Número 90 - Ano XV - Março / Abril / Maio / Junho / 2010 - R$ 2,00 Desafios do Ano Internacional da Biodiversidade Limpando e Reciclando 2010 Vamos Limpar o Planeta Informativo do Instituto Ecológico Aqualung 1 Próxima Campanha do Projeto Limpeza na Praia Realização Dia Mundial de Limpeza 2010 Dia 18 de setembro de 2010 Sábado, de 10 às 13 horas. Contamos com a sua participação! Parceria e Apoio Logo Prefeitura RJ Loja do Instituto www.institutoaqualung.com.br Publicação Bimestral do Instituto Ecológico Aqualung Rua do Russel no 300 / 401 - Glória Rio de Janeiro - RJ CEP 22210-010 Tels: (21) 2558-3428 / 2558-3429 / 2556-5030 Fax: (21) 2556-6006 / 2556-6021 E-mail: [email protected] EQUIPE INTERNA Diretor Marcelo Szpilman Assistentes-administrativas Etiene Costa Cláudia Martins de Andrade Auxiliar-administrativo Alexandre S. de Queiroz EDIÇÃO E REDAÇÃO Marcelo Szpilman JORNALISTA-COLABORADORA Jaqueline B. Ramos DESIGN GRÁFICO e CAPA Antônio Woyames CONSELHO DELIBERATIVO Presidente-executivo Luca Padovano Diretores-conselheiros Adriana C. Padovano Cézar Souza Deana Weikersheimer Marcelo Szpilman Roberto Faissal Jr. CONSELHO FISCAL José Cristino Vanda M. de Souza A edição eletrônica deste Informativo está disponível no site do IEA. www w.. i n s t i t u t o a q u a l u n g . c o m . b r Tiragem: 5.000 exemplares RECICLE 2 Informativo do Instituto Ecológico Aqualung Matéria de Capa Desafios do Ano Internacional da Biodiversidade Por Jaqueline B. Ramos Jornalista Ambiental [email protected] www.ambientese.blogspot.com Há vários anos especialistas e ambientalistas de todo o mundo têm feito alertas sobre o perigo real da perda de biodiversidade do planeta. Por motivos que vão desde desmatamento de áreas naturais até as conseqüências modernas do aquecimento global, é fato conhecido que um número crescente de espécies de animais e plantas se encontra em risco iminente de extinção. E não há dúvidas que isso é muito ruim tanto para a natureza como para a própria qualidade de vida da humanidade. Quando o assunto é risco de extinção, no Brasil – que, diga-se de passagem, é o primeiro país em biodiversidade do mundo, temos o exemplo da onça pintada. Na Ásia, a problemática é grande em torno dos tigres e orangotangos. Na África, os chimpanzés são grandes vítimas... e estes são apenas alguns poucos casos falando apenas em animais mais conhecidos e casos mais divulgados (veja mais informações no boxe). Entende-se como biodiversidade (ou diversidade biológica) a variedade de vida no Planeta que forma uma grande cadeia da qual o homem faz parte e da qual depende para sua sobrevivência. A biodiversidade que temos hoje é fruto de bilhões de anos de evolução moldados por processos naturais e, cada vez mais, por processos humanos. Até hoje cerca de 1,75 milhões de espécies já foram identificadas, sendo a grande maioria insetos, e estima-se que realmente existam 13 milhões de espécies. O alerta sobre a perda da biodiversidade foi oficialmente reconhecido pela ONU – Organização das Nações Unidas, que declarou que 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade. Em termos práticos o destaque é para a 10ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-10 CDB), que acontecerá na cidade de Nagoya, no Japão, em outubro. A expectativa em relação à conferência é muito grande, pois se discutirá, entre outros assuntos, o alcance das metas de redução de perda de biodiversidade e o polêmico assunto sobre a repartição dos benefícios advindos da utilização da diversidade genética das espécies. E o cenário não é muito otimista, infelizmente. No dia biodiversidade – 22 de maio – o secretário-geral da ONU, Ban Kimoon, afirmou que a perda de espécies está chegando a um ponto sem volta. De fato, em um relatório recente a ONU confirmou que nenhuma das metas para redução da perda de biodiversidade, acordadas em 2002, foram cumpridas. O relatório afirma que desde 1970 as populações mundiais de animais caíram 30%, a área coberta por mangues caiu 20% e a área coberta por corais, 40%. Redução de desmatamento: Segundo Ban, comunidades no mundo todo irão “colher os frutos negativos” da perda de biodiversidade. “Mas comunidades mais pobres e mais vulneráveis serão as que irão sofrer mais”, alerta o secretário, ressaltando mais uma razão para o reforço nos esforços reais (e não apenas teóricos ou “marqueteiros” em torno da conservação da diversidade genética de plantas e animais. Metas da CDB para os países signatários ® Conservação da biodiversidade; ® Uso sustentável de seus componentes; ® Distribuição equitativa e justa dos benefícios advindos da utilização dos recursos genéticos. Informativo do Instituto Ecológico Aqualung 3 No Brasil, os principais problemas estão relacionados diretamente ao combate ao desmatamento nos grandes biomas. “A conservação da diversidade biológica é um dos temas de maior destaque do ano, e os olhos do mundo certamente se voltarão para o Brasil. Temos a sorte de abrigar em nosso território uma imensa riqueza biológica, mas temos também a responsabilidade de cuidar de sua preservação e sobrevivência”, afirma Cláudio Maretti, superintendente de conservação do WWF-Brasil. Seja no Brasil, na Indonésia, na República do Congo ou em qualquer outro país rico em biodiversidade, a causa maior do problema é sempre a ação humana insustentável. È verdade que a extinção das espécies é um fenômeno natural, mas a questão é que animais e plantas estão tendo suas populações drasticamente reduzidas ou extintas numa taxa muito mais rápida que a natura – estima-se que o processo esteja 1000 vezes acelerado. “Nossas vidas dependem da biodiversidade e espécies e ecossistemas estão desaparecendo em um ritmo insustentável. Em 2002 líderes mundiais concordaram em diminuir significativamente as taxas de destruição de biodiversidade até 2010, mas já sabemos que as metas não foram alcançadas. Precisamos, mais do que nunca, do esforço de todos, governos, ONGs e cada cidadão”, alerta o secretário-geral das Nações Unidas. As principais ameaças à biodiversidade Ë Perda de habitats: pelas mudanças no uso das terras, principalmente a conversão de áreas naturais em plantios de nível industrial. Esta é, na verdade, a maior causa da perda de biodiversidade. Mais da metade dos 14 grandes biomas da Terra já tiveram entre 20 e 50% de sua área total convertida para agropecuária. Ë Uso e exploração insustentáveis: muitas espécies são usadas pelo homem para atender suas necessidades básicas. Porém, várias delas estão em declínio e risco de extinção porque são usadas de forma tão exagerada que sua exploração ameaça os ecossistemas dos quais dependem. Espécies ameaçadas de extinção No Brasil De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, há cerca de 400 espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. Dessas, sete são consideradas já extintas, como é o caso da arara-azul-pequena, que era encontrada em toda a Região Sul e no Mato Grosso do Sul. Entre as plantas, estão desaparecendo algumas espécies de bromélias, o pau-rosa e o pinheirodo-Paraná, também conhecido como araucária. Sucupira, aroeira, jequitibá, imbuia, angelim, mogno, cerejeira e outras árvores também já são difíceis de serem encontradas. Algumas das espécies-símbolo da riqueza biológica do Brasil estão em risco. A onçapintada, a onça-parda, o gato-maracajá são exemplos de felinos que correm o risco de desaparecer de nosso território. Macacoaranha, mico-leão-da-cara-preta, mico-leãodourado e várias espécies de sagui também. No Mundo Nos ares, o risco de extinção recai sobre a araraazul, a ararinha-azul, o gavião-cinza e algumas espécies papagaio, entre muitos outros. Há 55 espécies diferentes de borboletas na lista de ameaçadas. No cerrado, o lobo-guará é o símbolo das conseqüências da devastação. Nas águas, a baleia-franca, a baleia-jubarte e o peixeboi são vítimas de caçadores. 4 Informativo do Instituto Ecológico Aqualung Todos os anos, o WWF-Estados Unidos divulga a lista dos 10 animais mais ameaçados do planeta. Este ano, a lista inclui cinco animais que estão sendo diretamente afetados pelo aquecimento global: o tigre, o urso polar, a morsa do Pacífico, o pinguim de Magellanic e a tartaruga-gigante. Além dessas cinco espécies, também estão ameaçados o atumbluefin, o gorila-das-montanhas, a borboletaimperial, o panda e o rinoceronte-de-Java, cuja população está reduzida a apenas 60 indivíduos. Fonte: WWF Brasil - http://www.wwf.org.br/ Ë Mudanças climáticas: será, progressivamente, causa de mais ameaças à biodiversidade nas próximas décadas. Já se observa mudanças nos períodos de migração e reprodução e nas taxas de distribuição de várias espécies em todo o planeta por conta das variações climáticas. Ë Espécies aliens: plantas, animais e microorganismos transportados deliberadamente ou acidentalmente para áreas onde são espécies exóticas podem causas sérios riscos para espécies nativas pela competição por comida, transmissão de doenças, mudanças genéticas etc. Mais de 530 espécies aliens que causaram sérios impactos já foram identificadas em 57 países. Ë Poluição: o descarte progressivo de substâncias poluentes geradas tanto no ambiente urbano como pela agropecuária, somado ao crescimento desenfreado da região costeira e da agricultura, pode levar a uma multiplicação na quantidade de áreas consideradas mortas. Fonte: ONU/UNEP Por Jaqueline B. Ramos Retrocesso na proteção às florestas No mês do meio ambiente, ambientalistas no Brasil não têm muito que comemorar. Parlamentares ruralistas, encabeçados pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), estão propondo mudanças no Código Florestal brasileiro que levariam a um retrocesso na legislação de controle e proteção das áreas naturais. Entre as mudanças sugeridas estão a possibilidade de soma da reserva legal com as áreas de Preservação Permanente (APP) e a consolidação de lavouras em encostas e topos de morros desmatados ilegalmente. Uma subcomissão da Câmara dos Deputados foi criada para avaliar as propostas de alteração na lei e isso está preocupando ONGs de defesa ambiental. Uma coalizão de entidades formada pelo WWF, Greenpeace, Instituto Socioambiental, entre outras, lançou um site com informações sobre o histórico do Código Florestal e a defesa da manutenção da lei para a preservação de florestas, dos recursos hídricos e do clima. No endereço www.sosflorestas.com.br são listadas as conseqüências que as possíveis mudanças na legislação ambiental podem trazer e o internauta é convidado a assinar uma petição contra as alterações no Código Florestal, a ser enviada para a Câmara. Ônibus limpo No final de maio o Rio de Janeiro entrou na era dos combustíveis limpos. De acordo com o contrato assinado com o COI – Comitê Olímpico Internacional –, 20% da frota de ônibus da cidade devem rodar movidos a biocombustível durante os jogos de 2016. Neste espírito foi apresentado pelo governo do Estado o primeiro ônibus movido a hidrogênio, um projeto desenvolvido pela Coppe/UFRJ. O ônibus experimental será operado pela Viação Real e estará nas ruas pelo período de um ano, sendo avaliado em vários aspectos, incluindo a nãoemissão de gases poluentes e sua manutenção periódica. O veículo receberá licença regular para rodar no Rio, assim como os outros 15 ônibus movidos a biodiesel, que já estão em operação de testes. A ideia é ampliar a frota de veículos não poluentes e praticamente trocar a maior parte dos coletivos que rodam pela cidade. Com o Sabia-Mar será possível observar a cor dos oceanos, monitorar a exploração petrolífera, gerenciar as zonas costeiras e contribuir com a atividade pesqueira, entre outras aplicações. O projeto Sabia-Mar está em plena consonância com os objetivos fixados pela comunidade científica internacional, e, mais especificamente, com aqueles estabelecidos pelo Comitê de Satélites de Observação da Terra (CEOS, na sigla em inglês) para a constelação de satélites de observação da cor dos oceanos. Marfim X Elefantes O que parecia ser uma prática ultrapassada voltou a aterrorizar a vida dos elefantes. O crescimento na demanda de marfim na Ásia tem incentivado o comércio ilegal de presas de elefante, provenientes principalmente da África. Nos últimos oito anos o preço do quilo do marfim subiu de US$ 100 para US$ 1800. O principal responsável pelo “aquecimento” no comércio é a China. No país há a tradição de um empresário “presentear” um cliente após um negócio fechado com uma presa de marfim. Segundo especialistas, se o comércio não for contido logo, as populações de elefantes na África podem ser reduzidas dramaticamente. Mais de 600 mil elefantes foram mortos no continente nos últimos 40 anos devido à caça ilegal – a captura dos animais é oficialmente proibida desde 1989. Em Serra Leoa, os últimos elefantes foram mortos em dezembro. No Senegal, há menos de 10 elefantes vivos. Parceria em prol da bioenergia Em maio foi anunciada uma parceria entre a Universidade Estadual Paulista (UNESP) e o Instituto Cubano de Pesquisa dos Derivados de Cana-de-Açúcar (ICIDCA) visando a produção sustentável de nada mais nada menos do que bionergia. O trabalho em conjunto prevê o desenvolvimento de tecnologias para a produção de fontes renováveis de energia e será dividido em cinco linhas: biomassa para bioenergia; produção de bioenergia; aplicação de biocombustíveis em motores; biorrefinaria, alcoolquímica e oleoquímica; e impactos ambientais, sócio-econômicos e sustentabilidade. “Nosso foco é trabalhar os resíduos de forma sustentável, unindo especialistas das duas instituições”, explicou Maria José Soares Mendes Giannini, pró-reitora de Pesquisa da UNESP, que faz parte do Centro Paulista de Pesquisa em Bioenergia, criado em dezembro de 2009. Dieta para combater as mudanças climáticas Satélite para monitorar oceanos A Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Comissão Nacional de Atividades Espaciais (Conae), da Argentina, desenvolverão em conjunto o satélite Sabia-Mar. O satélite será destinado à observação global dos oceanos e ao monitoramento do Atlântico nas proximidades dos dois países. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) será o órgão executor do projeto Um recente relatório da ONU divulgado na semana do Dia Mundial do Meio ambiente faz uma revelação surpreendente. Em linhas gerais é concluído que “uma mudança global para uma dieta vegana – que exclui carnes e qualquer produto de origem animal – é vital para salvar o mundo da fome, pobreza de combustíveis e os piores impactos da mudança climática.”O relatório ressalta que a previsão é de que a população mundial chegue a 9.1 bilhões de pessoas em 2050, tornando o apetite por carne e laticínios insustentável. A agropecuária industrial, particularmente de produtos de carne e laticínios, é responsável, por exemplo, pelo consumo de cerca de 70% da água doce do mundo, 38% do uso de terra e 19% das emissões de gases estufa. Diz o relatório: “Espera-se que os impactos da agricultura cresçam substancialmente devido ao crescimento da população e o crescimento do consumo de produtos animais. Ao contrário dos combustíveis fósseis, é difícil produzir alternativas: as pessoas têm que comer. Uma redução substancial de impactos somente seria possível com uma mudança de dieta, eliminando produtos animais.” Baleias amigas Um estudo divulgado em junho na revista “Behavioral Ecology and Sociobiology” demonstra que as Baleias-jubarte formam laços de amizade duradouros. Usando técnicas de identificação fotográfica para localizar cada indivíduo todos os anos, os pesquisadores conseguiram averiguar que fêmeas de baleiajubarte reencontram-se anualmente para comer e nadar juntas no golfo de São Lourenço, na costa do Canadá. Baleias com dentes, como as baleias cachalote, associam-se umas com as outras. Mas acreditava-se que baleias maiores, que filtram sua comida, como as jubartes, eram menos sociáveis. As amizades mais longas registradas duraram seis anos e sempre foram observadas entre fêmeas de idades parecidas e nunca entre machos e fêmeas. A descoberta também levanta a possibilidade de que a pesca comercial de baleias pode ter dispersado grupos sociais dos animais. Corais brasileiros ameaçados A elevação na temperatura das águas, provocada pelo aquecimento global, ameaça espécies de corais que só existem no litoral brasileiro. A conclusão é do projeto Coral Vivo, cuja sede fica em Arraial da Ajuda, na Bahia. Das 40 espécies de corais encontradas nos recifes brasileiros, 20 são encontradas apenas no país. De acordo com o projeto, o fenômeno começou a ser identificado em março, depois de dois meses com a água muito mais quente do que a média na maior parte da costa brasileira. Conhecido como “branqueamento”, ele foi registrado em uma faixa de 2,5 mil quilômetros, entre o Rio Grande do Norte e a baía da Ilha Grande, no Rio de Janeiro, e coloca em risco a vida do coral. A explicação do problema é a seguinte: algumas espécies de corais precisam de microalgas para viver, que se instalam na segunda camada da pele do coral. Como todas as plantas, elas fazem fotossíntese, isto é: obtêm energia da luz do sol. O que sobra, doam ao coral em troca de abrigo. Mas quando a temperatura da água está acima do normal, as algas produzem água oxigenada, que é tóxica para o coral. Para se proteger, ele as expulsa. E sem elas o esqueleto branco fica visível. Informativo do Instituto Ecológico Aqualung 5 Projeto Limpeza na Praia Limpando e Reciclando 2010 Vamos Limpar o Planeta Praias de Copacabana, Ipanema, Leblon, Barra da Tijuca, Sepetiba, Ilha de PPaquetá, aquetá, Saquarema - RJ e Americana - SP SP.. Dia 29 de maio, Sábado, de 10 às 13 horas. Mais de 600 pessoas confraternizavam-se em um sábado muito ensolarado, em várias localidades do Rio de Janeiro e em Americana - SP. Muita alegria e entusiasmo tomaram conta das praias. Cerca de três toneladas foram coletadas. Escolas, universidades, escolinhas de surfe, funcionários de empresas, ambientalistas, banhistas e atletas fizeram parte deste belo mutirão de Limpeza! Realização Apoio 6 Informativo do Instituto Ecológico Aqualung Projeto Tubarões no Brasil Arrogância Humana Por Marcelo Szpilman Podemos decidir quem deve ser salvo e quem pode ser extinto? Vamos salvar as tartarugas, golfinhos e baleias? Salvemos também os magníficos tigres siberianos. E por que não os simpáticos ursos panda? Em algum momento você se preocupou em saber qual a importância desses animais para a Natureza? Claro que não, e isso absolutamente influenciaria sua decisão de salvá-los. Mas por que então esse mesmo comportamento não ocorre quando o clamor é dirigido a animais menos “simpáticos”, como morcegos e tubarões. Por que essa desigualdade de tratamento? Somos a espécie que hoje domina o Planeta e temos o poder de fazer o bem ou o mal. Mas será que temos o direito de deixar que a empatia influencie nossa decisão sobre quem deve ser salvo e quem pode ser extinto? Não cabe discutir ou comparar relevâncias para a Natureza, até porque todos os seres têm o direito à vida e à proteção, mas é importante salientar que, apesar de sua injustificada fama, os tubarões exercem um papel crucial na manutenção da saúde e do equilíbrio da vida nos oceanos. Nos últimos 50 anos o ser humano vem provocando enorme impacto na vida marinha, com desequilíbrios populacionais e extinção de milhares de espécies. Nossa contumaz arrogância não nos permite perceber que a destruição das teias alimentares dos mares pode, além de liquidar ecossistemas marinhos, influenciar a qualidade do ar que respiramos, já que a maior parte do oxigênio do Planeta é produzido nos oceanos. E o pior de tudo isso é que sabemos exatamente o que estamos fazendo e continuamos a fazê-lo. Mas não sejamos hipócritas. A Humanidade não teria chegado aonde chegou e não se sustentaria nos níveis atuais sem a pesca industrial, sem as vastas áreas de agricultura, sem as grandes criações de animais para abate e sem os impactos gerados na produção de energia e bens de consumo. Nossos antepassados e nós mesmos temos nos beneficiado do bem-estar proporcionado pelo progresso. No entanto, quem vem pagando sozinha essa conta é a Natureza. A falta de controle e uso insustentável dos recursos naturais nos níveis atuais nos forçará, mais cedo ou mais tarde, a dividir essa fatura. Felizmente, ainda temos a capacidade e o poder de reverter o mal que estamos causando ao Planeta. Ainda temos a chance de tentar viver harmoniosamente com a Natureza. É importante que se diga, no entanto, que a humanidade não fará nada nesse sentido. Quem faz são indivíduos ou grupos de indivíduos (ONG’s) que agem, lutam ou apóiam as causas ambientais. E não adianta também você pensar que os outros farão isso. Não há mais lugar para o “deixa que eu deixo”. É preciso que você também se envolva na proteção dos ecossistemas e dos seres marinhos. Sem distinção. Sem favoritismo. Sem preconceito. Salvemos as baleias e tartarugas, mas salvemos também os tubarões da matança cruel. Somente na próxima hora, 15 mil tubarões serão mortos nos mares do Planeta. Boa parte para obtenção de suas barbatanas, em uma ação predatória progressiva, silenciosa e insustentável que ameaça a sobrevivência dos tubarões e a vida no Planeta. Proteger os tubarões é proteger a vida, é proteger a nós mesmos! APOIO Visite o site e associe-se ao PROTUBA Ajude a proteger e conservar os tubarões! h t t p : / / w w w. i n s t i t u t o a q u a l u n g . c o m . b r / p r o t u b a . h t m l 6 Informativo do Instituto Ecológico Aqualung Informativo do Instituto Ecológico Aqualung 7 NOVAS FRANQUIAS AQUALUNG PRESERVAR A NATUREZA É PRESERVAR UM ESTILO DE VIDA www.aqualungbrasil.com.br LOJAS AQUALUNG Contatos: Tel.: (21) 2270 1358 Fax: (21) 3884 0182 [email protected] RIO DE JANEIRO SHOPPING RIO SUL RUA LAURO SODRÉ 116 LOJA 401 PARTE D2 – TEL. 2295 3094 CENTRO 2 LOJA EXPANSÃO EMBARQUE AEROPORTO SANTOS DUMONT 1º PISO - TEL.: 3814-7642 ITÁLIA (MILANO) VIA CORSO GARIBALDI, 38 Tel.: 39 02 8691-5555 LOJAS ADER VIA LUIGI SETTEMBRINI, 33 Tel.02 66 92.946 - 02.66.90.986 Crie um “logo” para os cursos para GÁVEA ser inserido DA GÁVEA, QUIOSQUE 61 - TEL. 2259-5605 aqui. Tipo aSHOPPING coruja com o livro na mão, ou com BÚZIOS AV. BENTO RIBEIRO DANTAS, 1 – LOJAS 11 E 12 – TEL. 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