JOGO DIDÁTICO COMO METODOLOGIA DE ENSINO DO CONTEÚDO VÍRUS NO ENSINO FUNDAMENTAL Claudeni Marques Santos¹, Jamily Almeida Fontoura, Lucas Dias Lima, Mayla Gava, Tarcízio Dada Ferrarini , Carolina Demetrio Ferreira² 1 Acadêmicos do Curso Ciências Biológicas Licenciatura, Universidade Federal do Espírito Santo/ Departamento de Biologia/ Alto Universitário S/N – Caixa Postal 16, CEP: 29.500.000 – Alegre - ES, Brasil / [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] 2 Universidade Federal do Espírito Santo/ Departamento de Biologia/ Alto Universitário S/N – Caixa Postal 16, CEP: 29.500.000 – Alegre - ES, Brasil / [email protected]. Resumo- A utilização de variadas modalidades didáticas assim como o jogo didático pode ser considerado um instrumento que contribui para o ensino e aprendizagem de diferentes temáticas nas Ciências Naturais, principalmente aqueles de difícil compreensão. No presente estudo, objetivou-se analisar se houve contribuições do jogo didático na aprendizagem significativa do conteúdo “Vírus”. No trabalho, participaram 20 alunos de uma turma de 6ª série do ensino fundamental de uma escola estadual, localizada no município de Alegre, ES. Pôde-se observar que a produção e consequente execução do jogo didático proporcionou aos alunos uma maior compreensão do conteúdo “Vírus”. O aluno, ao jogar, deixa de ser apenas ouvinte passivo das explicações do professor para ser um elemento ativo, construindo sua própria aprendizagem . A aplicação do jogo didático influenciou de forma positiva, pois houve uma significativa melhoria no processo de ensino-aprendizagem do conteúdo abordado em sala de aula contribuindo para uma aprendizagem significativa. Podemos reafirmar a necessidade de, cada vez mais, buscarmos inserir tais atividades lúdicas no dia a dia dos alunos. Palavras-chave: vírus, jogo didático, ensino de ciências, aprendizagem significativa Área do Conhecimento: Educação Introdução Há muito tempo a microbiologia passou a ser um tema relacionado às questões básicas de cidadania, envolvendo o meio ambiente, o cotidiano, higiene etc, deixando de ser abordado apenas no ensino superior ou laboratórios de pesquisa (PRADO et al., 2004). Tal área do conhecimento está relacionada á diferentes grupos de organismos, que são conhecidos como: bactérias, fungos, vírus, protozoários e algas unicelulares. Possuir conhecimento básico sobre a microbiologia é de fundamental importância para nos tornarmos indivíduos mais conscientes em nosso dia-a-dia, devido ao fato que esta área está intrinsecamente relacionada com nossa higiene pessoal e saúde, como também á diversos outros aspectos relacionados ao funcionamento do meio ambiente, merecendo tal temática de atenção especial no Ensino Básico (CASSANTI et al., 2008). Nesse contexto, é interessante buscar novas propostas metodológicas para ministrar esse conteúdo inserido no currículo das ciências e biologia no ensino fundamental e médio que necessita de alternativas em contraposição ás aulas expositivas usualmente encontradas nas salas de aulas (SILVA E BASTOS, 2011). Com relação á essa problemática na qual o ensino exclusivamente livresco deixa grandes lacunas na aprendizagem dos alunos, os Parâmetros Curriculares Nacionais apontam os jogos como uma das soluções para o ensino e aprendizagem de Ciências Naturais: “ [...] com a utilização de observações, experimentação, jogos, diferentes fontes textuais para obter e comparar informações, por exemplo, despertam o interesse dos estudantes pelos conteúdos e conferem sentidos à natureza e à ciência que não são possíveis ao se estudar Ciências Naturais apenas em um livro (BRASIL, 1998, p.27) Assim, por seu caráter lúdico e formativo, os jogos podem ser aconselhados para crianças no período escolar, devido o fato de estimular a responsabilidade e prepará-los para a vida adulta (DRUZIAM, 2009). Correa e Silva júnior (2007) enfatizam que o lúdico no ensino influencia para que o aluno alcance cada vez mais níveis de alta complexidade no percurso do seu desenvolvimento cognitivo, despertando o seu interesse, a criatividade e o gosto pela ciência. Para Candeias, Hiroki e Campos (2007) o jogo XVII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XIII Encontro Latino Americano de Pós Graduação e III Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba 1 destaca-se entre as atividades lúdicas por ser essencial não apenas por prolongar e descarregar a energia acumulada dos alunos, mas é essencial como forma de compreender a realidade. Portanto, a utilização de variadas modalidades didáticas assim como o jogo didático para o ensino de diferentes temáticas nas Ciências Naturais pode ser considerado um instrumento a mais para contribuir para uma aprendizagem significativa dos conceitos básicos abordados em sala de aula. Neste sentido, buscando proporcionar aos alunos momentos que auxiliem na compreensão e assimilação do conteúdo vírus e do reconhecimento do jogo como material didático, o presente trabalho teve como objetivo elaborar e confeccionar um jogo didático para turmas da 6ª série do ensino fundamental, abordando a temática “Vírus”, bem como avaliar se sua aplicação contribuiu para uma melhoria no aprendizado dos alunos. Figura 1- Tabuleiro do Jogo “Batalha Contra as Doenças Virais” Metodologia Este Trabalho foi desenvolvido no âmbito da EEEFM “Aristeu Aguiar”, no município de AlegreES, com quatro turmas da 6ª série do ensino fundamental. Participaram da aplicação do jogo 98 (noventa e oito) alunos. Deste total de alunos, 20 alunos participaram respondendo aos questionários proposto pelos alunos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Os 20 alunos responderam um questionário prévio contendo dez questões de múltipla escolha relacionadas ao conteúdo vírus, abordando todos os aspectos relativos á classificação e diversidade, processo de infecção e as doenças virais como gripe, AIDS e dengue. O objetivo do questionário foi aferir os conhecimentos prévios dos alunos. Esse mesmo questionário também foi aplicado após a intervenção do jogo, onde buscamos observar se o jogo promoveu uma melhor assimilação do conteúdo. Para a confecção do jogo intitulado “BATALHA CONTRA AS DOENÇAS VIRAIS” os alunos do PIBID fizeram pesquisas tomando por base os livros didáticos da 6ª série sobre o conteúdo “Vírus”. A partir destas, ocorreu a elaboração de 48 cartas em papel cartão, contendo perguntas e respostas abordando o assunto. Também foi confeccionado um tabuleiro (Figuras 1 e 2) contendo 36 casas divididas em seis linhas e seis colunas, um roteiro contendo as regras do jogo e pequenos círculos de papéis para representar as duplas, que pode ser substituído por tampas plásticas de garrafa pet coloridas. Figura 2- Jogos elaborados pelos alunos do PIBID O jogo funciona similarmente ao jogo da velha. Para iniciar o jogo os participantes foram divididos em cinco grupos de quatro alunos, que tiveram de realizar a brincadeira de “zerinho ou um” ou “par ou ímpar” para determinar quem começaria. A sequência foi da seguinte forma: a dupla que começaria o jogo escolhia uma carta e entregava para a dupla adversária ler a pergunta. Caso respondesse corretamente, escolhia uma casa no tabuleiro e a marcaria com o papel colorido, se por acaso errasse, a dupla adversária é que escolhia uma casa e marcaria com o papel colorido que a representava e escolhia uma carta para responder, dando sequência ao jogo. Ganhou o jogo a dupla que completou uma linha ou coluna, ou que tinha o maior número de casas preenchidas. Resultados Após a execução do jogo “Batalha Contra as Doenças Virais“ pode-se observar que os alunos XVII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XIII Encontro Latino Americano de Pós Graduação e III Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba 2 conseguriam assimilar melhor o conteúdo vírus de acordo com os dados obtidos através dos questionários (Tabela 1). Tabela 1 – Análise comparativa do questionário prévio e após aplicação do jogo didático. Questões 1 Porcentagem de acertos Questionário Prévio* Questionário Pós* 0 (0%) 6 (30%) 2 16 (80%) 18 (90%) 3 12 (60%) 14 (80%) 4 16 (80%) 19 (95%) 5 8 (40%) 9 (45%) 6 16 (80%) 18 (90%) 7 16 (80%) 15 (75%) 8 13 (65%) 15 (75%) 9 14 (70%) 10 (50%) 10 17 (85%) 17 (85%) *Total de alunos= 20 Pode-se observar que a produção e consequente execução do jogo didático “Batalha Contra as Doenças Virais” proporcionou aos alunos da turma de 6ª série uma maior compreensão do conteúdo “Vírus”. Visto que, os resultados obtidos a partir da aplicação do questionário pós-intervenção do jogo didático, demonstrou que na maioria das questões, cerca de 70%, apresentou um aumento no rendimento dos alunos quando comparado ao questionário prévio, houve uma melhor compreensão do conteúdo Vírus, bem como sua classificação e diversidade (questões 1, 4, e 5), forma de vida (questão 2), processo de infecção (questões 3 e 8) e as doenças virais (questão 6). Diferentemente, apenas duas questões (7 e 9) apresentaram um decréscimo nos resultados, onde foram abordados os conteúdos relacionados á defesa do organismo contra as doenças virais e os tipos celulares que são infectados, respectivamente. A questão 10 que se referia sobre os vírus bacteriófagos permaneceu com índices iguais antes e após a aplicação do jogo. Discussão Um dos objetivos da educação é possibilitar aos educandos e futuros cidadãos a capacidade de aprendizagem, para que se tornem sujeitos aprendizes mais flexíveis, eficazes e autônomos (POZO, 2003). Nesta perspectiva, de acordo com Campos, Felício e Bortoloto (2003, p. 48), o jogo ganha um espaço como a ferramenta ideal da aprendizagem, no momento em que estimula ao interesse do aluno, desenvolve níveis diferentes de experiência pessoal e social, ajuda a construir suas novas descobertas, ao desenvolver e enriquecer sua personalidade. O jogo também exemplifica um instrumento pedagógico que conduz o professor à se tornar um condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem. Foi observado que desde o início os alunos demonstraram grande entusiasmo e interesse pelo jogo, por ser uma atividade lúdica, que fugia as aulas convencionais normalmente trabalhadas em sala de aula. O que também foi ressaltado e relatado pela professora para os alunos do PIBID. Para Pedroso (2009), uma das importantes vantagens obtidas ao se trabalhar com atividades lúdicas em sala de aula é a tendência em motivar o aluno a participar espontaneamente na aula. Durante a aplicação do jogo também foi perceptível que houve uma maior interação entre os alunos e até gerou uma competição entre as duplas. No entanto, era uma competição saudável, em que os participantes buscavam somar os conhecimentos no objetivo de vencer o adversário. Fortuna (2003) diz que enquanto está jogando, o aluno desenvolve diversas capacidades como a iniciativa, a imaginação, o raciocínio, a memória, a atenção, a curiosidade e o interesse, permitindo-o concentrar-se por longo tempo na atividade. Diversas são as contribuições que o jogo apresenta enquanto modalidade didática. O papel educativo do jogo didático “Batalha Contra as Doenças Virais” aplicado na turma do 6ª série foi atingido, visto que se observou uma participação ativa dos alunos, constatando-se a influência direta deste método como facilitador do conhecimento. De modo geral, para Ferreira (1998), os jogos didáticos são, para os alunos, atividades mais significativas das situações de aprendizagem escolar do que os costumeiros exercícios. Os jogos trazem situações similares, porém mais simples, do que as situações reais que os alunos vão encontrar. É importante destacar que o desenvolvimento e aprendizagem não estão nos jogos em si (DRUZIAN, 2009), mas no que é desencadeado a partir das intervenções e dos desafios propostos aos alunos, pois a troca de informações entre os participantes contribui efetivamente para a aquisição do conhecimento (MENDES, BRANDÃO E FIGUEIREDO, 2011). No presente estudo o tema trabalhado muitas vezes dificulta o aprendizado dos alunos por ser muito abstrato. No entanto, observamos que o jogo contribuiu significativamente para um aumento na aprendizagem dos alunos. Para Campos, Felício e Bortoloto (2003) o jogo auxilia ao facilitar a XVII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XIII Encontro Latino Americano de Pós Graduação e III Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba 3 aprendizagem de determinado conteúdo, em especial quando ele é difícil compreensão. Conforme Druzian (2009), o jogo didático é uma forma de oportunizar aos alunos, uma maneira descontraída de promover a aprendizagem. Porém, essa metodologia não é tarefa fácil, pois exige muita dedicação e persistência por parte do professor, o que corrobora com os Parâmetros Curriculares Nacionais em que afirmam que o professor é visto como um facilitador no processo educativo. A ele cabe à organização e coordenação das situações de aprendizagem adaptando às características dos alunos, para desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais, essas adaptações podem ser tratadas com aulas dialogadas, expositivas e práticas, objetivando a autonomia do discente (BRASIL, 1997). Conclusão A função educativa do jogo foi claramente perceptível visto que, durante sua aplicação, observamos uma interação e participação mais ativa dos alunos, de forma descontraída e prazerosa, além do entusiasmo e a grande aceitação da modalidade didática. A aplicação do jogo didático influenciou de forma positiva, pois houve uma significativa melhoria no processo de ensino-aprendizagem do conteúdo “Vírus” pelos alunos a partir da sua utilização, assim o jogo didático foi uma boa alternativa para se trabalhar o conteúdo. Além disso, também é interessante considerar que o jogo apresentado neste estudo (elaborado com poucos recursos e matérias de fácil aquisição) pode facilmente ser utilizado em outras disciplinas, sendo suficiente apenas a reformulação e adaptação das cartas contendo as perguntas com a disciplina ministrada. Ao destacar a importância e eficiência dos jogos como métodos alternativos para o ensino, podemos reafirmar a necessidade de, cada vez mais, buscarmos inserir tais atividades lúdicas no dia a dia dos alunos, por meio dos quais os estudantes possam aprender de forma crítica, descontraída e diferenciada do método tradicional amplamente utilizado nas salas de aulas. Referências - BRASIL. 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