Atenção: Escreva a resolução COMPLETA de cada questão no espaço reservado para a mesma. Não basta escrever apenas o resultado final: é necessário mostrar os cálculos ou o raciocínio utilizado. Utilize g = 10 m/s2 e π = 3, sempre que for necessário na resolução das questões. Questão 1 Um corredor de 100 metros rasos percorre os 20 primeiros metros da corrida em 4,0 s com aceleração constante. A velocidade atingida ao final dos 4,0 s é então mantida constante até o final da corrida. a) Qual é a aceleração do corredor nos primeiros 20 m da corrida? b) Qual é a velocidade atingida ao final dos primeiros 20 m? c) Qual é o tempo total gasto pelo corredor em toda a prova? Questão 2 Um brinquedo que muito agrada às crianças são os lançadores de objetos em uma pista. Considere que a mola da figura abaixo possui uma constante elástica k = 8000 N/m e massa desprezível. Inicialmente, a mola está comprimida de 2,0 cm e, ao ser liberada, empurra um carrinho de massa igual a 0,20 kg. O carrinho abandona a mola quando esta atinge o seu comprimento relaxado, e percorre uma pista que termina em uma rampa. Considere que não há perda de energia mecânica por atrito no movimento do carrinho. a) Qual é a velocidade do carrinho quando ele abandona a mola? b) Na subida da rampa, a que altura o carrinho tem velocidade de 2,0 m/s? Resposta a) Considerando que o corredor parte do repouso, segue que: 0 ΔS = v 0 t + 1 2 1 at ⇒ 20 = a4,0 2 ⇒ 2 2 ⇒ a = 2,5 m/s 2 Assim, a aceleração do corredor nos primeiros 20 m da corrida tem módulo igual a 2,5 m/s 2 , direção e sentido do movimento. b) Ao final dos primeiros 20 m temos: Resposta a) Sendo o sistema carro-mola conservativo e tomando o referencial na pista, temos: i f Em = Em ⇒ kx 2 mv 2 = ⇒ 2 2 ⇒ 8 000 ⋅ (2 ⋅ 10 −2 ) 2 = 0,20v 2 ⇒ v = 4,0 m/s Assim, a velocidade v do carrinho é dada por: ⎧ v = 4,0 m/s ⎪ v ⎨ direção: horizontal ⎪ sentido: para a direita ⎩ 0 v = v 0 + at ⇒ v = 2,5 ⋅ 4,0 ⇒ v = 10 m/s O módulo da velocidade é igual a 10 m/s, direção e sentido do movimento. c) O tempo (t’) gasto para percorrer o espaço ΔS’ = 80 m restante é dado por: ΔS’ 80 t’ = = ⇒ t ’ = 8,0 s 10 v Logo, o tempo total (Δt) gasto pelo corredor em toda a prova é: b) Usando novamente a conservação da energia mecânica do sistema, para a subida da rampa, temos: mv 2 mv’ 2 i f Em = Em ⇒ = mgh + ⇒ 2 2 Δt = t + t’ = 4,0 + 8,0 ⇒ ⇒ Δt = 12 s 42 22 = 10h + ⇒ 2 2 h = 0,60 m física 2 Questão 3 Pista Ao se usar um saca-rolhas, a força mínima que deve ser aplicada para que a rolha de uma garrafa comece a sair é igual a 360 N. a) Sendo μe = 0,2 o coeficiente de atrito estático entre a rolha e o bocal da garrafa, encontre a força normal que a rolha exerce no bocal da garrafa. Despreze o peso da rolha. b) Calcule a pressão da rolha sobre o bocal da garrafa. Considere o raio interno do bocal da garrafa igual a 0,75 cm e o comprimento da rolha igual a 4,0 cm. Gramado a) Imediatamente após a colisão, qual é a componente da velocidade do carro na direção transversal à pista? b) Qual é a energia cinética do conjunto carro-roda imediatamente após a colisão? Resposta Se for necessário, use: sen 30o = 0,5, cos 30o = = 0,87. a) Considerando que a força mínima aplicada na rolha deve ter valor igual à força de atrito estático máxima, temos: fat.máx. e = μ e ⋅ N ⇒ 360 = 0,2 ⋅ N ⇒ N = 1 800 N b) Sendo a rolha um cilindro de área lateral 2 πR ⋅ l, então a pressão é dada por: 1 800 N p = = ⇒ 2πRl 2 ⋅ 3 ⋅ 0,75 ⋅ 10 −2 ⋅ 4 ⋅ 10 −2 ⇒ p = 1,0 ⋅ 106 Pa Questão 4 Em uma auto-estrada, por causa da quebra de uma ponta de eixo, a roda de um caminhão desprende-se e vai em direção à outra pista, atingindo um carro que vem em sentido oposto. A roda é lançada com uma velocidade de 72 km/h, formando um ângulo de 30o com a pista, como indicado na figura abaixo. A velocidade do carro antes da colisão é de 90 km/h; a massa do carro é igual a 900 kg e a massa da roda do caminhão é igual a 100 kg. A roda fica presa ao carro após a colisão. Pista Gramado 30° Pista ANTES Pista DEPOIS Resposta a) Sendo o sistema carro-roda isolado, na direção transversal à pista temos: Q yantes = Q depois ⇒ mr v r sen 30 o = (mr + mc )v’ y ⇒ y ⇒ 100 ⋅ ⇒ 72 ⋅ 0,5 = (100 + 900)v’ y ⇒ 3,6 v’ y = 1,0 m/s b) Na direção da pista, orientando o eixo x para a direita, temos: Qxantes = Qxdepois ⇒ mcv c + mr v r cos 30o = 90 ⎛ 72 ⎞ = (mr + mc )v’ x ⇒ 900 ⋅ + 100 ⋅ ⎜ − ⎟ ⋅ ⎝ 3,6 ⎠ 3,6 ⋅ 0,87 = (100 + 900)v’ x ⇒ v’ x = 20,8 m/s. Assim, a energia cinética do conjunto carro-roda imediatamente após a colisão é dada por: (mr + mc )(v’ x2 + v’ y2 ) (mr + mc )v’ 2 ⇒E = ⇒ 2 2 2 2 (100 + 900)(20,8 + 1,0 ) ⇒E = ⇒ 2 E= ⇒ E = 216 820 J Questão 5 Um pêndulo cônico é formado por um fio de massa desprezível e comprimento L = 1,25 m, que suporta uma massa m = 0,5 kg na sua extremidade inferior. A extremidade superior do fio é presa ao teto, conforme ilustra a figura abaixo. Quando o pêndulo oscila, a massa m executa um movimento circular uniforme num plano horizontal, e o ângulo que o fio forma com a vertical é θ = 60o. física 3 ⇒m⋅g ⋅ ⇒ ω2 = ⇒ a) Qual é a tensão no fio? b) Qual é a velocidade angular da massa? Se for necessário, use: sen 60o = 0,87, cos 60o = = 0,5. Resposta a) Marcando-se as forças na massa m, temos: senθ = m ⋅ ω 2 ⋅ L ⋅ senθ ⇒ cosθ g 10 ⇒ ω2 = ⇒ L ⋅ cosθ 1,25 ⋅ 0,5 ω = 4,0 rad/s Questão 6 Todos os corpos trocam energia com seu ambiente através da emissão e da absorção de ondas eletromagnéticas em todas as freqüências. Um corpo negro é um corpo que absorve toda onda eletromagnética nele incidente, sendo que também apresenta a máxima eficiência de emissão. A intensidade das ondas emitidas por um corpo negro só depende da temperatura desse corpo. O corpo humano à temperatura normal de 37 oC pode ser considerado como um corpo negro. Considere que a velocidade das ondas eletromagnéticas é igual a 3,0 × 10 8 m/s. a) A figura abaixo mostra a intensidade das ondas eletromagnéticas emitidas por um corpo negro a 37 oC em função da freqüência. A soma vetorial das forças aplicadas na massa m é a resultante centrípeta, como é mostrado a seguir: Assim, vem: P 5 cos 60o = ⇒ 0,5 = ⇒ T = 10 N T T b) Do princípio fundamental da dinâmica, vem: Rcp = m ⋅ ω 2 ⋅ R R = L ⋅ senθ Rcp = P ⋅ tgθ = mg ⋅ ⇒ senθ cosθ Qual é o comprimento de onda correspondente à freqüência para a qual a intensidade é máxima? b) Se um corpo negro cuja temperatura absoluta é T se encontra num ambiente cuja temperatura absoluta é Ta , a potência líquida que ele perde por emissão e absorção de ondas eletromagnéticas é dada por P = σA(T 4 − Ta4 ), onde A é a área da superfície do corpo e σ = 6 × 10−8 W/(m2 K4 ). Usando como referência uma pessoa com 1,70 m de altura e 70 kg de massa, faça uma estimativa da área da superfície do corpo humano. A partir da área estimada, calcule a perda total diária de energia por emissão e absorção de ondas eletromagnéticas por essa pessoa se ela se encontra num ambiente a 27 oC. Aproxime a duração de 1 dia por 9,0 × 104 s. física 4 a) Sabendo-se que o calor específico do ouro é c Au = 0,03 cal/goC, qual deveria ser a temperatura final de equilíbrio se o anel fosse de ouro puro? b) A temperatura final de equilíbrio medida pela estudante foi de 22oC. Encontre o calor específico do anel. c) A partir do gráfico e da tabela abaixo, determine qual é a porcentagem de ouro do anel e quantos quilates ele tem. Resposta a) Da equação fundamental da ondulatória e considerando, através do gráfico, a freqüência para a qual a intensidade máxima é igual a1,8 ⋅ 1013 Hz, temos: λ = c 3,0 ⋅ 108 ⇒λ = ⇒ f 1,8 ⋅ 1013 λ = 1,7 ⋅ 10 −5 m b) Admitindo que a área da superfície do corpo humano típico tem ordem de grandeza 100 m 2 = 1 m 2 , vem: P = σA(T 4 − Ta4 ) ⇒ Liga de Au-Cu ⇒ P = 6 ⋅ 10 −8 ⋅ 100 (3104 − 3004 ) ⇒ % de Au quilates ⇒ P = 68 W Assim, a perda (E) total diária de energia será: 0 0 25 6 E = 68 ⋅ 9,0 ⋅ 104 ⇒ 50 12 75 18 100 24 E = 61 , ⋅ 106 J Questão 7 Desconfiada de que o anel que ganhara do namorado não era uma liga de ouro de boa qualidade, uma estudante resolveu tirar a dúvida, valendo-se de um experimento de calorimetria baseado no fato de que metais diferentes possuem diferentes calores específicos. Inicialmente, a estudante deixou o anel de 4,0 g por um longo tempo dentro de uma vasilha com água fervente (100oC). Tirou, então, o anel dessa vasilha e o mergulhou em um outro recipiente, bem isolado termicamente, contendo 2 ml de água a 15oC. Mediu a temperatura final da água em equilíbrio térmico com o anel. O calor específico da água é igual a 1,0 cal/goC, e sua densidade é igual a 1,0 g/cm 3 . Despreze a troca de calor entre a água e o recipiente. Resposta a) Sendo o sistema isolado e o volume de água VA = 2 mL = 2 cm 3 , a temperatura θ de equilíbrio será dada por: QAu + QA = 0 ⇒ mAu ⋅ c Au ⋅ Δθ Au + + d A ⋅ VA ⋅ c A ⋅ Δθ A = 0 ⇒ 4,0 ⋅ 0,03 ⋅ ( θ − 100) + + 1,0 ⋅ 2 ⋅ 1,0 ⋅ ( θ − 15) = 0 ⇒ θ = 19,8 o C b) O calor específico c’ do anel será dado por: Q ’ + QA = 0 ⇒ m ⋅ c ’ ⋅ Δθ ’ + d A ⋅ VA ⋅ c A ⋅ Δθ A = 0 ⇒ ⇒ 4,0 ⋅ c ’ ⋅ (22 −100) + 1,0 ⋅ 2 ⋅ 1,0 ⋅ (22 − 15) = 0 ⇒ ⇒ c ’ = 0,045 cal/(g ⋅ oC) c) Do gráfico, para o calor específico igual a 0,045 cal/(g ⋅ oC), temos a porcentagem de 75% que, pela tabela, corresponde a 18 quilates. Obs.: a unidade correta do calor específico é cal/(g ⋅ oC). física 5 c) Supondo que a variação de volume no interior dos pulmões é desprezível, a pressão final do ar pf é: Questão 8 As baleias são mamíferos aquáticos dotados de um sistema respiratório altamente eficiente que dispensa um acúmulo muito elevado de ar nos pulmões, o que prejudicaria sua capacidade de submergir. A massa de certa baleia é de 1,50 × 10 5 kg e o seu volume, quando os pulmões estão vazios, é igual a 1,35 × 102 m3 . a) Calcule o volume máximo da baleia após encher os pulmões de ar, acima do qual a baleia não conseguiria submergir sem esforço. Despreze o peso do ar nos pulmões e considere a densidade da água do mar igual a 1,0 × 103 kg/m3 . b) Qual é a variação percentual do volume da baleia ao encher os pulmões de ar até atingir o volume máximo calculado no item a? Considere que inicialmente os pulmões estavam vazios. c) Suponha que uma baleia encha rapidamente seus pulmões em um local onde o ar se encontra inicialmente a uma temperatura de 7o C e a uma pressão de 1,0 atm (1,0 × 105 N/m2 ). Calcule a pressão do ar no interior dos pulmões da baleia, após atingir o equilíbrio térmico com o corpo do animal, que está a 37o C. Despreze qualquer variação da temperatura do ar no seu caminho até os pulmões e considere o ar um gás ideal. Resposta a) Para que a baleia possa submergir sem esforço, sua densidade (d) deve ser maior ou igual à densidade da água do mar ( μ). No limite, seu volume máximo (V) deve ser dado por: d =μ ⇒ m 1,5 ⋅ 105 =μ ⇒ = 1 ⋅ 10 3 ⇒ V V ⇒ V = 1,5 ⋅ 10 2 m 3 b) Sendo V0 o volume inicial da baleia com seus pulmões vazios, a variação percentual de seu volume é dada por: V − V0 ΔV 1,5 ⋅ 10 2 − 1,35 ⋅ 10 2 = = ⇒ V0 V0 1,35 ⋅ 10 2 ⇒ ΔV = 0,11 = 11% V0 p0V0 pV pf 1 ⋅ 105 = f 0 ⇒ = ⇒ T0 Tf (273 + 7) (273 + 37) 5 2 ⇒ pf = 1,1 ⋅ 10 N/m Questão 9 Pares metálicos constituem a base de funcionamento de certos disjuntores elétricos, que são dispositivos usados na proteção de instalações elétricas contra curtos-circuitos. Considere um par metálico formado por uma haste de latão e outra de aço, que, na temperatura ambiente, têm comprimento L = 4,0 cm. A variação do comprimento da haste, ΔL, devida a uma variação de temperatura ΔT, é dada por ΔL = α L ΔT, onde α é o coeficiente de dilatação térmica linear do material. a) Se a temperatura aumentar de 60 oC, qual será a diferença entre os novos comprimentos das hastes de aço e de latão? Considere que as hastes não estão presas uma à outra, e que α Lat = 1,9 × 10−5 oC−1 e α Aço = 1,3 × 10−5 oC−1 . b) Se o aquecimento se dá pela passagem de uma corrente elétrica de 10 A e o par tem resistência de 2,4 × 10 −3 Ω, qual é a potência dissipada? Resposta a) A diferença (ΔL) entre os novos comprimentos das hastes de aço e de latão é dada por: ΔL = ΔLLat. − ΔLAço = ( αLat. − α Aço )LΔT ⇒ ⇒ ΔL = (1,9 ⋅ 10 −5 − 1,3 ⋅ 10 −5 ) ⋅ 4,0 ⋅ 60 ⇒ ⇒ ΔL = 1,44 ⋅ 10 −3 cm b) A potência (P) dissipada é dada por: P = R ⋅ i 2 ⇒ P = 2,4 ⋅ 10 −3 ⋅ 10 2 ⇒ ⇒ P = 0,24 W física 6 Questão 10 O gráfico abaixo mostra a resistividade elétrica de um fio de nióbio (Nb) em função da temperatura. No gráfico, pode-se observar que a resistividade apresenta uma queda brusca em T = 9,0 K, tornando-se nula abaixo dessa temperatura. Esse comportamento é característico de um material supercondutor. Um fio de Nb de comprimento total L = 1,5 m e seção transversal de área A = 0,050 mm2 é esticado verticalmente do topo até o fundo de um tanque de hélio líquido, a fim de ser usado como medidor de nível, conforme ilustrado na figura abaixo. Sabendo-se que o hélio líquido se encontra a 4,2 K e que a temperatura da parte não imersa do fio fica em torno de 10 K, pode-se determinar a altura h do nível de hélio líquido através da medida da resistência do fio. Resposta a) Do gráfico, para uma temperatura T = 10 K a resistividade do nióbio é ρ = 2,0 ⋅ 10 −6 Ω ⋅ m. Assim, a resistência (R) do fio é dada por: R =ρ⋅ L 1,5 = 2,0 ⋅ 10 −6 ⋅ ⇒ A 0,050 ⋅ 10 −6 ⇒ R = 60 Ω b) Sendo o comprimento do fio não imerso (L − h) o responsável por sua resistência, temos: R’ = ρ ⋅ (L − h) (1,5 − h) ⇒ 36 = 2,0 ⋅10 −6 ⋅ ⇒ A 0,050 ⋅ 10 −6 ⇒ h = 0,60 m Questão 11 A utilização de campos elétrico e magnético cruzados é importante para viabilizar o uso da técnica híbrida de tomografia de ressonância magnética e de raios X. A figura abaixo mostra parte de um tubo de raios X, onde um elétron, movendo-se com velocidade v = 5,0 × 10 5 m/s ao longo da direção x, penetra na região entre as placas onde há um campo magnético uniforme, B, dirigido perpendicularmente para dentro do plano do papel. A massa do elétron é me = 9 × 10−31 kg e a sua carga elétrica é q = −1,6 × 10−19 C. O módulo da força magnética que age sobre o elétron é dado por F = qvB senθ, onde θ é o ângulo entre a velocidade e o campo magnético. a) Calcule a resistência do fio quando toda a sua extensão está a 10 K, isto é, quando o tanque está vazio. b) Qual é a altura h do nível de hélio líquido no interior do tanque em uma situação em que a resistência do fio de Nb vale 36 Ω? física 7 a) Sendo o módulo do campo magnético B = 0,010 T, qual é o módulo do campo elétrico que deve ser aplicado na região entre as placas para que o elétron se mantenha em movimento retilíneo uniforme? b) Numa outra situação, na ausência de campo elétrico, qual é o máximo valor de B para que o elétron ainda atinja o alvo? O comprimento das placas é de 10 cm. Resposta a) Para que o elétron descreva um MRU, a resultante das forças que atuam sobre ele deve ser nula, ou seja, a força elétrica deve equilibrar a força magnética. Assim, as duas devem ter mesma direção, sentidos opostos e mesmo valor. Considerando o campo elétrico uniforme, devemos ter: Fel. = Fmag. Fel. = |q | ⋅ E ⇒ |q | ⋅ E = |q |v ⋅ B senθ ⇒ Fmag. = |q |v ⋅ B senθ 1 ⇒ E = 5,0 ⋅ 105 ⋅ 0,010 ⋅ sen 900 ⇒ ⇒ E = 5,0 ⋅ 10 3 N/C b) Como a força magnética começa a atuar no instante em que o elétron se encontra a uma distância R = 10 cm = 0,10 m do alvo, para que ele ainda atinja o mesmo, deve realizar um MCU com raio R dado por: me ⋅ v 9 ⋅ 10 −31 ⋅ 5,0 ⋅ 105 R = ⇒ ⇒ 0,10 = |q | ⋅ Bmáx. 1,6 ⋅ 10 −19 ⋅ Bmáx. ⇒ Bmáx. = 2,8 ⋅ 10 −5 T Questão 12 O olho humano só é capaz de focalizar a imagem de um objeto (fazer com que ela se forme na retina) se a distância entre o objeto e o cristalino do olho for maior que a de um ponto conhecido como ponto próximo, Pp (ver figura abaixo). A posição do ponto próximo normalmente varia com a idade. Uma pessoa, aos 25 anos, descobriu, com auxílio do seu oculista, que o seu ponto próximo ficava a 20 cm do cristalino. Repetiu o exame aos 65 anos e constatou que só conseguia visualizar com nitidez objetos que ficavam a uma distância mínima de 50 cm. Considere que para essa pessoa a retina está sempre a 2,5 cm do cristalino, sendo que este funciona como uma lente convergente de distância focal variável. a) Calcule as distâncias focais mínimas do cristalino dessa pessoa aos 25 e aos 65 anos. b) Se essa pessoa, aos 65 anos, tentar focalizar um objeto a 20 cm do olho, a que distância da retina se formará a imagem? Resposta a) A distância focal mínima é obtida quando o objeto está colocado no ponto próximo (Pp ). Pela equação de conjugação de Gauss, e denominando Pp 25 e Pp 65 o ponto próximo para 25 e 65 anos, respectivamente, temos: 1 1 1 1 1 = + = + ⇒ f = 2,2 cm f Pp 25 p’ 20 2,5 1 1 1 1 1 = + = + ⇒ f’ = 2,4 cm f’ Pp 65 p’ 50 2,5 b) Utilizando a distância focal mínima (f’), vem: 1 1 1 1 1 1 = + ⇒ = + ⇒ p” = 2,7 cm f’ p p” 2,4 20 p” Como a retina está a 2,5 cm da lente, a distância (d) pedida é dada por: d = p” − 2,5 = 2,7 − 2,5 ⇒ d = 0,2 cm