CONCURSO LIMITADO POR PRÉVIA QUALIFICAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE ARQUITECTURA E ESPECIALIDADES DO EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL DA FUNDAÇÃO DE SERRALVES NA SENHORA DA HORA – MATOSINHOS PROGRAMA PRELIMINAR Maio de 2007 1 de 8 CONCURSO LIMITADO POR PRÉVIA QUALIFICAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE ARQUITECTURA E ESPECIALIDADES DO EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL DA FUNDAÇÃO DE SERRALVES NA SENHORA DA HORA – MATOSINHOS PROGRAMA PRELIMINAR Índice 1. OBJECTO DO CONCURSO…………………………………………………………………………………………. 3 2. ÂMBITO DO PROJECTO……………………………………………………………………………………………...3 3. ASPECTOS PRELIMINARES DO PROGRAMA DE ARQUITECTURA………………………………………….4 4. DEFINIÇÃO DO EDIFÍCIO…………………………………………………………………………………………….5 5. LOCALIZAÇÃO DO EDIFÍCIO………………………………………………………………………………………...6 6. ENQUADRAMENTO GERAL………………………………………………………………………………………….7 6.1 Espaços interiores………………………………………………………………………………………………….7 6.2 Estacionamento………………………………………………………………………………………………….…7 6.3 Acessibilidade ……………………………………………………………………………………………………...7 7. PLANO FUNCIONAL………………………………………………………………………………………………..…8 2 de 8 1. OBJECTO DO CONCURSO 1.1 Constitui objecto do presente concurso a selecção do Estudo Prévio de Arquitectura e Especialidades do Edifício Multifuncional – doravante designado por Edifício – a implementar na Senhora da Hora em Matosinhos, para a Fundação de Serralves, promovendo a requalificação urbanística e arquitectónica da zona envolvente, na sequência do qual será adjudicada a elaboração das subsequentes fases do Projecto nos termos das Instruções para o Cálculo dos Honorários referentes a Projectos de Obras Públicas em anexo ao presente Processo de Concurso. 1.2 O Edifício será desenvolvido numa zona que se pretende muito qualificada e onde serão desenvolvidos projectos urbanísticos de qualidade, pelo que pretende a Fundação de Serralves que o novo edifício constitua um marco da Arquitectura Contemporânea. 1.3 As Soluções de Projecto a apresentar terão de dotar o Edifício de todas as infra-estruturas adequadas ao seu bom funcionamento, cumprindo a legislação e regulamentação aplicáveis, possibilitando uma boa utilização por todos os utentes do equipamento. 1.4 A Fundação de Serralves pretende construir um edifício de grande qualidade que alie uma funcionalidade exemplar com a visibilidade de um marco arquitectónico. Parte dessa funcionalidade consiste na preocupação do novo edifício com as questões ambientais (redução do consumo de energia, utilização de energias renováveis, tratamento e escoamento sustentáveis dos resíduos sólidos, etc.). Um outro aspecto importante do Edifício é o seu contributo para estruturar a urbanização de uma antiga zona industrial que está actualmente a ser transformada numa zona residencial/comercial. 2. ÂMBITO DO PROJECTO 2.1 O Edifício objecto do presente processo de concurso deverá enquadrar as seguintes valências e em consequência consagrar espaços para as seguintes funções: Guardaria, Conservação e Exposição de Arte Contemporânea, bem como para outras actividades com elas compatíveis ou acessórias, nomeadamente um núcleo de indústrias criativas e áreas de formação, bem como um espaço expositivo destinado à preservação da memória da EFANOR (ver 2.6) e da indústria têxtil em geral, conforme se esclarece mais detalhadamente de seguida. 2.2 O Edifício teve na sua génese a necessidade de resolução de um problema concreto do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, de falta de espaço de guardaria de obras de arte. Presentemente constata-se como fundamental alargar o Edifício a outras instituições que partilhem de idênticas necessidades de guardaria. 3 de 8 2.3 Em simultâneo ao referido no ponto anterior considera-se que aquele Edifício deve incluir um conjunto de Serviços de alto valor acrescentado, nomeadamente na área do inventário, fotografia, vídeo, conservação e restauro, embalagem, concepção e design de montagem de exposições que implicam a adopção de tecnologias inovadoras e contribuem para a criação de emprego muito qualificado. Este pólo de indústrias criativas, directamente relacionado com as artes plásticas, está vocacionado também para a prestação de serviços a terceiros. 2.4 Este Edifício constituirá ainda, um verdadeiro centro de estudo e investigação sobre os problemas da conservação da arte contemporânea, área onde existem grandes lacunas ao nível nacional e internacional, desenvolvido em colaboração com instituições universitárias. 2.5 Refira-se que os novos conceitos de guardaria apontam para a possibilidade de fruição, ainda que condicionada, das obras depositadas. Por isso se considera que o Edifício deve contemplar diversas áreas de exposição, as quais serão também utilizadas para a realização de projectos específicos, em complementaridade da programação do Museu de Arte Contemporânea de Serralves e, de acordo com as especificidades do novo espaço, contribuindo para o enriquecimento da vida cultural de Matosinhos e do País. 2.6 O Edifício será construído numa área onde existiu a EFANOR, uma das indústrias têxteis de referência do Séc. XX, cuja memória deve ser preservada, quer ao nível do património construído, quer do património imaterial. Por isso, prevê-se a integração dessas memórias físicas no novo projecto, bem como de áreas para exposições relacionadas com a têxtil em geral e aquela empresa em particular. 2.7 Registe-se, por último, que a natureza do Edifício a construir, bem como as funções que lhe são afectas, apontam para a conveniência da adopção de um projecto com uma perspectiva de longo prazo. 3. ASPECTOS PRELIMINARES DO PROGRAMA DE ARQUITECTURA 3.1 A concepção de projecto de um Edifício desta natureza obriga a diferentes estudos, consultas e levantamento de problemas, que deverão ser equacionados em função da resposta que a eles foi dada em projectos internacionais congéneres de reconhecida qualidade. 3.2 Nesse sentido o Estudo Prévio a apresentar pelos concorrentes deverá definir nomeadamente: - A natureza da articulação do novo edifício com a memória industrial do lugar e distinção entre os espaços de exposição e guardaria de obras de arte; - A definição dos vários climas necessários, em termos de humidade e de temperatura, para a guardaria e conservação dos diferentes suportes das obras de arte (pintura, escultura, papel, fotografia, filme, vídeo, suportes digitais, etc.); 4 de 8 - A natureza da segurança passiva, consubstanciada pelas soluções arquitectónicas a implementar na generalidade do Edifício e particularmente nas situações de cargas e descargas dos artigos de Colecção; - A definição concreta dos sistemas de segurança activa a instalar, tendo em atenção a especificidade dos materiais armazenados e em exposição no Edifício e as exigentes condições de segurança normalmente associadas ao tipo de actividade do empreendimento; - A definição dos vários serviços técnicos para os quais o novo Edifício será utilizado, nomeadamente nas áreas de catalogação e inventário, conservação e restauro de colecções; - A natureza dos vários equipamentos (mobiliário de reservas, dispositivos de carga e descarga, assim como de transporte de obras de arte, mobiliário de arquivo e de escritório, equipamento de restauro e de fotografia, etc.) que as áreas do novo Edifício deverão acolher; - Os parâmetros a atender na relação do novo edifício com o planeamento urbanístico da zona onde venha a ser implantado; - A definição da estrutura organizativa e administrativa do Edifício, que terá reflexos importantes na definição dos espaços para gabinetes e salas de reuniões e demais apoios, nomeadamente uma zona de lazer destinada aos utentes do edifício; - As soluções energéticas implementadas tendo em vista o cumprimento da legislação em vigor, nacional e comunitária, e a consequente economia dos custos energéticos do Edifício; - Os aspectos considerados na concepção do Edifício no sentido de optimização de eficiência na exploração e manutenção do Edifício. - A definição preliminar dos diversos equipamentos interiores a instalar, tais como mobiliário das zonas de reserva, dispositivos de carga e descarga e de transporte de obras de arte, equipamento de cozinha, mobiliário de interior para os diversos espaços considerados – escritórios, restauração, zonas públicas, de lazer, salas de restauro e fotografia, etc. 4. DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS ESPAÇOS Conforme estabelecido no artigo 27º, n.º 4 do Programa de Concurso, o Estudo Prévio a apresentar na Solução de Projecto não poderá consagrar uma área útil superior a 13.550 m2 (treze mil, quinhentos e cinquenta metros quadrados), sendo que as áreas úteis parcelares referidas no quadro abaixo (A.1, A.2, B, C e D) são meramente indicativas e serão definitivamente estabelecidas no Caderno de Encargos a entregar aos Concorrentes aquando do convite para a Fase II. EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL / SERRALVES MATOSINHOS ÁREA ÚTIL (m2) A Áreas de Reserva: 5 de 8 A.1 Para a Fundação de Serralves: A.1.1 Reserva para Pintura Escultura A.1.2 Reserva para Fotografia A.1.3 Reserva para Obras em Papel A.1.4 Reserva para Obras Temporárias Sub-Total A.1 A.2 4.200 Reservas para uso de Terceiros: Sub-Total A.2 3.100 Total A.1+A.2 7.650 B Áreas para Espaços Adicionais: B.1 Sala para registo e preparação de obras B.2 Sala para embalagem e desembalagem de obras B.3 Cais B.4 Armazém para equipamento B.5 Pólo de Indústrias Criativas (Restauro, Fotografia, Inventário, Vídeo, Design, etc) B.6 Escritórios e áreas de Formação Total B C Salas de exposição C.1 Exposições de Serralves ou de outras 1.650 instituições associadas C.2 Memória Indústria Têxtil Total C D Espaços públicos D.1 Hall de entrada D.2 Restaurante D.3 Loja Total D Necessidades Globais 5. 3.900 700 13.550 LOCALIZAÇÃO DO EDIFÍCIO O Edifício a projectar localizar-se-á num lote da Reconversão Urbana dos antigos terrenos da Efanor, na Senhora da Hora, em Matosinhos, conforme planta de localização anexa ao presente Programa Preliminar. A área total do lote para implantação do Edifício é de 11 310 m2, sendo a área útil que se pretende construir a que consta do ponto 4 do presente Programa Preliminar. 6 de 8 6. ENQUADRAMENTO GERAL O volume a edificar e os respectivos alinhamentos deverão ter em conta os edifícios envolventes, respeitando os condicionalismos impostos pelo Regulamento do Plano Director Municipal (PDM) de Matosinhos. A área bruta de construção decorrerá da adopção das áreas úteis dos espaços definidos no ponto 4 deste Programa Preliminar, acrescida das áreas de circulação, instalações sanitárias, espaços técnicos, etc. 6.1 Espaços exteriores Os espaços envolventes ao Edifício deverão ser projectados e tratados de modo a permitir a sua fruição segura e tranquila por parte dos utentes e população em geral, dotando-os do mobiliário adequado e de iluminação pública conveniente, referindo-se que este aspecto se deve revestir de particular importância no conjunto arquitectónico a apresentar pelos concorrentes. Tendo em atenção que se perspectiva a construção de um novo projecto para o terreno localizado a sul, do lado oposto da Rua da Senhora da Hora, o espaço exterior do Edifício Multifuncional deverá contemplar uma passagem sob a referida rua que fará a articulação entre os dois terrenos, permitindo assim aos visitantes uma continuidade na utilização das envolventes dos respectivos empreendimentos. 6.2 Estacionamento O projecto a elaborar deverá garantir áreas de estacionamento, compatíveis com a utilização prevista, quer para o número previsível de utentes normais, quer para a possibilidade de utilização simultânea das diversas valências. Deverão reservar-se dois lugares para veículos pesados de passageiros e zona de carga e descarga, dentro das condições de segurança integrada no projecto de Arquitectura. Deverá ser apresentado estudo que justifique o dimensionamento adoptado para o estacionamento, respeitando as disposições legais em vigor, nomeadamente as constantes do PDM de Matosinhos. 6.3 Acessibilidade Deverá ser tida em consideração a acessibilidade dos cidadãos com mobilidade condicionada, nos acessos, através da supressão de barreiras arquitectónicas, de acordo com a legislação em vigor, nomeadamente o Decreto-Lei nº 123/97, de 22 de Maio, ou outra que entretanto venha a ser emanada pelas autoridades competentes durante a fase de elaboração do projecto e da empreitada. 7 de 8 7. PLANO FUNCIONAL Apresenta-se de seguida um Organograma funcional dos diversos espaços envolvidos no projecto de Edifício Multifuncional. 8 de 8