IETAV System www.concursosecursos.com.br HISTÓRIA BRASIL INÍCIO DO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO A expansão comercial e marítima européia • Europa - século XIV - crise econômica e social: guerras, rebeliões, fome e epide-mia de peste negra. • século XV - crise de crescimento: sistemas antagônicos (feudal x capitalista); árabes, cidades italianas, guildas ; falta de moedas. • Renascimento - navegantes => planeta tinha a forma de esfera => era possível chegar ao Oriente navegando para o Ocidente. Um desses homens chamava-se Cristóvão Colombo. • condições técnicas: barcos adequados (caravela) e conhecimentos náuticos, cartografia (mapas – portulanos), uso da bússola e do astrolábio. • Navegações - caminho de afirmação da fé em Cristo - converter as populações não-européias ao cristianismo. Fatores contribuíram para o pioneirismo português • 1143 - Portugal reino unificado e independente. • 1385 - Revolução de Avis - dom João I apoiado pela burguesia mercantil. • Relações comerciais com a Inglaterra, com Flandres e Gênova => enriqueci-mento da burguesia mercantil. • Posição geográfica privilegiada; • Um dos países mais urbanizados da Europa; • Boa parte de sua população vivia da pesca e de outras atividades marítimas. Infante dom Henrique, o Navegador. • Estabelecido na pequena vila de Lagos, próximo à ponta de Sagres, dom Henrique reuniu um grupo de estudiosos, com astrônomos, cartógrafos e pilotos, para desenvolver os estudos náuticos necessários ao desenrolar das expedições marítimas. Era a chamada Escola de Sagres. A aventura marítima • Objetivo: alcançar o Oriente contornando o sul da África. • Conquista de Ceuta, em 1415. • Ocupação das ilhas da Madeira (1418-14191 e dos Açores 1427-1428). • Ultrapassagem do cabo Bojador (1434). • O avanço pela costa ocidental africana, rumo ao sul, foi lento e gradual. • Entre 1487 e 1488, Bartolomeu Dias dobrou o cabo das Tormentas (da Boa Esperança). • Em 1498 Vasco da Gama chegou às Índias e estabeleceu a primeira ligação direta por mar entre Europa ocidental e países marítimos do Oriente. Ásia primeiro, América depois • A formação do Império Colonial Português - Afonso de Albuquerque - Ormuz (1517), Goa (1510) e Malaca (1511) => milionário comércio de especiarias. • Em 1517 - litoral da China. • 1520 – Pequim e Japão. • Com o tempo - comércio deixou de ser lucrativo - alto custo e concorrência de outros países europeus. Era preciso guarnecer militarmente a região litorânea e os portos. • A posse das terras na América começava a correr risco, pois elas atraíam a cobiça de outros países europeus, como a França. Esse conjunto de razões levou o governo português a iniciar a colonização das terras americanas cm 1530. Os portugueses na América • Pedro Álvares Cabral - janeiro de 1500 – treze navios e 1500 homens (soldados, tripulantes e religiosos). • 22 de abril - aportou em terra já conhecida (?) - mapas de Bisagudo = Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Terra dos Papagaios, Terra do Brasil. • Sucesso comercial = só a pimenta rendeu duas vezes o custo da viagem. • População lusitana escassa para ocupar o império expedições para investigar o litoral, coletar especiarias e combater piratas. • Pau-brasil - monopólio da exploração - concessão da Coroa até 1504 = Fernão de Noronha. • Extração rudimentar => destruição das florestas. • Não deu origem a estabelecimentos ou povoados – feitorias (depósitos e fortalezas). • Expedições punitivas - Cristóvão Jacques afundou navios franceses, prendeu e matou seus tripulantes. Primeiros passos da colonização portuguesa • Era necessário criar na colônia uma economia lucrativa. • Portugal pioneiro - transferir para terras distantes recursos econômicos capazes de gerar grandes lucros (mão-de-obra, capital e maquinário). • 1530 - expedição comandada por Martim Afonso de Sousa objetivos : percorrer o litoral, explorar o interior em busca de ouro e prata; expulsar os franceses; organizar povoamento e defesa; expandir o domínio português até o rio da Prata (porta de entrada para as ricas minas de prata incas). • Martim Afonso dividiu a expedição: para o norte (explorar a foz do rio Amazonas); rumou para o sul (foz do rio da Prata). • 1532 - fundou São Vicente - primeira vila da América portuguesa. • O açúcar - bem pago e apreciadas na Europa. Podia atrair o capital para a implantação do empreendimento colonial - o holandês. • A exploração da colônia portuguesa, com o cultivo da cana-de-açúcar, assumiu três características básicas: grande propriedade, monocultura e trabalho escravo. Política mercantilista • Os esforços coloniais - aquisição de produtos que pudessem ser comercializados com as nações européias - cana-de-açúcar. • Pacto Colonial - as colônias só poderiam comerciar com suas metrópoles - complementava os propósitos dessa política econômica. • a escravidão africana acabou se impondo como solução para o problema da mão-de-obra. Comparado com o ameríndio, o africano podia gerar melhor rendimento, pelo fato de se adaptar com facilidade à rotina do trabalho agrícola. Igualmente importante eram os lucros obtidos com o tráfico negreiro. Esta era uma das atividades mais lucrativas da época. O açúcar e o capital holandês • A contribuição dos flamengos - particularmente dos holandeses - para a grande expansão do mercado do açúcar, na segunda metade do século XVI, constitui fator fundamental para o êxito da colonização portuguesa na América. As capitanias hereditárias • Em 1534, o rei dom João III dividiu a colônia americana em quinze Faixas de terra com largura entre 200 e 650 quilômetros, indo do litoral à linha do Tratado de Tordesilhas. Eram as capitanias hereditárias, mesmo sistema utilizado nas ilhas do Atlântico. Elas foram entregues a senhores chamados de capitães donatários. Base jurídica • Carta de Doação - confiava a administração perpétua e hereditária ao donatário. • Foral - fixava os direitos, foros e tributos que a população pagaria ao rei e ao donatário. • Só dois tiveram sucesso: Martim Afonso de Sousa, em São Vicente, e Duarte Coelho, em Pernambuco. • Apesar do malogro, o sistema de capitanias perdurou até 1759 e conviveu com outras estruturas administrativas criadas pelo governo português, como os governos-gerais. • Diante do insucesso, muitas acabaram compradas pelo governo, outras incorporadas por abandono. O Governo-Geral • Problemas enfrentados pelos donatários isolamento, a defesa contra os índios. • A Coroa criou o cargo de governador-geral em 1548 - centralizar a defesa do território e a administração da colônia. • Sede - capitania da Bahia de Todos os Santos. • Primeiro governador-geral = Tomé de Sousa – 1549. • Salvador - primeira cidade da colônia. • Em 1572 (morte de Mem de Sá) - dois governos: no norte, sede em Salvador; no sul, sede no Rio de Janeiro. • Reunificado em 1578 e a sede única voltou para Salvador. As Câmaras Municipais • Administração municipal - Câmaras Municipais - três / quatro Vereadores. • Escolhidos pelos homens bons (proprietários de terras). • Juiz, eleito da mesma forma, presidia a Câmara. A Igreja no Brasil • 1549 - padres da Companhia de Jesus (os jesuítas) dirigidos pelo provincial - padre Manuel da Nóbrega. • Objetivos: missionário - fundação de aldeamentos (missões); e educacional – organi-zação de colégios centros de referência da cultura colonial. • 1552 - primeiro bispado em Salvador - Pero Fernandes Sardinha - catequese como meio de atrair o indígena para a cultura européia. Achava que um índio só deveria ser batizado quando falasse português, se vestisse e se comportasse como o europeu. • 1556 - dom Pero Sardinha - chamado de volta a Portugal - navio naufragou no litoral de Alagoas sobreviventes foram devorados pelos índios. • Em 1676, a diocese da Bahia foi elevada à categoria de arquidiocese. No fim do século XVIII, havia na colônia portuguesa uma arquidiocese (Bahia), seis dioceses e duas prelazias. Portugal e suas colônias sob o domínio da Espanha • O exército de dom Sebastião acabou massacrado pelos árabes na batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. • Crença messiânica, conhecida como sebastianismo. • Sucessão - crise política - dom Henrique, tio-avô - 1580, o cardeal veio a falecer. • Filipe II - União Ibérica - boa alternativa econômica, geopolítica e até mesmo religiosa, para a Espanha. A União Ibérica - sessenta anos • Profundas transformações na colônia portuguesa. • Início de um processo de expansão do território pela ação das bandeiras: busca de ouro e escravos, desobedecendo os limites de Tordesilhas; a expulsão dos franceses da atual região do Rio de Janeiro e Maranhão; a expansão da colônia para o litoral do Norte e Nordeste; o início da criação de gado (ocupação de terras no interior); ocupação das áreas produtoras de açúcar pelos holandeses. • França Antártica - colônia tentada pelos franceses no Rio de Janeiro. Existiu de 1555 a 1567, ano em que seus remanescentes foram definitivamente erradicados pelos portugueses. • 1554 - Nicolas Durand de Villegagnon - baía de Guanabara - poderosa base militar e naval, de onde a Coroa Francesa poderia tentar o controle do comércio com as Índias. • A fundação do Rio de Janeiro • 1º de março de 1565 - Estácio de Sá desembarcava entre o morro do Pão-de-Açúcar e o morro Cara de Cão - paliçada e cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. • Estácio combateu os franceses durante mais dois anos. Ajudado por um reforço militar enviado pelo tio em 20 de janeiro de 1567, ele impôs uma derrota final às forças francesas e definitivamente expulsou-as do Brasil, mas faleceu um mês depois de ferimentos sofridos durante a batalha. A França Equinocial • Investida francesa no Maranhão - aliança entre a França e Espanha - acordo para a retirada dos franceses. • Houve ainda tentativas de invadir o Rio de Janeiro no início do século XVIII. Mas, em seguida, os franceses desistiram do Brasil e estabeleceram-se ao norte, na região que ficou conhecida como Guiana Francesa. A invasão holandesa • 1602, as Províncias Unidas - Holanda Companhia das Índias Orientais - tirou de Portugal e da Espanha o monopólio comercial do Oriente. • 1580, Felipe II, rei da Espanha, ascendeu ao trono português. Em conseqüência, Portugal esteve unido à Espanha até 1640, formando ambos vasto império. • Foi esta união que atraiu sobre Portugal e, naturalmente, sobre o Brasil, a inimizade holandesa contra a Espanha. • 1621 - Companhia das Índias Ocidentais –finalidade: invadir o Brasil, exercer o domínio naval no Atlântico Sul, conquistar o monopólio luso-espanhol do açúcar, pau-brasil, couro, prata e comércio de escravos africanos, e expandir as idéias da Reforma religiosa em imensa área católica. • A invasão da Bahia - 8 de maio de 1624. • 29 de março de 1625 - poderosa esquadra luso-espanhola, comandada por D. Fadrique de Toledo 52 navios de guerra - doze mil homens e mil e duzentas bocas de fogo. • O invasor capitulou em 30 de abril. • A invasão de Pernambuco - 15 de fevereiro de 1630 poderosa esquadra holandesa ao comando do Almirante Hendrick Lonck, composta de cinqüenta navios e sete mil homens. • O governo de Maurício de Nassau - 23 de janeiro de 1637. • Restauração de Portugal - fevereiro de 1641 - com D. João IV no poder - impossibilitado de lutar ao mesmo tempo com a Espanha e a Holanda celebrou um tratado de aliança contra a primeira e concordou com um armistício de dez anos nas lutas das colônias. • Reconheceu a conquista de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte e acedeu a cessação das hostilidades contra os holandeses no Brasil. • O afastamento de Nassau - Acusado de ser condescendente com os brasileiros e de provocar prejuízos à Companhia das Índias Ocidentais, Nassau foi afastado de seu cargo (julho de 1644) - A nova administração tornou-se particularmente agressiva contra os brasileiros e continuou a expansão. • A Insurreição e a Restauração Pernambucana - especulações extorsivas e intolerância religiosa acirram os antagonismos entre católicos e protestantes. • A Primeira Batalha dos Guararapes - 19 de abril de 1648. • Tratado de Paz de Haia (1661) - Após a Segunda Batalha dos Guararapes (1649) - esse movimento nativista despertara sentimentos que daí para frente aumentariam a consciência de grandeza e unidade de uma nação. • Heróis - Antônio Dias Cardoso (militar português); Henrique Dias (negro); Fernandes Vieira (senhor de engenho); Filipe Camarão (índio); Diogo Camarão (índio).