ANESTESIA PARA TRANSPLANTE HEPATICO INTRODUCAO: O paciente candidato a receber um transplante hepatico geralmente possui alguma doenca hepatica terminal associada a cirrose. Algumas vezes pacientes com hepatocarcinoma cellular, hepatite aouto-imune ou cirrose biliar se apresentarao em melhores condicoes clinicas. A anestesia para o transplante hepatico requer conhecimento amplo sobre o funcionamento de varios sistemas: cardiovascular, respiratorio, neurologico, renal e da hemostasia, uma vez que durante o procedimento, ha de se esperar alteracoes dinamicas em todos estes sistemas. PRE-OPERATORIO: Alem da avaliacao rotineira, como pesquisa de tempo de jejum, alergias, outras comorbidades, uso de medicacoes, cirurgias previas, etc, e util tambem avaliar a gravidade da doenca hepatica: - - MELD (Model for End-stage Liver Disease) – escore que se baseia na Creatinina (Cr), Bilirrubina total (BT) e INR, variando de 6 a 40. Quanto maior o numero, maior a gravidade da hepatopatia, colocando o paciente em uma posicao de maior prioridade na fila. Em geral o proprio paciente ou familiar sabe sua pontuacao. Se nao, ha disponivel na internet varios programas que calculam automaticamente o MELD apos inserir os valores de Cr, BT e INR. CHILD – Escala classica de pontos que se baseia em 5 parametros clinicolaboratoriais: albumina, bilirrubina, estado nutricional, ascite, e status neurologico. Varia de A (A5/A6) , B(B7-B9) e C (C10-C12). Ha de se esperar uma maior morbi-mortalidade em pacientes com Child C. Avaliacao de comorbidades especificas: - Hipertensao portopulmonar: definida como uma triade de hipertensao portal, PAPm>25mmHg em repouso com POAP<15mmHg, e RVP>240. Geralmente o paciente ja vem com este diagnostico feito, mas deve se atentar para a possibilidade de se fazer o diagnostico somente na SO apos cateterizacao da arteria pulmonar. As medidas de pressao de arteria pulmonar juntamente com a avaliacao da funcao ventricular direita pelo ecocardiograma transesofagico sao determinantes na tomada de decisao de se prosseguir ou nao com o transplante. - Sindrome hepatopulmonar: muitas vezes confundida com a entidade anterior, embora a triade diagnostica seja distinta, consistindo em: hipertensao portal, vasodilatacao pulmonar e hypoxemia. Esta ultima comumente se manifesta com o paciente assumindo a posicao ortostatica (platipnea). A presenca de baqueteamento digital indica hypoxemia crônica. Devido a presenca de shunt- intrapulmonar, a hypoxemia e na maioria das vezes revertida com a adminsitracao de oxigenio a 100%. Na reperfusao, ocasionalmente ocorre hipoxemia por vezes necessitando de azul de metileno. - Sindrome hepatorenal – insuficiencia renal iniciada de forma mais abrupta, em dias (tipo1) ou mais gradual, em semanas (tipo2). Importante devido ao alto indice de letalidade caso nao ocorra transplante em tempo habil. O tratamento intra-operatorio usualmente segue as diretrizes do pre-operatorio: albumina + vasopressina ou na falta desta, noradrenalina, com o intuito de aumentar a pressao de perfusao renal. - Cirurgias previas: a presenca de cirurgia abdominal previa, juntamente com uma serie vermelha ja reduzida (Hb/Hcto) chama a atencao para a possibilidade de sangramento macico no intra-operatorio Salvo raras excecoes, nao se deve prescrever pre-medicacao anestesica. CHECK-LIST de MATERIAL e PREPARO de SALA: Deve ser feita pelo residente (R3) na escala do Transplante, com a ajuda de um tecnico em anestesiologia, devendo ser iniciada 2 horas antes do horario previsto de entrada em sala do paciente (este ultimo sera oportunamente divulgado por um dos integrantes da equipe de transplante). o CHECK-LIST: Testar aparelho de anestesia e sistema de aspiracao; Albumina: checar se ha no minimo de 10 frascos no CC; se nao, fazer prescricao para a farmacia; Hemocomponentes: checar com enfermeira a disponibilidade de [ ] de hemacias, plasma, crioprecipitado e plaquetas. Solicitar pelo menos 3[H], 4 plasmas e 10 crioprecipitados para o CC. Avaliar com o “staff” a necessidade de “descongelar” o plasma e o crio ja de imediato; Equipamentos: ROTEM, Ecocardiograma (com um probe linear e um probe transeofagico), Monitor Vigilance + cabos SvO2 e DC e PiCCO com todos os cabos (dois de pressao invasive e um do termistor para medida de DC), Tromboelastograma (com, tubos de ensaio de coagulograma-tampa azul, ao menos 10, uma caixa de pipetas e uma caixa de cubetas; alem de todos os reagents: STARTEM, INTEM EXTEM, APTEM, FibTEM, HEPTEM)– geralmente ja disponiveis na SO pelo tecnico de anestesiologia. Manta Termica: “underbody”, deve ser colocada ANTES do paciente chegar em sala, e ja ligada em sua parte inferior no compressor na temperatura maxima; deixar disponivel outro compressor para conectar na parte superior da manta se necessario; na falta de “underbody”, conectar a manta inferior; Cateteres & Kits: • Minimo de dois kits de puncao arterial radial • Dois cateteres triplo-lumen (na falta, duplo-lumen) • Dois cateteres de diálise • Duas sondas nasoenterais • Duas bainhas 8.5Fr (Kit Introdutor Percutaneo) • 4 Bombas Anne – Deixar duas no suporte de soro a esquerda. Devera haver na SO, 8 equipos ANNE. • Dois cateteres PiCCO femoral 20cm 4 ou 5Fr Seringas de 20, 10, 5, 3 e 1ml: no minimo 20 de cada. Torneiras 3-vias: 12 Heparina: 1 SF0,9% 100ml:6 SF0,9% 250ml:10 SF0,9% 500ml:10 RL: 10 Voluven: 4 (dois ja pressurizados no sistema de infusao rapida) Manitol: 1 Bicarbonato frasco: 2 Solicitar o paciente uma hora antes do previsto para o mesmo estar em sala, deixando-o na sala de pre-op: (OBS.: antes de chamar o paciente para subir, pedir autorizacao para o anestesiologista responsavel pelo caso, Dr. Rodrigo Diaz ou Dr Glauber Gouvea) o ARRUMACAO DA SO: Um Ringer Lactato com polifix 4 vias (uma via “solta” com uma torneirinha [infusão de PPF e RMF], e a via do RL interposta com tres torneirinhas [para FNT/PPF/ROC) no suporte de soro a esquerda; outro RL com polifix 4 vias (proximal) e extensao (distal) no suporte a direita. Dois Kits de monitorizacao convencional – montar os dois em suporte de soro a esquerda da mesa cirurgica. Os SF0,9% de 500ml que serao pressurizados, nao deverao ser heparinizados. Solicitar o suporte de transdutor ao tecnico (PAM radial e PAP) Dois Kits de monitorizacao PiCCO – montar os dois em suporte de soro a direita da mesa cirurgica, solicitar o suporte de transdutor ao tecnico (PAM femoral e PVC). O mesmo em relacao aos SF0,9% de 500ml que serao pressurizados (sem heparina) Suporte de Infusao Rapida e Aquecimento (Ranger) – E um suporte a parte, onde ha dois pressurizadores no polo superior e um aquecedor RANGER de fluidos na metade inferior. Ha um equipo de alto fluxo proprio (RANGER), com um conector proximal em Y, no qual serao conectados dois Voluvens que ficarao armazenados dentro dos pressurizadores. Se houver duvida na montagem, pergunte ao tecnico ou a alguem mais experiente. Deixar este suporte a esquerda do paciente ROTEM – no fundo da sala proximo a parede, atras da cabeceira do paciente. Deixar o mesmo ligado e pronto para uso; Checar reagentes (dois de cada: STARTem[verde], EXTem[vermelho], INTem[azul], FIBTem[marrom] e APTem[roxo], alem de duas caixas de “cubetas” e duas caixas de ponteiras. Ecocardiograma – Ligar o aparelho e manter a esquerda do paciente. o PREPARO de DROGAS: A identificacao das seringas e soros e mandatoria, sem excecao. Usualmente na SO havera disponibilidade de etiquetas coloridas padronizadas e pre-rotuladas com as concentracoes usuais. O uso dessas etiquetas (se houverem) e encorajado pois tende a minimizar erros. Se nao houver, a identificacao devera ser feita com “tiras” de esparadrapo longitudinais, no lado contrario ao das unidades divisorias da seringa, no sentido “agulha-embolo”. A escrita nas tiras devera ser feita de preferencia com canetas tipo “pilot”, contendo o nome da droga e a concentracao. Evitar a rotulagem com o nome comercial (ex: esmeron ao inves de rocuronio). o Drogas Anestesicas: Trifamox 3g: 1 seringa de 20ml Fluconazol (Amp-100mg): 200mg -1 seringa de 20 ml(em casos de retransplante, anastomose bileo-digestiva, transfusão excessiva, segundo orientação do Staff) Solumedrol (metilprednisolona) 1g: diluir em 100ml de SF0,9% Propofol: 2 seringas de 20ml Midazolam: 1 seringa de 5 ml (1mg/ml) Lidocaina 2%: 1 seringa de 5ml (20mg/ml) Fentanil: 1 seringa de 10ml (50mcg/ml) Rocuronio: 1 seringa de 10ml (10mg/ml) Atracurio (50 mg): 1 seringa de 10 ml (5 mg/ml) Quelicin: 1 seringa de 10ml (10mg/ml) o Aminas/Vasodilatadores: Atropina: 1 seringa de 5ml (0,25mg/ml) Efedrina: 1 seringa de 10ml (5mg/ml) Fenilefrina: 1 seringa de 10ml (100mcg/ml) – diluir 1 ampola de 10mg/1ml em um SF0,9% de 100ml. Adrenalina: 1 seringa de 10ml (10mcg/ml) – dliuir 1 ampola de 1mg/1ml em um SF0,% de 100ml Noradrenalina: 1 seringa de 10ml (16mcg/ml) – diluir 1 ampola de noradrenalina (4mg/4ml) em um SF0,9% de 250ml. Vasopressina: 1 seringa de 10ml (2UI/ml) – diluir 1 ampola de vasopressina (20UI) em 10ml de H2O ou SF0,9% Esmolol: 1 seringa de 10ml (10mg/ml) Cloreto de Calcio: 1 seringa de 10ml (100mg/ml) – na falta aspirar uma ampola de Gluconato de Ca Furosemida: 1 seringa de 10ml - 10mg/ml o Solucoes para infusao - devem ser preparadas rotineiramente e deixadas para pronto-uso: Remifentanil: 10mg (5 frascos de 2mg) em SF0,9%250ml (24mcg/ml) Fenilefrina: 1 ampola 10mg em SF0,9%100ml (100mcg/ml) Adrenalina: 1 ampola 1mg em SF0,9% 100ml (10mcg/ml) Noradrenalina: 1 ampola 4mg em SF0,9%250ml(16 mcg/ml) Insulina Regular: Checar disponibilidade na SO. Nao diluir rotineiramentente, caso necessario, 100 UI em 100ml SF0,9% (1UI/ml) Cloreto ou Gluconato de Ca: Diluir em 250ml de SF0,9%. Dobutamina: 1 ampola em 250mlSF0,9% (1mg/ml) o BOMBAS INFUSORAS (ANNE): deixar sempre prontas somente as 1 e 2 (descritas abaixo), ja com os equipos purgados e instalados nos respectivos canais. A 3 e usada ocasionalmente, e a 4 raramente. Pelo menos uma delas devera ter bateria para o transporte (solicitar ao tecnico) ANNE 1: • Canal A: Propofol (em caso de TIVA) – 10mg/ml; total de 100ml; bolus de 0,5mg/kg; taxa de infusao inicial de 50 mcg/kg/min. Se nao fizer TIVA, deixar livre (NAO PROGRAMADO) • Canal B: Remifentanil – programar como se fosse “Alfentanil”: 24 mcg/ml; total de 250ml; bolus de 0.5 mcg/kg; taxa de infusao inicial de 0,25 mcg/kg/min. ANNE 2: • • Canal A: Fenilefrina – programar como se fosse “Alfentanil”: 100mcg/ml; total de 100ml; bolus de 0.5 mcg/kg; taxa de infusao inicial de 0,5 mcg/kg/min Canal B: Noradrenalina – 16mcg/ml; total de 250ml; sem bolus; taxa de infusao inicial de 5 mcg/min; ANNE 3: • Canal A: Calcio (Gluconato ou Cloreto) – discutir com o “staff” a diluicao e programar em “GENERAL” em ml/h; • Canal B: Insulina – programar em “GENERAL” e em ml/h ANNE 4: • Canal A: Furosemida – programar em “GENERAL”, discutir com “staff” a diluicao e iniciar com 10mg/h • Canal B: Vasopressina – em “GENERAL”, discutir com “staff” a diluicao e iniciar com 0.04U/min ADMISSAO do PACIENTE NA SO: Monitorizacao basica (ECG, SpO2 a direita [depois a esquerda], PNI – braco direito) – feita pelo “staff” da SO; Acesso venoso periferico – Residente1: MSE 16G ou 14G; se dificil iniciar 20G para inducao somente. OBS.: atentar para local de venoclise, se possivel longe do local de puncao da arteria radial ipsilateral! Inducao: Residente2: Pre-oxigenacao bem feita (dessaturacao rapida em cirroticos – ascite), usualmente em sequencia rapida (discutir com “staff”), com rocuronio ou quelicin. Remifentanil iniciado, indutor: propofol. PNI de 1 em 1 minuto. Acesso Radial: Residente1: discutir com “staff” necessidade de puncao com o paciente “acordado”; se nao, iniciar os procedimentos de posicionamento e antissepsia concomitante a pre-oxigenacao. Logo apos a inducao, proceder ao acesso arterial, com o KIT ou extracath 20G Acesso Venoso Central: Residente2 (guiado por US, que devera ser posicionado a esquerda do paciente, logo abaixo da bracadeira; solicitar ao circulante a capa protetora para o transdutor) o Kit Introdutor 8.5Fr ou MAC o Cateter Duplo ou Triplo-lumen (melhor)/ Cateter de Dialise o Cateterismo de arteria pulmonar (apos fixacao da bainha e do cateter venoso central) Acesso Femoral PiCCO – Residente1 - geralmente a direita. SOG em sifonagem (sempre ORO, para evitar sangramento via naso) e “bite block” com gaze ou o do protetor anti-mordedura do ECO Cogitar passagem de sonda nasogastrica (em casos de retransplante, anastomose bileo-digestiva, transfusão excessiva, segundo orientação do Staff) ETE – Somente pelo “staff”, embora os cortes basicos possam ser realizados pelos R3 sob supervisao direta. Insercao do probe para avaliar funcao global e hipovolemia. Depois deixar no corte 4 camaras. FASES do TRANSPLANTE 1. Hepatectomia – risco de hipotensao devido a aspiracao de ascite volumosa; caracterizada pelo risco de sangramentos importantes, principalmente em pacientes com cirurgia abdominal previa (adesoes) e hipertensao portal grave (colaterais); instabilidade hemodinamica comum devido a mobilizacoes frequentes do figado pelo cirurgiao, o que pode causar obstrucao do retorno venoso. 2. Anepatia – O cirurgiao geralmente notifica o clampeamento da veia porta, momento em que se inicia a fase anepatica. Instabilidade hemodinamica devido ao clampeamento da veia cava inferior que pode ser total ou parcial (piggy-back). Balanco delicado entre volume e aminas vasoativas. Hipocalcemia e frequente, atentar para acidose progressiva e hipercalemia (>5mEq/L). 3. Reperfusao – Um dos momentos mais criticos do transplante, no qual o paciente pode desenvolver hipotensao arterial grave (sindrome de reperfusao) e hipertensao pulmonar. A maioria dos casos reverte com bolus de adrenalina (10mcg por vez). Por vezes, necessita de vasopressina (1 ou 2U bolus) ou azul de metileno (bolus de 2mg/kg). PADRONIZACAO DE CONDUTAS NO INTRAOPERATORIO 1. Tao logo a arteria radial e cateterizada e conectada ao sistema de monitorizacao, desprezar 10ml e coletar 4ml para ROTEM basal (colocar os 4ml em tubo azul com citrato – geralmente guardados na gaveta do ROTEM) e depois gasometria (nessa ordem); Outros exames para ROTEM de acordo com a decisao do “staff” (usualmente outro apos reperfusao e outros de acordo com a reposicao de hemocomponentes); 2. Logo apos o cateterismo de arteria pulmonar, conectar o cateter ao monitor Vigilance e iniciar as medidas de Debito Continuo (colocar no STAT mode). Calibrar SvO2 in vivo; 3. Apos a incisao e quando houver estabilidade hemodinamica (ajuste das drogas anestesicas e/ou aminas), calibrar o PiCCO (3 bolus de 15ml de solucao salina gelada pelo cateter venoso central); 4. Durante todo o transplante, a terapia de reposicao volemica sera guiada pelos parametros hemodinamicos (DC, PoAP, VVS, VPP, GEDI, etc) e pelo ETE; 5. A infusao de cristaloides e minima (1,5 a 2L em cada caso); 6. Em caso de necessidade de reposicao volemica rapida, utilizar o infusor rapido (devera conter dois Voluvens pressurizados)/ uso de albumina; Hemocomponentes tambem podem ser administrados via sistema de infusao rapida. O uso da albumina para reposicao e encorajado durante o transplante; 7. O tratamento da hipercalemia deve ser sempre agressivo, com o objetivo de manter o K+<5mEq/L. O tratamento e com infusao de calcio, furosemida, hiperventilacao moderada, insulina, bicarbonato e por fim dialise (extremamente raro no intra-operatorio). Pacientes com níveis de potássio sérico elevados no preoperatorio, bem como aqueles que receberam muitos concentrados de hemaceas possuem risco elevado de hipercalemia. 8. O tratamento de hipotensao devido a vasodilatacao e incialmente com fenilefrina(exceção feita aqueles pacientes que estejam bradicardicos, onde devemos utilizar efedrina) , depois noradrenalina, adrenalina e por fim vasopressina; 9. A sindrome de reperfusao e incialmente tratada com adrenalina 10mcg bolus por vez. Esses bolus são administrados preferencialmente no acesso venoso central, no lúmen proximal do cateter de artéria pulmonar. Se nao houver resposta (ate 50-100mcg), considerar vasopressina ou azul de metileno (ver acima). Atentar no ETE para fenomenos embolicos (TEP) durante esse periodo; 10. O controle glicemico e frequentemente necessario apos a reperfusao, com o objetivo de manter a glicemia < 200mg/dl. Insulina inciada com bolus de 5-10 U e infusao em torno de 5U/h; 11. A utilizacao de plasma, crioprecipitado ou plaquetas será sempre guiada pelo ROTEM; 12. A reposicao de hemoconcentrados sera feita de acordo com os niveis de Hb/Hcto e SvO2; 13. Se houver boa funcao do enxerto (curvas satisfatorias no ROTEM, acidose melhorando progressivamente, aminas reduzindo, paciente não tenha sido politransfundido etc), consideramos a extubacao em SO. A analgesia podera ser feita com morfina SC/ID, ou com fentanil em doses tituladas; 14. Na tentativa de se extubar em SO, reverter o BNM apos o fechamento da fascia, e iniciar o desmame do ventilador (SIMV/PSV). Pode-se titular o fentanil (25mcg por vez) de acordo com a FR do paciente (objetivo em torno de 12); 15. Transporte: momento critico, atentar para a necessidade de bomba infusora para transporte (checar se ha bateria). Usualmente transportamos o paciente somente com um soro conectado em veia periferica, sendo que os outros acessos venosos sao salinizados, assim como todos os lumens do CAP; Transporte com PAM femoral no monitor (PAM radial salinizada e disconectada do transdutor); mascara de Hudson (O2 4L/min incialmente); Levar para o CTI mascara facial, laringoscopio, TOT com guia, fentanil, propofol e drogas de ressucitacao. Condutas padronizadas por: Dr. Rodrigo Diaz – TSA/SBA, e Dr. Glauber Gouvea – TSA/SBA – Anestesiologistas do Transplante Hepatico do HUCFF-UFRJ