APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR CIPROXINA® 200, 200 mg/100 ml, Solução para perfusão ciprofloxacina Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento. - Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. - Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. - Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. - Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Neste folheto: 1. O que é CIPROXINA 200 e para que é utilizado 2. Antes de utilizar CIPROXINA 200 3. Como utilizar CIPROXINA 200 4. Efeitos secundários possíveis 5. Como conservar CIPROXINA 200 6. Outras informações 1. O QUE É CIPROXINA 200 E PARA QUE É UTILIZADO Antibiótico de largo espectro Forma farmacêutica Solução para perfusão (via intravenosa) Grupo farmacoterapêutico: 1.1.10. - Anti-infecciosos. Antibacterianos. Quinolonas Indicações terapêuticas Adultos Infecções não complicadas e complicadas provocadas por agentes patogénicos sensíveis à ciprofloxacina: - Infecções do tracto respiratório. Ciprofloxacina não deve ser usada como medicamento de primeira escolha para o tratamento em regime ambulatório das pneumonias por pneumococos. Ciprofloxacina pode ser considerada uma terapêutica adequada nas pneumonias causadas por Klebsiella, Enterobacter, Proteus, E. coli, Pseudomonas, Haemophilus, Branhamella, Legionella e Staphylococcus. APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED - Infecções do ouvido médio (otite média), dos seios perinasais (sinusite), em especial quando causadas por agentes patogénicos gram-negativos, incluindo Pseudomonas, ou por Staphylococcus. Ciprofloxacina não está indicada para o tratamento da amigdalite aguda (Angina tonsilaris). - Infecções oftalmológicas. - Infecções dos rins e/ou do tracto urinário eferente. - Infecções dos órgãos genitais, incluindo anexite, gonorreia e prostatite. - Infecções da cavidade abdominal (por exemplo, infecções do tracto gastrointestinal ou das vias biliares, peritonite) nas quais se verifica a necessidade de associação de agente anaeróbio. - Infecções da pele e tecidos moles. - Infecções ósseas e articulares. - Septicemia - Infecções ou risco iminente de infecção (profilaxia) em doentes com imunodeficiência (por exemplo, sob terapêutica com agentes imunosupressores ou em situação de neutropenia). Não está no entanto estabelecido o regime terapêutico mais adequado para estes doentes. - Na descontaminação intestinal selectiva em doentes com imunodepressão. Crianças A ciprofloxacina pode ser utilizada em crianças e adolescentes de 1-17 anos como tratamento de 2ª e 3ª linha para infecções complicadas do tracto urinário e pielonefrite e em crianças e adolescentes de 5-17 anos para tratamento de exacerbações pulmonares agudas de fibrose quística causada por P. aeruginosa. A utilização de ciprofloxacina em doentes pediátricos com infecções complicadas do tracto urinário e pielonefrite deve ser restringida a infecções causadas por microrganismos para os quais a ciprofloxacina é o fármaco de 1ª linha, com base nos resultados de testes de sensibilidade antimicrobiana. O tratamento deve ser instituído por um médico com experiência no tratamento de infecções graves em crianças e adolescentes e após criteriosa avaliação benefício / risco, devido a possíveis efeitos adversos associados às articulações e/ou tecidos adjacentes. Antraz por inalação (pós-exposição) em adultos e crianças: para reduzir a incidência ou progressão da doença após exposição ao Bacillus anthracis na forma de aerossol. As concentrações séricas de ciprofloxacina atingidas no Homem são um marcador que permite prever de forma razoável o benefício clínico e constituem a base desta indicação. Devem ser tidas em consideração as normas oficiais de uso racional de antibióticos. Com base nos estudos in vitro, os seguintes agentes patogénicos são considerados sensíveis: E. coli, Shigella, Salmonella, Citrobacter, Klebsiella, Enterobacter, Serratia, Hafnia, Edwardsiella, Proteus (indol-positivo e indol-negativo), Providencia, Morganella, Yersinia; Vibrio, Aeromonas, Plesiomonas, Pasteurella, Haemophilus, Campylobacter, Pseudomonas, Legionella, Neisseria, Moraxella, Acinetobacter, Brucella; Staphylococcus, Listeria, Corynebacterium, Chlamydia. APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED Os seguintes agentes patogénicos possuem sensibilidades diferentes: Gardnerella, Flavobacterium, Alcaligenes, Streptococcus agalactiae, Enterococcus faecalis, Streptococcus pyogenes, Streptococcus pneumoniae, estreptococos do grupo Viridans, Mycoplasma hominis, Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium fortuitum. São geralmente resistentes: Enterococcus faecium, Ureaplasma urealyticum, Nocardia asteroides. Com algumas excepções, os anaeróbios variam entre moderadamente sensíveis (por exemplo, Peptococcus, Peptostreptococcus) a resistentes (por exemplo, Bacteroides). A ciprofloxacina não é eficaz contra o Treponema pallidum. A ciprofloxacina demonstrou ser activa contra o Bacillus anthracis quer in vitro quer empregando os níveis séricos como marcador de eficácia. 2. ANTES DE UTILIZAR CIPROXINA 200 Não utilize CIPROXINA 200 - Se tem alergia (hipersensibilidade) à ciprofloxacina ou a qualquer um dos outros componentes do medicamento (ver composição), ou a outros agentes quimioterapêuticos do grupo das quinolonas. - Se tem história de lesões tendinosas induzidas por quinolonas. - Se está a tomar tizanidina uma vez que pode ocorrer um aumento indesejável da concentração sérica de tizanidina associada a efeitos secundários induzidos pela mesma clinicamente relevantes (hipotensão, sonolência). Tome especial cuidado com CIPROXINA 200 Uso pediátrico: Foi demonstrado que a ciprofloxacina provoca artropatia nas articulações de suporte de peso em animais jovens. Dados de segurança de um estudo, randomizado, duplamente cego, sobre o uso de ciprofloxacina em crianças (Ciprofloxacina: n=335; idade média = 6,3 anos; comparadores: n=349, idade média = 6,2 anos; intervalo de idades = 1 a 17 anos) revelaram no dia +42 um aumento da incidência de artropatia, supostamente relacionada com o fármaco, (avaliada a partir de sinais e sintomas clínicos relacionados com as articulações) de 7,2% e 4,6%. A incidência de artropatia relacionada com o fármaco após 1 ano de follow-up foi de 9,0% e 5,7%, respectivamente. O aumento, ao longo do tempo, da incidência de artropatia supostamente relacionada com o fármaco não foi estatisticamente significativo entre os grupos. O tratamento só deve ser iniciado após criteriosa avaliação benefício / risco, devido a possíveis efeitos adversos associados às articulações e/ou tecidos adjacentes. O uso de ciprofloxacina em indicações que não sejam o tratamento da exacerbação pulmonar aguda de fibrose quística causada por infecção por P. aeruginosa (crianças entre os 5-17 anos), de infecções complicadas do tracto urinário e pielonefrite (crianças entre os 1-17 anos) e da utilização no antraz por inalação (pós - exposição) não foi avaliado em ensaios clínicos e a experiência clínica é limitada. A utilização de ciprofloxacina deve seguir as normas oficiais. Citocromo P450 APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED Ciprofloxacina é conhecida por ser um inibidor moderado das enzimas CYP 450 1A2. Deve terse cuidado quando são concomitantemente administrados outros medicamentos que são metabolizados através da mesma via enzimática (ex. teofilina, metilxantinas, cafeína, duloxetina). As concentrações plasmáticas aumentadas associadas aos efeitos secundários específicos do medicamento, podem ser observadas devido à inibição da eliminação metabólica pela ciprofloxacina (ver “Utilizar CIPROXINA 200 com outros medicamentos”). Sistema gastrointestinal No caso de ocorrência de diarreia grave e persistente durante ou após a terapêutica, deve consultar-se um médico, uma vez que, este sintoma pode ocultar uma doença intestinal de natureza grave (colite pseudomembranosa potencialmente fatal e com possível desfecho mortal) requerendo tratamento imediato. Em tais casos, deve-se interromper a administração de ciprofloxacina e iniciar uma terapêutica adequada (por exemplo, vancomicina oral, 4 x 250 mg/dia). São contra-indicados os medicamentos inibidores do peristaltismo. Particularmente em doentes com antecedentes de lesões hepáticas pode verificar-se uma subida temporária do nível das transaminases, da fosfatase alcalina ou ainda icterícia colestática. Sistema nervoso Nos doentes epilépticos e em doentes com antecedentes de perturbações do SNC (por exemplo, baixo limiar convulsivo, antecedentes de crises convulsivas, déficit de irrigação cerebral, alterações da estrutura cerebral ou acidente vascular cerebral), a ciprofloxacina só deve ser utilizada após considerar-se cuidadosamente a relação risco / benefício, uma vez que estes doentes podem ser afectados por efeitos secundários a nível do sistema nervoso central. Em alguns casos as reacções a nível do SNC manifestaram-se logo a seguir à primeira administração de ciprofloxacina. Em casos raros a depressão ou psicose podem evoluir para comportamentos autodestrutivos. Nestes casos deve-se suspender o tratamento com ciprofloxacina e informar imediatamente o médico. Hipersensibilidade Em alguns casos ocorreram reacções alérgicas e de hipersensibilidade logo após a primeira administração de ciprofloxacina. Nestes casos o médico deverá ser imediatamente informado. Em casos muito raros as reacções anafilácticas/anafilactóides podem progredir para choque de natureza muito grave, em alguns casos logo após a primeira administração. Nestes casos, deverse-á interromper o tratamento com ciprofloxacina, sendo necessário tratamento médico (p.ex. terapêutica do choque). Reacção no local da injecção Com a administração intravenosa de ciprofloxacina foram referidas reacções locais no local da injecção. Tais reacções são mais frequentes se o período de perfusão for igual ou inferior a 30 minutos. As referidas reacções podem manifestar-se sob a forma de reacções cutâneas locais que desaparecem rapidamente após fim da perfusão. Não está contra-indicada a administração intravenosa subsequente, a menos que se verifique recorrência ou agravamento das reacções. Sistema musculosquelético Tendinites e roturas de tendão (particularmente do tendão de Aquiles) ocorreram em associação com a terapêutica com fluoroquinolonas. Estas reacções foram particularmente notadas em doentes idosos e na terapêutica concomitante com corticosteróides. Aos primeiros sinais de dor ou inflamação do tendão o tratamento deve ser interrompido e o membro afectado mantido em repouso. Se os sintomas envolverem o tendão de Aquiles devem ser tomadas medidas que assegurem que não ocorra rotura de ambos os tendões (por exemplo: ambos devem ser suportados com um apoio ortopédico adequado). APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED A ciprofloxacina pode exacerbar os sintomas de miastenia gravis. Assim, caso se verifique algum sinal ou sintoma de exacerbação de miastenia gravis, deverá recorrer-se ao médico. Pele e anexos Demonstrou-se que a ciprofloxacina pode provocar reacções de fotossensibilidade. Os doentes submetidos a tratamento com ciprofloxacina deverão evitar exposição directa à luz solar ou à luz UV. A terapêutica deverá ser interrompida se ocorrer fotosensibilização (i.e. reacções cutâneas semelhantes a queimadura solar). A duração do tratamento com Ciproxina no antraz por inalação (pós-exposição) é de 60 dias sendo bastante superior à duração média do tratamento da maioria das restantes indicações (entre 7 e 14 dias). Por este motivo a sua utilização nesta indicação tem riscos superiores e deve fazer-se seguindo rigorosamente as instruções do médico e comunicando-lhe quaisquer efeitos indesejáveis que julgue serem devidos à Ciproxina. Quantidade de dextrose na solução para perfusão: A solução para perfusão contém 5% p/v de dextrose, sendo por isso inapropriada para doentes com má absorção de galactose-glucose. Utilizar Ciproxina 200 com outros medicamentos Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. - Teofilina: a administração concomitante de ciprofloxacina e de teofilina pode provocar uma subida indesejável da concentração sérica de teofilina, podendo originar efeitos secundários induzidos pela teofilina; em casos muito raros estes efeitos secundários podem pôr a vida em risco ou ser fatais. Nos casos em que não é possível prescindir da administração simultânea destes dois fármacos, é necessário proceder à monitorização das concentrações séricas de teofilina e reduzir convenientemente a dosagem de teofilina. - Anti-inflamatórios não esteróides: os estudos realizados em animais revelaram que a associação de doses muito elevadas de quinolonas (inibidores da girase) com alguns anti-inflamatórios não esteróides (mas não o ácido acetilsalicílico) pode provocar espasmos. - Ciclosporina: na sequência da administração simultânea de ciprofloxacina e de ciclosporina foi observado um aumento passageiro da concentração de creatinina sérica, pelo que se considera necessário, nestes doentes, um controlo frequente desses valores (duas vezes por semana). - Varfarina: a administração simultânea de ciprofloxacina e de varfarina pode potenciar o efeito da varfarina. - Glibenclamida: em casos particulares, a administração concomitante de ciprofloxacina e glibenclamida pode intensificar a acção da glibenclamida (hipoglicemia). - Probenecide: o probenecide interfere com a secreção renal de ciprofloxacina. A coadministração de probenecide e ciprofloxacina aumenta as concentrações séricas de ciprofloxacina. - Metotrexato: a Ciproxina pode aumentar os efeitos secundários do metotrexato (usado no tratamento de certos tumores). APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED - A ciprofloxacina pode aumentar o efeito de certos medicamentos se tomada em simultâneo com estes. Doentes a tomar teofilina, clozapina, tacrina, ropinirol, tizanidina, duloxetina devem informar o médico e ser cuidadosamente vigiados (em especial no caso da teofilina) devido ao risco de excesso de dosagem. Gravidez e aleitamento Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. A ciprofloxacina não deve ser administrada a mulheres grávidas ou mães a amamentar uma vez que não se dispõe de experiência sobre a segurança da sua utilização nestes grupos de doentes e ainda que, os resultados obtidos nos estudos em animais demonstraram não ser totalmente improvável a ocorrência de lesões nas cartilagens articulares no organismo jovem. As experiências realizadas em animais não revelaram quaisquer indícios de efeitos teratogénicos (malformações). Crianças, idosos e doentes com patologias especiais - Uso pediátrico: não é recomendada a utilização de ciprofloxacina em indicações que não sejam o tratamento de exacerbações pulmonares agudas de fibrose quística causada por infecções por P. aeruginosa (crianças entre os 5-17 anos), de infecções complicadas do tracto urinário e pielonefrite (crianças entre os 1-17 anos) e da utilização no antraz por inalação (pós - exposição). - Relativamente à administração a doentes idosos e ainda a doentes epilépticos ou a doentes afectados por prévias lesões do SNC, consultar “Tome especial cuidado com CIPROXINA 200”. Condução de veículos e utilização de máquinas Mesmo quando utilizado de acordo com as recomendações, este medicamento pode afectar as reacções, de modo a interferir com a capacidade de condução de veículos ou de utilização de máquinas. Isto aplica-se em especial à combinação com álcool. Informações importantes sobre alguns componentes de CIPROXINA 200 Este medicamento contém 5 g de dextrose por 100 ml de solução para perfusão. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com diabetes mellitus. 3. COMO UTILIZAR CIPROXINA 200 Utilizar CIPROXINA 200 sempre de acordo com as indicações do médico. Adultos Salvo especificação médica em contrário, recomenda-se o seguinte esquema posológico: Indicações Infecções do tracto respiratório (cf. a gravidade e o organismo causador) Infecções do tracto urinário: - agudas, não-complicadas - cistite na mulher (antes da menopausa) Solução para perfusão i.v. 2 x 200 - 400 mg 2 x 100 mg dose única 100 mg APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED - complicadas 2 x 200 mg Gonorreia: - extragenital 2 x 100 mg - aguda, não complicada Diarreia Outras infecções (ver indicações) Infecções particularmente graves, potencialmente fataisa), tais como - Pneumonia provocada por estreptococos - Infecções recorrentes na fibrose quística - Infecções ósseas e articulares - Septicemia - Peritoniteb) Em particular, quando existe evidência de Pseudomonas, Staphylococcus ou Streptococcus. Antraz por inalação (pós – inalação) dose única 100 mg 2 x 200 mg 2 x 200 - 400 mg 3 x 400 mg 2 x 400 mg a) em muitas destas situações é recomendada terapêutica combinada, b) em associação com agente anaeróbio A dose recomendada na anexite e prostatite é de 2 x 200-400 mg/dia; no entanto nestas duas situações a terapêutica oral (2 x 500 mg/dia) é a mais indicada. Idosos Nos doentes idosos a dose deve ser tão baixa quanto possível, sendo estabelecida em função da gravidade da doença e da clearance da creatinina. Crianças Fibrose quística: Dados clínicos e farmacocinéticos suportam a utilização de ciprofloxacina em doentes pediátricos com fibrose quística (idade compreendida entre 5 - 17 anos) com exacerbação pulmonar aguda associada a infecções por P. aeruginosa, numa dosagem de 10 mg/kg, por via i.v., três vezes por dia (dose máxima 1200 mg). Pielonefrite e infecções complicadas do tracto urinário: Para infecções complicadas do tracto urinário ou pielonefrite a dose é de 6 a 10 mg/Kg i.v. de 8 em 8 horas com uma dose máxima de 400 mg por administração. Antraz por inalação (pós-exposição) Adultos: 400 mg (2 sacos flexíveis de Ciproxina 200) i.v. duas vezes ao dia. Ver a tabela acima. Crianças: 10 mg i.v./kg duas vezes ao dia. Não deve exceder-se a dose máxima de 400 mg i.v. por administração (dose máxima diária de 800 mg). O tratamento deve iniciar-se logo que possível após a suspeita ou confirmação da exposição. APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED Insuficiência renal ou insuficiência hepática Adultos: 1. Insuficiência renal 1.1. Nas situações em que a clearance da creatinina se situar entre 31 e 60 ml/min./1,73 m2 ou em que a concentração sérica de creatinina se situar entre 1,4 e 1,9 mg/100 ml, a dose diária máxima deverá ser de 800 mg por dia (administração intravenosa). 1.2. Nas situações em que a clearance da creatinina for igual ou inferior a 30 ml/min./1,73 m2 ou em que a concentração sérica de creatinina for igual ou superior a 2,0 mg/100 ml, a dose diária máxima deverá ser de 400 mg por dia (administração intravenosa). 2. Insuficiência renal + hemodiálise Dose conforme indicado em 1.2.; a administrar nos dias em que o doente é submetido a diálise e na sequência da mesma. 3. Insuficiência renal + DPC Adição da solução para perfusão de ciprofloxacina ao dialisado (intraperitoneal): 50 mg de ciprofloxacina/litro de dialisado, administrados 4 vezes por dia, de 6 em 6 horas). 4. Insuficiência hepática Não são necessários ajustamentos da dose. 5. Insuficiência renal e insuficiência hepática Ajustamento da dose conforme especificado em 1.1. e 1.2. Crianças: Não se dispõe de estudos sobre posologia em crianças com insuficiência renal e hepática. Modo de administração A solução para perfusão de ciprofloxacina em saco flexível deverá ser administrada por perfusão intravenosa durante um período de 60 minutos. A perfusão lenta numa veia grande permite diminuir o desconforto do doente e reduzir o risco de irritação venosa. A solução para perfusão pode ser administrada directamente ou após mistura com outras soluções para perfusão compatíveis. Não deverão efectuar-se adições à solução intravenosa A solução para perfusão de ciprofloxacina é compatível com soro fisiológico, solução de Ringer e solução de lactato de Ringer, soluções de glucose a 5% e 10%, solução de frutose a 10% e solução de glucose a 5% com NaCl a 0,225% ou NaCl a 0,45%. Quando a solução para perfusão de ciprofloxacina é misturada com soluções para perfusão compatíveis, dever-se-á, por razões microbiológicas e de fotossensibilidade, proceder à sua administração o mais rapidamente possível após a preparação. A menos que se encontre comprovada a compatibilidade com outras soluções para perfusão/fármacos, a solução para perfusão deve ser sempre administrada separadamente. Os sinais ópticos de incompatibilidade são, por exemplo, precipitação, turvação, alteração da cor. Verifica-se incompatibilidade em relação a todas as soluções para perfusão/fármacos que são física ou quimicamente instáveis ao pH da solução (por exemplo, penicilinas, soluções de heparina) em especial em associação com soluções alcalinas (pH da solução para perfusão de ciprofloxacina: 3,9 - 4,5). A solução para perfusão de ciprofloxacina em saco flexível não deverá APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED ser misturada com qualquer outro fármaco ou com a solução de co-perfusão de Levulose a 10% (D-frutose) visto não ter sido estabelecida a compatibilidade com estes produtos. Não administrar através de ligações em série. Se, devido à gravidade da doença ou a outras quaisquer razões, o doente não puder fazer terapêutica oral, recomenda-se iniciar a terapêutica com uma formulação intravenosa de ciprofloxacina. Após administração intravenosa, o tratamento pode prosseguir por via oral. Indicação do momento mais favorável à administração do medicamento A determinar pelo médico. Duração do tratamento Adultos A duração do tratamento depende da gravidade da doença bem como do curso clínico e bacteriológico. É essencial prosseguir o tratamento pelo menos durante três dias após o desaparecimento da febre ou dos sintomas clínicos. Duração média do tratamento: - 1 dia na gonorreia aguda não-complicada e na cistite, - no máximo 7 dias nas infecções renais, do tracto urinário e da cavidade abdominal, - durante toda a fase neutropénica nos doentes com imunodeficiências, - no máximo dois meses na osteomielite, - e 7 - 14 dias em todas as restantes infecções. Nas infecções por estreptococos o tratamento deve ser mantido durante um período mínimo de 10 dias tendo em vista o risco de complicações tardias. As infecções causadas por Chlamydia deverão ser também tratadas durante um período mínimo de 10 dias. Crianças Fibrose quística: Na exacerbação pulmonar aguda da fibrose quística associada a infecção por P. aeruginosa em doentes pediátricos (idade compreendida entre 5 - 17 anos) a duração do tratamento é de 10 - 14 dias. Pielonefrite e infecções complicadas do tracto urinário: A duração do tratamento para infecções complicadas do tracto urinário ou pielonefrite é de 10-21 dias. Antraz por inalação (pós-exposição) em adultos e crianças A duração total do tratamento com Ciproxina do antraz por inalação (pós-exposição) é de 60 dias. Se utilizar mais CIPROXINA 200 do que deveria Na eventualidade de sobredosagem aguda, excessiva foi referida, em alguns casos, toxicidade renal reversível. Nestas circunstâncias e para além das medidas de emergência de rotina, recomenda-se controlo da função renal e a administração de antiácidos contendo Mg++ ou Ca++ que reduzem a absorção de ciprofloxacina. Após hemodiálise ou diálise peritoneal apenas um pequena quantidade de ciprofloxacina (< 10%) é eliminada do organismo. APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED Caso se tenha esquecido de utilizar CIPROXINA 200 Informar o médico da ocorrência. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Se parar de utilizar CIPROXINA 200 Não se aplica à terapêutica antibiótica. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como os demais medicamentos, CIPROXINA 200 pode causar efeitos secundários em algumas pessoas. Reacções adversas (RAMs) baseadas na totalidade dos estudos clínicos com ciprofloxacina (oral, parenteral) ordenadas segundo a frequência pelas categorias CIOMS III (global n=51721, data lock point: 15 Maio 2005): RAMs obtidas em notificações pós-comercialização (situação: 31 de Julho de 2005) encontramse em itálico. Pouco frequentes Frequentes ≥1% a < 10% ≥0.1% a <1% Infecções e Infestações Infecções por Candida Doenças do sangue e do sistema linfático Eosinofilia Raros ≥0.01% a <0.1% Muito raros <0.01% Colites associadas a antibióticos (muito raramente com possível desenlace fatal) Leucopenia Anemia Neutropenia Leucocitose Trombocitopenia Trombocitemia Anemia hemolítica Agranulocitose Pancitopenia (risco de vida) Depressão da medula óssea (risco de vida) Reacção alérgica Edema alérgico/ angioedema Reacção anafiláctica Choque anafiláctico (risco de vida) Reacção do tipo doença do soro Doenças do sistema imunitário Doenças do metabolismo e da nutrição APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED Anorexia Perturbações do foro psiquiátrico Hiperactividade psicomotora/ agitação Doenças do sistema nervoso Cefaleia Tontura Alterações do sono Alterações do paladar Hiperglicemia Confusão e desorientação Reacção de ansiedade Sonhos anormais Depressão Alucinações Reacções psicóticas Par- e Disestesia Hipoestesia Tremor Crises convulsivas Vertigem Enxaqueca Coordenação perturbada Alterações do olfacto Hiperestasia Hipertensão intracraniana Perturbações visuais Distorção visual das cores Zumbidos Perda da audição Audição diminuída Afecções oculares Afecções do ouvido e do labirinto Cardiopatias Taquicardia Frequentes ≥1% a < 10% Vasculopatias Pouco frequentes ≥0.1% a <1% Raros Muito raros <0.01% Vasodilatação Hipotensão Síncope Vasculite ≥0.01% a <0.1% Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Dispneia ( incluindo condições asmáticas) Doenças gastrointestinais Náusea Vómitos Diarreia Dores abdominais e gastrointestinais Dispepsia Flatulência Doenças hepatobiliares Aumento transitório das transaminases Aumento da bilirrubina Pancreatite Diminuição transitória da função hepática Icterícia Hepatite (não infecciosa) Necrose do fígado (muito raramente pode progredir para insuficiência hepática potencialmente fatal) APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas Rash Prurido Urticária Reacções de fotossensibilidade Bolhas inespecíficas Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Artralgia Mialgia Artrite Aumento do tónus do músculo e cãibras Doenças renais e urinárias Diminuição da função renal Petéquia Eritema polimorfo minor Eritema nodoso Síndrome de StevensJohnson Necrólise epidérmica tóxica Fraqueza muscular Tendinite Ruptura do tendão (predominantemente tendão de Aquiles) Exacerbação dos sintomas de miastenia gravis Insuficiência renal Hematúria Cristalúria Nefrite tubulointersticial Pouco frequentes Raros Frequentes ≥1% a < 10% ≥0.1% a <1% ≥0.01% a <0.1% Perturbações gerais e alterações no local de administração Reacções no local da Dor inespecífica Edema injecção e perfusão Má disposição Suores (hiperidrose) (apenas administração Febre intravenosa) Exames complementares de diagnóstico Aumento transitório Nível anómalo de da fosfatase alcalina protrombina sanguínea Aumento da amilase Muito raros <0.01% Perturbações do andar Os seguintes efeitos indesejáveis têm uma categoria de frequência elevada nos subgrupos de doentes que recebem tratamento sequencial (intravenoso a oral) ou intravenoso: Frequente: Pouco frequentes: Vómitos, aumento transitório nas transaminases, erupção cutânea Trombocitopenia, trombocitemia, confusão e desorientação, alucinações, par-e disestesia, crises convulsivas, vertigem, perturbações visuais, perda de audição, taquicardia, vasodilatação, hipotensão, diminuição APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED Raro: transitória da função hepática,, icterícia, insuficiência renal, edema. Pancitopenia, depressão da medula óssea, choque anafiláctico, reacções psicóticas, enxaqueca, perturbações do olfacto, diminuição da audição, vasculite, pancreatite, necrose hepática, petéquia, ruptura do tendão. A incidência de artropatia, mencionada anteriormente, é referente a dados recolhidos em estudos com adultos. Nas crianças, a artropatia é notificada como ocorrendo frequentemente. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. 5. COMO CONSERVAR CIPROXINA 200 Proteger da luz, evitar o calor excessivo, proteger do congelamento. A baixas temperaturas de armazenagem pode ocorrer precipitação que redissolve à temperatura ambiente. Recomenda-se portanto que a solução para perfusão não seja refrigerada. Retirar do invólucro apenas quando estiver pronto a utilizar e usar imediatamente uma vez aberto o invólucro. Utilizar apenas quando a solução se apresentar límpida. Antes da utilização verificar que não existem derrames pois, em tal caso, não é possível assegurar a esterilidade. Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize CIPROXINA 200 após o prazo de validade impresso no rótulo do saco e na embalagem exterior a seguir a VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Restos de solução devem ser eliminados após a utilização. Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Apresentação 5 sacos flexíveis de 100 ml de solução para perfusão Medicamento Sujeito a Receita Médica Restrita. Composição qualitativa e quantitativa Solução para perfusão 0,2% com 5% de dextrose (100 ml). Substância activa: 1 saco flexível contém 254,2 mg de lactato de ciprofloxacina, equivalente a 200 mg de ciprofloxacina. APROVADO EM 30-07-2007 INFARMED Outros componentes: ácido láctico, dextrose, ácido clorídrico, água para preparação injectável. Titular da autorização de introdução no mercado BAYER PORTUGAL S.A. Rua da Quinta do Pinheiro, 5 2794-003 CARNAXIDE Este folheto foi aprovado pela última vez em