MODELO FÍSICO EQUIVALENTE DE OLED’s CONSIDERANDO A CARACTERISTICA DINÂMICA Isadora Moreira Minich(1), Marielly Quevedo Machado(2), Vitor Cristiano Bender(3) (1) Estudante; Universidade Federal do Pampa; Alegrete, RS; [email protected]; Estudante; Universidade Federal do Pampa; Alegrete, RS; [email protected]; (3) Orientador; Universidade Federal do Pampa; [email protected] (2) Palavras- chaves: OLED’s, modelo, comportamento. INTRODUÇÃO Nos sistemas de iluminação, a troca de lâmpadas incandescentes e fluorescentes por LED’s mostrou que, além de sua alta eficiência energética, eles podem melhorar a qualidade da iluminação. No mesmo caminho, outro dispositivo que vem sendo muito estudado são os diodos orgânicos emissores de luz (OLED’s). Os OLEDs baseiam-se no principio da eletroluminescência definida como um fenômeno óptico e elétrico durante o qual um material emite luz em resposta a uma corrente elétrica que o atravessa ou a um forte campo elétrico. O primeiro cientista a reportá-la em compostos orgânicos foi André Bernanose, em 1950. (BERNANOSE et al., 1953) Desde então vários estudiosos aperfeiçoaram estes dispositivos. Modelos elétricos equivalentes foram propostos, com o intuito de representar o comportamento elétrico do dispositivo no regime estático ou dinâmico, considerando suas características. Os OLED’s ainda são dispositivos de difícil aquisição e de custo elevado, logo um modelo equivalente construído fisicamente e com a capacidade de representar o seu comportamento é desejável. Neste artigo, será exposta a avaliação do desempenho do modelo equivalente de OLED’s considerando suas características em regime dinâmico. METODOLOGIA Através de uma revisão bibliográfica, percebe-se a busca constante por modelos equivalentes que representem fielmente o comportamento dinâmico de OLED’s. Entre eles Campbell et al. (1995) que estudou e descreveu o comportamento capacitivo em OLED’s. Após isso, baseando-se no modelo proposto por Bender (2015) realizaram-se simulações computacionais do modelo utilizando o simulador PSIM. Na simulação foram analisadas as respostas da queda de tensão a uma corrente constante variando a frequência utilizando forma de onda quadrada variante no tempo, justamente para caracterizar dinamicamente o dispositivo. Com as respostas positivas obtidas da simulação, montou-se o primeiro protótipo do modelo proposto em uma matriz de contatos reproduzindo o esquemático da figura 1. (a) (b) Figura 1- (a) Modelo dinâmico proposto (b) Valores dos componentes do modelo proposto. Anais do 8º Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa No modelo da figura 1 foi usado quatro potenciômetros, para o ajuste fino das resistências, uma combinação de capacitores, para descrever a resposta do dispositivo quando ele não se encontra em regime permanente, e três diodos, para manter o sentido da corrente. Para representar as fontes independentes V o e V bi , adicionou-se um ramo para cada um deles, com um potenciômetro, um transistor e um amplificador operacional, operando como fonte de tensão. RESULTADOS E DISCUSSÕES Testes foram realizados utilizando um gerador de função, um osciloscópio, duas fontes de tensão, um multímetro, uma ponteira de corrente e um circuito de acionamento de OLED’s. Para a realização dos testes, conectou-se o modelo proposto da figura 1 (a) na fonte de tensão, no osciloscópio, no gerador de função e no circuito de acionamento de OLED’s. O dispositivo real também foi conectado nos mesmos equipamentos. Os valores dos componentes usados são os mesmos expostos na figura 1 (b) que tratam-se de valores comerciais, aproximados aos utilizados nos experimentos. Os resultados obtidos são expostos na figura 2 (a) e (b), percebe-se que a resposta do modelo físico equivalente (Canal 2) obteve grande similaridade com a resposta de tensão do OLED (Canal 1). Os aspectos construtivos e a grande área do dispositivo levam a um comportamento capacitivo significativo, porém o modelo equivalente respondeu satisfatoriamente em baixas frequências, apresentando certas discrepâncias quando operado em frequências a partir de 1kHz. Isto ocorre devido à interferência dos fios que fazem as ligações dos componentes e da própria matriz de contatos que exerce certa influência no modelo, principalmente sob altas frequências. O valor do Canal 3 é a medida da ponteira de corrente e o Canal 4 é a tensão sobre o resistor auxiliar do circuito de acionamento. (a) (b) Figura 2- Resultados experimentais do OLED e do modelo físico equivalente em (a) 10Hz e (b) 100Hz. CONCLUSÕES Diante dos resultados apresentados, conclui-se que é valida a construção e utilização do modelo físico equivalente como emulador de OLED’s reais. Entretanto, tendo em vista que o projeto ainda está em execução, melhorias serão realizadas no modelo físico para corrigir as anomalias apresentadas e melhorar o desempenho dos resultados já alcançados, os quais serão apresentados em trabalhos futuros. REFERÊNCIAS BENDER, V. Modelagem e acionamento de diodos orgânico emissores de luz (OLED’s) para sistemas de iluminação. Tese de doutorado, 2015. BERNANOSE, A.; COMTE, M.; VOUAUX, P. A new method of emission of light by certain organic compounds. J. Chim. Phys, v. 50, 1953. CAMPBELL, I. H.; SMITH, D. L.; FERRARIS, J. P. Electrical impedance measurements of polymer light-emitting diodes. Applied Physics Letters, v. 66, no. 22, p. 3030-3032, May, 1995. Anais do 8º Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa