“CULTURA EM FOCO”: aproximações entre educação e antropologia

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A “CULTURA EM FOCO”: APROXIMAÇÕES ENTRE
EDUCAÇÃO E ANTROPOLOGIA
Rojane Brum Nunes∗
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo perceber as possibilidades de aproximação entre Educação e
Antropologia, dadas a partir da abordagem de questões referentes às diversidades culturais em
cursos de formação acadêmica de professores. Para tanto, buscou-se perceber em que espaços
e momentos esta aproximação ocorre, tendo conhecimento de algumas das práticas
discursivas de professores que trabalham no campo da formação de professores, em cursos de
Pedagogia da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul. As questões que circundam a
temática das diversidades culturais, percebidas através da utilização de termos como “respeito
e inclusão da diferença”, têm sido recorrentes no campo da educação, evidenciando cada vez
mais a “emergência do outro”, na tentativa de romper com o conceito homogeneizador de
cultura, do qual a Escola apropriou-se, assumindo a função de transmitir uma cultura
hegemônica e justificando a sua resistência em aceitar o “diferente”. Cultura e educação são
conceitos que se tornam inerentes, já que ambos deparam-se com diferentes lógicas e práticas
culturais, aproximando Educação e Antropologia, já que esta tem como próprio objeto de
estudo a busca do respeito e compreensão dessas diferentes dinâmicas culturais. Considerando
o espaço da formação de professores como um dos espaços onde se desenvolve um processo
de produção de subjetividades, torna-se importante que nele ocorra o exercício de um olhar
antropológico em torno dos diferentes sistemas culturais, a fim de que se procure evitar
práticas de violência simbólica legitimadas a partir das práticas discursivas de futuros
docentes.
Palavras-chave: Educação. Antropologia. Cultura. Diversidades culturais. Formação de

professores.
Cientista social e professora estadual.
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Introdução
As diversidades culturais consistem no objeto de estudo da Antropologia e
conforme diz Fonseca (2000), a palavra “alteridade1”, descreve bem o objeto de estudo dessa
ciência, na medida em que envolve simultaneamente, “a mim” e “ao outro”.
Percebe-se no atual período sócio-histórico-político e econômico, inúmeras
transformações, as quais são definidas por muitos teóricos, como sendo características de uma
época intitulada de pós-modernidade2. As mudanças que transcorrem no campo tecnológico,
econômico, cultural e social, passam a reconfigurar a dinâmica das relações sociais, a relação
espaço-tempo, por vezes alterando, produzindo ou redefinindo sistemas culturais,
demonstrando segundo Boaventura Santos (1999), o fato de estarmos vivendo numa época de
crise paradigmática, a qual traz consigo a necessidade de apropriar-se de novos conceitos,
novas categorias, bem como redefinir as já existentes. Este autor considera ainda, que à
medida que avançamos na transição paradigmática, constata-se a insustentabilidade do
reducionismo econômico, percebendo-se ser cada vez mais difícil distinguir entre o
econômico, o político e o cultural.
O pluralismo e o direito de ser diferente passam a ser problematizados nessa
época de crise e transição paradigmática, onde se tornou menos difícil deparar-se com um
“outro”, que pode vir a ser bastante “diferente” de nós. Não é mais preciso ir para muito
longe buscar o “exótico” e as diferentes culturas, como o fizeram os primeiros antropólogos.
É notório haver um crescente interesse pelas questões culturais, seja nas esferas
acadêmicas, políticas, educacionais ou da vida cotidiana.
Veiga-Neto (2003) diz que, como em nenhum outro momento, parecem se tornar
cada vez mais visíveis as diferenças culturais, bem como os embates e debates sobre a
diferença e entre os diferentes, perpassando os diferentes campos do saber.
Considerações de ordem histórico-genealógica mostram o atrelamento da
pedagogia e da escola moderna à invenção do conceito de cultura como um conjunto de
significados únicos e universais e o quanto a educação foi concebida como sendo o caminho
para se atingir e transmitir as formas mais “elevadas de cultura”, tendo por modelo as
conquistas já realizadas pelos grupos sociais mais educados, considerados os mais “cultos”.
1
Da Matta (1997), recordando Malinowski diz que “a pesquisa antropológica era um caminho de duplo
movimento: uma viagem de ida, em direção ao “selvagem” desconhecido e confundido em meio a costumes
exóticos e irracionais e uma viagem de volta ,quando o etnólogo reexamina seus dados e os integra no plano
mais profundo das escolhas humanas. Descobre-se então que o que se chamou de exótico ou de irracional é
apenas a forma explícita de um traço conhecido em sua própria sociedade. Só que, entre nós, este traço está
implícito”. (Da Matta, 1997, p. 107.)
2
Há inúmeros debates e divergências quanto a utilização dos termos modernidade e pós-modernidade para
definir o atual contexto sócio-histórico, o que vem a demonstrar a abrangência e complexidade do tema.
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Por muito tempo a cultura fora vista como única e universal, transformando-se num
conceito totalizante, referindo-se ao conjunto de tudo aquilo que de “melhor” havia sido
produzido em termos materiais, artísticos, filosóficos, científicos e literários, onde caberia à
escola transmiti-los. Essa incumbência dada à escola atribuiu-lhe um caráter homogeneizante
e normativo, onde a diversidade deveria ser padronizada, segundo os moldes da então cultura
hegemônica.
Por hora, a Escola passa a perceber a existência de diferentes culturas, onde, ao
deparar-se com elas no cotidiano escolar, passa a problematizá-las de tal forma que leva à
reflexão e constatação acerca da necessidade em romper com práticas educativas
padronizantes e homogeneizantes, visando seguir um caminho que considere cultura, culturas
e educação, muitas vezes precisando redefinir tais conceitos.
É um desafio que se lança falar das relações entre cultura, culturas e educação,
diante do qual torna-se válido e pertinente conhecer questões sobre a formação acadêmica de
professores, considerando os vínculos entre a produção de saberes e as relações de poder no
âmbito da universidade, percebendo este espaço de formação como um lócus de produção de
subjetividades de um “sujeito-professor”. Para tanto, faz-se importante investigar se as
questões das diferenças sociais e culturais estão incluídas nos cursos de formação acadêmica
de professores e conhecer em que espaços e de que forma são produzidas e construídas as
práticas discursivas acerca das diversidades culturais.
Os atuais debates acerca das relações entre diversidades e educação encontra-se cada
mais presente nos cotidianos escolares, suscitando debates em torno dos discursos e práticas
educativas, apontando para a importância em ocorrer uma formação acadêmica que considere
e problematize esta questão.
Para Foucault (1984), o poder não existe enquanto realidade material, o que existe são
relações de poder. Os discursos para este autor são ao mesmo tempo instrumento e efeito de
poder, sendo neles que se articulam saber e poder. Os conteúdos incorporados nas praticas
discursivas podem ser vistos como constituindo modos específicos de produção de
subjetividades.
A partir de tais considerações, surgiu o propósito de realizar um trabalho de pesquisa,
que buscasse perceber os momentos e os espaços de uma “aproximação” entre Educação e
Antropologia, as apropriações e conceituações realizadas em torno do conceito de cultura e
diversidade, tentando ainda analisar as práticas discursivas de professores universitários que
trabalham na formação de professores.
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Para tanto, buscou-se realizar um trabalho de cunho qualitativo, utilizando-se a técnica
da observação participante e entrevista. Inicialmente pretendia-se realizar tais técnicas com
professores universitários que trabalhassem com a disciplina de Antropologia em cursos de
Pedagogia. Porém, a partir da análise da grade curricular do curso de Pedagogia-anos iniciais
da UFSM e UNIFRA, constatou-se que em suas respectivas grades curriculares essa
disciplina não constava, mas sim, com caráter obrigatório, a de Sociologia da Educação, na
qual a temática cultura acaba por ser abordada, apesar de não consistir no principal objeto de
estudo dessa ciência. Assim sendo, foram entrevistados os professores que atuavam com a
disciplina de sociologia da Educação no decorrer do segundo semestre de 2005, nas duas
instituições antes mencionadas.Procurou-se entre outros aspectos, conhecer a opinião desses
sujeitos sobre a questão das diversidades culturais, acerca das disciplinas constitutivas das
respectivas grades curriculares, as temáticas abordadas e os motivos pelos trabalhavam com a
referente disciplina.
Antropólogos-educadores
Carlos Rodrigues Brandão, ao pronunciar o binômio “antropólogo-educador”, num
Congresso sobre Educação Popular em junho de 2005, sugere –nos uma reflexão sobre as
relações de aproximação entre antropologia e educação. Na contemporaneidade, percebe-se
nos discursos produzidos e enunciados por diferentes sujeitos e grupos sociais, a incorporação
e apropriação de conceitos como diversidade cultural, diferença e alteridade, evidenciando,
sobretudo, que “a cultura” está em foco, ou como proferiu Hall (1999), estamos, nos últimos
tempos, vivenciando a “centralidade da cultura”.
Fonseca (2005) observa que parece haver tentativas, não só no campo da Antropologia
em frear a nossa ânsia de julgar e hierarquizar, para primeiro, compreender o comportamento
dos outros.
Nos discursos relacionados á educação, verifica-se a presença da temática da diversidade
traduzida em termos como educação inclusiva, respeito ao diferente, multiculturalismo,
cultura e saber de aluno, entre outros. Leis, documentos e currículos parecem reconhecer a
existência de uma pluralidade cultural, concebendo a escola como um lócus de
entrecruzamento de diferentes culturas:
Fala-se muito em“alteridade”, procura-se captar a “lógica do outro”,
um processo que implica o esforço de sair do nosso próprio sistema
simbólico, para penetrar no sistema do “outro”. Implica reconhecer
5
que nosso sistema de pensamento – científico, moral, intelectual –
longe de ser o supra sumo do desenvolvimento humano, é um sistema
entre outros. (Fonseca, 1995, p.20)
A Constituição Federal de 1988, ao assegurar o direito das comunidades indígenas
a uma educação escolar diferenciada, específica, intercultural e bilíngüe, foi um marco para se
pensar numa educação escolar diferenciada, que respeite as diferentes manifestações culturais.
Desde então, passa a haver um movimento que busca o reconhecimento de direitos sociais e
culturais, de comunidades indígenas e afro-descendentes, que se articula com os amplos e
variados movimentos de luta pelos direitos humanos, que vêm se desenvolvendo no Brasil,
relacionados com a problemática enfrentada pelos diferentes grupos sociais que se identificam
pelas relações étnicas, regionais, de gênero, de gerações, de classe e de diferentes condições
físicas e por vezes psicológicas, como no caso dos portadores de necessidades especiais.
Gusmão(2006), ao comentar que as origens do diálogo entre a Antropologia e a
Educação, o qual muitos antropólogos e educadores desconhecem, antecedem a década de
1970 deste século e chama-nos atenção para o fato de que nestes dois campos do saber, a
questão parece ser a mesma, ou seja, a tentativa de se colocar no lugar do outro, de ver como
o outro vê e propor-se a compreender um conhecimento que não é nosso.
Atualmente, no campo acadêmico, espaços como o grupo de trabalho “Sociologia
e Educação” que ocorre há mais 10 anos na ANPED 2 ,bem como os gt’s de Antropologia e
Educação ocorridos nas reuniões da RAM3 , ABA4 e ANPOC’S5, parecem reavivar o diálogo
entre estes dois campos no âmbito acadêmico, apontando a tentativa de retomar os diálogos
tidos no passado, de forma que, apesar da dificuldade em superar a compartimentalização dos
saberes, ele se mantenha.
Daí a importância em direcionar o olhar para as questões relacionadas a formação
do professor e as temáticas envolvidas nesse processo.
A nova LDB (Lei 9394/96) traz à tona o debate acerca da formação de
professores para os anos iniciais da escolaridade, principalmente no momento em que elevou
a formação do professor das séries iniciais ao nível superior, não considerando a partir de
2007 a formação em nível médio. Desde então se intensificam as iniciativas de reestruturação
curricular nos cursos de pedagogia, um momento fecundo para perceber a ocorrência e os
esforços no sentido de contemplar novos objetos, novos saberes e novas categorias, uma
2
Associação Nacional de pós-graduação em educação;
Reunião de Antropologia do Mercosul;
4
Associação Brasileira de Antropologia;
5
Associação Nacional de pós –graduação em ciências sociais;
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6
importante necessidade da contemporaneidade conforme a opinião de autores já abordados
neste estudo.
Tendo em vista a aproximação possível entre educação e antropologia,
possibilitada, sobretudo, pelo fato de que ambas, à sua maneira, e conforme seus propósitos,
dilemas e delimitações científicas, lidam com o “outro” e com as diversidades sócio –
culturais-políticas e econômicas que o caracteriza, faz-se pertinente perceber em que espaços
elas são abordadas nos cursos de formação de professores de anos iniciais, uma questão que
viria a demonstrar uma possibilidade de encontro entre esses dois campos do saber,
retomando os diálogos do passado.
A “ida” e a “volta”: algumas considerações
A formação acadêmica de professores como um espaço de produção de
subjetividades, o qual conta com uma estrutura burocrática, normas instituídas e práticas
discursivas já elaboradas, que legitimam, reproduzem ou rompem com padrões culturais já
existentes, caracterizando-se ainda, como um espaço que pode vir a viabilizar a legitimação
de uma dominação racional legal, apoiando-me em Weber (1982).
Para Ribeiro (1999), a experiência que advém da prática, a competência
relacionada a determinados saberes e os deveres aos quais estão vinculados meios de coação,
a subordinação ao princípio de hierarquia, a qualificação profissional, carreira e disciplina são
características da instituição universitária que evidenciam o seu caráter de aparelho
burocrático, enquanto legitimador da dominação.
Ao adentrar o campo da formação acadêmica de professores, através das práticas
discursivas dos professores entrevistados, foi possível perceber alguns dos espaços e
momentos em que estes dois campos se aproximam.
A temática das diversidades culturais, das “diferenças” e as problemáticas
suscitadas em torno da necessidade em compreendê-las, respeitá-las e não mais negá-las ou
condená-las, através de práticas educativas normatizadoras,demonstrou ser uma preocupação
presente neste campo, onde são recorrentes nos discursos termos como multiculturalismo,
diversidade e relativização.A possibilidade de aproximação da Antropologia e da Educação,
para que ambas dialoguem, na medida em que concebam a importância em compreender
diferentes universos simbólicos e redes de significados, nem sempre condizentes com aqueles
já existentes, pode ser apontada como uma necessidade nos em tempos de “centralidade da
cultura”.
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Considerando o espaço de formação acadêmica de professores, como sendo um
dos espaços destinados a produção de subjetividades de um sujeito-professor torna-se
importante problematizar e por vezes apropriar-se de novos conceitos e novas categorias no
decorrer desse processo. Categorias essas, que se fazem necessárias face a um período de
transição paradigmática que traz sobretudo a “emergência do outro”, mostrando o quanto “o
novo”, o “outro” e o “diferente” estão próximos de nós.
Alguns
pesquisadores
do
currículo,
que
integram
movimentos
de
reconceitualização e reestruturação curricular além de o conceberem como um objeto de
estudo relativamente novo, enfatizam que ele é, sobretudo uma construção social que em parte
transforma, conserva e renova conhecimentos e práticas historicamente acumuladas. Os
currículos escolares e universitários consistem ainda em campos de disputa, de forma que as
discussões em torno dele, como lembra Moreira (1997) envolvem a definição de seus
elementos constitutivos, suas relações com a cultura, ideologia e o poder.
A disciplina de Antropologia não consta no currículo dos cursos analisados, onde
os temas mais relacionados à cultura acabam por ser abordados na disciplina de Sociologia da
Educação, a qual dispõe de uma carga horária insuficiente, tendo em vista a abrangência e
complexidade da temática. Porém a recorrência ao tema não se esgota em alguns dos casos
analisados, ao campo especifico da referida disciplina.
O processo de produção de subjetividades de um sujeito- professor, que se dá
também no transcorrer da sua formação universitária, consiste num processo que virá mais
tarde a contribuir e configurar em grande parte as futuras práticas educativas destes
profissionais, no que se refere às relações que estes terão com as diferentes lógicas e
dinâmicas culturais, bem como as maneiras pelas quais serão abordadas no decorrer de suas
práticas e discursos, sendo que poderão estar apoiados em idéias de reprodução, legitimação
ou transformação, já que os discursos para Foucault (1980), além de instrumento e efeito de
poder, são também obstáculos, pontos de partida de uma estratégia oposta.
Maria Tanuri (2000) aponta para o esforço que hoje se desenvolve no sentido de
contemplar novos objetos na discussão atual sobre a formação acadêmica de professores. A
aproximação entre esses dois campos, em tempos onde os debates sobre as reestruturações e
reconceituações curriculares em escolas e universidades tomam amplas dimensões e onde as
diversas apropriações da categoria diversidade, colocam a “cultura em foco”, evidenciando “a
emergência do outro”, apontam que o diálogo entre Educação e Antropologia, no campo da
formação acadêmica de professores, mais que uma possibilidade, passa a consistir numa
profícua necessidade.
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Por hora, o ”outro” requer novos encontros que se empreendam na busca em
conhecê-lo, compreendê-lo e verdadeiramente respeitá-lo.
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