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Implantação do Material
Didático Positivo 2011
Sistema Positivo de Ensino
Educação Física
Davi Marangon
Assessoria de Educação Física
[email protected]
Arilson Sartorelli Ribas
Coordenador das áreas de Ciências da Natureza e de Ed. Física
[email protected]
http://www.portalpositivo.com.br/spe/educacaofisica
0800 725 3536
A apostila do curso de Implantação do Material Didático Positivo 2011 da área de Educação Física é destinada às Escolas Conveniadas ao Sistema Positivo de Ensino – SPE. Nela está contida a apresentação da Proposta Pedagógica do SPE e do Livro de Educação Física. Compõem a equipe de assessoria desta área: Davi Marangon Assessoria de Educação Física [email protected] Arilson Sartorelli Ribas Coordenador das áreas de Ciências da Natureza e de Ed. Física [email protected] FALE CONOSCO 0800 725 3536 Implantação do Material Didático Positivo 2011 2
1. Apresentação dos livros de Educação Física e da organização dos conteúdos Os livros de Educação Física, destinados a professores e professoras, trazem subsídios didático‐metodológicos para a organização sistemática e eficiente do processo de ensino. São quatro livros de orientações metodológicas organizados para os seguintes níveis de ensino: ‐ Educação Infantil (EI); ‐ Primeira fase do Ensino Fundamental (EF1); ‐ Segunda fase do Ensino Fundamental (EF2); ‐ Ensino Médio (EM). Em todos os livros há uma caracterização do segmento em que são sugeridos elementos para a prática pedagógica. As orientações se referem ao perfil de criança e de adolescente para cada período, ao papel do professor e da professora, à concepção de avaliação do processo de ensino e de aprendizagem, à organização e ao desenvolvimento temático dos conteúdos com sugestões de atividades e às referências aos níveis do planejamento do ensino. A seguir, serão apresentados alguns detalhamentos do caráter específico de cada nível de ensino nos livros de Educação Física. 1.1.
O livro de Educação Física para a EI A EI é a experiência escolar primeira e visa ao desenvolvimento integral e global da criança na indissociabilidade de características éticas, sociais, intelectuais, cognitivas, afetivas e psicomotoras. O livro propõe uma concepção de infância entendida como fase da vida com suas diferenças e peculiaridades em relação ao adulto. A criança é considerada produtora de cultura e agente ativa, capaz e construtora de conhecimento. Na fase da EI são propostos questionamentos que promovam a mobilização para as aprendizagens, com base nas relações de cada criança com ela mesma, com as outras crianças e com o mundo dos objetos e do entorno social mais imediato. Por meio do movimento, a criança pode conhecer e dominar o seu corpo e, por isso, também é um facilitador do desenvolvimento como um todo. Esse desenvolvimento se dá pela apropriação da cultura infantil, constituída de atividades lúdicas e imaginativas, jogos, brincadeiras e brinquedos que garantem motivação e interesse das crianças. O movimento associado ao cognitivo e ao afetivo é a matriz básica da aprendizagem, pois a criança transforma em símbolo o que pode experimentar corporalmente, e seu pensamento se constrói, primeiramente, sob a forma de ação. Esta é a especificidade da EI: o brincar. No faz de conta a criança altera o significado dos objetos, acontecimentos e ações para expressar seus sonhos, fantasias e assumir papéis ativos no contexto social. Brincando, realiza sonhos e desejos, cria situações que ajudam a satisfazer alguma necessidade presente em seu interior, usando capacidades de observação, imitação e imaginação. Portanto, brincar é a melhor metodologia para dar à criança condições de desenvolver suas potencialidades. Quando brinca, a criança elabora hipóteses para a resolução de problemas e toma atitudes que vão além do comportamento habitual de sua idade, pois busca alternativas para transformar a realidade. Brincar estimula a percepção, a motricidade, o intelecto e a interação social, podendo, assim, se conhecer melhor e explorar suas próprias emoções. Nesta fase, os conteúdos se manifestam por meio dos jogos realizados na forma de brincadeiras. São diferentes tipos de jogos, didaticamente organizados e classificados como tradicionais, de construção, motores, rítmicos, de faz de conta e de percepção. Nos jogos tradicionais, ressalta‐se a importância da manutenção da cultura infantil e da cultura regional. Nos jogos de construção, a ênfase está na necessidade de materialização da imaginação da criança por meio da construção de símbolos. Nos jogos motores, procura‐se estimular os movimentos de base para a criação de esquemas motores que podem auxiliar as crianças a Implantação do Material Didático Positivo 2011 3
realizar as diferentes atividades. Nos jogos rítmicos, espera‐se atender as expectativas de manifestação dos sentimentos das crianças de forma expressiva e criativa: estímulo da livre expressão, desenvolvimento rítmico, na inter‐relação entre o corpo, o espaço e o tempo. Nos jogos de percepção, o foco está na capacidade de interpretar as impressões que os sentidos trazem. Nos jogos de faz de conta, a criança expressa suas fantasias com base no contexto em que vive, utilizando‐se do imaginário: são as representações de papéis que geralmente provêm do mundo social, incluindo a família e os amigos. 1.2.
O livro de Educação Física para o EF1 Para esta fase, o livro trabalha a necessidade de conexão entre os conteúdos escolares e o cotidiano, tornando‐os significativos na experiência dos alunos e alunas. Uma síntese importante, presente no livro, propõe que a criança deve ser entendida como um ser humano produtor de cultura nas relações sociais que estabelece com adultos e com outras crianças. A personalidade da criança se forma nesse processo, que torna os seres humanos não apenas produtos da cultura, mas também seus produtores. Os alunos do EF1 são crianças que querem ser ouvidas e tratadas com dedicação, carinho, amizade, paciência e respeito, por isso a postura adotada pelo professor é de grande importância. Ele deve posicionar‐se de forma ativa na prática das atividades, apresentar domínio do conteúdo e da metodologia, envolver‐se na realidade dos alunos e transmitir os conteúdos com segurança e motivação. A Educação Física utiliza o movimento como mediador de conteúdos da cultura corporal que assumem significado no mundo da criança. Essa abordagem possibilita aos alunos e às alunas o desenvolvimento motor, afetivo, cognitivo e social, por meio de conteúdos como as ginásticas, as danças, os jogos em geral, além dos esportes (pré‐desportivos) e das lutas (jogos de oposição). Acredita‐se que os conteúdos da cultura corporal devem ser tratados no contexto escolar de forma lúdica. Na atividade lúdica, a criança deve se divertir e vivenciar um grande número de experiências numa multiplicidade de situações que possibilitem a criação. Os conhecimentos a serem aprendidos nas aulas de Educação Física escolar são compostos por fatos, princípios, conceitos, habilidades, atitudes, normas e valores sobre o movimento humano, considerado não como um ato motor, mas como uma ação repleta de significado. A aprendizagem desses conhecimentos de forma lúdica deve estar vinculada à explicação da realidade social e oferecer subsídios para a compreensão dos determinantes sócio‐históricos do aluno. A criança se comunica, se relaciona, se expressa de forma criativa e crítica nos jogos. Nos pré‐desportivos (jogos com estrutura de regras mais flexível em relação ao esporte propriamente dito), com regras modificadas e simplificadas, a criança vivencia o mundo de regras do esporte como criança. A dança estimula significativamente a livre expressão e contribui para o desenvolvimento rítmico, além de favorecer o contato social. Na ginástica, a criança conhece seu corpo e suas possibilidades de movimento; esse tipo de atividade cria condições para o desenvolvimento da autonomia e amplia vivências corporais. Nos jogos de oposição, a criança lida com a contradição entre risco e segurança, vivencia o contato corporal próximo, aprende a perder e adquire comportamentos cidadãos, com vistas ao exercício da responsabilidade e da autonomia. 1.3.
O livro de Educação Física para o EF2 O Livro de Educação Física para este nível salienta a necessidade de movimento dos alunos e alunas tanto em termos de seu desenvolvimento quanto em termos de melhoria da qualidade de vida. Por isso, devemos incentivá‐los a se conhecerem e reconhecerem como agentes ativos e criativos, capazes de se apropriar das manifestações corporais, assim como de recriá‐las. Dessa maneira, a abordagem dos conteúdos da cultura corporal é mais complexa e profunda, já que, com o desenvolvimento do pensamento lógico e dedutivo, os alunos passam a compreender melhor as regras, atuam com maior independência e autonomia, o que torna os jogos e brincadeiras Implantação do Material Didático Positivo 2011 4
mais desafiantes e possibilita que os aspectos estratégicos das atividades integrem os problemas a serem resolvidos pelo grupo. É importante explorar os movimentos analíticos que combinam movimentos fundamentais e formas técnicas de execução. Isso não significa que a técnica constitui o objetivo central das aulas, mas pode ser inserida para ampliar o acervo motor, já que os níveis de eficiência dos movimentos permitem maior rapidez, aperfeiçoamento e dinâmica na assimilação e no desenvolvimento das atividades. Assim, o grau de complexidade e de dificuldade das atividades pode aumentar com desafios que levem os alunos a buscar soluções para superar diversas experiências, como, por exemplo, receber uma bola em deslocamento, saltar e arremessar em suspensão ou, ainda, realizar uma parada de mão seguida de um rolamento. Nas séries finais do EF2, os alunos passam a conhecer e a controlar melhor o corpo, o que permite acompanhar seu desempenho, adequando o grau de exigência e de dificuldade de algumas tarefas. Podem, também, pela percepção do próprio corpo, começar a compreender as relações entre a prática de atividades corporais, o desenvolvimento das capacidades físicas e os benefícios que trazem à saúde e ao convívio social. Entende‐se que algumas questões possuem amplas dimensões e devem ser trabalhadas durante as aulas, tais como: as manifestações corporais das várias culturas que mostram a riqueza da diversidade e os seus aspectos histórico‐sociais; as questões de gênero que começam a aparecer com maior frequência, pois, nesta fase, iniciam‐se as alterações físicas e psicológicas da puberdade e do início da adolescência. Também nesta fase, é comum a vergonha de expor o corpo e de mostrar desempenho. Assim, acredita‐se que o trabalho da Educação Física deva ampliar as vivências corporais por meio de conteúdos da cultura corporal, como os jogos, os esportes, as lutas, as ginásticas, as danças, entre outros, que, integrados ao contexto social dos alunos, assumem uma conotação significativa e auxiliam na criação da identidade e da autonomia corporal. 1.4.
O livro de Educação Física para o Ensino Médio O Ensino Médio é uma fase em que são estabelecidas formas mais complexas de pensamento, ampliando as capacidades abstratas e relacionais. O livro aborda a importância de entender a juventude como um momento específico da vida, porém isso não quer dizer criar um estereótipo de juventude desordeira ou irresponsável, mas, sim, perceber que diferentes identidades são resultantes das mais diversas ações, de costumes e significações das culturas juvenis. Portanto, devem‐se compreender as marcas sociais de pertencimento dos jovens. Nesse sentido, é preciso prestar atenção às necessidades e aos interesses dos alunos e alunas, percebendo que cada escola tem suas especificidades e cada contexto juvenil tem suas características culturais próprias, para criar mediações, ressignificar conteúdos, reconstruir estratégias metodológicas, atualizar práticas avaliativas, produzir novas relações com os alunos, ressituar a prática educativa no tempo e no espaço concreto de cada escola. Entende‐se que a dinâmica de abordar conteúdos que se relacionam com a vida cotidiana dos alunos cria relações pessoais e possibilita diversas aprendizagens. A Educação Física não deve se opor às práticas cotidianas, mas, sim, auxiliar os alunos a compreender, construir e transformar as suas vivências socioculturais, por meio das práticas da cultura corporal, além de fomentar discussões dessas práticas socialmente construídas e historicamente acumuladas pela humanidade. Hoje, a perspectiva do trabalho em Educação Física com os conteúdos é a de superação de práticas tradicionais que são excludentes. Por isso o livro propõe temáticas que são desenvolvidas em cada uma das expressões da cultura corporal de movimentos, quais sejam, as danças, os jogos, os esportes, as ginásticas e as lutas. Implantação do Material Didático Positivo 2011 5
Para o trabalho com a dança são propostos os seguintes temas: “Consciência corporal e sua relação com a identidade e o pertencimento a um grupo”; “O toque: uma forma de se relacionar!”; “Abra sua mente: supere o preconceito e a discriminação!”, utilizando ritmos como o samba, o dance, o sertanejo, o forró, o reggae, axé, rap, funk, entre outros. Os esportes individuais, coletivos e de aventura podem ser desenvolvidos através das temáticas: “Esporte, saúde e qualidade de vida: discutindo essa relação”; “Por que trapacear? O doping e os esportes”; “Era uma vez um simples jogo: a esportivização das práticas corporais”. As ginásticas de competição, fisioterápicas e de academia podem gerar reflexões com as temáticas: “Vende‐se: corpo, saúde e estética nas academias”; ”Controle da frequência cardíaca”; “Obesidade”. Para os jogos são propostas as seguintes temáticas: “Lazer: direito de todos, possibilidade de poucos?”; “Brinquedo, brincadeira, jogo e esporte: quais as diferenças entre eles?”; “O significado de jogos e brincadeiras para crianças e adultos”; “Possibilidades de acesso ao lazer”. Nas lutas orientais e ocidentais, o foco temático tem como propostas: “Lutas x artes marciais”; “Artes marciais e a formação do cidadão”; “Jogo, esporte, dança ou luta... afinal o que é a capoeira?”; “Luta pela boa forma”. Além desses temas, podem‐se ainda aprofundar as reflexões e práticas da cultura corporal com outras propostas de vivências como o circo e o hip hop. 2. A importância de ensinar Educação Física A Educação Física no contexto escolar está integrada ao projeto político‐pedagógico da escola. Nesse sentido, contribui com seus conteúdos específicos para a formação integral dos alunos e alunas, visando à sua participação crítica e democrática como cidadãos responsáveis na sociedade. Isso implica na recontextualização dos conteúdos, procurando enfocá‐los em suas relações com as práticas sociais mais amplas, possibilitando o conhecimento dos sentidos e dos significados culturais das práticas corporais. Essa concepção procura superar o senso comum de que a Educação Física na escola serve para “gastar energias” acumuladas e para desenvolver exclusivamente a aptidão física dos alunos e alunas, transformando‐os em atletas de alguma modalidade esportiva. Nessa perspectiva, os saberes sobre as práticas corporais vão além do simples fazer, do domínio de habilidades motoras; a preocupação se volta para um entendimento ampliado a respeito dos valores sociais nelas impressos historicamente e implica em saber sobre as origens das contradições sociais que se reproduzem nas aulas de Educação Física. Portanto, as dimensões do aprender envolvem os saberes sobre o corpo, o domínio das habilidades coordenativas de acordo com as necessidades grupais, respeitando‐se os ritmos individuais e o domínio das formas relacionais (que envolvem aprender atitudes de respeito mútuo, de reconhecimento e aceitação da diversidade). O processo instrucional deve ajudar os alunos e alunas a construírem possíveis alternativas para os conflitos decorrentes das relações sociais. A finalidade é propor aprendizagens significativas que possam contribuir para o desenvolvimento de um novo olhar para a Educação Física, que abre múltiplas possibilidades de apreensão crítica do universo da cultura corporal de movimentos por parte dos educandos. Nessa dimensão cultural, reconhece‐se o ser humano como possibilidade aberta de autorrealização com base na cultura, ou seja, ele precisa da cultura para humanizar‐se. Contudo, nem toda cultura corporal é objeto da Educação Física escolar. O que tem sido sistematizado historicamente são algumas formas de manifestação dessa cultura, as quais se realizam fora da esfera das práticas laborais, embora se relacionem com elas indiretamente. Os conteúdos de ensino são organizados com base em um campo de atividades lúdicas que se relaciona diretamente com práticas corporais realizadas no tempo livre e no espaço de lazer. Temos, então, como conhecimento específico, diferentes expressões culturais de práticas corporais, na forma de jogos, esportes, ginásticas, lutas e danças, entre outras, que constituem um patrimônio de atividades construído socialmente e acumulado historicamente, e que, da mesma Implantação do Material Didático Positivo 2011 6
forma que outras dimensões culturais, merece e precisa ser pedagogicamente tratado na escola. É, na verdade, uma dimensão imprescindível para a formação humana. Essa dimensão cultural do movimento humano, que se traduz em diversas práticas corporais, quando é apropriada pelos alunos e alunas, contribui para a sua socialização. Os jogos, esportes, ginásticas, lutas e danças são práticas sociais nas quais estão impregnados valores, conceitos, códigos, normas e formas de relação. Cabe à Educação Física fazer a análise crítica dessas práticas, procurando revelar os sentidos e significados sociais nelas presentes. Com base nessa análise, procuramos construir novas possibilidades, outros sentidos e significados superadores de desigualdades, injustiças, preconceitos e discriminações que aparecem como fruto indesejado das relações sociais. É nesse sentido que a Educação Física na escola pode contribuir para a construção da cidadania. Ajudando a ampliar a visão de mundo e da realidade social a partir das práticas corporais e trabalhando pedagogicamente na construção da autonomia, da criatividade e da criticidade. Quem exerce a cidadania deve ser o sujeito que vivencia e expressa as práticas corporais de uma forma única, pois cada aluno é um ser singular. Por isso, a vivência democrática em nossas aulas deve oferecer espaço para que cada um tenha voz e vez e seja valorizado pelo que é, e não ser diminuído e excluído se não apresentar atributos e habilidades dos modelos sociais. A exclusão dos “mais fracos”, dos “menos habilidosos”, “dos diferentes” sempre esteve presente como resultado negativo de algumas práticas tradicionais da Educação Física em nossas escolas. O nosso desafio é a superação da exclusão com base de princípios pedagógicos que possibilitem a inclusão de todos nas atividades e no trabalho cooperativo. 3. Proposta pedagógica da Educação Física A proposta deste material é contribuir para democratizar, humanizar e diversificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar a visão apenas biológica desta área do conhecimento para um trabalho que incorpora dimensões afetivas, cognitivas, motoras, sociais e culturais dos alunos. Nesse sentido, os conteúdos se desenvolvem em dois grandes eixos que se relacionam dialeticamente: (1) o corpo como algo a ser apreendido pela ação corporal: contribui para a formação da identidade e da singularidade de cada indivíduo, por meio do conhecimento, do domínio e da consciência corporal. (2) o corpo como instrumento para a apreensão do mundo: contribui para a formação social, a relação com os outros e com os objetos, por intermédio do conhecimento e domínio dos usos, normas e papéis sociais que carregam sentidos e significados das práticas corporais. Na articulação entre os eixos tem‐se uma unidade dialética em que cada um deles concorre para a realização do outro, isto é, a identidade individual se constrói no confronto do sujeito com os saberes e nas práticas sociais com o movimento corporal humano. É na relação entre esses eixos que se dá a formação do cidadão nas aulas de Educação Física. A Educação Física escolar, no seu fazer metodológico, deve abordar as práticas corporais de forma crítica e problematizadora de questões como a estética, a ética e a promoção da qualidade de vida. O professor desta área do conhecimento deve ser entendido como elemento mediador para operacionalizar a ação criadora e inovadora e deve promover a integração de objetivos, conteúdos e métodos que venham proporcionar uma constante reflexão dos alunos e alunas no processo ensino‐
aprendizagem. Assim sendo, deve haver a problematização, a instrumentalização e a efetiva apropriação crítica dos conteúdos. Portanto, a sistemática de ensino dos conhecimentos/habilidades das práticas corporais pode ser ordenada pelas seguintes ações metodológicas interligadas: conhecer, vivenciar e incorporar. 1. Conhecer: Apresenta‐se o tema com intenção de torná‐lo significativo para os alunos e alunas, e são propostas problematizações em função dos objetivos a serem atingidos; envolve a Implantação do Material Didático Positivo 2011 7
mobilização para o saber. Portanto, caracteriza‐se como momento preparatório de uma nova sequência de aprendizagem. 2. Vivenciar: Momento em que se faz o levantamento, a discussão e a prática das experiências, expectativas e dificuldades dos alunos; promovem‐se debates e conexões entre os assuntos, a fim de aumentar e/ou aprofundar o repertório de experiências e reflexões dos alunos e alunas sobre a temática em foco. 3. Incorporar: Processo de reflexão sobre as ações que acompanha as aprendizagens e avalia, em conjunto com os alunos e alunas, o nível de aprendizagem conseguido em função dos objetivos proclamados e no sentido de nortear as decisões a serem tomadas na sequência. Assim sendo, o que se pretende é evidenciar que as situações significativas para as aprendizagens dos alunos não são atividades realizadas como “um fim em si mesmas”, mas, sim, articuladas a finalidades de formação que alcançam todas as dimensões que constituem a complexidade do ser humano. Portanto, deve estar voltada para as dimensões físicas, motoras, perceptivas, cognitivas, afetivas e sociais. As aprendizagens favorecem a formação para a cidadania, quando se realizam com a intenção de prestar assistência e ajuda aos alunos e alunas. Isso significa que a aprendizagem possibilita a evolução, o desenvolvimento dos alunos rumo ao sucesso. Para ser eficaz, o processo avaliativo precisa compreender a situação de cada estudante, fornecer‐lhe indicações esclarecedoras e ser capaz de preparar a operacionalização das ferramentas do êxito. 4. Algumas sugestões sobre avaliação Um dos desafios dos professores na área do ensino de Educação Física é, sem dúvida, a avaliação. Esta questão está diretamente ligada à sua prática pedagógica, à sua concepção de educação, à sua concepção de Educação Física, à sua percepção das dificuldades e facilidades de seus alunos, como também aos objetivos de ensino propostos durante a abordagem de determinados conceitos em Educação Física ligados, didaticamente, à sua prática em sala de aula. O que é, afinal, avaliação? A avaliação é um processo que possibilita refletir criticamente sobre dificuldades, avanços e resistências e tomar decisões sobre os caminhos a serem seguidos. Ao planejar uma ação, definem‐se meios para a sua execução que, consequentemente, trarão resultados. Como um meio de aprendizagem e uma forma de intervenção pedagógica integrante do processo de ensino, a avaliação produz instrumentos capazes de acompanhar o movimento de construção de conhecimento, subsidiando tomadas de decisões e redimensionando a direção da ação. A avaliação escolar é um processo que indica e fornece informações para a compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra cada estudante. Ao mesmo tempo que identifica o que ele é capaz de fazer com autonomia, indica ao professor o momento e a qualidade da intervenção pedagógica. Isso significa ajudar os alunos e as alunas a avançar, atendendo às suas necessidades, e a provocá‐lo para novas aprendizagens: um compromisso assumido com o saber, no qual o erro torna‐se parte do processo, um momento de síntese provisória, que revela estratégias cognitivas utilizadas por cada estudante na busca do conhecimento. Tomada nessa dimensão, a avaliação deve ocorrer sistematicamente durante todo o processo de ensino e aprendizagem. A avaliação contínua permite, didaticamente, diagnosticar avanços, dúvidas, dificuldades, entendimentos e compreensões construídos. Essa postura de acompanhamento contínuo, conforme explicita Libâneo, requer um reposicionamento da escola, que envolve saberes, competências, questionamentos e iniciativas: A escola precisa deixar de ser meramente uma agência transmissora de informação e transformar‐se num lugar de análises críticas e produção da informação, onde o conhecimento possibilita a atribuição de significado à informação. Nessa escola, os alunos aprendem a buscar a informação (nas aulas, no livro didático, na TV, no rádio, no jornal, nos vídeos, no computador etc.), e os elementos cognitivos Implantação do Material Didático Positivo 2011 8
para analisá‐la criticamente e darem a ela um significado pessoal. Para isso, cabe‐lhe prover a formação cultural básica, assentada no desenvolvimento de capacidades cognitivas e operativas. Trata‐se, assim, de capacitar os alunos a selecionar informações, mas, principalmente, a internalizar instrumentos cognitivos (saber pensar de modo reflexivo) para aceder ao conhecimento. (LIBÂNEO, 2001, p. 26). Ao assumir que cognição se articula com reflexão, o professor permite um envolvimento dialogado com seus alunos e suas alunas, facilitando tomadas de decisões na tentativa de superar as dificuldades enfrentadas durante a qualificação do processo de ensino de Educação Física. Mas como compreender a avaliação em Educação Física? Libâneo (2001) afirma que as estratégias do ensinar a aprender devem culminar com o ensinar a pensar criticamente, pois o ensino deve criar modos para que os alunos pensem e atuem em suas realidades; o que vale, na avaliação, é a capacidade problematizadora de aplicar conceitos como forma de apropriação do conhecimento. Libâneo (2001) também postula que a escola necessita revisar seus valores, num sentido interdisciplinar, articular Ciências Naturais às Ciências Sociais. Dessa forma, o conhecimento não será fragmentado ou específico, mas, sim, integrado, contextualizado e relacionado com a realidade dos alunos envolvidos no processo. Vale ressaltar que o professor de Educação Física deve instigar a problematização, por meio de um contínuo questionamento ao conhecimento. Cada questão explicitada pelo professor pode desencadear processos reflexivos, questionadores do conhecimento, de seu caráter não neutro, de sua produção e da presença de produtos em nossas vidas cotidianas. Portanto, a avaliação no ensino de Educação Física deve envolver critérios e elementos que possam ser adaptados às necessidades dos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem (professores, alunos, comunidade escolar, família, etc.) Especificamente, a avaliação deve ser participativa, com os alunos e com as alunas permanentemente envolvidos (as) no processo de reflexão sobre suas aprendizagens e sendo questionado e desafiado a construir, elaborar, renovar e aprender criticamente sobre a sua vida (SANTOS, 2006, p. 65). À medida que o professor está avaliando as ações e intenções de seu trabalho, cada estudante também poderá estar atento ao estágio de aprendizagem em que se encontra, tomando consciência de seus avanços e necessidades. Para tanto, é importante que o aluno e a aluna participem da análise dos resultados, discutam com os colegas e deem sugestões. Trata‐se de uma abordagem que capta, além dos aspectos científicos, os aspectos humano, político, social e cultural envolvidos no processo. Nesse contexto, o professor se torna um educador, que coloca toda a sua sensibilidade, criatividade e inteligência na compreensão de seu papel. Essa concepção de avaliação acarreta algumas mudanças na postura do professor, como, por exemplo: • conteúdo relacionado à prática social dos alunos; • utilização de estratégias que possibilitem a participação ativa do aluno e da aluna na reconstrução do objeto de conhecimento por meio de problematizações, debates, exposições dialogadas, pesquisas, trabalhos em grupo, experimentações, estudos do meio, etc.; • incentivo para a elaboração de perguntas por parte dos alunos durante a aula, as quais ajudam a revelar o percurso que os alunos estão fazendo na construção do conhecimento; • avaliação processual, acompanhando a construção do conhecimento pelos educandos; • compreensão de que a aprendizagem ocorre por ensaios, por tentativas e erros, avanços e recuos; • retomada do problema desde o início, ao constatar que uma noção não foi apreendida ou que as estratégias de trabalho propostas não deram resultado. Essas, entre outras, são alternativas que contribuem para uma prática transformadora, não só no campo da avaliação, mas também da didática e das relações entre professor, aluno e escola. Implantação do Material Didático Positivo 2011 9
Tendo em vista essas considerações, fazem‐se necessários a escolha adequada de formas, os tipos de avaliação e o questionamento do tipo de conteúdo que é avaliado, ou seja, “se a avaliação abrangerá aspectos meramente cognitivos ou também outras dimensões do comportamento; se abrangerá aspectos meramente descritivos dos assuntos ou também elementos analíticos e sintéticos; se abrangerá apenas os aspectos teóricos e/ou também práticos; se compreenderá apenas o ângulo da aprendizagem ou também o do ensino, etc.” (AMARAL, 2006, p. 07) A avaliação tem de levar em conta “as peculiaridades dos elementos didáticos mobilizados, tais como: atividades, conteúdos, abordagens, técnicas de ensino e recursos didáticos” (AMARAL, 2006, p. 07), levando em consideração outros elementos como os pedagógicos e interacionais do contexto escolar. Partindo‐se do pressuposto de que a avaliação deve estar vinculada à realidade do contexto escolar da sala de aula e dos referenciais jáapresentados, podemos apontar alguns direcionamentos: 1. O que avaliar? A avaliação tem que incidir sobre os aspectos globais do processo de ensino e de aprendizagem. Tudo deve ser avaliado. Devem‐se considerar tanto o resultado final como o processo (atitudes, valores, potencialidades e desempenho cognitivo de cada estudante). 2. Para que avaliar? Avalia‐se para compreender e explicar o processo de aprendizagem, para entender por que esse processo se deu de determinada maneira, para identificar seus avanços e problemas e encontrar caminhos para superá‐los. 3. Como avaliar? Nenhum instrumento de avaliação pode ser descrito como prioritário ou adotado como modelo. São várias as estratégias de ensino, e também são várias as formas de avaliar. Observação atenta e constante é a base para uma avaliação que privilegia a aprendizagem e leva em conta o ritmo de cada estudante. A cada etapa do processo avaliativo, o professor elege alguns aspectos e objetivos para analisar. O problema não está no modo de coletar informações, mas, sim no sentido da avaliação, que deve ser de um contínuo diagnóstico das situações de ensino e aprendizagem e de um instrumento a serviço das aprendizagens. O importante é diversificar o uso de instrumentos, de acordo com as situações e os objetivos de ensino. 4. Quando e como avaliar? Entendida como um processo, a avaliação deve ser contínua, reveladora de toda a trajetória dos alunos e das alunas, e não centrada apenas no produto. Para tal, deve‐se utilizar a maior quantidade e variedade de meios possíveis (instrumentos diferentes). 5. Mas quem avalia? Todos devem avaliar e ser avaliados (estudantes, professores, família, comunidade, indivíduo, o grupo e o conselho de classe). Dessa maneira, a avaliação reflete a própria caminhada dos alunos, fazendo com que eles conheçam suas capacidades e desenvolvam as suas potencialidades, confrontando sua aprendizagem com os objetivos pretendidos e situando‐os em relação a si mesmos e em relação aos demais membros do grupo. É oportuno dizer que a avaliação dos alunos não pode se restringir apenas a um tipo de instrumento (prova escrita), pois a utilização de vários instrumentos pode enfocar o domínio de diferentes habilidades cognitivas e detectar os pontos que são passíveis ou que necessitem de recuperação, identificando dificuldades e lacunas, o que leva à introdução de modificações e adaptações precisas e adequadas ao processo de aprendizagem. A avaliação não deve ser absoluta, pois cada turma, junto com o professor, constitui uma identidade. Mesmo que o instrumento de avaliação seja o mesmo, devem‐se levar em conta as características que são próprias a cada uma delas. Para a realização de uma avaliação que leve em conta algumas dessas particularidades, faz‐se necessária uma mudança de postura do professor. Além dos registros numéricos no diário de classe, Implantação do Material Didático Positivo 2011 10
outros registros auxiliares serão necessários, conversas durante as atividades, o que exige mais observação e tempo de envolvimento em outras atividades planejadas que podem compor a avaliação, tais como: • leitura e interpretação de textos; • produção de textos sobre temas específicos por parte dos alunos; • elaboração de relatórios de aulas práticas e demonstrações; • trabalho em equipe para atividades práticas e para pesquisa; • trabalho de pesquisa de campo (entrevistas, observações, etc.); • pesquisas em livros, jornais, revistas, televisão, vídeos, Internet, etc. Além disso, deve‐se considerar a possibilidade de alteração das notas, desde que seja demonstrado um novo conhecimento. Nesse sentido, a instituição ou a utilização de conselhos de turma, envolvendo os seus diversos professores, constitui‐se numa atividade bastante desejável. Finalmente, a avaliação deve marcar presença em todas as etapas do processo de ensino e de aprendizagem, oferecendo bases para as decisões iniciais dos professores e servindo‐se de referência para organizações de práticas pedagógicas que se adaptem mais os contexto educativo. Nesse sentido, e de acordo com Hadji (2001), deve‐se estar atento às diferentes fases do processo avaliativo: • Especificação do objeto de avaliação. • Escolha de um desencadeador, ou seja, de um comportamento observável, apropriado. • Identificação e coleta de informações úteis no âmbito de um conjunto de questões a serem colocadas ao produto avaliado. • Tratamento e interpretação das informações coletadas. • Comunicar o julgamento, respeitando certas exigências éticas. • Pensar e pôr em prática encaminhamentos e soluções. 6. Caderno com sugestões de atividades Esportes Alternativos – Séries/Anos: EF2 e EM Objetivo: • Conhecer modalidades pouco divulgadas e que fazem parte de grandes eventos esportivos internacionais. • Construir o gesto esportivo das modalidades selecionadas. • Reelaborar o esporte, transformando sua finalidade, sua forma e seu conteúdo de acordo com as necessidades e dificuldades sentidas, valendo‐se do princípio de inclusão de todos (todos participam). • Reconhecer e valorizar atitudes não discriminatórias quanto a habilidade, a sexo ou a outras, como condutas eficientes para inclusão de todos nos esportes. • Predisposição em cooperar com o colega ou o grupo nas situações de aprendizagem. • Respeitar a integridade física e moral do outro. Conteúdos: • Origem do esporte, fundamentos, equipamentos e regras. • Exercícios e jogos de fundamentação dos gestos e táticas específicos. • Adaptação dos fundamentos, equipamentos, regras e espaços. Sugestão de procedimento: A proposta, para um conjunto de aproximadamente seis a oito aulas, é trabalhar com esportes não muito conhecidos e que possam ser adaptados em relação aos recursos físicos e materiais da escola, para que sejam oportunizadas experiências e aprendizagens com essas atividades. Implantação do Material Didático Positivo 2011 11
1. Encaminhamentos Metodológicos a. Mobilização dos alunos para as ações – Problematização É o momento de construir com os alunos o sentido para a atividade. Para tanto, sugere‐se uma conversa inicial, discutindo os objetivos e a proposta do trabalho de forma geral. Existem esportes que tradicionalmente são desenvolvidos nas nossas escolas e bastante conhecidos por nossos educandos. No entanto, existem muitos outros que não fazem parte do acervo cultural da comunidade escolar, apesar de fazerem parte de grandes eventos esportivos internacionais. A problematização será feita com a seguinte pergunta provocativa: • Quantos esportes vocês conhecem? Tomando‐se por base as respostas, sugere‐se aos alunos que procurem conhecer a história dos esportes e escolham alguns pouco conhecidos para que possam ser explorados na sequência das aulas. O próximo passo é organizar os alunos para a realização das tarefas. • Organização dos alunos: Serão organizados grupos de trabalho com no máximo sete alunos. Cada grupo ficará responsável por uma modalidade. • Seleção dos esportes: Junto com os alunos, pode‐se propor uma pesquisa de diferentes modalidades esportivas pouco conhecidas ou desconhecidas e escolher algumas para serem trabalhadas nas aulas com base nos objetivos. As pesquisas podem ser feitas no Portal Positivo (www.portalpositivo.com.br), seguindo a sequência das telas: @ ACESSE O CONTEÚDO MULTIMÍDIA: Implantação do Material Didático Positivo 2011 12
@ FAÇA A PESQUISA POR PALAVRA‐CHAVE. “HISTÓRIA DO ESPORTE”: HISTÓRIA DO ESPORTE
@ CLICAR NO TÓPICO “HISTÓRIA DO ESPORTE”: Definição das tarefas e dos objetivos de ação para os grupos ¾ Fazer pesquisas para escolher uma modalidade esportiva. ¾ Apresentar informações para os outros grupos sobre o esporte escolhido (história, fundamentos, regras e materiais). ¾ Propor alterações dos esportes, adaptando regras, materiais, fundamentos e espaços. Implantação do Material Didático Positivo 2011 13
¾ Organizar as vivências com o esporte escolhido com ajuda do professor (equipes, tabelas de jogos ou de competições). b.
Desenvolvimento – Realização das tarefas É o momento de apropriação do(a) conhecimento/habilidade por parte dos alunos para aumentar e/ou aprofundar o seu repertório de experiências e reflexões sobre a temática em foco. Também é o momento em que ocorrem o levantamento, a discussão e a prática das experiências, as expectativas e as dificuldades dos alunos com as possíveis reelaborações críticas e criativas dos conteúdos. Organização das Mediações ¾ Aulas de Organização: ♦ Pesquisas; organização das apresentações; ♦ Organização das práticas (exercícios e jogos). ¾ Aulas de Execução: ♦ Apresentação da sua modalidade na forma de seminário (podem usar recursos audiovisuais); ♦ Realização das práticas (exercícios e jogos); ♦ Sugestões da turma de alterações para melhorar o jogo. c.
Reflexão sobre as ações Criar fichas de observação em que serão feitos os registros para análise de dificuldades, de avanços e de futuros encaminhamentos. O professor pode dar sugestões e construir com os alunos. 2. Avaliação A avaliação se caracteriza pela administração das informações a respeito de todos os momentos do processo de ensino e de aprendizagem. Portanto, é importante registrar o maior número de dados para que os alunos e alunas possam ter clareza de seu desenvolvimento. • Autoavaliação: cada estudante do grupo se autoavalia de acordo com critérios de participação, empenho, disposição para realização das tarefas. • Avaliação pelos colegas: os critérios serão elaborados juntamente com o professor e com os indicadores de que os objetivos foram ou não alcançados. • Avaliação do professor: com os mesmos critérios construídos com os alunos com base nos objetivos propostos. Referências Bibliográficas AMARAL, Ivan Amorosino. Metodologia do Ensino de Ciências como produção social. Disponível em: http://www.fe.unicamp.br/ensino/graduacao/downloads/proesf‐MetodologiaEnsinoCiencias‐
Ivan.pdf, acesso em: 07 jun. 2008. Î Pesquisador das relações históricas na formação de professores, Ivan Amaral apresenta uma vinculação entre a prática pedagógica do professor e a produção da metodologia de ensino, considerando condições de produção, ideológicas, educacionais e avaliativas dos processos de aprendizagem/ensino em Ciências Naturais. GOUVÊA, Sylvia Figueiredo. Os caminhos do professor na era da tecnologia. Acesso: Revista de Educação e Informática, Ano 9 – Número 13 – Abril, 1999. Î Revista bianual da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE, criada para veicular os conhecimentos em educação e informática e fomentar as discussões sobre a temática, além de possibilitar a troca de experiências, visando ao desenvolvimento das práticas pedagógicas em conexão com as tecnologias de informação e comunicação. Os artigos estão disponíveis em texto completo. Implantação do Material Didático Positivo 2011 14
HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. Î O projeto desta obra abrange, prioritariamente, os professores e todos aqueles que estão envolvidos com a avaliação escolar para que vejam o que significa colocar a avaliação a serviço das aprendizagens e como isso pode ser concretamente feito. O propósito do autor é refletir e compreender o que está em jogo quando se fala da avaliação na escola, para descobrir pistas de ação concretas, visando à superação dos limites de uma avaliação tradicional, classificatória e punitiva. LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 2001. Î Este livro discute os dilemas emergentes dessas novas realidades nas escolas, identifica novas exigências educacionais e, principalmente, procura pensar proposições assertivas sobre a escola e os professores dentro de um projeto emancipatório de educação. Discute a avaliação sob uma perspectiva processual e integradora. LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, Nova Fronteira, 1994. Î "De que lugar julgamos a informática e os estilos de conhecimento que lhe são aparentados? Ao analisar tudo aquilo que, em nossa forma de pensar, depende da oralidade, da escrita e da impressão, descobriremos que apreendemos o conhecimento por simulação, típico da cultura informática, com os critérios e os reflexos mentais ligados às tecnologias intelectuais anteriores. Colocar em perspectiva, relativizar as formas teóricas ou críticas de pensar que perdem terreno hoje, isto talvez facilite o indispensável trabalho de luto que permitirá abrirmo‐nos a novas formas de comunicar e conhecer. A tese defendida neste livro refere‐se a uma história mais fundamental que a das ideias: a história da própria inteligência." – Pierre Lévy LOPES, José Junior. A introdução da informática no ambiente escolar. Disponível em: http://www.clubedoprofessor.com.br/artigojunio.htm. Acesso em: 10/07/2008. Î Este artigo se baseia na experiência da introdução da informática em uma escola de São Paulo. Nesse enfoque, são trabalhadas a introdução da informática como um processo e a importância da intervenção do coordenador de informática na reconstrução da prática pedagógica do professor no uso da informática na educação. SANTOS, Rosemeri dos. Avaliação no ensino interdisciplinar de ciências sob a perspectiva discente. Porto Alegre: PUCRS/Faculdade de Educação (Dissertação: Mestrado em Educação), 2006. Î São apresentadas, nesta dissertação de Mestrado, questões teóricas sobre o processo avaliativo, suas implicações para o ensino de ciências e as interações com alunos, numa perspectiva de intervenção em pesquisa. Implantação do Material Didático Positivo 2011 15
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