SOBECC comVocê - Itarget Tecnologia

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SOBECC comVocê
no Bloco Operatório
Informativo da SOBECC para
Profissionais de CC, RA e CME
Número 2 - abril / maio / junho - 2014
Assistência humanizada e de
excelência na Saúde Pública
destacam o HC da UC da UFG (GO)
Entrevista
Profª Drª Ligia
Fahl Fonseca
Na Prática
Conceitos básicos de
1
esterilização em autoclave
2
Índice
Agenda.............................................................5
HOSPITAL EM FOCo.....26
Congressos, eventos e cursos do setor
Hospital das Clínicas da
Universidade Federal de Goiás
Associados...................................................6
2º Curso Virtual – Módulo II – Monitorização
dos indicadores de processos
SOBECC Informa........................................ 7
Na prática.................................................. 32
Conceitos básicos sobre esterilização a vapor
saturado – autoclave
Como publicar a pesquisa científica na Revista
SOBECC e artigos selecionados da edição de
Junho
Opinião........................................................ .34
Giro de Notícias......................................8
Bem-Estar.................................................... 35
Destaques dos principais eventos do setor
Benefícios da Aromaterapia no cuidado
pessoal
Entrevista.................................................. 10
Profa. Dra. Lígia Fahl Fonseca fala da imagem
do Enfermeiro e mercado em geral
Especial 9º Simpósio
Internacional........................................12
Palestras, valores dos prêmios da Exposição
de Pôsteres, inscrições e tema da festa de
confraternização
Profa. Dra. Simone Garcia Lopes reflete sobre a
evolução das CMEs
networking.............................................. 36
Presença da SOBECC no 15º Congresso
Mundial de Esterilização
Fora da Profissão............................... 38
Enfermeira encontra no
Beach Tennis a forma para
manter a qualidade de vida
EXPEDIENTE
SOBECC
Diretoria da SOBECC - Gestão 2013-2015
Órgão oficial da Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e
Centro de Material e Esterilização.
Presidente: Márcia Hitomi Takeiti • Vice-presidente:
Lígia Garrido Calicchio • Primeira-secretária: Liraine
Laura Farah • Segunda-secretária: Simone Garcia
Lopes • Primeira-tesoureira: Simone Batista Neto
Arza • Segunda-tesoureira: Mara Lúcia Leite Ribeiro
• Diretora da Comissão de Assistência: Marcia Cristina
Pereira • Membros da Comissão de Assistência: Mércia
Pacheco e Edmilson Almeida • Diretora da Comissão
de Educação: Giovana Abrahão de Araújo Moriya
• Membros da Comissão de Educação: Tânia Regina
Zeni • Maria Clara Padoveze • Diretora da Comissão
de Publicação e Divulgação: Eliane da Silva Grazziano
• Membros da Comissão de Publicação e Divulgação:
Rachel de Carvalho • Ana Lúcia de Mattia • Diretora
do Conselho Fiscal: Rosa Maria Pelegrini Fonseca •
Membros do Conselho Fiscal: Mariângela Belmonte
Ribeiro e Kátia Aparecida Ferreira de Almeida •
Diretora da Comissão e Eventos Regionais: Andrea
Alfaya Acunã.
Comissão de Publicação e Divulgação - Diretora: Drª Eliane da Silva Grazziano (Universidade Federal de
São Carlos – UFSCAR) • Membros: Drª Rachel de Carvalho (Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita
Albert Einstein – FEHIAE) e Drª Ana Lúcia de Mattia (Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG)
Equipe Técnica – Coordenação: Sirlene Aparecida Negri Glasenapp • Redação: Andrea Fagundes
(MTb 40.376) • Edição: Evelina Fyskatoris (MTb 46.219) • Projeto Gráfico: Reinaldo Andreatta • Produção
Gráfica: Randreatta Design • Secretária: Maria Elizabeth Jorgetti • Claudia Martins Stival • Tiragem: 6.000
exemplares • Impressão: Editora Referência Ltda.
A SOBECC com Você é uma publicação trimestral da SOBECC, dirigida a profissionais de Enfermagem do
Bloco Operatório, com o objetivo de divulgar notícias, eventos, cases, boas práticas de assistência à saúde,
ideias, opiniões e lançamentos de produtos para área. A reprodução parcial ou total de qualquer matéria
desta edição só é permitida mediante autorização.
Rua Vergueiro, 875, conj. 64, Liberdade, CEP 01504-001, - São Paulo, SP
CNPJ: 67.185.215/0001-03
Fone: (11) 3341-4044
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www.sobecc.org.br
3
editorial
Construção da
competência
Realizar a gestão dos cuidados, dos profissionais
e dos recursos. Essas são as principais funções
do Enfermeiro do Bloco Operatório, visando a
garantia da segurança do paciente, o controle das
infecções e a prevenção dos eventos adversos. As
competências desse profissional estão diretamente
associadas ao conhecimento tecnológico e às
boas práticas mundiais da assistência no bloco
operatório. Entendemos que os avanços das
tecnologias e as exigências de cuidados de
saúde mais seguros demandam atualizações
constantes. Por isso, a SOBECC investe fortemente
em iniciativas teórico-práticas como forma de
fomentar o conhecimento em prol à segurança e
da qualidade assistencial.
Com esse caráter, está chegando o 9º Simpósio
Internacional de Esterilização e Controle de
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde.
Preparamos para você uma programação de alta
qualidade. Mais de 20 palestrantes, nacionais
e internacionais, levarão para debates as
tendências e desafios de nosso setor, bem como
compartilharão o que o mundo está fazendo de
melhor em processos de esterilização, em controles
de infecção e em sistemas de qualidade de CME.
A sua participação nessas discussões é
fundamental para o desenvolvimento profissional
dentro das organizações de Saúde a fim de
fortalecer cada vez mais a importância de nosso
papel perante a sociedade, como profissionais
que contribuem diretamente para qualidade da
assistência à Saúde no País. Aproveite o nosso
valor promocional para inscrição no evento. Veja
esta e outras informações na matéria que trata o
9º Simpósio Internacional.
4
Convidamos você a conferir outros destaques
desta edição, como a notícia sobre a apresentação
do Módulo I – Conceitos básicos de esterilização,
do Curso Virtual, realizado no dia 27 de maio; o
artigo da Profª Simone Garcia Lopes, que traz
uma reflexão da evolução das Centrais de Material
e Esterilização; a entrevista com a Profa. Dra.
Lígia Fahl, que fala da imagem do Enfermeiro.
Leia, ainda, em Hospital em Foco, a experiência
do HC-UFG (GO) na assistência humanizada e
de excelência na Saúde Pública; e uma matéria
com uma profissional que, fora da Enfermagem,
encontrou na prática do Beach Tennis a forma para
aumentar a sua saúde e qualidade de vida.
Por fim, reforçamos nosso prazer em encontrar
você no 9º Simpósio Internacional. Estamos
esperando por você.
Boa leitura!
Márcia Hitomi Takeiti
Presidente da SOBECC Nacional
9º Simpósio Internacional de Esterilização
e Controle de Infecção Hospitalar
Data: 17 a 20 de Setembro de 2014
Local: Palácio das Convenções do Anhembi - São
AGENDA
Paulo, SP
Informações: www.sobecc.org.br
15º Congresso Mundial de Esterilização WFHSS
Data: 15 a 18 de Outubro de 2014
Local: Praga, República Tcheca
Informações: www.wfhssprague2014.com
Curso Online - Apenas para
Associados à SOBECC
Módulo II - Monitorização (Parâmetros Físicos,
Químicos e Biológicos)
Data: 24 de julho de 2014
Horário: 18h30
XIV Congresso Brasileiro de Controle de
Infecção e Epidemiologia Hospitalar
Data: 19 a 22 de Novembro de 2014
Local: Expo Unimed Curitiba - Curitiba, PR
Informações: www.abev.com.br/
controledeinfeccao
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ASSOCIADOS
Curso Virtual – Módulo II será realizado dia 24 de julho
No dia 24 de julho, será ministrado o Módulo II – Monitorização (Parâmetros Físicos, Químicos e Biológicos)
do Curso Virtual, organizado pela SOBECC. O módulo será transmitido ao vivo pela Internet e apresentado
pelo engenheiro Paulo Roberto Laranjeira, da Orion Consultoria e Engenharia, que abordará os tipos e as
características de cada indicador de processo e como eles ajudam a garantir a esterilização.
Próximo da data do evento, a SOBECC divulgará o link para inscrição e horário da apresentação. No dia do
curso, os participantes poderão interagir com o especialista, enviando perguntas por meio do chat.
O Curso Virtual – Módulo III – Qualificação do
equipamento de esterilização está marcado para
o dia 28 de agosto. Anote na sua agenda!
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SOBECC INFORMA
Revista SOBECC muda
para promover o
progresso da ciência
A Revista SOBECC, publicada desde 1996, iniciou
uma nova fase. A publicação passou por alterações
gráficas e editoriais para se adequar às normas de
um periódico científico a fim de elevar a qualificação
dentro dos indexadores nacionais e internacionais.
A edição nº1 de 2014 já está circulando nesse
novo formato, apresentando novas pesquisas em
Enfermagem. A iniciativa foi um importante passo da
Associação na promoção do progresso da ciência.
A Revista Científica SOBECC de junho traz
para você os seguintes resultados de estudos:
• Infusão venosa aquecida relacionada à prevenção
das complicações da Hipotermia Intraoperatória;
• Análise entre o tempo cirúrgico e as variações da
temperatura e umidade em Sala de Operação;
• Processamento de artigos rara Terapia Ventilatória;
• Atuação do Enfermeiro na estruturação e
implantação de uma Sala Operatória Híbrida;
• Cirurgias Seguras: elaboração de um instrumento
de Enfermagem Perioperatória;
• Presença de familiares durante a indução
anestésica de crianças;
• Avaliação da cultura de segurança do paciente
em Centro Cirúrgico; e
• Hipotermia Acidental: implicações para os
cuidados de Enfermagem no transoperatório.
Publique sua pesquisa
Para quem segue no universo da pesquisa, a
publicação dos resultados em periódicos científicos
bem classificados só vem acrescentar à carreira.
Você, que é autor de pesquisas e pretende submeter
os resultados à Revista SOBECC, confira abaixo
as normas de publicação, que foram atualizadas.
Lembre-se de que seu trabalho deve atender aos
seguintes fundamentos básicos: rigor teórico e
metodológico e contribuição de valor.
Os temas devem estar relacionados com as áreas de
Enfermagem Perioperatória, Enfermagem Cirúrgica,
Enfermagem em Centro Cirúrgico (CC), Recuperação
Anestésica (RA) ou Centro de Material e Esterilização
(CME). A seleção dos trabalhos fica a critério do
Conselho Editorial, que leva em conta a relevância
para a prática, a clareza e a coerência dos dados,
evitando, ainda, a redundância no conteúdo.
Para
publicação
são
aceitos
trabalhos
desenvolvidos
por
Enfermeiros,
outros
profissionais da saúde e discentes de cursos de
graduação e de pós-graduação em Enfermagem.
Os manuscritos devem ser enviados com
exclusividade à Revista SOBECC e estar de acordo
com as normas de publicação divulgadas no site
da SOBECC: www.sobecc.org.br
Os artigos publicados passaram a ser oito por revista.
A Associação já está recebendo as pesquisas para a
edição nº 3, que veiculará em setembro.
A Revista SOBECC (Rev. SOBECC), ISSN 14144425, é uma publicação oficial de divulgação técnico-científica
da Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e
Esterilização (SOBECC), sendo publicada trimestralmente, com a finalidade de divulgar a produção científica da
Enfermagem nas áreas de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização.
7
GIRO DE NOTÍCIAS
Congresso AORN - Chicago
(Illinois, EUA)
A diretora da Comissão de Assistência da SOBECC,
Marcia Cristina Pereira, representou a entidade
na 63ª edição do Congresso AORN, considerado
um dos maiores eventos da área de Enfermagem
Perioperatória. O evento foi realizado entre 30 de
março e 2 de abril de 2014, em Chicago, Illinois
(EUA), e reuniu mais de cinco mil participantes, entre
eles, Profª Drª Rachel de Carvalho da Faculdade de
Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein
(FEHIAE) e membro da Comissão de Publicação e
Divulgação da Revista Científica da SOBECC. De
acordo com a diretora, os debates tiveram foco em
liderança, segurança do paciente e inovação. “Foi
muito interessante perceber que o Brasil possui
tecnologia e atendimento de enfermagem de alto
nível. Porém, precisamos amplificar e divulgar o
trabalho que fazemos”, assinala Marcia. O Brasil teve
representação importante na exposição de Pôsteres,
com mais de dez trabalhos científicos expostos.
Rachel de Carvalho e Marcia Cristina
Pereira, da diretoria da SOBECC
INFECON - Guarujá (SP)
Entre 3 a 5 de abril de 2014, ocorreu a 3ª edição do
Congresso Internacional de Prevenção de Infecção
(INFECON), no Hotel Sofitel Jequitimar, no Guarujá
(SP), com organização e realização da 3M do Brasil. O
evento tratou de temas relevantes, como a resolução
RDC-15 para Centros de Material e Esterilização (CME),
e contou com a presença de importantes especialistas
nacionais e internacionais. A presidente da SOBECC,
Márcia Hitomi Takeiti, além de representar a Associação
no evento, foi moderadora da mesa-redonda “Práticas
de controle de infecção – o papel das associações e
sociedades de classe”, que abordou o tema cirurgia
segura com foco em prevenção de infecção (RDC 36) e
rótulos do processo de esterilização.
Da esquerda para a direita, Andréa Alfaya Acunã, Giovana Abrahão de Araújo
Moriya e Ana Tércia Barijan, da SOBECC, Luiz Carlos Fonseca e Silva, da ANVISA,
Virginia Godoy, da UERJ, e Paulo Roberto Laranjeira, da Orion CE.
8
1º Congresso Paulista de Enfermagem - São Paulo (SP)
No Palácio das Convenções do Anhembi (SP), entre 23 e 26 de abril de
2014, foi realizado o 1º Congresso Paulista do Conselho Regional de
Enfermagem de São Paulo (COREN-SP). Membros da diretoria da SOBECC
Nacional realizaram o workshop “O avanço tecnológico no Atendimento
Transoperatório visando à segurança do paciente: prevenção de infecção
de Sítio Cirúrgico”. A apresentação foi realizada por meio de aula teórica,
seguida de demonstração prática das oficinas, divididas em quatro
estações: Admissão do paciente em Sala Operatória e assistência de
enfermagem na Anestesia; Posicionamento cirúrgico; Contagem de
compressas, descarte de material perfurocortante e registro de espécime
para anatomia patológica; e Assistência de enfermagem na Sala de
Recuperação Pós-anestésica. O workshop foi ministrado pelas comissões
e membros da diretoria da SOBECC, respectivamente, Rosa Maria Peligrini
Fonseca e Mariangela Belmonte Ribeiro; Giovana Abrahão de Araújo
Moriya; Comissão de Assistência, Márcia Cristina Pereira, Mércia Pacheco
e Edmilson Almeida; Simone Batista Neto Arza e Maria Lúcia Leite Ribeiro;
e Liraine Laura Farah.
Estação nº 3: Fase intraoperatória
pós-incisão cirúrgica até
fechamento e curativo
V Seminário de Esterilização Porto Alegre (RS)
Da esquerda para a direita, Andréa Alfaya
Acuña, da SOBECC Nacional, Luiz Carlos
O V Seminário de Esterilização e Controle de
Infecção da Santa Casa de Misericórdia de Porto
Alegre, do Rio Grande do Sul, foi realizado nos
dias 24 e 25 de abril de 2014, no Anfiteatro Hugo
Gerdau. A diretora da Comissão de Eventos
Regionais da SOBECC, Andréa Alfaya Acunã,
realizou a palestra “O perfil do profissional do
Centro de Material e Esterilização está mudando”,
abordando liderança, competências, como atuar
em equipe, os desafios futuros neste setor e a
importância das atividades nele desenvolvidas.
Fonseca e Silva, da Anvisa, e Carmen
Pozzer, da Santa Casa de Porto Alegre.
8º Congreso Panamericano de
Esterilización - Santa Cruz (Bolívia)
Kátia Aparecida Ferreira de Almeida, membro do Conselho Fiscal
da SOBECC Nacional, representou a entidade na primeira edição
do Congresso Internacional de Esterilização e Centros Cirúrgicos,
em 3 de junho, e no 8º Congresso Panamericano de Esterilização,
realizado entre 4 e 6 de junho de 2014, em Santa Cruz, na Bolívia,
onde ministrou a palestra “Modelo de garantia de qualidade
aplicado à produção e serviços de gestão de esterilização”.
Kátia Aparecida Ferreira de Almeida, da SOBECC
9
ENTREVISTA
Lígia Fahl Fonseca
“Por meio do desenvolvimento de
competências e de postura, o Enfermeiro
Perioperatório pode, a todo momento,
dar visibilidade a seu trabalho junto ao
paciente, à família e à equipe (...) Quero
formar profissionais para criarem um
mercado não existente (...) O sucesso, para
mim, é a realização interior de que aquilo
que se faz é importante, é essencial, é o
melhor que consigo realizar”
Mestre em Informática em Enfermagem pela
Frances Payne Bolton School of Nursing – Case
Western Reserve University – e Doutora em
Enfermagem com foco em Comunicação pela USP,
Lígia Fahl Fonseca faz parte do time de apaixonados
inquietos pela profissão que têm o grande desafio
de dar mais visibilidade à atuação do Enfermeiro.
Lígia é docente da graduação em Centro Cirúrgico,
SRA e CME há 25 anos. Em entrevista para a SOBECC,
Lígia fala sobre seus desafios profissionais, sobre a
imagem do Enfermeiro e o mercado de trabalho.
O que é ser Enfermeira?
Minha decisão de ser Enfermeira aconteceu de
maneira um tanto inocente, porém, definitiva, quando
aos 12 anos fiquei doente a caminho de casa após
a escola e ninguém me ofereceu ajuda. Decidi ali
mesmo que buscaria ter uma atitude diferente, optei
pela Enfermagem e nunca me arrependi. Acredito no
que faço, penso que a boa Enfermagem é maravilhosa,
essencial, quando exercida em sua plenitude. Com
competência e postura, ela tem o dom de poder
impactar a vida de uma pessoa, uma família, uma
comunidade. Nessa altura de minha vida profissional,
considero, de verdade, que meu papel é replicar,
não conhecimento, mas atitude entre meus alunos.
Dessa forma, possivelmente impactar um maior
número possível de pessoas. Minha reflexão é que
10
não formo profissionais para o mercado, quero formar
profissionais para criarem um mercado não existente.
Como avaliar a imagem do Enfermeiro
Para mim, vem sendo um ponto de honra
questionar e buscar implementar ações para dar
mais visibilidade às ações do Enfermeiro. Nossa
invisibilidade nos impede a não de receber um
status mais coerente, mas, principalmente participar
dos rumos das ações referentes ao cuidado à
Saúde no Brasil. Por meio do desenvolvimento de
competência, em primeiro lugar e, segundo, de
postura, o Enfermeiro Perioperatório pode, a todo
momento, dar visibilidade a seu trabalho junto
ao paciente, à família, à equipe, à direção das
instituições e ao Governo. Precisamos ainda ter
ações intencionais para divulgar as possibilidades
da Enfermagem junto a um contingente muito
grande de alunos com potencial para trazer um
novo patamar à categoria no Brasil. Isso já é feito
no exterior. Os headhunters buscam nas escolas
os melhores alunos, divulgam, esclarecem e
propõem a Enfermagem como uma profissão
desafiadora, criando assim uma nova imagem. Para
ser mudada, só consigo ver encontros da sociedade
com Enfermeiros competentes e com postura,
complementados com ações de visibilidade. Como
cita a renomada Suzanne Gordon, precisamos sair –
“From Silence to Voice”.
Qual é sua avaliação sobre o mercado em geral de
Enfermagem no Brasil?
Estamos cientes de nossa história e de que nossa
prática não está dissociada do contexto social,
político, econômico e do estreito relacionamento
com o papel da mulher na sociedade. Também
temos consciência de que a imagem do Enfermeiro
foi e é construída nesse trajeto, cujos processos
de comunicação têm fundamental importância
em sua produção e propagação. Minha postura
pessoal, entretanto, é de que a Enfermagem tem
tido um caminhar e vem se transformando. Ainda
não é com a rapidez necessária, com a abordagem
correta e com a profundidade requerida. Com
um corpo de trabalho ainda fragmentado, não
qualificado adequadamente, extenuado por
múltiplos empregos e baixa remuneração, ainda
assim, ouso dizer que caminhamos. E muito. Mas,
precisamos de mais reconhecimento e avançar para
um quantitativo de Enfermeiros que possibilite uma
atuação mais ampla no cuidado direto ao paciente,
com remuneração compatível. Esta é uma luta da
maior importância.
SN: Em relação à área de CME, CC e RPA, qual é o
cenário hoje?
Há bolsões de excelência, com aporte de recursos
materiais e humanos, com programas de educação
continuada, acesso à tecnologia, mas, infelizmente,
na maioria das instituições, a proporção de
Enfermeiros exclusivos em RPA ou CME está muito
aquém da necessidade. Por exemplo, em 2012,
por meio do Grupo de Pesquisa em Enfermagem
Perioperatória, fizemos um levantamento com 29
instituições de Saúde em municípios no Norte e
Noroeste do Paraná, que realizavam cirurgias de
médio e até grande porte. Ficamos assustados ao
detectar que somente dez hospitais possuíam Sala
de Recuperação Anestésica, e desses, apenas seis
contavam com um enfermeiro alocado em RPA.
E esta é uma realidade, com certeza, partilhada
pelo grande percentual de instituições no interior
do Brasil. O que encontramos nessa pequena
investigação, certamente, é uma sombra do que
ocorre no restante do País. Há espaço, muito espaço
e muita necessidade para a atuação de profissionais
com competência em enfermagem perioperatória.
Precisamos de movimentos que tornem obrigatória
a presença de enfermeiros em CME e RPA em
instituições com programação cirúrgica. Não
opcional. Obrigatória.
Que orientação dar aos profissionais e aqueles que
desejam atuar em CME, CC e RPA para alcançarem
uma carreira de sucesso?
Enfermagem Perioperatória representa um universo
de conhecimento amplo, requerendo competências
e habilidades muito específicas.
O primeiro
requisito é que o profissional, aluno, residente
seja responsável por seu próprio conhecimento,
utilizando-se e lançando mão de oportunidades,
buscando por si só informações e experiências que
faltam em seu repertório. Observo, como educadora
ao longo de tantos anos, que o aluno que tem
garra para buscar, questionar, debater, aprofundar
as questões apesar e a despeito da qualidade do
curso em si, escrevem sua história e destacam-se na
Enfermagem Perioperatória. Ressalto, no entanto,
que as oportunidades devem ser aproveitadas,
criá-las quando não existem, ir além do esperado
e investir no conhecimento. Tudo isso é o que
diferencia as perspectivas de uma carreira de
sucesso. O sucesso, para mim, não representa a
ocupação de cargos de prestígio. É a realização
interior de que aquilo que se faz é importante, é
essencial, é o melhor que consigo realizar.
O que ou quem lhe traz inspiração para seu
trabalho?
Encontrar pessoas com garra, com paixão e
determinação para reescrever suas histórias. Tenho
tido alunos que entram na Enfermagem sem
perspectivas, às vezes, são os excluídos sociais que
topam o desafio de investir em alvos elevados e
11
ENTREVISTA
têm um crescimento vertiginoso. Isso me inspira,
motiva-me, faz com que sinta que nossa vida vale
a pena. Minha família, meus filhos, meu marido
que participam de minha vida com perguntas e
reflexões importantes, pois não permitem que
eu me contente com o pouco, desafiando-me
constantemente a fazer melhor.
Quais são as suas perspectivas para este ano?
Acredito que palavras são instrumentos,
experiências diversas são tijolos e traçar alvos
elevados em termos de educação são alavancas
para formar profissionais mais comprometidos,
com uma dose de realidade e inconformismo
para que possam ousar e mudar a pequena
12
ou a grande esfera onde estiverem quando
profissionais. Assim, consolidar ainda mais
o programa de residência em Enfermagem
Perioperatória é um dos meus alvos para este ano.
O outro, com certeza, é prosseguir nas pesquisas,
estudos e, principalmente, na divulgação dos
resultados das pesquisas relacionadas à sede
perioperatória. Um dos objetivos é implantar
a mensuração da sede na Sala de Recuperação
Anestésica como o ‘sexto sinal vital’, denominado
de Protocolo de Segurança para o Manejo da
Sede (PSMS). O foco é estudar e compreender
melhor a sede da criança cirúrgica, do idoso e da
gestante. Há muito trabalho pela frente.
especial 9º simpósio
Está chegando o grande encontro
de Enfermeiros do Bloco Operatório
Faltam apenas três meses para a realização do 9º
Simpósio Internacional de Esterilização e Controle
de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, um
dos maiores da área de Enfermagem em Centro
Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de
Material e Esterilização. O evento fomenta discussões
e propicia troca de conhecimento sobre as melhores
práticas e a excelência do trabalho no segmento,
e reúne estudantes de graduação, enfermeiros
e técnicos de Enfermagem, instrumentadores
cirúrgicos, especialistas e fornecedores de
tecnologias inovadoras de todo o mundo.
Promovido e organizado pela Associação Brasileira
de Enfermeiros de CC, RA e CME (SOBECC), o simpósio
será realizado de 17 a 20 de setembro, no Palácio de
Convenções do Anhembi, em São Paulo. O tema
central do 9º Simpósio será “Inovação e Liderança:
os rumos da Enfermagem no Centro de Material
e Esterilização”, e os debates serão enriquecidos
com as apresentações de trabalhos por renomados
palestrantes nacionais e internacionais, que você
pode conferir nas páginas 18 a 23.
Embora tenham muito interesse, nem todos
os profissionais possuem disponibilidade para
acompanhar o evento por completo. Para
atender a uma antiga reivindicação de muitos
Enfermeiros, a SOBECC disponibiliza nesta edição
o credenciamento para apenas um dia do 9º
Simpósio, que está disponível no site e também
poderá ser realizado na secretaria do evento. No
dia 17, lembramos que os interessados deverão
realizar a opção por um dos cursos de seu
interesse. Já os participantes que se inscreverem
para os dias 18, 19 ou 20 poderão acompanhar
toda a programação cientifica e se inscrever em
Simpósios-Satélite que serão realizados pelas
empresas expositoras.
Os estudantes de graduação em Enfermagem
(Grupos acima de 10 pessoas sem necessidade de
13
pertencer à mesma instituição) poderão realizar a
inscrição com desconto de 30% para acompanhar o
evento. No entanto, é imprescindível encaminhar o
comprovante de matrícula referente ao ano de 2014
à SOBECC, pelo e-mail: [email protected].
inscrição do evento. Para não associados, a filiação
para obter descontos para o simpósio e outros
benefícios é muito simples. Basta efetuar o cadastro
pelo site www.sobecc.org.br, clicando na opção
SEJA SÓCIO DA SOBECC.
Os associados à SOBECC obtêm descontos especiais.
Vale lembrar que todos os associados inscritos
devem se credenciar em pelo menos um curso
pré-simpósio, cujo valor já está incluído na taxa de
Faça o quanto antes a inscrição para participar da 9ª
edição do Simpósio Internacional de Esterilização.
Reserve já a sua vaga! Acesse o link:
http://itarget.com.br/newclients/siecih2014/
Premiação dos trabalhos científicos
O 9º Simpósio Internacional de Esterilização e
Controle de Infecção Relacionada à Assistência
à Saúde contará com a Exposição de Pôsteres. Os
trabalhos selecionados pela Comissão Julgadora
serão apresentados pelos seus respectivos autores
na plenária, no dia 20 de setembro de 2014, a
partir das 12h.
Como forma de incentivar a produção científica
nacional em CC, RA e CME, a SOBECC premiará os
três melhores trabalhos de acordo com a relevância
do tema, clareza na apresentação, originalidade,
método, resultados e conclusão. Veja ao lado os
valores para os Pôsteres premiados, este ano.
Não perca esta chance de
divulgar sua produção
científica!
1º Lugar, R$ 4.000,00
2º lugar, R$ 3.000,00
3º lugar, R$ 2.000,00
Requisito para envio dos
trabalhos: pelo menos
um dos autores deverá
estar inscrito no 9º
Simpósio Internacional
de Esterilização
Passagens, Hospedagem e transfer
Para mais informações sobre hospedagem, reservas, formas de
pagamento e condições gerais, entrar em contato com a Master Turismo
(www.masterturismo.com.br), pelo telefone (11) 2122-0570, ou pelo e-mail:
[email protected].
14
Tabela de valores para participação no evento:
Cursos do pré-simpósio.
Os inscritos no 9º Simpósio Internacional deverão se cadastrar em um dos cursos pré-simpósio
de interesse (VAGAS LIMITADAS).
INSCRIÇÃO PARA APENAS UM DIA DO 9º SIMPÓSIO
NOVO
Os interessados em participar apenas um dia do 9º Simpósio Internacional também poderão se
inscrever em um simpósio-satélite de preferência (VAGAS LIMITADAS).
Formas de pagamento:
Cartão de Crédito (Visa e Mastercard)
Boleto bancário
15
Já estamos em contagem regressiva
para o nosso grande encontro.
Confira a grade de palestras
científicas e programe desde já
sua agenda para acompanhamento
das apresentações, visitação
da Exposição Tecnológica e
networking com profissionais de
Enfermagem de todo o país.
16
Palestrantes Motivacionais
Bruna Gasgon
“O Sucesso através dos Sete Pecados Capitais”
Quebrar paradigmas, melhorar o desempenho no
trabalho e na vida, adaptação a mudanças, destruir a préprogramação para o fracasso, conquistar qualidade de vida,
desenvolvimento pessoal e profissional. O desejo de ser
bem sucedido.
Paixão e motivação fazem a diferença.
Estabelecer metas impossíveis.
Auto-estima/imagem/confiança/conhecimento.
Roberto Patrus
“A Arte da Felicidade no Trabalho”
A partir da felicidade como finalidade da ética, a valorização
da individualidade e a participação na comunidade, por
meio da necessária interação entre ser feliz e fazer feliz.
Oportunidade de reflexão sobre a maneira como tem
conduzido sua vida e os valores que norteiam as suas
decisões em busca de sua realização pessoal e profissional.
17
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA
17 de setembro de 2014 (quarta-feira)
12h-13h30
Entrega de material e atendimento a novas inscrições
CURSOS PRÉ-SIMPÓSIO
14h-16h
Auditório 1
Auditório 2
Teste de funcionalidade de sistema de
Processamento de Endoscópio
barreira estéril (teórico-pratico).
Palestrante: Anke Carter (Alemanha)
Palestrante: Patrícia Maria
Telheiro Abib (São Paulo)
Eva Streit (Alemanha)
Auditório 4
Auditório 9
Aplicabilidade teórico-prática de uma
Microbiologia aplicada à prática: limpeza,
ferramenta para dimensionamento em CME
desinfecção e esterilização
Palestrantes: Denise Demarzo
Dinâmica prática de higienização das mãos
(São Paulo)
Palestrante: Adriana Cristina de
Mércia Pacheco (São Paulo)
Oliveira (Minas Gerais)
16h30-17h
Cerimônia de abertura
17h-18h30
Conferência de abertura – “O Sucesso através dos Sete Pecados Capitais”
Palestrante: Bruna Gasgon (São Paulo)
18h30
Coquetel de boas-vindas e inauguração da Exposição Tecnológica
18
18 de setembro de 2014 (quinta-feira)
7h30-8h30
Entrega de material e atendimento de novas inscrições
GRANDE AUDITÓRIO
8h45-9h45
Sistemas de qualidade em CME
Palestrante: Jean-Marc Legentil (Canadá)
9h45-10h30
Intervalo Coffee Break
10h30-11h45
A Interface entre o Bloco Operatório, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e a
Gerência de Risco – fatores determinantes da qualidade da assistência no Bloco Operatório
Palestrante: Sandra Marcia Alves Medeiros (Rio de Janeiro)
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
Palestrante: Cláudia Valone Silva (São Paulo)
Gerência de Risco
Palestrante: Vera Lucia Borrasca (São Paulo)
11h45-12h30
O uso do Adenosina Trifosfato (ATP) para monitorar a eficácia da limpeza de produtos para
saúde
Palestrante: Michele Alfa (Canadá)
19
12h30-13h30
Apresentação Simpósios-Satélite
13h30-14h30
Almoço
14h30-15h15
Desinfecção de transdutores intracavitários: o que há de novo?
Palestrante: Mirian de Freitas Dalben Corradi (São Paulo)
PROGRAMAÇÃO PARALELA AUDITÓRIO 9
15h15-16h
Desafios do monitoramento dos processos de esterilização a vapor
Palestrante: Richard Bancroft (Inglaterra)
GRANDE AUDITÓRIO
15h15-16h
O papel do Enfermeiro na assistência à anestesia
Palestrante: Twilla Shrout (EUA)
16h-16h45
Tecnologia da Informação: coadjuvantes na Gestão do CME
Palestrantes: Simone Batista Neto (São Paulo)
Alessandra Rosetti (Itália)
16h45-17h15
Intervalo
17h15-18h30
Desafios do monitoramento de esterilização: da legislação à aplicação prática
Esterilização a Vapor
Palestrante: Paulo Roberto Laranjeira (São Paulo)
20
Esterilização a Baixa temperatura (Ozônio/ETO)
Palestrante: Rafael Queiroz Souza (São Paulo)
18h30
Encerramento das atividades
19 de setembro de 2014 (sexta-feira)
GRANDE AUDITÓRIO
8h30-10h
Garantia do nível de segurança de esterilidade
Ameaças atuais para alcançar o nível de segurança de esterilidade: há soluções técnicas?
Palestrante: Kazuko Uchikawa Graziano (São Paulo)
O impacto da umidade excessiva sobre a garantia do nível de segurança de esterilidade
Palestrante: Duygu Percin (Turquia)
10h-10h45
Coffee break
10h45-11h30
Desinfecção de alto nível ou esterilização de endoscópios: o necessário, o bom e o
suficiente
Palestrante: Dirceu Carrara (São Paulo)
11h30-12h30
Estrutura Física do CME: como projetar o Centro de Material e Esterilização seguindo as
recomendações da RDC 15
Palestrante: Rosa Maria Pelegrini Fonseca (São Paulo)
Aspectos da estrutura física relacionados à vigilância sanitária
Palestrante: Isaura Cristinah Soares Del Miranda (São Paulo)
21
Convite para o Jantar de Confraternização
com preço promocional para os
associados SOBECC.
Confira os valores:
12h30-13h30
Apresentação Simpósios-Satélite
13h30-14h30
• Congressista associado....................................... R$ 40,00
• Congressista não associado.............................. R$ 70,00
• Acompanhante...................................................... R$ 80,00
Vale lembrar que cada participante tem direito a apenas
um convite para acompanhante.
Almoço
14h30-15h20
Validação de limpeza manual
Palestrante: Anke Carter (Alemanha)
15h20-16h20
Utilização da Metodologia Lean: desmistificando aplicações reais para o CME
Palestrante: Jonh Kimsey (Canadá)
GRANDE AUDITÓRIO
16h20 -17h
Estratégias de capacitação do profissional em CME
Palestrante: Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti (São Paulo)
Programação Paralela Auditório 9
16h20-17h
Método fácil para o controle de rotina para a limpeza de dispositivos complexos?
Palestrante: Klaus Roth (Alemanha)
17h
Encerramento
21h - Confraternização
Comece a preparar o seu traje. Os participentes do
9º Simpósio da SOBECC têm um encontro marcado,
no dia 19 de setembro, às 21h, no Hall Nobre 2, do
Palácio das Convenções do Anhembi. Não perca
esse momento reservado para diversão e muita
descontração. Neste ano, o tema será Sertanejo.
22
20 de setembro de 2014 (sábado)
9h-9h30
Coffee break
9h30-10h15
Novas tendência para desinfecção de
superfícies
Palestrante: Maria Clara Padoveze
(São Paulo)
10h15-11h
Tratamento de materiais explantáveis:
polêmica do descarte de resíduos
11h-12h
Ética e felicidade no trabalho
Palestrante: Roberto Patrus (Minas
Gerais)
12h-12h45
Apresentação dos trabalhos
premiados
12h45
Encerramento do evento
Palestrante: Luiz Carlos Fonseca e
Silva (Brasilia)
23
Exposição Tecnológica
Mais de 60 empresas estão confirmadas para a Exposição Tecnológica do
9º Simpósio Internacional, que apresentarão suas inovações para o setor
www.3albe.com.br
www.3m.com.br
www.amcor.com
www.cipamed.com.br
www.edlo.com.br
www.hstrattner.com.br
www.mucambo.com.br
www.ortosintese.com.br
www.lifemed.com.br
www.steris.com
24
www.protdesc.com.br
www.cnph.com.br
www.sercon.ind.br
www.medsteril.com.br
www.sispack.com.br
www.newmed.com.br
www.h-tech.com.br
www.wolfcomercial.com.br
www.fami.com.br
www.dipromed.com.br
www.psicobox.com.br
www.vp-group.de
www.lifetex.com.br
www.portal.cremer.com.br
www.nktech.com.br
www.lanco.ind.br
www.cei-brasil.com
www.zammi.com.br
www.labor-medica.com.br
www.cosmoderma.com.br www.mackmedical.com.br www.cincocirurgica.com.br
www.cisabrasile.com.br
www.panmedica.com.br
www.quinelato.com.br
www.maquet.com.br
www.flexor.ind.br
www.sterilex.com.br
www.nos-brasil.com.br
www.planitrade.com.br
www.humansp.med.br
www.biotechospitalar.com.br
www.andreoli.com.br
www.BiocomTec.com.br
www.polarfix.com.br
www.profilatica.com.br
www.partners.com.br
www.bbraun.com.br
www.rioquimica.com.br
www.stericontrol.com.br
www.indalabor.com.br
www.endoclear.com.br
www.labnews.ind.br
www.medclean.com.br
www.getingegroup.com
www.celmat.com.br
www.minasmedical.com.br
www.rossmedical.com.br
www.baumer.com.br
www.dexcar.com.br
www.medical-action.com
www.oleak.com.br
www.gabmed.com.br
www.zermatt.ind.br
25
hospital em foco
HC - Hospital das Clínicas da UFG de
Goiás (GO): assistência humanizada e
de excelência na Saúde Pública
Passado e presente: entrada atual do HC
(esq.) e fachada do prédio na década de 1960
Fundado em 23 de fevereiro de 1962, o
Hospital das Clínicas da Universidade Federal
de Goiás (HC-UFG), em Goiânia (GO), foi um
dos primeiros dedicados à Saúde Pública do
Estado. Na época, contava com 60 leitos, 67
funcionários e as clínicas Médica, Cirúrgica e
Ortopédica. O atendimento à comunidade
era universal e, principalmente, dirigido
aos usuários não amparados pelo Seguro
Previdenciário. Após a promulgação da
Constituição de 1988, o HC-UFG manteve
seu caráter público e segue contribuindo
ativamente para a implantação do Sistema
Único de Saúde (SUS) no Estado de Goiás
e no Município de Goiânia. Hoje, o HC-UFG
é o principal Hospital Público do Estado
de Goiás, com 262 leitos para internações
clínicas e cirúrgicas, e prestação de serviços
ambulatoriais a usuários de diversas regiões
brasileiras, em especial, Centro-Oeste,
Norte e Nordeste.
26
Excelência tecnológica
O HC-UFG destaca-se nacionalmente no tratamento
de Ortopedia, Oftalmologia, Urologia, Dermatologia,
UTI Neonatal e nas pesquisas sobre Células-tronco,
Reprodução Humana e Epilepsia. Possui o Centro
de Referência em Oftalmologia (CEROF), o Núcleo
de Neurociências, no qual está inserido o Centro de
Referência no Tratamento e Pesquisa em Epilepsia
(CERTEPE), e o Laboratório de Reprodução Humana,
referência no tratamento e pesquisas de infertilidade
e reprodução assistida. Conta ainda com o Centro
de Referência no Tratamento da Doença de Chagas.
Em 2009, o HC-UFG integrou o Projeto RUTE Rede Universitária de Telemedicina, que reúne
outras unidades de Saúde por meio da utilização
de Tecnologias de Informação e Comunicação,
utilizadas para realizar o Pré-Diagnóstico à Distância,
a pesquisa e a educação continuada. O HC-UFG está
equipado com modernos equipamentos para a
realização de exames de diagnóstico, que permitem
oferecer resultados de alta qualidade e resolução.
Formação Profissional
Certificado como Hospital de Ensino conforme a
Portaria Interministerial MEC/MS nº 1.838//09, o HCUFG exerce um papel importante na formação de
profissionais de Saúde no Estado de Goiás, por meio
de estágios curriculares (em nível médio, superior,
especializações Lato e Stricto Sensu) e extracurriculares,
residências médicas (Anestesiologia, Cirurgia Geral,
Angiorradiologia e Cirurgia Vascular, Cirurgia do
Aparelho Digestivo, Coloproctologia, Oftalmologia,
Otorrinolaringologia,
Urologia,
Cardiologia,
Clínica Médica, Endocrinologia, Hematologia,
Nefrologia, Pneumologia, Reumatologia, Medicina
Tropical e Infectologia, Dermatologia, Obstetrícia e
Ginecologia, Mastologia, Cirurgia Plástica, Patologia,
Radiologia, Pediatria, Nefropediatria, Psiquiatria)
e multiprofissional. Em 2013, proporcionou o
desenvolvimento das habilidades e competências
teórico-práticas a 271 residentes e 1.840 estudantes
dos diversos níveis de formação. Em 2014, a meta é a
formação de 299 residentes.
Extensão e pesquisa
Por meio das atividades de extensão, o HC-UFG
forma cidadãos comprometidos com a sociedade na
qual vivem e profissionais que respeitem os direitos,
a subjetividade e a cultura dos usuários. O hospital
atua em projetos envolvendo a comunidade
interna e externa ao HC, para difundir e socializar os
conhecimentos e, assim, assegurar a melhoria
Centro Cirúrgico
Desde 1962, o Centro Cirúrgico “Irmã Ângela” presta
serviço de excelência e tornou-se referência de boas
práticas no atendimento. Para atender à assistência
ao paciente, inicialmente, foi destinada uma área
constituída de duas salas cirúrgicas (A e B), agregada
a um espaço para o processamento do material
cirúrgico que atendia às especialidades médicas
cirúrgicas Geral, Ginecologia e Ortopedia. Com a
incorporação de novas especialidades, a estrutura
física foi expandida. Atualmente, são 11 Salas
Operatórias e duas de Recuperação Anestésica com
capacidade para 11 leitos (sete adultos e quatro
infantis) e Salas de Apoio. Atende a procedimentos
cirúrgicos de alta, média e baixa complexidade,
incluindo urgências e emergências. Apenas em
Sala de Recuperação Anestésica
2014, o Centro Cirúrgico do HC-UFG realizou
3.511 cirurgias, somadas as eletivas, de pacientes
procedentes do Pronto Socorro e de emergências
das Unidades de Internação Eletiva. A configuração
arquitetônica permite o acompanhamento
familiar de crianças, idosos e pacientes cirúrgicos
em situações que se fazem necessárias, sem o
comprometimento de condições assépticas.
Possui limites físicos bem definidos de área não
restrita, semi-restrita e restrita que favorecem o
atendimento seguro ao paciente. Além disso, conta
com modernos equipamentos e drogas anestésicas
de última geração que permitem tranquilidade e
segurança no intraoperatório.
Corredor do Centro Cirúrgico do HC de Goiás
27
na qualidade de vida da população. Em
2013, foram implementadas 16 ações em
diversas áreas da Saúde para um público de
28.116 pessoas. O HC-UFG estimula ainda a
geração de novos conhecimentos por meio
de pesquisas de interesse do SUS nas áreas
Básica, Clínica e Gerencial-administrativa.
Em 2013, foram cadastrados 149 projetos no
Comitê de Ética em Pesquisa do HC, tendo o
hospital como universo de investigação na
maioria deles.
Equipe de Enfermagem
A equipe de Enfermagem do Centro Cirúrgico
conta com uma Enfermeira Coordenadora,
seis Enfermeiros Assistenciais, 30 Técnicos em
Enfermagem, sete Auxiliares de Enfermagem
e três Instrumentadoras Cirúrgicas. Sob
a supervisão de Enfermagem, estão dois
Assistentes Administrativos do Serviço de
Controle de Órtese/Prótese e Materiais
Especiais (OPME), quatro Assistentes
Administrativos de Secretaria, dois Condutores
de Paciente e duas Recepcionistas. No
decorrer de seus 52 anos, o Centro Cirúrgico
contou com grandes enfermeiras em sua
liderança: Maria da Conceição Viana (Irmã
Angela), Sirley Giovanucci Nascimento, Leni
Assunção de Melo Pires, Maria de Lourdes
de Morais, Neide Maria Damando, Dayse
Mary Vaz, May do Socorro Martinez Afonso,
Bernadete de Lourdes Fávaro, Dulcelene de
Sousa Melo, Lillan Kelly de Oliveira Lopes,
Patrícia Borges de Oliveira e Elaine Ferreira
Froes, atual Gerente.
A qualificação técnica e profissional é
prioridade e é uma realidade institucional. A
equipe insere-se em atividades de educação
continuada e permanente. Os enfermeiros
são Especialistas em Enfermagem, Mestres,
Doutores, ou em fase de doutoramento.
A maioria dos Técnicos, Auxiliares de
Enfermagem e Assistentes Administrativos
já concluiu ou está em processo de
formação Superior em Enfermagem e áreas
28
Enfas Alyne Leite Gomes Nogueira,
Dulcelene de Sousa Melo, Sergiane Bisinoto
Alves e Patrícia Borges de Oliveira
Téc. Enf. Creusa Maria Rosa Fialho, Suely Dias
Marques Rodrigues, Veronice Carlos da Silva;
Enfos Lucimara Rodrigues de Freitas e Rodrigo
Faria Dornellas; Téc. Enf. Tamiris Augusto Marinho
Enfª Elaine Ferreira Froes (Gerente do C.C.),
assistentes administrativos de secretaria Klevin
Soares Alves, Marinalva Oliveira Machado, Nádia
Gonçalves de Aguiar e João Carlos Soares.
Tec. Enf. Vanuza Neves de Paula, Gessiana
Técnicos em Enfermagem Júlio César
Cândida Silva e Tamiris Augusto Marinho
Rodrigues e Sebastiana de Almeida Barbosa
Raquel Alves Tiburcio e Luiz Antônio
Inst. Cirúrgica Kênia Cristina Moreira da Cunha
Pereira (Serviço de controle de OPME)
e equipe cirúrgica da Ginecologia.
Enfª Patrícia Borges de Oliveira, Tec. Enf. Mª
Chagrinha da Silva Bernazi, Enfª Sergiane Bisinoto
Alves, Tec. Enf. André Gomes Rosa de Oliveira,
Técnicos em Enfermagem Gleicimar Cerrano
Enfª Alyne Leite Gomes Nogueira e Dulcelene
Moreira, Orlene Santos Vonkoroff, Elisângela
de Sousa Melo e Tec. Enf. Elisângela Alves de
Alves de Azevedo Neves e Luci Leni Limiro
Azevedo Neves
Gonçalves Pimenta
29
da Saúde, o que favorece a incorporação de
práticas seguras na assistência ao paciente
cirúrgico. O serviço do Centro Cirúrgico pautase nos princípios de “cirurgias seguras”, institui
rotinas, protocolos e indicadores que vão ao
encontro dos objetivos do movimento deflagrado
pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em
2008. Este aspecto é evidenciado nos registros de
serviço HC-UFG, que desde a década de 1960 já
conta com taxas de produtividade, de infecção de
sítio cirúrgico, entre outras.
desejados vem sendo uma constante no serviço do
HC-UFG, tanto para os que estão em assistência, como
à equipe de trabalho, garantindo mais satisfação com
menos estresse. O HC conta também com o Núcleo
de Apoio à Qualidade em Enfermagem (NAQE),
implantado pela Diretoria de Enfermagem, em maio
de 2013, que visa à melhoria contínua da qualidade da
Assistência de Enfermagem, bem como o Núcleo de
Segurança do Paciente, vinculado à Diretoria Técnica,
instituído em fevereiro de 2014.
Informatização
Centro de Material e
Esterilização
Desde 2013, com o suporte técnico do Enfermeiro
Raphael Brandão Pereira, o HC-UFG iniciou a
implementação de um sistema informatizado
para o planejamento da assistência ao paciente
para garantir as condições necessárias ao ato
operatório, estabelecendo interface com o Centro
de Material e Esterilização. O SIEnf (Sistema
Informatizado de Enfermagem - Módulo Centro
Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização)
otimiza o gerenciamento dos recursos materiais
para assistência, viabilizando a previsão e provisão
das condições de atendimento seguro.
O investimento tem permitido a individualização e
qualificação da assistência, com perspectivas positivas
no gerenciamento de riscos e fortalecimento das
ações de segurança do paciente. Garantir os resultados
Téc. em Enfermagem Jair de Sousa Pereira,
Deolinda da Conceição Gomes, Noêmia Pereira
dos Santos, Luciana Dias Barreira e Enfas
Marlene Aparecida Vieira e Simone Vieira Toledo
Guadagnin (Gerente do CME)
30
O Centro de Material e Esterilização (CME) do HCUFG caracteriza-se como um sistema centralizado
de processamento de produtos para saúde. No 2º
andar, estão os ambientes de apoio e a área para
desinfecção química de alto e médio nível, composta
de área suja e área limpa. Inclusive, a limpeza e
desinfecção dos produtos semicríticos e não críticos,
utilizados na assistência anestésica. No 3º andar,
estão localizados os setores de processamento dos
demais produtos passíveis de esterilização pelo
método físico (calor úmido). Possui áreas distintas
para cada etapa do processamento de artigos,
obedecendo a um fluxo unidirecional. O CME
possui uma equipe composta por três Enfermeiros,
30 Técnicos de Enfermagem, nove Auxiliares de
Enfermagem e uma Assistente Administrativa.
Técnicos em Enfermagem Meyrivan Andrade
de Aguiar e Ivanildes da Silva
O CME tem como meta adaptar-se às melhores
práticas para o processamento dos produtos
para a saúde. Para oferecer um produto dentro
dos requisitos nacional e internacionalmente
aceitos, prima por vários fatores de segurança
de processo, como: insumos apropriados a cada
etapa do processamento, rotulagem/identificação
de forma clara e objetiva, monitoramento físico,
químico e biológico das cargas. Dedica especial
atenção ao controle de qualidade dos produtos
implantáveis, utilizados, sobretudo, nas cirurgias
ortopédicas. As práticas são instrumentalizadas
Assistente administrativa Ingrid Macahubas dos Santos
Técnicos em Enfermagem Irene Damasceno
por constantes obras de melhoria e ampliação
da estrutura física, e são feitos investimentos na
aquisição de aparelhos de ponta para responder
às necessidades crescentes. Uma nova estrutura
física esta sendo construída, com entrega prevista
para 2015/2016, que ampliará a capacidade
instalada de 309 para 600 leitos. Crescer com ética,
responsabilidade e excelência é o compromisso
assumido pela atual gestão do Hospital das Clínicas,
filosofia compartilhada por toda a comunidade
interna do HC-UFG.
Barbosa dos Santos, Esteir da Silva Alves, Geiza
Tavares de Jesus e Gislaine Neire Pessoa Oliveira
por meio de protocolos e educação continuada da
equipe. Possui uma grande demanda de trabalho
no atendimento institucional. Em 2013, foram
confeccionados e esterilizados 2.340.930 pacotes
na área física e processados 59.754 pacotes de
artigos na área de desinfecção química.
O presente e o futuro
Além das pesquisas desenvolvidas e da formação
e aperfeiçoamento de profissionais, HC-UFG é
responsável pela assistência e desempenha a
função de centro de referência de média e alta
complexidade para a Rede Pública de Serviços
de Saúde, atendendo à população carente em
procedimentos de vários níveis de atenção. O
prédio que abriga o Hospital das Clínicas passou
Edifício de Clínicas do HC em construção
31
NA PRÁTICA
Conceitos básicos sobre esterilização
a vapor saturado - autoclave
Temperatura, pressão e tempo devem ser rigorosamente controlados
Os especialistas definem que esterilização é o
processo que resulta na completa eliminação
ou destruição de todos os microrganismos
como esporos, toxinas e príons. O uso do vapor
saturado – autoclave – representa mais de 90%
dos processos de esterilização utilizados nas
instituições de saúde.
Entendendo melhor a eficácia do produto, uma
bactéria, por exemplo, em sua condição de
sobrevivência, quando sofre alguma agressão
ou percebe que o ambiente é hostil, cria uma
camada de proteção chamada esporo, com toda a
informação de seu DNA, tornando-se uma forma
inativa de bactéria. Quando o ambiente volta a
ficar adequado, esse esporo germina e replica o
material genético, originando uma nova bactéria.
Com essa certeza, em 1880, Charles
Chamberland, um químico associado a Louis
Pasteur, descobriu que para eliminar todo o DNA
de dentro do esporo, era necessário umedecer
essa camada, quebrando-a, para que penetrasse
o vapor em alta temperatura e destruísse toda
a informação da bactéria. Assim, Chamberland
inventou a autoclave a vapor, sendo um dos mais
utilizados métodos de esterilização até hoje,
compreendendo os ciclos de condicionamento –
remoção do ar, exposição – penetração do vapor
saturado e secagem.
O engenheiro e sócio-diretor da Consultoria Orion,
Paulo Roberto Laranjeira, destacou na apresentação
do Curso Virtual – Módulo I – Conceitos básicos de
esterilização a vapor, promovido pela SOBECC no
dia 27 de maio: “considerando que as técnicas de
esterilização a vapor saturado em autoclaves são as
mesmas desde sua invenção, não há necessidade
de trocar com alta frequência os equipamentos. A
diferença é que os novos modelos trazem controles
eletrônicos que facilitam a operação. O processo
de esterilização é o mesmo para uma autoclave de
mesa, ou para uma de 40 mil ou 60 mil litros”.
Engenheiro Paulo Roberto Laranjeira, da Orion CE:
o uso do vapor saturado em autoclave representa
mais de 90% dos processos de esterilização
utilizados nas instituições de saúde.
32
A desnutrição dos microrganismos em
uma autoclave por vapor processa-se pela
combinação de três variáveis críticas: tempo,
temperatura e presença de vapor. Vale lembrar
que se o material não estiver limpo, não poderá
ser esterilizado. A razão principal pela qual a
esterilização é eficiente a quase toda matéria, seja
liquida ou sólida, é que recebe de forma rápida
grande quantidade de calor em alta temperatura
promovido pelo vapor saturado, que é gerado
em razão de grande pressão.
que será processada: de superfície, de espessura
ou de líquido (semi ou hermeticamente fechado).
“Pode-se ter carga mista de superfície e espessura,
mas nunca misturar carga líquida com de
espessura ou de superfície”, destaca o engenheiro.
Na esterilização, um passo importantíssimo é a
remoção de todo o ar da câmara de esterilização.
Se ficarem bolsas ou áreas com ar, o calor não será
transmitido de forma adequada, o que torna o
processo de esterilização ineficiente. “Outro ponto
de atenção é que a embalagem tem de sair seca da
autoclave. É fundamental. A barreira externa não
pode ter nenhuma gota de água. Se isso ocorrer, o
ciclo deverá ser refeito”, ressalta Laranjeira.
No ciclo de superfície e espessura, durante a
fase de condicionamento, é necessário que o
ar da câmara seja totalmente removido. Na de
exposição, que se obtenha a homogeneidade
térmica, o que garantirá a temperatura ideal, e
tempo adequado assegurando a esterilização. A
secagem precisa ser muito rápida, ou seja, retirar
o vapor para que não condense. Depois manter
a carga no vácuo profundo para garantir a menor
pressão dentro da câmara e menor temperatura
de ebulição. A embalagem como barreira deverá
estar seca. É fundamental. A embalagem externa
não pode ter nenhum resíduo de água.
As cargas a serem esterilizadas em autoclave
possuem características próprias, e os ciclos
devem ser configurados para cada tipo de carga
Laranjeira alerta que “ o vapor precisa entrar em
contato com o material. Assim, a montagem
de cargas de superfície e de espessura devem
seguir um critério que garanta a circulação do
vapor dentro da câmara interna da autoclave.
33
Opinião
A evolução do saber
Por *Simone Garcia Lopes
O 9º Simpósio Internacional de Esterilização e
Controle de Infecção aproxima-se. Certamente será
um grande evento, cujo tema ”Inovação e Liderança”
nos traz à reflexão da evolução das Centrais de
Material e Esterilização nesta última década.
Uma avaliação histórica nos mostra que os processos
de esterilização nasceram da necessidade de assistir
os instrumentais criados para o desenvolvimento
das técnicas cirúrgicas. Inicialmente, as intervenções
cirúrgicas não despertavam interesse dos praticantes
da Medicina, pela divisão hierárquica que havia entre
o saber e o fazer. Estamos falando da era de Pasteur
e Kock, que comprovaram que os microrganismos
eram responsáveis pela transmissão de doenças aos
seres humanos.
O início do século XXI pode ser datado para as
CMEs como “tempos do saber fazer” nos quais
enfermeiros foram em busca de entender o porquê,
para que e para quem fazer. As CMEs, além de
unidades de referência, tornaram-se unidades de
negócio. Os Enfermeiros tornaram-se líderes de
equipes, processos, tecnologias e custos. Nasce,
então, a década da problematização em que houve
o surgimento de bactérias resistentes e como se
não bastasse as multirresistentes.
Diante da possibilidade de acessar às diversas
estruturas do corpo humano com o desenvolvimento
de inúmeros instrumentais, somados à “Era
Bacteriológica” em meados do século XIX, em que
Lister possibilitou a diminuição da mortalidade pós
cirúrgica por meio do tratamento de fios de sutura
e compressas usados nos pacientes com solução
de fenol, as CMEs foram, então, idealizadas. A partir
daí, os espaços foram criados, ambientes simples,
administrativamente frágeis e pouco valorizados
diante das demais áreas hospitalares.
Os benefícios das técnicas minimamente invasivas
nos trouxeram em contrapartida a complexidade no
reprocessamento dos materiais. A automatização
dos processos nos levou a pesquisar produtos
e insumos que nos proporcionam qualidade,
segurança e menor custo. A equipe de Enfermagem
de uma CME agrega as atividades de produção à
assistência sistematizada, embasada em evidências
do controle de infecção.
As décadas de 1960 e 1970, podem ser consideradas
datas de nascimento das primeiras CMEs estruturadas
e descentralizadas. Eram considerados espaços apenas
para esterilização, pouco cobiçadas pelos Enfermeiros
e, muitas vezes, delegadas aos profissionais de
Enfermagem que desempenhavam insatisfatoriamente
suas atividades em outras áreas do hospital.
Felizmente, a evolução do saber somado ao fazer
despertou nos Enfermeiros uma visão empreendedora
sobre o que uma CME pode representar na
qualidade da assistência dos pacientes.
34
Mediante este cenário, a inclusão e permanência de
conteúdos que capacitem os Enfermeiros a atuar em
CME é uma necessidade inquestionável nas instituições
de ensino brasileiras. Além disso, a velocidade das
mudanças tecnológicas e microbiológicas nos leva a
um caminho sem volta, saber fazer.
*Simone Garcia Lopes é Enfermeira Mestre,
especialista em Administração em Serviços
pela FMAB e em Gerenciamento da Assistência
de Enfermagem pela Unifesp, Mestre em
Bioengenharia pela Universidade do Vale do
Paraíba, docente responsável pela disciplina de
Centro Cirúrgico e CME e Diretora de Enfermagem
do Hospital Estadual Mario Covas-FMABC.
BEM-ESTAR
Saúde e bemestar por meio
de aromas
Embora atuem diretamente com os cuidados
e a recuperação de pacientes, muitos
enfermeiros não se dedicam a uma atividade
que alivie o seu próprio desgaste físico e
emocional. Mas, por meio de tratamentos
naturais e prazerosos, é possível amenizar
Alecrim
Aumenta a disposição e o bom humor.
Proporciona melhoras ao couro
cabeludo.
Camomila
Diminui a irritabilidade e as tensões,
alivia o estresse e garante uma boa
noite de sono contra a insônia.
Hortelã ou Menta
Melhora a atenção e a digestão.
Eficaz contra dor de cabeça, enjoo
e enxaqueca. Estimula o cérebro,
diminuindo o cansaço.
sintomas de desconforto, estimular a energia
interior e equilibrar as emoções.
Um deles é a Aromaterapia, que utiliza óleos
essenciais extraídos de plantas com diversas
composições químicas e princípios ativos. Por
meio da inalação, o aroma atinge o sistema
nervoso central e estimula o cérebro a produzir
uma substância, por exemplo, energizante
ou calmante. Aplicado sobre a derme, o óleo
essencial é absorvido e atua numa região
específica. E o sistema límbico, que controla as
emoções, também é estimulado.
Há meios simples de incorporar a
Jasmim
Combate a ansiedade, produz sensação
de otimismo e confiança. Relaxa a
mente e equilibra emoções.
Laranja
Estimula a força física e o
desempenho, ideal para quem vai
enfrentar uma rotina intensa e precisa
do máximo de energia possível.
Limão
Dá a sensação de frescor e pureza.
Estimula a concentração. Fortalece os
pulmões, é bactericida, antisséptico e
baixa a pressão.
Aromaterapia no dia a dia: banhos
relaxantes, massagens revigorantes,
difusores de ambiente, ingestão de água
e chá e, para quem não é alérgico, os
travesseiros recheados com ervas. Conheça
as propriedades de alguns óleos essenciais
de plantas muito fáceis de encontrar, respire
fundo, acaricie-se e passe a se sentir melhor.
Maçã Verde
melhora a memória, a atenção e
o raciocínio. Regula as funções
intestinais.
Melissa
Encoraja o coração e previne a
melancolia. Antidepressivo, com
grande utilização nos estados
nervosos críticos.
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Networking
SOBECC marcará presença no 15º
Congresso Mundial de Esterilização
Encontro será realizado pela primeira vez em um País do Leste da Europa Central
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A SOBECC já está se preparando para representar o
Brasil no 15º Congresso Mundial de Esterilização, de
15 a 18 de outubro, em Praga, na República Tcheca.
O evento, promovido anualmente pelo World
Forum for Hospital Sterile Supply (WFHSS), é o mais
importante e muito prestigiado pelos profissionais
ao redor do mundo que trabalham na área de
Descontaminação, Esterilização e Infecções, bem
como pelas instituições de Saúde, universidades e
governos. “É uma oportunidade ímpar participar
das discussões mundiais que norteiam o setor
de Esterilização e ter acesso às melhores práticas
globais, às soluções, aos produtos e às novas
tecnologias”, assinala a presidente da SOBECC,
Marcia Hitomi Takeiti.
De acordo com os organizadores do 15º Congresso
Mundial de Esterilização, a delegação brasileira que
esteve no Congresso Mundial de 2013 foi uma das
maiores, e se o Brasil tiver ou superar a quantidade
de inscrições no evento de 2014, haverá tradução
simultânea em Português.
O congresso será realizado pela primeira vez no
Leste da Europa Central, um mercado em grande
expansão desde a mudança política no final dos
anos 80, e a expectativa da organização em levar
um grande número de delegações é grande.
Anote em sua agenda
Para os interessados, a Master Turismo, agência parceira
da SOBECC, oferece pacotes de viagens para o período
do congresso em Praga. Para saber informações sobre
hospedagens, passagens aéreas, valores e formas
de pagamento, entre em contato com a agência de
turismo pelo telefone (11) 2122-0570, ou pelo e-mail
[email protected]
Evento: 15º Congresso Mundial de Esterilização
Local: Praga, República Tcheca
Data: de 15 a 18 de outubro
Informações e inscrições: www.wfhssprague2014.com
Opções de Hotéis
Master Turismo
RADISSON BLU ALCRON
A 15 minutos do Centro de Convenções
Pacote de 14 a 19 de outubro (5 diárias)
Preço das diárias (iniciam-se às 15h e terminam às 12h):
• apartamento single EUR1.319,00*
• apartamento duplo EUR1.500,00*
PENTAHOTEL PRAGUE ****
A apenas a 100m da Estação de Metrô Křizíkova.
Pacote de 14 a 19 de outubro (5 diárias)
Preço das diárias (iniciam-se às 15h e terminam às 12h):
• apartamento single EUR 754,00*
• apartamento duplo EUR 860,00*
DESIGN HOTEL ELEPHANT 4*
A apenas 200m da Estação de Metrô Florenc e do
Terminal Rodoviário Internacional de Praga.
Pacote de 14 a 19 de outubro (5 diárias)
Preço das diárias (iniciam-se às 15h e terminam às 12h):
• apartamento single EUR 768,00*
• apartamento duplo EUR 874,00*
Dicas importantes
Documentos necessários: Brasileiros precisam de
passaporte com validade mínima de 06 meses.
Vistos e vacinas: Brasileiros não necessitam de visto
de entrada de turismo. Nenhuma vacina é exigida para
turistas. Necessário cartão de assistência de viagem
com cobertura de Euros 30.000 englobando assistência
médica/hospitalar e repatriação sanitária.
Idioma: Tcheco
Moeda: Coroa Tcheca (CZK)
Fuso Horário: + 5 horas (Praga) em relação a Brasília
(diferença de horário altera de acordo com os horários
de verão e inverno de cada país)
Religião: Apesar de historicamente ser considerado
um país católico, o censo de 2001 verificou que
aproximadamente 60% da população não segue uma
religião oficial, o restante dos seguidores são católicos
romanos (27%), protestantes (2%) e outras religiões.
Eletricidade: 220V
Clima: Temperado e continental com verões moderados
e invernos com temperaturas ao redor de -5ªC.
Página anterior, centro de Praga: rica vida cultural.
Acima, a Ponte Carlos: uma das mais belas atrações turísticas da cidade e símbolo romântico.
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FORA DA PROFISSÃO
Enfermeira encontra no Beach Tennis
uma forma de manter a saúde
Lígia Garrido Calicchio, do Hospital Samaritano, conheceu o esporte
em 2008 e se apaixonou.
O Beach Tennis, ou Tênis de Praia, é um esporte de
areia novo no Brasil. Chegou em 2008 nas praias
cariocas e, desde então, vem se expandindo em
outras regiões do País. Ele surgiu na província de
Ravenna, na Itália, em 1997, sendo uma mistura do
tênis tradicional, do vôlei de praia e do badminton.
Atualmente, já conta com mais de 500 mil praticantes
espalhados pelo mundo. “Eu descobri no beach tennis
um jeito divertido para manter a minha saúde física
e mental, além de promover melhor qualidade de
vida”, declara a Enfermeira Líder de CME do Hospital
Samaritano, Lígia Garrido Calicchio.
A afinidade com a modalidade já vem de antes, pois
Lígia foi tenista. Em 2012, conheceu o beach tennis e
se apaixonou. “O esporte une tudo o que me agrada:
praia, tênis, família e amigos. Ele é democrático,
alegre, descontraído e fácil de ser praticado, e ainda
sempre agrega novos amigos”, comenta.
Segundo Ligia, para quem deseja conquistar uma
boa forma física, o beach tennis ajuda a melhorar o
condicionamento aeróbico, a aumentar a resistência
muscular dos membros inferiores e superiores,
dando mais força, e a perder os quilinhos a mais.
Seguindo a esportista, o filho e o marido também
adotaram o beach tennis. A família sempre que
pode viaja a Santos, litoral paulista, para treinar.
Lígia conta que leva à sério. Além das aulas todas
as quintas-feiras em quadra em um clube de São
Paulo, faz musculação e pilates durante a semana
para melhorar o condicionamento. Todo o esforço
já deu resultados. Ela ganhou o terceiro lugar em
dois torneios, competindo na categoria C Feminina,
de esporte amador. A mais recente medalha foi
conquistada em janeiro deste ano.
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À direita, Lígia Garrido Calicchio: o esporte
integra praia, tênis, família e amigos
Bateu a inspiração? Não precisa morar em praia. Com
o crescimento da modalidade, vários clubes de todas
as regiões do País já estão oferendo aulas de beach
tennis. Deve haver um na sua cidade. Quem mora em
São Paulo, como a Lígia, pode procurar as aulas no
Clube Espéria. Quem comanda o grupo é a ex-tenista
Marcela Evangelista e a idade mínima é de 14 anos.
No beach tennis as regras se assemelham ao
tênis de quadra. A contagem é a mesma e os
jogos, normalmente, são em dupla. A raquete
utilizada é própria para a modalidade e a
bolinha é sem pressão, bem levinha. A entidade
que organiza e regulamenta as regras do
esporte e a International Federation of Beach
Tennis (IFBT). No Brasil, o esporte está sob os
cuidados da Confederação Brasileira de Beach
Tennis (CBBT).
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