11 5.1 MATERIAIS USADOS Figura 13 – Agulhas para acupuntura Fonte:http://www.supremeeletronic.com.br/produto/162122/Agulha_Comum_para_Acupuntura_DONGBA NG___Dimensao__25_X_30_mm.html Figura 14 - Aparelho de eletroacupuntura Fonte: http://portuguese.alibaba.com/product-gs/electroacupuncture-wq-10d1-343185181.html 12 5.2 REGIÕES TRABALHADAS VC24 E4 E4 E3 E3 E5 Yintang Figura 15 – Aplicação da acupuntura no tratamento facial estético Fonte: modificado de http://www.revistaterapiamanual.com.br/store/products/-Acupuntura-na-Est%E9ticaFacial-e-Corpora-l-MTC-Dr.-Claudio-Lopes.html# Figura 16 – Aplicação das agulhas no tratamento de rugas faciais Fonte: http://www.revistapersonalite.com.br/mat_dest_acupuntura67.php 13 Figura 17 – Aplicação das agulhas em rugas faciais Fonte: http://semprebonitarg.blogspot.com.br/2013/04/tratamentos-faciais-acupuntura-facial.html Figura 18 – Aplicação das agulhas em diversos pontos com rugas faciais Fonte: http://acupunturando.blogspot.com.br/2011/08/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html Yintang 14 Figura 19 – Aplicação de eletroacupuntura para rugas de preocupação, o eletrodo encontra-se conectado à agulha inserida no ponto Yintang Fonte: modificado de http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Eletroacupuntura&lang=3 E2 IG20 E3 Figura 20 – Aplicação de eletroacupuntura para rugas de antipatia e peribucal nos pontos E2, E3 e IG20 Fonte: modificado de http://www.acessa.com/mulher/arquivo/beleza/2008/03/06-acupuntura/ 15 TA23 bilateral VB14 bilateral Figura 21 – Aplicação de eletroacupuntura para rugas de reflexão social nos pontos VB14 e TA23 bilaterais Fonte: modificado de http://www.crissouzaestetica.com.br/acupunturaesteticafacial_crissouza.htm Yintang B2 VB1 Figura 22 – Aplicação de eletroacupuntura para rugas pés de galinha nos pontos B2 e VB1 e rugas de preocupação no ponto Yintang Fonte: modificado de clinicalequilibre.blogspot.com/2012/07/eletroacupuntura.html 16 6 TRATAMENTO FACIAL ESTÉTICO COM VENTOSATERAPIA No histórico da ventosaterapia, não se sabe ao certo quem foi o primeiro a utilizar as ventosas, mas têm-se informações de seu uso desde o antigo Egito. A técnica foi mencionada por Hipócrates para tratamento de diversas doenças, foi praticada pelo povo grego e antigas nações. Celsus descreveu aplicações de ventosas no primeiro século d.c. (ROSSETTI, 1998). Existem vários exemplos de aplicação das ventosas por médicos da era antiga, guiados pela observação de que a circulação sanguínea era tida como um causador de doenças quando ocorria o depósito de sangue escurecido estagnando em algumas áreas do corpo, e o uso das ventosas justamente promovia o desvio desta circulação (BORGES, 2006). Foi utilizada pelos chineses há três mil anos, é uma técnica indolor e não invasiva. Trata-se de uma ventosagem aplicada de forma contínua ou pulsada para descongestionar os tecidos estimulando as zonas dermálgicas (FERNANDES, 2008). A melhora da troficidade unida à flexibilização tissular provoca um melhor deslizamento no meio intersticial, permitindo que os líquidos intersticiais, sangue e linfa, veiculem melhor os aportes nutritivos, e eliminem as toxinas (DINIZ et al., 2009). Nos dias atuais, a ventosa continua sendo utilizada principalmente pela MTC, acompanhada da introdução de bombas de sucção eletrônica, elétricas ou mecanizadas (FERNANDES, 2008). As Figuras 23 e 24 mostram respectivamente os tipos de materiais dos quais são constituídas as ventosas utilizadas no tratamento facial. 17 A Figura 25 mostra a correlação da área da face com os órgãos do corpo humano. Com isso, é possível detectar através do local onde a ruga se origina, qual o órgão afetado e o local onde deve ser aplicada a ventosa durante o tratamento. A aplicação das ventosas na pele baseia-se na lei de trocas gasosas, a qual consiste na eliminação dos gases estagnados e promoção da limpeza do sangue através do uso da pressão negativa produzida pelo vácuo. Ao colocarmos as ventosas sobre a pele, o vácuo formado suga-a, fazendo com que o sangue comece a direcionarse para a periferia da pele com mais intensidade, provocando o que se conhece como efeito reflexo, também chamado de simpaticolítico (GUYTON, 1988). O método de aplicação pode ser estático, ou com movimentos de deslizamento com a utilização de óleos, sempre respeitando o trajeto dos meridianos (RAMALHO; DINIZ, 2009). As Figuras 26 e 27 mostram as formas de aplicação da ventosa na face. Na face, a massagem de vácuo tonifica os músculos, recupera a elasticidade da pele, pois estimula a produção de colágeno e ajuda a diminuir as cicatrizes. Portanto é usada para melhorar e reforçar os contornos do rosto, desenrugar as rugas e fazer correção dos defeitos locais (GUERREIRO, 2008). 18 6.1 MATERIAIS USADOS Figura 23 - Material para ventosa de acrílico Fonte:http://www.ibiubi.com.br/produtos/ventosaterapia+sa%C3%BAdebeleza+outros/quebarato!/IUID192 38211/ Figura 24 – Material para ventosa de vidro Fonte: http://luzcardoso.blogspot.com.br/2008/07/ventosaterapia-um-tipo-de-terapia.html 19 6.2 REGIÕES TRABALHADAS Figura 25 – Correlação entre face e órgãos Fonte: http://luzcardoso.blogspot.com.br/2008/07/o-rosto-fala-medicina-tradicional-tem-o.html Figura 26 - Aplicação de ventosa em mento Fonte: http://diariodeumaesteticista5.blogspot.com.br/ 20 Figura 27 – Aplicação de ventosa em face Fonte: http://acupunturando.blogspot.com.br/2011/08/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html 21 7 TRATAMENTO FACIAL ESTÉTICO COM MOXATERAPIA A moxaterapia, também conhecida como moxabustão, originou-se no norte da China que por se tratar de uma região fria e na qual se ventava muito, realizava-se o aquecimento das pessoas através da elaboração de fogueiras. Através da observação dos benefícios gerados pelo calor utilizado para espantar o frio e algumas dores, criaram-se as terapias moxabustão e compressão quente (MORASTONI; MOREIRA; SANTOS, 2004). É uma técnica milenar terapêutica utilizada na MTC para tratar e prevenir doenças através da aplicação de calor em pontos com os mesmos procedimentos da acupuntura utilizando os meridianos de energia pelo corpo (FORNAZIERI, 2007). A moxaterapia gera calor e pode ser aplicada de várias formas, assim libera canais de energia obstruídos pelo frio e umidade, e que trazem disfunções e desarmonias pelo organismo (XINNONG, 1999). As moxas permitem, pela combustão de diferentes materiais, excitar os pontos de acupuntura, a fim de regularizar a atividade fisiológica do corpo (AUTEROCHE, 1992). A principal matéria prima é a artemísia, que é uma planta vivaz e de cheiro penetrante. Além dela, pode ser utilizado também o carvão como matéria-prima da moxa, uma vez que artemísia e carvão podem ser considerados como produtores de pouca ou nenhuma fumaça e cheiro durante sua queima (FERNANDES, 2008). Há relatos de que os tipos de moxa utilizados para a estética são as de palito e de bastão. A Figura 28 mostra os diferentes tipos de formas de aplicação, e analisando a foto da esquerda para a direita na primeira linha a partir da foto do meio 22 temos o cone de moxa aceso preso diretamente à agulha e na foto da direita, a artemísia, principal matéria prima, juntamente com o bastão com a capa protetora. Na segunda linha, da esquerda para a direita, temos o bastão sem a capa protetora; a foto do meio apresenta o cone de artemísia colocado em uma base diretamente na pele e, na foto da direita temos um agrupamento de lã de artemísia colocado diretamente na pele sendo aquecido pelo contato com a moxa palito. Em relação à forma de aplicação do bastão, deve ser mantido a uma distância da pele onde o paciente sinta uma sensação de calor suportável, normalmente o máximo é de um centímetro próximo à pele (MORASTONI; MOREIRA; SANTOS, 2004). Os pontos utilizados para a moxabustão são os mesmos que servem para a acupuntura, mas a moxabustão tem a vantagem de provocar no doente uma sensação de descanso e de bem-estar (AUTEROCHE, 1992). Desta forma são utilizados na estética os pontos de acupuntura conforme Figura 12, trazendo bons resultados nos tratamentos das rugas faciais. Segundo o Portal Educação, a moxa deve ser utilizada de forma deslizante sobre o sulco ou ruga a ser amenizada, com a finalidade de aumentar a produção de colágeno. A aplicação, segundo Fornazieri (2007), deve durar cerca de três minutos, podendo esse tempo ser reduzido pela metade quando se tratar de muitos pontos na mesma região, sem prejuízo para os resultados. Deve-se tomar especial cuidado com as pessoas de pele sensível, frágil e que apresentem telangiectasias ou dificuldades de cicatrização. As Figuras 29 e 30 mostram respectivamente a forma de aplicação da moxa bastão, com a liberação de fumaça proveniente da queima da artemísia e a aplicação 23 da moxa caneta, que evita a eliminação da fumaça proveniente da queima da artemísia sobre os pontos da face para tratamento de rugas faciais. 7.1 MATERIAIS USADOS Figura 28 - Tipos de utilização de moxaterapia. Fonte: http://harmoniacorpoemente.blogspot.com.br/2012/12/moxabustao.html 24 7.2 REGIÕES TRABALHADAS Figura 29 - Aplicação de moxa na face no ponto Yintang Fonte: http://www.uclinabc.com.br/view.asp?id=21 Figura 30 – Aplicação de moxa com caneta, que evita a saída de fumaça, no ponto E2 Fonte: http://pt.aliexpress.com/w/wholesale-moxa-sticks.html 25 8 TRATAMENTO FACIAL ESTÉTICO COM AURICULOTERAPIA Auriculoterapia é uma técnica terapêutica descrita em narrativas chinesas há 5000 anos Antes de Cristo (AC). Depois disso, foi mencionado pelo grego Hipócrates (Pai da Medicina), pelo egípcio Cipécladis, e também na Turquia, até chegar à Europa com o Dr. Norgier. No Brasil, a prática começou por volta dos anos 70. No início de 1975, o Dr. Olivério Carvalho muito contribuiu para o desenvolvimento da acupuntura no Brasil (BERMUDEZ, 2005). É uma técnica que utiliza o pavilhão auricular para realizar o tratamento da saúde, aproveitando o reflexo que a aurícula exerce sobre o sistema nervoso central. Cada orelha tem pontos de reflexo que correspondem a todos os órgãos e funções do corpo. Ao efetuar a sensibilização desses pontos, o cérebro recebe um impulso que desencadeia uma série de fenômenos físicos, relacionados com a área do corpo, produzindo a cura (SOUZA, 2007). A Figura 35 corresponde ao mapa de localização dos órgãos e funções do corpo no pavilhão auricular cujos pontos são utilizados como referência no tratamento facial estético com auriculoterapia. Para Fernandes (2008), é uma técnica que consiste na aplicação de agulhas, semente de mostarda, arroz, esferas de ouro, prata, cristal ou apenas com o shiatsu para a estimulação orgânica. As Figuras 31, 32 e 33 mostram os diferentes materiais utilizados, sendo respectivamente agulhas de uso semipermanentes, esferas e sementes. As condições patológicas fazem surgir na orelha alterações, como dor ao ser realizada a pressão, mudança na coloração, nódulos, óleo e escamação. Com a pressão desses pontos os problemas poderão ser tratados. 26 O pavilhão auricular tem a anatomia de um feto invertido, e a relação entre a aurícula e o organismo baseia-se apenas nos feixes e terminações nervosas da orelha e na relação destas com o cérebro (RAMALHO; DINIZ, 2009). Para Fernandes (2008), a análise da orelha deve ser minuciosa, antes de ser iniciado o método. Alguns cuidados devem ser tomados, pois a cartilagem da orelha é muito sujeita a inflamação e áreas inflamadas ou infeccionadas não devem ser puncionados, como também gestantes e pacientes hipertensos tem restrições na aplicação, e devem descansar após a sessão. Existem três tipos de agulhas que são: agulha semipermanente, sistêmica e a francesa. A Figura 31 mostra a agulha de uso semipermanente. Podem ser utilizadas também as agulhas estimulantes e as sedativas. As sementes também são muito utilizadas para estimular os pontos auriculares, caracterizando-se por uma técnica não invasiva e que causa menos desconforto aos pacientes. A Figura 33 mostra as sementes. A Figura 34 mostra uma placa preenchida com sementes. Esta placa facilita a manipulação das sementes no momento do tratamento, pois o acupunturista utiliza um pinça para retirar o adesivo em que a semente está presa e, em seguida, coloca este adesivo com a semente no ponto desejado na orelha do paciente para a realização do tratamento. Antes de iniciar a aplicação das agulhas ou sementes é necessário um diagnóstico auricular para encontrar os pontos de estimulação e também para identificar a região que apresente alterações que serão identificadas através da inspeção e palpação (BROVEDAN, 2011). A pele está intimamente relacionada com o baço, pulmão e rim, pois o baço tem a função de nutrir e sustentar o pulmão, que por sua vez tem a função de purificar e renovar a pele e se associa ao Wei Qi e ao Jin Ye, e o rim está ligado ao pulmão uma 27 vez que a parte Yang do rim fornece energia e interage com o Wei Qi (NAKANO; YAMAMURA, 2005). Para o tratamento das rugas, podemos portanto utilizar pontos ligados à pele, como Tabela 5 (SOUZA, 2007). Tabela 5 – Localização dos pontos de auriculoterapia Fonte: SOUZA, 2007 Pontos Localização Localizado no vértice do ângulo formado pela raiz inferior e a raiz Shenmen superior do anti-hélix Localizado na concha cimba, próximo à junção desta com a raiz Rim inferior do anti-hélix, na mesma linha do shenmen Localizado no ponto situado no meio da raiz inferior abaixo da Simpático membrana do hélix Ponto na orelha esquerda, situado na concha cimba, a 1 mm da Baço junção desta com o anti-hélix, no nível do prolongamento da borda inferior da raiz do hélix Localizado a 1 mm acima do centro da concha cava, na mesma Pulmão linha que liga o vértice do anti-trago com o shenmen Localizado a 2 mm acima do ponto endócrinas (meio da incisura Metabolismo inter-trágica, quase na inserção da parede desta com a concha cava), na incisura inter-trágica 28 8.1 MATERIAIS USADOS 8.1.1 Agulhas de uso semipermanente Figura 31 - Agulha de uso semipermanente. Fonte: http://www.vaigarota.com/2011/11/conheca-acupuntura-auricular.html 8.1.2 Esferas Figura 32 - Esferas Fonte: http://www.vaigarota.com/2011/11/conheca-acupuntura-auricular.html 29 8.1.3 Sementes Figura 33 – Sementes Fonte: http://www.vaigarota.com/2011/11/conheca-acupuntura-auricular.html Figura 34 – Placa de sementes Fonte: http://www.clinicaprima.com.br/auricular/ 30 8.2 PONTOS UTILIZADOS Figura 35 - Mapa de pontos de auriculoterapia. Fonte: http://acupunturaalaser.com.br/Auriculoacupuntura.php 31 A D B C Figura 36 – Tratamento de rugas pelo uso da semente nos pontos A - Shenmen, B - Baço, C Metabolismo e D - Pulmão. Fonte: própria autoria A B C D E Figura 37 – Tratamento de rugas pelo uso da agulha nos pontos A - Shenmen, B - Simpático, C - Baço, D - Pulmão e E - Metabolismo. Fonte: modificado de http://www.khora.com.br/?page_id=1612 32 9 TRATAMENTO FACIAL ESTÉTICO COM SHIATSU Em 1910 no Japão, foi criada a técnica de shiatsu por Shizuto Masunaga, que descreve shiatsu como uma forma de manipulação física, originada pelas técnicas chinesas do-in e anma que são as formas mais antigas de tratamento médico do oriente (MASUNAGA; OHASHI, 2005). Segundo Zucco (2004), Shiatsu é definido como substantivo masculino como método terapêutico que consiste em pressionar os dedos sobre determinados pontos do corpo. O Shiatsu tem como objetivo restabelecer o ritmo normal do corpo e preservar a saúde, corrigindo distúrbios funcionais no organismo e eliminando os sintomas manifestados (KAGOTANI, 2004). Através desse ideal, busca consolidar o físico, a mente e o espírito para obtenção da plenitude do ser. A vida do ser humano, seus sentimentos e emoções, são expressos na face e deixam marcas, onde podemos atuar com o shiatsu facial, que através do relaxamento da musculatura afetada gera o equilíbrio e a boa saúde e apresenta-se externamente em forma de beleza (LINHARES; GUADALUPE, 2011). A Figura 39 mostra a correlação das áreas da face com os órgãos e sistemas do corpo humano e as regiões da face afetadas pelos desgastes físico e emocional. Com isso, é possível detectar através da avaliação da face, o local onde a ruga se encontra e correlacioná-lo ao órgão ou desgaste que o originou e atuar sobre o local através da aplicação da técnica de shiatsu. 33 É uma técnica preventiva que, segundo Souza (2005), eleva e harmoniza a energia interna; equilibra o funcionamento dos órgãos e o fluxo de energia; aumenta a resistência às doenças; aumenta o aporte sanguíneo, desbloqueia a energia estagnada no meridiano e melhora o aspecto da pele. Auxilia também na manutenção do contorno facial, realizando movimentos que evitam a atenuação das linhas de expressão, a fim de melhorar a ptose facial (GUIRRO; GUIRRO, 2002). O método é feito principalmente com os dedos, a palma e dorso das mãos, embora, no corpo possam ser usados, o cotovelo, o pé e as unhas (LEITE, 1996). Alguns pontos na face estão diretamente relacionados ao corpo e visam equilíbrio físico e energético da pele e do organismo. Por exemplo: a região abaixo dos olhos está ligada à região dos rins. Já o espaço entre as sobrancelhas está conectado ao fígado, e a testa ao intestino. Sendo assim, podemos interpretar que as olheiras são sintomas de que algo não vai bem aos rins. As rugas entre as sobrancelhas, além de sinalizarem raiva e irritabilidade, também podem significar que o fígado está mais vulnerável (LIMA, 2013). É descrito também que a maioria das técnicas utilizadas pelo shiatsu consiste em pressionar vários pontos e áreas da pele seguindo o princípio de tonificação e sedação (LINHARES; GUADALUPE, 2011). Para sedar, deve-se realizar, com a polpa digital dos dedos, uma massagem enérgica e de forma contínua por um período de um a cinco minutos. Caso necessário, pode-se acrescentar durante a massagem, o giro do dedo no sentido anti-horário. Para tonificar, deve-se realizar com as pontas dos dedos uma massagem de forma a pressionar a região da face repetidamente em intervalos de poucos segundos. Manter o 34 pressionamento, por repetidas vezes na região, por um período de um a cinco minutos. Caso necessário, pode-se acrescentar durante a massagem, ao pressionar a região, o giro do dedo no sentido horário (LEITE, 1996). A Figura 38 exemplifica a forma de movimentação do dedo utilizada na aplicação da técnica de shiatsu para realizar a harmonização, a tonificação (gira o dedo no sentido horário) ou a sedação (gira o dedo no sentido anti-horário) conforme a necessidade do tratamento. Figura 38 – Aplicação do shiatsu Fonte: http://www.revistapersonalite.com.br/mat_dest_acupuntura67.php Conforme Vacchiano (2000), a sessão de tratamento através do shiatsu compreende três etapas: drenagem linfática, relaxamento e aplicação das técnicas de shiatsu. Geralmente esta sessão apresenta duração entre 50 a 55 minutos e é realizada 35 em local com espaço e temperatura agradáveis e sem claridade excessiva. Este tempo é definido conforme o diagnóstico realizado pelo terapeuta, porém, para um resultado satisfatório e visível, é necessária a realização de uma sessão por semana. Caso o paciente apresente pele demasiadamente ressecada pode-se utilizar um óleo ou creme, porém normalmente não há necessidade de uso dos mesmos. Não se deve aplicar shiatsu em pacientes que apresentem febre alta, imediatamente após um processo cirúrgico, leucemia, câncer, apendicite, úlceras epigástricas e duodenais. Deve ser evitadas em pacientes em crise de sinusite ou rinite, infecções na pele do rosto como acne (LINHARES; GUADALUPE, 2011). A Figura 40 representa o tratamento das rugas de reflexão localizado na região superior da face (testa) e ocasionado por tensão do músculo frontal e relaxamento do músculo piramidal conforme descrito em 4.2. Identifica a realização da pressão com os dedos polegares na região afetada para o tratamento da ruga de reflexão. A Figura 41 representa o tratamento das rugas de preocupação ocasionadas por tensão do músculo piramidal conforme descrito em 4.3 e mostra a realização da pressão com os dedos polegares sobrepostas sobre o ponto Yintang. A Figura 42 representa o tratamento das rugas chamadas de pés de galinha ocasionadas por tensão dos músculos orbicular do olho e zigomáticos conforme descrito em 4.4. Mostra a realização da pressão através da utilização dos dedos médios sobre as áreas localizadas abaixo do olho e na lateral do olho (ponto VB1), região afetada por este tipo de ruga. 36 A Figura 43 representa o tratamento das rugas de antipatia localizadas no músculo elevador da asa do nariz e da parte superior do lábio conforme descrito em 4.5. É realizada uma pressão através dos dedos indicadores sobre o ponto IG20. A Figura 44 representa o tratamento das rugas peribucais (conforme descrito em 4.6) e parabucais (conforme descrito em 4.9, 4.10 e 4.11). É feito uma pressão bilateralmente através do dedo polegar sobre o ponto E4. A Figura 45 representa o tratamento das rugas da região do mento, conforme descrito em 4.7. É realizada uma pressão através da técnica de shiatsu na região do ponto VC23, um dos pontos de tratamento da ruga do mento. 37 9.1 REGIÕES TRABALHADAS Figura 39 – Áreas trabalhadas no shiatsu Fonte: http://prinaestetica.blogspot.com.br/2012/08/shiatsu-facial-ponto-e-localizacao-dos.html Figura 40 – Shiatsu nas rugas de reflexão Fonte: http://www.soniacanto.com.br/shiatsu-facial/ 38 Figura 41 – Shiatsu nas rugas de preocupação Fonte: http://lakshimispa.blogspot.com.br/2012/05/shiatsu-massagem-do-bem.html Figura 42 – Shiatsu nas rugas pés de galinha Fonte: http://www.yogawiz.com/massage-therapy/shiatsu-facial-massage.html Figura 43 – Shiatsu nas rugas de antipatia Fonte: http://www.payotprofissional.com.br/cursos-detalhes.php?id=46 39 Figura 44 – Shiatsu nas rugas peribucais e parabucais Fonte: http://www.esteticaebem.com.br/aspx/Servicos.aspx Figura 45 – Shiatsu na ruga do mento Fonte: http://www.yogawiz.com/massage-therapy/shiatsu-facial-massage.html 40 10 CONCLUSÃO Diante da literatura revisada concluiu-se que os tratamentos de estética facial da Medicina Tradicional Chinesa, cada um em sua particularidade, contribuem para a amenização e, em alguns casos, a eliminação das rugas faciais, uma vez que atuam sobre os níveis energéticos, reestabelecendo o funcionamento do fluxo de Qi, Xue e Jing, proporcionando desta forma, um resultado mais duradouro. 41 Referências bibliográficas AMESTOY, R. D. F. Eletroterapia e eletroacupuntura. Florianópolis: Absoluta, 2005. 64p. AUTEROCHE, B.; NAVAILH, P. O diagnóstico na medicina chinesa. São Paulo: Editora Andrei, 1992. 13-16p. BAGATIN, E. Mecanismos do envelhecimento cutâneo e o papel dos dermocosméticos. Professora adjunta do Departamento de Dermatologia – UNIFESP. São Paulo, 2008. BERMUDEZ, V. S. Estudo de caso sobre o efeito da auriculoterapia em um paciente com distúrbio do sono - terror noturno controlado por meio de avaliações clínicas. 43 f. Monografia de Pós-graduação em Acupuntura - Centro integrado de estudo e pesquisa do homem. Porto Alegre, 2005. BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. BRAVIM, A. R. M.; KIMURA, E. M. O uso da eletroacupuntura nas estrias atróficas: uma revisão bibliográfica. 22 f. Monografia de Pós-graduação em Acupuntura UNISAÚDE. Brasília, 2007. BROVEDAN, A. A auriculoterapia como complemento na redução dos sintomas respiratórios da doença pulmonar obstrutiva crônica. 69 f. Monografia de Graduação em fisioterapia – UNESC. Criciúma, 2011. CASALECCHI, W. R. Curso de estética facial: método Casalecchi Soft Laser Therapy. 1997. COSTA, L. C.; MEJIA, D. P. M. As técnicas de acupuntura no tratamento das estrias. 13 f. Monografia de Pós-graduação em Acupuntura – Faculdade Ávila. Goiânia, 2010. 42 DINIZ, J. S. et al. Avaliação da aplicabilidade do aparelho à vácuo pelo método dermotonia em mulheres durante o período do climatério. Revista Kinesia, v.1, n.1, 2009. FERNANDES, F. A. C. Acupuntura estética e no pós-operatório de cirurgia plástica. São Paulo: Ícone, 2008. 41-169p. FERREIRA, A. M.; COSTA, M. C. D. Utilização de antioxidantes no combate aos radicais livres causadores de envelhecimento cutâneo. 96 f. Monografia de Graduação em estética e cosmética – Unifil. Londrina, 2011. FORNAZIERI, L. C. Tratado de acupuntura estética. 2 ed. São Paulo: Editora Ícone, 2007. 30-160p. GUERREIRO, A. Massagem com http://ventosasterapeuticas.blogspot.com.br/. ventosas. 2008. Disponível em: GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3 ed. Barueri: Manole, 2002. 560p. GUYTON, A. C. Fisiologia Humana. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. 74-85p. HARRIS, M. I. N. de C. Pele, estrutura, propriedades e envelhecimento. 2 ed. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2005. HARATI, A. H. Eficácia da acupuntura no tratamento de linhas de expressão. Monografia de Pós-graduação em Acupuntura – UMC. Mogi das Cruzes, 2013. HIRATA, L. L.; SATO, M. E. O.; SANTOS, C. A. M. Radicais livres e o envelhecimento cutâneo. Acta Farm. Bonaerense 23 (3): 418-24 (2004). Monografia de Pós-graduação em ciências farmacêuticas – Universidade Federal do Paraná. Paraná, 2004. KAGOTANI, T. Shiatsu na estética. Trad. Jose Ricardo Amaral. S. C. São Paulo: Andrei, 2004. 98p. 43 LEITE, E. M. Medicinas alternativas: os tratamentos não convencionais. 2 ed. São Paulo: IBRASA, 1996. 17-45p. LINHARES, G.; GUADALUPE, T. R. B. O tratamento holístico do envelhecimento facial através do shiatsu. 22 f. Monografia de Graduação de cosmetologia e estética – Universidade do Vale do Itajaí. Santa Catarina, 2011. LIMA, S. Shiatsu facial rejuvenesce e beneficia saúde. 2013. Disponível em: http://www.personare.com.br/shiatsu-facial-rejuvenesce-e-beneficia-saude-m2295. MACHADO, C. M. Eletrotermoterapia prática. São Paulo: Pancast, 3 ed, 2002. MACIOCIA, G. Os fundamentos da medicina chinesa: um texto abrangente para acupunturistas e fitoterapeutas. São Paulo: Editora ROCA, 1996. 4-57p. MALGAREZI, M. B. Um estudo comparativo na aplicação do eletrolifting epicutâneo e subcutâneo no tratamento de rugas faciais. 76 f. Monografia de Graduação em fisioterapia - UNESC. Criciúma, 2009. MASUNAGA, S.; OHASHI, W. Zen-Shiatsu: Como harmonizar o Ying/Yang para uma saúde melhor. 8 ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 2005. 16-45p. MONTAGNER, S.; COSTA, A. Bases biomoleculares do fotoenvelhecimento. Anais Brasileiros de Dermatologia. 84 (3): 263-9, Campinas, 2009. MORASTONI, A. P.; MOREIRA, G.; SANTOS, M. C. Acupuntura estética e moxaterapia no tratamento e prevenção do envelhecimento. 16 f. Monografia de Graduação de cosmetologia e estética – Universidade do Vale do Itajaí. Santa Catarina, 2004. NAKANO, M. A. Y.; YAMAMURA, Y. Acupuntura em dermatologia e medicina estética. São Paulo: Editora LMP, 2005. 160p. PATHOL, A. J. Colágeno fragmentação promove estresse oxidativo e eleva metaloproteinase de matriz-1 em fibroblastos na pele humana envelhecida. The American Journal of Pathology. 174 (1) : 101-114. Rio de Janeiro, 2009. 44 PEDRAÇA, G. M. Acupuntura na estética. 10 f. Monografia de Pós-graduação em acupuntura – Faculdade Ávila. Goiânia, 2006. PORTAL EDUCAÇÃO. Curso de acupuntura estética. Módulo V, REV 001/REV 4.0. Disponível em http://pt.slideshare.net/FisioJniasCarvalho/acupuntura-esttica-mdulo-vblzdeaco. 2002. RAMALHO, A. C. DE V. L.; DINIZ, S. R. R. Combinação de tratamentos estéticos tradicionais e técnicas orientais no combate à acne. 84 f. Monografia de Pósgraduação em acupuntura – UNISAÚDE. São José dos Campos, 2009. ROSSETTI, R. A. Dermotonia: uma nova técnica em fisioterapia. Revista Fisio e Terapia. Rio de Janeiro. Ano II. Nº 10, p. 21, 1998. SANTOS, R. S.; MEJIA, D. P. M.; ALVES, J. F. Utilização da acupuntura no tratamento de rugas. 17 f. Monografia de Pós-graduação em Acupuntura – Faculdade Ávila. Goiânia, 2010. SILVA, J. de O. Estética facial: a eficácia da acupuntura no tratamento de rugas – revisão bibliográfica. 21 f. Monografia de Graduação em Educação, ciência e tecnologia – UNISAÚDE. Montes Claros, 2008. SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Enfermagem médico cirúrgica. 8 ed. v.3. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 1262-1263p. SOUZA, M. P. Tratado de Auriculoterapia. Brasília: Marcelo Pereira de Souza, 2007. 27-183p. SOUZA, W. Shiatsu dos meridianos: Um guia passo a passo. São Paulo: SENAC, 2005. SUPPA, M. Os determinantes do envelhecimento da pele periorbital em participantes de um estudo de caso-controle melanoma no Reino Unido. British Journal of Dermatology. 165 (5): 1011-1021. Reino Unido, 2011. TAGLIAVINI, R. Novo atlas prático de dermatologia e venereologia. 3 ed. São Paulo: Santos, 1995. 390p. 45 VACCHIANO, A. Shiatsu facial: a arte do rejuvenescimento. 5 ed. Rio de Janeiro: Ground, 2000. 33p. VAMRELL, J.; PAULETE, S.; OLIVEIRA, J. Acupuntura aplicada à estética. São Paulo: Belezeterna, 1986. VELASCO, M. V. R.; OKUBO F. R.; RIBEIRO M. E.; STEINER D.; BEDIN V. Rejuvenescimento da pele por peeling químico: enfoque no peeling de fenol. Anais Brasileiros de Dermatologia. 79 (1): 91-99, Rio de Janeiro, 2004. VENTURA, D. B. S. O uso da corrente galvânica filtrada nas estrias atróficas. FisioBrasil: atualização científica, n. 62, nov/dez 2003. WONG, M.; BORSARELLO, J. F. Ling-shu: base da acupuntura tradicional chinesa. São Paulo: Andrei, 1995. 342p. XINNONG, C. Acupuntura e moxibustão chinesa. São Paulo: Roca, 1999. 260p. ZUCCO, F. Acupuntura estética facial no tratamento de rugas. Monografia de Pósgraduação em Acupuntura - World Gate Brasil Ltda. Disponível em http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/acupuntura_ rugas.htm. 2004. 46 ANEXO A - AUTORIZAÇÃO Eu, ____________________________________, RG ___________________, autorizo a divulgação da minha imagem no Trabalho de Conclusão de Curso das alunas Tatiana Tiemi Murata e Kelly Cristine Isler, sobre o tema “Técnicas da Medicina Tradicional Chinesa para Tratamento de Rugas e Linhas Faciais” pelo Centro de Estudos Firval. _______________________ _______________________ Tatiana Tiemi Murata Voluntário São José dos Campos, ____ de _______________ de 2014