Faculdade de Economia Universidade de Coimbra “Minorias Étnicas”

Propaganda
Faculdade de Economia
Universidade de Coimbra
“Minorias Étnicas”
Daniela Filipa Bastos da Silva
Coimbra, 2010
Faculdade de Economia
Universidade de Coimbra
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Fontes de
Informação Sociológica da Licenciatura em Sociologia
sob orientação de Paulo Peixoto.
Daniela Silva
Coimbra, 2010
Ficha Técnica
Título: Pobreza e Exclusão Social em Portugal
Trabalho realizado por: Daniela Filipa Bastos da Silva
Nº de estudante: 2009109807
1º Ano de Sociologia
Imagem
Fotografia da Capa
Fonte:
http://ultimodosprofetas.blogspot.com/2010/03/pobreza-e-exclusao-social.html
Coimbra, 31 de Maio de 2010
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
“Ser pobre não é vergonha
Mas parece humilhação!
Pois quando digo que sou pobre
Ninguém me quer dar a mão.
Mas se é vergonha ser pobre,
O que querem afinal?
Porque deixaram haver
Tanto pobre em Portugal?”
Maria Alice da Luz
3/09/2007
Índice
1.Introdução .................................................................................................................................. 1
2.Desenvolvimento ....................................................................................................................... 3
2.1.Estadodas Artes .................................................................................................................... 3
2.1.1. O que é a Pobreza e Exclusão Social? .......................................................................... 4
2.1.2. Causas e consequências da Pobreza ............................................................................ 5
2.1.3. Quais a dimensões da pobreza em Portugal? .............................................................. 7
2.1.4.Minoria étnicas, o que são e a sua situação em Portugal............................................. 9
2.1.5 Que políticas foram adoptadas a fim de minorar a Pobreza, em Portugal? ............... 12
2.1.6. E no caso das minorias étnicas. Que políticas de combate à exclusão destas, têm
sido desenvolvidas em Portugal? ............................................................................................... 13
3. Descrição detalhada do processo de pesquisa ....................................................................... 14
4.Avaliação da página da internet............................................................................................... 16
5.Ficha de leitura ......................................................................................................................... 18
6.Conclusão ................................................................................................................................. 22
7.Referências bibliográficas ........................................................................................................ 23
Anexo A “ Página da internet avaliada”
Anexo B “ Ficha de leitura”
Introdução
No âmbito da disciplina de Fontes de Informação Sociológica, optei pela
realização de um trabalho académico, ou seja, pelo regime de avaliação contínua, tendo
assim, oportunidade de pôr em prática todas as aulas leccionadas ao longo do semestre.
Para este efeito, o tema que seleccionei foi “ Pobreza e Exclusão Social em Portugal”.
Uma vez que este é bastante actual e aborda questões que têm uma forte componente
sociológica.
Apesar dos fenómenos “Pobreza e Exclusão Social”, terem estado sempre
presentes ao longo da nossa história, é nos nossos dias, que o debate, divulgação e a
implementação de medidas de combate a estas problemáticas, se verifica com maior
intensidade e preocupação. Sendo, cada vez maior o número de casos de Pobreza e
Exclusão Social, registados no nosso país, devido a factores de ordem económica,
política e social.
Estas duas temáticas estão relacionadas entre si. Já que a Pobreza, é uma das vias
de exploração da Exclusão Social e a Exclusão Social é, por sua vez, uma consequência
da Pobreza.
Deste modo, a minha pesquisa para o desenvolvimento deste trabalho académico,
incide sobre seis subtemas os quais, interligados entre si, permitem ter uma boa
percepção das dimensões que o fenómeno “Pobreza e Exclusão Social” estão a tomar no
nosso país. Contudo e para que a sua compreensão fosse mais simplificada, optei por
fazer uma investigação mais aprofundada sobre as “Minorias étnicas”, sendo estas um
subtema destes fenómenos. Após a execução desta tarefa, formulei o meu estado das
artes, da seguinte forma: “2.1.1. O que é a Pobreza e Exclusão Social?”; “2.1.2. Causas
e consequências da Pobreza”; “2.1.3.Quais as dimensões da pobreza em Portugal?”;
“2.1.4. Minorias étnicas, o que são e qual a sua situação em Portugal?”; “2.1.5.Que
políticas foram adoptadas a fim de minorar a pobreza, em Portugal?”; “2.1.6. E no caso
das minorias étnicas. Que políticas de combate à exclusão destas, têm sido
desenvolvidas em Portugal?”. Numa fase posterior, elaborei o ponto 3, onde realizo uma
descrição detalhada do meu processo de pesquisa, seguido do ponto 4, que consiste na
avaliação de uma página da internet, que contenha informação relevante e pertinente à
realização deste projecto. O ponto 5, destina-se à realização de uma ficha de leitura que,
deve de ir ao encontro do tema principal do trabalho, seguido do ponto 6, que são as
minhas conclusões finais, após a realização do trabalho e finalmente, como não poderia
deixar de referir o ponto 7, que corresponde às referências bibliográficas, através das
quais me foi possível fazer a investigação, o desenvolvimento e encadeamento do
projecto. Este último, é um ponto fulcral à boa concepção do trabalho.
“A pobreza, enquanto uma das principais manifestações da desigualdade,
expressa-se na situação desvantajosa dos indivíduos, famílias e grupos que
estão colocados nos lugares mais baixos da estratificação social”. (Botella
apud Cardoso: 1993)
Fontes de Informação Sociológica
2
2.Desenvolvimento da Pesquisa
2.1.Estado das Artes
Como já referi, a Pobreza e a Exclusão Social são dois fenómenos que estão
interligados entre si e que têm tomado cada vez maiores proporções, não só no nosso
país, como também à escala mundial. No entanto, a abordagem que vou fazer neste
trabalho académico incide mais sobre Portugal e sobre o fenómeno da “migração”.
Para ter uma percepção mais fiável do assunto que trata a minha investigação, foi
necessário definir estes conceitos que só por si, são abrangentes e, como tal, englobam
bastantes factores e algumas definições já ultrapassadas. Posteriormente, é necessário
conhecer as causas destes fenómenos. No entanto, não basta percebê-las, é necessário
combatê-las. Sendo assim, criam-se políticas de combate e erradicação da pobreza.
Contudo, este último processo não é de fácil execução, uma vez que é notório, o
aumento da Pobreza e, por consequência, da Exclusão Social, com o passar do tempo.
Transmitindo assim, uma necessidade urgente em minorar estes fenómenos. É por isso,
indispensável uma reflexão baseada nas políticas aplicadas, no seu sucesso ou por outro
lado, no seu fracasso. Com base no impacto mundial da pobreza, “ No dia dezassete de
Outubro, assinala-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza”. (REDE
EUROPEIA ANTI POBREZA, 2009).
A pobreza é uma fonte de desigualdade social e exclusão social, que pode tomar
dimensões absolutamente estrondosas, caso não seja feito nada no sentido de a combater
ou minorar.
Fontes de Informação Sociológica
3
2.1.1 O que é Pobreza e Exclusão Social?
A problemática da pobreza remete para condições de existência que, se todas elas
se traduzem em situações sociais de carência e exclusão, não deixam, por isso, de ser
profundamente marcadas por uma especificidade de carácter nacional, social e cultural.
O significado social da pobreza e as respectivas características variam de sociedade para
sociedade, não raramente de forma bastante acentuada.
Por sua vez, a utilização do conceito exclusão social é relativamente recente,
sendo a sua abordagem dificultada pela difusão que vai tendo nos discursos políticos e
intelectuais. Com efeito, à medida que a noção de exclusão se generaliza e a sua
utilização se torna mais comum e consensual, ela torna-se mais fluida e equívoca
enquanto conceito científico. Por esta razão, torna-se pertinente construir uma
abordagem que resulte numa definição mais completa e operacionalizável.
Considerando que a desigualdade é um princípio inerente a qualquer forma de
estruturação social, torna-se legítimo esperar diferentes capacidades de articulação e de
acumulação de recursos (materiais e sociais), por parte dos actores pertencentes a uma
dada sociedade. A exclusão surge com a agudização das desigualdades, resultando
numa dialéctica de oposição entre aqueles que efectivamente mobilizam os seus
recursos no sentido de uma participação social plena, e aqueles que, por falta desses
mesmos recursos, se encontram incapacitados para o fazer. A exclusão resulta então,
numa desarticulação entre as diferentes partes da sociedade e os indivíduos, gerando
uma não- participação num conjunto mínimo de benefícios que definem um membro de
pleno direito dessa sociedade, opondo-se claramente à noção de integração social.
(Capucha et al., 1992).
A exclusão configura-se como um fenómeno multidimensional, como um
fenómeno social ou um conjunto de fenómenos sociais interligados que contribuem para
a produção do excluído. Coexistem, ao nível da exclusão, fenómenos sociais
diferenciados, tais como: o desemprego, a marginalidade, a pobreza, a discriminação,
entre outros.
Fontes de Informação Sociológica
4
2.1.2. Causas e consequências da Pobreza
A pobreza não resulta de uma única causa, mas sim de um conjunto de factores.
Factores esses, que derivam de vários domínios, tais como: (Ferreira, 1994) e
(Estanque, 2003)

Factores político-legais, como a corrupção, a inexistência ou mau
funcionamento de um sistema democrático e a fraca igualdade de
oportunidades.

Factores económicos, como o sistema fiscal inadequado, representando
um peso excessivo sobre a economia ou sendo socialmente injusto; a
própria pobreza, que prejudica o investimento e o desenvolvimento e uma
economia dependente de um único produto.

Factores socioculturais, como a reduzida instrução, a discriminação
social relativa ao género ou à raça, os valores predominantes na sociedade,
a exclusão social e o crescimento muito rápido da população.

Factores naturais, como as catástrofes naturais, os climas ou relevos
extremos e as doenças.

Problemas de Saúde, como a adição a drogas ou alcoolismo, doenças
mentais, doenças da pobreza como a SIDA e a malária e deficiências
físicas.

Factores históricos, como o colonialismo e o passado de autoritarismo
político.

Insegurança, causada pela guerra, genocídio e crime
Fontes de Informação Sociológica
5
As consequências causadas pela Pobreza, são:

A fome

A baixa esperança média de vida

As doenças

A falta de oportunidades de emprego

A carência de água potável e de saneamento

Maiores riscos de instabilidade política e violência

A Emigração

A existência de discriminação social contra grupos vulneráveis

A existência de pessoas sem-abrigo

A Depressão
Todas estas causas e consequências que estão na base da Pobreza, vão dar origem
numa fase posterior, à Exclusão social.
Fontes de Informação Sociológica
6
2.1.3. Quais as dimensões da Pobreza em Portugal?
Devido ao facto de Portugal ser um país de desenvolvimento intermédio, o seu
sistema produtivo caracteriza-se por modalidades de industrialização, índices de
produtividade e graus de modernização tecnológica e organizacional que estão bastante
aquém dos da maioria dos países da Comunidade Europeia.
O mesmo se pode dizer em relação às infra-estruturas, à escolaridade, às
qualificações profissionais e aos níveis de vida das famílias.
Trata-se de
uma
sociedade
atravessada por importantes
dualismos
e
desfasamentos, nomeadamente entre o maior dinamismo económico e demográfico das
zonas urbanas e litorais e o despovoamento e estagnação do interior rural, ou entre as
estruturas produtivas menos desenvolvidas e fórmulas jurídico-institucionais e sistemas
de aspirações que, embora heterogéneas, ganharam, após a instalação da democracia em
1974, características mais avançadas.
As insuficiências económicas, em particular das regiões rurais, têm desencadeado
prolongados fluxos migratórios, para o estrangeiro e para as principais cidades, nas
quais por sua vez se geram aglomerações de pobreza.
Estudos elaborados pela Comissão Europeia revelam que cerca de 28% das
famílias portuguesas possuem um rendimento inferior a 50 % da média nacional,
enquanto que no espaço comunitário, esse valor é de 17 %.(http://www.poefds.pt)
No entanto, a utilização dos dados obtidos no Inquérito aos Orçamentos
Familiares, permite-nos constatar que apesar de uma importante progressão dos
rendimentos médios dos portugueses, entre 1980 e 1995, essa progressão foi
acompanhada por um ligeiro agravamento da desigualdade da distribuição desses
rendimentos, especialmente entre 1990 e 1995. Segundo esta fonte, em 1995, a taxa de
pobreza, considerada como a percentagem de cidadãos que vive abaixo dos cinquenta
por cento da média dos rendimentos dos portugueses era de 10,5%, aumentando para
17,5% caso se considera-se os sessenta por cento do valor mediano dos rendimentos.
A fragilidade social e as dificuldades de inserção profissional sustentável são
agravadas em alguns grupos portadores de especiais desvantagens, tais como os
deficientes, os ex-reclusos, os imigrantes ou os toxicodependentes. A taxa de emprego
Fontes de Informação Sociológica
7
destes grupos afasta-se significativamente dos valores médios e as respostas de apoio à
empregabilidade, constituem um factor essencial à integração.
Desigualdade
de
distribuição
do
rendimento
(S80/S20)
e
Índice de rendimento por habitante (100=UE 25) – 2003, Fonte: Eurostat
Gráfico 1:
O gráfico acima representado, mostra os níveis de desigualdade social, pobreza e
exclusão social, num país como Portugal, cujo redimento per capita corresponde
actualmente a pouco mais de setenta por cento da média comunitária (1 EU 25).
Portugal é um dos países europeus que apresenta maior desigualdade na distribuição de
rendimentos e taxas mais elevadas de risco de pobreza monetária. Também os índices
disponíveis de pobreza, segundo as condições de vida (indicadores de privação
material), colocam Portugal numa posição muito desfavorável em relação aos outos
países da UE 15 (2).
(1) 72.9 por cento em 2003, 72.4 por cento em 2004 (estimativa Eurostat) e 71.2 por cento em 2005 (idem)
(2) “Material Deprivation in the EU”, Population and social conditions, Statistics in focus – 21/2005, Eurostat
Fontes de Informação Sociológica
8
2.1.4.Minorias étnicas: o que são e a sua situação em Portugal?
Esta é uma das categorias onde a incidência da pobreza e da vulnerabilidade à
pobreza é maior, afectando muitos elementos pertencentes a quase todas as minorias
étnicas residentes em Portugal. Inclui africanos provenientes de todas as ex-colónias
portuguesas, nomeadamente cabo Verde, ciganos e parte de um relativamente pequeno
grupo de timorenses. A excepção são alguns grupos de proveniência indiana que, tendo
conseguido maioritariamente uma integração económica bem sucedida na sociedade
portuguesa, formam um subconjunto exterior a esta categoria.
Trata-se, por outro lado, de uma categoria que contrasta com todas as outras no
que diz respeito à dimensão. De facto, é a que inclui menos indivíduos já que, mesmo
numa estimativa que compense largamente a subavaliação das estatísticas oficiais, se
poderá dizer que não representam, no seu conjunto, mais de cem mil a cento e vinte mil
pessoas.
A inserção profissional mais generalizada, dentro destas minorias, é nos sectores
dos assalariados, desqualificados, nomeadamente, nas áreas da construção civil, e obras
públicas, no que diz respeito aos homens, e nos serviços domésticos, de limpeza e venda
ambulante no que toca às mulheres. O caso dos ciganos é diferente, predominando as
actividades por conta própria de tipo precário e muitas vezes desenvolvidas no contexto
da economia informal.
Um factor particular da vulnerabilidade nesta categoria, e que diz respeito,
sobretudo, aos oriundos de Cabo Verde e da Guiné-Bissau é a situação de
clandestinidade daqueles que, tendo viajado inicialmente para Portugal com um visto de
turismo, não têm a sua situação de imigrantes legalizada. Não sendo possível
quantificar, o número de indivíduos que estão nesta situação, uma vez que, este
processo é por si mesmo, uma fuga às estatísticas. Mesmo assim, pode-se afirmar que
esse número inclui actualmente uma grande parte dos membros daquelas minorias. Um
dos principais modos como este factor tende em gerar pobreza ou a vulnerabilidade à
pobreza é o facto de a própria clandestinidade de estatuto propiciar a entrada no
mercado de trabalho clandestino, nomeadamente, na construção civil, com condições de
Fontes de Informação Sociológica
9
renumeração abaixo dos níveis legalmente determinados e sem condições de contrato e
segurança social.
Também aqui o perfil geral de qualificações escolares e profissionais é baixo.
Mas, mais do que noutras categorias, este factor actua no sentido de fixar, por um longo
prazo, muitos indivíduos e famílias, a condições de precariedade. Isto porque não é
muito provável que, sobretudo os imigrantes recém-chegados, cuja preocupação
fundamental é a obtenção ou conservação de um posto de trabalho e que têm condições
de existência globalmente difíceis, encontrem oportunidades para se escolarizarem ou
qualificarem profissionalmente. Tanto mais que as dificuldades do domínio da língua
portuguesa, acarretam limitações não só a uma eventual escolarização ou formação
profissional, como em termos mais latos da integração social.
A convergência desta multiplicidade de factores, faz com que entre esta categoria
e a dos desempregados haja não só uma sobreposição, como um fluxo virtual, já que a
exposição do desemprego para os que estão a trabalhar tende a ser igualmente maior do
que para o conjunto dos activos.
Outra particularidade observável é a estrutura etária particularmente jovem, que
caracteriza a generalidade das minorias étnicas. Há aqui não só um grande número de
jovens activos ou em idade activa, mas também um elevado número de crianças e
jovens em idade escolar. Este facto faz com que um dos planos em que se joga a
continuidade ou o afastamento desta categoria da situação de pobreza, seja o do destino
social da segunda geração de imigrantes e o papel que a esse nível desempenha o
sistema de ensino. No entanto, e mais uma vez, não existem dados estatísticos que
comprovem estas duas tendências, contudo, pode-se dizer que estas são distintas.
Por um lado, o processo de escolarização normal vai proporcionar a essas crianças
e jovens, qualificações em geral, superiores às das gerações dos seus pais e melhores
oportunidades de competição no mercado de trabalho, em Portugal ou no país de
origem.
Mas é também importante, por outro lado, considerar o processo de insucesso
escolar e de abandono precoce do sistema de ensino, processo este que incide de forma
mais acentuada, junto dos grupos étnicos com características culturais a que o sistema
de ensino não tem conseguido dar resposta, como é o caso dos ciganos.
É também nesta categoria que, as condições de habitação se verificam com maior
gravidade. Concentradas quase exclusivamente em zonas urbanas, onde o acesso à
habitação é geralmente mais difícil, grande parte das famílias das várias minorias
Fontes de Informação Sociológica
10
étnicas não tem outra solução que não seja o alojamento precário em bairros de lata, ou ,
eventualmente, mas em muito menor escala, a instalação em bairros de habitação social,
no caso daqueles que estão há mais tempo em Portugal e que têm a sua situação de
residência legalizada.
Dadas as diferenças étnicas e raciais, a incidência da pobreza e da vulnerabilidade
à pobreza compreende, nesta categoria, uma dimensão específica de interacção e
integração cultural, que importa ter em conta, e que se manifesta, como se pôde ver
anteriormente, no plano linguístico ou no da relação com o sistema de ensino.
Embora a questão da etnicidade em Portugal, não se tenha revestido até hoje, de
qualquer tónica conflitual genérica, problemas de discriminação e preconceito surgem
em diferentes situações, como por exemplo, no mercado de trabalho, e podem constituir
um factor complementar de agravamento das condições de existência dos indivíduos
desta categoria.
As tendências de evolução numéricas das minorias étnicas, apontam para a
continuação do crescimento que se verificou ao longo dos anos oitenta, crescimento
esse de onde advém o aumento do emprego, em sectores de actividade como a
construção civil e as obras públicas, nos quais os trabalhadores estrangeiros ocupam,
uma grande parte da mão-de-obra não qualificada. Por outro lado, a permanência de
dificuldades económicas, nos seus países de origem, não deixará de continuar a
funcionar como factor de emigração.
“ As crianças podem permanecer bilingues e podem até tornar-se biculturais, se a
minoria tiver “força” para as reter(…), mas muitas tornar-se-ão totalmente assimiladas à
cultura dominante ou sentir-se-ão alheadas tanto do grupo maioritário, como do
minoritário.” (Grosjean, 1982:225)
Fontes de Informação Sociológica
11
2.1.5.Que políticas foram adoptadas para minorar a Pobreza, em
Portugal?
Com o objectivo de erradicar o fenómeno da pobreza e exclusão social fundou-se
em 1991, em Portugal, a REAPN. Uma entidade sem fundos lucrativos, reconhecida
como Associação de Solidariedade Social, de âmbito nacional. Em 1995, foi
reconhecida, pelo Instituto de Cooperação Portuguesa, como Organização Não
Governamental para o Desenvolvimento (ONGD).
Dada a situação económica do nosso país, a REAPN delineou uma estratégia, que
deve passar pelos seguintes princípios de acção:
1 – Comprometimento/empenhamento da sociedade civil e do poder político.
2- Apostar numa abordagem abrangente, na qual os três pilares inerentes à
estratégia de Lisboa sejam operacionalizados no contexto nacional: o crescimento, o
emprego e a coesão social.
3- Garantir que se estabeleçam objectivos ambiciosos no domínio da luta contra a
pobreza e exclusão social e que se aposte, numa coordenação das políticas, tendo como
horizonte temporal o ano 2010 – Ano Europeu da luta contra a Pobreza e Exclusão
Social.
4 – Descentralização da luta contra a pobreza e a exclusão social.
5 – Direito a um rendimento mínimo e a uma protecção social adequada.
Como já foi acima referido, este ano (2010), celebra-se o “Ano Europeu de
Combate à Pobreza e à Exclusão Social”. Os princípios consignados nesta iniciativa,
são, considerar a pobreza e a exclusão social segundo a óptica dos direitos de cidadania,
responsabilidade partilhada e participação, coesão, empenho e acções concretas. A
proposta que esta organização faz, a cada indivíduo, a fim de pôr término a este
fenómeno, é, respeitando a igualdade entre homens e mulheres, valorizando a escola,
promovendo os direitos das crianças, sendo voluntário, não discriminando os
imigrantes, defendendo o envelhecimento activo, respeitando as pessoas com
deficiência e defendendo o direito a um trabalho digno.
Fontes de Informação Sociológica
12
2.1.6. E no caso da minoria étnicas. Que políticas de combate à
exclusão destas, têm sido desenvolvidas em Portugal?
Portugal adoptou nos últimos anos uma política avançada para a integração dos
imigrantes e para uma orientação responsável e realista, na gestão dos fluxos
migratórios, com pleno empenhamento no combate à imigração ilegal e ao tráfego de
seres humanos, bem como na cooperação europeia e internacional. A nova lei da
nacionalidade, a nova lei dos estrangeiros, a promoção do reagrupamento familiar, o
Plano para a Integração dos Imigrantes, o trabalho do alto Comissariado para a
Imigração e para o Diálogo Intercultural, o reforço do Programa “Escolhas”, o aumento
do apoio às associações de imigrantes, o Programa Português para Todos, são marcas de
uma política de imigração internacionalmente reconhecida e que se afirmou, como uma
nova geração de políticas sociais.
Assim, o governo português, propõe na próxima legislatura, a lançar um novo
Plano para a integração dos imigrantes; implementar a quarta geração do Programa
Escolhas; reforçar as medidas de apoio à formação profissional e ao empreendedorismo
dos imigrantes; garantir o pleno acesso dos imigrantes aos direitos sociais e combater o
abandono e o insucesso escolar dos descendentes dos imigrantes; apoiar a formação dos
professores, para assim, conseguirem dar resposta às dificuldades destas comunidades e
da multiculturalidade no espaço social e cultural; aprofundar o combate à
discriminação; aprofundar a participação dos imigrantes na vida cívica e política;
alargar o direito de petição aos estrangeiros residentes em Portugal, há muito tempo;
melhorar os serviços de atendimento aos imigrantes; aprofundar os programas de
requalificação dos bairros mais desfavorecidos e criar instrumentos que facilitem as
migrações circulares dos idosos e reformados imigrantes, e continuar a apoiar o
reagrupamento familiar.
Fontes de Informação Sociológica
13
3.Descrição detalhada do processo de pesquisa
A primeira tarefa a executar neste trabalho académico, foi a escolha do tema de
partida, para depois poder assim, proceder à delimitação do mesmo. Deste modo, o tema
escolhido foi “ Pobreza e Exclusão Social em Portugal”. O que me levou à escolha deste
tema foi as dimensões que este fenómeno tem tomado não só no nosso país, como
também a nível mundial, a sua própria problemática e por o considerar bastante
relevante para uma consequente abordagem sociológica.
Posteriormente a esta fase vem a delimitação do tema, factor crucial para o bom
desenvolvimento de futuras pesquisas e para o sucesso deste trabalho académico. Desta
forma, recorri a livros relacionados com o tema e numa fase posterior recorri aos novos
meios de comunicação, como a internet.
Os livros que consegui encontrar não só na Biblioteca da Faculdade de Economia
da Universidade de Coimbra, como também no catálogo online do Centro de Estudos
Sociais, permitiram-me retirar as principais definições de cada um dos conceitos
inerentes à pesquisa e contrapor as suas teorias com aquelas que fui encontrando nos
vários sítios que visitei, através da internet.
No domínio dos novos meios de comunicação, optei por iniciar a minha pesquisa
no motor de busca Google e digitando as suas seguintes expressões “Pobreza e Exclusão
Social em Portugal”. Usei este pesquisa booleana (com aspas), pois pretendia que o
Google ao apresentar os resultados encontrados, me fornecesse informação que
contivesse as palavras que tinha registado. Dos resultados que me foram apresentados,
cliquei no endereço: http://www.poefds.pt e através da leitura do texto, encontrei
bastante informação sobre os planos, políticas e outras associações que trabalham em
conjunto com esta, no combate ao fenómeno da pobreza e exclusão social. De seguida e
para obter informações que tivessem directamente relacionadas com Portugal, através
do motor de busca Google e digitando as palavras-chave “ Pobreza”, “Exclusão social”
e “ Portugal”, encontrei o seguinte endereço: http://www.presidencia.pt. Após a sua
visualização, apercebi-me que se tratava do sítio Oficial da Presidência da República de
Portugal. O
Fontes de Informação Sociológica
14
mesmo foi-me bastante útil no desenrolar da pesquisa, na medida em que, foi daí que
retirei os pontos que fazem referência às medidas de erradicação da pobreza proposta
por
Portugal.
Numa
fase
posterior,
ainda
acedi
ao
seguinte
endereço:
http://www.reapn.org/, no qual acedi a algumas das suas publicações da revista
“Rediteia”, a fim de contrapor algumas das suas teorias com outra pesquisa encontrada
na internet.
Par dar término ao meu trabalho de pesquisa, necessitava de um artigo de uma
revista científica e, para isso, recorri mais uma vez, ao motor de busca Google,
registando as seguintes palavras-chave: “pobreza + exclusão social + (revista de
ciências
sociais)”
e,
dos
resultados
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/1468.pdf,
obtidos
onde
cliquei
encontrei
no
um
endereço:
artigo
em
português, da Revista de Ciências Sociais, da Faculdade de Letras, da Universidade do
Porto, muito interessante.
Terminado o processo de recolha de informação, dediquei-me à sua leitura.
Considero importante referir que, para a realização deste trabalho académico, dei maior
prioridade à informação retirada das fonte impressas (como livros, jornais e revistas), do
que às fontes retiradas da internet. Contudo, estas últimas não deixaram de ser
importantes para o desenvolvimento do trabalho.
Fontes de Informação Sociológica
15
4. Avaliação de uma página da internet
http://www.cidadaniaemrede.pt
Esta página da internet foi a que seleccionei para proceder à sua avaliação. Na
medida em que, o tema que está na base da sua criação está directamente relacionado
com o trabalho que desenvolvi, no âmbito da disciplina de Fontes de Informação
Sociológica. Esta página faz referência aos diferentes tipos de exclusão e aborda as
diversas condicionantes da exclusão social, nomeadamente às temáticas, da pobreza e
das minorias étnicas. Uma das principais razões que me levou à escolha desta página
como elemento de avaliação, foi o facto de esta estar bem conseguida e de conter
informação relevante para uma melhor compreensão e apreensão das dimensões e das
questões que estão subjacentes a esta problemática.
Numa primeira instância, esta página apresenta um bom nível de acessibilidade,
uma vez que não se dirige a um público específico, o registo de língua utilizado é
corrente, as diversas metodologias e os instrumentos de informação, são de fácil
compreensão. Esta página tem como principal objectivo informar as pessoas como
devem agir perante uma situação de exclusão, as várias associações que actuam no
sentido de minorar estas práticas e alguns conceitos importantes, que devemos ter bem
presentes quando abordamos este tema.
Um outro critério de selecção é o facto de esta página ter um aspecto bastante
apelativo pois, apresenta a informação que pretende transmitir, segundo elevado padrões
de organização, apresenta igualmente uma diversidade de ícones e espaços para cada
cidadão se poder exprimir e colocar as suas questões acerca deste problema social e do
exercício da cidadania.
A página “Movimento Cidadania em Rede”, possuí uma coluna do lado direito,
onde contém várias secções, que permitem a qualquer um que aceda à mesma, ver quais
as actividades que estão em desenvolvimento e as que ainda estão por executar, aceder
Pobreza e Exclusão Social em Portugal
Fontes de Informação Sociológica
16
ao “blog” da página e ainda obter informações mais precisas sobre o tema. Do lado
esquerdo, por sua vez, existe um espaço criado para aqueles que quiserem participar
nesta iniciativa, partilhando as suas experiências ou dando o seu parecer acerca destas
questões; tem ainda, para além da informação disponibilizada a cada cidadão, duas
secções, que nos dão a conhecer quais os direitos e deveres das crianças; a forma como
o exercício da cidadania, se relaciona com a preservação do ambiente. Factores, cuja sua
discussão e divulgação torna-se bastante pertinente, dado os problemas ambientais e de
civismo que o nosso país atravessa.
Para além disso, esta página apresenta uma componente fortemente relacionada
com o exercício do direito, uma vez que, para além de todos os ensinamentos que esta
nos fornece ao nível social, esta também nos dá a conhecer, como é que a legislação
analisa e procede neste tipo de situações.
Em relação ao grafismo, penso que está adequado, na medida em que, é simples,
usa pouca diversidade de cores, tendo um fundo claro e o texto a preto – o que favorece
a leitura.
O sítio utiliza algumas imagens, mas não em demasia, o que a torna ainda mais
apelativo para quem o visita.
A página por mim escolhida, tal como disse no início, enquadra-se perfeitamente
no tema “Pobreza e Exclusão Social em Portugal” e como não poderia deixar de frisar, a
visita a esta página é totalmente aconselhável para quem estiver interessado em
aprofundar estas questões e instruir-se no sentido de saber como há-de agir, numa
situação destas ou a quais organizações se deve dirigir. No entanto, a mesma não foi
utilizada por mim, como fonte primordial na execução deste trabalho académico.
Fontes de Informação Sociológica
17
5. Ficha de leitura
Título da publicação: A Pobreza e a Exclusão Social: Teorias, Conceitos e
Políticas Sociais em Portugal
Autor(es)
: Eduardo Victor Rodrigues, Florbela Samagaio, Hélder Ferreira,
Maria Manuela Mendes e Susana Januário
Local onde se encontra: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/1468.pdf
Data de publicação: 1999
Nº de páginas: 36
Assunto: A pobreza e exclusão social
Palavras-chave: desemprego; habitação; saúde; família;
Data da leitura: Maio de 2010
Observações: Este artigo faz parte da Revista da Faculdade de Letras, da
Universidade do Porto, nº9 , 1999.
Notas sobre os autores:
Eduardo Victor Rodrigues é Sociólogo e Professor na Faculdade de Letras da
Universidade do Porto.
Sobre os restantes autores não consegui encontrar os dados biográficos relativos
aos mesmos.
Resumo:
Este artigo, aborda a temática “ Pobreza e Exclusão Social” no contexto social e
toma-a, como um problema social. Para além de mostrar as diferentes definições que
têm sido construídas, em volta destes dois conceitos, este artigo mostra-nos ainda, o
modo como a legislação portuguesa tem evoluído, nas diferentes áreas da protecção
social como, a saúde, habitação, família e justiça.
Fontes de Informação Sociológica
18
Estrutura:
O primeiro ponto abordado neste artigo, é intitulado: “Pobreza e Exclusão Social:
breve abordagem teórica”, em que os autores desenvolvem, o modo como estes dois
conceitos têm assumido diferentes dimensões e significados, com o passar do tempo.
Deste modo, a exclusão social é caracterizada pela reprodução de uma ruptura nos
laços entre o indivíduo e a sociedade, originando uma quebra na própria unidade social.
Assim sendo, os processos de exclusão, traduzem a acumulação de deficiências ou
insucessos em várias esferas sociais, caracterizada também por uma forma de ruptura
dos laços simbólicos. Para além disso, consta também ainda, a definição de “ excluído”,
como sendo alguém que não se enquadra ou não consegue formar uma identidade no
trabalho, na família ou na comunidade.
No domínio da pobreza, este conceito tem uma multiplicidade de significados, na
medida em que, cada uma das suas dictomias origina uma definição diferente.
Contudo, existem diferenças na análise destes dois fenómenos. Já que o primeiro
pode ser avaliado de uma maneira mais simples, ou seja, através de um standard
mínimo em termos de rendimentos e nível de vida. Enquanto que, a exclusão social,
contém um conjunto de causas e de consequências entrelaçadas entre si e , as quais , não
podem ser resumidas a situações de falta ou carência , termos de recursos patrimoniais
individuais ou globais.
Posto isto, o autores vão proceder a uma explicação concreta do que são
categorias sociais e quais as que estão na origem da exclusão e da pobreza.
Outro ponto focado neste artigo, diz respeito ao “trabalho, emprego e
desemprego”, no qual, os autores explicitam os diferentes conceitos, em diferentes
perspectivas. No entanto, estes, falando numa perspectiva de políticas sociais, abordam
a questão do combate ao desemprego como questão primordial, uma vez que este traduz
não só uma ausência de rendimentos, como um factor multiplicador da incapacidade de
inserção social, sob a forma de exclusão social.
De seguida, os autores vão dar a conhecer uma possível definição de integração
social, sendo esta, uma questão que se opõe à da exclusão social. Entende-se assim por
integração social, todos aqueles que de algum modo, se esforçam por cumprir as normas
sociais e por tentarem fazer parte de um grupo ou de uma classe. Para este efeito, os
órgãos governativos do nosso país, criaram uma organização denominada “ Protecção
social”, a qual tem como principal objectivo, defender os direitos do cidadãos,
Fontes de Informação Sociológica
19
conceder-lhes melhores condições de vida e criar programas e políticas de apoio à
integração social.
O ponto seguinte é um segmento do anterior, uma vez que, trata de uma das áreas
de intervenção da protecção social. Esta área diz respeito à saúde. Na área da saúde e
com o passar do tempo, o Estado foi criando novas instituições de apoio tais como, o
Serviço Nacional de Saúde. Este, por sua vez, tem subjacentes à sua criação alguns
princípios como, o acesso por parte de todos os cidadãos aos serviços de saúde, o
benefício dos serviços de prevenção, ambulatório e cuidados de reabilitação hospitalar e
a gratuitidade.
Outra área de intervenção focada neste artigo é a habitação. Nesta vertente, o
Estado concedeu através das suas instituições bancárias, empréstimos de arrendamento
a jovens, empréstimos à habitação e ainda, para o caso daqueles que se encontram em
situações financeiras mais carenciadas, criou o chamados bairros de lata ou bairros
sociais.
A “Família” é outra das áreas de intervenção da protecção social , a que o artigo
faz referência. Esta área tem uma elevada importância para o Estado, na medida em que
esta é reconhecida pela Constituição da República Portuguesa, como elemento
fundamental da Sociedade. Deste modo e com a existência cada vez maior, de famílias
monoparentais, o Estado criou fundos de apoio à criança, criou subsídios para aqueles
cujos os pais estão divorciados e não podem pagar a chamada pensão de alimentos;
criou subsídios de desemprego, para que as famílias que se encontram nestes casos,
possam sobreviver; criou pensões de sobrevivência e abonos escolares, a fim de dar
novos incentivos e criar novas oportunidades ao que vivem nesta situação.
O último ponto do artigo, fala sobre a justiça, nomeadamente no que se refere aos
maus tratos a menores. Neste domínio e a fim de criar novas condições, integrando estes
indivíduos na sociedade e criando-lhes novas oportunidades, para que estes também
possam, por sua vez, ter uma vida digna e consigam atingir os seus objectivos pessoais.
Para este efeito, o Estado criou através da Segurança Social, instituições de acolhimento
a menores, nas quais trabalham profissionais das diversas áreas ligadas às Ciências
Sociais e que, se responsabilizam diariamente, por assegurar o bem-estar e a segurança
destas crianças.
Sintetizando tudo o que foi dito anteriormente, neste artigo, tentou-se relacionar a
exclusão social e a territorialidade das medidas de política social. Deste modo, o estudo
Fontes de Informação Sociológica
20
centrou-se nas políticas estatais que se destinam à resolução ou minorização das
potenciais situações de desigualdade.
Assim, podemos concluir que existe um forte envolvimento do Estado, no sentido
de combater este tipo de situações e criar novas condições de integração e de apoio aos
seus membros, concedendo-lhes políticas sociais de apoio à inserção e integração dos
cidadãos.
Fontes de Informação Sociológica
21
6. Conclusão
À medida que fui realizando o meu trabalho, fui tentando dar a conhecer de forma
clara e precisa, o carácter desta problemática e todos os assuntos/temas que estão
ligados à mesma.
Um dos maiores problemas com que me deparei durante a execução deste
trabalho, foi o excesso de informação existente sobre este tema, o facto de muita dela
ser repetitiva e de o tema ser bastante vasto. No entanto, e para tornar a minha
abordagem mais simples e de mais fácil compreensão, optei por explorar dentro da
pobreza e da exclusão, de forma mais sucinta, as minorias étnicas.
Com a realização deste trabalho, pude apreender as dimensões que esta
problemática está a tomar, principalmente no que diz respeito ao nosso país e que ainda
hoje, este fenómeno é encarado com bastante indiferença, por parte dos indivíduos. Para
combater este factor, têm sido implementadas algumas medidas, não só por parte do
governo, como também por diversas organizações ligadas à área.
Tendo em conta, os objectivos pretendidos para a realização deste trabalho, ouso
dizer que fui bem sucedida, na medida em que, foi um trabalho que me deu alguma
satisfação pessoal durante o seu período de desenvolvimento, não só pelos conceitos,
conhecimentos e teorias que apreendi sobre o tema em questão, mas também pelos
processos de pesquisa que tive de aplicar, e que penso serem bastante importantes para
uma fase posterior do curso.
Fontes de Informação Sociológica
22
7. Referências Bibliográficas
i) Fontes impressas:
 Almeida, J.Ferreira de, Luís Capucha, António F.da Costa, Fernando
L.Machado, Isabel Nicolau, Elizabeth Reis (1992), Exclusão Social. Factores e
Tipos de Pobreza em Portugal. Oeiras: Celta Editora
 Cardoso, Ana (1993), A outra face da cidade: pobreza em bairros degradados
de Lisboa, Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa
 Estanque, Elísio (2003), “O efeito da classe média”, in Manuel Villaverde
Cabral, Jorge Vala e André Freire (orgs.), Desigualdades Sociais e Percepções
de Justiça. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 82105
 Ferreira, Claudino (1994), Pobreza, cidadania e desqualificação social:uma
abordagem sociológica da exclusão social em Portugal – Coimbra: Faculdade de
Economia da Universidade de Coimbra
 François, Grosjean (1982), Life with two languages: an introduction to
bilingualism, Cambridge:Harvad University Press
ii) Internet

António Parente Webblog (2006), “Erradicar a pobreza e a exclusão
social”.Página consultada em 23 de Maio de 2010,
<http://antonioparente.weblog.com.pt>
 Página Oficial da Presidência da República Portuguesa (2010), “Desigualdade
social, pobreza e exclusão”. Página consultada em 22 de Maio de 2010,
<http://www.presidencia.pt/?idc=24&idi=617>
 Programa Operacional de Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (2010)
, “Pobreza e Exclusão Social”. Página consultada em 23 de Maio de 2010,
<http://www.poefds.pt>
 Rede Europeia Anti Pobreza / Portugal (2010). Página consultada em 22 de
Maio de 2010, <http://reapn.org/documentos_visualizar.php?ID=109>
Fontes de Informação Sociológica
23
 Rodrigues, Eduardo et al. (1999), “Pobreza e Exclusão Social: Teorias,
Conceitos e Políticas Sociais em Portugal”. Revista da Faculdade de Letras da
Universidade do Porto, 9, 63-99.Página consultada a 30 de Maio de 2010,
<http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/1468.pdf.>
Fontes de Informação Sociológica
24
Anexo A
Página da internet :
Anexo B
Texto de suporte da ficha de leitura (em anexo (pdf) no formato informático)
Download