Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED PLANO DE ENSINO DEPARTAMENTO CURSO DISCIPLINA CARGA HORÁRIA PROFESSOR(A) DCH – Departamento Ciências Humanas Biblioteconomina Antropologia Cultural 54 Flávia de Mattos Motta ANO/SEMESTRE 2016/01 FASE: TURNO: CRÉDITOS: 1ª vespertino 3 1. EMENTA Conceito de cultura. Etnocentrismo e relativismo cultural. Etnia e gênero. Cultura brasileira e identidade nacional. O nacional e o regional. A globalização e as novas identidades. 2. HORÁRIO DAS AULAS DIA DA SEMANA a 3 feira HORÁRIO CRÉDITOS 09:20 – 11:50 3 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVOS GERAIS Introduzir os conceitos antropológicos básicos bem como instrumentos teóricos e metodológicos úteis a profissionais da Biblioteconomia. Apontar a necessidade de adequação das práticas e intervenções desses profissionais às especificidades culturais de grupos sociais determinados considerada a diversidade cultural em nossa sociedade. Contribuir na formação de profissionais críticos com relação a comportamentos (e abordagens) etnocêntricos, excludentes, racistas e sexistas 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 01. C 01. Conhecer e apropriar-se de conceitos básicos da Antropologia como cultura, alteridade, relativismo, etnocentrismo, preconceito, discriminação. 02. Refletir sobre a problemática diversidade cultural e das identidades étnicas e de gênero. 03. Refletir a respeito da problemática da identidade nacional e das novas identidades a partir de categorias como identidade, etnia e gênero. 04. Conhecer e experimentar o método etnográfico como forma de comunicação, de pesquisa e de conhecimento da realidade social e da diversidade. 4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (seguido de bibliografia) Unidade I – O que é Antropologia e quais os conceitos relevantes para a PedagogiaCultura, Etnocentrismo, Relativismo Cultural, Socialização. Bibliografia DAMATTA, Roberto. «Você tem cultura?» in Explorações: ensaios de sociologia interpretativa, Rio de Janeiro: Rocco, 1986, pp. 121-128. DAMATTA, Roberto. Relativizando: uma introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1987. LANGDON, E.J.; WIIK, F.B. Antropologia, saúde e doença: uma introdução ao conceito de cultura aplicado às ciências da saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 18, n. 3, mai/jun 2010, p. 173-81. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n3/pt_23.pdf>. Acesso em: 03 mar. 2012. MINER, Horace. A. Ritos Corporais entre os Nacirema in: K. Romney e P. L. Vore (eds.): You and Others – readings in Introductory Antropology. Winthrop Publishers, Cambridge 1973, pp. 72-76 (versão trad. - manuscrito) Filme: Chocolate. Lasse Hallström Unidade II - Métodos da pesquisa Antropológica – um instrumento para profissionais que lidam com diversidade cultural: trabalho de campo, observação participante, história de vida e etnografia. Bibliografia MAGNANI, José Guilherme C. Discurso e representação ou de como os baloma de Kiriwina podem reencarnar-se nas atuais pesquisas. In CARDOSO, Ruth (org). A aventura antropológica: teoria e pesquisa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. (pp 127-40) MALINOWSKI, B. Introdução: Tema, Método e Objetivo dessa Pesquisa. In: MALINOWSKI, B. Os argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural. (Coleção Os Pensadores), 1977. (pp 17-34) FONSECA, Cláudia. Quando cada caso não é um caso - pesquisa etnográfica em educação. Revista da ANPED - SP , n. 10, jan/abr 1999. ________________. Criança, família e desigualdade social no Brasil. In: RIZZINI, I. et al. A criança no Brasil hoje: desafio para o terceiro milênio. Rio de Janeiro: Editora Universitária Santa Úrsula, 1993. (pp 115-31) Unidade III – Diversidade cultural: etnografias Família e Gênero Identidade étnica Grupos populares urbanos Camadas médias urbanas Cultura brasileira e identidades Contação de história como prática cultural/socialização Bibliografia CORRÊA, Mariza. O mistério dos orixás e das bonecas: raça e gênero na antropologia brasileira. Etnográfica, Vol. IV (2), 2000, pp. 233-265. http://ceas.iscte.pt/etnografica/docs/vol_04/N2/Vol_iv_N2_233-266.pdf DARNTON, Robert. “Histórias que os camponeses contam: O significado de Mamãe Ganso”. In: O grande massacre de gatos e outros episódios da história cultura francesa. Tradução de Sonia Coutinho. Rio de Janeiro: Graal, 1986. FONSECA, Cláudia. Criança, família e desigualdade social no Brasil. In: RIZZINI, I. et al. A criança no Brasil hoje: desafio para o terceiro milênio. Rio de Janeiro: Editora Universitária Santa Úrsula, 1993. (pp 115-31) GOLDENBERG, Miriam; RAMOS. Marcelo S. A civilização das formas:o corpo como valor. In: GOLDENBERG, M. [et. al.]. Nu & vestido: dez antropólogos revelam a cultura do corpo carioca. Rio de Janeiro: Record. 2002. (pp 19-40) GOW, Peter. O parentesco como consciência humana: o caso dos piro. Mana, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, Oct. 1997 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010493131997000200002&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Mar. 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-93131997000200002. LINS DE BARROS, Myriam Moraes. Testemunho de vida: um estudo antropológico de mulheres na velhice. In LINS DE BARROS, M.M. Velhice ou terceira idade? Rio de Janeiro: FGV, 1998. (pp 113-68) MALUF, Sônia. Organização familiar e relações de gênero. In:_Encontros noturnos, Bruxas e Bruxarias na Lagoa da Conceição. Rio de Janeiro, Rosa dos Tempos. 1993. (pp 1951) OLIVEN, Ruben G. A Parte e o Todo: a diversidade cultural no Brasil-nação. Petrópolis: Vozes, 2006. PASINI, Elisiane Prostituição e Diferenças Sociais. IN: ALMEIDA, Heloísa; COSTA, Rosely G.; RAMIREZ, Martha; SOUZA, Érica (orgs.). Gênero em Matizes. Editora da Universidade São Francisco, São Paulo, 2002. p 153-76) PINHO, Osmundo de Araújo. A vida em que vivemos: raça, gênero e modernidade em São Gonçalo. Rev. Estud. Fem., Florianópolis , v. 14, n. 1, p. 169-198, Apr. 2006 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104026X2006000100010&lng=en&nrm=iso>. access on 15 Fev. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2006000100010. ZALUAR, Alba. Teleguiados e chefes: juventude e crime. In: RIZZINI, I. et al. A criança no Brasil hoje: desafio para o terceiro milênio. Rio de Janeiro: Editora Universitária Santa Úrsula, 1993. (pp 189-212) Filme: Ciranda Cirandinha. Cláudia Fonseca. PPGAS/UFRGS. Bibliografia complementar DA MATTA, Roberto. Relativizando: uma introdução à Antropologia Social. Rio de Janeiro: Rocco, 1987. CORREA, Mariza. “Repensando a família patriarcal no Brasil (notas para o estudo das formas de organização familiar no Brasil). Colcha de retalhos. São Paulo: Brasiliense. 1982. DEBERT, ,Guita G. Antropologia e o estudo dos grupos e das categorias de idade. In BARROS, Myriam L. Velhice ou terceira idade? Rio de Janeiro: FGV, 1998. (pp 49-67) GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1978. LARAIA, Roque. "Como opera a cultura", em Cultura: um conceito antropológico, Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1986, pp. 67-107. ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense. Unidade IV - A prática da pesquisa etnográfica em biblioteconomia: trabalho de campo etnografia - Problematização e construção do tema de pesquisa - Construção do roteiro de entrevista - Trabalho de campo: entrevistas e observações participantes - Escrita da etnografia 5. AVALIAÇÃO ATIVIDADE Prova (individual) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PESO Compreensão dos conceitos básicos 35% da disciplina Produção escrita individual e duplas Compreensão dos textos estudados. 30% (elaboração de fichas de leitura, resenhas, Capacidade de desenvolver textos) argumentos científicos. Redação clara e organização do texto. Exercício de pesquisa e apresentação (em Cumprimento das etapas do 35% grupo) exercício proposto. Apresentação clara e organização do conteúdo de acordo com o que foi proposto. Trabalho em equipe e criatividade 6. METODOLOGIA Aulas expositivas e dialogadas. Discussões em seminários a partir da leitura de textos e filmes. Leitura, problematização e estudo de texto a partir de um roteiro de leitura e discussão. Trabalhos em duplas e grupos. Saída de campo orientada: exercício de observação e registro etnográfico Participação em atividades acadêmicas. 7. Cronograma Fevereiro 23 Março Abril 8* 15 22 29 Maio 5 12 19 26 Junho 3 10** 17 24 7 14 21 28*** * Participação da turma em atividades acadêmicas relacionadas ao Dia da Mulher – Semana Feminista LABGEF/FAED ** Prova (data sujeita a alteração) *** Entrega e apresentação do trabalho final