- GEAC-UFV

Propaganda
Universidade Federal de Viçosa
Departamento de Veterinária
Grupo de Estudos de Animais de Companhia
Ressuscitação
Cardiorrespiratória e
Cerebral
Prof.ª Lukiya Campos
Introdução
O Conceito: Medidas específicas utilizadas no
tratamento da PCR
O Preservação da função neurológica
O Independente da etiologia, as etapas da
RCCP são fundamentais.
O A PCP é o evento terminal de todas doenças.
Introdução
O Os pacientes podem ser divididos em 3
categorias:
O 1 – pacientes que tem PCP por doença terminal
ou multissistêmica.
O 2 – pacientes com condições médicas severas,
contudo passíveis de reversão: trauma, obstrução
respiratória, hemorragia.
O 3 – pacientes com complicações anestésicas,
intoxicações, reações à fármacos diversos,
overdose acidental.
Parada Cardiopulmonar (PCP)
O Interrupção
súbita e
funcionamento cardíaco
efetivo, que pode ser
intervenção imediata, mas
sua ausência.
inesperada do
e respiratório
reversível por
leva à morte, na
O Não ocorre por evolução natural de uma
doença e, sim, por causas extrínsecas
passíveis de reversão.
Principais Causas da PCP
O Hipóxia tecidual, secundária a hipoventilação
O Hipovolemia extrema
O Estímulo vagal excessivo
O Distúrbios ácido-base ou metabólicos graves
O Choque
O Doses excessivas de anestésicos
O Arritmias cardíacas importantes
Reconhecendo a PCP
O Inconsciência (10 segundos)
O Ausência de pulsos palpáveis na circulação
central (artéria femoral e/ou carótida)
Reconhecendo a PCP
O Apneia
O Coloração da mucosa
O TPC normal, aumentado ou diminuído
Reconhecendo a PCP
O Midríase (20 a 45 segundos)
Reconhecendo a PCP
O É necessário ter FC e FR iguais a zero para
identificar a PCP?
Mucosas pálidas ou cianóticas,
pulso fraco e PAS menor que
60mmHg já é diagnóstico de PCP
Características de Insuficiência e Parada Cardíacas
Alteração
Pulso periférico
Auscultação
ECG
Observação visual
do coração
Taquicardia
ventricular
Pulso fraco e
rápido
abafada
Complexos QRS-T
largos
batimento rápido e
desorganizado
Bradicardia
Lento e pode
estar irregular
Normal e
abafada
Complexos PQRS-T raros e
irregulares
Contrações lentas
Fibrilação
ventricular
nenhum
nenhuma
Ausência de
complexos
Fasciculação
Assistolia
ventricular
nenhum
nenhuma
Ausência de
traçado
Ausência de
contrações
Atividade
elétrica sem
pulso
nenhum
nenhuma
Complexos PQRS-T normais
Contrações tênues
ou ausente
Classificação da PCP
Assistolia ventricular
Atividade elétrica sem pulso
Fibrilação ventricular
Ressuscitação Cardiopulmonar
(RCP)
O Consiste
em uma série de manobras
realizadas
numa
sequência
prédeterminada, que visam manter de forma
artificial a circulação e a ventilação,
evitando-se a morte tecidual, até que seja
recuperada a função espontânea.
O Quando ela deve ser iniciada?
Manobras de Ressuscitação
O Suporte vital básico (A B C D E)
O
O
O
O
O
A (Airway) - Controle das vias Aéreas Superiores
B (Breathing) - Ventilação
C (Circulation) - Suporte Circulatório
D (Drugs) – Uso de fármacos
E (Electrical defribrilation) – desfibrilação
Manobras de Ressuscitação
v Realizando A e B
O Garanta a viabilidade de vias aéreas
O Sonda endotraqueal de maior diâmetro possível
O Traqueostomia de emergência
O Aspiração de secreção de sangue
O Ventilação com FiO2 100%
O
O
O
O
1 movimento a cada 2 ou 3 compressões
10 a 15 ml/kg
pressão inspiratória 20cm H2O
Ventilação e MCE
Manobras de Ressuscitação
v Realizando C
O Massagem cardíaca externa (MCE)
O Massagem cardíaca interna (MCI)
v Realizando C
O Massagem cardíaca externa (MCE)
O Consiste na compressão do tórax na área de
projeção do coração.
O Ideal 80 a 120 compressões por minuto.
O Pode
ser realizada de diferente
conforme o tamanho do animal.
formas
MCE - Pacientes com até
7Kg
MCE - Pacientes com mais de
7Kg
Durante a massagem cardíaca fechada eficaz
temos:
Odébito cardíaco de 10% a 30% do normal
O fluxo coronariano de 20% a 50% do normal
O fluxo cerebral de 50% a 90% do normal
Ofluxo para os órgãos abdominais menor que
5% do basal
TEMPO!!!
v Realizando C
O Massagem cardíaca interna (MCI)
O Indicada em casos especiais, tais como:
• Animais com mais de 15Kg onde a MCE não resolveu
e a parada se prolongar por mais que 2 minutos;
• MCE com mais de 10 minutos, deve-se considerar
MCI mesmo em animais pequenos.
v Realizando C
O Indicações da MCI
O
O
O
O
hérnia diafragmática
desfibrilação externa inefetiva
pneumotórax
traumatismo torácico ou abdominal
O Associada a complicações graves
Técnica cirúrgica da MCI
O Toracotomia entre o 5° e 7° espaço intercostal
esquerdo, seguida de pericardiotomia.
Técnica cirúrgica da MCI
O Compressão manual do coração do ápice
em direção a base.
v Realizando C
O Manobras adicionais
O Visam a melhora do débito cardíaco e circulação
em órgãos vitais
O Torniquete ou Compressão abdominal
O Bandagem compressiva dos membros
v Realizando C
O Manobras adicionais
O Visam a melhora do débito cardíaco e circulação
em órgãos vitais
O Clampeamento da aorta
v Realizando D
Ø Adrenalina
O
O
O
O
Fármaco de eleição para se iniciar o tratamento da PCP
Restauração do tônus vascular
Restauração do automatismo cardíaco
Melhora o fluxo sanguíneo cerebral e coronariano
O Vias de administração: IV, transtraqueal, intralingual
O Dose : 0,1-0,2 mg/kg/IV
O 0,2 – 0,4 mg/kg (TT e IL), diluído 1:1
O Via intra-cardíaca??
v Realizando D
O Acesso venoso e reposição da volemia
O Veia Central – Jugular
O Volume: Normovolemia – 10 a 20ml/Kg/h
O Hipovolemia – 70 (gatos) a 90 ml/Kg/h (cães)
O Em caso de perda sanguínea, o volume de cristalóide
deve ser de 4 a 5 vezes a perda de sangue
v Realizando D
O Solução Hipertônica de NaCl 7,5%, 4-6mL/Kg/5min.
O
O
O
O
Exercem força osmótica
Aumento do DC e PA
Promovem ação por curto período de tempo
Não utilizar como primeira opção em pacientes
desidratados!!!
O Colóides
O
O
O
O
Exercem força osmótica
Aumento do DC e PA
Menor volume infundido
Permanecem por período prolongado no leito vascular
v Realizando D
O Acesso venoso e reposição da volemia
HT (%)
PT (g/dL
(g/dL)
dL)
Fluido de Escolha
<25
<5
sg total
<25
>5
Papa de hemácias
>25
<5
Colóide
>25
>5
cristalóide
v Realizando D
O Lidocaína:
O Indicada nos casos de arritmia ventricular
O Dose: 0,5 mg/kg cães; 0,2mg/kg gatos
O Atropina:
Atropina
O Indicado em casos de bradicardia grave pré e pós
parada cardíaca
O Dose: 0,025 a 0,044mg/kg
v Realizando D
O Dopamina
O Estimula os receptores adrenérgicos do sistema
nervoso simpático promovendo aumento
freqüência e débito cardíaco e pressão arterial
da
O Dopamina
O até
3 mcg/kg/minuto: ação predominantemente
dopaminérgica com vasodilatação renal, mesentérica,
coronária e cerebral.
O entre 3 e 10 mcg/kg/minuto: ação predominantemente
beta-adrenérgica com aumento do débito cardíaco por
aumento da frequência cardíaca, aumento do retorno
venoso ao coração e queda da resistência vascular
periférica.
O doses
superiores a 10 mcg/kg/minuto: ação
predominantemente
alfa-adrenérgica
com
vasoconstrição sistêmica, aumento da pressão arterial
v Realizando D
O Dobutamina:
Dobutamina:
O Agente inotrópico de ação direta
O Estimula diretamente os receptores beta-1 do
coração, aumentando a contratilidade do
miocárdio e o volume de ejeção.
O Indicada em paciente com baixo débito cardíaco
(insuficiência cardíaca, choque cardiogênico).
O 5-10 µg/kg/min (infusão contínua em glicose 5%)
v Realizando E
O Desfibrilação
O Diagnóstico de fibrilação ou Atividade elétrica sem
pulso
O Golpe pré-cordial
O Desfibrilação elétrica
O Desfibrilação química (cloreto de potássio 1mEq/kg e
cloreto de cálcio 0,2ml/kg)
Métodos de Desfibrilação
Elétrica
Tamanho do
paciente
Regulagem do aparelho (Joule)
Externa
Interna
< 7 kg
2/kg
0,2-0,4/kg
8-40 kg
5/kg
0,2-0,4/kg
> 40 kg
5-10/kg
0,2-0,4/kg
Suporte Vital Avançado
O Monitoração
O
O
O
O
O
O
O
O
Oximetria
PA
ECG,
Capnometria
Glicemia e concentração de lactato sérico
gasometria
Temperatura
Estado mental
O Avaliação do tratamento
Período Pós-Ressuscitação
O Monitoração contínua por no mínimo 24 horas
O Lesões de reperfusão começam a acontecer em
média 4 horas após a RCPC
O Suporte ventilatório, pressórico e volêmico
O Restaurar o equilíbrio ácido-básico
O Suporte metabólico
Período Pós-Ressuscitação
O Monitorar produção urinária – IRA
O Abordagem
neuroprotetora e preventiva do
edema cerebral
O DMSO, Manitol, barbituratos, corticóides
O Avaliação neurológica sequencial
O Avaliação da dor
Período Pós-Ressuscitação
O Acomodar o paciente em local confortável e
tranquilo.
Período Pós-Ressuscitação
O Prognóstico
O Tempo entre a parada e o início da RCPC
O Tempo de retorno às funções vitais
O Condição geral do paciente antes da PCP
Considerações finais
O Faz parte do sucesso do RCCP
O Treinamento da equipe
O Organização da sala de emergência
Dúvidas?
Download