Heraldo Souza - Memorial Brasil de Artes Cênicas

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Heraldo Souza
Natural de Valença- BA, o menino Heraldo encontrava na magia do circo o despertar para a
sua arte. Quando a trupe chegava à cidade não perdia uma apresentação, de tanto frequentar
já acabara se enturmando e ajudando nos bastidores. Quando voltava para casa ia para o
quintal e reproduzia todo o espetáculo imitando cada personagem, todos os números, os de
representação era os que mais gostava.Da lona à música, outra arte começava a pulsar dentro
do multiartista, adorava compor e tocar suas músicas e começava na própria cidade a fazer
shows. Desde pequeno sempre fazia conexão Valença-Salvador, já mais velho resolve ir a
capital e se alistar nas forças armadas, nunca pensara em viver da arte.
Em 1989, já na Marinha, resolve procurar oficinas de teatro para conhecer e trocar
experiências com os artistas locais, assim faz a oficina do SESC – Casa do Comércio com o
professor Ramón Reverendo.
Em 1994, decide sair da área militar e prestar vestibular para Licenciatura em Artes Cênicas na
UFBA, aposta na vida de artista. Estudou com artistas como Adelice Souza e Bertho Filho e
com professores como Harildo Déda, Jorge Gasperri, Deolindo Checcucci, Hebe Alves. Na
faculdade começa a experimentar suas várias habilidades como ator, diretor, dramaturgo e
professor. Ainda como estudante, em 1997 dirigiu o Núcleo de Estudos de Teatro para
Crianças e Adolescentes que resultou na montagem de "Quem conta um conto, aumenta um
ponto" de Raimundo Mattos de Leão, como comemoração dos 40 anos da Escola de Teatro e
50 anos da UFBA. Dentro da escola também dirigiu a Oficina de Preparação do Ator e a Oficina
de Teatro para Crianças, uma surpresa para muitos, pois sendo ainda estudante era tão
engajado em vários projetos na universidade. Nessa época, estava em cartaz com a peça
"Pontapé" com direção de Fernando Guerreiro, que o convidou para fazer parte do elenco, por
vê-lo em uma peça de formatura na Escola de Teatro, Macbeth com direção de Harildo Déda.
É com "Pontapé" que ele conquista seu primeiro prêmio como ator no Festival Nacional de
Teatro Isnard Azevedo, em Florianopólis (SC), onde dividia o palco com atores como Wladimir
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Brichta, Marcelo Flores, Zeca de Abreu, Paula Hiroi, Madalena Motta e Ana Paula Bouzas. De
tantos trabalhos conhecidos, recebeu o convite do diretor Deolindo Checcucci para substituir
um músico na peça "Um dia um sol", era assim que firmava sua entrada no Grupo Asa Branca.
Fez vários espetáculos dentre eles: "Na lua, na rua, na tua", "Em busca de um sonho perdido"
e "O voo da Asa Branca", este último um dos maiores sucesso do grupo. O espetáculo estreou
em 2000 no Espaço Xisto é um musical sobre a vida de Luiz Gonzaga e, percorreu o Brasil em
cidades como: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife e Campina Grande. Heraldo conta
que o período de oito anos em cartaz com um mesmo trabalho, foi de muito aprendizado. De
tantas experiências marcantes, um sonho ainda não tinha sido concretizado – o próprio grupo.
Nas viagens com o "Asa Branca" ele dava continuidade a uma pesquisa que já caminhava por
toda uma vida, começa a escrever músicas e textos teatrais, assim nasce a Cabriola Cia de
Teatro (ver perfil do grupo) .
A passagem por vários diretores vai moldando o seu próprio jeito de conduzir o grupo. Seu
primeiro texto para teatro foi "A História do Navio ou a Pena Dourada" (2000), publicado pela
Litteris Editora (RJ), resultante de um concurso literário no estado da Bahia e recentemente,
em 2012, participou do II Festival Curta Cena de Teatro em Salvador, ganhando o prêmio de
"melhor texto". Já o texto "O Aluguel", primeira montagem da Cabriola Cia de Teatro, venceu
como "melhor texto" na edição de 2008 no Festival Nacional de Ipitanga de Teatro, a
montagem também ganhou como melhor direção. No grupo montou textos e adaptações como
"O que é que há com nós dois?" (2007) uma comédia; "Os prequetés", texto infanto-juvenil
indicado como "Composição e Arranjos" e vencedor de melhor espetáculo ao Prêmio Braskem
de Teatro de 2008; "Quem conta, faz-de-conta"(2009), musical adaptado de contos populares;
"Cordel das fábulas fabulosas (2011) em parceria com o Grupo Cantos do Rio (RJ). Além
desses tem "Ah então é isso!", que foi montado por educadores para fins didáticos.
De tantos trabalhos como diretor, professor, ator ele também faz cenários e produz seus
próprios espetáculos, trabalhos que trazem prazer e aguçam a criatividade. Heraldo define seu
teatro como um teatro para todos. Ele procura fazer um teatro sem restrições no que concerne
as suas concepções. Para ele a defiição de "infantil" limita o espectador. "O meu teatro é sem
restrições, pode ser visto pela criança e pelo adulto."
A respeito de um de seus trabalhos, a jornalista Mariana Carneiro escreveu no Jornal A Tarde
de 24/09/2010: "... Apesar de anunciado como infanto-juvenil – talvez pelo texto um pouco mais
elaborado, dificultando a compreensão pelos de menor idade - , o espetáculo também agrada
aos pequeninos, fisgados pelas músicas executadas ao vivo por cinco atores e também pela
criatividade da cenografia, com uso de belas e interessantes máscaras para transformar a todo
tempo, gente em bicho (...) Ganham também os adultos: a diversão com sabor de saudosismo
sensibiliza e alegra o coração dos marmanjos que estão no teatro."
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Veja abaixo, os vídeos de trabalho de Heraldo Souza.
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