Desafios do Ano Internacional da Biodiversidade

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Número 90 - Ano XV - Março / Abril / Maio / Junho / 2010 - R$ 2,00
Desafios do Ano Internacional
da Biodiversidade
Limpando e Reciclando 2010
Vamos Limpar o Planeta
Informativo do Instituto Ecológico Aqualung
1
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Dia 18 de setembro de 2010
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RECICLE
2
Informativo do Instituto Ecológico Aqualung
Matéria de Capa
Desafios do Ano Internacional
da Biodiversidade
Por Jaqueline B. Ramos
Jornalista Ambiental
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www.ambientese.blogspot.com
Há vários anos especialistas e ambientalistas
de todo o mundo têm feito alertas sobre o
perigo real da perda de biodiversidade do
planeta. Por motivos que vão desde
desmatamento de áreas naturais até as
conseqüências modernas do aquecimento
global, é fato conhecido que um número
crescente de espécies de animais e plantas se
encontra em risco iminente de extinção. E não
há dúvidas que isso é muito ruim tanto para a
natureza como para a própria qualidade de vida
da humanidade.
Quando o assunto é risco de extinção,
no Brasil – que, diga-se de passagem, é o
primeiro país em biodiversidade do mundo,
temos o exemplo da onça pintada. Na Ásia, a
problemática é grande em torno dos tigres e
orangotangos. Na África, os chimpanzés são
grandes vítimas... e estes são apenas alguns
poucos casos falando apenas em animais mais
conhecidos e casos mais divulgados (veja mais
informações no boxe).
Entende-se como biodiversidade (ou
diversidade biológica) a variedade de vida no
Planeta que forma uma grande cadeia da qual
o homem faz parte e da qual depende para
sua sobrevivência. A biodiversidade que temos
hoje é fruto de bilhões de anos de evolução
moldados por processos naturais e, cada vez
mais, por processos humanos. Até hoje cerca
de 1,75 milhões de espécies já foram
identificadas, sendo a grande maioria insetos,
e estima-se que realmente existam 13 milhões
de espécies.
O alerta sobre a perda da
biodiversidade foi oficialmente reconhecido pela
ONU – Organização das Nações Unidas, que
declarou que 2010 é o Ano Internacional da
Biodiversidade. Em termos práticos o destaque
é para a 10ª Conferência das Partes da
Convenção das Nações Unidas sobre
Diversidade Biológica (COP-10 CDB), que
acontecerá na cidade de Nagoya, no Japão,
em outubro. A expectativa em relação à
conferência é muito grande, pois se discutirá,
entre outros assuntos, o alcance das metas de
redução de perda de biodiversidade e o
polêmico assunto sobre a repartição dos
benefícios advindos da utilização da diversidade
genética das espécies.
E o cenário não é muito otimista,
infelizmente. No dia biodiversidade – 22 de
maio – o secretário-geral da ONU, Ban Kimoon, afirmou que a perda de espécies está
chegando a um ponto sem volta. De fato, em
um relatório recente a ONU confirmou que
nenhuma das metas para redução da perda de
biodiversidade, acordadas em 2002, foram
cumpridas. O relatório afirma que desde 1970
as populações mundiais de animais caíram
30%, a área coberta por mangues caiu 20% e
a área coberta por corais, 40%.
Redução de desmatamento: Segundo
Ban, comunidades no mundo todo irão “colher
os frutos negativos” da perda de
biodiversidade. “Mas comunidades mais
pobres e mais vulneráveis serão as que irão
sofrer mais”, alerta o secretário, ressaltando
mais uma razão para o reforço nos esforços
reais (e não apenas teóricos ou “marqueteiros”
em torno da conservação da diversidade
genética de plantas e animais.
Metas da CDB para os
países signatários
® Conservação da biodiversidade;
® Uso sustentável de seus componentes;
® Distribuição equitativa e justa dos
benefícios advindos da utilização dos
recursos genéticos.
Informativo do Instituto Ecológico Aqualung
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No Brasil, os principais problemas
estão relacionados diretamente ao combate ao
desmatamento nos grandes biomas. “A
conservação da diversidade biológica é um dos
temas de maior destaque do ano, e os olhos
do mundo certamente se voltarão para o Brasil.
Temos a sorte de abrigar em nosso território
uma imensa riqueza biológica, mas temos
também a responsabilidade de cuidar de sua
preservação e sobrevivência”, afirma Cláudio
Maretti, superintendente de conservação do
WWF-Brasil.
Seja no Brasil, na Indonésia, na
República do Congo ou em qualquer outro país
rico em biodiversidade, a causa maior do
problema é sempre a ação humana
insustentável. È verdade que a extinção das
espécies é um fenômeno natural, mas a
questão é que animais e plantas estão tendo
suas populações drasticamente reduzidas ou
extintas numa taxa muito mais rápida que a
natura – estima-se que o processo esteja 1000
vezes acelerado.
“Nossas vidas dependem da
biodiversidade e espécies e ecossistemas estão
desaparecendo em um ritmo insustentável. Em
2002 líderes mundiais concordaram em
diminuir significativamente as taxas de
destruição de biodiversidade até 2010, mas já
sabemos que as metas não foram alcançadas.
Precisamos, mais do que nunca, do esforço
de todos, governos, ONGs e cada cidadão”,
alerta o secretário-geral das Nações Unidas.
As principais ameaças
à biodiversidade
Ë Perda de habitats: pelas mudanças no uso
das terras, principalmente a conversão de
áreas naturais em plantios de nível
industrial. Esta é, na verdade, a maior
causa da perda de biodiversidade. Mais
da metade dos 14 grandes biomas da Terra
já tiveram entre 20 e 50% de sua área
total convertida para agropecuária.
Ë Uso e exploração insustentáveis: muitas
espécies são usadas pelo homem para
atender suas necessidades básicas. Porém,
várias delas estão em declínio e risco de
extinção porque são usadas de forma tão
exagerada que sua exploração ameaça os
ecossistemas dos quais dependem.
Espécies ameaçadas de extinção
No Brasil
De acordo com o Ministério do Meio
Ambiente, há cerca de 400 espécies da fauna
brasileira ameaçadas de extinção. Dessas, sete
são consideradas já extintas, como é o caso
da arara-azul-pequena, que era encontrada em
toda a Região Sul e no Mato Grosso do Sul.
Entre as plantas, estão desaparecendo algumas
espécies de bromélias, o pau-rosa e o pinheirodo-Paraná, também conhecido como
araucária. Sucupira, aroeira, jequitibá, imbuia,
angelim, mogno, cerejeira e outras árvores
também já são difíceis de serem encontradas.
Algumas das espécies-símbolo da riqueza
biológica do Brasil estão em risco. A onçapintada, a onça-parda, o gato-maracajá são
exemplos de felinos que correm o risco de
desaparecer de nosso território. Macacoaranha, mico-leão-da-cara-preta, mico-leãodourado e várias espécies de sagui também.
No Mundo
Nos ares, o risco de extinção recai sobre a araraazul, a ararinha-azul, o gavião-cinza e algumas
espécies papagaio, entre muitos outros. Há 55
espécies diferentes de borboletas na lista de
ameaçadas. No cerrado, o lobo-guará é o
símbolo das conseqüências da devastação. Nas
águas, a baleia-franca, a baleia-jubarte e o peixeboi são vítimas de caçadores.
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Informativo do Instituto Ecológico Aqualung
Todos os anos, o WWF-Estados Unidos divulga
a lista dos 10 animais mais ameaçados do
planeta. Este ano, a lista inclui cinco animais
que estão sendo diretamente afetados pelo
aquecimento global: o tigre, o urso polar, a
morsa do Pacífico, o pinguim de Magellanic e
a tartaruga-gigante. Além dessas cinco
espécies, também estão ameaçados o atumbluefin, o gorila-das-montanhas, a borboletaimperial, o panda e o rinoceronte-de-Java, cuja
população está reduzida a apenas 60
indivíduos.
Fonte: WWF Brasil - http://www.wwf.org.br/
Ë
Mudanças climáticas: será,
progressivamente, causa de mais ameaças
à biodiversidade nas próximas décadas.
Já se observa mudanças nos períodos de
migração e reprodução e nas taxas de
distribuição de várias espécies em todo o
planeta por conta das variações climáticas.
Ë Espécies aliens: plantas, animais e
microorganismos transportados
deliberadamente ou acidentalmente para
áreas onde são espécies exóticas podem
causas sérios riscos para espécies nativas
pela competição por comida, transmissão
de doenças, mudanças genéticas etc.
Mais de 530 espécies aliens que causaram
sérios impactos já foram identificadas em
57 países.
Ë Poluição: o descarte progressivo de
substâncias poluentes geradas tanto no
ambiente urbano como pela agropecuária,
somado ao crescimento desenfreado da
região costeira e da agricultura, pode levar
a uma multiplicação na quantidade de
áreas consideradas mortas.
Fonte: ONU/UNEP
Por Jaqueline B. Ramos
Retrocesso na proteção às florestas
No mês do meio ambiente, ambientalistas no
Brasil não têm muito que comemorar.
Parlamentares ruralistas, encabeçados pelo
deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), estão
propondo mudanças no Código Florestal brasileiro
que levariam a um retrocesso na legislação de
controle e proteção das áreas naturais. Entre as
mudanças sugeridas estão a possibilidade de
soma da reserva legal com as áreas de Preservação
Permanente (APP) e a consolidação de lavouras
em encostas e topos de morros desmatados
ilegalmente. Uma subcomissão da Câmara dos
Deputados foi criada para avaliar as propostas de
alteração na lei e isso está preocupando ONGs de
defesa ambiental. Uma coalizão de entidades
formada pelo WWF, Greenpeace, Instituto
Socioambiental, entre outras, lançou um site com
informações sobre o histórico do Código Florestal
e a defesa da manutenção da lei para a preservação
de florestas, dos recursos hídricos e do clima. No
endereço www.sosflorestas.com.br são listadas as
conseqüências que as possíveis mudanças na
legislação ambiental podem trazer e o internauta
é convidado a assinar uma petição contra as
alterações no Código Florestal, a ser enviada para
a Câmara.
Ônibus limpo
No final de maio o Rio de Janeiro entrou na era
dos combustíveis limpos. De acordo com o
contrato assinado com o COI – Comitê Olímpico
Internacional –, 20% da frota de ônibus da
cidade devem rodar movidos a biocombustível
durante os jogos de 2016. Neste espírito foi
apresentado pelo governo do Estado o primeiro
ônibus movido a hidrogênio, um projeto
desenvolvido pela Coppe/UFRJ. O ônibus
experimental será operado pela Viação Real e
estará nas ruas pelo período de um ano, sendo
avaliado em vários aspectos, incluindo a nãoemissão de gases poluentes e sua manutenção
periódica. O veículo receberá licença regular para
rodar no Rio, assim como os outros 15 ônibus
movidos a biodiesel, que já estão em operação
de testes. A ideia é ampliar a frota de veículos
não poluentes e praticamente trocar a maior
parte dos coletivos que rodam pela cidade.
Com o Sabia-Mar será possível observar
a cor dos oceanos, monitorar a exploração
petrolífera, gerenciar as zonas costeiras e
contribuir com a atividade pesqueira, entre outras
aplicações. O projeto Sabia-Mar está em plena
consonância com os objetivos fixados pela
comunidade científica internacional, e, mais
especificamente, com aqueles estabelecidos pelo
Comitê de Satélites de Observação da Terra
(CEOS, na sigla em inglês) para a constelação de
satélites de observação da cor dos oceanos.
Marfim X Elefantes
O que parecia ser uma prática ultrapassada voltou
a aterrorizar a vida dos elefantes. O crescimento
na demanda de marfim na Ásia tem incentivado
o comércio ilegal de presas de elefante,
provenientes principalmente da África. Nos
últimos oito anos o preço do quilo do marfim
subiu de US$ 100 para US$ 1800. O principal
responsável pelo “aquecimento” no comércio é
a China. No país há a tradição de um empresário
“presentear” um cliente após um negócio
fechado com uma presa de marfim.
Segundo especialistas, se o comércio
não for contido logo, as populações de elefantes
na África podem ser reduzidas dramaticamente.
Mais de 600 mil elefantes foram mortos no
continente nos últimos 40 anos devido à caça
ilegal – a captura dos animais é oficialmente
proibida desde 1989. Em Serra Leoa, os últimos
elefantes foram mortos em dezembro. No
Senegal, há menos de 10 elefantes vivos.
Parceria em prol da bioenergia
Em maio foi anunciada uma parceria entre a
Universidade Estadual Paulista (UNESP) e o
Instituto Cubano de Pesquisa dos Derivados de
Cana-de-Açúcar (ICIDCA) visando a produção
sustentável de nada mais nada menos do que
bionergia. O trabalho em conjunto prevê o
desenvolvimento de tecnologias para a produção
de fontes renováveis de energia e será dividido
em cinco linhas: biomassa para bioenergia;
produção de bioenergia; aplicação de
biocombustíveis em motores; biorrefinaria,
alcoolquímica e oleoquímica; e impactos
ambientais, sócio-econômicos e sustentabilidade.
“Nosso foco é trabalhar os resíduos de forma
sustentável, unindo especialistas das duas
instituições”, explicou Maria José Soares Mendes
Giannini, pró-reitora de Pesquisa da UNESP, que
faz parte do Centro Paulista de Pesquisa em
Bioenergia, criado em dezembro de 2009.
Dieta para combater as mudanças
climáticas
Satélite para monitorar oceanos
A Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Comissão
Nacional de Atividades Espaciais (Conae), da
Argentina, desenvolverão em conjunto o satélite
Sabia-Mar. O satélite será destinado à observação
global dos oceanos e ao monitoramento do
Atlântico nas proximidades dos dois países. O
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
será o órgão executor do projeto
Um recente relatório da ONU divulgado na semana
do Dia Mundial do Meio ambiente faz uma
revelação surpreendente. Em linhas gerais é
concluído que “uma mudança global para uma
dieta vegana – que exclui carnes e qualquer
produto de origem animal – é vital para salvar o
mundo da fome, pobreza de combustíveis e os
piores impactos da mudança climática.”O relatório
ressalta que a previsão é de que a população
mundial chegue a 9.1 bilhões de pessoas em
2050, tornando o apetite por carne e laticínios
insustentável. A agropecuária industrial,
particularmente de produtos de carne e laticínios,
é responsável, por exemplo, pelo consumo de
cerca de 70% da água doce do mundo, 38% do
uso de terra e 19% das emissões de gases estufa.
Diz o relatório: “Espera-se que os impactos da
agricultura cresçam substancialmente devido ao
crescimento da população e o crescimento do
consumo de produtos animais. Ao contrário dos
combustíveis fósseis, é difícil produzir alternativas:
as pessoas têm que comer. Uma redução
substancial de impactos somente seria possível
com uma mudança de dieta, eliminando produtos
animais.”
Baleias amigas
Um estudo divulgado em junho na revista
“Behavioral Ecology and Sociobiology”
demonstra que as Baleias-jubarte formam laços
de amizade duradouros. Usando técnicas de
identificação fotográfica para localizar cada
indivíduo todos os anos, os pesquisadores
conseguiram averiguar que fêmeas de baleiajubarte reencontram-se anualmente para comer
e nadar juntas no golfo de São Lourenço, na
costa do Canadá. Baleias com dentes, como as
baleias cachalote, associam-se umas com as
outras. Mas acreditava-se que baleias maiores,
que filtram sua comida, como as jubartes, eram
menos sociáveis. As amizades mais longas
registradas duraram seis anos e sempre foram
observadas entre fêmeas de idades parecidas e
nunca entre machos e fêmeas. A descoberta
também levanta a possibilidade de que a pesca
comercial de baleias pode ter dispersado grupos
sociais dos animais.
Corais brasileiros ameaçados
A elevação na temperatura das águas, provocada
pelo aquecimento global, ameaça espécies de
corais que só existem no litoral brasileiro. A
conclusão é do projeto Coral Vivo, cuja sede fica
em Arraial da Ajuda, na Bahia. Das 40 espécies
de corais encontradas nos recifes brasileiros, 20
são encontradas apenas no país.
De acordo com o projeto, o fenômeno
começou a ser identificado em março, depois de
dois meses com a água muito mais quente do
que a média na maior parte da costa brasileira.
Conhecido como “branqueamento”, ele foi
registrado em uma faixa de 2,5 mil quilômetros,
entre o Rio Grande do Norte e a baía da Ilha
Grande, no Rio de Janeiro, e coloca em risco a
vida do coral. A explicação do problema é a
seguinte: algumas espécies de corais precisam
de microalgas para viver, que se instalam na
segunda camada da pele do coral. Como todas
as plantas, elas fazem fotossíntese, isto é: obtêm
energia da luz do sol. O que sobra, doam ao
coral em troca de abrigo. Mas quando a
temperatura da água está acima do normal, as
algas produzem água oxigenada, que é tóxica
para o coral. Para se proteger, ele as expulsa. E
sem elas o esqueleto branco fica visível.
Informativo do Instituto Ecológico Aqualung
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Projeto Limpeza na Praia
Limpando e Reciclando 2010
Vamos Limpar o Planeta
Praias de Copacabana, Ipanema, Leblon, Barra da Tijuca,
Sepetiba, Ilha de PPaquetá,
aquetá, Saquarema - RJ e Americana - SP
SP..
Dia 29 de maio, Sábado, de 10 às 13 horas.
Mais de 600 pessoas confraternizavam-se em um sábado muito ensolarado, em várias localidades
do Rio de Janeiro e em Americana - SP. Muita alegria e entusiasmo tomaram conta das praias.
Cerca de três toneladas foram coletadas. Escolas, universidades, escolinhas de surfe, funcionários
de empresas, ambientalistas, banhistas e atletas fizeram parte deste belo mutirão de Limpeza!
Realização
Apoio
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Informativo do Instituto Ecológico Aqualung
Projeto Tubarões no Brasil
Arrogância Humana
Por Marcelo Szpilman
Podemos decidir quem deve ser salvo e quem pode ser extinto?
Vamos salvar as tartarugas, golfinhos e
baleias? Salvemos também os
magníficos tigres siberianos. E por que
não os simpáticos ursos panda? Em
algum momento você se preocupou em
saber qual a importância desses animais
para a Natureza? Claro que não, e isso
absolutamente influenciaria sua decisão
de salvá-los. Mas por que então esse
mesmo comportamento não ocorre
quando o clamor é dirigido a animais
menos “simpáticos”, como morcegos e
tubarões. Por que essa desigualdade de
tratamento?
Somos a espécie que hoje domina
o Planeta e temos o poder de fazer o bem
ou o mal. Mas será que temos o direito
de deixar que a empatia influencie nossa
decisão sobre quem deve ser salvo e
quem pode ser extinto?
Não cabe discutir ou comparar
relevâncias para a Natureza, até porque
todos os seres têm o direito à vida e à
proteção, mas é importante salientar que,
apesar de sua injustificada fama, os
tubarões exercem um papel crucial na
manutenção da saúde e do equilíbrio da
vida nos oceanos.
Nos últimos 50 anos o ser humano
vem provocando enorme impacto na vida
marinha,
com
desequilíbrios
populacionais e extinção de milhares de
espécies. Nossa contumaz arrogância não
nos permite perceber que a destruição das
teias alimentares dos mares pode, além
de liquidar ecossistemas marinhos,
influenciar a qualidade do ar que
respiramos, já que a maior parte do
oxigênio do Planeta é produzido nos
oceanos. E o pior de tudo isso é que
sabemos exatamente o que estamos
fazendo e continuamos a fazê-lo.
Mas não sejamos hipócritas. A
Humanidade não teria chegado aonde
chegou e não se sustentaria nos níveis
atuais sem a pesca industrial, sem as
vastas áreas de agricultura, sem as
grandes criações de animais para abate e
sem os impactos gerados na produção de
energia e bens de consumo. Nossos
antepassados e nós mesmos temos nos
beneficiado do bem-estar proporcionado
pelo progresso. No entanto, quem vem
pagando sozinha essa conta é a Natureza.
A falta de controle e uso
insustentável dos recursos naturais nos
níveis atuais nos forçará, mais cedo ou
mais tarde, a dividir essa fatura.
Felizmente, ainda temos a capacidade e
o poder de reverter o mal que estamos
causando ao Planeta. Ainda temos a
chance de tentar viver harmoniosamente
com a Natureza.
É importante que se diga, no
entanto, que a humanidade não fará
nada nesse sentido. Quem faz são
indivíduos ou grupos de indivíduos
(ONG’s) que agem, lutam ou apóiam as
causas ambientais. E não adianta
também você pensar que os outros farão
isso. Não há mais lugar para o “deixa que
eu deixo”. É preciso que você também
se envolva na proteção dos ecossistemas
e dos seres marinhos. Sem distinção. Sem
favoritismo. Sem preconceito.
Salvemos as baleias e tartarugas,
mas salvemos também os tubarões da
matança cruel. Somente na próxima
hora, 15 mil tubarões serão mortos nos
mares do Planeta. Boa parte para
obtenção de suas barbatanas, em uma
ação predatória progressiva, silenciosa e
insustentável que ameaça a sobrevivência
dos tubarões e a vida no Planeta.
Proteger os tubarões é proteger a vida,
é proteger a nós mesmos!
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