"proposta de implantação do sistema de gestão ambiental em uma

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FACULDADE REDENTOR
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
CURSO: PERÍCIA AUDITORIA E GESTÃO AMBIENTAL
WALTER DAS GRAÇAS LINS PINTO
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO
AMBIENTAL EM UMA OFICINA MECÂNICA
PONTE NOVA
2011
2
WALTER DAS GRAÇAS LINS PINTO
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO
AMBIENTAL EM UMA OFICINA MECÂNICA
Monografia apresentada à Faculdade
Redentor, como parte dos requisitos
exigidos para conclusão do Curso de
Pós Graduação em Perícia, Auditoria
e Gestão Ambiental.
Orientador: Prof. Fernando de Sousa
Santana
PONTE NOVA
2011
3
WALTER DAS GRAÇAS LINS PINTO
PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO EM
UMA OFICINA MECÂNICA
Monografia apresentada a Faculdade Redentor como parte dos requisitos
exigidos para conclusão do Curso de Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental.
Prof.ª Fernando Santana
4
“O Direito do trabalhador e um conjunto de
princípios, normas e instituições, aplicáveis à
relação de trabalho e situações equiparáveis,
tendo em vista a melhoria da condição social
do trabalhador, através de medidas protetoras
e da modificação das estruturas sociais”.
Octavio Bueno Magno, 1993, p. 50.
5
RESUMO
Esta monografia tem como finalidade simular a implantação do Sistema de Gestão
Ambiental em uma oficina mecânica devido às crescidas pressões da sociedade civil
em se adquirir implementação de diretrizes com desenvolvimento sustentável. A
empresa estudada atua na área de manutenção mecânica de carros e necessita de
implantar modelos de gestão que visem o comprometimento e a mudança cultural
para redução de impactos negativos ao meio ambiente e consequentemente a
otimização de recursos públicos e melhoria da qualidade de vida de todos os
funcionários e vizinhos ao empreendimento. Nesse estudo aplicamos na empresa os
fundamentos da ISO série 14000, mais especificamente a ISO 14001, Especificação
do Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA). Este trabalho abordou
superficialmente cada passo da implantação do Sistema de Gestão Ambiental,
requerendo o envolvimento de toda a organização com mudança de hábitos, postura
e condutas em relação ao meio ambiente através da informação, treinamento e
responsabilidades e demanda um tempo relativamente grande, no caso da real
implantação do programa e da pretensão de buscar a certificação pela ISO 14001.
Palavras-chave: ISO14001, gestão ambiental, oficina mecânica.
6
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9
1.1
IMPORTÂNCIA DA ISO. 14000 .................................. Erro! Indicador não definido.
1.2
ADEQUAÇÃO A LEGISLAÇÃO ................................. Erro! Indicador não definido.
1.3
JUSTIFICATIVA ........................................................... Erro! Indicador não definido.
1.4
OBJETIVO ..................................................................... Erro! Indicador não definido.
1.5
OBJETIVO ESPECIFICO.............................................. Erro! Indicador não definido.
2
REFERENCIAL TEORICO ......................................................................................... 12
2.1
NORMA NBR 10004 ..................................................... Erro! Indicador não definido.
2.2
PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO ........................ Erro! Indicador não definido.
2.3.
POLITICA AMBIENTAL ............................................. Erro! Indicador não definido.
2.3.1
Aspectos Ambientais e Impactos Ambientais. .... Erro! Indicador não definido.
2.3.2
Gravidade e Abrangência .................................... Erro! Indicador não definido.
2.3.3
Objetivo e Metas Ambientais .............................. Erro! Indicador não definido.
2.3.4
Ações de Controle e Emergência......................... Erro! Indicador não definido.
3
CONCLUSÃO................................................................................................................. 26
4
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 27
9
1 - INTRODUÇÃO
O desenvolvimento industrial na economia do mundo globalizado tem gerando
um grande problema ambiental que devido a este são gerados impactos ambientais
de grandes proporções. (REVER A REDAÇÃO DESTE PARÁGRAFO, ESTA
CONFUSO E SEM SENTIDO)
Ser ecologicamente correto, eficiente e sustentável tem sido um grande
desafio para as indústrias, visto que a responsabilidade empresarial ambiental em
função da dinâmica do mundo atual o do meio ambiente esta cada dia adquirindo
grande importância na sua preservação e também e uma condição vital e estratégica
para qualquer tipo de negocio. (REVER A REDAÇÃO DESTE PARÁGRAFO, ESTA
CONFUSO)
A ISO14001 foi criada ano 1996 e é uma ferramenta validada e reconhecida
por mais de 100 países para auxiliar na redução de impactos ambientais que
causam não conformidade à legislação ambiental, razão pela qual é requerido das
às organizações a necessidade de mudanças continuas para manter a
competitividade de seus negócios.
Os resíduos gerados nas atividades de oficinas mecânicas exigem uma
atenção especial, pois embora o objetivo de cada empresa seja o lucro, a questão
ambiental está se tornando cada dia mais importante para a sobrevivência do
negócio, uma vez que tem crescido a conscientização dos consumidores relativa à
forma como os produtos e serviços ofertados pela empresa então se relacionando
com o meio ambiente.
A sigla ISO refere-se à Internacional Organization for Standardization, ou seja,
Organização Internacional de Normalização, organização não governamental
presente em mais de 157 países. Sua principal função é o estabelecimento de
diretrizes sobre a área de gestão ambiental dentro das empresas. Ela atesta a
responsabilidade ambiental no desenvolvimento das atividades da empresa, além de
ser considerada como padrão mínimo para um Sistema de Gestão Ambiental (SGA).
Os requisitos do SGA de acordo com a ISO 14001 podem ser utilizados para
a certificação ambiental com o objetivo de transmitir confiabilidade às partes
interessadas ou para auto declararão. (NBR ISO 14001, 2004).
10
A NBR ISO 14001 apresenta, de forma genérica, instruções necessárias para
o funcionamento de um SGA. Não existem orientações específicas para a forma
como rotinas devem ser formuladas, implantadas ou gerenciadas e, portanto, é uma
tarefa importante no processo de certificação a sua interpretação e adaptação à
realidade da empresa (OELREICH, 2004).
Este trabalho abordou superficialmente cada requisito da implantação do
Sistema de Gestão Ambiental, requerendo o envolvimento de toda a organização e
principalmente do proprietário do empreendimento.
Babakri et al. (2004) salientam que muitos autores ressaltam os benefícios da
certificação ISO 14001, porém poucos discutem quantitativamente os efeitos de sua
adoção, evidenciando, dessa forma, a necessidade e a importância de pesquisas
que demonstrem o impacto da mesma na confiabilidade da marca empresarial.
Ainda
segundo
os
mesmos
autores
as
principais
dificuldades
na
implementação de um SGA com base na norma NBR ISO 14001 são a resistência
dos colaboradores em relação aos processos de auditoria interna e externa;
aumento de custos, de um modo geral, para a empresa; e dificuldade de
cumprimento de alguns requisitos da norma em função de constantes mudanças na
legislação.
Por tais razões, os projetos e programas que envolvam o gerenciamento dos
resíduos devem estar adequados às normas e às leis.
A Constituição Federal de 1988, em seu Art. 225, parágrafo 3º, estabelece
que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
Isso significa que a gestão inadequada de resíduos pode levar seus
responsáveis ao pagamento de multas e a sanções penais e administrativas. Além
disso, o dano causado ao meio ambiente, como poluição de corpos hídricos,
contaminação de lençol freático e danos à saúde, devem ser reparados pelos
responsáveis pelos resíduos.
A reparação do dano, na maioria dos casos, é muito mais complicada
tecnicamente e envolve muito mais recursos financeiros do que a prevenção, isto é,
do que os investimentos técnico-financeiros na gestão adequada de resíduos.
Embora muitos esforços tenham sido empreendidos nos últimos anos no
sentido do desenvolvimento de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, ainda
11
não existe um documento legal no nível federal que estabeleça os principais critérios
para a gestão de resíduos sólidos no Brasil.
Conforme Silva, Medeiros (2004), com a finalidade de se aumentar a
competitividade, o número de empresas que desenvolveram a gestão ambiental com
base na norma NBR ISO 14001 vem aumentando a cada ano. A consciência
ecológica está abrindo caminhos para o desenvolvimento de novas oportunidades
de negócio e, com isso, facilitado à inclusão das empresas brasileiras no mercado
internacional (SILVA; MEDEIROS, 2004).
Considerando que o resultado do Censo IBGE 2010, indica que a população
brasileira é de 190, 732 milhões, nosso país tem uma média um carro para cada
2,94 habitantes, 30 milhões de veículos da frota atual, 28% têm até três anos de
uso. Em 2000, eram 20%. Já a participação dos modelos com mais de 20 anos de
fabricação caiu de 9% para 4,4%, segundo o mais recente estudo sobre a frota
circulante feito pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos
Automotores (Sindipeças).
Segundo Freira (2010) a estimativa e que com essas variantes, aponta que a
atual frota emite anualmente 171,1 milhões de toneladas de CO2.
Além da emissão de CO2, terá também um tratamento correto ao descarte,
sempre mantendo um padrão de manutenção com responsabilidade ambiental, ou
seja, com padrões de qualidade e atendendo a norma e assim buscar a certificação
ISO 14001.
Essa pesquisa se torna necessária devido a muitas empresas ainda não
sabem o suficiente sobre os benefícios e as dificuldades do processo de
implantação, certificação e gerenciamento de sistemas ISO 14001. É necessário,
portanto, que estudos científicos sejam desenvolvidos para desvendar esta realidade
e promover sua divulgação e uso.
Outra questão é o esgotamento dos recursos naturais que aceleradamente
reduzindo a biodiversidade do planeta rompe-se a própria teia da vida da qual
depende o nosso bem estar; prejudicando, entre outras coisas, os preciosos
“serviços ecossistêmicos” que a natureza nos oferece de graça – o processamento
de resíduos, a regulação do clima, a regeneração da atmosfera, etc.
Esses processos essenciais são propriedades emergentes de sistemas vivos
não lineares que só agora estamos começando a compreender, e agora mesmo
12
estão sendo seriamente postos em risco pela nossa busca linear de crescimento
econômico e consumo material. (CAPRA, 2002, p.218)
Também não se podem relevar ao clima mundial, pesquisadores como Freira
(2010) afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento
da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de
combustíveis fósseis (gasolina, diesel, diesel, etc.), na atmosfera. São gases
formadores de camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito
estufa, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infravermelha emitida
pela Terra, dificultando a dispersão causando o aquecimento do clima da terra.
Pretendeu-se, portanto, com essa pesquisa simular a implantação de um
Sistema de Gerenciamento Ambiental em uma oficina mecânica multimarcas de
reparos e manutenções de veículos, planejando e aplicando um destino adequado
para os resíduos, reciclando-os de forma correta para que não venham a contaminar
ou agredir o meio ambiente.
Em termos mais específicos à pesquisa pretendeu incentivar os programas de
manutenção
preventiva
no
sistema
de
injeção
nos
carros
dos
clientes
diagnosticando perdas, proporcionando uma economia no consumo de combustível
e óleos lubrificantes e promover programas de conscientização, redução,
reutilização e reciclagem de materiais e recursos energéticos que a empresa
consome.
2 - REFERENCIAL TEORICO
Conforme Araújo (2007), gestão ambiental (GA) é uma prática recente que
vem ganhando espaço nas instituições públicas e privadas. Através dela é possível
à mobilização das organizações para se adequar à promoção de um meio ambiente
ecologicamente equilibrado. Seu objetivo é a busca de melhoria constante dos
produtos, serviços e ambiente de trabalho, em toda organização, levando-se em
conta o fator ambiental.
Atualmente ela começa a ser encarada como um assunto estratégico, porque
além de estimular a qualidade ambiental também possibilita a redução de custos
diretos (redução de desperdícios com água, energia e matérias-primas) e indiretos
(por exemplo, indenizações por danos ambientais).
13
A ISO 14001 é uma norma internacional sobre SGA, pertencente a series de
Normas ISO 14000, elaborada e publicada primeiramente em 1996, pela ISO – sigla
em inglês para Organização Internacional de Normatização.
A ISO reúne organizações de normalização de mais de 100 países, entre os
quais o Brasil, representado pela associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT).
A Norma NBR ISO 14001 estabelece um conjunto de requisitos necessários
para que um SGA possibilite o desenvolvimento de políticas e objetivos de acordo
com os aspectos legais e ambientais mais significativos, podendo ser aplicada a
todos os tipos de empresas de todos os portes e de qualquer região. Os requisitos
do SGA de acordo com a ISO 14001 podem ser utilizados para a certificação
ambiental com o objetivo de transmitir confiabilidade às partes interessadas ou para
autodeclararão (NBR ISO 14001, 2004).
A NBR ISO 14001 apresenta, de forma genérica, instruções necessárias para
o funcionamento de um SGA. Não existem orientações específicas para a forma
como rotinas devem ser formuladas, implantadas ou gerenciadas e, portanto, é uma
tarefa importante no processo de certificação a sua interpretação e adaptação à
realidade da empresa (OELREICH, 2004).
Conforme Scaldelai, 2010 “Há cerca de uma década”, muitas organizações,
que elaboraram uma política ambiental e tinham objetivos e metas ambientais a ser
perseguidos costumavam fazer “análises” ou auditorias ambientais para avaliar o
desempenho ambiental, ou seja, se os objetivos e metas ambientais estavam sendo
alcançados.
Porém, isso não foi considerado suficiente para garantir que o desempenho
ambiental atendesse de forma continua, os objetivos e metas ambientais,
fundamentados na política ambiental e, consequentemente, no atendimento a
requisitos legais e outros requisitos com os quais as organizações tivessem
comprometidas. (SCALDELAI, 2010)
Concluiu-se, ao longo do tempo, que seria necessário que essas
comprovações de desempenho ambiental e de sua permanência e continuidade no
tempo forrem realizadas dentro de um sistema de gestão estruturado nas
organizações e a elas integrado.
Com inspiração nos sistema de gestão da qualidade, foi concebido o formato
fundamentado no chamado Ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Act).
14
A associação do método PDCA com a norma NBR ISO 14001, segundo
Matthews (2003), se dá a partir dos seguintes processos/atividades:
•
Planejar (P) - Formular um plano para cumprir a política ambiental;
•
Desenvolver (D) - Desenvolver capacitação e os mecanismos de
apoio necessários para atender a política, seus objetivos e metas
ambientais;
•
Checar (C) - Mensurar, monitorar e avaliar o desempenho ambiental;
•
Análise Crítica Gerencial (A) - Analisar criticamente e aperfeiçoar
continuamente Sistema de Gestão Ambiental, com o objetivo de
aprimorar o desempenho ambiental global. Para tal, é demonstrado
logo abaixo, como é a estruturada do Ciclo PDCA, que visa melhorar a
filosofia da Gestão de Qualidade Total, movimento, como se segue:
Fig. 1 CICLO DO PDCA
Fonte: FNQ (2008)
15
De acordo com Gavronski, et al. (2008), os benefícios percebidos com a
normalização e certificação de um SGA, nos padrões sugeridos pela norma NBR
ISO 14001, podem ser divididos em dois grupos principais: internos e externos. O
primeiro é relacionado aos benefícios do desempenho financeiro e melhoria na
produtividade. Já o segundo é representado pela resposta dos stakeholders, da
sociedade e dos caminhos definidos pelo ambiente competitivo do mercado.
Vários são os benefícios de se implantar um SGA ISO 14001 encontrados na
literatura científica. Os principais são: acesso a novos mercados, aumento do share,
gestão obediente à legislação, incentivos reguladores, redução de riscos, melhor
acesso a seguro, acesso a mais capital, melhoria do processo produtivo, melhoria do
desempenho ambiental, melhoria na gestão geral da empresa, melhoria na relação
com colaboradores, melhoria da imagem pública, vantagem competitiva dentro de
segmentos específicos, atendimento das exigências de clientes, aumento da
qualidade de vida, realização de operações limpas (verdes), aumento da
competitividade do produto ou serviço e conscientização pública (POKSINSKA et al.,
2003; SILVA; MEDEIROS, 2004; FRYXELL et al., 2004; TAN, 2005; CHAN; WONG,
2006; CASTRO; OLIVEIRA, 2007; FORTUNSKI, 2008; GAVRONSKI et al. 2008;
GONZÁLEZ et al., 2008; POMBO; MAGRINI, 2008; OLIVEIRA; PINHEIRO, 2009).
Verifica-se uma relação positiva entre a empresa que possui um SGA ISO
14001 certificados e as exigências que faz, em relação às questões ambientais, aos
seus fornecedores, caracterizando, dessa forma, que a preocupação ambiental se
difunde também à montante da cadeia (GONZÁLEZ et al., 2008).
Contudo, ainda há um longo caminho a ser percorrido em direção ao
verdadeiro conhecimento sobre as dificuldades e consequências da adoção da NBR
ISO 14001. Os principais estudos realizados estão, em grande medida, muito mais
voltada para a fundamentação da certificação que para as suas consequências
(RADONJIC; TOMINC, 2006).
A Norma NBR ISO 14001 apresenta um modelo de sistema de gestão
ambiental e especifica seus requisitos, permitindo a uma organização formular
política ambiental e objetivos que levem em conta os requisitos legais associados
aos aspectos e impactos ambientais significativos de suas atividades, bens e
serviços, que possam por ela ser controlados, e sobre os quais se presume que ela
tenha influência. Convém recordar que um “aspecto ambiental” é definido pela
norma como o elemento das atividades, bens ou serviços de uma organização que
16
pode interagir com o meio ambiente, ocasionando um impacto ambiental.
Complementarmente, “impacto ambiental” é definido pela norma como qualquer
modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em
parte, das atividades, bens ou serviços de uma organização.
A Norma NBR ISO 14001 se aplica a qualquer organização que deseja:
implementar, manter e aprimorar um sistema de gestão ambiental; assegurar-se de
sua conformidade com sua política ambiental definida; demonstrar tal conformidade
a terceiros; buscar certificação/registro do seu sistema de gestão ambiental por uma
organização externa;
e) realizar uma auto avaliação e emitir autodeclararão de conformidade com
esta Norma.
Para que o Programa de Gerenciamento Ambiental (PGA) promova a
mudança na cultura institucional de modo a incluir critérios ambientais em todas as
atividades desenvolvidas pelo programa de gerenciamento de Resíduos (PGR), o
Programa de Gerenciamento Ambiental (PGA) definiu diferentes áreas de atuação
em função dos diferentes tipos de ação a desenvolver.
O PGA vem elaborando seu planejamento com vistas a contemplar o
desenvolvimento da gestão ambiental em todas as áreas de atuação, conforme as
seguintes ações:
•
Gestão adequada dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos;
•
Divulgação do Programa e seus resultados;
•
Uso racional de energia, água e materiais;
•
Promoção
da
educação
ambiental
dos
membros,
servidores,
prestadores de serviço, fornecedores e público em geral.
Vale ressaltar que em uma oficina mecânica de veículos tem-se na grande
maioria geração de resíduos sólidos a qual se tem legislação especifica.
A Norma NBR 10004 – Resíduos Sólidos – Classificação, revisada em 2004,
define os resíduos sólidos como sendo:
“Resíduos nos estados sólido e semissólidos, que resultam de atividades
de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços
e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de
sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e
17
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.”
(ABNT/NBR, 2004).
De acordo com a NBR 10004, os resíduos são divididos em duas classes: os
resíduos Classe I – perigosos e Classe II – não perigosos.
Os resíduos da classe I são aqueles cujas propriedades físicas, químicas ou
infectocontagiosas podem acarretar em riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio
ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Para que um
resíduo seja apontado como classe I, ele deve estar contido nos anexos A ou B da
NBR
10004
ou
apresentar
uma
ou
mais
das
seguintes
características:
inflamabilidade, Corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
Os métodos de avaliação dos resíduos, quanto às características acima
listadas, estão descritos em detalhes na NBR 10004 ou em normas técnicas
complementares e são amplamente aceitos e conhecidos no Brasil.
Já os resíduos da classe apresentam duas divisões:
•
II – A Não inertes: aqueles que não se enquadram nas classificações
de resíduos classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B - Inertes. Os
resíduos classe II A – Não inertes podem apresentar propriedades
como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.;
•
Resíduos Classe II – B Inertes: quaisquer resíduos que, quando
amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR
10007 (1990) e submetidos a um contato dinâmico e estático com água
destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR
10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de portabilidade de água,
excetuando-se aspecto, cor, turgidez, dureza e sabor, conforme anexo
G, da NBR 10004.
Em relação ao armazenamento de resíduos perigosos, de acordo com a NBR
12235/1992, trata-se de uma “contenção temporária, em área autorizada pelo órgão
de controle ambiental, à espera de reciclagem, recuperação ou disposição final
adequada, desde que atenda às condições básicas de segurança”.
Esse
armazenamento
deve
ser
feito
de
modo
a
não
alterar
a
quantidade/qualidade do resíduo, como forma temporária de espera para
18
reciclagem, recuperação, tratamento e/ou disposição final. O acondicionamento
pode ser realizado em contêineres, tambores, tanques ou a granel.
Uma instalação de armazenamento de resíduos deve ser operada e mantida
de forma a minimizar a possibilidade de fogo, explosão, derramamento ou
vazamento de resíduos perigosos para o ar, água superficial ou solo, os quais
possam ameaçar a saúde humana ou o meio ambiente (NBR – 12235, 1992). De
acordo com a NBR – 11174/1990, o armazenamento dos resíduos classe II – A e o
armazenamento dos resíduos classe II – B devem ser feitos da seguinte maneira:
“os resíduos devem ser armazenados de maneira a não possibilitar a alteração de
sua classificação e de forma que sejam minimizados os riscos de danos
ambientais.”.
Os resíduos das classes II – A e II – B não devem ser armazenados
juntamente com resíduos classe I, em face de a possibilidade da mistura resultante
ser caracterizada como resíduo perigoso. O armazenamento de resíduos classe II –
A e II – B pode ser realizado em contêineres e/ou tambores, em tanques e a granel
(NBR – 11174, 1990).
O Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR) mostra o tipo de resíduo, a
quantidade em quilos, metros cúbicos, litros ou unidades por mês, a classe em que o
resíduo enquadra-se, o modo de acondicionamento, a estocagem e o destino final.
O plano de gerenciamento é uma ferramenta que auxiliará a empresa a alcançar um
melhoramento na parte ambiental, facilitando seu enquadramento nos requisitos
legais. Desenvolver e implantar um plano de gerenciamento de resíduos é
fundamental para qualquer empresário que deseja maximizar as oportunidades e
reduzir custos e riscos associados à gestão de resíduos sólidos (MAROUN, 2006).
O PGR deve assegurar que todos os resíduos serão gerenciados de forma
apropriada e segura, desde a geração até a destinação final, e deve envolver as
seguintes etapas, se necessário: Geração (fontes); Caracterizações (Classificação,
quantificação); Manuseio; Acondicionamento; Armazenamento; Coleta; Transporte;
Reuso/Reciclagem; Tratamento e Disposição final.
Para que o PGR funcione de forma eficaz deve-se: identificar as fontes de
geração de resíduos por meio de visitas a determinados pontos geradores de
resíduos que são: lavagem de peças, manutenção, sala de pintura e rampas de
troca de óleo; classificar os resíduos de acordo com a NBR 10004, para
determinação de sua periculosidade; quantificar os resíduos por meio de pesquisa
19
em documentos e do controle de estoque, sendo que a quantificação auxilia na
determinação de como serão efetuados o transporte e o armazenamento.
(MAROUN, 2006).
As razões para se preocupar com os processos de acondicionamento e coleta
de um PGR são as seguintes: o manuseio e o acondicionamento corretos dos
resíduos possibilitarão a maximização das oportunidades com a reutilização e a
reciclagem, já que determinados resíduos podem ficar irrecuperáveis no caso de
serem acondicionados de forma incorreta; redução de riscos de contaminação do
meio ambiente, do trabalhador e da comunidade, pois é menos oneroso manusear e
acondicionar resíduos de forma adequada do que recuperar recursos naturais
contaminados, bem como tratar a saúde das pessoas envolvidas com os resíduos.
Caso haja mistura de resíduos de classes diferentes, um resíduo não
perigoso pode ser contaminado e tornar-se perigoso, dificultando seu gerenciamento
e aumentando os custos a ele associados. A separação correta e criteriosa permite
o tratamento diferenciado, a racionalização de recursos despendidos e facilita a
reciclagem (MAROUN, 2006).
A primeira etapa do processo de remoção dos resíduos sólidos corresponde
à atividade de acondicionamento. Podem ser utilizados diversos tipos de
vasilhames, como: vasilhas domiciliares, tambores, sacos plásticos, sacos de papel,
contêineres comuns, contêineres basculantes, entre outros. No Brasil, percebe-se
grande utilização de sacos plásticos. O lixo mal acondicionado significa poluição
ambiental e risco à segurança da população, pois pode levar ao aparecimento de
doenças. O lixo bem acondicionado facilita o processo de coleta (CUNHA; FILHO,
2002).
Para facilitar o processo de separação dos resíduos a Resolução CONAMA
N°275/01 (1999) estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos,
a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas
campanhas informativas para a coleta seletiva:
Padrão de cores: AZUL: papel/papelão; VERMELHO: plástico; VERDE: vidro;
AMARELO: metal; PRETO: madeira; LARANJA: resíduos perigosos; BRANCO:
resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde; ROXO: resíduos radioativos;
MARROM: resíduos orgânicos; CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou
contaminado não passível de separação.
20
A operação de coleta engloba desde a partida do veículo de sua garagem,
compreendendo todo o percurso gasto na viagem para remoção dos resíduos dos
locais onde foram acondicionados aos locais de descarga até o retorno ao ponto de
partida. A coleta normalmente pode ser classificada em dois tipos de sistemas:
sistema especial de coleta (resíduos contaminados) e sistema de coleta de resíduos
não contaminados. Neste último, a coleta pode ser realizada de maneira
convencional (resíduos são encaminhados para o destino final) ou seletiva (resíduos
recicláveis são encaminhados para locais de tratamento e/ou recuperação) (CUNHA;
FILHO, 2002).
De acordo com Maroun (2006), o resíduo é reaproveitado sem que sua
estrutura modifique-se, como, por exemplo, a utilização dos dois lados de uma folha
de papel; durante sua reciclagem, há um beneficiamento do resíduo para que o
mesmo seja utilizado em outro ou no mesmo processo. Em alguns casos existem
resíduos que necessitam de algum tipo de pré-tratamento antes de sua destinação
final. O pré-tratamento pode ser efetuado dentro ou fora das dependências da
empresa, porém, se for efetuado dentro da empresa, deve ser licenciado pelo órgão
ambiental responsável, e, também, estar presente no plano de gerenciamento de
resíduos sólidos.
A destinação final escolhida dependerá de cada tipo de resíduo. Deverá ser
realizada uma análise de custo/benefício dentro de todas as possibilidades viáveis
(MAROUN, 2006).
As variáveis comumente avaliadas na definição da destinação final de
resíduos são as seguintes: Tipo de resíduo; Classificação do resíduo; Quantidade do
resíduo; Métodos técnica e ambientalmente viáveis de tratamento ou disposição;
Disponibilidade dos métodos de tratamento ou disposição; Resultados em longo
prazo dos métodos de tratamento ou disposição.
21
3- METODOLOGIA
De acordo com a NBR ISO 14004 (2005) o Sistema de Gestão Ambiental está
orientado sob o modelo de gestão baseado no ciclo do PDCA (PLAN-planejar, DOexecutar, CHECK-verificar e ACT-agir) visando o processo de melhoria contínua.
Conforme figura 1.
Dias (2006) destaca que uma organização ao implantar este sistema deve
cumprir cinco etapas sucessivas, sendo elas: estabelecimento da política ambiental,
planejamento, implementação e operacionalização, verificação e análise pela
administração.
Antes de serem iniciadas estas fases recomenda-se fazer uma análise global
da relação da empresa com a natureza, por meio de uma avaliação das atividades
produtivas, como também qual a legislação pertinente ao setor de atuação. Essa
fase irá auxiliar o planejamento do sistema a ser implantado pela Oficina D’Ângelo.
A oficina é constituída de um galpão de 10 metros quadrados, onde se tem
dois elevadores para serviços em suspensões e serviços por baixo do veículo, um
torno mecânico para confecção de pequenas peças, sala de pintura onde se faz
pequenos consertos em lataria, banca de regulagem do sistema de injeção de
veículos de pequeno e grande porte e enfim uma sala onde ficam as ferramentas de
uso diário colocadas em um quadro para visualização rápida. A seguir serão
discutidos os requisitos descritos na norma:
Realizou-se um levantamento qualitativo dos aspectos e impactos ambientais na
oficina mecânica buscando estar mais perto do possível de sua realidade diária.
Para identificarmos esses elementos deve-se conhecer o conjunto de
atividades que são necessárias para que os processos de coleta possam ocorrer.
Processo macro da geração de resíduos na oficina:
A – O cliente leva o carro na oficina indicando o defeito que o carro apresenta,
assim e criado uma Ordem de Serviço interna.
B - O Veículo e inspecionado, apos detectado o defeito avisa o cliente do
orçamento do concerto e dependendo do local e lavado no ponto de manutenção.
C – Dependendo de qual for o compartimento as ser executado serviço como
cárter do motor, caixa de marchas, tanque de combustível terão que ser drenados os
óleo destes compartimentos.
22
D – Após executar o serviço o mecânico executa o teste e disponibiliza para
cliente executar teste de verificação.
Conhecendo-se o conjunto de atividade que compõem o serviço de
manutenção serão identificadas as matérias primas utilizadas nesse processo os
aspectos e impactos resultantes do serviço.
Aspectos Ambientais: Emissão de CO2 por queima de combustível fóssil,
ruído produzidas por veículos saindo e entrando na oficina, peças de metal ou
polietileno danificadas, lixo como estopas, trapos e mantas gerados a partir da
limpeza de peças, óleo diesel; óleo lubrificante para motor e outros agregados; óleo
hidráulico; graxas; peças de reposição; papéis para o preenchimento de fichas e
relatórios; água para lavação dos carros, oficina e pátio; energia elétrica.
Impactos: Poluição do ar, contaminação do solo do manancial d'água, devido
à proximidade do rio que passa perto da oficina. Sobra de resíduos na lixeira,
causando odor e/ou Cho rume, emissões CO2 na atmosférica devido à combustão
do diesel, gasolina e diesel e também o álcool, irritações de mucosas dos gazes
produzidos do processo de solda elétrica, quando da reforma e/ou manutenção dos
carros, emissões de nuvens poeira oriundas do processo de pintura dos
equipamentos; efluentes líquidos proveniente da lavação dos carros, rampa de
lubrificação e do chão da oficina; resíduos provenientes de filtros lubrificantes
usados, sobras de elétrodos, pneus em geral, peças danificadas, papéis da atividade
administrativa.
Após a realização do balanço, em reunião, foi avaliado e analisado as
entradas (aspectos) e saídas (impactos) e em consenso decidiu-se que devido ao
grande volume de aspectos e impactos na oficina mecânica haveria um priorização
dos quatro processos que além de gerarem uma grande quantidade de resíduo daria
uma enorme ganho a empresa se atuassem diretamente.
23
TABELA 1 - PRINCIPAIS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
Numero:
Atividade:
Aspecto ambiental
Impacto ambiental
1
Teste de rotação do
motor
Emissão de co2
Ruído
Queima combustível fóssil
Intoxicação
Surdez
Incômodo
2
Pintura e lanternagem
veicular
Nevoa
Poeira
Ruído
3
Troca de óleo de
carros em geral
4
Limpeza de peças de
motores
Óleo queimado
Resíduos sólidos e líquidos.
Solventes
Partículas em suspensão no ar
Surdez
Contaminação do solo e
mananciais
Contaminação do solo e
mananciais.
Exposição da pele,
escamação.
Fonte: In loco oficina
Em consenso com a equipe multidisciplinar atribui-se três níveis de gravidade (alta,
media e baixa, com os seguintes valores:
- Gravidade baixa = 1 não compromete a vida, no Máximo incomoda.
- Gravidade media = 2 causa danos reversíveis ao meio ambiente.
- Gravidade alta = 3 causa anos irreversíveis ao meio ambiente.
Adotando a mesma metodologia usada para a determinação da importância,
atribuir valores para a abrangência do impacto ambiental da seguinte forma:
–
Abrangência baixa = 1 pontual
–
Abrangência média = 2 local
–
Abrangência alta = Global
24
TABELA 2 - AVALIAÇÃO DE GRAVIDADE E TENDENCIA
Numero:
Atividade:
Gravidade
Abrangência
1
Teste de rotação do
motor
3
1
2
Pintura e lanternagem
veicular
1
1
3
Troca de óleo de
carros em geral
3
1
4
Limpeza de peças de
motores
1
1
Fonte: In loco oficina
Em relação aos objetivos e metas ambientais decidiu-se em reunião também
priorizando as quatro mais importantes e de ganho expressivo, desmembrou-se
cada objetivo em metas. Cada meta teria seu próprio responsável e seu específico
prazo de realização.
Definiu-se um indicador para monitorar se a meta está sendo
trabalhada, se suas ações estão sendo realizadas.
TABELA 3 - OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS
Numero:
Atividade:
Objetivo:
Meta
Indicador
1
Teste de rotação do
motor
Redução de CO2 da
frota
Redução de C02
EM 10% Ate 2012
CO2 por carro
revisado
25
2
3
4
Pulverização na
pintura.
Pintura e lanternagem
veicular
Redução no ruído
feito pelas maquinas.
Adquirir pistolas
de pintura
eficientes.
Redução em Db
5% ate 2002
Redução da
contaminação do solo
na troca de óleo.
Redução em 2%
que cai no solo
quando trocar
Troca de óleo de
carros em geral
Área de
pulverização
Db
ML gasto por tipo
de carro.
Redução da
Redução da
contaminação do ML gasto por tipo
contaminação do solo
solo em 2% na
de carro.
na troca de óleo.
Limpeza de peças de
troca de óleo.
motores
Redução de
Uso de luvas na
Incidência de
exposição das mãos a
lavagem de
doenças de pele.
solventes.
peças.
Fonte: In loco oficina
Decidiu-se que deveria iniciar pelos aspectos cujos impactos ambientais
apresentam maior grau de significância, isto é, graduação “crítico”.
•Levou-se em conta qual ação poderia ser adotada para eliminar ou minimizar
o problema?
Convencionou-se que uma ação pode ser de controle (c), de emergência (E)
ou uma reforma (R) ou obra que acerte o problema.
TABELA 4 - PLANO DE AÇÕES E CONTROLE
Nº
1
Atividade
Plano de ação
Monitorar CO2
carros, Regular
Teste de rotação
motores, adquirir
do motor
ferramentas
regulagem.
Responsável
Prazo
Custo
João
Set/12
R$ 20.000
26
2
3
4
Pintura e
lanternagem
veicular
Enclausurar carros
na pintura e
mudar
procedimento de
funcionamento
das maquinas
Troca de óleo de
Adquirir coletores
carros em geral
Limpeza de
peças de
motores
Adquirir coletores
e luvas para uso
Pedro
Ago./12
R$ 5.000
Francisco
Set/11
R$ 700
Francisco
Out/11
R$ 700
Fonte: In loco oficina
4 – CONCLUSÕES
A conclusão da pesquisa quanto ao objetivo geral do trabalho era propor um
modelo de gestão ambiental que pudesse obter o real envolvimento dos funcionários
da oficina, quem sabe até a comunidade como fiscalizadora, permitindo que ao
mesmo tempo ocorra a solução da degradação ambiental, se estabeleça também
uma relação de amor com a mesma.
Parafraseando o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, que durante uma aula
magna na Faculdade Assis Gurgacz, na cidade de Cascavel, fez a seguinte
pergunta: “Para qual rio você torce?”, afinal todos, ou quase todos torcem por algum
time de futebol, e porque não para um rio? Melhor ainda para aquele que está perto
de nossa casa, que vemos quando vamos ao trabalho, à escola, passear, ou seja,
para o rio que já faz parte de nossa vida.
Com tudo isso, concluímos que o Sistema Gestão Ambiental faz parte de um
esforço integrado e contínuo de toda cadeia produtiva de uma empresa na busca de
excelência ambiental. A postura pragmática conduz a empresa a gerir seu sistema
ambiental através de desenvolvimento de tecnologias limpas, com atividades de
natureza estratégica, portanto, os investimentos e o comprometimento de todos os
27
colaboradores e da alta administração podem ser traduzidos em redução de custo
por meio de reciclagem de subprodutos do processo industrial, redução no consumo
de insumo, melhoria da qualidade de vida no trabalho, fortalecimento da imagem da
empresa entre clientes e comunidade local, melhoria na qualidade das relações com
os órgãos governamentais.
Mesmo diante dos elevados custos de tratamento de efluentes e disposições
adequadas dos resíduos, a viabilidade do Sistema de Gestão Ambiental, é
claramente verificada, nas empresas em que o mesmo é implementado.
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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