UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS GERMANO ÁVILA NETO DIAGNÓSTICO DA IMPLANTAÇÃO DA REDE CIA DE SAÚDE PRODUTOS NATURAIS EM SEUS ASSOCIADOS CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2009 2 GERMANO ÁVILA NETO DIAGNÓSTICO DA IMPLANTAÇÃO DA REDE CIA DE SAÚDE PRODUTOS NATURAIS EM SEUS ASSOCIADOS Monografia apresentada para obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas, no curso de Administração de Empresas, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador(a): Prof. (ª) Dra. Eng. Simone Meister Sommer Bilessimo CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2009 3 GERMANO ÁVILA NETO DIAGNÓSTICO DA IMPLANTAÇÃO DA REDE CIA DE SAÚDE PRODUTOS NATURAIS EM SEUS ASSOCIADOS Monografia aprovada pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel em Administração de Empresas, no Curso de Administração de Empresas, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Criciúma, 15 de Dezembro de 2009. BANCA EXAMINADORA ________________________________________________ Prof. (ª) Simone Meister Sommer Bilessimo - Dra. Eng. – UNESC - Orientador _______________________________________________ Prof. (ª) Katiuscia Fernandes Remor Olivo – Esp. - UNESC _______________________________________________ Prof. Marco Antonio Scarduelli – Esp. - UNESC 4 AGRADECIMENTO Primeiramente, a Deus por esta oportunidade. A minha família pela paciência em tolerar a minha ausência. E a todos que direta e indiretamente contribuíram nessa etapa da minha vida. 5 Dedicatória Dedico esse trabalho aos meus pais Nelzo e Nadir ao meu irmão Eduardo à minha tia Neide que me auxiliaram nessa longa caminhada. À minha namorada Aline, por seu companheirismo e compreensão. Em especial às minhas amigas Elisangela e Rosangela por me auxiliarem na elaboração deste trabalho. E a minha orientadora Simone que muito me auxiliou. 6 “No mundo atual nada é amador. Seus passos devem ser dirigidos junto com o conhecimento e domínio das variáveis do mercado pretendido. Isso é o que chamamos de exercício para a percepção que fatalmente farão diferença para as coisas tenham maiores chances de acontecer.” SÉRGIO DAL SASSO 7 RESUMO NETO, Germano Ávila. Diagnóstico da implantação da Rede Cia. de Saúde Produtos Naturais em seus associados. 2009. p. 95. Monografia do Curso de Administração da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma. Este trabalho, de caráter descritivo, tem como objetivo principal observar o impacto da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, para tanto a pesquisa explora sobre a administração estratégica, análise do ambiente, matriz swot, redes sociais. Devido a necessidade de análise da situação atual dessa rede elaborou-se um questionário para diagnóstico, sendo esse aplicado de forma censitária, aos quatorze associados. Posteriormente, realizou-se uma análise do ambiente (geral, operacional e organizacional) e apresentou-se os pontos fortes, fracos, oportunidades de melhoria e ameaça no formato de uma matriz swot as informações obtidas nesse trabalho podem auxiliar os gestores na tomada de decisão e implementação para que agreguem valor a seus associados . Palavras chave: Redes sociais. Matriz swot. Ambiente da empresa. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01 - Qualidade em serviços...................................................................... 19 Figura 02 - Modelo interativo de uma economia................................................. 20 Figura 03 - Controle de processo em serviços.................................................... 24 Figura 04 - Análise das ações dos concorrentes................................................. 27 Figura 05 - Mudanças organizacionais................................................................ 29 Figura 06 - Ambiente versos organização........................................................... 32 Figura 07 - Níveis de analise do ambiente.......................................................... 33 Figura 08 - Matriz SWOT..................................................................................... 35 Figura 09 - Relações diretas e indiretas.............................................................. 39 Figura 10 - Rede densamente interligada........................................................... 39 Figura 11 - Rede com buraco estrutural ............................................................. 40 Quadro 01 - Associados da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais ................. 44 Figura 12 - Fachada Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais............................. 48 Figura 13 - Placa Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais.................................. 49 Figura 14 - Tapete Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais ............................... 49 Figura 15 - Crachá Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais ............................... 49 Figura 16 - Material de Merchandising Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais. 50 Figura 17 - Marketing institucional Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais........ 50 Figura 18 - Folha de oferta Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais .................. 50 Figura 19 - Revistas Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais ............................ 51 Figura 20 - Marca própria Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais..................... 51 Figura 21 - Fluxograma das etapas do trabalho.................................................. 52 Figura 22 - Idade dos administradores................................................................ 54 Figura 23 - Sexo dos administradores ................................................................ 55 Figura 24 - Tempo de administração................................................................... 56 Figura 25 - Grau de instrução dos associados.................................................... 57 Figura 26 - Tempo de filiação dos associados.................................................... 59 Figura 27 - Número de colaboradores................................................................. 60 Figura 28 - Número de lojas por associados....................................................... 61 Figura 29 - Meio de comunicação....................................................................... 62 Figura 30 - Mix de produtos................................................................................. 63 Figura 31 - Alteração do público - alvo................................................................ 64 9 Figura 32 - Alteração do estabelecimento........................................................... 65 Figura 33 - Ampliação dos Negócios .................................................................. 66 Figura 34 - Profissionais atuantes - nutricionistas............................................... 67 Figura 35 - Aumento do faturamento................................................................... 68 Figura 36 - Alteração da forma de pagamento.................................................... 69 Figura 37 - Índice de inadimplência.................................................................... 70 Figura 38 - Principal forma de pagamento.......................................................... 71 Figura 39 - Alteração no prazo de negociação.................................................... 72 Figura 40 - Diferencial a Rede Cia. da Saúde Produtos naturais........................ 73 Figura 41 - Expectativas para o futuro da Cia. da Saúde.................................... 74 Figura 42 - Expectativas para o futuro das lojas da Cia. da Saúde..................... 75 Figura 43 - Oportunidades de melhorias para a Cia. da Saúde.......................... 76 Figura 44 - Motivo de parceria............................................................................. 77 Figura 45 - Níveis de analise do ambiente.......................................................... 78 Figura 46 - Fatores do macroambiente............................................................... 79 Figura 47 - Fatores do ambiente operacional...................................................... 81 Figura 48 - Fatores do macroambiente............................................................... 83 Figura 49 - Tabela swot modificada pelo autor.................................................... 85 10 LISTA DE TABELAS Tabela 01 – Idade dos administradores............................................................... 54 Tabela 02 – Sexo dos administradores................................................................ 55 Tabela 03 – Tempo de administração ................................................................ 56 Tabela 04 – Grau de instrução dos associados................................................... 57 Tabela 05 – Fundação e filiação dos associados ............................................... 58 Tabela 06 – Tempo de filiação dos associados ................................................. 59 Tabela 07 – Número de colaboradores................................................................ 60 Tabela 08 – Números de lojas por associados ................................................... 61 Tabela 09 – Meio de comunicação ..................................................................... 62 Tabela 10 – Mix de produção .............................................................................. 63 Tabela 11 – Alteração do público-alvo ................................................................ 64 Tabela 12 – Alteração do estabelecimento ......................................................... 65 Tabela 13 – Ampliação dos negócios ................................................................. 66 Tabela 14 – Profissionais atuantes – nutricionistas ............................................ 67 Tabela 15 – Aumento de faturamento ................................................................. 68 Tabela 16 – Alteração da forma de pagamento .................................................. 69 Tabela 17 – Índice de inadimplência ................................................................... 70 Tabela 18 – Principal forma de pagamento ........................................................ 71 Tabela 19 – Alteração no prazo de negociação .................................................. 72 Tabela 20 – Diferencial da Rede Cia. da Saúde Prod. Naturais ......................... 73 Tabela 21 – Expectativas para o futuro da Cia. da Saúde .................................. 74 Tabela 22 – Expectativas para o futuro das lojas Cia. da Saúde ...................... 75 Tabela 23 – Oportunidades de melhorias para Cia. da Saúde ........................... 76 Tabela 24 – Motivo de parceria ........................................................................... 77 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................14 1.1 TEMA ..................................................................................................................15 1.2 PROBLEMA ........................................................................................................15 1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................15 1.3.1 Objetivo Geral ..................................................................................................15 1.3.2 Objetivos Específicos .......................................................................................15 1.4 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................17 2.1 SERVIÇOS..........................................................................................................17 2.1.2 Fluxograma dos Serviços .................................................................................18 2.1.3 Natureza dos Serviços .....................................................................................19 2.1.4 Qualidade nos Serviços....................................................................................21 2.1.4.1 Ferramentas para a aquisição da Qualidade em Serviços ............................23 2.1.4.2 Expectativas dos clientes ..............................................................................24 2.2 ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA ....................................................................26 2.2.1 Organização Orientada para a Estratégia ........................................................26 2.2.2 Concorrentes....................................................................................................27 2.2.3 Processo de Implantação da Estratégia ...........................................................29 2.2.4 Implementação e Mudança Organizacional .....................................................29 2.2.5 Análise do Negócio ..........................................................................................32 2.2.5.1 Análise do Ambiente......................................................................................33 2.3 Macroambiente....................................................................................................34 2.4 Matriz SWOT.......................................................................................................34 2.5 Inovação e Estratégia Competitiva......................................................................37 2.6 Redes. .................................................................................................................37 2.7 Estrutura da Rede ...............................................................................................38 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................42 3.1 TIPO DE METODOLOGIA DE PESQUISA .........................................................42 3.1.1 Pesquisa Bibliográfica ......................................................................................42 3.1.2 Pesquisa de Campo .........................................................................................43 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA............................................................................43 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ................................................................................43 12 3.4 COLETA DE DADOS ..........................................................................................45 3.5 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE DE PESQUISA.........................................45 3.5.1 Valores Institucionais:.......................................................................................46 3.5.1.1 Missão ...........................................................................................................46 3.5.1.2 Visão .............................................................................................................46 3.5.2 Aplicação..........................................................................................................47 3.5.3 Diferencial ........................................................................................................47 3.5.3.1 Idoneidade.....................................................................................................47 3.5.3.2 Credibilidade .................................................................................................48 3.5.3.3 Qualidade ......................................................................................................48 3.5.4 Diretrizes e Metas do Projeto de Associativismo Cia. da Saúde ......................48 3.5.4.1 Padronização Externa ...................................................................................48 3.5.4.2 Padronização Interna: ...................................................................................49 3.5.5. Adesão ............................................................................................................51 3.6 ETAPAS DO TRABALHO....................................................................................52 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA ..............................................................................54 4.1 RESULTADOS DAS ENTREVISTAS..................................................................54 4.1.1 Administrador da Cia. da Saúde Produtos Naturais Loja .................................54 4.1.2 Estabelecimento Comercial:.............................................................................58 4.2 ANÁLISE DO AMBIENTE....................................................................................78 4.2.1 Ambiente Geral ................................................................................................78 4.2.1.1 Componente Tecnológico..............................................................................79 4.2.1.3 Legislação .....................................................................................................79 4.2.1.4 Componente Social .......................................................................................80 4.2.1.5 Componente Econômico ...............................................................................80 4.2.2 Ambiente Operacional ou da Tarefa.................................................................81 4.2.2.1 Componente Internacional ............................................................................81 4.2.2.2 Parcerias .......................................................................................................82 4.2.2.3 Cliente ...........................................................................................................82 4.2.2.4 Pessoas.........................................................................................................82 4.2.2.5 Concorrência .................................................................................................82 4.2.2.6 Fornecedor ....................................................................................................83 4.2.3 Ambiente Interno ..............................................................................................83 4.2.3.1 Aspectos Organizacionais .............................................................................84 13 4.2.3.2 Aspectos de Marketing ..................................................................................84 4.2.3.3 Aspectos Financeiros ....................................................................................84 4.2.3.4 Aspectos Pessoais ........................................................................................85 4.2.3.5 Aspectos Produção .......................................................................................85 4.3 MATRIZ SWOT ...................................................................................................85 4.3.1 Pontos Fortes ...................................................................................................86 4.3.2 Pontos Fracos ..................................................................................................86 4.3.3 Oportunidades..................................................................................................86 4.3.4 Ameaças ..........................................................................................................87 5 CONCLUSÃO.........................................................................................................88 REFERÊNCIAS.........................................................................................................90 APÊNDICE ................................................................................................................92 QUESTIONÁRIO.......................................................................................................93 14 1 INTRODUÇÃO Com o aumento da competitividade as organizações estão buscando cada vez mais o diferencial para manterem-se neste mercado em constante mudança, desta forma uma maneira que elas encontram é pertencerem a redes sociais. Este trabalho tem como objetivo diagnosticar o impacto da implantação da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais para seus associados localizados no estado de Santa Catarina. A Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais iniciou suas atividades há cinco anos, com o objetivo de trazer maior facilidade para os associados com a padronização e inovação das lojas pertencentes a esta rede. O referencial teórico baseou-se em diversos autores e temas, direcionados ao planejamento estratégico, análise swot e redes. A coleta de dados foi feita por meio de questionários aplicados via email com os associados. Após a coleta os dados foram tabulados e analisados. Com esta pesquisa pode-se levantar os pontos fortes e os pontos fracos dos associados da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, bem como propor melhorias para a rede por meio de sugestões de trabalhos futuros. 15 1.1 TEMA Diagnosticar o impacto da implantação da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais em seus associados 1.2 PROBLEMA Os estabelecimentos associados na Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais desconhecem o impacto dessa associação em seu negócio. 1.3 OBJETIVOS A seguir, enuncia-se o objetivo geral e os específicos desta pesquisa. 1.3.1 Objetivo Geral Este trabalho tem como objetivo geral avaliar o impacto da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais nos negócios de seus associados. 1.3.2 Objetivos Específicos Tem-se como objetivos específicos: a) mapear os associados da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais; b) identificar os pontos fortes e as oportunidades de melhoria na visão dos associados quanto a implantação da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais; c) propor estratégias para ampliação de negócio Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais. 16 1.4 JUSTIFICATIVA O forte crescimento no seguimento de produtos naturais, juntamente com o incentivo da mídia bem como do governo para que a população procure formas mais saudáveis de alimentação, impulsionaram um aumento significativo de lojas de produtos naturais. Diante deste contexto surgiu a Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, com o intuito de padronizar o atendimento, bem como a fachada das lojas e até mesmo oferecer aos seus associados serviços e informações de caráter comum, tanto para os usuários como para os colaboradores pertencentes a esta rede. Ao participar da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, as lojas possuem maior agilidade no requisito troca de informações entre os associados, maior mix de produtos, facilidade na negociação dos produtos com grandes franquias, proporcionando maior competitividade, maximizando os lucros, aumentando a qualidade dos serviços prestados aos clientes. A Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais disponibiliza baixo custo de implantação para os seus associados, beneficiando-os com marketing acessível aos pequenos lojistas com a mesma qualidade das grandes franquias, além de proporcionar profissionais on line, como os nutricionistas, para tirarem as dúvidas dos clientes e usuários da rede. Nessa perspectiva, torna-se relevante identificar qual o impacto da implantação da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais em seus associados. 17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo apresenta a fundamentação teórica utilizada no desenvolvimento deste trabalho. 2.1 SERVIÇOS De acordo com Cobra (1989) o serviço pode ser definido como a forma de satisfazer as necessidades dos clientes, ofertando para isso todos os meios possíveis de acordo com o que foi adquirido pelo mesmo. Ainda para o autor o serviço é uma importante ferramenta de marketing que pode ser concebido e agregado ao produto. Pode-se citar como fatores relevantes para satisfação dos clientes com relação aos serviços: qualidade do produto, garantia do produto, a disposição dos produtos aos clientes, adequação dos produtos para atender às necessidades dos consumidores, boas condições técnicas de utilização do produto e uma instalação adequada da loja. (Cobra, 1989). Parente (2000) define como serviço toda informação, atividade ou característica que fazem com que o consumidor reconheça o valor maior do produto ou serviço principal do varejista. A realidade dos serviços no varejo, de acordo Perante (2000), tem a função de ajudar o consumidor a localizar o produto que procura na loja, comparar os similares, escolher e comprar o produto, envolvendo fases antes da compra, no momento da compra e após a mesma. Parente (2000) ainda mostra a importância do serviço ao relatar que, os consumidores insatisfeitos propagam muito mais suas experiências do que os consumidores satisfeitos. Ele ainda relata que, os varejistas de sucesso se preocupam com o nível dos serviços prestados, o que os dá vantagem competitiva frente à concorrência. Para Kotler (2000), serviço é toda atividade ou benefício intangível que uma parte pode oferecer à outra e que não resulta na posse de algum bem. O autor cita três características para o serviço: 18 1) intangibilidade: diz que os serviços não podem ser tocados, provados, vistos, sentidos ou cheirados, antes de serem adquiridos. E quanto mais intangível for o serviço, mais difícil fica a definição de valor do serviço para o cliente; 2) inseparabilidade: os serviços não podem ser separados do prestador de serviço, e alguns serviços exigem a presença do cliente. Exemplos shows e entretenimento; 3) variabilidade: o mesmo serviço pode ser oferecido das mais variadas formas e ambientes, dependem de quem os fornece (Kotler, 2000). 2.1.2 Fluxograma dos Serviços De acordo com Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000) os serviços estão no centro da atividade econômica de qualquer sociedade e podem ser divididos em cinco subgrupos: • serviços empresariais: consultoria, finanças, bancos. • serviços comerciais: varejo, manutenção e consertos. • serviços de infra-estrutura: comunicações e transportes • serviços sociais /pessoais: restaurantes, saúde. • administração pública: educação e governo. A figura 01 apresenta as cinco primeiras dimensões, em ordem decrescente de importância, que os clientes utilizam para avaliar a qualidade dos serviços: • confiabilidade (capacidade de prestar o serviço prometido com confiança e exatidão); • responsabilidade (disposição do pessoal da organização para auxiliar os clientes e fornecer o serviço prontamente); • segurança (relacionada ao conhecimento e cortesia dos funcionários e sua capacidade de transmitir confiança e confidencialidade); 19 • empatia (acessibilidade, sensibilidade e esforço para atender as necessidades dos clientes); • aspectos tangíveis (condições do ambiente físico) (FITZSIMMONS e FITZSIMMONS, 2000). INDICAÇÃO PESSOAL Dimensões da qualidade em serviços NECESSIDADES PESSOAIS EXPERIÊNCIA PASSADA EXPECTATIVA • confiabilidade • responsabilidade • segurança • empatia • aspectos tangíveis QUALIDADE PERCEBIDA EM SERVIÇOS PERCEPÇÃO Figura 01 - Qualidade em serviços. Fonte: Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000) 2.1.3 Natureza dos Serviços Quando se fala em serviço tem-se em mente pessoas trabalhando em empregos mal remunerados e desinteressantes, no entanto o setor de serviços cresceu significativamente nas últimas décadas, com exceção da manufatura e mineração que mostraram crescimento negativo, a industrialização criou a necessidade de um trabalhador mais especializado. Para que o setor de serviços se desenvolva, é necessário fazer uma análise do ambiente dos sistemas de serviços, essa análise começa com a percepção de que um serviço consiste em um pacote de benefícios como, por exemplo, a compra de um produto, pois a compra de um produto é acompanhada de um conjunto de serviços. O papel do gerente de serviço é fundamental dentro dessas características, pois ele lida com sistema aberto onde os clientes estão presentes no sistema de atendimento. (FITZSIMMONS, 2000, p.32). Os conceitos de serviços deveriam ser aplicáveis a todas as organizações de serviços, como uma troca de conhecimento. 20 Figura 02 - Modelo interativo de uma economia Fonte: Fitzsimmons (2000) Para FITZSIMMONS, 2000: Os hospitais podem aprender sobre hospedagem com hotéis. De outra maneira menos óbvia, os estabelecimentos de lavagem a seco podem aprender com os bancos: as lavanderias podem adaptar a facilidade dos depósitos noturnos oferecida aos clientes de bancos fornecendo sacolas para roupas sujas e caixas de coleta para horários que não há expediente. (FITZSIMMONS, 2000) É através da presença dos clientes que os gerentes de serviços estão sempre preocupados a identificar as falhas do seu produto. É extremamente importante que o gerente de serviços ofereça ao cliente a experiência que seja condizente com o pacote de serviço desejado. O pacote de serviços para Fitzsimmons (2000) é o conjunto de mercadorias e serviços que são fornecidos em um ambiente, tendo as seguintes características: • instalações de apoio: representam os recursos físicos que devem estar disponíveis antes de se oferecer um serviço. Exemplo: campo de golfe. • bens facilitadores: o material adquirido pelo consumidor. Exemplo: cursos de golfe. • serviços explícitos: benefícios facilmente sentidos pelo cliente. Exemplo: a ausência de dor após a restauração de um dente. 21 • serviços implícitos: benefícios psicológicos que o cliente pode sentir apenas vagamente. Exemplo: saber que está sendo atendido por profissionais formados em universidades de prestígio nacional. Para um sistema de serviço funcionar é importante que ele interaja junto com o cliente, sendo o cliente peça fundamental para o processo de serviço. 2.1.4 Qualidade nos Serviços Para Raizer (1997), a empresa deve investir em qualidade e dedicar-se totalmente a atender e satisfazer os seus clientes, aumentando as vendas e os lucros. Desse modo, a estratégia mais adequada é aquela que direciona a empresa a atender bem os seus clientes, e a qualidade de seus produtos e/ ou serviços é um excelente meio para isso. Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente. Isso significa para o mesmo: um projeto perfeito; sem defeitos; baixo custo; segurança do cliente entrega no prazo certo, no local certo e na quantidade certa. (CAMPOS, 1999, p. 2) Cobra (1989) enfatiza que, se um produto ou serviço possui má qualidade, então, torna-se uma tarefa impossível trazer satisfação ao consumidor com o serviço prestado. Para Parente (2000), a satisfação do consumidor é uma relação entre o que ele espera do serviço e a sua percepção de fato quanto ao mesmo. Assim a demora no atendimento, falta de atenção dos atendentes, falta de produtos geram insatisfação, pois contrariam o que os clientes esperam. Os serviços oferecidos, ainda segundo o autor, quando já rotineiros passam a ser parte das expectativas dos consumidores e deixam de gerar satisfação, porém a qualidade desse serviço pode ser convertida em satisfação para o cliente. Ainda para o autor, à medida que o varejo oferece melhores serviços, os consumidores aumentam seu nível de expectativa, e isso torna os consumidores mais exigentes. Torna-se uma busca constante por parte dos varejistas para cada vez mais aperfeiçoar os serviços. Então, ainda segundo o autor, não é mais suficiente apenas satisfazer os clientes, mas é necessário superar suas expectativas, ou seja, encantá-los. 22 A qualidade de acordo com Juran (1992) está relacionada ao desempenho e a satisfação que o produto ou serviço proporcionam aos clientes, ou seja, estas duas características competem entre si. Ter qualidade não significa, necessariamente, ser o melhor ou o mais caro, e, sim, o mais adequado e que respeite as normas técnicas e os regulamentos da sociedade, atendendo os requisitos do contrato, preservando o meio ambiente e sempre a preços competitivos e dentro dos prazos estabelecidos, Assim, Qualidade pode ser entendida como a adequação ao uso de um produto ou serviço sob o ponto de vista do cliente (PRADO, 2007 p. 23). Segundo Paladini (2008), existem três tipos de modelos da qualidade, qualidade in-line, off-line e on-line. A qualidade in-line é o ambiente básico da produção, voltado para o processo de fabricação, este ambiente enfatiza a ausência de defeitos. Os defeitos que podem ocorrer no produto independente de qual for sua causa, prejudica sua utilização e compromete sua qualidade. A qualidade in-line prioriza a correção e prevenção dos defeitos. Considera-se defeito a não conformidade dos produtos de acordo com as especificações dos mesmos. Um produto defeituoso é aquele que apresentou uma ou mais irregularidades de acordo com sua especificação. “O ambiente da qualidade in-line, assim, parte de um princípio que parece incontestável: não há nenhuma forma de um produto adequarse ao uso se ele porta algum defeito” (PALADINI, 2008 p. 207). A qualidade in-line identifica o produto como o resultado final do processo produtivo. Este ambiente busca incrementar o processo, não somente para evitar os defeitos, mas também os erros, falhas, desperdícios, retrabalho etc. Além disso, busca examinar as operações para torná-las mais adequadas possíveis. Com essas ações, o produto inclui recursos que descrevem a empresa, mostrando os pontos fortes (especialidades) e capacidades (PALADINI, 2008). “[...] são atividades típicas do modelo in-line os projetos de melhoria de operação, os programas de redução e racionalização de custos, a campanha para eliminar desperdícios, a minimização de perdas de produção por execução inadequada do trabalho etc” (PALADINI, 2008 p. 207). A qualidade off-line é o ambiente fora da linha de produção, mas que está em paralelo á ela. Pode-se citar como exemplo a área comercial e o marketing, as duas áreas trabalham de forma externa dando suporte à linha de produção, pois, divulgam no mercado os resultados do processo produtivo. A operação off-line é 23 importante para adequar o produto ao uso que dele se espera desenvolver (PALADINI, 2008). Taguchi (1990 apud Paladini, 2008 p. 211), define o que ele chama de controle da qualidade off-line como um método sistemático para otimizar o projeto do produto e o projeto do próprio processo produtivo. A qualidade off-line, além do projeto abrange outras atividades necessárias à produção (PALADINI, 2008). O ambiente off-line é um suporte de extrema importância para a qualidade dos produtos e serviços, ela atua no processo de forma indireta. Trabalha visando sempre à constante melhoria e a adequação ao uso do resultado final do processo produtivo (PALADINI, 2008). O ambiente da qualidade on-line opera na relação entre a empresa e o mercado, pois é no mercado que todo trabalho pela qualidade desenvolvido na empresa á avaliado. O ambiente on-line não analisa somente a satisfação dos clientes e consumidores em relação aos produtos, também verifica as necessidades atuais do mercado (PALADINI, 2008). O foco principal do ambiente on-line é trabalhar em função das necessidades do mercado, ele analisa os hábitos ou comportamentos de consumo para repassá-las ao processo produtivo, de forma a moldar em curto espaço de tempo o processo à nova realidade do consumidor. Para que a empresa se mantenha competitiva é necessário adequar os produtos às necessidades dos consumidores. Este ambiente trabalha em função de identificar as tendências e a rápida mudança no mercado, como por exemplo, a entrada de um novo concorrente (PALADINI, 2008). 2.1.4.1 Ferramentas para a aquisição da Qualidade em Serviços De acordo com Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000) o controle da qualidade de serviços pode ser visto como um ciclo básico de controle conforme a figura 03. 24 Entrada do cliente Recursos Adotar ação corretiva Identificar a causa da inadequação Processo do serviço Monitorar a adequação aos requisitos Saída do cliente Estabelecer medidas de desempenho Expectativa do cliente. Figura 03 - Controle de processo em serviços Fonte: Fitzsimmons (2000, p 264) O ciclo do serviço é um ciclo normal de retroalimentação. Ao entrar em um estabelecimento para adquirir um produto ou serviço o cliente espera que suas expectativas sejam atendidas tanto relacionadas ao produto bem como ao serviço desejado, a organização por sua vez deve estabelecer medidas de desempenho para poder monitorar, caso ocorram divergências, identificar as causas para posteriormente adequar seus produtos ou serviços com ações corretivas que alcancem as expectativas dos clientes antes que saiam do estabelecimento. 2.1.4.2 Expectativas dos clientes Segundo Johnston e Clark (2002), os fatores de qualidade influenciam nas expectativas dos clientes em relação aos serviços prestados são: a) acesso: o encontro do serviço deve ser rápido e com facilidade na localização; 25 b) estética: elaborar formas para que o cliente esteja sempre sendo agradado, tanto com o serviço propriamente dito, quanto com o ambiente físico; c) atenção/assistência: solucionar os problemas relacionados aos serviços prestados disponibilizando a máxima atenção a eles; d) disponibilidade: dispor de uma quantia suficiente de funcionários e um mix de produtos suficientes para que os clientes sejam atendidos com tempo hábil e de forma individual, de maneira que ao procurar por um determinado produto ou serviço encontrem com facilidade; e) cuidado: analisar como o cliente se posiciona perante o serviço prestado e manter a preocupação, a consideração, a simpatia e a paciência para com o mesmo, como o cliente sente-se emocionalmente com o serviço; f) limpeza/atratividade: dispor de um ambiente limpo e atrativo para proporcionar conforto e bem estar ao cliente; g) conforto: o conforto físico do ambiente e das instalações do serviço; h) comprometimento: o funcionário deve estar comprometido com o serviço; i) comunicação: o cliente deve conhecer o serviço de forma clara tanto escrita como verbalmente, para que a informação seja compreendida por ele corretamente; j) competência: a execução dos trabalhos com maior habilidade e empenho profissional; k) responsividade: o imediatismo na prestação dos serviços e a solução rápida dos problemas quando ocorrerem relacionados ao mesmo; l) segurança: a credibilidade é disposta pelos colaboradores, irradiando confiança e segurança para os clientes; m) empatia: o cuidado e a atenção dispensada ao cliente; n) tangíveis: melhorar a imagem da estrutura física equipamentos e pessoas da organização. 26 2.2 ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Para se montar uma boa estratégia primeiramente se analisa o ambiente externo (concorrentes) e quais os recursos disponíveis, e partir disto se monta a estratégia, conseqüentemente quais rumos serão percorridos para atingir os objetivos. (FENANDES; BERTON, 2005) Estratégia empresarial é o conjunto dos grandes propósitos, dos objetivos, das metas, das políticas e dos planos para concretizar uma situação futura desejada, considerando as oportunidades oferecidas pelo ambiente e os recursos da organização (FENANDES e BERTON, 2005, p. 7) Uma ferramenta importante que pode ser utilizada como uma oportunidade de mercado é identificar as necessidades não atendidas dos clientes, sendo que, essas necessidades muitas das vezes são desconhecidas pelos próprios clientes. Utilizando-se de uma pesquisa de mercado Aaker (2007), sugere que os clientes são fontes primárias de informações para detectar as necessidades não atendidas. 2.2.1 Organização Orientada para a Estratégia Segundo Kaplan (2000), existem cinco princípios para que uma organização seja focada na estratégia: 1) traduzir a estratégia em termos operacionais; a estratégia adotada pela organização deve ser bem clara a ponto da descrição da mesma seja de fácil entendimento e envolvida por toda a empresa, desde os níveis mais altos de gerência até ao nível operacional; 2) alinhar a organização à estratégia: os setores devem estar interligados entre si, com a soma de suas estratégias individuais, com objetivos comuns, quebrando as barreiras das comunicações, superando estes obstáculos de funções específicas; 3) transformar a estratégia em tarefa de todos: as organizações necessitam da colaboração de toda a comunicação é feita de cima para baixo, ou seja, dos níveis de gerência para o operacional. A motivação para os empregados pode ser feita por remuneração adicional, incentivando o indivíduo a contribuir até mesmo em outras 27 áreas do seu conhecimento com idéias que possam colaborar com as estratégias das empresas; 4) converter a estratégia em processo contínuo: a discussão de estratégia não pode ser algo que conste anualmente nas pautas das reuniões gerencias e sim algo que venha fazer parte da rotina administrativa; 5) mobilizar a mudança por meio da liderança executiva: se não houver o empenho da liderança na implementação da estratégia todas as outras quatro ferramentas acima citadas serão inúteis, pois a mudança depende dos lideres, do contrário à oportunidade será desperdiçada e os resultados não serão alcançados. 2.2.2 Concorrentes Para Aaker (2007) ao identificar os concorrentes em potencial, conseguese montar uma estratégia com menos riscos. A figura 04 faz uma análise das ações dos concorrentes. Tamanho crescimento e lucratividade Pontos fortes e fracos Barreiras de saída Imagem e posicionamento Ações dos concorrentes Estrutura e custos Objetivo e comprometimento Estratégias atuais e passadas Organização e cultura Figura 04 - Análise das ações dos concorrentes Fonte: Aaker (2007) 1) tamanho crescimento e lucratividade: determina em que posição no mercado o concorrente, ao diagnosticar o tamanho do crescimento e 28 lucratividade consegue-se fazer uma estimativa de vendas, multiplicando a média de vendas pelo número de clientes do segmento, outra maneira de se verificar o tamanho pelo acesso ao capital de investimento; 2) imagem e posicionamento: utilizando-se de uma pesquisa de qualitativa, verifica-se que imagem à marca dos concorrentes representa para seus clientes; 3) objetivos e comprometimento: o conhecimento dos objetivos dos concorrentes, não somente financeiros, uma vez que os mesmos podem ser líderes tecnológicos, traz um indicador importante para saber qual a estratégia futura que o mesmo pode-se utilizar; 4) estratégias atuais e passadas dos concorrentes: a revisão das estratégias passadas pode impedir que os concorrentes repitam estratégias parecidas, e identificar as estratégias atuais auxilia na tomadas de decisões e no crescimento futuro; 5) organização e cultura: conhecer quem são as pessoas que fazem parte da organização de seus concorrentes bem como quais suas culturas é um ponto muito forte, pois estas características influenciam nas estratégias que as organizações irão adotar no futuro; 6) estrutura de custo: a estratégia de custo pode ser obtida com as informações dos custos fixos e custos diretos dos concorrentes, onde será determinado o ponto de equilíbrio; 7) barreiras de saída: são fortes indicadores que demonstram o comprometimento dos concorrentes relacionados com a área do negócio, exemplo: ativos especializados, custos fixos, relações com outras unidades do negócio; barreiras governamentais e sociais; orgulho gerencial ou ligação emocional; 8) pontos fortes e pontos fracos: a identificação dos pontos fortes dos concorrentes deve ser encarada como uma oportunidade de melhoria para a organização, transformando esta ameaça como um desafio, já o conhecimento dos pontos fracos dos concorrentes é uma possível vantagem competitiva. 29 2.2.3 Processo de Implantação da Estratégia Segundo Fernandes e Berton (2005), definidos os objetivos e as estratégias a seqüência é a implantação propriamente dita da estratégia, a saída dos papéis e a colocação em prática. A ação que a organização adotará, uma vez que, a demanda por novos produtos e serviços é constante, pois os concorrentes não costumam estacionar no tempo, estão sempre em busca de novas opções de produtos ou serviços para melhor atender as expectativas dos seus clientes e reter às suas fidelidades. De acordo com os autores acima citados, deve-se observar na implantação da estratégia três aspectos em que as pessoas estão diretamente envolvidas: • aspectos analíticos: análise e estudos necessários para que a implantação da estratégia ocorra devidamente; • aspectos políticos: como toda mudança gera insegurança, jamais ignorar a representatividade do poder, ou seja, toda a gerência deve estar de acordo com a ação que será tomada, para que não haja qualquer impedimento por parte da chefia; • aspectos educacionais: como a estratégia não é duradoura, toda organização deve estar em constante processo de aprendizagem durante a implantação da mesma. 2.2.4 Implementação e Mudança Organizacional Para Fernandes e Berton (2005) três grupos interferem na mudança organizacional: estruturas, pessoas e processos, conforme a figura 05. Implementação e Mudança Organizacional Figura 05 - Mudança organizacional Fonte - Fernandes e Berton (2005) Estrutura Figura 05 - Mudança organizacional Fonte: Fernandes e Berton (2005) Pessoas Processos 30 A estrutura para Fernandes e Berton (2005) corresponde à distribuição de responsabilidades dentro da organização, no que se refere ao quesito estrutura ainda algumas considerações devem ser observadas: • idade: empresas mais antigas possuem estruturas mais formais que as novas empresas; • tamanho: nas organizações de grande porte as relações são mais impessoais devido a sua estrutura; • ambiente: baseado nos valores e crenças, as organizações tendem a serem mais inovadoras devido ao dinamismo dos setores; • natureza do negócio: algumas organizações têm suas operações centralizadas, outras não dependem da regra propriamente dita de cada negócio; • natureza do trabalho: em uma universidade ou em um centro de pesquisa a estrutura tende a ser mais descentralizada, devido a sua amplitude; • diferenças internas: dentro de uma única organização podem ocorrer dois níveis extintos de regime de operações, ou seja, em determinados setores os procedimentos podem ocorrer informalmente, porém podem existir dentro da mesma organização setores que cumprem rigorosamente as regras e procedimentos sem quebrar os protocolos; • cultura: a organização pode estar fundamentada de acordo com o perfil de seu fundador. As pessoas para Fernandes e Berton (2005) não são robôs, onde seus donos simplesmente programam para que ajam de acordo com suas vontades, elas tem opiniões vontades e desejos, tudo isto deve ser lembrado na hora da implantação da estratégia. Dentro de um processo de implantação de estratégia os itens podem ser classificados em: • motivação: as pessoas devem estar motivadas para colocar em prática a estratégia, do contrário a mesma ficará somente no papel; • cultura: é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, lingüísticas e comportamentais de um povo ou civilização, essa definição também pode ser aplicada nas organizações; 31 • poder: antes da implantação da estratégia é necessário mapear as relações de poder dentro da organização, para não ocorrer interferências nas mudanças que ocorrerão dentro da mesma; afim de que prejudique negativamente as ações que deverão ser tomadas; • liderança: para que os objetivos sejam atingidos se faz necessário que toda a organização compre a idéia da nova estratégia. Não adianta somente o presidente da empresa ser envolvido e entusiasmado com a implantação da estratégia que será adotada, todos os níveis da organização devem estar motivados para que os resultados sejam atingidos e os objetivos alcançados. Os processos segundo Fernandes e Berton (2005) que completa a mudança organizacional, onde são definidas as regras dinâmicas para o funcionamento da empresa que devem ser observados os seguintes requisitos dentro deste item: • Alocação de recursos: clareza nos processos organizacionais bem como um patrocinador que busque arrecadar recursos para que a idéia seja implantada, alguém que brigue pela idéia, popularmente falando; • Comunicação: deve ser feita em todos os níveis da organização, de baixo (gerentes para os subordinados) para cima (subordinados para os gerentes) onde o feedback é realizado e também entre os pares, afim, de eliminar qualquer distorção de informação na hora da implantação da estratégia; • Recompensa: não deve ser feita somente em forma de dinheiro, deve também estar ligada ao benefício que o funcionário possa adquirir com o reconhecimento das pessoas, por meio prêmios, elogios formais e celebração junto à equipe, é fundamental que a empresa alinhe seu sistema de remuneração junto com a implementação de estratégias; • Controle: os gestores devem estabelecer indicadores que mensurem e controlem o desempenho da organização, onde a verificação da estratégia implantada seja acompanhada passo a passo; • Tecnologia: a tecnologia dever estar ligada aos métodos de produção como também de gerenciamento, uma vez que, uma organização de 32 porte maior pode ter uma estratégia mais complexa, já uma de pequeno porte suas estratégias devem ser mais diretas, ou seja, os padrões tecnológicos variam de organização para organização. 2.2.5 Análise do Negócio De acordo com Fernandes e Berton (2005), o conceito de negócio está relacionado com os limites de atuação que uma organização estabelece, qual a sua área de atuação, suas atividades principais. Para não perder o foco o negócio não pode ser muito amplo e nem muito estreito para que as oportunidades não sejam desperdiçadas. O acerto nas tomadas de decisões está diretamente interligado com a área de atuação do negócio, e esta deve ser bem clara, ou seja, a missão da organização definida de forma que contribua para o bom entendimento do negócio. Figura 06 – Ambiente versos organização Fonte: Fernandes e Berton (2005) 33 2.2.5.1 Análise do Ambiente Para Kluyver (2007), a análise do ambiente é a principal etapa da administração estratégica, pois onde são identificados os riscos e oportunidades. Mudanças no amplo ambiente econômico, político e sociocultural, que geralmente fogem ao controle de qualquer organização individual, podem ter um efeito profundo no sucesso de uma empresa. (KLUYVER; CORNELI 2007, p. 37) Figura 07 - Níveis de análise do ambiente Fonte: Fernandes e Berton (2005) 34 2.3 Macroambiente Segundo Fernandes e Berton (2005) todas as organizações são afetadas por quatro forças: • Forças políticos legais: são as decisões tomadas por varias comissões em cada nível de governo. Exemplo: leis tributárias; regulamentações e comércio internacional, leis de proteção ambiental, controle de preços e salários; • Forças sociais: são fatores ligados ás característicos da população tais como, qualidade de vida, local de trabalho, distribuição geográfica, taxa de nascimento, estrutura racial ética e religiosa; • Forças econômicas: com o avanço da globalização a economia é brutalmente afetada em vários setores, conseqüentemente ocorre aumento da concorrência ocasionando impacto significativo nos negócios; • Forças tecnológicas: são fatores que afetam diretamente os processos de fabricação dos produtos e serviços e dividem-se nas seguintes categorias – Internet, telecomunicação, automação e informática, biotecnologia e redução do ciclo de vida dos produtos. 2.4 Matriz SWOT De acordo com Bicho e Baptista (2006) a matriz swot determina onde se deve atuar nas empresas, desenvolvendo estratégias para levantar os pontos fortes e pontos fracos da organização. Consiste na avaliação da posição competitiva de uma empresa no mercado através do recurso a uma matriz de dois eixos, cada um dos quais composto por duas variações: pontos fortes (Strenghts) e pontos fracos (Weaknesses) da análise interna; oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) da análise externa. (BICHO, BAPTISTA, 2006, p.14) 35 Análise Interna Análise Externa O(oportunidade) oportunidades T(threats) Ameaças S(strenghs) Pontos fortes W(weaknesses) Pontos fracos SO(maxi-maxi) WO(mini-maxi) Tirar o máximo partido dos pontos fortes para aproveitar o máximo às oportunidades detectadas. Desenvolver as estratégias que minimizem os efeitos negativos dos pontos fracos e que em simultâneo aproveitem as oportunidades emegentes ST(maxi-mini) WT(mini-mini) Tira o máximo partido dos pontos fortes para minimizar os efeitos das ameaças detectadas. As estratégias a desenvolver devem minimizar ou ultrapassar os pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face às ameaças. Figura 08 - Matriz SWOT Fonte: Coral, Ogliari, Abreu (p. 108) Para se alcançar altos índices de competitividade é necessário à busca constante pela inovação, por meio da criação de novos produtos ou serviços. Organizações que trabalham desta maneira estão sempre em processo de aprendizagem com habilidades de criação e inovação (GARVIN,1992). Para Drucker (apud AKAR, 2007) inovação é a ferramenta específica dos empreendedores, o meio através do qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio ou serviço diferente. Pode ser apresentada como uma disciplina, pode ser aprendida, pode ser praticada. Os empreendedores precisam procurar decididamente as fontes de inovação, as mudanças e os seus sintomas, que indicam oportunidades para inovações com sucesso. E eles precisam conhecer e aplicar os princípios da inovação de sucesso. De acordo com Davila, Espstein e Shelton (2007) a longo prazo, o único fator realmente capaz de garantir o futuro de qualquer empresa é sua capacidade de inovar melhor e de forma mais contínua por mais tempo que as concorrentes. 36 Organizações bem-sucedidas tendem a se tornarem complacentes e conservadoras a fim de preservar suas competências centrais – tudo aquilo que as levou ao sucesso. Isso é lógico e de grande vantagem a curto prazo. Paradoxalmente, tudo que conduziu ao pico do sucesso poderá se transformar nos fatores que, no longo prazo, provocarão seu fracasso. Conforme Tigre (2006) o desenvolvimento não deriva de um mero crescimento das atividades econômicas existentes, mas reside fundamentalmente em um processo qualitativo de transformação da estrutura produtiva no sentido incorporar novos produtos e processos e agregar valor à produção por meio da intensificação do uso da informação e do conhecimento. Segundo o Manual de Oslo (2006 apud, ABREL, CORAL e OGLIARI, 2008) uma inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas. O Manual de Oslo (2006 apud ABREL, CORAL e OGLIARI, 2008) define quatro tipos de inovação, que englobam várias atividades das empresas: • inovações em produto: é a introdução de um benefício ou serviço novo ou significativamente melhorado, em relação às suas características ou usos pretendidos. Inclui melhorias significativas nas especificações técnicas, componentes e materiais, software, interface com usuário ou outras características funcionais; • inovações em processo: é a implementação de um novo ou significativamente melhorado processo produtivo (envolve técnicas, equipamentos e software utilizados para produzir benefícios ou serviços) ou entrega (interesse na logística da empresa e embalagem do equipamento, software e técnicas para fornecer materiais, alocar suprimentos na empresa, ou métodos de entrega de produtos acabados). Isto inclui modificações significativas em técnicas, equipamentos e/ou software; • inovações organizacionais: referem-se à implementação de novos métodos organizacionais, podendo ser mudanças em práticas de negócios, na organização do ambiente de trabalho, ou nas relações externas da empresas; 37 • inovações em marketing: envolvem implementação de novos métodos de marketing. Podem incluir mudanças na aparência do produto e sua embalagem, na divulgação e distribuição do produto e em métodos para definir preços de benefícios e serviços. De acordo com Tigre (2006) do ponto de vista empresarial, as empresas mais dinâmicas e rentáveis do mundo são justamente aquelas mais inovadoras que, em vez de competir em mercados saturados pela concorrência, criam seus próprios nichos e usufruem de monopólios temporários por meio de patentes e segredo industrial. A geração e apropriação de inovações, entretanto, é um processo complexo que depende não apenas das qualificações e dos recursos técnicofinanceiros detidos pela firma, mas também do ambiente institucional no qual está inserida e do poder de negociação com fornecedores e clientes. 2.5 Inovação e Estratégia Competitiva Conforme Tigre (2006) as estratégias competitivas nem sempre são explícitas, podendo ser adotadas intuitivamente sem nenhuma formalização. Elas estão relacionadas à percepção das capacitações dinâmicas internas da empresa e também ao ambiente externo, seja setorial, regional ou internacional. A combinação das oportunidades e dificuldades internas e externas constitui o elemento essencial para uma estratégica de sucesso. Para Ohmae (1988) estratégias de negócio bem-sucedidas resultam não de uma análise rigorosa, mas de um estado mental particular. A formulação da estratégia é, essencialmente, um processo criativo e principalmente intuitivo, freqüentemente aliado a uma mudança brusca. Os estrategistas empregam análises somente para estimular o processo criativo, para testar as idéias que emergem para trabalhar suas implicações estratégicas ou garantir com sucesso a execução. 2.6 Redes. De acordo com Amato Neto (2005), as redes são estratégias que as organizações podem utilizar, para alcançar de forma competitiva, a melhoria na organização de bens ou serviços, em conjunto com outras empresas. As redes 38 constituem as relações de trabalho ou amizades que um grupo estabelece entre seus semelhantes, trocando informações que sejam de interesse comum. Uma rede é composta por um conjunto de relações ou laços entre atores (indivíduos ou organizações). Um laço entre atores tem conteúdo (o tipo de relação) e forma (força e intensidade) da relação. O conteúdo da relação pode incluir informação e fluxo de recursos, conselho ou amizade (...) de fato, qualquer tipo de relação social pode ser definida como um laço. Portanto, organizações estão tipicamente inseridas em redes múltiplas e mesmo sobrepostas. Amaro Neto (2005 apud POWELL 1994) 2.7 Estrutura da Rede De acordo com Amato Neto (2005), define-se como estrutura da rede a maneira como os relacionamentos acontecem entre as organizações e classificamse em: • relações diretas – os fluxos de informações ocorrem mais rapidamente. Exemplo na figura 09, uma rede com foco na organização A tem relações diretas com as organizações B e C respectivamente. São relações fortes, pois tem intensa freqüência de informações. • relações indiretas – os fluxos das informações são mais lentos, devido a dificuldade da transmissão de dados entre as redes. Exemplo na figura 09, a empresa A tem relação indireta com D e E e com as organizações F e G, nesta relação quem transmite as informações para as empresas D e E é a empresa B, e para as empresas F e G quem transmite é a empresa C, sem esforço de reciprocidade das informações da empresa A. 39 Figura 09 - Relações diretas e indiretas Fonte: Amaro Neto (2005, p. 61) Segundo Amato Neto (2005) as redes densamente interligadas são as mais fortes, pois ocorrem trocas diretas de informações entre todas as organizações, as relações são fortes, pois estas empresas podem compartilhar desde relatórios, equipamentos até recursos humanos, ou seja, possuem uma vantagem competitiva em relação ao uso destes recursos compartilhados. Figura 10 - Rede densamente interligada Fonte: Neto (2005, p.63) 40 Ainda de acordo com Amato Neto (2005) as redes com buracos possuem contato direto com o eixo principal, mas nunca com os eixos paralelos, ou seja, a rede (A, B, C) a rede A se relaciona com B e com a rede C, já a rede B não se relaciona com a rede C, desta forma entre a rede B e a rede C existe um buraco estrutural. Isto influencia diretamente o fluxo do conhecimento entre as empresas, a facilidade de desenvolvimento de confiança, o auxílio de solução de problemas. Figura11 - Rede com buraco estrutural Fonte: Amaro Neto (2005, p.63) Para o autor acima citado, não importa qual a classificação que uma rede possua, e sim os recursos benefícios que serão utilizados tanto em uma rede direta, indireta, densamente interligadas ou com buracos estruturais. Segundo Amato Neto (2005) as empresas estão em busca constante pela redução de custos, desta forma as redes de cooperação são uma boa alternativa para a maximização dos recursos, auxiliando no processo de inovação destas organizações, beneficiando também por outro lado à competitividade de forma conjunta. 41 Gray Wood (1991 apud Neto, 2005, p.69) definem colaboração e sua ocorrência da seguinte forma: Colaboração é um processo através do qual diferentes partes, vendo diferentes aspectos de um problema, podem, construtivamente, explorar suas diferenças e procurar visões limitadas (...) Colaboração ocorre quando um grupo de ‘autonomous stakeholders’ com domínio de um problema se envolvem em um processo interativo, usando divisão de papéis, normas e estruturas, para agir ou decidir questões relacionados ao problema. Para Cruz, Martins, Augusto (2008, p.207) a colaboração é definida como: [...] entendida diretamente à luz do comportamento ou indiretamente a partir da propensão em se engajar em esforços conjuntos, com a intenção de atingir determinados objetivos, depende fundamentalmente não de um único fator denominado confiança, mas sim, de três fatores formativos de um construto de natureza mais abstrata. Segundo Amato Neto (2005) existem várias teorias sobre cooperação de rede, mas que elas estão ocasionando turbulência e complexibilidade do ambiente organizacional provocado voluntariamente pelos dirigentes das mesmas, para que com isso um problema tenha vários focos e seja resolvido, dentre várias formas de correção. A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A 42 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Esta pesquisa traz uma abordagem de forma compreensível, tendo em evidencia a forma metodológica utilizada para o desenvolvimento ao longo do contexto. Desta forma, o presente capítulo apresenta os métodos utilizados para obtenção de dados e desenvolvimento da pesquisa. 3.1 TIPO DE METODOLOGIA DE PESQUISA De acordo com Cervo e Bervian (2002), a metodologia da pesquisa, é o conjunto de estratégia ou métodos que são traçados em busca do conhecimento. Para Gil (1996) a metodologia é o conjunto dos procedimentos elaborados na pesquisa. Desta forma alguns aspectos são elaborados como, topo de pesquisa, população e amostra, coleta de dados, análise dos dados. Segundo Cervo e Bervian (2002), método é a maneira que se deve impor aos vários processos necessários para chegar a um resultado desejado. 3.1.1 Pesquisa Bibliográfica A pesquisa bibliográfica oferece meios de entendimento técnico ao leitor, desta forma, destaca-se por sua abrangência totalmente ligada a literatura. A busca de informações realizada para formação deste trabalho, foi proporcionada através de pesquisa bibliográfica e com a ajuda de métodos e procedimentos da literatura. Conforme Gil (1996) a pesquisa bibliográfica realiza uma investigação nos acervos, onde os dados importantes são coletados para o estudo em questão. Segundo Cervo e Bervian (2002) a pesquisa bibliográfica explica um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Elabora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza.” (Gil,1996, p.44) 43 3.1.2 Pesquisa de Campo De acordo com Gil (1996) a pesquisa de campo ocorre na observação de fatos e fenômenos, através da coleta de dados, interpretando os mesmos com auxílio bibliográfico, buscando a compreensão do problema a ser estudado. 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA Segundo Gil (1996), a pesquisa pode ser classificada em dois métodos: o qualitativo e o quantitativo, os quais se diferenciam principalmente na forma de abordagem do problema. O tipo de método escolhido deve ser apropriado ao tipo de estudo que se pretende, mas é o aprofundamento do problema ou sua natureza que vai determinar o método escolhido. De acordo com Cervo e Bervian (2002), o método quantitativo significa em sua essência quantificar os dados levantados a partir de um estudo podendo ser através de informações geradas por meio de um sistema gerencial. Logo após, realiza-se um estudo estatístico que pode ser classificado por diversas formas, desde percentagem, média, desvio padrão e outros. Segundo Gil (1996), o objetivo da pesquisa exploratória é de proporcionar maior familiaridade com o problema, com nota de torná-lo mais explícito, seu planejamento é bastante maleável, considerando os mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Já para Cervo e Bervian (2002, p.69) a pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação e quer descobrir as relações existentes entre os elementos componentes da mesma. Para Crespo (2001) a metodologia da pesquisa qualitativa não tem estrutura definida, é analisada em reduzidas amostras onde proporciona melhor visualização do estudo total. 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA Segundo Crespo (2001), população é um conjunto total de uma área em específico com uma característica comum denominada, já amostra, seria o 44 subconjunto finito de uma população. Esta forma de pesquisa é utilizada quando não se consegue obter os dados totais da população, desta forma se utiliza um levantamento percentual e estatístico dessa população, com isso fornece um valor hipotético que determina a totalidade da população. Desse modo, desenvolveu-se uma pesquisa censitária com treze associados da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais (quadro 01), aplicada via email com os proprietários das lojas. Quadro 01 - Associados da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais ASSOCIADOS CIDADE NOME CIA 001 Criciúma AVILA PRODUTOS NATURAIS - FILIAL CIA 002 Criciúma AVILA FARMACIA HOMEOPÁTICA - MATRIZ CIA 003 Baln.Camboriu FLOR DE MEL COM. DE CEREAIS MUNIZ - MATRIZ CIA 004 Florianópolis CIA. DA SAÚDE INGLESES CIA 005 Itajaí NATURAMEL CIA DA SAÚDE - MATRIZ CIA 006 Navegantes NATURAMEL CIA DA SAÚDE- FILIAL CIA 007 Itajaí NATURAMEL CIA DA SAÚDE- FILIAL CIA 008 Nova Veneza CIA DA SAÚDE NOVA VENEZA - MATRIZ CIA 009 Blumenau NATUREZA E VIDACIA DA SAÚDE - MATRIZ CIA 010 Blumenau NATUREZA E VIDA CIA DA SAÚDE - FILIAL CIA 011 Blumenau NATUREZA E VIDACIA DA SAÚDE - FILIAL CIA 013 Içara AVILA PRODUTOS NATURAIS - FILIAL CIA 014 Urussanga CIA DA SAÚDE URUSSANGA - FILIAL CIA 017 Piçarras CIA DA SAÚDE PIÇARRAS CIA 018 Cocal do Sul CIA DA SAÚDE COCAL DO SUL - MATRIZ CIA 019 Joinvile CIA DA SAÚDE JOINVILLE CIA 020 Laguna HANNAS PRODUTOS NATURAIS CIA 021 Barra Velha CIA DA SAÚDE BARRA VELHA 45 CIA 023 CIA 024 Baln.Camboriu CIA DA SAÚDE BALNEÁRIO CAMBORIÚ - FILIAL São José CIA 025 Canasvieiras Fonte: Autor, 2009. CIA DA SAÚDE SHOPPING IDEAL CIA DA SAÚDE CANASVIEIRAS Essa pesquisa foi executada no período de 01 de agosto de 2009 a 30 de setembro de 2009. Houveram 13 questionários respondidos, representando um índice de aproveitamento de 92,86% da população investigada e um erro amostral de 7,69%. 3.4 COLETA DE DADOS Segundo Cervo, Bervian (2002), questionário refere-se a melhor forma de coleta de dados. Informação que o próprio informante preencherá, com uma interligação direta com o problema central, desta forma como podemos ver no Apêndice A, são demonstrados os questionários aplicados na Rede Cia. Saúde Produtos Naturais. Os questionários foram aplicados via e-mail, e distribuídos a todos os associados, com a colaboração dos integrantes das lojas associadas, nas cidades de Criciúma, Nova Veneza, Laguna, Içara, São Jose, Florianópolis, Navegantes, Cocal do Sul, Piçarras, Barra Velha, Balneário Camboriú, Itajaí e Joinville, no estado de Santa Catarina. A partir dos dados, foi possível aprofundar o estudo deste fenômeno, e se realizou uma analise quantitativa do mesmo. 3.5 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE DE PESQUISA A criação da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais (2009), deve-se a uma necessidade de mercado, com uma solução já consagrada no meio empresarial, dentro da concepção do associativismo. Este projeto foi idealizado pelo diretor da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais ao longo dos últimos cinco anos, tendo em vista a carência deste tipo de serviço. 46 A Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais (2009), é um facilitador de negócios para seus associados, buscando melhores condições de compra e melhor rentabilidade para os mesmos. Com a união das lojas, viabiliza a execução de grandes projetos, que seriam inviáveis de serem executados de maneira individualizada. Sempre tendo em mente, que a essência do sucesso da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais (2009), está ligada a sua transparência e clareza de propósito junto aos associados. Este projeto só se torna realidade devido à credibilidade depositada no Sr. Angelo Pimentel mentor e diretor da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais (2009), por seus associados fundadores, Sr. Nelzo Ávila, Sr. Andrei Luiz Ferrari e Sr. Altair Martins Braz, que avalizaram e aprovaram as diretrizes da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais. 3.5.1 Valores Institucionais: A são apresentados a missão, visão e a aplicação da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais. 3.5.1.1 Missão A Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais tem como missão principal ser um facilitador de negócios para seus associados, objetivando melhores condições de compra junto às indústrias e distribuidores, e como conseqüência melhorar a rentabilidade em seus negócios, primando pela qualidade. 3.5.1.2 Visão Ser a melhor e mais qualificada Rede Nacional de lojas de produtos naturais. 47 3.5.2 Aplicação • o binômio, Qualidade / Informação, é preponderante no sucesso da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais; • informações idôneas e de credibilidade sobre produtos naturais e hábitos saudáveis de vida, são fundamentais para o sucesso das lojas da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais; • as parcerias com as indústrias e distribuidores da área, são foco principal dos esforços da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais para viabilizar o início do projeto; • a comissão permanente formada pelos senhores Altair Martins Braz, Nelzo Ávila e Andrei Luiz Ferrari, proprietários das lojas associadas respectivamente Naturamel (Itajaí), Ávila (Criciúma) e Natureza e Vida (Blumenau). Esta comissão pode ter o incremento de mais integrantes na forma de eleição a ser definida pela comissão permanente e a direção da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais; • as decisões a serem tomadas com relação às propostas comerciais e negociações com indústrias e distribuidores, são discutidas em reunião entre os associados, representados junto a Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais pela comissão permanente, que acompanhará todos os procedimentos e ações da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais. 3.5.3 Diferencial Está sendo apresentado nos itens subseqüentes especificamente os diferenciais da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais (2009). 3.5.3.1 Idoneidade Ética profissional e comprometimento com seus consumidores, clientes, parceiros e associados. 48 3.5.3.2 Credibilidade Todas as lojas são recomendadas a disponibilizar em seus estabelecimentos comerciais um (a) nutricionista no seu quadro de colaboradores, medida de extrema importância para a credibilidade junto aos clientes da loja. 3.5.3.3 Qualidade Permanente aperfeiçoamento do quadro funcional das lojas e seus associados, nas questões administrativas e comerciais, incluindo reciclagem de seus colaboradores através de parcerias com as indústrias. Certificação de produtos e fornecedores. 3.5.4 Diretrizes e Metas do Projeto de Associativismo Cia. da Saúde 3.5.4.1 Padronização Externa • Fachada; Figura 12 - Fachada Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais Fonte: Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais, 2009 49 • Placa; Figura 13 - Placa Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais Fonte: Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais, 2009 • Tapete. Figura 14 - Tapete Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais Fonte: Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais, 2009 3.5.4.2 Padronização Interna: • Lay Out Interno; • Uniforme; • Crachá; Figura 15 – Crachá Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais Fonte: Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais, 2009 • Setorização; • Comunicação Visual; • Sistema de Gerenciamento; 50 • Material de Merchandising. Figura 16 – Material de Merchandising Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais Fonte: Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais, 2009 • Marketing Institucional; Figura 17 - Marketing institucional Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais Fonte: Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais, 2009 • Campanhas Promocionais; • Tablóides (Folha de Ofertas); Figura 18 – Folha de oferta Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais Fonte: Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais, 2009 51 • Mídia de Rádio; • Mídia de TV; • Out-Doors; • Bus-Doors; • Revista; Figura 19 - Revistas Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais Fonte: Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais, 2009 • Jornal Periódico; • Marketing de Relacionamento; • Marca Própria. Figura 20 – Marca Própria Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais Fonte: Rede Cia. Da Saúde Produtos Naturais, 2009 3.5.5. Adesão Esta oportunidade de negócio hora oferecida traz para os empreendedores que iniciarem no projeto da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais (2009), uma perspectiva de ganho adicional, além dos já oferecidos pelo projeto inicial. Como forma de privilegiar os investimentos em marketing e na marca idealiza uma mudança de formato no negócio a partir da 100ª (centésima) loja. Inicialmente projetou-se uma contrapartida para os sócios já existentes em formato de negócio que será definido pela comissão permanente da Rede Cia. 52 da Saúde Produtos Naturais em data oportuna, determinando assim o melhor caminho a ser seguido; O ingresso de novos associados esta vinculada ao preenchimento de uma proposta de adesão, que passará pelo crivo e avaliação da comissão permanente, visando unicamente e exclusivamente o perfeito direcionamento do uso da marca e imagem da mesma junto ao mercado; A partir do ingresso do associado na Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, o mesmo tem 90 (noventa) dias para se adequar em relação à padronização mínima exigida. 3.6 ETAPAS DO TRABALHO A seguir apresenta-se o fluxograma da etapa do trabalho (figura 21) INÍCIO Identificação do Problema Referência Bibliográfica Análise da Organização e do Ambiente Análise dos Resultados Diagnóstico Propor Melhorias Para a Empresa FIM Figura 21 - Fluxograma das etapas do trabalho Fonte: Autor, 2009. 53 Inicialmente, levantou-se como diagnosticar o impacto que a Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais traria para os seus associados. Em seguida um levantamento bibliográfico para o embasamento teórico do trabalho. Através de questionários (conforme apêndice A), aplicados com todos os associados, foram feitas as análises dos ambientes das organizações pertencentes a esta Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, a partir destes dados estabeleceu os diagnósticos e propostas das melhorias. 54 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA O objetivo deste capítulo é apresentar os resultados obtidos a partir da pesquisa realizada com os associados da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais e análise do ambiente e matriz SWOT. 4.1 RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 4.1.1 Administrador da Cia. da Saúde Produtos Naturais Loja Tabela 01: IDADE DOS ADMINISTRADORES IDADES Nº. ASSOCIADOS % De 31 até 40 04 31% De 41 até 50 06 46% 03 23% % SÓCIOS De 51 até 60 Fonte: Dados de pesquisa 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 46% 31% 23% De 31 até 40 De 41 até 50 De 51 até 60 ANOS Figura 22 - Idade dos administradores Fonte: Dados de pesquisa A partir da pesquisa identificou-se que a idade média dos administradores da rede Cia. da Saúde está entre 44,15 anos, variando de 34 a 58 anos. 55 Tabela 02: SEXO DOS ADMINISTRADORES SEXO Nº ADMINISTRADOR % Masculino 06 46% Feminino Fonte: Dados de pesquisa 07 53% 53% 54% 52% 50% 48% 46% 46% 44% 42% Masculino Feminino Figura 23 - Sexo dos administradores Fonte: Dados de pesquisa O resultado da pesquisa mostrou que na maior parte dos entrevistados era do sexo feminino com 53% contra 46% masculino. 56 TABELA 03: TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO TEMPO Menos de 1 ano De 1 até 5 anos De 5 até 10 anos Acima de 10 anos Fonte: Dados de pesquisa Nº ASSOCIADOS 03 03 04 03 35% % SÓCIOS 30% 25% % 23% 23% 31% 23% 31% 23% 23% 23% 20% 15% 10% 5% 0% Menos de 1 ano De 1 até 5 anos De 5 até 10 Acima de 10 anos anos ANOS Figura 24 - Tempo de administração Fonte: Dados de pesquisa O tempo de administração teve uma grande variação de dois meses a 16 anos administrando uma empresa, com média de 6,25 anos. 57 TABELA 04: GRAU DE INSTRUÇÃO DOS ASSOCIADOS GRAU DE INSTRUÇÃO Ensino fundamental completo Ensino médio completo Graduação incompleta Graduação completa Pós-graduação Não responderam Fonte: Dados de pesquisa 50% Nº ADM. % 0 04 01 06 0 02 0% 31% 8% 46% 0% 15% 46% 45% 40% % SÓCIOS 35% 31% 30% 25% 20% 15% 15% 8% 10% 5% 0% 0% Ensino fundamental completo 0% Ensino médio completo Graduação incompleta Graduação completa Pós-graduação Não responderam ESCOLARIDADE Figura 25 - Grau de instrução dos associados Fonte: Dados de pesquisa Com relação ao grau de instrução, 46% dos associados possuíam graduação completa (farmácia, economia, administração, computação, pedagogia e matemática), 31 % somente o ensino médio completo e 15 % não responderam ao questionário. 58 4.1.2 Estabelecimento Comercial: TABELA 05: FUNDAÇÃO E FILIAÇÃO DOS ASSOCIADOS ASSOCIADOS 1 3 6 8 4 9 2 5 10 7 11 12 13 Fonte: Dados de pesquisa FUNDAÇÃO DA EMPRESA 1994 1993 2004 2005 1999 2007 1982 2001 2008 2004 2009 2009 2009 FILIAÇÃO A CIA DA SAÚDE 1994 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2008 2008 2009 2009 2009 2009 No estado de Santa Catarina existem 13 associados à Rede da Cia. da Saúde Produtos Naturais, sendo que oito iniciaram filiados a Cia. da Saúde, os demais dos filiados já possuíam alguma estabelecimento e associaram-se a Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais. 59 TABELA 06: TEMPO DE FILIAÇÃO DOS ASSOCIADOS % SÓCIOS TEMPO Menos de 1 ano de 1 até 5 anos de 5 até 10 anos acima de 10 anos Fonte: Dados de pesquisa 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Nº. ASSOCIADOS 4 6 2 1 % 31% 46% 15% 8% 46% 31% 15% 8% Menos de 1 ano de 1 até 5 anos de 5 até 10 acima de 10 anos anos ANOS Figura 26 - Tempo de filiação dos associados Fonte: Dados de pesquisa Percebe-se que 31% dos sócios estão a menos de um ano na Rede Cia. da saúde Produtos Naturais, a sua grande maioria com 46% dos sócios estão entre 1 a 5 anos associados, 15% esta entre 5 a 10 anos associados e apenas 8%, equivalente a apenas um sócio está acima de 10 anos associado, sendo o fundador. 60 TABELA 07: NÚMERO DE COLABORADORES Nº. COLABORADOR Nº. DE ESTABELECIMENTOS 1 2 3 4 6 8 10 15 Fonte: Dados de pesquisa 1 3 4 1 1 1 1 1 4 4 COLABORADORES 3,5 3 3 2,5 2 1,5 1 1 1 1 1 1 1 0,5 0 1 2 3 4 6 8 10 15 ESTABELECIMENTOS Figura 27 - Número de colaboradores Fonte: Dados de pesquisa Em média existem 3,76 colaboradores por estabelecimento, no mínimo de 1 e no máximo de 15, como visto no gráfico acima. 61 TABELA 08: NÚMEROS DE LOJAS POR ASSOCIADOS ESTABELECIMENTO Nº. ASSOCIADOS % Com 1 loja 8 62% Com 2 lojas 3 23% Com 3 lojas 2 15% Fonte: Dados de pesquisa 70% 62% % SÓCIOS 60% 50% 40% 23% 30% 15% 20% 10% 0% Com 1 loja Com 2 lojas Com 3 lojas Nº ESTABELECIMENTOS Figura 28 - Número de lojas por associados Fonte: Dados de pesquisa Quanto ao número de lojas, 62% dos sócios possuem apenas um estabelecimento, 23% possuem 2 estabelecimentos, e apenas 15% dos sócios tem 3 estabelecimentos. 62 TABELA 09: MEIO DE COMUNICAÇÃO MEIO DE COMUNICAÇÃO Jornais Boca-a-Boca TV Panfleto Rádio FONTE: Dados de pesquisa % 0% 11% 16% 26% 47% 50% 47% 45% 40% 35% 30% 26% 25% 20% 16% 15% 11% 10% Rádio Panfleto TV 0% Boca-aBoca 0% Jornais 5% Figura 29 - Meio de comunicação Fonte: Dados de pesquisa O meio de comunicação utilizado pela maior parte dos associados para divulgação foi o rádio, representando 47% da preferência dos associados, seguidos por 26% de panfletagem 16% televisão, 11% de boca-a-boca e 0% em jornais. 63 TABELA 10: MIX DE PRODUTOS MIX DE PRODUTOS MAIS VENDIDOS % Fitoterápico 13% Suplemento Alimentar 20% Produtos a granel Fonte: Dados de pesquisa 67% 67% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 20% 13% 10% 0% Fitoterápico Suplemento Alimentar Granel Figura 30 - Mix de produtos Fonte: Dados de pesquisa O maior percentual de venda nos associados é o produto a granel, (como por exemplo, cereais, chás, biscoitos, farináceos), correspondendo a 67% das vendas, contra 20% de suplemento alimentar (polivitamínicos produtos destinados a atletas de ponta, exemplo BCAA, aminoácidos líquidos, WHEY protein e outros) e 13% de fitoterápico (encapsulados extraídos de ervas medicinais). 64 TABELA 11: ALTERAÇÃO DO PÚBLICO-ALVO ALTERAÇÃO DO PÚBLICO-ALVO % SIM 8% NÃO 92% Fonte: Dados de pesquisa 92% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 8% 10% 0% SIM NÃO Figura 31 - Alteração do público-alvo Fonte: Dados de pesquisa Em relação a alteração do público-alvo para 92% dos associados não houve alteração e somente 8% ocorreu algum tipo de alteração e a partir da entrada na Rede da Cia. da Saúde Produtos Naturais. 65 TABELA 12: ALTERAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ALTERAÇÕES DO ESTABELECIMENTO Fachada da loja Placas e sinalização externa Padronização da Cia. da Saúde Fonte: Dados de pesquisa % 7% 31% 62% 62% 70% 60% 50% 40% 31% 30% 20% 10% 0% 7% Fachada da loja Placas e sinalização externa Padronização da Cia da Saúde Figura 32 - Alteração do estabelecimento Fonte: Dados de pesquisa Em relação às alterações no estabelecimento para adequação à Cia da Saúde, 62% dos sócios optaram pela padronização total, ou seja, os proprietários das lojas iniciaram o empreendimento com as normas de layout estabelecidas pela Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, 31% somente o layout externo e apenas 7% a fachada da loja. 66 TABELA 13: AMPLIAÇÃO DOS NEGÓCIOS AMPLIAÇÃO DOS NEGÓCIOS SIM NÃO Fonte: Dados de pesquisa % 31% 69% 69% 70% 60% 50% 31% 40% 30% 20% 10% 0% SIM NÃO Figura 33 - Ampliação dos Negócios Fonte: Dados de pesquisa Com relação à ampliação de negócios, houve alteração positiva em 31% dos associados e 69% deles não ocorreu nenhum tipo de modificação. Dos que apresentaram alteração nos negócios, 50% aumentaram o número de lojas, 25% aumentaram o mix de produto e os 25% restantes aumentou a segurança e a inovação da loja. 67 TABELA 14: PROFISSIONAIS ATUANTES - NUTRICIONISTAS ATENDIMENTO POR PROFISSIONAIS-NUTRICIONISTAS NÃO RESPONDERAM NÃO SIM Fonte: Dados de pesquisa 54% 60% 50% % LOJAS % 8% 38% 54% 38% 40% 30% 20% 10% 0% 8% NÃO RESPONDERAM NÃO SIM Figura 34 - Profissionais atuantes - nutricionistas Fonte: Dados de pesquisa A maioria das lojas, 54% dos associados possui nutricionista disponível para orientação da clientela, 38% não disponibiliza orientação na loja e 8% não responderam. 68 TABELA 15: AUMENTO DO FATURAMENTO FATURAMENTO NÃO SIM NÃO SE APLICA Fonte: Dados de pesquisa % 15% 31% 54% 54% 60% 50% 40% 31% 30% 20% 15% 10% 0% NÃO SIM NÃO SE APLICA Figura 35 - Aumento do faturamento Fonte: Dados de pesquisa Para 54% dos associados não se aplica este questionamento, pois já iniciaram filiados a Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, enquanto que para 31% ocorreu alteração positiva no faturamento, sendo que dos 13 entrevistados 4 deles apresentaram aumento que representou respectivamente 10, 15, 20 e 30% de crescimento. 69 TABELA 16: ALTERAÇÃO DA FORMA DE PAGAMENTO ALTERAÇÃO DA FORMA DE PAGAMENTO % SIM NÃO Fonte: Dados de pesquisa 0% 100% 100% 100% % SÓCIOS 80% 60% 40% 20% 0% 0% SIM NÃO Figura 36 - Alteração da forma de pagamento Fonte: Dados de pesquisa Com relação à forma de pagamento dos clientes, não houve alteração a partir da associação Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais. 70 TABELA 17: ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA INADIMPLÊNCIA Menor que 1% De 1 até 5% Acima de 5% Fonte: Dados de pesquisa % 23% 77% 0% 80% 70% % SÓCIOS 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Menor que 1% De 1 até 5% Acima de 5% Figura 37- Índice de inadimplência Fonte: Dados de pesquisa A taxa de inadimplência dos associados não ultrapassa o percentual de 5% como visto na figura acima, sendo que 23 dos associados relataram que o percentual de inadimplência não ultrapassa a 1%, e que 77% temos de 1% a 5% de inadimplência em relação ao faturamento da loja. 71 TABELA 18: PRINCIPAL FORMA DE PAGAMENTO PRINCIPAL FORMA DE PAGAMENTO Cartão de Crédito / Débito Cheque Dinheiro Fonte: Dados de pesquisa % 0% 0% 100% 100% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0% Cartão de Crédito / Débito 0% Cheque Dinheiro Figura 38 - Principal forma de pagamento Fonte: Dados de pesquisa Dos 13 associados todos responderam que a principal forma de pagamento por parte dos clientes é em dinheiro. 72 TABELA 19: ALTERAÇÃO NO PRAZO DE NEGOCIAÇÃO ALTERAÇÃO NO PRAZO DE NEGOCIAÇÃO SIM NÃO Fonte: Dados de pesquisa % 0% 100% 100% 100% 90% 80% % SÓCIOS 70% 60% 50% 40% 30% 20% 0% 10% 0% SIM NÃO Figura 39 - Alteração no prazo de negociação Fonte: Dados de pesquisa Para 100% dos associados não houve alteração no prazo de negociação com os fornecedores, a partir de sua entrada na Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais. 73 TABELA 20: DIFERENCIAL DA REDE CIA. DA SAÚDE PROD. NATURAIS DIFERENCIAL DA CIA DA SAÚDE Profissional na loja Baixo Custo de Abertura União das Lojas Marketing Crescimento Informações Fonte: Dados de pesquisa 18% Crescimento 14% 18% Marketing 32% 14% Informações União das Lojas Baixo Custo de Abertura 5% Profissional 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% % 5% 14% 14% 18% 18% 32% Figura 40 - Diferencial da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais Fonte: Dados de pesquisa Segundo os associados, com 32% foi considerado o diferencial da Cia. da saúde a informação oferecida pela mesma, através de uma nutricionista on-line, disponível em todos os horários que as lojas estão em funcionamento, proporcionando uma resposta imediata às dúvidas dos clientes, seguido com 18% o crescimento referente ao faturamento da loja através da implementação dos produtos e serviços prestados e o marketing empata em percentual para os associados, a união dos lojistas e o baixo custo de abertura para os sócios seguem com 14% das preferências dos mesmos, e profissional especializados, como nutricionistas, oferecido para atendimento pela Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais foi um dos menos citados com 5% da preferência. 74 TABELA 21: EXPECTATIVAS PARA O FUTURO DA CIA DA SAÚDE EXPECTATIVAS PARA O FUTURO DA CIA DA SAÚDE Atendimento Criar centro de distribuição Crescimento dos negócios Fonte: Dados de pesquisa % 8% 23% 69% 69% 70% 60% 50% 40% 23% 30% 20% 10% 0% 8% Atendimento Criar centro de distribuição Crescimento dos negócios Figura 41 - Expectativas para o futuro da Cia. da Saúde Fonte: Dados de pesquisa Com relação às expectativas dos próximos cinco anos, para 69% dos associados apontam crescimento e expansão da Cia. 23% apontam a implantação de um centro de distribuição para que facilite a compra de mercadorias em conjunto para os associados, e 8% relataram que o atendimento proporciona melhor informação aos seus clientes, fidelizando-o. 75 TABELA 22: EXPECTATIVAS PARA O FUTURO DAS LOJAS DA CIA. DA SAÚDE. EXPECTATIVAS PARA O FUTURO DAS LOJAS DA CIA DA SAÚDE Não responderam Exclusividade Atendimento Comunicação Competitividade Fonte: Dados de pesquisa % 8% 15% 15% 23% 38% 38% 40% 35% 30% 23% 25% 20% 15% 15% 10% 15% 8% Competitividade Comunicação Atendimento Exclusividade 0% Não responderam 5% Figura 42 - Expectativas para o futuro das lojas da cia. da saúde. Fonte: Dados de pesquisa A visão para cinco anos das lojas evidenciou a competitividade como maior oportunidade, com 38% da preferência dos associados, seguido por 23% da comunicação voltada para informação ao cliente, de forma rápida e fidedigna, o treinamento dos atendentes ficou referenciado na pesquisa com 15% junto com exclusividade em produtos para as lojas, e apenas 8% dos questionários não foram respondidos. 76 TABELA 23: OPORTUNIDADES DE MELHORIAS PARA CIA DA SAÚDE OPORTUNIDADES DE MELHORIAS PARA CIA DA SAÚDE % Centro de Distribuição 36% Integração entre Lojas 31% Inovação 15% Não Responderam 15% Atendimento Fonte: Dados de pesquisa 40% 8% 36% 35% 31% 30% 25% 20% 15% 15% 15% 8% 10% Atendimento Não Responderam Inovação Integração entre Lojas 0% Centro de Distribuição 5% Figura 43 - Oportunidades de melhorias para Cia. da Saúde Fonte: Dados de pesquisa Segundo os associados as principais oportunidades de melhorias para a Cia. da Saúde são com 36% a criação de um centro de distribuição para que com isso melhore a forma de compra dos produtos, com 31% elaborar um sistema que integre as lojas e as faz interagir com maior facilidade, 15% referenciaram a inovação dos produtos como ponto forte nas necessidades das lojas, e 8% citaram o atendimento de forma qualificada como atributo de suma importância para a melhoria dos resultados, 15% não responderam. 77 TABELA 24: MOTIVO DE PARCERIA MOTIVO DE PARCERIA Baixo Custo Informação Não Responderam Crescimento Reconhecimento Mercado Fonte: Dados de pesquisa % 8% 8% 15% 31% 38% 38% 40% 35% 31% 30% 25% 20% 15% 15% 10% 8% 8% Reconhecimento Mercado Crescimento Não Responderam Informação 0% Baixo Custo 5% Figura 44: Motivo de parceria Fonte: Dados de pesquisa Para os associados, o reconhecimento do mercado (38%) um dos principais motivos para a associação à Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais por facilitar a identificação da marca por parte do cliente, o crescimento do empreendimento com a união das lojas correspondeu 31% da preferência, o grande volume de informação disponibilizado pela Cia. correspondeu a 8% das intenções dos associados por ingressar a rede, e 8% relatou o baixo custo como principal diferencial da Cia. sendo que, 15% não opinaram. 78 4.2 ANÁLISE DO AMBIENTE Como visto no capítulo 2, referenciando a análise do ambiente, conforme figura 07 página 34, como estruturação utilizada pelo administrador para o desenvolvimento de estratégias específicas para os ambientes: geral, operacional e organizacional. Assim, a seguir apresentam-se essas análises para a Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais. Figura 45 - Níveis de análise do ambiente Fonte: Fernandes e Berton (2005, p 34) 4.2.1 Ambiente Geral De acordo com esse contexto, foi identificado para o macroambiente da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, conforme a figura 46, os seguintes fatores: componente tecnológico, componente econômico, legislação e componente social. Cada um desses fatores foi desmembrado e definido o seu escopo. 79 ANÁLISE DO AMBIENTE – AMBIENTE GERAL • Cursos para população • Responsabilidade ambiental • Mercado de produtos naturais • Expansão econômica do mercado GERAL OPERACIONAL COMPONENT E SOCIAL INTERNO Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais LEGISLAÇÃO COMPONENTE ECONÔMICO COMPONENTE TECNOLÓGICO Legislação de redes e associativismos • Contratos • Fiscal • Ambiental • Tributária • Implementação tecnológica • Inovações no mercado Figura 46 - Fatores do macroambiente. Fonte: Autor, 2009. 4.2.1.1 Componente Tecnológico Nas associações como em qualquer outra organização, atualmente, a tecnologia caracteriza-se como fator primordial para a aquisição de diferencial competitivo. A Rede Cia. da Saúde precisa incorporar em suas práticas de atendimento, agilidade e comprometimento as inovações e as tendências tecnológicas do meio, buscado novas formas de visualização e atendimento diferenciado ao cliente com softwares e sites. 4.2.1.3 Legislação Várias leis compõem o fator legislação do ambiente geral, sendo destacadas para a rede Cia. da Saúde Produtos Naturais. • legislação contratual : através deste firmar a melhor parceria tanto para a rede quanto para seu associado. 80 • legislação trabalhista: a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) rege o vínculo empregatício dos funcionários ; • legislação tributária e fiscal; • legislação ambiental; • legislação municipal: principalmente o plano diretor do município que norteia a expansão física da instituição, a vigilância sanitária que fiscaliza às instalações e o alvará de funcionamento. Os gestores da Rede Cia. da Saúde devem estar atentos para a responsabilidade da organização pelos serviços ofertados aos consumidores e os danos causados por eles, descritos no Código de Defesa do Consumidor. 4.2.1.4 Componente Social Essa rede preocupa-se com a questão social, disponibilizando em todas as lojas associadas cursos, com o intuito de orientar as pessoas (clientes), para melhorar sua qualidade de vida formas de alimentação através de orientação com profissionais formados e capacitados na área, tais como nutricionistas, farmacêuticos, terapeutas e fitoterapeutas. Sua responsabilidade ambiental está voltada à adesão de sacolas de pano e biodegradáveis, trazendo maior conscientização para sociedade como num todo. 4.2.1.5 Componente Econômico O mercado de produtos naturais está em plena expansão. Este cenário econômico nacional e regional é responsável por oportunidades e ameaças para a rede em questão. Os gestores da rede precisam monitorar as mudanças da economia, minimizando as fraquezas e encontrando oportunidades para seu o desenvolvimento. 81 4.2.2 Ambiente Operacional ou da Tarefa Cada elemento do ambiente operacional ou da tarefa foi avaliado e foram identificaram-se também os fatores relevantes pertencentes a eles, conforme a figura 47. ANÁLISE DO AMBIENTE – AMBIENTE OPERACIONAL • • GERAL Pesquisas internacionais Importações OPERACIONAL COMPONENTE INTERNACIONA L INTERNO • • • Fornecedores Associações Sindicatos PARCERIAS PESSOAS FUNCIONÁRIOS • Comunicação e boa dicção • Cursos de capacitação • Interação com o mercado e sociedade • Visão de negócio • Ética, • Responsabilidade • • • • • FORNECEDOR Rede Cia da Saúde Produtos Naturais Exclusividade Inovações Manutenção Serviços básicos Serviços terceirizados CONCORRÊNCIA CLIENTE • • • • • Aparecimento de novas redes Grande oportunidade de crescimento do mercado Pessoas que busquem níveis altos de informação Clientes que estejam preocupados com a saúde Empresas (que queiram proporcionar qualidade para seus colaboradores) Figura 47 - Fatores do ambiente operacional. Fonte: Autor, 2009. 4.2.2.1 Componente Internacional Foi identificado como componente internacional da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais às questões: • pesquisas internacionais relacionadas diretamente a questão de fitoterapia, suplementos alimentares e cereais, que possam trazer maior aporte de informações e novidades nesta área, para que com isso as lojas estejam sempre a frente da concorrência. • importação trazer novos produtos que estejam sendo utilizado no exterior para que com isso se tornam referência em produtos e serviços importados. 82 4.2.2.2 Parcerias Fazem parte desse componente os parceiros da Cia. da Saúde, tratam-se de sindicatos, empresas e instituições que busquem diferencias para seus colaboradores e associados através de descontos promoções e diferenciais em atendimento, como por exemplo Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), e outras redes do mesmo segmento de produtos naturais para realização de compra conjunta. 4.2.2.3 Cliente Como visualizado na figura 47 pode-se identificar como potenciais clientes: • pessoas que estejam em busca de melhor qualidade vida, • profissionais da área de nutrição que recomendam estes produtos, • terapeutas que trabalhem na área de fitoterapia, • massoterapeutas que utilizem as linha de argilas e óleos essenciais, • atletas que utilizem algum tipo de suplemento alimentar para melhoramento de performance, • médicos que estejam voltados para associação das terapias naturais nos tratamentos dos seus pacientes. 4.2.2.4 Pessoas Quanto às pessoas, os profissionais que atendem o público (clientes) devem estar bem preparados através de cursos sobre produtos naturais, fitoterapias e suplementos com a supervisão da nutricionista da loja. 4.2.2.5 Concorrência Considerando o mercado atual, entende-se como concorrentes da Rede Cia. da Saúde outras redes similares e qualquer estabelecimento, até mesmo virtual, 83 que comercialize os produtos, também encontra-se concorrência as lojas da Rede nas cidades nas quais se localizam. 4.2.2.6 Fornecedor Como principais fornecedores da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais foram identificados os distribuidores e fabricantes de produtos naturais (cereais), suplementos e fitoterapias. A rede busca fidelizar os fornecedores como parceiros exclusivos para região onde atua, para que com isso detenha um maior número de produtos e tenha um diferencial em relação aos concorrentes. 4.2.3 Ambiente Interno A figura 48 apresenta a análise do ambiente interno para Cia. da Saúde Produtos Naturais. ANÁLISE DO AMBIENTE – AMBIENTE INTERNO GERAL OPERACIONAL INTERNO REDE CIA DA SAÚDE • • Qualificação Status Qualidade Variedade Figura 48 - Fatores do macroambiente. Fonte: Autor, 2007. Idoneidade Credibilidade • • Padronização Externa Padronização Interna • • Custos de produtos Custos de implantação de inovações ASPECTOS ORGANIZACIONAIS ASPECTOS DE MARKETING ASPECTOS FINANCEIROS • • • • ASPECTOS PESSOAIS ASPECTOS DE PRODUÇÃO 84 4.2.3.1 Aspectos Organizacionais A rede cia. da saúde está no mercado de produtos naturais com a filosofia de idoneidade e credibilidade tanto para seus produtos quanto para seus serviços prestados para seus clientes. Atualmente a rede própria em São José, dispõe de profissionais na área de marketing, nutrição e fitoterapia para melhor atender os seus associados, ainda dispõe de site da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, revistas semestrais, cursos periódicos para os atendentes das lojas, desta forma aproximando a organização do associado. 4.2.3.2 Aspectos de Marketing Neste aspecto foi demonstrado como principais itens de desenvolvimento e implantação das padronizações externas através de placas letreiros, para que com isso todos os locais onde se encontrem as lojas com maior facilidade, através de divulgação de revistas semestrais, do site, maior volume de informações para o cliente com isso buscando atrair a atenção e o seu apetite por consumir os produtos da loja, que além de possuir qualidade posicionando-se com os melhores preços da região onde a rede atua. 4.2.3.3 Aspectos Financeiros Foi observando na questão financeira dos produtos referenciando preço e qualidade, e implementado as inovações através de baixos custos e boa qualidade, entre outras questões está o valor pago que o associado para fazer parte desta organização, dispondo de todos os benefícios inclusos pela Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, o proprietário da loja desembolsa o valor de R$ 465,00 (quatrocentos e sessenta e cinco reais) por mês. Alguns itens elaborados têm o valor estipulado como, por exemplo, sacolas plásticas personalizadas, folders ou materiais impressos para algum evento, a rede produz a arte e informa apenas o custo da impressão para o lojista desta forma reduzindo o custo para o associado. 85 4.2.3.4 Aspectos Pessoais Qualificar os profissionais, para melhor atender os clientes, transmitindo informações de qualidade e com fidelidade para que com isso os profissionais possam ter um melhor aproveitamento na empresa. 4.2.3.5 Aspectos Produção Neste aspecto foi observada a busca do cliente por qualidade dos produtos e variedades na loja, desta forma quanto maior a qualidade dos produtos dispostos na loja e suas variedades, maiores os rendimentos, pois com um produto confiável o balconista consegue passar de forma clara e fiel os benefícios do produto, proporcionando um atendimento direcionado e atrativo para o cliente, melhorando assim a visão da loja. 4.3 MATRIZ SWOT Atualmente, é primordial a identificação dos pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças para qualquer organização e a análise SWOT, auxilia na tomada de decisão, conforme a figura 49. PONTOS FORTES PONTOS FRACOS -Nível de informação nas lojas. -Logísticas e compras integradas não -Comunicação entre as lojas. implantadas. -Pouca concorrência. -Morosidade na solução de problemas. -Criação de canais de compras conjuntas -Abertura de novas redes concorrentes entre as lojas (C.D. centro de diretas. distribuição). -Não acompanhar o crescimento do -Maior agilidade na solução de problemas mercado de produtos naturais através de um sistema integrado entre as -Vendas de suplementos alimentares, por lojas. meio de comércio eletrônico. -Comércio eletrônico -OPORTUNIDADES Figura 49 - Tabela swot modificada pelo autor. Fonte: Autora, 2009. -AMEAÇAS 86 4.3.1 Pontos Fortes Foram identificados os seguintes pontos fortes para a Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais: • nível de informação - com qualidade direcionado para melhor orientação dos profissionais que lidam com o cliente. • comunicação entre as lojas - desta forma os lojistas encontram melhores soluções dos problemas através de experiências de outros associados, trocando ideias e informações. • pouca concorrência - por ser um mercado novo ainda está começando a ser explorado. 4.3.2 Pontos Fracos A análise destacou como principais pontos fracos os seguintes itens: • logística e compra integrada não implantada - este ponto repercute diretamente no lucro da empresa, pois se for reduzido os custos com logística e compras integradas das lojas isso terá repercussão direta para o associado. • morosidade na solução de problemas – esta questão diz respeito diretamente a um melhor aporte da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais para ao associados com a solução de alguns problemas, de qualquer origem. 4.3.3 Oportunidades Foram observadas as seguintes oportunidades, segue os itens abaixo: • criação de canais de compra conjunta entre as lojas – através disso podendo diversificar melhor o produto e serviços disponíveis na loja, reduzindo preço dos mesmos no ponto venda atraindo com maior facilidade os clientes. • criação de um sistema integrado entre as lojas – para que com isso a rede Cia. da Saúde Produtos Naturais possa dar uma solução imediata de forma incisiva. 87 • comércio eletrônico – implantar no site um sistema para comercialização dos produtos, para atender um público ainda não atingido pelas lojas. 4.3.4 Ameaças Segundo a análise da matriz SWOT para Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, as ameaças citadas foram: • abertura de novas redes concorrentes diretas – o que representa uma divisão de mercado com essas novas lojas. • não acompanhar o crescimento do mercado de produtos naturais através disso dar oportunidade para o crescimento da concorrência. • venda de suplementos alimentares por meio de comércio eletrônico dificulta as vendas dom estabelecimento e reduz a capacidade de compra da loja, trazendo um recuo nos lucros. 88 5 CONCLUSÃO O estudo realizado evidenciou o impacto da implantação da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais em seus associados, localizados nas cidades de Criciúma, Nova Veneza, Laguna, Içara, São José, Navegantes, Florianópolis, Cocal do Sul, Piçarras, Barra Velha, Balneário Camboriu, Itajaí e Joinville, no estado de Santa Catarina. A pesquisa buscou na literatura o embasamento teórico que contribuíram no desenvolvimento da pesquisa, proporcionando o alcance dos objetivos propostos no trabalho. A Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais vendo o crescimento do mercado de produtos naturais, desenvolveu uma associação para assessorar os lojistas, situada na cidade de São José, estado de Santa Catarina. Atualmente, conta com vinte cinco lojas de treze associados, que relataram sua opinião sobre a rede a partir de um censo. Foram aplicados os questionários com os gerentes das lojas, os quais apresentam a idade média de 44,15 anos por gerente, mostrando que são pessoas maduras e menos suscetíveis a mudança. Constatou-se que para atingir a satisfação dos associados à Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, deve-se implantar formas de melhorias no que diz respeito à comunicação e integração das lojas, a implantação de uma compra e logística integrada possa reduzir os custo de seus produtos ou possa ter um aporte maior na questão da redução dos preços na ponta de gôndola, não perdendo a qualidade dos produtos. O resultado da pesquisa demonstrou que os associados têm perspectivas de crescimento, tanto para suas lojas quanto para Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais a partir de melhorias e inovações proposta pela mesma. Quando questionados, os associados, sobre os motivos de seu ingresso na Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais, esses focaram suas respostas no reconhecimento de mercado, assim, pode-se concluir que a introdução de uma marca reconhecida possibilita, dentre outros fatores, melhor visualização da loja maior credibilidade com os fornecedores e clientes. A análise do ambiente e a matriz SWOT identificaram os fatores necessários para que os gestores da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais possam tomar sua decisões estratégicas. 89 Recomendação: • ampliar a pesquisa buscando a opinião dos clientes, dos filiados e da Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais; • estudar a possível implantação do centro de distribuição para essa rede; • avaliar outras associações similares para efeito comparativo. 90 REFERÊNCIAS AAKER, David A. Administração Estratégica de Mercado. 7 ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. ABREU, Aline França de; CORAL, Eliza; OGLIARI, André. (Org.). Gestão integrada da inovação: estratégia, organização e desenvolvimento de produtos. São Paulo: Atlas, 2008. AMATO NETO, João. Redes entre organizações: domínio do conhecimento e da eficácia operacional. São Paulo: Atlas, 2005. 257 p. BICHO, Leandro; BAPTISTA, Susana. Modelo de Porter e Análise SWOT: Estratégias de Negócio, Instituto Politécnico de Coimbra. 2006. CAMPOS, Vicente Falconi. 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Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 92 APÊNDICE 93 Apêndice A – Questionário aplicado para os associados à Rede Cia. da Saúde Produtos Naturais UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO QUESTIONÁRIO Em relação ao administrador da loja: 1. Idade (anos): ____ 3. Há quanto tempo administra 2. Sexo: ( ) F ( ) M a loja: _____anos 4. Qual o grau de instrução: ( ) ensino fundamental completo ( ) graduação completa Qual?_____ ( ) ensino médio completo ______________ ( ) graduação incompleta. Qual? __________ ( ) pós-graduação. Qual? _________ Em relação ao estabelecimento comercial: 5. Ano de fundação da empresa:_______ 6. Ano de filiação à Cia da Saúde:_____ 7. Número de colaboradores:__________ 8.Número de lojas:_________________ 9. Com relação à divulgação, assinale a(s) forma(s) utilizada(s) por seu estabelecimento: ( ) Rádio ( ) Jornais ( ) TV ( ) Panfletagem ( ) Outro. Qual? ___________ 10. Relacionado ao mix de produtos, o que pode ser considerado como “carro chefe” de sua loja? __________________________________________________________________ 11. Em relação à clientela, ocorreu alteração no que diz respeito ao público-alvo: ( ) Não ( ) Sim. Qual?_________________________________ 94 12. Quais foram as principais alterações no estabelecimento para adequação à Cia da Saúde? ___________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 13. Houve ampliação no negócio? ( ) Não ( ) Sim. De que tipo?______________________________________________ 14. Em relação aos profissionais que atuam na loja, existe nutricionista para orientação do cliente? ( ) Não ( ) Sim. Horário de atendimento:__________________ 15. Quanto ao faturamento, houve aumento em relação à associação na Cia da Saúde? ( ) Não ( ) Sim. Qual o % de aumento?________ ( )Não se aplica. A loja iniciou já filiada à Cia. da Saúde. 16. Com relação à forma e aos prazos de pagamentos para os clientes, houve mudança? ( ) Não ( ) Sim. Qual(is)?__________________________________________________________ ____________________________________________________________ 17. Qual o % de inadimplência na loja?__________ 18. Qual a principal forma de pagamento utilizada pelos clientes: ( ) cartão de crédito/débito ( ) dinheiro ( ) cheque ( ) Outro. Qual?________________________ 95 19. Relacionado aos fornecedores, houve alteração no prazo de negociação? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 20. Na sua opinião, qual (is) o (s) diferencial (is) da Cia da Saúde? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 21. Qual sua expectativa (visão de futuro / 5 anos): para Cia da Saúde?______________________________________________ _________________________________________________________________ para o seu negócio?______________________________________________ _________________________________________________________________ 22. Apresente oportunidades de melhoria para a Cia. da Saúde. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 23. O que motivou sua parceria com a Cia.da Saúde? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________