Pré História Catarinense

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▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ História de Santa Catarina ▼
Pré História Catarinense
O homem pré histórico de santa Catarina apresenta-se em vários estágios civilizatórios.
Há os povos coletores no litoral conhecidos como Sambaqueiros, Esse construíram
através da pesca e coleta de moluscos os “sambaquis” (monte de conchas). Pelo seu grande
número de sítios arqueológicos demonstram ser uma população expressiva.
Por outro lado, existem também os povos caçadores e coletores no interior, habitando
hora em sítios abertos à margem dos rios, ora em grutas (conhecidos pelas inscrições que
realizadas nas em paredes de pedra ou pelo trabalho que desenvolveram – fabricando armas
como pontas-de-flexas, machados polidos ou outros objetos).
O litoral Catarinense
Pontos que correspondem ao litoral catarinense aparecem em cartas geográficas desde o
início do século XVI, através de navegadores de várias nacionalidades.
Juan de la Cosa, piloto da expedição de Alonso de Ojeda assinala “Sant´Ana”, uma parte
que corresponde ao litoral de Santa Catarina. Logo após registra-se a expedição de João Dias
Solis, em 1515, quando um único ponto da costa mereceu ser assinalado como: a baía dos
“perdidos” que se refere às águas interiores entre a ilha de Santa Catarina e o continente
fronteiro.
O nome de Santa Catarina dado à ilha, aparece pela primeira vez em 1529 no mapamundi de Diego Ribeiro (há divergências quanto a quem se atribuir tal denominação).
Quando o navegador espanhol Alvar Nuñez Cabeza de Vaca aponto ao continente
fronteiro à ilha, em 1541, este se intitula “Governador de Santa Catarina”, visto que foi
“nomeado pelo rei da Espanha, para tomar posse das terras da coroa”.
Os Primeiros povoadores: desterrados, náufragos e sacerdotes
O povoamento do território de Santa Catarina está intimamente ligado aos interesses de
navegação portuguesa e espanhola que tiveram o litoral como ponto de apoio para atingirem a
região do Rio do Prata.
Segundo os Historiadores Walter Piazza e Laura Hübener, “por servir de ponto de apoio
é que se constatou que os primeiros povoadores foram elementos náufragos como os
sobreviventes de uma embarcação da expedição de João Dias Solis, os quais integram-se à
comunidade indígena”. Outros, aparecem como desertores visto que esses abandonaram as
embarcações. Se tem ainda, os religiosos que vão aportar, vindos de uma expedição espanhola
por volta de 1538 entre eles se destacam: Frei Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón..
É o reconhecimento do litoral meridional do Brasil que vai contribuir para a
caracterização da área que iria ser dividia em capitanias hereditárias.
Capitanias
Criadas para, através do povoamento garantir a posse da terra. O Governo de Portugal
doou faixas de terras a Fidalgos que estendiam-se do litoral até a linha do Tratado de
Tordesilhas ( desde a capitania do Maranhão até Santana do Sul), esses, recebiam o titulo de
“capitães”.
Foram criadas 15 capitanias entre as quais surgia a “Capitania de Santo Amaro e Terras
de Sant´Ana”, doada a Pero Lopes de Souza. Essa ultima se estendia do litoral de Paranaguá até
as imediações de Laguna.
A ocupação de Santa Catarina se deu em partes, visto que a Capitania de São Vicente,
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de propriedade de Martim Afonso estava entre as de Pero Lopes de Souza, ou seja entre Santo
Amaro e Santa
Ana. “Esses donatários entregaram muitas vezes o governo de suas capitanias
ao mesmo capitão-mor, criando sérios conflitos com relação a demarcação das referidas terras”.
Devido as administrações conjuntas havidas para as capitanias de São Vicente e Terras
de Sant´Ana, os sus administradores não se preocupam em demarcar os seus limites e tal fato
vai influir no futuro, entre as Províncias de São Paulo e de Santa Catarina, no tocante de sua
jurisdição e posteriormente se agravará com a criação da Província do Paraná (1853).
Indígenas
Sabe-se que no momento da “descoberta” do Brasil o número de indígenas era bastante
expressivo. No litoral catarinense situavam-se os indígenas da grande nação tupi-guarani, de
“língua-geral” e que vão ser denominados regionalmente de “carijós”.
“No interior dos vales litorâneos, na encosta do planalto e no próprio planalto estavam o
grupo Jê, estruturados em tribos, denominados botocudos, ora bugre ou ainda de Kaingang,
Xocleng e Aweikoma”1
Nas reservas indígenas de Santa Catarina, existem remanescentes Guarani que são
encontrados próximos do litoral, Kaingang que atualmente estão no Oeste de Santa Catarina na
reserva indígena de Chapecó entre os municípios de Entre Rios e Ipuaçu; Xókleng atualmente
encontram-se na Terra indígena de Ibirama.
Povoamento Vicentista
São Francisco
O povoamento efetivo do litoral tem inicio com a fundação de São Francisco por Manoel
Lourenço de Andrade, esse denominou a povoação de Nossa Senhora da Graça do Rio São
Francisco em 1658.
Desterro
Para continuar a ocupação no sul, segue-se a fundação de Nossa Senhora do Desterro,
pelo bandeirante Francisco Dias Velho que partiu de São Paulo acompanhado de familiares e
índios domesticados. Foram enviados recursos em 1673 para fortalecer a povoação e as
plantações já existentes. Com a morte de Dias velho e conseqüente retirada de seus familiares o
“povoamento” de Desterro quase desapareceu.
A partir de 1715, com a concessão de sesmarias a portugueses passa-se a sentir a
necessidade de povoamento da ilha como forma de defender do assédio constante por parte de
navios estrangeiros.
Laguna
Lança-se Portugal ao empreendimento da fundação da Colônia do Sacramento em 1680,
na margem direita do Rio do Prata, em frente ao reduto espanhol de Buenos Aires fundado no
século XVI.
1
PIAZZA, Walter F. Santa Catarina: História da Gente. Florianópolis: Lunardelli; p. 27.
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Assim como as fronteiras da América Portuguesa se ampliavam os interesses
econômicos e militares também, o que ajudava a inspirar a conquista do sul.
“A fundação da Vila dos Anjos de Laguna, como o povoamento do litoral do Rio Grande
do Sul ocorrem em virtude da necessidade de apoio à Colônia do Sacramento e de estabelecer
ligação entre a costa e as estâncias no interior”2.
Deve-se a Domingos de Brito Peixoto a fundação de Laguna por volta de 1684 após a
pacificação de indígenas ali existentes.
Capitania de Santa Catarina
Com a recente criação da Colônia do Sacramento e a necessidade de lhe dar apoio
estratégico-militar, foi criado um sistema defensivo para o litoral, onde se incluía a ilha de Santa
Catarina e barra do Rio Grande.
Foi o Brigadeiro José da Silva Paes o primeiro governador da ilha catarinense. Ele que já
havia executado o plano de fortificações do Rio de Janeiro, Santo e Colônia do Sacramento e Rio
Grande, sua principal missão foi organizar a defesa da capitania. Tendo em vista a defesa, Paes
construiu fortalezas na ilha nas entradas da baia norte e sul. Dessa época temos as fortalezas de
São José da Ponta Grossa, Santa Cruz de Anhatomirim, Santo Antonio dos Ratones e de Nossa
Senhora da Conceição da Barra Sul.
Não bastando apenas construir fortes sem ter uma estrutura econômica e social para
isso foi desempenhado uma política de vinda de casais açorianos que vão se fixar pelo litoral
catarinense e também no litoral norte do pais. Com isso chegarão principalmente do arquipélago
de Açores composto de 9 ilhas um grande contingente populacional.
Um dos motivos da vinda de aproximadamente 6.000 pessoas não foi apenas algumas
promessas do governo brasileiro mas também constante abalos sísmicos terrestres e submarinos
o que acabou por estimular a vinda de grande numero de açorianos para o Brasil. Com isso
interesses açorianos e também madeirenses de transferirem-se para o Brasil coincidem com os
da Coroa Portuguesa. Vai ser a atividade povoadora que concedera cobertura aos objetivos
políticos, ou seja, a ocupação dos territórios fronteiros despovoados afim de evitar qualquer
reclamação futura por parte da Espanha.
Legado Cultural Açoriano
Uma das atividades resultante da fixação dos açorianos no litoral de Santa Catarina diz
respeito a tecelagem manual, além disso há folguedos cultural vindo dos Açores que são: o Boide-mamão, renda de bilro, “pão-por-Deus”, festa do Divino Espírito Santo etc.
A “conquista” do Planalto
Foi devido aos campos favoráveis para a criação de Gado no Sul do país onde se
efetivou uma conquista por parte dos paulistas que iniciou-se pelo litoral através da ocupação
de São Vicente até Laguna e desta até a região Sul. Por Necessidade de um caminho terrestre
que ligasse o extremo sul até São Paulo, Rio de Janeiro e regiões mineradoras para que dessa
forma, a região do Sul do país pudesse fornecer alimentos como o Gado, que foi determinada a
criação do Caminho do Sul.
Devido ao expressivo número de dias que se levava para fazer o transporte de gados e
alimentos para região Sudeste e Centro-Oeste do país foi necessário criar povoações para que
assim pudesse servir de paragem para os boiadeiros. Foi determinado que esse local deveria se
chamar Vila Nova dos Prazeres que depois ira se chamar Vila Nova dos Prazeres “das
Lagens”.Após essa fundação foi determinado a abertura de uma estrada ligando Laguna ao
Planalto acompanhando o curso do rio Tubarão. Essa estrada que futuramente irá ter melhorias
no seu traçado e na sua estrutura terá o nome de “estrada do rio do Rastro”.
2
PIAZZA, Walter F. Santa Catarina: História da Gente. Florianópolis: Lunardelli; p. 31.
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Invasão espanhola (1777)
As invasões ocorridas na ilha de santa Catarina tem haver com o conflito entre as duas
nações ibéricas, Portugal e Espanha, com a Guerra dos Sete Anos (Inglaterra, Portugal X França,
Espanha).
Tropas Espanholas sob comando de Cevallos, Governador de Buenos Aires invadiram a
Colônia do Sacramento e regiões do Rio Grande do Sul. Em 1777 a força naval chega a enseada
de Canasvieiras e dali invade com sucesso a ilha. A devolução da ilha ocorrerá no mesmo ano
com a assinatura do tratado de Santo Idelfonso, onde Portugal recebe de volta a Ilha de Santa
Catarina e ficou com quase todo o atual Rio Grande do Sul e a Espanha coube a colônia do
Sacramento e a área correspondente aos Sete Povos das Missões.
Pesca da Baleia
Em um primeiro momento durante a União Ibérica, Felipe III, rei da Espanha e Portugal
concedeu ao seus súditos privilégios exclusivo da pesca da baleia em águas brasileiras.
O investimento para a pesca da baleia deveria ter iniciativa particular cujo
concessionário deveria se encarregar da construção e da manutenção da aparelhagem. Durante
período determinado nada reverteria para o Estado. Após período os bens passavam para o
governo que transferiria a outro concessionário.
A primeira concessão para a pesca da baleia na costa do Brasil ocorreu em 1602 sua
introdução se fez na Bahia por um grupo de espanhóis com licença para 10 anos. Na capitania
de Santa Catarina o primeiro núcleo baleeiro em 1738. O estabelecimento da armação localizouse no continente fronteiro à ponta norte da Ilha de Santa Catarina com o nome de Armação
Grande ou Nossa Senhora da Piedade.Novas concessões foram ocorrendo e a pesca estendeu-se
por todo o litoral catarinense.
Por volta de 1801 começa o período de decadência devido ao afastamento das baleias
do litoral indo para o extremo sul onde então a pesca passou a ser efetuada por baleeiros norteamericanos.
Colonizações
Colônia São Pedro de Alcântara
A criação dessa colônia se fez devido a necessidade de integrar o litoral ao planalto no
sentido de dar apoio socioeconômico à região e ainda servir de base para qualquer operação
militar.
Com a vinda dos recém chegados colonos Alemães o governo ordenou que os instalasse
nessa região. Os colonos entretanto acabaram muitos se revoltando com o governo devido a
localização da Colônia e também ao atraso ao pagamento que tinham direito durante o primeiro
ano que estivessem aqui, além disso a introdução de ex-soldados na colônia que não eram
agricultores, o que impossibilitava a expansão da agricultura.
Por decreto foi decidido que a colônia ficaria sem a administração da colônia
abandonando-a a própria sorte.
Colônia Dª Francisca
Onde se desenvolveu essa colônia, provinha de um dote pertencente a Princesa
Francisca, filha de D. Pedro I, ao se casar com o Príncipe de Joinville, filho de Luiz Felipe, rei da
França em 1843
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Refugiado na Inglaterra, em virtude da resolução de 1848 que depôs o rei da França, o
casal se viu na contingência de promover o aproveitamento econômico daquele território. Para
atingir o objetivo que era a colonização, foram efetivados contatos com a “Sociedade
Colonizadora de Hamburgo” cujos primeiros contratos foram assinados em 1850. De maneira
geral proibia-se o emprego da mão de obra escrava e assegurava os colonos a liberdade de culto
e o direito de naturalização após 2 anos de residência aos que adquirissem terras na colônia.
O
contingente
migratório
aumentava
progressivamente
promovendo
uma
heterogeneidade étnico-cultural pois trabalhavam lado a lado, suíços, alemães, dinamarqueses
etc. Em 1866 constituiu-se município de Joinville desligando-se da administração de São
Francisco que até então cuidavam das terras dessa região.
Colônia Militar Chapecó
A colônia militar Chapecó surgiu devido às disputas da fronteira da região oeste com a
República Argentina, no intuito de garantir a integridade do território. Foi o Capitão José
Bernardino Bormann encarregado de funda-la e escolheu a como local a colina que margeia o rio
Xanxerê.
Mas apesar de seu caráter militar ela desenvolveu uma missão povoadora e civilizadora
naquela região, onde famílias instaladas na periferias foram convidadas a se integrarem ao novo
núcleo para assim garantir a posse da terra.
Contribuição dos Italianos e Alemães
Pode se dizer que esses são os dois grupos de maior destaque na colonização
de Santa Catarina. Os alemães contribuíram na indústria alimentícia com a carne
defumada, lingüiça etc; na arquitetura com as casas de tijolo à vista e telhados em
àngulo agudo. Já os italianos se dedicaram ao cultivo da uva e a confecção de vinhos.
A dispersão dos colonos italianos em vários núcleos foi em parte pela falta de
estrutura administrativa para receber tão avultumado numero de imigrantes causando
assim descontentamento por grande parte desses colonos.
Os primeiros alemães ao chegarem aqui tiveram grande dificuldade de
adaptação e convivência resultando numa má propaganda emigratória européia. Para
resolver esses problemas foi criada a “Sociedade de Proteção aos Emigrantes Alemães”
para conhecera a situação dos colonos no Brasil e a possibilidade de vinda maior
numero deles. Para cumprir esse objetivos foi enviado para esse responsabilidade o
jovem Hermann Bruno Otto Blumenau que veio ao Brasil em 1846.
Blumenau com o objetivo de formar uma companhia colonizadora decidiu que a
sede do estabelecimento colonial seria a região banhada pelo rio Itajaí-açu, onde hoje
encontramos a cidade de Blumenau.
Revolução Farroupilha em Santa Catarina
O começou a ter repercussão em Santa Catarina a partir de 1836 quando
Jerônimo Coelho começa a publicar as idéias liberais de revolução. A cidade da Laguna,
portuária e centro abastecedor das tropas tornou-se alvo dos farroupilhas quando foi
tomada em 1839 por uma ação comandada por Giuseppe Garibaldi e David Canabarro.
Ali instalaram a republica catarinense (Republica Juliana) sob a presidência de
Canabarro, que acabou ficando no poder de julho até dezembro do mesmo ano quando
a forças do governos comandadas por Brigadeiro Pardal venceram os revoltosos que ali
se encontravam.
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Nesse mesmo período Ana Maria de Jesus – Anita Garibaldi – se junta aos
revoltosos onde então começa a acompanhar Giuseppe Guaribaldi. É conhecida hoje
por muitos como a “Heroína dos dois Mundos” por ter participado de lutas liberais no
Brasil e na Itália.
Revolução Federalista ( 1893 – 1894)
Iniciada no Rio Grande do Sul, apunha-se ao governo Floriano Peixoto.
Pretendiam obrigar o Governo Federal a cumprir as determinações da constituição e
exigir a destituição do governo estadual.
Em Santa Catarina houve uma série de revoltas entre os republicanos que
apoiavam Floriano e os federalistas, os combates prolongam-se até que em abril de
1894 a cidade de Desterro foi ocupada por tropas do Governo que colocou na chefia
Estadual Coronel Antonio Moreira Cezar.
Ao mesmo tempo que ocorria nos estados do Sul a revolução federalista,
ocorria no Rio de Janeiro a Revolta da Armada onde lideres de ambas revoluções
resolvem se encontrar na Cidade de Desterro para tentar juntar forças, porem acabam
sendo duramente reprimidos, onde lideres e envolvidos são fuzilados na fortaleza de
Anhatomirim.
A questão do Contestado (1912 – 1915)
Movimento messiânico sob a lideranças de “monges” João Maria e após José Maria.
Motivos: Construção da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande pela Brazil Railway co. O dono
da mesma companhia era proprietário da Lumber Brazil (responsável pela exploração de
madeira na região) Estas empresas ganharam o direito de exploração das terras e dos seus
recursos e ocuparam as regiões dos vales dos rios Negro, Iguaçu, Peixe desalojando milhares de
sertanejos que ai viviam da subsistência. Essas pessoas que agora não possuíam mais um lar
apoiaram-se no “monge” e formaram redutos religiosos para enfrentar a situação. Esses
redutos juntamente com os monges foram denominados monarquistas pelo governo ( o que na
realidade era falso), sendo assim o governo republicano intensifica a força para lutar contra
esses grupos de fanáticos que seriam monarquistas. Como exemplo temos as batalhas do Irani,
Porto União etc. Após o termino do conflito armado continua a briga judicial entre os estados de
Santa Catarina e Paraná que contestavam sobre a região de Palmas, porto união e Mafra.
Novembrada
É o nome pelo qual ficou conhecida a grande manifestação popular durante os anos de
chumbo do Regime Militar, ocorrida na região central de Florianópolis em novembro de 1979.
No dia 30 de novembro, o general e então presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo, veio à
capital Catarinense para participar de solenidades oficiais, como a criação de uma placa em
Homenagem a Floriano Peixoto, liberar recursos e conhecer o projeto de criação de uma
indústria siderúrgica. Ao chegar a praça 15 de Novembro, local onde se situava o Palácio Rosado
(atualmente Cruz e Sousa), sede do governo estadual, Figueiredo foi recepcionado por uma
manifestação estudantil organizada pelo Diretório Central dos Estudantes da Universidade
Federal de Santa Catarina. A manifestação foi abafada pela Polícia militar, resultando em muita
confusão e violência e na prisão de sete estudantes que foram indiciados pela Lei de Segurança
Nacional.
A TV Cultura, e a atual TV Barriga Verde, que fizeram a cobertura da reportagem, tiveram todo
o material apreendido. O episódio virou um curta metragem conhecido como “Novembrada”
onde Lima Duarte interpreta João Figueiredo.
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