (II) Seja ∆n o determinante procurado. Multiplicando (I) por MF e (II) por MF’, chega-se a: MF/PF + 1 = K.MF (III) MF'/P'F' + 1= K. MF' (IV) De (III) + (IV) tem–se: 2+ MF/PF + MF'/P'F' = K.(MF+ MF') ∆n= Da propriedade da elipse (MF+ MF') = k = 2am MF/PF + MF'/P'F' = K.k – 2 = C = constante b2 + 1 b b b +1 b 0 ... 0 0 0 b b2 + 1 b ... 0 0 0 0 b b2 + 1 ... 0 0 ... 0 ... 0 ... 0 ... 0 ... ... ... b2 + 1 ... b 0 0 0 0 ... b b2 + 1 0 2 b2 + 1 b b b2 + 1 Observação: Cálculo da constante C: 2 0 2+1 +b.(-1) 0 b 0 0 ... ... 0 0 0 0 b b2 + 1 b ... 0 0 . 0 ... 0 ... b ... b2 + 1 ... ... ... 0 ... 0 ... 0 0 0 0 0 0 0 0 ... ... 0 b 0 0 ... ... 0 0 0 0 . + b2 + 1 b b b2 + 1 0 b b2 + 1 b ... 0 0 0 ... 0 ... b ... b2 + 1 ... ... ... 0 ... 0 ... 0 0 0 0 0 0 0 0 ... ... + b2 + 1 b b b2 + 1 n-1 colunas SOLUÇÃO: a) p(a) = a 3 + ra − t = 0 3 p(a) = b + rb − t = 0 ⇒ a3 + b3 + c3 + r(a + b + c) – 3t = 0⇒ p(a) = c 3 + rc − t = 0 ⇒ a3 + b3 + c3 = 3t - r(a + b + c) Usando as relações de Girard, segue que a + b + c = 0, pois o coeficiente do termo de x2 é zero, logo a3 + b3 + c3 = 3t b) Seja d uma raiz qualquer de p( x ). Multiplicando a igualdade d3 + rd − t = 0 por dn − 2 , obtemos dn +1 + rdn −1 − tdn − 2 = 0. Assim, são válidas as três igualdades: an +1 + ran −1 − tan − 2 = 0 n +1 + rbn −1 − tbn − 2 = 0 b n +1 + rc n −1 − tc n − 2 = 0 c Somando, obtemos +b 0 0 b2 + 1 b b b2 + 1 8. Sejam a, b e c as raízes do p(x) = x3 + rx - t, onde r e t são números reais não nulos. a) Determine o valor da expressão a3 + b3 + c3 em função de r e t. b) Demonstre que Sn+1 + rSn-1 - tSn-2 = 0 para todo número natural n ≥2, onde Sk = ak + bk + ck para qualquer número natural k. (a 1+1 ∆n=(b +1).(-1) C = K.k – 2 = 4k2/(k2 – d2) – 2= = 4k2/(k2 – d2) – 2 = 4(2am)2/((2am)2 – (2cf)2)–2= = 4am2/(am2 – cf2) – 2 = 4am2/bm2 – 2 = = (4am2 – 2bm2)/ bm2 = (2am2 + 2am2– 2bm2)/ bm2 = = (2am2 + 2cf2)/ bm2 = = 2(am2 + cf2)/ bm2 n +1 ... Aplicando Laplace na primeira coluna temos: CDQ n +1 0 +c n +1 n +1 ) + r (a n −1 n −1 ou seja, S + rS − tS para todo natural n ≥ 2. +b n−2 n −1 +c n −1 ) − t(a n−2 +b n−2 +c n−2 ) = 0, = 0, 9. Calcule o determinante da matriz nxn em função de b, onde b é um número real tal que b2≠1. b2 + 1 b 0 0 ... 0 0 2 b b +1 b 0 ... 0 0 b b2 +1 b 0 ... 0 0 2 b b +1 0 0 ... 0 0 n linhas ... ... ... ... ... ... ... 2 b +1 b 0 0 0 0 ... b b2 + 1 0 0 0 0 ... Aplicando Laplace na primeira linha do determinante na segunda parcela, temos: b2 + 1 b 0 0 b b2 + 1 b 0 0 b b2 + 1 b 0 b b2 + 1 ∆n=(b2+1).∆n-1 –b2(-1)1+1. 0 ... ... ... ... 0 0 0 0 0 0 0 0 ... ... ... ... ... ... ... 0 0 0 0 0 0 0 0 ... ... b2 + 1 b b b2 + 1 ∆n=(b2+1).∆n-1 –b2.∆n-2; ∆n - ∆n-1 = b2.(∆n-1 –∆n-2); Usando a relação para outros valores: ∆n-1 - ∆n-2 = b2.(∆n-2 –∆n-3) ∆3 - ∆2 = b2.(∆2 –∆1) 2 b - b 2 + 1 = b4 ∆2 –∆1 = b + 1 2 b b +1 Ou seja as diferenças estão em PG de razão b2 e primeiro termo b4, sendo ao todo n-1 termos. Pela soma dos termos da PG: ( )(( ) 4 2 ∆n - ∆1= b b n−1 b2 − 1 2 n+ 2 −1 e ∆n = b b2 − 1 ) −1 10. Considere os pontos P e Q sobre faces adjacentes de um cubo. Uma formiga percorre, sobre a superfície do cubo, a menor distância entre P e Q, cruzando a aresta BC em M e a aresta CD em N, conforme ilustrado na figura. n colunas SOLUÇÃO: 3 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE O IME 2005 - MATEMÁTICA b) temos que (para melhor visualização de seção, invertemos as bases do cubo): P C B (a − b) 2 M b 2 N Q b 2 a 2 A D É dado que os pontos P, Q, M e N são coplanares. a) Demonstre que MN é perpendicular a AC . b) Calcule a área da seção do cubo determinada pelo plano que b 2 contém P, Q e M em função de BC = a e BM = b. SOLUÇÃO: a) Vamos verificar que somente existirá solução para ângulo de 45º. C´ A construção da seção é feita tomando como base a reta KM como aresta do diedro. P B α m α M O prolongamento da aresta CF intercepta a aresta do diedro em C T. Como T e N pertencem à face DCFE, a aresta TN intercepta β n K N β Q DE em P. Os pontos Q, R e K são simétricos em relação ao plano mediador ABFE. A interseção do plano PQM com o cubo é o hexágono KMNPQR. Para calcular a área da figura vamos utilizar os trapézios isósceles KMNR e NPQR. a 2 A Figura 1 D a−b 2 2 cos30º = h1 (a − b) 2 h1 = (a - b) 2 ⋅ h1 = (a - b) 3 2 6 2 b 2 cos30º = Figura 2 Se a formiga percorre o caminho mínimo, então, a planificação fica como descrito na figura 2. Se PMB = α então QND = β = 90º - α. Na figura 1, se P, M, N, Q são coplanares então as retas PM e QN encontram-se em um ponto K da reta C´C Sejam MC = m e CN = n. Como CMK = α, então KC = m.tgα. (I) ) ) ) Como QND = 90º - α então CNK = 90º - α e NKC = α. Logo, n = KC.tgα e, usando (I), n = m.tg2α, mas pela figura 2, n = m tgα, ou seja, α = 45º = β ⇒ ) ) Como ACD = 450 e MNC = β = 450, logo, o triângulo CRN é ) retângulo em R , ou seja, AC ⊥ MN. CQD Observação: O fato de P, M, N, Q serem coplanares faz com a formiga não possa partir de qualquer ponto P e chegar a qualquer ponto Q cruzando a aresta BC. Somente pontos que possam ser alcançados mantendo-se α = 45º = β. b 2 b 2 h2 b 2 h2 = b 2 ⋅ h2 = ∴ 3 ∴ 2 b 6 2 b 2 2 a 2 Logo, a área da secção PQRKM é: a 2 +b 2 ⋅ (a − b) 6 + (a − b) 2 + a 2 ⋅ b 6 S= 2 2 2 2 a2 − b2 S = 2 2a − b 3 2 2 2 3 2 ⋅ b 3 = (a − b + 2ab − b ) 2 S = (a2 + 2ab - 2b2) 3 2 4