SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA –SOBRATPOGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA ROZÂNGELA MARIA FONSECA BARROS ELIENE MARIA RAMALHO DE FARIAS UGO–UNIDADE GINECO-OBSTÉTRICA OBSTÉTRICA E UTIGOUNIDADE DE TERAPIA GINECO-OBSTÉTRICA NO ATENDIMENTO EMERGENCIAL DAS GESTANTES E MULHERES DE RISCO, IMPACTO FAVORÁVEL JOÃO PESSOA - PB 2012 1 ROZÂNGELA MARIA DA FONSECA BARROS ELIENE MARIA RAMALHO DE FARIAS UGO- UNIDADE GINECO-OBSTÉTRICA E UTIGO-UNIDADE DE TERAPIA GINECO-OBSTÉTRICA NO ATENDIMENTO EMERGENCIAL DAS GESTANTES E MULHERES DE RISCO, IMPACTO FAVORÁVEL Dissertação apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós Graduação Profissionalizante da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva como Requisito para obtenção do titulo de Mestre em Terapia Intensiva ORIENTADOR: Prof.Dr. Eduardo B. da Fonseca JOÃO PESSOA –PB 2 ROZÂNGELA MARIA DA FONSECA BARROS ELIENE MARIA RAMALHO DE FARIAS UGO-UNIDADE GINECO-OBSTÉTRICA e UTIGO-UNIDADE DE TERAPIA GINECO-OBSTÉTRICA NO ATENDIMENTO EMERGENCIAL DAS GESTANTES E MULHERES DE RISCO, IMPACTO FAVORAVEL Dissertação apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós Graduação Profissionalizante do Programa de Pós Graduação Profissionalizante da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva como Terapia Intensiva Aprovado em: ________/___________/__________. BANCA EXAMINADORA Professor (a) ______________________ Instituição______________ Julgamento_______________________ Assinatura_______________ Professor (a) ______________________Instituição________________ Julgamento______________________Assinatura______________ 3 Dedico àqueles que acompanharam, apoiaram,colaboraram e motivaram este trabalho, que partilharam comigo idéias e produziram críticas,outros mesmo neutros ou distantes da teoria que pesquisava e construía tocaram minha mão ou dirigiram uma palavra de apoio de fé. Certamente toda trajetória de estudos que decidi trilhar foi mais bela,vitoriosa e,especialmente mais ampla ,pela participação de pessoas muito especiais Sumário 4 1 Contextualização da Unidade de Terapia Gineco-Obstétrica.................6 1.2 Modificações Fisiológicas e Orgânicas durante a Gravidez................12 1.2.1Oxigenação Fetal..................................................................................15 1.3. Intercorrencias Obstétricas do Trabalho de Parto e Nascimento.....17 1.3.1Pré-Eclampsia........................................................................................18 1.3.2 Placenta Prévia.....................................................................................18 1.3.3.Descolamento Prematuro de Placenta...............................................19 1.3.4 Atonia Uterina.......................................................................................19 1.3.5 Sangramento Pós- Parto......................................................................20 1.4 Complicações Obstétricas Com Indicações de Tratamento Intensivo 20 1.4.1 Corioamnionite......................................................................................21 1.4.2 Eclâmpsia...............................................................................................21 1.4.3 Hemorragia Pós-Parto...........................................................................22 1. 5 Ética e Humanização do Profissional Inte.............................................24 1.5.1Importância da Humanização nas UGOs .............................................26 2 Objetivo:........................................................................................................29 3 Metodologia:.................................................................................................29 3.1-Tipologia do Estudo..................................................................................29 4-Discussão:..........................................................................................36......40 5 Abstract .............................................................................................37.......44 6 Conclusão:.........................................................................................38.......42 7 Referências:..................................................................................................45 Caracterização e formação de (UGOs) - Unidades Ginecoobstetrícas e UTIGO- Unidades de Terapia Gineco-obstétricas, no contexto do atendimento emergencial das gestantes e mulheres de risco com impacto favorável. 5 1-CONTEXTUALIZAÇÃO DA UNIDADE TERAPIA GINECO- OBSTETRICA A chance de uma mulher durante o ciclo grávido-puerperal ser admitida em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é bem maior do que de uma mulher jovem não-grávida e estima-se que 0,1 % a 0,9% das gestantes desenvolvem complicações necessitando assim internamento em Unidade de Terapia Intensivas sendo as principais indicações hipertensão, hemorragia, insuficiência respiratória e sepse. Destaca-se que o prognóstico dessas pacientes em geral é bom requerendo geralmente intervenção mínima com baixas taxas de mortalidade em geral inferior a 3%%. (AMORIM, 2006). Não há dúvidas que a mortalidade materna global está em declínio, contudo é preocupante que a mortalidade de gestantes internas em UTI permanece excessivamente alta (10 a 20%), apesar de serem raras as internaçõesÉ válida a proposta de um modelo de UTI voltada exclusivamente para o tratamento de pacientes obstétricas ao invés de se realizar transferências para unidades gerais de terapia intensiva. Em 1990, Mabie e Sibai descreveram os resultados de uma UTI obstétrica na Universidade do Tennessee, em Memphis identificando os seguintes benefícios: 1) Reconhecimento e tratamento precoce das complicações, em decorrência da observação intensiva; 2) Progressiva aquisição de habilidade e experiência com a monitorizarão intensiva pela equipe médica garantindo o tratamento imediato, racional e adequado das pacientes hemodinamicamente estáveis; 3) Melhoria da continuidade da assistência, tanto antes como depois do parto; 4) Importante treinamento e aprendizagem tanto dos residentes como dos médicos em terapia intensiva, bem como no tratamento de complicações médicas raras associadas à gravidez. Os autores concluíram que não apenas as gestantes com condição clínica grave podem ser conduzidas com sucesso 6 em uma UTI obstétrica, mas que a Terapia Intensiva represente indubitavelmente uma parte da prática obstétrica, se estendendo também a mulher no período reprodutor, pré e pós menopausa devendo ser incorporada ao programa de treinamento e formação de especialistas. As Unidades de Terapia Gineco-Obstétrica (UGO) são áreas criticas que são destinadas à internação de parturientes graves, que necessitam de atenção profissional especializadas de forma continua, materiais específicos e tecnologias necessárias ao diagnóstico, monitorização e terapia entre esses estão: avaliação materna rápida intervenções imediatas para tratamento do evento agudo que indicou a admissão m UGO (ex. eclâmpsia, parada cardíaca, choque hipovolêmico), garantir os cuidados básicos de suporte à vida (ABC), exames emergência, preenchimento da falha de admissão na UTI Obstétrica, sendo está de responsabilidade do médico plantonista da triagem obstétrica (ANVISA, 2010; SANTOS ET al. 2004) As primeiras Unidades de Terapia Intensiva foram criadas na década de 1950, especialmente em função das epidemias de poliomielite que assolavam a Europa e os Estados Unidos da América (SILVA, 2006). No Brasil as UTIs foram implantadas na década de 1970, proporcionando uma melhora no atendimento a pacientes graves, antes realizado nas enfermarias, com área física inadequada e escassez de recursos tecnológicos e humanos (ACUNA et al.,2007). Visando a assistência de pacientes críticos que necessitem de cuidados complexos e especializados esses serviços dispõem da utilização de recursos apropriados para observação e monitorização contínua das condições vitais do paciente e para a intervenção em situações de descompensações (LEITE;VILA,2005) Entre as inúmeras vantagens de uma Unidade de Terapia Ginecoobstétrica (UGO) estar à possibilidade da mãe amamentar seu bebê com segurança para ambos feitos através da interação entre as equipes da UTI adulto com a UTI neonatal. Todos os hospitais de nível terciário contendo mais de 100 leitos devem possuir pelo menos, 6% do total dos leitos destinados a UTI, Segundo a Portaria 466 de 4 de junho de 1998,a UTI pode estar ligada a uma Unidade de Tratamento Semi-intensivo(USI).As Unidades podem ser agrupadas de acordo com a faixa etária em neonatal(pacientes com 0 a 28 dias de vida),pediátrica(29 dias a 18 anos incompletos),adulta(idade acima de 14 anos)e especializada,sendo esta última caracterizada por receber paciente de uma especialidade médica especifica ou de um grupo especifico de patologias 7 dentre as quais podem compreender:obstétrica,cardiológica respiratória,dentre as outras(BRASIL,2011). O autor ainda ressalta que, segundo o Ministério da Saúde (MS), as UTIs são classificadas em três tipos tomando por base a Portaria 3432 de Agosto de 1998, levando em consideração o espaço físico, a tecnologia e os recursos humanos disponíveis. Villa e Rossi (2002) afirmam que as UTIs surgiram a partir da necessidade de aperfeiçoamento e concentração de recursos materiais e humanos para o atendimento a pacientes graves, em estado crítico, mas tidos ainda como recuperáveis, e da necessidade de observação constante, centralizando os pacientes em um núcleo especializado. Azeredo e Bezerra (2004, p.13) salientam que, ao considerar a importância na assistência das unidades que realizam tratamento intensivo nos hospitais do país, e a necessidade de estabelecer critérios de classificação entre as Unidades de Terapia Intensiva, de acordo coma incorporação tecnológica, a especialização nos recursos humanos e a área física disponível, o Ministro de Estado de Saúde José Serra, no uso de suas atribuições legais na Portaria n 12 de Agosto de 1998, resolve: Art1-Estabelecer critérios de classificação entre as diferentes Unidades de Tratamento Intensivo-UTI. Art 2- Para as finalidades desta portaria,as Unidades de Tratamento Intensiva serão classificados em tipo I,II,e III. &1-As unidades atualmente cadastradas pelo Sistema Único de Saúde-SUS,a partir da vigência desta portaria,serão classificados como tipo I. &2-As unidades que comprovarem o cumprimento das especificações do anexo desta Portaria poderão ser credenciadas pelo gestor nos tipos II ou III, de acordo com a necessidade de assistência da localidade onde estão inseridas. Art.3-A partir da data de publicação desta portaria serão cadastrados somente unidades do tipo II e III. Art 4- Fica revogada a Portaria GM/MS/N 2918, de 9 de junho de 1998,publicada no DOU n 111,de 15 de junho de 1998,e demais disposição em contrário. Art.5- Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. A partir do inicio da década de 1990 por volta de 1992, o estudo pioneiro sobre a necessidade de cuidados intensivos em obstetrícia foi apresentado à comunidade cientifica mundial, surgindo publicações na literatura Internacional sobre o tema. Ademais ,tem sido de grande importância o assunto ,uma vez que são preocupantes os indicadores das maternidades em nosso meio,pois mostraram uma falsa realidade:coeficientes de mortalidade materna baixos,como se estivéssemos nos chamados países de primeiro mundo 8 .Entretanto observa-se,que com a transferência das pacientes obstétricas mais gravemente enfermas para as unidades de terapia intensiva perde-se a evolução dos casos e com isso os resultados ominosos são minimizados, uma vez que os especialistas da área não estão analisando e publicando o ocorrido(BELFORT,2000) Vale ressaltar que para o autor supracitado, as áreas com os maiores índices de mortalidade materna requerem as mais urgentes intervenções, mas, inevitavelmente estas são as regiões que menos levantamentos e estudo confiáveis fornecem sobre o assunto. Entretanto,nas regiões onde a cobertura assistencial dos serviços de saúde é pequena,as pesquisas e os estudos são os únicos meios para obtenção de dados populacionais sobre prevalências de certas morbidades. Neste contexto, é importante destacar que a mortalidade materna é uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres, por se uma tragédia evitável em 92% dos casos, por ocorrer principalmente nos países em desenvolvimento (BRASIL, 2007). Ciente dessa realidade, estimativas de Organizações Mundial de Saúde (OMS) ocorreram mais 500.000 mortes maternas em 2005, e as razões de mortalidade materna variam entre 1/100.000 nascidos vivos. Do total de óbitos,95% ocorreram em países em desenvolvimento,o que revela grandes desigualdades nas condições políticas,econômicas e sociais entre os países,com diferenciais regionais,em especial na atenção à saúde da mulher (WHO,2009). Nas Américas essa disparidade entre países desenvolvidos e em desenvolvimentos fica mais evidente, uma vez que, em toda a América Latina, cerca de 28 mil mulheres morrem por ano devido a complicações na gravidez,no parto ou no puerpério.A grande maioria desses óbitos poderia ser evitada se as condições de saúde locais fossem semelhantes as dos países desenvolvidos com cobertura de pré-natal e assistência intensivista especializada,demonstrando que a morte materna pode ser um indicador da decisão política de garantir a saúde a esta parcela da população(BRASIL,2007). O Ministro da Saúde ressalta que no período de 1999 a 200, a razão de morte materna no Brasil apresentou uma queda, que pode estar associada a uma melhoria na qualidade da atenção obstétrica e ao planejamento familiar. Nesse período, a questão da mortalidade materna ganhou maior visibilidade e vários processos estaduais e municipais foram deflagrados para este enfrentamento. Segundo Belfort (2000), os óbitos maternos no Brasil correspondem cerca 6%na faixa etária de 10 a 49 anos, ocupando a oitava posição entre todas as causas de óbito feminino nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e a nona na região Sul e décima na Sudeste. 9 Neste contexto, a morte materna no Brasil se configura como um problema de saúde pública e, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2006, as razões de mortalidade materna foi estimada em 77,2/100.000 nascidos vivos. As regiões Norte e Nordeste têm os piores indicadores,enquanto as regiões Sul e Sudeste têm as menores razões de mortalidade materna. As causas obstétricas diretas são responsáveis por 75% dos óbitos maternos, sendo as doenças hipertensivas as principais causadoras, seguidas de hemorragias, e infecções puerperais (MS, 2008). Entretanto, no Brasil, dois fatores dificultam o real monitoramento do nível e da tendência da mortalidade: a sub-informação e o sub-registro das declarações das causas de óbito.A sub-informação resulta do preenchimento incorreto das declarações de óbito,quando se omite que a morte teve causa relacionada à gestação,ao parto ou ao puerpério.Isso ocorre pelo desconhecimento dos médicos quanto ao correto preenchimento da declaração de óbito e quando à relevância desse documento como fonte de dados de saúde.Já o sub-registro é a omissão do registro de óbito em cartório,freqüente nas regiões Norte,Nordeste e Centro-Oeste,seja pela dificuldade de acesso aos cartórios pela existência de cemitérios irregulares ou à falta de informação da população quanto à importância de declaração de óbito como instrumento de cidadania(BRASIL,2007). Desse modo, em razão de cada óbito materno mascarar diversas intercorrencias de doenças ou complicações, a atenção está sendo voltada para a morbidade propriamente dita, para que esta assegure informações importantes para os programas sobre maternidade segura. É importante salientar que é pouca a informação que existe sobre os eventos maternos não-fatais, Sendo que estes podem representar diferentes padrões de intercorrencias ou responder às intervenções de maneira diversa dos casos que resultam nos óbitos maternos. Contudo, diante da importância que o tema representa, a pesquisa que se segue oferece dados sobre os maiores desafios e complicações na nossa prática contemporânea, procurando, desta forma, avaliar a necessidade de cuidados intensivos em obstetrícia. Princípios Básicos da Assistência a paciente grave na UTI OBSTETRÍCA tem como objetivo: 1) Avaliação materna rápida e intervenções imediatas para tratamento do evento agudo que indicou a admissão na UTI (ex. eclampsia, parada cardíaca, choque hipovolêmico etc.), 10 2) Garantir os Cuidados Básicos de Suporte a vida (ABC), exames de emergência, preenchimento de ficha na UTI Obstétrica. Cuidados Básicos de Suporte a Vida é composto por: Airway (ventilação), Breathing (Oxigenação), Circulation (Circulação) e tem como finalidade: A- Garantir permeabilidade de vias aéreas. B- Assegurar a ventilação e oxigenação adequada através de: 1- Oxigenoterapia suplementar, 2- Intubação orotraqueal e 3- Ventilação mecânica assistida, se necessário C- Circulação adequada pelo: 1-Acesso venoso periférico pelo menos com duas veias de grosso calibre no choque, nas pacientes sob ventilação mecânica, no uso de drogas vasoativas, e pacientes instáveis. 2-Infusão de cristalóides (conforme indicação específica) 3-Procedimentos de reanimação cardiopulmonar, se necessário Em alguns centros pacientes obstétricas são conduzidas por obstetras com experiência e treinamento em terapia intensiva, junto com outros especialistas incluindo anestesiologista e intensivistas com treinamento em obstetrícia o que na maioria dos serviços não é possível e a condução dos casos fica a cargo de intensivistas gerais. Vamos rever algumas modificações fisiológicas que ocorrem no organismo da mulher durante a gravidez. 2-MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS E ORGÂNICAS DURANTE A GRAVIDEZ Durante a gravidez, ocorrem diversas modificações adaptativas no organismo materno dentre elas algumas ligadas à melhora da paciente enquanto permanecer na UTI tem modificações na fisiologia dos sistemas: 1)Cardiovascular 2) Respiratório 11 3) Renal 4)Gastrointestinal. 1) Cardiovascular: A mudança adaptativa cardiocirculatória tem o objetivo de maximizar o fluxo útero-placentário e suprir as perdas decorrentes do parto. Ocorre aumento progressivo do volume sanguíneo atingindo cerca de 40% no III trimestre. O volume de plasma aumenta mais do que a massa de células vermelhas o que causa uma anemia relativa com redução de cerca de 10% no hematócrito. O aumento de volume sanguíneo corrente acompanha-se de aumento do débito cardíaco de 30-50%, com início na décima semana de gestação em função do aumento na freqüência cardíaca com aumento do volume sistólico e da diminuição da resistência periférica. O ECG na gravidez mostra um desvio do eixo do coração para a esquerda de 15 a 28 graus. A PA Sistólica é menor no primeiro trimestre e diminui durante a gestação até o início do III trimestre, quando sofre ligeira elevação permanecendo em níveis inferiores aos pré-gestacionais.As resistências vasculares sistêmicas e pulmonares estão diminuídas 20-30%. As pressões venosas centrais e capilares pulmonar permanecem inalteradas. Na gestação a termo, o débito cardíaco aumenta em até 20% quando a paciente passa da posição supina para o decúbito lateral esquerdo, isso porque o útero aumentado de volume pode comprimir a aorta e principalmente a veia cava inferior, o que causa a diminuição do retorno venoso e, em conseqüência diminuição do débito cardíaco, algumas vezes associado com reflexo vaso vagal ocorrendo malestar e edema nas extremidades da paciente 2) Pulmonar- A função pulmonar na gestante é afetada por mudanças nas vias aéreas, na caixa torácica e na ocorrendo,edema, hipersecreção,e fiabilidade da intenso no III trimestre de mecânica mucosa, gestação causando respiratória sendo mais sintomas como: epistaxis,obstrução nasal e mudança de voz. Em pacientes grávidas, deve-se ter cuidado extra na inserção de sondas naso-gástricas e intubações devido às alterações causadas na mucosa nasal. Alterações como diminuição na capacidade respiratória residual funcional, elevação do consumo de oxigênio materno e gradiente alvéolo-arterial de oxigênio aumentado, baixam a reserva de oxigênio materno. Portanto, deve ser oferecido oxigênio a gestante antes de 12 se realizar o procedimento de intubação traqueal, aumentando, assim a sua reserva. O útero gravídico eleva o diafragma ocorrendo: 1) diminuição progressiva da capacidade respiratória residual funcional(CRF), que chega em torno de 10-25%,na gestação à termo, 2) aumento significante na ventilação,com início no I trimestre e alcançando 20-40% no termo. Essa mudança é devida a dois fatores: a) aumento na produção de CO2 em cerca de 30-50% no termo. b) aumento na freqüência respiratória (FR) devido à progesterona sérica, que age estimulando ou aumentando a sensibilidade dos centros respiratórios ao PCO2 O aumento ventilatório superior ao aumento na produção de CO2 leva a uma alcalose que é compensada pelo aumento na excreção renal de bicarbonato pela gestante. O CO2 arterial está reduzido a 28-32 mmHg O Bicarbonato está reduzido a 18-21mEq/L pH arterial é mantida de 7,40 a 7,47. O consumo de O2 aumenta 20-33% no III trimestre não somente devido às necessidades fetais, mas, também as necessidades metabólicas materna. Maiores alterações hemodinâmicas podem ocorrer durante o Trabalho de Parto como: 1) aumento do débito cardíaco em aproximadamente 10 a 15% 2) passagem de 300 a 500ml de sangue para a circulação sistêmica a cada contração uterina,para compensação do sangue perdido durante o parto. 3) Renal- O fluxo sangüíneo renal aumenta 60-80% até II trimestre com algum declínio no III trimestre,a taxa de filtração glomerular aumenta 50% em torno da 16ª semana de gestação e permanece elevada durante a gestação e em conseqüência os níveis de creatinina variam de 0,5 a 0,7 mgdl. Valores 13 normais como na mulher não gestante podem indicar comprometimento renal na grávida. A dilatação da pélvis renal e do ureter ocorre devido a mudanças hormonais ou efeitos mecânicos e pode aumentar a incidência de infecções urinárias especialmente depois da instrumentação da bexiga. Ocorre na gestação: 1) aumento do fluxo plasmático renal 2) aumento taxa de filtração glomerular 3) reabsorção tubular de sódio, 4) a creatinina sérica não se altera. 4) Gastrointestinal- Na gravidez ocorre uma redução progressiva da pressão no esfíncter inferior do esôfago,talvez devido a um aumento na progesterona sérica. O estomago é deslocado pelo útero gravídico e ocorre a modificação do ângulo da junção gastroesofágica, levando a uma diminuição adicional na efetividade do esfíncter gastroesofágico determinando às vezes refluxo, regurgitação, vômitos e até aspiração. O tempo de esvaziamento gástrico é prolongado na gravidez aumentando o risco de aspiração pulmonar. A gastrina, hormônio produzido pela placenta, eleva o conteúdo de ácido, cloreto e enzimas do estomago a níveis acima do normal. Portanto, toda paciente deve ser considerada paciente de risco para aspiração pulmonar de material ácido causando a Síndrome de Mendelson e de material sólido, associados á atelectasia, ao abscesso pulmonar e a obstrução mecânica. Alterações fisiológicas do estomago durante a gravidez observamos diminuição do tono e aumento do tempo de esvaziamento gástrico, como também diminuição da motilidade do estomago. Durante o trabalho de parto ativo e na administração de analgésicos dificultam ainda mais o esvaziamento gástrica sendo a mulher grávida considerada de risco para aspiração. 3- Oxigenação Fetal É o feto dependente do conteúdo de oxigênio arterial materno e do fluxo sanguíneo uterino, durante o fornecimento de oxigênio para placenta, 14 normalmente os vasos uterinos estão dilatados ao máximo, e desta forma uma redução no débito cardíaco materna afeta diretamente o fluxo úteroplacentário comprometendo a oxigenação fetal. A hipotensão materna e a ação de catecolaminas endógenas ou exógenas podem resultar em vasoconstricção da artéria uterina, e o fluxo úteroplacentário é reduzido durante as contrações uterinas de forma proporcional a sua intensidade. A alcalose materna afeta a oxigenação fetal tanto por redução de fluxo uterino quanto por desvio para a esquerda da curva de dissociação da hemoglobina materna. A oxigenação materna melhora o bem estar fetal. Apesar do PO2 na veia umbilical, raramente exceder a 40 mm Hg, o conteúdo total de oxigenação no feto é elevado, e em função da presença da hemoglobina fetal uma P02 de 30-35 mmHg na veia umbilical,e leva a uma saturação de 80-90% da hemoglobina fetal.Adaptações fetais incluem a concentração relativamente alta de hemoglobina 15gdl e o elevado débito cardíaco.A redução de até 50% do fluxo sanguíneo útero placentário é bem tolerado por períodos curtos, daí não levar a acidose fetal, mas uma redução adicional mais de 50% resulta em metabolismo anaeróbio e redirecionamento do fluxo para o cérebro, e leva dano irreversível no coração e supra-renal se a redução for de 75% de oxigênio. Em situação normal só ocorre lesão cerebral se a interrupção de oxigênio for por 10 minutos. É consenso atual que, na avaliação da grávida em estado critico deva-se melhorar a oxigenação fetal e que se faça a investigação da Vitalidade Fetal, empregando a Cardiotocografia Fetal e principalmente o Perfil Biofísico Fetal (PBF) de rotina e que sejam também ampliados. A Cardiotocografia Fetal tem valor limitado antes de 32 semanas por depender da maturidade neurológica fetal para resultado satisfatório.O Perfil Biofísico Fetal (PBF) tem alta especificidade, com diminuição da taxa de mortalidade de 0,1%, se o PBF está entre 8 e 10.Dependendo da idade gestacional e do estado crítico da gestante, o parto pode ser a melhor opção, mas quando o parto não é a melhor opção deve- se fazer o fornecimento ampliado de O2 para o feto, o que pode ser conseguido otimizando a oxigenação materna, melhorando a capacidade de transporte de oxigenação por transfusão e aumento do débito cardíaco, e pelo aumento da 15 concentração de oxigênio inspirado causando pequena elevação na PO2 fetal (2-10mmHg) o que resulta em uma grande mudança na saturação fetal de O2. Com o melhor fornecimento de O2 melhora no feto: 1) Perfil ácido-básico fetal 2) Alivio das alterações anormais da freqüência cardíaca fetal 3) Reverte a redistribuição do fluxo de sangue que acontece no feto em Hipoxia. Alguns autores concluíram que não apenas as gestantes em condição clínica grave podem ser conduzidas com sucesso em uma UTI obstétrica, mas que a Terapia Intensiva represente indubitavelmente uma parte da prática obstétrica, devendo ser incorporada ao programa de treinamento e formação de especialistas. GRAVIDEZ » NORMAL/SAUDÁVEL » MORBIDADE » MORBIDADE GRAVE » NEAR-MISS » MORTE MATERNA. Indicações de Tratamento Intensivo em Obstetrícia: Pré-eclampsia leve pós-parto, na vigência do tratamento com sulfato de magnésio. Pré-eclampsia grave – na vigência do tratamento com sulfato de magnésio no pós-parto e na presença de outras intercorrencias. Eclampsia todos os casos Síndrome Hellp. Esteatose Hepática Aguda na Gestação Choque Hipovolêmico Descolamento prematuro da placenta normalmente inserida (DPPNI)após interrupção da gravidez Coagulação intravascular disseminada. Embolia Pulmonar. Embolia por liquido amniótico (ELA). Parada Cardíaca-Reanimação cardiopulmonar. Cetoacidose Diabética Coma. Edema e Hemorragia cerebral. 16 Edema agudo de pulmão. Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica (Septicemia). Choque Séptico. Síndrome de Desconforto Respiratório Agudo (SDRA). Asma Grave-Mal asmático Trauma e Gravidez. Recuperação pós-anestésica nas seguintes condições: Instabilidade hemodinâmica – uso drogas vasoativas, Necessidade de suporte ventilatório, Cardiopatias classes III e IV (AHA), Outras doenças de base de acordo com a gravidade do quadro Insuficiência Renal Aguda. Insuficiência Cardíaca Congestiva. Insuficiência Respiratória Aguda Indicação de Ventilação Mecânica. 1.3. Intercorrencias Obstétricas Pré-Natal e Nascimento. A situação humana e social de um país e de seu povo é, certamente, expressa pela mortalidade materna. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) definem mortalidade materna como sendo o óbito da mulher enquanto grávida ou dentro dos 42 dias completos do puerpério, independente da duração da prenhez e do sítio de implantação do ovo, proveniente de qualquer causa relacionada ou agravada pela gestação, ou de seu tratamento, excluindo-se fatores acidentais. Considerando-se que pelo menos 500.000 óbitos maternos ocorrem,anualmente,no mundo todo,os casos nos quais as gestantes ou as puérperas apresentam disfunções sistêmicas agudas,que se não tratadas apropriadamente,poderiam resultar na morte das mesmas despontam como indicadores essenciais na avaliação das principais e mais graves doenças obstétricas freqüentemente relacionadas à mortalidade materna(WHO,2009) Ainda que represente um processo que pode se desenvolver dentro da normalidade, a gestação, parto e nascimento às vezes envolvem um risco potencial de morte para a mãe e para o feto, especialmente nos países em desenvolvimento. Embora a maioria dos trabalhos de partos geralmente evoluam sem problemas aproximadamente 8 a 10% dos nascimentos envolvem intercorrencias e complicações que podem surgir em qualquer momento desse processo e envolver as contrações uterinas, a vitalidade fetal ou o canal de parto,assim como as intercorrencias do período pósparto,principalmente as hemorragias e infecções (RESENDE; MONTENGRO, 2008) 17 Dentre as principais intercorrencias durante o trabalho de parto e nascimento podemos encontrar: amniorrexe prematura trabalho de parto prematuaro, Oligoidrâmino, (BRANDEN,2004). 1.3.1-Pré-eclâmpsia A pré-eclâmpsia é uma doença que aparece no final da gravidez, e em 15% a 20% dos casos este risco aumenta em caso de prejuízo renal associado ao aumento dos níveis de proteinúria e ácido úrico. O diagnósticoé feito com base nos sinais de hipertensão arterial persistente acima de 140x90mmhg,proteinúria e edema de membros superiores e face.Os sintomas aparecem tardiamente durante a evolução da doença.A paciente que se apresenta com queixas de cefaléia,dor epigástrica e escotomas pode ser confirmada a pré-eclâmpsia(ZUGAIB,2008). Na pré-eclâmpsia grave, e na eclâmpsia, antes de interromper a gestação, o quadro clinico poderá ser estabilizaado, oque demora em torno de 4 a 6 horas (REZENDE; MONTENEGRO, 2008) Os autores ainda ressaltam as alterações morfológicas e funcionais do organismo da gestante portadora da pré-eclâmpsia que tem como causa fundamental, o espasmo arteriolar, que provoca alterações na parede vascular representadas por lesões das células endoteliais e redução da circulação e, consequentemente aumento da permeabilidade capilar e deposição subendotelial de fibrinogênio e plaquetas. 1.3.2-PLACENTA PRÉVIA A Placenta prévia é uma condição obstétrica caracterizada pelo desenvolvimento marginal, parcial e total da placenta no segmento uterino inferior, isto é no colo. Ocorre em1% de todas as gestações. Os principais sinais e sintomas são:sangramento vaginal indolor,vermelho vivo,sem causa aparente(sinal clássico),ocorre na maioria das vezes no 3 trimestre de gravidez.Está geralmente associada à má posição e a má apresentação fetal,onde a placenta ocupa parte do espaço normalmente ocupada pela apresentação fetal(BANKOWSKI,2006) O autor ainda ressalta, que uma das mais temidas complicações da PP corresponde ao acretismo placentário, que na última década superou a atonia uterina como principal causa de Histerectomia por hemorragia pós-parto. 1.3.3-DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA A evolução acerca do conhecimento do Descolamento Prematuro da Placenta (DPP) teve seu inicio no fim do século XVII com Mauriceau, o primeiro a individualizar essa entidade. Outros pesquisadores deram sua contribuição ao longo da história como Rigby,que fez uso do termo acidental para realçar a 18 diferença com a hemorragia da placenta prévia.Outros nomes como De Lee(1901),Dieckmann(1936),Moloney e cols(1949) no estudo das coagulopatias , graves também deram a sua contribuição para que essa intercorrência obstétrica fosse diagnosticada(NEME,2006). É de extrema importância o conhecimento dos fatores predisponentes ao DPP, à medida que estes alertam o profissional para o diagnóstico, proporcionando atuação oportuna, de maneira a favorecer o prognóstico materno e fetal. Os riscos maternos relacionados ao DPP referem-se, de forma geral, aos seguintes aspectos: perda sanguínea excessiva, coagulação intravascular disseminada (CIVD), insuficiência renal e morte materna (NEME, 2006). 1.3.4-ATONIA UTERINA À medida que acontece a separação da placenta, a musculatura uterina se contrai normalmente e os sinusoidais se fecham, com a formação eventual de trombos. Quando as fibras musculares não se contraem e os vasos não sofrem constrição, acontece a hemorragia. A atonia uterina é de forma freqüente devida à exaustão do músculo. Essa exaustão podem seguir-se tanto a um trabalho de parto prolongado quanto a um precipitado;pode ser em detrimento da hiperdistensão do útero por gravidez múltipla feto grande ou hidrâmnio ou pode ser ocasionada por massagem excessiva do fundo uterino na terceira fase do trabalho de parto(NEME,2006). É de se esperar que a musculatura flácida, identificada por contrações fracas durante a primeira ou segunda fase do trabalho de parto, irá contrair-se fracamente depois da terceira fase. A musculatura uterina pode também falhar em se contrair bem,quando existe o descolamento prematuro da placenta,capaz de permitir sagra mento para dentro do músculo ou quando miomas estão presentes. Na presença dessas condições durante o trabalho de parto, o profissional obstetra deve ter cuidado especial em analisar o estado de contração do útero durante as primeiras horas depois do parto (BRASIL, 2001). 1.3.5-SANGRAMENTO PÓS-PARTO As intercorrencias mais, frequentes no pós-parto são o sangramento puerperal que corresponde a qualquer perda de sangue, calculada em até 500ml,ocorrendo durante ou depois do terceiro estágio do trabalho de perto e por ser uma das principais etiologias de mortalidade materna deve ser diagnosticada e tratada de forma imediata evitando assim complicações futuras.Diante deste fato,equipe de enfermagem deve identificar de forma 19 precoce as puerpéras com fatores de risco,prevenindo a anemia com dieta de ferro suplementar,evitar trabalho de parto prolongado,reforçar a contratilidade uterina com massagens,estimular cuidadosamente a genitália após o aleitamento materno,inspecionar parto,monitorar sinais vitais,inspecionar condições da episiorrafia e oferecer apoio emocional(NEME,2006). Neste contexto, o sangramento pós-parto é a terceira causa de morte materna direta, responsável por 28% da mortalidade materna. Sua assistência deve ser baseada na clinica,com o uso de medicações que promovem a contração uterina(ocitocina,prostagladinas e ergotamina).Alguns poucos casos necessitam intervenções cirúrgicas para o seu manejo.Essas manobras incluem a compressão bimanual do útero, tamponamento uterino tais como: compressas,balão intrauterino(Condon,Foley e Sengstaken- Blakemore),ligaduras de vasos(uterinos,ovarianos e hipogástricos). 1.4.Complicações Obstétricas com Indicação de Tratamento Intensivo Como as complicações podem ocorrer durante o processo de Pré-natal, pré-parto, trabalho de parto e nascimento, a mãe e o feto precisam ser cuidadosamente monitorados. A monitoração minuciosa da mãe e do feto é necessária por diversos motivos.Em vista destes fatos,os objetivos principais a serem atingidos no tratamento intensivo das intercorrencias e complicações durante o parto prematuro,do sofrimento fetal e a manutenção da integridade materno-fetal.Dentre as principais complicações durante o trabalho de parto e nascimento podemos encontrar: Corioamnionite, Eclâmpsia,Hemorragia pósparto,Sofrimento Fetal,Mortalidade Fetal,Neonatal e Perinatal(BANKOWSKI,2006). 1.4.1-CORIOAMNIONITE A corioamnionite também denominada síndrome de infecção amniótica, é mais comum e é devida à ascenção de bactérias presente no meio vaginal para a cavidade intra-amniótica (via ascendente), usualmente após a rotura prematura das membranas amnióticas. Entretanto,a rotura prematura das membranas não é pré-requisito para este tipo infecção,podendo acontecer infecção com membranas íntegras em 5 a11,9% dos casos.Os sintomas 20 clínicos de infecção amniótica são hipertermia e taquicardia materna, hiperreatividade uterina,aumento do número de leucócitos maternos e odor fétido do líquido amniótico(REZENDE;MONTENEGRO,2008). Corresponde a uma infecção ovular, que caracteriza um processo inflamatório agudo e às vezes difuso, da membrana extra placentária,placa coriônica da placenta e cordão umbilical.Pode acontecer com membranas íntegras sendo mais comuns em casos de rotura de membranas ovulares,devido ao tempo prolongado de rotura e/ou da realização de toques vaginais.Percebe-se que quando a corioamnionite aguda se desenvolve na gravidez,frequentemente são benignos. Entretanto, podem ocorrer conseqüências mais drásticas, como: aumento das mortes fetais em 2,6 vezes nos casos leves e 4,1 vezes nos casos moderadas ou graves. A maioria desses óbitos se relaciona à sepse(BRASIL,2001) 1.4.2-ECLÂMPSIA A eclâmpsia é o início de convulsões numa mulher cuja gravidez se complicou por pré-eclâmpsia. Estes episóidos podem ocorrer durante a gravidez (após as 20 semanas de gestação) durante o parto ou nas primeiras 48 horas do período pós-parto. Há uma grande incidência de morte materna nas mulheres com eclâmpsia, é responsável por até 12% de todas as mortes maternas nos países em desenvolvimento. A mortalidade perinatal é, igualmente elevada.As principais causas de morte ,materna na eclâmpsia são hemorragia intracerebral complicações pulmonares,insuficiência renal,insuficiência hepática e falência de mais de um órgão(ZUGAIB,2008). A eclâmpsia é compreendida como uma das mais graves complicações dentro da obstetrícia. A mortalidade materna pode variar entre 10 a 12% dependendo do local e do serviço investigado e a perinatal pode atingir um percentual de 25%.Podendo ocorrer na gestação,no parto ou no puerpério imediato(GUYTON;HALL,2006). Segundo os autores supracitados, a eclâmpsia é mais grave que a préeclâmpsia, em virtude de sua externa elasticidade vascular em todo o corpo, 21 convulsões crônicas seguidas de coma, grande redução do débito renal, mau funcionamento do fígado, freqüente hipertensão externa, bem como um estado tóxico generalizado do corpo. Em geral ocorrem momentos antes do parto.Se não for realizado o tratamento,uma porcentagem alta desta complicação vem a falecer. No entanto, com a utilização adequada e imediata de substâncias vasodilatadoras de ação rápida para normalizar a pressão arterial, seguido de interrupção imediata da gravidez por operação cesariana, o quadro pode ser revertido. 1.4.3 Hemorragia Pós- Parto A hemorragia pós-parto é a perda sanguínea superior a 500ml após partos vaginais e superior a 1000ml após cesariana que necessita de hemotransfusão para seu tratamento.Entretanto,esta é uma definição muito subjetiva,uma vez que depende de uma estimativa visual do obstetra.A incidência desta situação é variável na literatura,variando entre 2 a 10%.Os sinais clínicos são variáveis de acordo com a intensidade de instalação que pode ser de forma compensada,leve moderada ou severa,podendo apresentar queda significativa ou acentuada da pressão areterial,palpitações,tonturas,taquicardia,fraqueza,sudorese,irritabilidade,palide z,colapso,falta de ar e sinais de choque hipovolêmico(REZENDE;MONTENEGRO2008). Antes de começar o trabalho de parto, devem ser tomadas precauções para evitar uma hemorragia pós-parto. Uma das medidas consiste em tratar certos problemas,como a anemia.Outra é reunir a maior quantidade possível de informação acerca de paciente.Por exemplo,o fato de se saber que a mulher tem maior quantidade de líquido amniótico,que tem uma gravidez múltipla(gêmeos),que possui um tipo de sangue raro ou que teve crises anteriores de hemorragia pós-parto pode fazer com que o médico esteja preparado para enfrentar as possíveis perturbações hemorrágicas no pós-parto (NEME;2006). O autor ainda ressalta que, a equipe tenta sempre reduzir ao mínimo a sua intervenção no parto. Uma vez que a placenta se tenha desprendido do útero,a 22 mulher recebe ocitocina para facilitar a contração uterina e reduzir a perda de sangue.Se a placenta não se soltar por si só 30 minutos depois do parto o obstetra a retira de forma manual.Se a expulsão tiver sido incompleta,extrai manualmente os fragmentos que faltam.Em casos excepcionais,os fragmentos infectados da placenta ou de outros tecidos devem ser extraídos cirurgicamente(por meio de raspagem).Depois da expulsão da placenta,a mulher é submetida a conter-se durante pelo menos e uma hora para assegurar que o útero se contraiu e também para controlar a hemorragia vaginal. Em caso de hemorragia grave, faz-se uma massagem abdominal para ajudar a contrair o útero e é administrada uma perfusão endovenosa continua de ocitocina. Se a hemorragia persistir,pode ser necessária uma transfusão de sangue.Pode-se examinar o útero para procurar cortes ou fragmentos retidos da placenta e de outros tecidos e depois extraí-los cirurgicamente;ambos os procedimentos requerem um anestésico.Também se examinam o colo uterino e a vagina (BANKOWSKI;2006). Pode-se injetar prostaglandina no músculo uterino para facilitar a contração. Se o útero não puder ser estimulado para que se contraia e a hemorragia não seja reduzida,é possível qu e seja necessário fazer uma laqueação das artérias que levam o sangue ao útero.Devido à quantidade abundante de sangue que chega à pélvis ,o fato de se conseguir controlar a hemorragia não significa que o êxito da operação seja definitivo.A extirpação do útero (Histerectomia) raramente é necessária(REZENDE;MONTENEGRO.2008). As urgências e emergências maternas da mesma forma que nos permitem identificar casos críticos nos dão a oportunidade de interromper o processo. Portanto,são essenciais o pronto atendimento e a adequada avaliação do quadro,bem como das alternativas de suporte disponíveis no serviço (BRASIL,2001). 1.5 ÉTICA E HUMANIZAÇÃO DO PROFISSIONAL INTENSIVISTA No contexto de Ética e Responsabilidade Profissional toda a equipe tem que estar apta a responder por suas ações no que se refere à esfera das funções e deveres no trabalho. Deve,também,estar constantemente motivada e 23 num processo de melhora do nível profissional através de uma programa de educação continuada. Para Sá (2007), a ética em sentido mais amplo, compreendida como ciência que estuda o comportamento do homem em comunidade e teoriza as questões destas relações, mantém e sua capacidade de análise os valores morais, direitos e deveres, e tudo que cerca o convívio humano. Ainda segundo o autor, a ética passa a medir ou aquilatar a atuação do profissional numa dimensão mais ampla, que não se limita apenas em cumprir um conjunto de normas (código deontológico), remetendo este profissional a avaliar outras dimensões de ser humano e de sua própria existência e proposta de intervenção, frente à tecnologia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva- SOBRAT, cujo maior desafio é qualificar, humanizar e democratizar a Unidade Terapia Gineco-obstétrica Brasileiras, o Médico intensivista deve ter conhecimento amplo para tomada de decisões e deve respeitar as demais profissões. A SOBRATI tem colaborado com os Conselhos de Classe para nortear os trabalhos inerentes a modernidade e a evolução das profissões (FERRARI, 2008) Para o autor acima citado o Enfermeiro e Fisioterapeuta têm um papel importante no planejamento da assistência, devendo dar continuidade ao cuidado através de uma avaliação diária e sistematizada, efetuando intervenções precisas durante o atendimento, leis sobre a regulamentação da atuação do Fisioterapeuta em Terapia Intensiva ou mesmo normas ou técnicas administrativas, que padronizem o papel do Fisioterapeuta nessa unidade, estabelecendo seu grau de responsabilidade e suas inter-relações (AZEREDO; BEZERRA, 2004). É importante destacar que na Unidade Terapia Gineco-obstétrica (UGO) acontece um grande encontro profissional onde no mínimo cinco profissões trabalham juntas e pelo menos metade desses profissionais da equipe deve ter título de especialista em Terapia Intensiva reconhecido No contexto de Ética e Responsabilidade Profissional toda equipe tem que estar apta a responder por suas ações no que se refere à esfera das funções e 24 deveres no trabalho. Deve,também,estar constantemente motivada e num processo de melhora do nível profissional através de um programa de educação continuada(AZEREDO;BEZERRA,2004) Para Sá (2007) a formação ética é fundamental para o profissional, uma vez que possibilita a percepção da ética como uma opção individual, como uma escolha ativa, como adesão íntima a valores, princípios e normas morais que estejam ligadas intrinsecamente à noção de autonomia individual dentro do espaço coletivo, capaz de possibilitar reflexões e conhecimentos a respeito de erros e acertos no decorrer da vida e da práxis profissional. É nesta relação de complementaridade, interdependência e ao mesmo tempo de autonomia relativa com um saber próprio, que entendemos o trabalho dos distintos profissionais intensivista na Unidade de Terapia Gineco-obstétrica. Teixeira (2000), admite que articular estes distintos aspectos não é tarefa rápida de um único grupo profissional,requer esforço contínuo para que em todos os espaços de trabalho,formação,produção de conhecimento e,especialmente nos espaços de construção de cidadania visando o bem estar de todos,em especial,do paciente. 1.5.1 IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO NAS UGOS Para a Legislação Brasileira em vigor, a humanização compreende: Climatização, Iluminação Natural, Divisória entre os leitos, relógios visíveis para todos os leitos, garantia de visita dos familiares à beira do leito e informações diárias sobre a evolução dos pacientes aos seus familiares. Em suma,a humanização tem por objetivo evitar que o paciente e os familiares se tornam mais agitados ou deprimidos(PRESTO,PRESTO,2006) Desde a década de 1970, as mulheres vêm se organizando na luta por seus direitos à saúde e à vida plena, por seus direitos reprodutivos, pelo exercício de sua sexualidade e de sua cidadania. Como resultado deste processo,foi editado no Brasil o Programa de Assistência a Saúde da Mulher(PAISM)(VARGENS et al.,2007). Os autores ainda ressaltam que foi de fundamental importância a elaboração do projeto PAISM, pois através dele criou-se o programa de parto humanizado 25 no ano de 2000, com características diferenciadas, fazendo com que o profissional tenha um olhar de integralidade e dando a mulher o direito de ter assistência adequada no momento em que se encontra daí a confirmação de que a humanização deveria nortear o cuidado á mulher como política pública. Pinto et al.,(2008)aborda a importância da humanização nas UGOs quando diz que :o individuo se recupera melhor estando em uma ambiente agradável,onde se sinta valorizado e bem cuidado. Saber acolher é um dos atos da política de humanização na Unidade de Terapia Gineco-obstétrica, não se pode falar em humanizar sem citar o acolhimento, onde no ato do acolher o profissional deve ser capaz de detectar todas as necessidades do indivíduo, e ter a sabedoria de observar os casos mais ou menos graves. O acolhimento nas UGOs é um aspecto da política nacional de humanização, que implica recepção da mulher, desde sua chegada na unidade de saúde, responsabilizando-se por ela, ouvindo suas queixas, permitindo que ela expresse suas preocupações, angústias (BRASIL, 2006). Schirmer et al.(2002)ressalta que a gestante deve ser participante de seu cuidado com equipe de saúde que a assiste,e não mera cumpridora de determinações estabelecidas,já que o seu bem-estar e de seu filho é sua responsabilidade também vez,compreende todos . Os autores ainda enfocam que a humanização no período do nascimento, por sua vez compreende todos os esforços para evitar condutas intempestivas e agressivas para o bebê. Existem algumas expectativas e percepções no qual a mulher no trabalho de parto se depara com questões que estão relacionadas ao atendimento, a equipe de enfermagem ou até mesmo a equipe saúde, para que essas expectativas sejam minimizadas é necessário que a equipe esteja treinada e capacitada. Devemos considerar que durante o trabalho de parto é importante observar o ritmo e o tempo do corpo e a necessidade de paz da parturiente, pois sua resposta emocional do medo e á frieza do ambiente hospitalar talvez possam impedir o progresso do parto (ARMELLINI, 2003). 26 Brasil (2001), o preparo da gestante para o trabalho de parto abrange a incorporação de um conjunto de cuidados, medidas e atividades que têm como objetivo oferecer à mulher a possibilidade de vivenciar a experiência do trabalho de parto como processo fisiológico, sentindo-se protagonista do processo. Alguns estudos mostram a necessidade de a parturiente compartilhar esse momento de sua vida com alguém de sua família, e não ficar de forma depressiva e solitária diante da situação. Diante disso a equipe de saúde deverá ser capaz de desenvolver suas habilidades de acordo com a necessidade de cada paciente que se encontra em trabalho de parto. Armellini (2003) muitas vezes, as normas e rotinas hospitalares não atendem essas expectativas da parturiente limitando o número de acompanhante, o que caracteriza a ausência de acolhimento institucional. Segundo Rodrigues et al.,(2006),a interação do profissional de saúde e cliente no ciclo gravídico-puerperal deve ser fundamentada no diálogo,sensibilidade,afetividade,no prazer de estar com o outro e na atenção do bem-estar físico,mental,social e espiritual. Existe necessidade de modificações profundas na qualidade e humanização da assistência nas Unidades de Terapia Gineco-obstétrica brasileiras. Por humanização da assistência a parturiente entende-se um processo que inclui desde a adequação da estrutura física e equipamentos dos hospitais,até uma mudança postura/atitude dos profissionais de saúde e das gestantes.A adequação física da rede hospitalar para que a mulher possa ter um acompanhante(também devidamente preparado)durante o trabalho de parto e para os procedimentos de alívio da dor requerem,além de boa vontade,também investimentos(BRASIL,2001). O acolhimento, portanto, é uma ação que pressupõe a mudança da relação profissional/usuário. Não é um espaço ou um local,mas uma postura ética e solidária.Ele não se constitui com uma etapa do processo,mas como ação que deve ocorrer em todos os locais e momentos da atenção à saúde (BRASIL,2006) 27 Desse modo, avaliar riscos e vulnerabilidade implica em estar atento tanto para o grau de sofrimento físico, como também emocional, pois muitas vezes o usuário que chega andando, sem sinais visíveis de problemas físicos, mas muito angustiado, pode estar mais necessitando de atendimento e com maior grau de risco e vulnerabilidade. Ainda assim,a classificação de risco no acolhimento permite refletir e mudar os modos de operar a assistência,questionando a clínica do trabalho em saúde,os modelos de atenção de gestão e o acesso aos serviços intensivista. É competência dos profissionais habilitados acompanham a gestante, a parturiente e a puérpera em sua totalidade, dando total suporte na evolução da gestação quando for necessário como no setor intensivista. Diante destas situações, é importante que o profissional de saúde esteja capacitado para atender as necessidades das parturientes, e esteja se capacitando e obtendo mais conhecimentos para aprimorar com sua prática. No Brasil a assistência nas UGOS ainda esta limitada, a exemplo do modelo assistencial americano, onde a gestação é vista como patologia que necessita de intervenções cirúrgicas,ao contrário do modelo europeu,onde o parto é caracterizado pelo processo fisiológico e natural. Diante deste contexto, a busca da humanização na Unidade de Terapia Gineco-obstétrica e no atendimento á parturição é compreendida como um conjunto de práticas que venham a visar tanto à promoção do parto e nascimento saudáveis, como também a prevenção da morbimortalidade materna e perinatal. 2- OBJETIVO Avaliar, estabelecer e caracterizar a formação de Unidade Gineco-Obstétrica (UGOs), no contexto de atendimento emergencial das gestantes e mulheres de risco, demonstrando o impacto favorável. Como também objetivo geral analisar a assistência prestada buscar e descrever as complicações e mostrar o perfil 28 de morbimortalidade, expondo pesquisas que buscam o aperfeiçoamento de cuidados humanizados intensivos deste grupo especial de pacientes. Para isto fizemos uma revisão em trabalhos realizados nos países abaixo selecionados tendo como resultado o seguinte perfil. 3- METODOLOGIA: Fizemos revisão em trabalhos realizados nos países abaixo selecionados tendo como resultado o seguinte perfil. 3.1 TIPOLOGIAS DO ESTUDO Na HOLANDA Estudo de coorte. Admissão na UTI de pacientes obstétrica com observação por 2 anos, avaliou-se a incidência e possíveis fatores de risco na gravidez, parto e puerpério de até 42 dias após o parto onde foi observado prospectivamente : Incidência, taxa de letalidade e possíveis fatores de risco, com especial atenção à origem étnica das mulheres no período ( Novembro 2009 a Fevereiro 2010), onde todas as 98 maternidades Holandesas que participaram do estudo,tinham 847 UTIS obstétrica e foi realizado 358.874 partos, a incidência de internação na UTI variou amplamente em todo o país. A incidência de complicações foi de 2,4 por 1.000 partos. Ocorreu vinte e nove (29) mortes maternas, resultando em uma taxa de letalidade de 1 em 29 (3,5%). Trinta e três por cento (33%) dos casos de morbidade materna grave em que um terço dos casos foram internados na UTI. As indicações mais freqüentes de internação na UTI foram entre os maiores a Hemorragia Obstétrica (48,6%), Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) (29,3%) e Sepse (8,1%). Ventilação Assistida foi necessária em 34,8%, Suporte Inotrópico em 8,8%, Mulheres Não-Ocidentais de imigrantes observou-se 1,4 vezes (95%) com maior risco de internação em UTI, em comparação com as Mulheres Ocidentais. Como conclusão observou-se também que CUIDADO PRÉ-NATAL POR UM OBSTETRA E A VISITA EM DOMICÍLIO FOI ASSOCIADOS COMO UM RISCO MENOS ELEVADO DE INTERNAÇÃO NA UTI. 2- Em Hong Kong em (Fevereiro de 2010) pelo Department of Intensive Care, Youde Pamela Nethersole Eastern Hospital, Wan Chai, Hong Kong, foi avaliado as características clínicas e os resultados das pacientes obstétricas admitidas na Unidade de Terapia Intensiva, sendo uma revisão retrospectiva de 10 anos com objetivo de avaliar as características e qualidade de vida das pacientes. Estudo de coorte retrospectivo verificou-se como resultados pacientes obstétricas admitidas à Unidade de Terapia Intensiva de Pamela Youde Nethersole Leste Hospital, no período de (janeiro de 1998 a dezembro 29 de 2007). Foram avaliados Cinqüenta pacientes obstétricas com média de idade (desvio padrão) de 31,6 anos, e média idade gestacional de 34,9 semanas, onde foram analisadas como causa mais comum de complicações em obstetrícia a HEMORRAGIA PÓS-PARTO (19,38%), seguido por gravidez associada à HIPERTENSÃO ARTERIAL (DHEG) (7,14%). Uma causa nãocomum na admissão obstétrica foi observada a SEPSE (7,14%). A intervenção mais freqüente realizada foi a Inserção Cateter Arterial (33,66%) e Ventilação Mecânica (29,58%). A mortalidade materna foi de 6% (3), enquanto a taxa de mortalidade perinatal foi de 8% (4). Como conclusão foi observada que a HEMORRAGIA PÓS-PARTO e a HIPERTENSÃO (DHEG) FORAM AS CAUSAS MAIS COMUNS de admissão na Unidade de Cuidados Intensivos. A mortalidade total foi baixa. A saúde e qualidade de vida das pacientes que receberam alta da UTI foram menores do que a normal da população de Hong Kong, e que a ADEQUADA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL é importante na prevenção das complicações obstétricas, associadas à continuação de assistência psicossocial e acompanhamento das pacientes que receberam altas tem que ser ampliada. 3- Em Nova Jersey, realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva teve como objetivo avaliar as características demográficas, fatores de risco perinatal observada no período de (1997 a 200), o método usado foi obtidos a partir de um banco de dados perinatais, links a partir de MCH programa de epidemiologia em Nova Jersey. O teste qui-quadrado foi utilizado para bivariada análise de regressão logística utilizado para avaliar a influência dos potenciais fatores de risco e complicações na gravidez. Os resultados observados em 15.447 (1,54%) internações em UTI, 23 mortes maternas (0,15%) entre 1.004.116 gestações, usando como análise os fatores demográficos como: a idade materna, raça, tabagismo e educação foram significativamente associados com a internação na UTI e tendo como causa: Pré-eclâmpsia (DHEG Leve) 2,8 com 95% (CI) intervalo de confiança, Eclâmpsia (DHEG GRAVE) (6,8, 95% CI: 5.4-8.6), Placenta prévia (3,0, 95% CI: 2.7-3.4), Gravidez Múltipla (4,2, 95% CI: 4.1-4.4), Diabetes (3,1, 95% CI: 2.7-3.5), Insuficiência renal aguda (22,1, 95% CI: 13.3-36). E Parto cesárea (1,9, 95% CI: 1.5-2.4).Mães internadas na UTI tinham maiores índices de recém-nascidos internados na UTINEO,com intubação neonatal e Apagar inferior em comparação com recém-nascidos de mães não admitidas em UTI.COMO CONCLUSÃO OBSERVARAM QUE SÃO FATORES PREDITIVOS PARA INTERNAÇÃO EM UTI, AS COMPLICAÇÕES DA GRAVIDEZ TENDO COMO FATORES RESPONSÁVEIS OS DEMOGRÁFICOS. 4-Em Halifax, NS, realizado pelo Departamento de Obstetrícia e Ginecologia e Epidemiologia Perinatal (Research Unit, Dalhousie University), em Março 2009; para avaliar os cuidados intensivos maternos em obstetrícia em situação crítica em hospital terciário e unidades associadas. O método utilizado foi a revisão dos prontuários de todas as mulheres que necessitaram de transferência para 30 a UTI de obstetrícia de um hospital geral por período de 24 anos (1982-2005). Como resultado observou-se durante o período de 24 anos, cinco mortes maternas diretamente relacionadas com 122.001 partos (4.1/100, 000) destes 117 mulheres foram transferidas ao hospital geral para cuidados intensivos (1.0/1000). A morte em relação à transferência era de um em 23. Das mulheres transferidas, 93/117 (79,5%) necessitaram de cuidados intensivos e 24/117 (20,5%) necessitaram especialização de serviços médicos ou cirúrgicos em não estavam disponível na unidade de obstetrícia. Das mulheres transferidas 16/117 (13,7%) eram pré-parto, e 101/117 (86,3%) eram pós-parto. As Hemorragias e os Distúrbios Hipertensivos combinados perfizeram 56,4% de todas as mães transferidas. As mulheres com uma Gravidez Múltipla estavam mais propensas a requerer a transferência do que aquelas com uma gravidez única (RR 3,34 IC 95% 1,4-7,59). 5-Em Hôtel-Dieu de França Hospital.,em J Med Liban de (Outubro a Dezembro de 2008). Revisão de oito anos na Unidade de Terapia Intensiva em Obstetrícia em Hôtel-Dieu de França Hospital. O objetivo deste estudo foi rever todos as pacientes obstétricas internada na UTI durante um período de 8 anos para determinar as causas e os resultados dessas internações, freqüência e causas da mortalidade materna.O método usado foi o estudo retrospectivo baseado em todas as pacientes obstétricas admitidas na UTI no Hôtel-Dieu Hospital de França de (Janeiro 1998 a Dezembro de 2005). Os dados coletados incluem a idade materna, a idade gestacional, paridade, história médica e obstétrica passada, o fornecimento de dados, indicação de UTI transferência, complicações, tempo de UTI e óbito durante a internação. Intervenções específicas foram registradas. Teve como resultados no total de 15 pacientes admitida durante os 8 anos. A freqüência de internações foi de 0,24% dos partos e pacientes obstétricas representaram 0,43% das internações na UTI. A duração média de permanência na UTI foi de 7 + - 5 dias. As indicações para internações foram Pré-Eclâmpsia (DHEG) (26,7%), Encefalopatia e Sepse (26,7%), Hemorragia obstétrica (20%), Hemorragia Cerebral (6,65%), Embolia de Líquido Amniótico (13,3%) e Problemas Médicos pré-existente (6,65%). Quatorze pacientes (93%) tiveram Monitorização Invasiva e 9 pacientes (60%) requerido Ventilação.Cinco mortes, que representam 33,3% das admissões em UTI Obstétrica. COMO CONCLUSÃO OBSERVOU-SE A NECESSIDADE DA MELHORA NA QUALIDADE DOS CUIDADOS PRÉ-NATAL DIMINUINDO O ESTADO CRITICO QUE LEVAM A GESTANTE A UTI EVITANDO A MORTALIDADE E MORBIDADE MATERNA. 6-Em Dublin- de (Janeiro 2004 a Dezembro de 2005), em Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol, sobre a Morbidade Materna Grave nas três maternidades de Dublin teve como objetivo avaliar a prevalência e as causas de morbidade materna grave durante um período de dois anos, o estudo foi coorte prospectivo de (janeiro de 2004 a dezembro de 2005), realizado em três grandes maternidades, observaram uma população de 1,5 milhões de pessoas. 31 Todas são Centros de Referência Terciário para Obstetrícia e Neonatologia e tiveram uma taxa de internação anual combinada de cerca de 23.000 pacientes, foi usado como base um sistema de classificação. Os resultados identificados foram: 158 mulheres que preencheram a definição de morbidade materna grave, dando uma taxa de 3,2 por 1.000 maternidades. Houve duas mortes maternas durante o período que dá a razão de mortalidade e morbidade 1:79. A causa mais comum da morbidade grave foi vascular entre elas às Hemorragias Obstétricas. a Eclâmpsia (DHEG) compõem 15,4% dos casos. Cuidados intensivos e admissão de cuidados coronários ocorreram em 12% dos casos. COMO CONCLUSÃO A PREVALÊNCIA DE MORBIDADE MATERNA GRAVE NESTA POPULAÇÃO É DE 3.2/1000 MATERNIDADES, EM QUE A HEMORRAGIA OBSTÉTRICA FOI A PRINCIPAL CAUSA DE MORBIDADE MATERNA GRAVE. 7- No Estado do Rio de Janeiro no Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, de (Setembro de 2008 a Dezembro 2009). Foi observada a Morbidade Obstétrica Grave Aguda (near-miss): Uma análise da utilização relativa de seus indicadores de diagnóstico, e o objetivo foram analisar os indicadores mais comumente empregados de diagnóstico de grave morbidade materna obstétrica (near-miss), o método utilizado foi à revisão da literatura de (Janeiro de 1989 a Agosto de 2008), observou-se como resultados: Cinqüenta manuscritos conheceram a elegibilidade dos critérios e 96 indicadores foram utilizados pelo menos uma vez. Admissão em unidade de tratamento (28 estudos) e o indicador mais utilizado foi a ECLÂMPSIA E HEMORRAGIA (27), Transfusão de sangue (26) e Emergentes Histerectomia (24). COMO CONCLUSÃO FOI LEVADA EM CONTA, UMA VERSÃO DE AVALIAÇÃO DO INSTRUMENTO ITEM PARA O DIAGNÓSTICO DE OBSTÉTRICA NEAR-MISS. Incluem os indicadores de Eclâmpsia, Hipertensão Arterial Severa, Edema, Parada Cardíaca, Hemorragia Obstétrica, Ruptura Uterina, a Admissão à Unidade de Cuidados Intensivos, Histerectomia Emergentes, Transfusão de Sangue, Acidentes Anestésicos, Uréia> 15 mmol / L ou Creatinina> 400 mmol /L, Oligúria (<400 ml/24 h) e Coma. Outros estudos devem centrar-se nas definições consensuais para estes indicadores e avaliar a propriedades psicométricas desta versão de avaliação. 8-Em Recife, PE- Instituto Materno-Infantil Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife, PE. Rev Assoc Med Bras- (Maio-Junho de 2008). Morbidade materna grave em UTI obstétrica no Recife, Nordeste do Brasil, tem como objetivos: Avaliar pacientes internados e mortalidade materna, critérios para uma UTI obstétrica. O método usado foi uma análise secundária de um estudo realizado em uma UTI Obstétrica do IMIP (Recife, Pernambuco), a partir de (Fevereiro de 2003 a Fevereiro de 2007), das quais 291 pacientes com critérios near miss maternal ou grave morbidade foram selecionados. Dados relativos à causa da 32 internação, tempo de internação relacionadas ao parto, idade, paridade, educação, assistência pré-natal, clínica associada condições, a idade gestacional na admissão, parto, diagnóstico, complicações e procedimentos, bem como tempo de permanência na UTI foram coletados. Tiveram como resultados mais comuns de admissão foram: Síndromes Hipertensivas (DHEG) (78,4%), Hemorragia (25,4%) e Infecção (16,5%). A grande maioria dos pacientes foi admitida (80,4%) e transferidos de outras unidades. A idade variou de 12 a 44 anos, mediana de paridade foi 1 e pré-natal foi ausente em 9,9% dos casos. A cesárea foi a via de parto em 68,4%. As Condições Médicas foram presente em 18,7% dos pacientes, 37% dos procedimentos exigia Transfusões de Sangue, 10,8% Drogas Vasoativas, 9,1% Ventilação Mecânica e 13,4% de uma Linha Central. Eclampsia estava presente em 38,8% dos pacientes, Choque Hemorrágico em 27,1%, Insuficiência Renal em 11,7%, Edema Pulmonar em 9,1%, Insuficiência Respiratória em 6,5%. Como Conclusão foi observada que paciente classificado como near miss (mortalidade materna) constituem um grupo importante nas admissões em UTI Obstétrica. Melhores informações sobre esses pacientes são fundamentais para melhorar os cuidados e prevenção da mortalidade materna. 9) Em Oslo, Noruega,em Setembro de 2008. Divisão de Obstetrícia e Ginecologia, Rikshospitalet, Faculdade de Medicina, Universidade de Oslo. Tem como objetivo avaliar Prevalência, Causas e Fatores de Risco de Hemorragia Obstétrica Grave. e HEMORRAGIA MATERNA AGUDA GRAVE,tendo como base o estudo do registro da população. Todas as mulheres que deram à luz com o total de 307.415, entre (01 de Janeiro de 1999 a 30 Abril 2004) registradas no Registro de Nascimento de Medicina da Noruega. As Informações sobre Fatores de Risco Sócio-econômico foi obtido a partir de Estatísticas da Noruega.O método usado foi a Tabulação Cruzada para estudo de prevalência, causas e complicações obstétricas de hemorragia grave aguda materna +Associações com fatores de risco demográficos, médicos e obstétricos usando vários modelos de regressão logística em obstetrícia grave .A medida principal foi observar a severa hemorragia obstétrica com (perda de sangue de> 1.500 ml ou transfusão de sangue).Como resultado observou-se Severa Hemorragia Obstétrica identificado em 3.501 das mulheres (1,1%) onde Atonia Uterina provocada por Retenção de Placenta 30,18% e Trauma em 13,9% das mulheres, respectivamente. Os fatores demográficos de idade materna foi > ou = 30 anos e no Sudeste Asiático etnicidade foram significativamente associados com um risco aumentado de Hemorragia, sendo o Risco Menor em mulheres de etnia do Oriente Médio. Duas a três vezes maiores para Parto Cesariana de Emergência e Eletivas do que para o Parto Vaginal, respectivamente, e substancialmente mais elevados para Gravidez Múltipla, Doença de Von Willebrand e Anemia (hemoglobina <9 g / dl) durante a Gravidez. Internações em unidade de Terapia Intensiva, Sepse 33 pós-parto, Histerectomia, Insuficiência Renal Aguda e Morte Materna foram significativamente mais comuns entre as mulheres com Hemorragia Severa. 10- Em Oslo uma Divisão de Obstetrícia e Ginecologia, Rikshospitalet, Faculdade de Medicina, Universidade de Oslo. Objetivo foi Perfil das Admissões em uma Unidade de Terapia Intensiva Obstétrica. Estima-se que 0,1 % a 0,9% das gestantes desenvolvem complicações, requerendo o internamento em Unidade de Terapia Intensiva, sendo As Principais Indicações: Hipertensão, Hemorragia, Insuficiência Respiratória e Sepse. Destaca-se, igualmente, que o prognóstico dessas pacientes em geral é bom, requerendo geralmente intervenção mínima, com baixas taxas de mortalidade, em geral inferior a 3%. Por outro lado, complicações exclusivas da gravidez podem não ser familiares aos clínicos, como a pré-eclâmpsia/eclâmpsia e a embolia do líquido amniótico. 11-Em Providence, EUA no Department of Medicine, Pulmonary and Critical Care, Women & Infants Hospital, Warren Alpert Medical School da Brown University, Providence, EUA. Observou que doenças obstétricas são responsáveis por 55% a 80% das admissões para os cuidados intensivos na unidade na população obstétrica. O aumento da mortalidade materna relacionado às condições médicas pode ser explicado por vários fatores: cuidados médicos não melhorados, mulheres com doenças crônicas atingindo idade fértil, idade no momento da primeira gravidez, a melhoria das tecnologias reprodutivas e médicas, graves condições exacerbadas pelas mudanças fisiológicas da gravidez. As Condições médicas são a principal causa de mortalidade materna, em parte devido à falta de melhoria significativa na cirurgia e assistência obstétrica no mundo desenvolvido. 12-Em Berlim, Alemanha pelo Departamento de Pharmacolcgy e Toxicologia, Charité, Hessische Str. 3-4 10115 Berlim, Alemanha. Em 14 de maio 2009, sobre o Impacto do índice de massa corporal materna no resultado neonatal, foi observado que o Índice de Massa Corporal Materna tem um impacto sobre a mãe e feto com resultado na gravidez. Um aumento do IMC materna é conhecido por estar associado à admissão do recém-nascido em unidade de terapia neonatal. Os motivos e o impacto da presente admissão no resultado fetal são desconhecidos até o momento. O objetivo do nosso estudo foi investigar o impacto do IMC materna e fetal resultado da gravidez, com especial incidência sobre as crianças internadas em cuidados neonatais unidade. O método utilizado foi uma coorte de 2.049 mães não-diabéticas que deram à luz no Charite Hospital Universitário, foi estudada prospectivamente. O impacto do IMC materno em parâmetros de resultados maternos e fetais foi testado por regressão multivariada análise. Resultado das crianças internadas em uma enfermaria neonatal (505) foi analisado o aumento do IMC materno e foi associado com um risco aumentado para complicações da HIPERTENSÃO, EDEMA PERIFÉRICO, CESARIANA, MACROSSOMIA FETAL e admissão do 34 recém-nascido em unidade de terapia neonatal, ao passo que diminuição do IMC foi associada com prematuridade e baixo peso ao nascer. No berçário filhos de mães obesas são caracterizados por Hipoglicemia. Eles precisam de menos oxigênio, e apresentam uma curta estada no berçário, em comparação com crianças de mães com peso normal, enquanto que filhos de mães com baixo peso são caracterizados pela redução do pH do sangue do cordão umbilical e aumento da incidência de morte correspondente ao aumento da prevalência de parto prematuro.Como Conclusão foi observado que Gravidez com pior resultado nos Bebês de Mães com Baixo Índice de Massa Corporal, em comparação com Mães Saudáveis de Peso Normal, Aumento da Incidência de Parto Prematuro e Menor Peso ao Nascer com Maior Mortalidade Neonatal no Berçário. e que o Aumento do risco de internação neonatal em crianças obesas com Mães de maior IMC não indica necessariamente comprometimento fetal grave. 4-DISCUSSÃO: (ELIENE RAMALHO DE FARIAS) Após avaliação dos trabalhos desses países selecionados concluímos que as causas mais frequentes que levam gestantes a UTI foram a HEMORRAGIA PÓS PARTO em países desenvolvidos, seguida de DHEG +HIPERTENSÃO em países em desenvolvimento, e isto nos alerta para se ter mais pesquisas no sentido de criar meios para minimizar as causas e selecionar um ambiente em que favoreça critérios de prevenção, como uma melhor assistência prénatal detectando os riscos e fazendo a prevenção e tratamento especializado favorecendo seu acesso a unidade de tratamento intensivo com tempo hábil, 35 evitando morbidade e mortalidade, seguido de um acompanhamento psicossocial pós-parto eficaz. Há ainda muito a aprender em relação aos cuidados intensivos que norteiam as pacientes no ciclo grávido-puerperal, mas as gritantes disparidades entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento apontam meios para a possibilidade de redução de mortalidade materna. A HIPERTENSÃO (DHEG) ASSOCIADA À GESTAÇÃO FOI A MAIOR CAUSA DE INTERNAMENTO NA UTI OBSTÉTRICA NO BRASIL. O parto prematuro foi bastante freqüente nos estudos 55% dos casos, podendo ser explicado pelo fato de muitas pacientes terem sido submetidas à interrupção da gestação por morbidades próprias da gravidez, como a pré-eclâmpsia, que pode ocorrer em idade gestacional precoce, ou por descompensação de doenças clínicas préexistentes. O tipo de parto mais freqüente foi a CESARIANA, realizada em cerca de dois terços, fato que é justificado em parte pela gravidade das complicações, impondo, em geral, o término da gestação em fase precoce, com condições cervicais desfavoráveis e/ou comprometimento do bem-estar fetal. A despeito dessas causas estão associadas à falta de um pré-natal de qualidade no que se refere à prevenção das Causas Socioeconômicas e Políticas Públicas havendo uma elevada freqüência de admissões em UTI. Essas admissões poderiam ser interrompidas em vários pontos através da adoção de medidas preventivas em diversos níveis Primário, Secundário e Terciário. Em nosso Estado essas medidas preventivas estão ainda falhas havendo necessidade da instalação de Unidade de Terapia Intensiva Obstétrica, no sentido de salvar Vidas Maternas e Fetais. PALAVRA CHAVE: GESTANTE- RISCO- UTI 4-ABSTRACT: (ELIENE MARIA RAMALHO DE FARIAS) After evaluation of the work of other selected countries concluded that the most frequent causes why pregnant women the ICU were bleeding AFTER CHILDBIRTH followed by HYPERTENSION, DHEG + and this warns us to take 36 more interest in order to create means to minimize the causes and select an environment which promotes prevention criteria as a best prenatal assistance and detecting risks making the prevention and treatment of especializado favouring access to intensive care unit with a timely manner, avoiding morbidity and mortality followed by a monitoring post-partum effective psychosocial. There is still much to learn in relation to intensive care patients in guiding the pregnant-puerperal cycle, but the glaring disparities between developed and developing countries points to the possibility of reducing the maternal mortality ratio. HYPERTENSION (DHEG) ASSOCIATED TO THE PREGNANCY WAS THE MAJOR CAUSE OF HOSPITALISATION IN OBSTETRIC ICU IN BRAZIL. The miscarriage was fairly frequent studies 55% of cases, and can be explained by the fact that many patients have undergone the interruption of pregnancy by nonharmful attitude in view of pregnancy such as preeclampsia, which can occur in early gestational age, or pre-existing diseases clinics Decompensated. The most frequent type of childbirth, CESAREAN SECTION, was held in about two-thirds, a fact that is justified in part by the severity of complications, requiring the termination of pregnancy in early stage cervical unfavourable conditions and/or fetal welfare compromise. In spite of these causes are associated with the lack of a quality prenatal care for the prevention of socioeconomic Causes and public policies with a high frequency of ICU admissions. These admissions could be interrupted at various points through the adoption of preventive measures at various levels-primary, secondary, tertiary. In our state these preventive measures are still failures need installation of Obstetric unit of intensive care, Maternal and Fetal life saving. KEYWORD: PREGNANT-RISK-ICU Conclusão (ELIENE MARIA RAMALHO DE FARIAS) Após avaliação dos trabalhos selecionados concluímos que as causas mais frequentes que levam gestantes a UTI foram a HEMORRAGIA PÓS PARTO seguida de DHEG +HIPERTENSÃO, e isto nos alerta para se ter mais interesse no sentido de criar meios para minimizar as causas e selecionar um ambiente em que favoreça critérios de prevenção, como uma melhor assistência pré-natal detectando os riscos e fazendo a prevenção e tratamento 37 especializado favorecendo seu acesso a unidade de tratamento intensivo com tempo hábil, evitando morbidade e mortalidade seguido de um acompanhamento psicossocial pós –parto eficaz. A taxa de óbitos encontrada 2,4% aproximou-se daquela descrita na literatura. Alguns autores canadenses e americanos encontram de 2-4%, em contraste com a alta mortalidade encontrada em estudos indianos 21,8%, um estudo brasileiro observou-se 33,8%, encontrou-se elevadíssima mortalidade relatada em um estudo africano em 60%. das gestantes. A disponibilidade de uma UTI específica para pacientes obstétricas e ginecológicas facilita a internação precoce, antes das alterações grave ou fatal da condição clínica. A duração do internamento entre as pacientes que tiveram alta variou entre 1 e 41 dias, com média em torno de(5) cinco dias. Essa média de duração do internamento foi mais alta do que a relatada por alguns autores do Reino Unido que encontraram um tempo de internamento médio de (1) um dia, porém se aproximou dos dados encontrados por outros autores, como no estudo realizado na Índia, com média de internamento em torno de (5) cinco dias. Essa duração reflete, possivelmente, o tempo necessário para recuperação pós-parto das doenças obstétricas como pré-eclâmpsia/eclâmpsia, síndrome HELLP e esteatose hepática aguda da gestação e hemorragias ginecológica. Evidências convincentes demonstram que pelo menos metade das mortes maternas seriam preveníveis se melhores orientações fossem dadas as pacientes, aos prestadores de saúde e ao sistema de saúde. Evidentemente, nem todas as mortes maternas podem ser prevenidas, mas as gritantes disparidades entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento apontam para a possibilidade de redução da razão de mortalidade materna. Um estudo estimou que, caso fossem tomadas todas as medidas de prevenção cabíveis no intuito de modificar a progressão desse continuum, menos 41% das mulheres teriam morrido e menos 45% teriam só morbidade grave, ao invés de near-miss.A proposta de uma unidade de terapia intensiva obstétrica com mais exatidão as unidades gineco-obstétricas inserese exatamente nesse contexto, uma vez que urgências e emergências ginecoobstétricas podem ocorrer mesmo quando as medidas gerais são adotadas, incluindo a melhora do nível socioeconômico e da escolaridade da população e à adequada assistência durante o pré-natal parto e puerpério. Há que se garantir o tratamento adequado dessas condições, evitando complicações mais graves. Esse continuum poderia ser interrompido em vários pontos através da adoção de medidas preventivas em diversos níveis (primário, secundário, terciário. As Hemorragias e Hipertensão isoladas ou associadas à gestação foram as maiores causas de internamento na UTI Obstétrica. Há ainda muito a aprender em relação aos cuidados intensivos que norteiam as pacientes no ciclo grávido-puerperal mas as gritantes disparidades entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento apontam para a possibilidade de redução da razão de mortalidade materna.Um estudo estimou que, caso fossem tomadas todas as medidas de prevenção cabíveis no intuito de modificar a progressão desse continuum, menos 41% das mulheres teriam morrido e 38 menos 45% teriam só morbidade grave, ao invés de near-miss.A Hipertensão (DHEG) associada à gestação foi a maior causa de internamento na UTI obstétrica no Brasil apesar de poucos trabalhos avaliados. A despeito da causa houve uma elevada freqüência de admissões, correspondendo a 16% do total de ocorrências. O parto prematuro abaixo de 37 semanas foi bastante freqüente 55% dos casos e, independentemente da idade gestacional, o tipo de parto mais realizado foi a cesariana, em 65% das pacientes. A freqüência global de procedimentos invasivos na UTI obstétrica do IMIP foi baixa, assim como a taxa de morte 2,4%, sugerindo que uma UTI conduzida por obstetras pode ser uma estratégia factível para reduzir a mortalidade materna.O parto prematuro foi bastante freqüente nos estudos 55% dos casos, podendo ser explicado pelo fato de muitas pacientes terem já sido submetidas à interrupção da gestação por morbidades próprias da gravidez, como a pré-eclâmpsia, que pode ocorrer em idade gestacional precoce, ou por descompensação de doenças clínicas pré-existentes. O tipo de parto mais freqüente foi a cesariana, realizada em cerca de dois terços, fato que é justificado em parte pela gravidade das complicações, impondo, em geral, o término da gestação em fase precoce, com condições cervicais desfavoráveis e/ou comprometimento do bem-estar fetal. Taxas de cesariana iguais ou superiores a 70% são descritas na literatura, e na Ásia já foram relatadas taxas de até 95%. Destacase, igualmente, que uma parcela significativa das pacientes foram transferidas de outros serviços depois do término da gravidez, associando-se ao quadro clínico grave a morbidade característica da própria operação cesariana. A despeito da causa está associada à falta de um pré-natal de qualidade no que se refere à prevenção das Causas Socioeconômicas e Políticas Públicas havendo uma elevada freqüência de admissões em UTI. Essas admissões poderiam ser interrompidas em vários pontos através da adoção de medidas preventivas em diversos níveis Primário, Secundário, Terciário. Em nosso Estado da Paraíba essas medidas preventivas estão ainda falhas havendo necessidade da instalação de Unidade de Terapia Intensiva Obstétrica, no sentido de salvar Vidas Maternas e Fetais. 39 DISCUSSÃO (ROZANGELA MARIA FONSECA BARROS) Em nossa realidade de trabalho, o papel da assistência em uma Unidade de Terapia Gineco-obstétrica (UGO) é combater à mortalidade materna e evitar que as pacientes com morbidade grave progridem para a morte materna. Ao longo das últimas décadas tem sido proposta um modelo de UTI voltada exclusivamente para o tratamento de pacientes obstétricas, ao invés de se operar com a transferência dessas para unidades gerais de terapia intensiva. As UGOs são destinadas ao atendimento de puérperas graves tanto no período pré como intra e pós-parto,com doenças próprias da gravidez ou nela intercorrentes,requerendo internação em regime de cuidados intensivos (SANTOS et al.,2004) A presença de UGO em uma maternidade é um grande diferencial, pois se tornou referência por ser especializada no atendimento específico à gestante. O sucesso da assistência na Unidade de Terapia Gineco-obstétrica dependerá das atividades desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar com objetivos comuns,devidamente treinadas e capacitadas para oferecer um suporte avançado de vida a essas parturientes dentro de um conjunto de conhecimentos,equipamentos e habilidades técnicas e humanas,que estão em constante aperfeiçoamento e desenvolvimento,necessitando de um processo de educação permanente (AZEREDO;BEZERRA,2004). Diversos estudos mostram que a verdadeira magnitude da morbidade materna é maior do que a observada pelo índice bruto de mortalidade. Apesar de se descrever uma baixa prevalência das morbidades especificas que atingem mulheres nesse período,o fardo da morbidade é alto,sendo na grande maioria das vezes prevenível (SANTOS et al.,2004) Os autores neste contexto salientam que, a disponibilidade de uma UTI especifica para pacientes obstétricas facilita a internação precoce, antes da deteriorização grave ou fatal da condição clínica. Dessa maneira, no contexto mundial, a morte materna é utilizada como parâmetro para se avaliar qualidade do serviço de saúde ofertado, identificando situações de desigualdade e contribuindo para avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico de uma população. A assistência à saúde feita de forma tardia ou inadequada é responsável pela maioria dos óbitos ocorridos durante a gestação,parto e puerpério. Por mais que tenha ocorrido uma grande evolução dos conceitos e dos procedimentos da assistência obstétrica e da medicina, temos diversos fatores que influenciam diretamente para um mau resultado obstétricos, como o baixo perfil socioeconômico e cultural da população, a dificuldade de acesso e a escassez de serviços de saúde, fazendo com que ainda registremos em 40 nossas unidades hospitalares uma grande incidência de patologias e complicações, plenamente evitáveis pelos cuidados pré-natais, por campanhas de esclarecimento e conscientização, serviços de referência bem equipados e de fácil acesso para as mulheres que passam por esse momento tão especial em suas vidas (CABRAL, 2008). Outro aspecto a ser considerado, é o resgate de valores e condutas voltadas ao tema, para sensibilidade daquelas que prestam cuidados e selam pelo seu semelhante, o cuidador precisa estar e sentir-se cuidado,para então desempenhar seu papel da melhor forma possível visualizando,compreendendo e cuidando de forma humanizada,pois sem esta perspectiva a qualidade do cuidado fica prejudicada..É importante abordar a necessidade de humanização do cuidado na Unidade Terapia Ginecoobstétrica,com finalidade de provocar uma reflexão da equipe intensivista.Neste estudo,entende-se que humanizar é uma medida que visa,sobretudo,tornar efetiva a assistência a puérpera criticamente doente,considerando-a como um ser completo.Além de envolver o cuidado ao paciente,a humanização estende-se todos aqueles que estão envolvidos no processo saúde-doença neste contexto,que são,além do paciente,a família,a equipe multiprofissional e o ambiente(GAIVA,2006). Sabemos que os valores e condutas voltados à humanização têm sido discutidos e incorporados nos diversos segmentos da sociedade. No Brasil,o setor saúde tem se mobilizado por meio de propostas governamentais no sentido de atender os usuários de maneira mais humana e ética. Além disso, quando se fala em humanização do atendimento que se busca uma forma mais inteira e coerente das dimensões da comunicação e do cuidar. Diante desta expectativa,a escuta qualificada vem a fazer parte do acolhimento em sua totalidade,fazendo com que os medos,ânsias,angustias,diminuam,essa forma de acolher traz resolutividade para os problemas,construindo vínculos no qual dão apoio e melhoram o serviço institucional(SILVA,2002). É perceptível, acredita-se que, a mulher necessita de assistência condizente com suas necessidades biopsicossociais, desde sua admissão na sala de parto até sua alta hospitalar, como também um acompanhamento na atenção básica, desde pré-natal. CONCLUSÃO –ROZANGELA MARIA FONSECA BARROS Este trabalho contribuirá de forma significativa para a ampliação de conhecimentos, por parte dos profissionais intensivista, acerca das intercorrencias e complicações obstétricas,assim como a magnitude que 41 envolve a assistência humanizada,fortalecendo a real importância deste profissional no contexto da morbimortalidade materna. Contudo, foi possível atingir o objetivo proposto tendo em vista que identificamos as principais intercorrencias obstétricas,assim como,à forma de uma assistência intensivista especializada e humanizada, evidenciando que a equipe de saúde necessita de atualizações e capacitações relacionadas a este processo assistencial. As Unidades de Terapia Gineco-obstétrica transformaram-se em serviço especializado de caráter multiprofissional o qual englobou sua equipe no aspecto de diagnóstico, tratamento e prevenção. Nesta nova perspectiva surgiu a necessidade de transformar o profissional,oferecendo-lhe conhecimento teórico e prático para poder oferecer assistência com qualidade e interferir para o bom prognóstico ee qualidade pós-internação. Ademais, é evidente o quanto a assistência humanizada nas UGOs possibilita melhora no atendimento. À medida que os componentes da equipe vão percorrendo todas as etapas do processo,desde a coleta da história do paciente,passando pelo julgamento clínico,formulação dos diagnósticos,elaboração e implementação das intervenções,eles irão desenvolver um cuidado individualizado capaz de atender às reais necessidades da parturiente,além de demonstrar qualidade em seu trabalho. Os profissionais intensivista que atuam na área de obstetrícia devem ter amplo conhecimento em relação à temática, apresentando um vasto currículo na área em questão, com cursos e especializações. Este é um fator primordial para a qualificação dos profissionais e uma melhor assistência à mulher,gerando uma diminuição dos índices de morbimortalidade. Uma equipe de saúde, incluindo a equipe multiprofissional, que acolhe a gestante digna, e correta, seu trará benefícios para seu trabalho, e dificilmente ocorrerá alguma intercorrência que possa levar essa mulher a uma situação de alto risco. Desse modo, os profissionais intensivista devem atuar multiprofissionalmente e interdisciplinarmente com extrema produtividade, baseado na convicção científica, de cidadania e de ética, na promoção, manutenção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, comprometidos com o respeito e a valorização do ser humano. Apesar dos consideráveis avanços ainda estamos muito aquém do desejável patamar de desenvolvimento científico, do qual muitos países já fazem parte. Trata-se de um assunto extremamente relevante e que precisa ser trabalhado,de forma ampla.É preciso muito estudo e evidências de nosso trabalho,cabendo a nós,profissionais de saúde,justificar nossa função e a 42 importância das Unidades de Terapia Gineco-obstétrica para uma assistência humanizada digna,buscando o reconhecimento da nossa autonomia profissional,através do respaldo legal e exigindo melhoras nesses ambientes especializados. PALAVRA CHAVE: GESTANTE-HUMANIZAÇÃO- UTI ABSTRACT: FONSECA MARIA Rozangela BARROS This work will contribute significantly to the expansion of knowledge on the part of intensive care professionals, about the complications and obstetric complications, as well as the magnitude involving humanized, strengthening the real importance of training in the context of maternal morbidity and mortality. However, it was possible to achieve this purpose in order to identify the major obstetric complications, as well as the form of a specialized intensive care and humane, showing that the health care team needs upgrades and training related to this care process. Units Therapy Gynecology and obstetrics became a specialized multidisciplinary character which encompassed his team in the aspect of diagnosis, treatment and prevention. This new perspective has emerged the need to transform the professional, offering theoretical and practical knowledge in order to provide quality care and interfere with a good prognosis for e-quality post-hospitalization. Moreover, it is clear how humanized in the UGOs enables improvement in attendance. As the team members go through all the stages of the process, from collection of the history of the patient, through clinical judgment, formulating diagnoses, developing and implementing interventions, they will develop an individualized care capable of meeting the real needs of the mother, and demonstrate quality in their professional trabalho.Os intensivist working in the field of obstetrics must have extensive knowledge about the subject, presenting a broad curriculum in the area in question, with courses and specializations. This is a major factor in the professional qualification and better care for women, causing a decrease in rates of mortality. A team of health, including the multidisciplinary team, which hosts the mother dignified and correct, your net benefits for their work, and hardly any complications that might occur take this woman to a high risk situation. Thus, professionals must work intensive and interdisciplinary multiprofissionalmente with extreme productivity, based on scientific conviction, citizenship and ethics, promotion, maintenance, prevention, protection and recovery of health committed to respecting and valuing of the humano. Apesar the considerable progress we are still far below the desirable level of scientific development, which many countries are already part. This is an extremely important issue that needs to be worked, so ampla.É take much study and evidence of our work, leaving us, health professionals, justify our role and importance of critical care for a Gyneco-obstetric humanized dignity, seeking recognition of our professional autonomy through legal support and demanding improvements in these specialized environments. 43 KEYWORD: PREGNANT-HUMANIZATION-ICU 5-REFERÊNCIAS: Trabalho Paciente Gestante na Unidade de Terapia Intensivo-Docentes Antonio A. 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