uningá – unidade de ensino superior ingá faculdade ingá

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UNINGÁ – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ
FACULDADE INGÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTÁRIA
FABIANO ANDRÉ ZARDO
PRÓTESE FIXA DENTOGENGIVAL:
A BUSCA PELA EXCELÊNCIA ESTÉTICA NA REABILITAÇÃO ORAL
PASSO FUNDO
2007
1
FABIANO ANDRÉ ZARDO
PRÓTESE FIXA DENTOGENGIVAL:
A BUSCA PELA EXCELÊNCIA ESTÉTICA NA REABILITAÇÃO ORAL
Monografia apresentada à unidade de Pósgraduação da Faculdade Ingá – UNINGÁ –
Passo Fundo-RS como requisito parcial
para obtenção do título de Especialista em
Prótese Dentária.
Orientador: Prof. Dr. Cezar Augusto Garbin
PASSO FUNDO
2007
2
FABIANO ANDRÉ ZARDO
PRÓTESE FIXA DENTOGENGIVAL:
A BUSCA PELA EXCELÊNCIA ESTÉTICA NA REABILITAÇÃO ORAL
Monografia
apresentada
à comissão
julgadora da Unidade de Pós-graduação da
Faculdade Ingá – UNINGÁ – Passo FundoRS como requisito parcial para obtenção do
título de Especialista em Prótese Dentária.
Aprovada em ___/___/______.
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________
Prof. Dr. Cezar Augusto Garbin
________________________________________________
Prof. Ms. Christian Schuh
________________________________________________
Prof. Ms. Cristiano Magagnin
3
RESUMO
A perda dentária provoca reabsorção óssea e conseqüente formação de defeitos
nos tecidos de revestimento. A prótese fixa dentogengival é uma alternativa
reabilitadora que permite, por meio da aplicação da cerâmica rosa, a recuperação
não somente da estrutura dentária, como também das estruturas de sustentação
adjacentes, sem expor o paciente a procedimentos cirúrgicos invasivos. O objetivo
deste trabalho foi, mediante revisão de literatura, descrever os aspectos clínicos e
laboratoriais para a indicação da prótese fixa dentogengival, bem como abordar os
critérios necessários para a elaboração de um protocolo para a sua confecção. A
avaliação dos trabalhos clínicos e laboratoriais pertinentes ao assunto pertinentes ao
assunto permitiu concluir que a prótese fixa dentogengival representa uma
alternativa reabilitadora aceitável, não invasiva, e aplicável a inúmeras situações
clínicas. Para sua indicação e elaboração é de suma importância seguir um
criterioso protocolo clínico e laboratorial, visto que um resultado adequado quanto à
forma, função e estética somente será alcançado se a filosofia de tratamento for
respeitada. Para isso faz-se necessária uma inter-relação entre o protesista, o
paciente e o técnico de laboratório.
Palavras-chave: Cerâmica. Processo alveolar. Pigmentação em prótese. Percepção
de cores. Gengiva.
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ABSTRACT
The dental loss leads to the bone reabsorption and, consequently, to the
development of defects in the soft issue. The first alternative of treatment is surgical,
trough bone and gengival grafting, however, eventually the anatomy is not tottaly
replaced and, moreover, some patients do not want to the submitted to invasive
procedures, requiring anther alternative of treatment which through the application of
pink ceramics to the fixed prostheses makes possible the restoration of the dental
structure as well as the structure of bone and gingival support without invasive
surgical procedures. The result will be successful if the philosophy of treatment is
followed strictly, seeking results which refer to colour, shape, function and esthetics.
However, it demands a close relation between the patient, the dentist and the
laboratory technician. The present work has the objective of reporting the judgements
used in the evaluation and indication of Tooth-gengival Fixed Prostheses, showing
the importance to follow the clinical and laboratorial procedures during the prosthetic
reproduction.
Key-words: Ceramics. Alveolar process. Prosthesis coloring. Color perception.
Gingiva.
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO………………………………………………………………………….06
2 REVISÃO DE LITERATURA................................................................................08
2.1 HISTORICO....................................................................................................... 08
2.2 DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO................................................................ 09
2.2.1 Anamnese......................................................................................................09
2.2.2 Avaliação Extra-Oral.....................................................................................10
2.2.3 Exame Intra-Oral........................................................................................... 10
2.2.4 Montagem em Articulador e Encerramento de Diagnóstico.................... 10
2.2.5 Análise Radiográfica.................................................................................... 11
2.3 ANATOMIA INTRA-ORAL................................................................................. 12
2.3.1 Arcada Dentária........................................................................................... 12
2.3.2 Anatomia Dental........................................................................................... 12
2.3.3 Anatomia Gengival....................................................................................... 13
2.4 ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO................................................................ 16
2.4.1 Reconstrução Cirúrgica através de Enxerto Ósseo e/ou Gengival......... 16
2.4.2 Reconstrução Protética através de Gengiva Artificial Removível em
Acrílico...................................................................................................................... 17
2.4.3 Reconstrução Protética através de Gengiva Artificial Fixa em
Cerâmica.................................................................................................................19
2.5 ETAPAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS DA PRÓTESE FIXA
DENTOGENGIVAL.................................................................................................. 20
2.5.1 Prótese Provisória de Diagnóstico............................................................. 20
2.5.2 Confecção da Infra-Estrutura Metálica....................................................... 22
2.5.3 Prova da Estrutura Metálica........................................................................ 23
2.5.4 Encerramento Diagnóstico.......................................................................... 23
2.5.5 Prova do Encerramento............................................................................... 24
2.5.6 Seleção da Cor dos Dentes e Gengiva....................................................... 24
2.5.7 Confecção da Prótese Fixa Dentogengival................................................ 24
2.5.8 Manutenção e Higiene.................................................................................. 27
3 CONCLUSÃO.......................................................................................................28
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 29
6
1 INTRODUÇÃO
A elaboração de prótese fixa anterior com uma indesejável exibição do
espaço interproximal é um problema para os protesistas. A perda da papila
interdental pode ocorrer em razão de traumatismo, cirurgia periodontal, extração
cirúrgica ou escovação inadequada (CRONIN; WARDLE, 1983).
A maior dificuldade encontrada na construção das próteses parciais fixas
ocorre na presença de rebordos anteriores reabsorvidos resultantes do processo
fisiológico de reabsorção do osso alveolar, agravado por extrações dentárias
múltiplas e uso prolongado de próteses mucossuportadas (BONACHELA et al.,
1992).
Quando há falta de alguns dentes ou perda óssea no rebordo anterior,
muitos pacientes são tratados com uma prótese parcial removível. A maioria das
necessidades estéticas, fonéticas e funcionais do paciente é obtida, entretanto
muitos pacientes não aceitam esse tipo de tratamento por ser um artifício removível,
em razão da visibilidade do grampo e pela movimentação da prótese em função.
(HANNON, 1994).
Os dois objetivos básicos em estética odontológica são criar dentes de
proporções intrínsecas agradáveis a si e aos outros e criar um arranjo dental
agradável em harmonia comum à gengiva, lábios e rosto do paciente (CHICHE;
PINAULT, 1996).
A presença de um rebordo reabsorvido induz o técnico em prótese dentária
a construir a prótese fixa seguindo o contorno gengival, a fim de minimizar a
discrepância entre os dentes pilares e os pônticos. Para evitar a ocorrência de
ameias co aberturas acentuadas entre os dentes, a relação de contato proximal
estendida até o rebordo, sem espaços interdentários ao nível do colo dentário,
deixando a gengiva reta, sem a presença de papilas (REZENDE, 1996/1997).
Hal-Ali e Walker (2002) comentaram que a etapa de provisório é de
fundamental importância na realização de próteses fixas, pela necessidade de se
obter um correto assentamento das estruturas adjacentes, contorno adequado e
estética aceitável. Entretanto, a ocorrência de defeitos horizontais e verticais na área
do rebordo cria dificuldades significativas para se obter estética e contorno
adequados. Com a introdução de inúmeras técnicas reconstrutivas periodontais, é
7
possível corrigir vários desses defeitos, embora, em algumas situações,
procedimentos mais conservadores são selecionados.
Rosa et al. (1999) destacaram a técnica do enxerto ósseo autógeno como o
método ideal para solucionar o problema da perda óssea, porém algum pacientes,
por problemas sistêmicos, fatores locais, ou problemas pessoais, não aceitam, ou
não podem se submeter a cirurgias reconstrutivas. Por isso, devem-se ter outras
alternativas de tratamento, que são as reconstruções protéticas por meio de gengiva
artificial.
Nem sempre a cirurgia corretiva de tecido mole ou duro é o tratamento de
escolha. A cirurgia muitas vezes é contra-indicada por fatores biológicos, custo,
tempo, estado de saúde geral e emocional do paciente, pois os procedimentos
cirúrgicos são agressivos, irreversíveis e muitas vezes têm resultados imprevisíveis
(FONSECA et al., 2002).
Rosa et al. (2003) relataram que as reabilitações protéticas aspiram à
estética e função, recuperando, além dos dentes, as estruturas de suporte ósseo e
gengival perdidas. Destacaram que a prótese fixa metalocerâmica dentogengival é
uma alternativa de tratamento que usa a cerâmica rosa para possibilitar a
recuperação dos defeitos causados pela perda dentária.
O sorriso é considerado a expressão direta do bem-estar, satisfação e
felicidade do ser humano. Como demonstrar felicidade, se não pode sorrir, pelo
simples fato de não aprovar sua auto-imagem? Isso o leva à reclusão de seus
sentimentos e conseqüentemente à exclusão social (SOUZA et al., 2005).
A necessidade estética e aparência natural dos dentes e gengiva quanto à
forma, cor e tamanho levou os profissionais ao desenvolvimento de uma técnica que
tem como objetivo devolver ao paciente a naturalidade de um sorriso.
A prótese fixa dentogengival permite a recuperação dos defeitos causados
pela perda óssea e gengival através da aplicação da cerâmica rosa na prótese fixa
convencional. Essas estruturas recuperadas na reabilitação devolvem ao paciente a
estética, a fonética, a função, o conforto e a auto-estima, o que melhora seu convívio
social.
Diante disso, o presente trabalho pretende, mediante revisão bibliográfica,
descrever os aspectos clínicos e laboratoriais para a indicação da prótese fixa
dentogengival, definir os critérios necessários para a elaboração de um produto
clínico e laboratorial para a sua confecção.
8
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 HISTÓRICO
Em 1746, Pierre Fauchard destacou que, numa reabilitação protética, a
recuperação do tecido gengival perdido é tão importante quanto a recuperação de
dentes. Em 1756, Bourdet, utilizando a filosofia de Fauchard, foi o primeiro a
incorporar a gengiva artificial às próteses fixas.
Dumment (1959) definiu que a cor da gengiva saudável é variável desde um
rosa pálido até um roxo azulado.
Goldstein (1976) sugere que a papila de porcelana pode ser adicionada
entre os pônticos numa prótese fixa, fazendo com que um dente comprido pareça
mais curto.
Em 1980, Eissmann et al. sugeriram que a papila pode ser adicionada entre
o pilar e o pôntico. McLean solucionou a dificuldade da alteração dos matizes de
porcelana, por meio da utilização de caracterização de superfície pela combinação
de corantes.
Segundo Cronin e Wardle (1983), é recomendada a utilização de guia de
cores gengivais de cerâmica sob medida feita de várias combinações de opacidades
disponíveis e de modificadores internos e corantes de superfície.
Em 1992, Bonachela et al. concluíram que a técnica de gengiva artificial de
cerâmica, como solução estética, possui uma aplicabilidade clínica acessível a todo
profissional que se propõe a reabilitar funcional e esteticamente casos de
desdentado anterior, com rebordo reabsorvido.
Duncan e Swift (1994) também ressaltaram a iportância do tecido gengival
para a estética anterior.
Em 1995, Fonseca e Ankli relataram a confecção de gengiva artificial em
resina acrílica, para compensar a limitação estética nos casos de grande perda
óssea com desnível gengival, falta de suporte labial e alteração fonética.
Rosa et al. (1999) descreveram que a gengiva artificial fixa confeccionada
em cerâmica e incorporada à prótese fixa metalocerâmica convencional é uma
técnica que, quando bem executada, devolve com eficiência todos os elementos
perdidos.
9
Souza et al. (2005) descreveram um protocolo para a confecção da prótese
fixa dentogengival e ressaltaram que o meso deve ser seguido criteriosamente para
assegurar o resultado estético.
Polleter (2006) relatou que co a cerâmica de gengiva não somente os dentes
ausentes, mas também ossos e tecidos moles foram amplamente reconstruídos
proteticamente. Ressaltou também que, além das caracterizações individuais dos
dentes de cerâmica, as diferenças de coloração e forma também são visíveis na
gengiva cerâmica.
2.2 DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO
2.2.1 Anamnese
Telles et al. (2003), com muita clareza resumem quatro itens de abordagem
inicial do paciente:
·
Reconhecer e entender o problema individual do paciente;
·
explorar e identificar o problema;
·
interpretar e explicar o problema;
·
oferecer soluções para o problema.
Todas as informações coletadas devem ser anotadas numa ficha clínica, que
deve conter perguntas padronizadas para auxiliar o profissional durante o exame,
garantindo que não foi esquecido nenhum item importante relacionado à saúde geral
do paciente (PEGORARO et al., 2004).
Deve ser estabelecida uma comunicação eficiente com o paciente na
tentativa de informá-lo sobre o trabalho a ser realizado. O profissional deve ter uma
linguagem clara e sem o uso de termos técnicos, o que dificulta a compreensão pela
maioria dos pacientes. Para facilitar esta comunicação pode ser interessante usar
fotografias ou revistas que servirão como base do trabalho em questão (FRADEANI,
2006).
A primeira fase do tratamento é a avaliação das expectativas do paciente.
Esse aspecto é de grande importância em qualquer tipo de reabilitação, em especial,
nas áreas anteriores. Nessas situações, o risco de se obter um resultado que não
satisfaça às necessidades do paciente é muito alto, devido ao componente subjetivo
na avaliação da estética da reabilitação (CHIAPASCO; ROMEO, 2007).
10
2.2.2 Avaliação extra-oral
A morfologia dos lábios com e sem presença de prótese pode indicar a
necessidade de recuperação do suporte labial para se obter um contorno aceitável e
mascarar a reabsorção do rebordo alveolar. O posicionamento labial durante a fala e
o sorriso deve ser observado, pois a quantidade de tecido gengival aparente deteria
o desenho da prótese. Em pacientes com a linha do sorriso alta, a prótese
convencional obtém um resultado estético limitado, com coroas aparentemente
longas (ROSA et al., 2003).
Esse exame inicia-se durante a anamnese. Enquanto o paciente relata a sua
história, observam-se aspectos faciais, simetria, suporte labial, linha do sorriso,
altura incisal, corredor bucal, linha média, dimensão vertical, mucosa labial e canto
da boca (PEGORARO et al., 2004).
2.2.3 Exame intra-oral
Devem-se avaliar criteriosamente nas áreas edentadas o número de dentes
faltantes características do rebordo e sua reabsorção, onde muitas vezes se faz
necessário um aumento cirúrgico do rebordo, extrusões e intrusões dentárias,
presença de doença cárie, característica gengival, grau de mobilidade dentária,
posições dos dentes remanescentes, pois essas informações são importantes no
planejamento (JAHANGIRI et al., 1998).
A avaliação da condição de higiene bucal presente é um fator muito
importante nessa fase, pois é um indício seguro do prognóstico da prótese a longo
prazo, além de ser um indicador do grau de comprometimento do paciente com o
futuro tratamento (TELLES et al., 2003).
A queixa principal do cliente deve ser reavaliada, todavia o exame
sistemático de toda a cavidade bucal deve ser feito observando-se, criteriosamente,
mucosa, língua, tecidos de revestimento, sendo que a prioridade do exame é
detectar se há presença de alguma lesão importante (PEGORARO et al., 2004).
2.2.4 Montagem em articulador e enceramento diagnóstico
O enceramento diagnóstico permite determinar a posição dos implantes,
assim como a pré-visualização do resultado estético e fonético final. É aconselhável
mostrar ao paciente o enceramento para que possa visualizar o planejamento da
prótese (DAVARPANAH et al., 2003).
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A montagem dos modelos em articulador tem como objetivo principal a
reprodução mais fiel possível das posições estáticas e dinâmicas do relacionamento
da mandíbula com a maxila. Dessa forma, propicia-se a construção de um
planejamento protético compatível com condição real da oclusão do paciente
(PEGORARO et al., 2004).
A articulação de modelos reproduz a relação espacial das arcadas dentárias
com a finalidade da análise oclusal, ajuste oclusal, cirurgias ortognáticas, exames de
diagnóstico, enceramento diagnóstico e moldagem de modelos para execução
laboratorial do trabalho, buscando a precisão. O enceramento diagnóstico trata-se
de um planejamento, uma reorganização antecipada da oclusão sobre os modelos
articulados. Por meio de desgaste no gesso e reconstrução com cera, se pode
atender o desenho da futura prótese em seu aspecto estético, oclusais e funcionais
(MEZZOMO; SUZUKI, 2006).
Uma vez coletados os dados, o profissional pode proceder à elaboração de
um diagnóstico correto e um planejamento que supra as necessidades estéticas e
funcionais do paciente (FRADEANI, 2006).
2.2.5 Análise radiográfica
Ao planejar uma reabilitação, os exames radiográficos são essenciais para
complementar o exame clínico, confirmar o estado dos dentes e determinar o
volume e a qualidade do osso nas áreas edêntulas (ROSA et al., 2003).
O estudo radiográfico é um exame complementar indispensável que permite
ao profissional avaliar criteriosamente a anatomia óssea e suas deformidades
usando como ferramentas radiografias panorâmicas, periapicais, extra-oral láterolateral e tomografias computadorizadas. Com esses dispositivos o odontólogo será
capaz de definir os planos de reabilitação previsíveis para o paciente (CHIAPASCO;
ROMEO, 2007).
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2.3 ANATOMIA INTRA-ORAL
2.3.1 Arcada Dentária
A localização dentária na arcada pode ser identificada em três tipos: a)
quadrada, os incisivos superiores são alinhados com os caninos mais ou menos em
linha reta; b) ovóide, os incisivos centrais e laterais e os caninos estão dispostos em
uma curva; c) triangular, possui uma discreta curvatura, e o espaço anterior não é
suficiente para um alinhamento correto, ocorrendo com freqüência rotações e
superposições dentárias (FRADEANI, 2006).
2.3.2 Anatomia Dental
Uma análise de cada dente individualmente abrange fatores como cor,
forma, textura, brilho superficial, proporção altura/largura e posição da borda incisal
dos incisivos centrais superiores (MARQUES et al., 2005).
2.3.2.1 Forma e contorno
Rufenacht (1990) afirmou que existem muitas foras de dentes naturais, mas
podem ser classificadas basicamente em três categorias: quadrada, triangular e
oval.
Segundo Baratieri et al. (1995), o tamanho do dente é relevante não apenas
para a estética dental, mas também, para a estética facial, devendo os dentes estar
sempre em proporção uns com os outros e com a face, porque uma grande variação
o tamanho do dente para com o rosto poderá afetar, adversamente, a obtenção de
uma ótima estética.
Fradeani (2006) sugeriu que a maneira mais fácil de restaurar a forma e o
contorno do dente além de manter o tipo original, é imitar o dente adjacente. Numa
reabilitação onde não há nenhuma referência morfológica natural, o uso de
fotografias antigas é indispensável. Nos casos em que nenhuma dessas referências
estiver presente, a arquitetura gengival e o biótipo periodontal podem fornecer
informações como forma e contorno para a aplicação protética.
13
2.3.2.2 – Textura
Segundo Ubassy (1996), os dentes naturais podem apresentar profundas
variações de textura, desde superfícies altamente caracterizadas até superfícies
altamente polidas.
Tem-se como conceito de textura o grau de rugosidade ou de lisura de uma
superfície. O esmalte não tem superfície lisa e apresenta ondulações que refletem a
luz difusamente (MARQUES et al., 2005).
Na reabilitação protética, tanto o técnico quanto o especialista devem
lembrar que a presença simultânea destas duas texturas (microtextura e
macrotextura) fornece à restauração propriedades ideais para a transmissão de luz,
otimizando a reflexão e refração (FRADEANI, 2006).
2.3.2.3 – Brilho
O sucesso de um trabalho protético não depende apenas da textura, mas
também do controle do grau de brilho, que pode variar de uma pessoa para outra,
influenciado por fatores fisiológicos, grau de mineralização dentária, hábitos
alimentares e de higienização, sendo classificado como baixo, médio ou alto brilho
(MARQUES et al., 2005).
2.3.2.4 – Cor
Preston e Bergen (1980) descreveram que as cores têm três dimensões
denominadas de matiz, croma e valor. Matiz é a cor propriamente dita; croma é a
intensidade da matiz e o valor é a dimensão da cor que nos permite distinguir o ais
claro e o mais escuro.
2.3.3 Anatomia Gengival
A gengiva possui características individuais que precisam ser analisadas
detalhadamente. Sua superfície, quando molhada pela saliva, parece ser lisa,
porém, em estado seco, possui aspecto poroso, como de “casca de laranja”
(POLLETER, 2006).
A estrutura gengival é formada pela gengiva livre, que circunda a margem
dental no seu nível gengival, e pela gengiva inserida, que se estende para a junção
mucogengival e continua apicalmente até a mucosa alveolar (FRADEANI, 2006). A
gengiva livre estende-se, na direção apical, da margem gengival na junção cemento-
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esmalte, seguindo por todo contorno do perímetro cervical, tendo sua altura a
mesma que a do sulco gengival (1 a 2 mm), e sua espessura varia, sendo mais
delgada no contato com a superfície dental e mais espessa na região interproximal.
A gengiva inserida é a porção de tecido que se estende desde o limite mais apical
da gengiva livre até a junção mucogengival, sua cor é normalmente rosa,
distinguindo-se da mucosa alveolar, que é vermelho-brilhante. É recoberta por
epitélio queratinizado e particularmente adaptada para resistir a traumatismos
causados pela mastigação e escovação (FRADEANI, 2006).
2.3.3.1 Cor
Dummett e Barens (1967) realizaram uma revisão de literatura sobre a
pigmentação dos tecidos bucais de humanos. Gengiva pouco pigmentada é
normalmente encontrada em indivíduos de pele clara, ao passo que uma gengiva
pigmentada é normalmente característica de indivíduos de pele escura.
Pesquisadores observam o amplo espectro de tons e cores no tecido
gengival, variando de um rosa pálido a um púrpura escuro azulado (CRONIN;
WARDLE, 1983).
A cor da gengiva varia amplamente de paciente para paciente e deve ser
bem combinada para assegurar uma estética aceitável de prótese. Uma combinação
adequada de cor pode ser obtida usando-se tanto uma escala de cor tradicional de
gengiva artificial de porcelana quando uma escala de cor a base de dentadura de
resina acrílica (DUNCAN, 1994).
O tecido gengival saudável é geralmente rosado, embora exista uma
variação considerável entre os indivíduos. Quando inflamada, apresenta cor
avermelhada, que pode ser bem intensa em razão do tempo (FRADEANI, 2006).
2.3.3.2 Contorno da Margem Gengival
As papilas preenchem os espaços proximais entre os dentes e, por essa
razão, atingem níveis diferentes conforme o local considerado. O fator limitante da
sua extensão em direção incisal é o contato proximal, e o seu posicionamento é
utilizado como parâmetro para a abertura das ameias (MENDES; BONFANTE,
1996).
Segundo Haj-Ali e Walker (2002), a exigência estética é especialmente
importante quando envolve a região anterior superior. Idealmente, o comprimento do
15
incisivo central superior é de 10 a 11mm, enquanto canino tem de 11 a 12mm e o
incisivo lateral possui 1 a 1,5mm a menos que o incisivo central. Para se estabelecer
um padrão gengival adequado em termos estéticos, a Marge gengival do incisivo
central deve ser semelhante à do canino e cerca de 1mm mais apical que a do
incisivo lateral.
O nível gengival deve manter um adequado paralelismo com o plano oclusal
e as linhas de referências horizontais, que são a linha interpupilar e da comissura. A
ausência de paralelismo interfere na harmonia da estética gengival (FREDEANI,
2006).
A altura do contorno gengival dos incisivos centrais deve ser maior que a
dos incisivos laterais, e a altura gengival dos caninos deve ser aproximadamente
igual a dos incisivos centrais (NEVES, 2006).
2.3.3.3 Linha do Sorriso
Num estudo Tjan (1984) formula características de um sorriso relativas ao:
· Tipo do sorriso – alto (exposição demasiada do tecido gengival),
médio (pequena margem gengival é exposta pelo movimento dos
lábios inferiores) e baixo (a gengiva não aparece);
· paralelismo da curva incisal maxilar com o lábio inferior;
· posição da curva incisal relativa ao contato com o lábio inferior;
· número de dentes que aparecem em um sorriso.
Segundo Rufenacht et al. (1998), a linha do sorriso parece ser, dentre os
fatores que contribuem para a conotação agradável de um sorriso, um dos mais
importantes. A linha do sorriso pode ser definida com a linha curva hipotética
desenhada ao longo das bordas dos quatro dentes antero-superiores, que deve
coincidir ou correr paralela com a curva da borda interna do lábio inferior.
Renouard e Rangert (2001) descrevem que a linha do sorriso é o primeiro
parâmetro a ser avaliado no setor estético. Um sorriso gengival pode representar
uma contra-indicação relativa, sobretudo associada a outros fatores de risco Neste
caso uma solução protética tradicional deve ser considerada. Se for escolhida a
reabilitação com implantes, o paciente deve ser informado quanto às limitações
associadas à estética.
16
2.4 ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
Cronin e Wardle (1983), relataram que a restauração com uma indesejável
exibição de um espaço interproximal tem sido um problema para os protesistas. A
perda do tecido interdental anterior ocorre como resultado de um ferimento
traumático,
cirurgia
periodontal,
extração
cirúrgica,
defeitos
congênitos,
procedimentos cirúrgicos orais ou escovação imprópria.
Hannon et al. (1994) descreveram que perdas excessivas do tecido de
suporte periodontal por traumas, cirurgias ou doenças criam dilemas no tratamento
de um paciente. O primeiro impulso do profissional é tentar uma cirurgia corretiva no
defeito periodontal ou crista do rebordo. Em algumas situações a cirurgia é contraindicada. Procedimentos cirúrgicos são invasivos, irreversíveis e às vezes o nível de
sucesso não é satisfatório. Uma alternativa de tratamento é o uso de cerâmica
gengival rosa para reconstrução dos tecidos mole e duro.
Rosa et al. (1999) relataram que, atualmente os recursos no tratamento do
edentulismo parcial e total viabilizam a reabilitação cosmética, tornando-se mais
efetiva quando as estruturas de suporte do órgão dental (osso e gengiva)
mantiverem sua forma e dimensão. Sabe-se, no entanto, que a reabsorção contínua
e irreversível do tecido ósseo pode, com o passar do tempo, prejudicar a estética da
prótese, promovendo clinicamente dentes longos pela perda vertical.
Como alternativa desse tratamento, o cirurgião-dentista tem basicamente
três opções: reconstrução cirúrgica através de enxerto ósseo e /ou gengival;
reconstrução protética com gengival artificial removível em resina acrílica; ou
reconstrução protética com gengiva artificial fixa em cerâmica. (ROSA et al., 1999).
2.4.1 Reconstrução cirúrgica através de enxerto ósseo e /ou gengival
Hannon (1994) relatou que correções cirúrgicas de defeitos periodontais,
previamente à reconstrução protética, são uma valiosa terapia quando ela está
indicada. Porém estas técnicas não podem se aplicar para todos os pacientes.
Segundo Rosa et al. (1999), a técnica de enxerto ósseo autógeno é o
método ideal para solucionar o problema da perda óssea. Esses enxertos são
realizados através de cirurgias com anestesia local ou geral, dependendo da
extensão da perda, podendo recuperar parcial ou totalmente o volume das
estruturas reabsorvidas. Porém alguns pacientes, por problemas sistêmicos, fatores
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locais (perdas ósseas muito extensas por lesão ou traumatismo) ou mesmo por
problemas pessoais, não podem e /ou não aceitam se submeter a cirurgias
reconstrutivas. Para esses pacientes, devemos ter outras alternativas de tratamento,
que são reconstruções protéticas por meio de gengiva artificial.
Avanços nas técnicas de enxerto ósseo e gengival permitem a recuperação
dos defeitos de tecidos mole e duro. No entanto, algumas vezes, a anatomia do
rebordo alveolar não é totalmente recuperada, remanescendo algum defeito. Além
disso, alguns pacientes não podem ou não aceitam se submeter a qualquer tipo de
cirurgia (SOUZA et al., 2005).
A compensação cirúrgica do defeito do rebordo edêntulo pode ser uma
solução terapêutica muito complexa para o paciente, do ponto de vista econômico e
de procedimentos. É vital lembrar que uma desarmonia no tecido gengival é
esteticamente importante, sobretudo em pacientes com a linha do sorriso alta. Isso
significa que, uma vez que a cirurgia corretiva seja desnecessária ou não tenha
alcançado o sucesso esperado, a compensação protética é possível (FRADEANI,
2006).
2.4.2 Reconstrução protética com gengival artificial removível em
resina acrílica
Cronin e Wardle (1983) relataram que a restauração de um espaço
interproximal anterior com perda alveolar e gengival generalizada tem normalmente
sido realizada com prótese removível. Muitos autores sugerem o uso de uma
prótese periodôntica labial revestida de resina acrílica. Melhoram a estética e a
fonética, aumentam a auto-estima do paciente e tem um efeito de estabilidade nos
dentes móveis. Entretanto, as próteses gengivais são contra-indicadas em pacientes
com higiene oral insatisfatória porque aumentam as cáries cervicais, e inflamações
na gengiva têm sido registradas.
Com o emprego da gengiva artificial removível, os dentes podem ocupar a
sua posição correta, em obediência ao contorno normal da arcada, não importando
que fiquem projetados um ou mais centímetros, ou o que for preciso porque a
gengiva artificial depois regulariza tudo: sua escultura caprichosa, com as papilas
bem dispostas, na altura certa e co a caracterização devida, coloca os dentes com o
comprimento e contorno normais (REZENDE, 1996/1997).
18
Hofstede et al. (1999) apresentaram uma técnica alternativa de prótese
gengival utilizando dentes e gengiva artificiais de resina acrílica. Ao comparar essa
alternativa com a prótese dentogengival em cerâmica, comentaram que essa,
apesar de fornecer ótimo resultado estético, apresenta alguns inconvenientes, tais
como alto custo, potencial de distorção da infra-estrutura durante as etapas de
aplicação da cerâmica e dificuldade de reparo quando da ocorrência de fraturas. A
alternativa proposta pelos autores apresenta como principais vantagens o menor
custo operacional, os materiais empregados são de fácil utilização e a técnica é de
fácil execução, no entanto, em pacientes que consomem muita cafeína e tabaco,
apresentam um maior potencial de manchamento.
A gengiva artificial removível de acrílico é uma técnica freqüentemente
usada em reabilitação superior com próteses fixas sobre implantes osseointegrados
em que houve uma grande perda óssea vertical e horizontal, devolvendo papilas e
suporte labial para o paciente, no entanto limita-se pelo fato de ser uma peça
removível (Rosa et al., 1999).
Em reabilitações com prótese fixa convencional e prótese fixa sobre
implantes osseointegrados, a gengiva artificial removível pode ser utilizada com a
finalidade de substituir estruturas de suporte perdidas, além de melhorar a estética,
fonética, suporte labial e higienização. É uma alternativa para casos de limitação da
técnica cirúrgica de enxerto e para pacientes que não podem ou não querem se
submeter a procedimentos mais invasivos. E também indicada nos casos de
pacientes que queiram um procedimento mais rápido e de menor custo (FREITAS et
al., 2001).
Cura et al. (2002) comentaram que, quando dente anteriores ausentes são
repostos com prótese fixa, é complexa a obtenção de uma aparência satisfatória
sem a correção de defeitos do rebordo. Quando a intervenção cirúrgica não é
realizada, orientam a utilização de gengiva artificial removível adaptada à prótese
fixa. A retenção da gengiva removível é obtida por meio de pinos metálicos fixados
na infra-estrutura da prótese e revestidos com cerâmica opaca. Esse desenho,
segundo os autores é superior a outros citados na literatura, sobretudo pela
estabilidade e retenção, conforto e facilidade de inserção e remoção.
A gengiva artificial removível é uma alternativa para a reabilitação da
musculatura perioral quando os pacientes apresentam reabsorção óssea na região
19
ântero-superior em tratamento com prótese parcial fixa, apresentando vantagens
estéticas e funcionais (SANTOS et al., 2006).
Cardoso et al. (2007) descreveram que as vantagens dos materiais
resinosos para revestimento estético apresentam facilidade de reparo, são menos
onerosos, o processo de utilização é mais simplificado e podem ser aplicados em
praticamente qualquer liga metálica odontológica. As desvantagens citadas foram
que perdem rapidamente o brilho, alteração de cor, desgastam mais facilmente e
possuem menos lisura de superfície, facilitando a aderência de placa bacteriana.
2.4.3 Reconstrução protética com gengiva artificial fixa em cerâmica
A gengiva artificial de cerâmica pode ser usada em prótese fixa para
restaurar os defeitos de tecidos moles e duros. Os mesmos princípios que governam
a construção de outras próteses fixas se aplicam às próteses com gengiva artificial,
exceto que a forma do pôntico deve ser modificada e a cor do tecido gengival deve
ser combinada adequadamente com as características individuais de cada paciente
(DUNCAN, 1994).
A prótese fixa dentogengival é o resultado obtido da incorporação de
cerâmica rosa à prótese fixa convencional. É indicada nos casos de edentulismo na
região anterior em que se necessita de maior exigência estética, casos de limitação
da técnica cirúrgica de enxerto, pacientes que não podem ou não aceitam se
submeter a cirurgias, reabilitações sobre implantes, pacientes submetidos a cirurgias
periodontais em que os dentes retentores apresentam coroas clínicas longas. É uma
alternativa de tratamento, que, se bem executada, devolve todas as estruturas
perdidas pela ausência das peças dentárias, obtendo como resultado final:
· estética do sorriso pela presença de papilas interdentais, redução da
coroa
clínica
e
devolução
da
arquitetura
gengival
e
conseqüentemente dando suporte labial;
· melhora a fonética pelo fechamento dos espaços interdentais;
· possibilita uma função mastigatória adequada;
· por ser uma prótese fixa, proporciona conforto e segurança;
· melhora a auto-estima e auto-imagem, permitindo ao paciente um
convívio social agradável (ROSA et al., 1999).
20
A aplicação de gengiva artificial em cerâmica sobre a linha cervical dos
dentes com coroas protéticas alongadas reduz o tamanho da mesma, além de suprir
a falta de papilas interdentais (LANDULPHO et al., 2000).
Freitas et al. (2002) destacaram que os termos prótese gengival, epítese
gengival ou máscara gengival são usados para descrever a substituição da gengiva
perdida por uma prótese removível, ou como parte de uma prótese fixa metalocerâmica convencional. As reabilitações orais estéticas dispõem de inúmeros
recursos para substituição dessas estruturas, já que a reabsorção contínua e
irreversível do tecido ósseo pode, com o passar do tempo, prejudicar a estética da
prótese.
Cardoso et al. (2007) descreveram as vantagens dos materiais cerâmicos
para revestimento estético, que são a estabilidade de cor, resistência ao desgaste e
dificuldade de adesão de placa. As desvantagens citadas são a dificuldade de
reparo, alto custo, possíveis distorções da estrutura metálica após várias queimas.
Estas distorções exigem ligas metálicas específicas, necessitando maior tempo para
confecção. Esta técnica é mais trabalhosa, e a porcelana fica sujeita a fraturas com
mais facilidade.
2.5
ETAPAS
CLÍNICA
E
LABORATORIAL
DA
PRÓTESE
FIXA
DENTOGENGIVAL
A técnica de confecção da prótese dentogengival exige o uso de um
protocolo de procedimentos, que deve ser seguido criteriosamente para assegurar
um resultado estético satisfatório. Além disso, o bom relacionamento entre o
protesista, o técnico de laboratório e o paciente é a condição fundamental para
garantir o sucesso da prótese (ROS et al., 2003). É o momento em que o técnico e o
profissional precisam ter uma boa relação, o que é extremamente importante no
desenvolvimento do trabalho. Obviamente, o técnico deve ser um profissional que
conheça o princípio mecânico da prótese fixa implanto e dentossuportadas, bem
como possuir os materiais necessários para essa finalidade (PEGORARO et al.,
2004).
21
2.5.1 Prótese provisória de diagnóstico
Hannon (1994) relatou num caso clínico que com uma prótese provisória foi
possível avaliar a estética da reabilitação e sua relação com a área desdentada e a
deficiência de tecido mole. No caso relatado o espaço entre a prótese provisória e o
tecido mole foi preenchido com resina acrílica rosa.
Landulpho et al. (2000) descreveram num caso clínico a utilização de uma
prótese provisória que mostrou que havia perda óssea no local, indicando, assim,
uma prótese fixa com gengiva artificial em cerâmica.
Nessa fase, é feito um treinamento para testar a motivação do paciente em
sua higienização oral, pois sua conscientização é um aspecto muito importante para
o sucesso e vida útil da futura prótese definitiva. É também nesta etapa que começa
a dar forma ao tratamento definitivo, atendendo às expectativas do paciente e a
ajudar o profissional a uma ótima reabilitação final (PEGORARO et al., 2004).
A prótese provisória serve como guia estético para o tratamento definitivo.
Além de adaptar o paciente à nova função, permite a detecção de problemas
fonéticos e estéticos, também, avaliação de sobrecarga oclusal, presença de hábitos
parafuncionais e controle da higienização bucal (TELLES et al., 2003).
De acordo com Haj-Ali e Walker (2002), a confecção de prótese provisória
com o tecido gengival reproduzido com resina acrílica rosa auxilia o profissional a
definir se, numa determinada situação clínica com defeito vertical e /ou horizontal, é
possível reabilitar proteticamente a região sem a necessidade de procedimentos
cirúrgicos. Salientam que, no caso da extensão dos pônticos ser muito acentuada, é
possível que isso gere desconforto e dificulte muito a realização da higiene pelo
paciente, contra-indicando a técnica dentogengival. A avaliação deve ser feita,
portanto, pelo paciente, bem como pelo profissional. Se a resolução obtida com a
prótese provisória for aceitável, fotografias e modelos dessa condição devem ser
realizados para orientar o técnico no momento da confecção da prótese final
empregando cerâmica rosa para simular o tecido gengival.
O provisório permite ao profissional lapidar a prótese definitiva, bem como
demarcar a linha do sorriso, limite da extensão da gengiva artificial, definir a
anatomia dentária e gengival, estabelecer a dimensão vertical e ser a referência
para a confecção da estrutura metálica, fornecendo suporte para a cerâmica
gengival (ROSA et al., 2003).
22
A prótese provisória permite transpor para a boca as informações levadas ao
laboratório durante a etapa do encerramento, sendo uma pré-visualização do
suporte labial, da dimensão vertical, da posição do colo, bem como das formas e da
localização das futuras coroas clínicas obtidas nessa etapa (DAVARPANAH et al.,
2003). Tem a função de proporcionar e planejar uma estética favorável ao paciente,
manter os tecidos moles em posição, manuseando-os para criar um perfil de
emergência adequado e estético, melhorar a função mastigatória e recuperar a
dimensão vertical de oclusão (NEVES, 2006).
2.5.2 Confecção da infra-estrutura metálica
A infra-estrutura metálica é feita de forma usual adicionando-se, se
necessário, um reforço na infra-estrutura na área do defeito de tecido, podendo, a
porcelana ser estendida a uma espessura de mais de 4mm para restaurar o defeito
do tecido, que é uma área de baixo estresse (DUNCAN, 1994).
O planejamento da infra-estrutura metálica depende do volume da área a ser
recuperada e varia de acordo com a liga metálica a ser utilizada. Seu desenho deve
ser o suporte das estruturas perdidas, ou seja, dentária, óssea e gengival, que a
prótese irá suportar (STRUB, 1997).
A estrutura metálica é outro fator determinante, pois a técnica muitas vezes
exige a confecção de uma estrutura de suporte de grande resistência mecânica.
Durante a confecção de próteses fixas metalo-cerâmicas extensas, muitas queimas
da porcelana normalmente são feitas, o que provoca estresse no metal, fato que
deve ser levado em conta na escolha da liga, para não correr o risco da imprecisão
na adaptação da estrutura metálica (ROSA et al., 2003).
Assim, devem-se observar alguns critérios na escolha da liga a ser utilizada,
tais como algumas das suas propriedades, zonas de fusão, contração de fundição,
densidade, resistência à corrosão, módulo de elasticidade, dureza e compatibilidade
biológica (ROSA et al., 2003).
As cerâmicas, mantendo uma espessura constante, têm sua resistência
aumentada. Para isso, as características da estrutura metálica devem possibilitar a
manutenção da homogeneidade na espessura do revestimento cerâmico em todas
as suas superfícies (PEGORARO et al., 2004).
Souza et al. (2005) relataram que a utilização de ligas níquel-cromo, em
reabilitações orais com a prótese fixa dentogengival, tanto sobre dentes naturais,
23
quanto sobre implantes, permitem uma melhor estética da cerâmica, sem alterações
estruturais, apesar das sucessivas queimas necessárias.
As estruturas metálicas extensas que reconstituem quantidades substanciais
de tecidos moles e duros perdidos requerem o uso de uma estrutura metálica que
mantenha o suporte labial, a reprodução da relação entre as arcadas, fonética,
facilidade de manutenção com higiene oral e espaço suficiente para aplicação da
porcelana gengival (NEVES, 2006).
2.5.3 Prova clínica da estrutura metálica
A infra-estrutura metálica deve ser provada para verificação clínica e
radiográfica da adaptação passiva (HOBKIRK; WATSON, 1996).
Em 2000, Landulpho et al. relataram a prova da estrutura metálica. Após a
visualização da correta adaptação, fez-se o relacionamento para soldagem através
de resina autopolimerizável diretamente na boca. Então, provou-se novamente após
a soldagem e realizou-se a moldagem de transferência para a remontagem no
articulador semi ajustável.
As forças resultantes de uma estrutura mal adaptada podem levar ao
insucesso, principalmente quando se trata de prótese sobre implante, levando à
perda da osseointegração, fratura de componentes e algumas vezes do próprio
trabalho protético (ROSA et al., 2003).
Nessa fase, são realizados o registro interoclusal e a demarcação da linha do
sorriso na própria infra-estrutura metálica, facilitando a confecção do enceramento
diagnóstico e após a moldagem de transferência para obtenção do modelo de
trabalho (ROSA et al., 2003).
2.5.4 Enceramento diagnóstico
O enceramento diagnóstico é necessário para fornecer informações sobre as
dimensões da área a ser restaurada, sobre a necessidade ou não de redução de
coroas clínicas dos pilares com cera rosa, o comprimento dos dentes e das papilas
no resultado estético final e o contorno gengival. O enceramento diagnóstico deve
ser executado sobre a infra-estrutura metálica (ROSA et al., 1999).
As informações adquiridas pelo enceramento de diagnóstico levam a uma
personalização da peça de acordo com as características morfológicas e
psicológicas do paciente. O paciente auxiliará o técnico nos procedimentos de
24
enceramento relacionados ao arranjo dentário e a detalhes pessoais pertinentes à
combinações de opacidade disponíveis e de modificadores internos e corantes de
superfície (CRONIN; WARDLE, 1983).
A cor da gengiva varia amplamente de paciente para paciente e deve ser bem
combinada para atingir uma estética aceitável da prótese. Uma combinação
adequada de cor pode ser obtida usando-se uma escala de cor tradicional de
gengiva artificial de porcelana. As cores tradicionais da cerâmica dentária e gengival
podem ser modificadas, misturando-se diferentes padrões de cores ou adicionandose corantes e pigmentos especiais (DUNCAN, 1994).
A seleção de cor em prótese fixa dentogengival pode ser influenciada por
diferentes fatores: ambiente, observador, objeto, fonte de luz, escala de cores e a
principal comunicação entre o profissional e o técnico. Assim, devem-se considerar
alguns detalhes, entre eles, o uso de uma escala adequada ao sistema cerâmico;
fazer seleção durante o dia, aproveitando o máximo possível de Liz natural, tanto em
consultório como em laboratório para que não haja discrepância na escolha da cor;
cuidar para que não ocorra nenhuma interferência na seleção causada pela cor da
roupa ou da maquiagem em excesso; fazer profilaxia prévia; umedecer a superfície
dentária; controlar o tempo de escolha, não passar mais que 15-20 segundos, pois
pode prejudicar a seriedade visual; definir a superfície dentária em terços, de
cervical para incisal e de mesial para distal, fazendo o mapeamento dentário e
gengival (PEGORARO et al., 2004).
Polleter (2006) descreveu que há um gabarito de cores de massa de gengiva
confeccionada. Pode-se criar uma escala de cor para prótese dentogengival em
acrílico, possibilitando misturar massas de resina entre si e utilizar adicionalmente
diversos modificadores de gengiva. Em princípio escolhe-se a cor básica e então as
nuances de cores e suas graduações.
Um dos grandes desafios da odontologia continua sendo a busca pela
estética através de materiais que substituam o esmalte dos dentes naturais, nas
suas diversas cores, texturas resistências e beleza (CARDOSO et al., 2007).
2.5.7 Confecção da prótese fixa dentogengival
É importante nessa fase uma boa relação o profissional e o técnico quanto às
informações obtidas até então. Guia de orientação do ceramista será o modelo de
25
referência. Para essa fase, devem ser avaliadas as propriedades do metal e da
cerâmica utilizada (ROSA et al., 2003).
Rosa et al. (2003) relataram a utilização de discos de carburundum e fresas
metálicas de diferentes granulações para o tratamento da infra-estrutura metálica.
A superfície metálica deve ser limpa, uniforme e sem contaminação, obtendo
espaço ideal para espessura do opaco e porcelana e contribuir para a eliminação
das tensões residuais, fonte comum de fracassos por deslocamento ou fraturas.
Pode-se fazer a limpeza da estrutura metálica com aparelhos de ultra-som, com
jatos de vapor d’água ou mesmo escovação rigorosa em água corrente. Após essa
etapa, o metal deve ser pinçado, pois, se os dedos entrarem em contato com a
peça, pode prejudicar a união do metal à cerâmica. Em seguida, aplicam-se jatos de
óxido de alumínio à superfície da estrutura, para texturização, que tem por função
aumentar o umedecimento da liga com a porcelana, criando microrretenções que
aumentam a retenção mecânica pela ação das forças compressivas e produzir
aumento de área de superfície coberta pela porcelana, aumentando a união química
(PEGORARO et al., 2004).
Na prótese fixa dentogengival, pode ser utilizado o opaco rosa nas regiões
que produzirão a gengiva, sobretudo onde há pouco volume de cerâmica rosa ou
gengiva natural pouco espessa (ROSA et al., 2003).
Este procedimento geralmente é feito em duas etapas, podendo ser usado
como material a base do pó ou pasta. Aplica-se inicialmente a primeira camada de
opaco sobre o metal; por sua vez, garante a efetividade da união do metal à
porcelana. Deve-se aplicar com vibração para que o material se deposite nas
microrretenções. Então se inicia a caracterização intrínseca, através dos
modificadores de opaco dando efeitos naturais na porcelana. Após a queima, aplicase a segunda camada do opaco que irá cobrir as irregularidades deixadas pela
primeira, o que evita o comprometimento da cor escura do metal em relação ao
revestimento cerâmico (PEGORARO et al., 2004).
Na prótese fixa dentogengival as riquezas dos detalhes individuais coletadas
pelo profissional do paciente devem ser passadas para o técnico, para que este, por
sua vez, faça a caracterização da cerâmica (ROSA et al., 2003).
A aplicação da cerâmica na confecção da prótese dentogengival é feita como
a técnica da metalocerâmica convencional, porém os modelos de trabalho devem ter
a cópia fiel das estruturas bucais para que a adaptação da gengiva artificial com a
26
natural seja precisa. Para isso se faz necessária a utilização de gengiva artificial
macia, reproduzindo tanto a morfologia gengival quanto os sulcos e as
características de superfície. Permeabiliza-se e isola-se a área do modelo para que
a cerâmica rosa possa atingir máxima adaptação, sendo possível sua remoção sem
perda do material (Souza et al., 2005).
A aplicação da cerâmica é feita em pequenos incrementos, restabelecendo-se
gradativamente a anatomia dental. A condensação do material é realizada através
de vibração, mecânica ou manual, removendo o excesso com o papel absorvente e
possibilitando às partículas de pó densidade máxima de compactação. Durante toda
essa etapa deve-se analisar em articulador o relacionamento oclusal intermaxilar,
restabelecendo a escultura anatômica e funcional, acrescentando ou removendo
porcelana onde for necessário. Após a primeira queima, é possível verificar a grande
contração inicial da primeira massa cerâmica. Depois de resfriada, realiza-s e o
primeiro ajuste no articulador, corrigindo as relações com o rebordo, contato
proximal e oclusal, e aplica-se a segunda camada de porcelana com as
caracterizações desejadas. A segunda queima segue a mesma seqüência da
primeira, realizando-se após os ajustes funcionais e estéticos da estrutura nos
modelos montados em articulador (PEGORARO et al., 2004).
Então, aplica-se a cerâmica rosa, define-se o processo alveolar, devolvendo
nas queimas subseqüentes a anatomia e complementação final das estruturas
dentárias com a caracterização gengival (ROSA et al., 2003).
Inicialmente aplicamos o opaco com uma mistura de massa gengival;
seguem-se com aplicação de camadas de massa de gengiva com as mais variadas
colorações dando forma e contorno caracterizando as superfícies anatômicas –
alvéolos, sulcos, papilas. Essas características são dadas com o auxílio de uma
escova de cerdas duras, quando a cerâmica ainda úmida, surgindo a superfície
relativamente rugosa, a qual deve ser mantida até a queima podendo reconhecer os
primeiros níveis de cor e forma na estrutura gengival; as retrações e rachaduras da
primeira queima são compensados com a segunda queima. Após, iniciam-se o
acabamento e desgastes com o auxílio das pontas de pedras e diamantes. Com
pontas especiais de borracha, alisa-se a gengiva cerâmica e prepara-se para a
queima final. Nesta etapa, existe a possibilidade de controlar a forma dos dentes e
das partes da gengiva com pó de prata. Antes da queima da camada de brilho, ainda
podem-se realizar leves caracterizações através de tintas pigmentadas. Assim, após
27
a queima final de brilho é feito o polimento mecânico com pó de pedra pomes,
surgindo uma restauração de efeito natural, dando ao paciente conforto nos
movimentos da musculatura oral (POLLETER, 2006).
Segundo Cardoso et al. (2007), no ajuste oclusal é realizado em relação
cêntrica, em máxima intercuspidação habitual, em lateralidade e em protusão. Após
o ajuste final, a prótese é então enviada ao laboratório para o glaze final.
Segundo Rosa et al. (1999), os ajustes oclusais são realizados na boca do
paciente, assim como os ajustes da cerâmica gengival, tomando o cuidado de
promover o término em zero, através de instrumentos abrasivos e de não permitir
áreas côncavas, que são retentoras da placa, na região interna, próxima à mucosa.
Nessa região a superfície da cerâmica gengival deve ser continua no sentido
mesiodistal entre os pilares, facilitando a higiene com o fio dental, assim como nas
ameias proximais dos pilares deve haver acesso para a passagem de fio dental.
Após o ajuste final a prótese é encaminhada para a aplicação do glaze.
2.5.8 Manutenção e Higiene
Após a última queima de glazeamento na peça, realiza-se a instalação
provisória. Com as próteses fixas convencionais, a superfície interna dos pônticos
deve ser contornada de tal forma que permita a limpeza com fio dental. Porém, a
superfície de gengiva artificial do pôntico que recobre vários dentes ou apenas um
dente numa prótese fixa com gengiva artificial de porcelana pode ser contínua no
sentido mesiodistal entre os pilares. As áreas das ameias proximais para cada pilar
devem ser acessíveis para a passagem do fio (DUNCAN, 1994).
As instruções de higiene oral e controle químico são passadas para o
paciente nos primeiros 15 dias; após o terceiro mês é realizado um controle,
removendo-se a prótese, avalia-se a conduta do paciente e possíveis zonas de
pressão e acúmulo de placa. Na ausência de qualquer fato que comprometa o
sucesso da reabilitação, em prótese sobre implante dá-se o torque final e vedamento
dos orifícios ou, em casos de prótese fixa convencional, a cimentação definitiva. É
indicado o uso de placa miorrelaxante como artifício de segurança e um controle
preventivo a cada seis meses, garantindo sucesso final a longo prazo (ROSA et al.,
1999).
28
3 CONCLUSÃO
Através dos diferentes trabalhos analisados nesta revisão de literatura,
foram obtidas as seguintes conclusões:
·
um diagnóstico cuidadoso é essencial para assegurar o sucesso do
tratamento, que se faz através da coleta de dados na anamnese, queixa
principal do paciente, avaliação extra-oral, exame intra-oral e avaliação
radiográfica;
·
a prótese fixa dentogengival é um tratamento alternativo com solução estética
e funcional, nos casos em que os pacientes não desejam passar por
procedimentos cirúrgicos invasivos, como os enxertos para restaurar perdas
ósseas horizontais e verticais e deficiência de tecido mole;
·
é indicada nos casos em que pacientes já passaram por enxerto ósseo e
gengival e não alcançaram u resultado satisfatório;
·
o uso dessa técnica é indicada para disfarçar recessões gengivais, promover
suporte do lábio adequado, promover um vedamento da passagem do ar e
compensar relações maxilomandibulares;
·
a incorporação dessa técnica requer um protocolo de confecção clínico e
laboratorial, que deve ser seguido criteriosamente. Para isso, é importante a
conscientização de profissionais para buscar um resultado previsível. No
entanto, esta previsibilidade depende fundamentalmente da inter-relação
entre paciente, protesista e técnico do laboratório, e a troca de informações
precisas é essencial para garantir o sucesso da prótese;
·
o paciente deve estar bem motivado quanto à higienização e manutenção da
prótese fixa dentogengival, garantindo a sua longevidade.
A busca pela estética é um desafio que exige do profissional não só
habilidade de dominar a técnica, mas também dedicação, empenho, disciplina e
muita prática, que não se limita à escolha da cor e forma e, sim, à naturalidade de
criar um sorriso artificial que se torne imperceptível ao olho humano.
29
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