sistema de qualidade Desvendando o exame O diagnóstico do hipotireoidismo A doença crônica é caracterizada pela diminuição da produção e/ou ação dos hormônios da glândula tireoide. perguntas f r e q u e n t e s 1) A alimentação também interfere nos resultados de colesterol e triglicérides? Sim, mas principalmente no de triglicérides. Por exemplo, uma pessoa com triglicérides elevado que adota uma dieta rígida na véspera do exame terá um resultado falsamente baixo. Já alguém com triglicérides normais, mas que come feijoada no dia anterior, apresentará um resultado falsamente alto. Labocor informativo Publicação do Laboratório José Luiz Ribeiro - Distribuição Gratuita - Ano I - Número 1 - Outubro / Novembro / Dezembro de 2014. Eficiência e humanização: marcas do Laboratório José Luiz Ribeiro NEWS Moderno sistema de análises 2) Como tem que ser a alimentação para os resultados de triglicérides serem confiáveis? Deve manter sua dieta habitual nos 15 dias que antecedem os exames. É fundamental jejum de 12 a 16 horas para coleta de sangue. Dr. Carlos Eduardo Dyonísio, endocrinologista responsável pelos hormônios do Laboratório José Luiz Ribeiro Desânimo, cansaço, sonolência, dores articulares, desaceleração dos batimentos cardíacos, prisão de ventre e pele ressecada são apenas alguns dos sinais de que algo no organismo não está funcionando bem. Os sintomas caracterizam um problema comum: de 3 a 5% da população desenvolve o hipotireoidismo. O distúrbio ocorre quando há uma diminuição na produção e/ou na ação das células da glândula tireoide, responsável pela produção de hormônios como o TSH (tiroestimulante), o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina), que regulam o metabolismo. O diagnóstico é feito através da dosagem destas substâncias por meio de exames de rotina. A tireoide é uma glândula endócrina (que secreta hormônios no sangue) localizada na região cervical anterior. Numa pessoa adulta ela pesa de 15 a 20 gramas, mas a alteração nos níveis hormonais pode fazer com que haja aumento de tamanho. O médico endocrinologista responsável pelo setor de hormônios e imunologia do Laboratório José Luiz Ribeiro, Carlos Eduardo Souza Dyonísio, explica que além dos sintomas clínicos, o diagnóstico é confirmado pela dosagem dos hormônios tireoidianos no sangue. “A dosagem dos hormônios no sangue é fundamental para o diagnóstico do hipotireoidismo e de todas as doenças endócrinas. O sistema endócrino é um dos maiores e mais importantes sistemas de controle do corpo humano. Hoje contamos com aparelhos ultramodernos e de alta sensibilidade, como a plataforma Architect dos Laboratórios Abbott, recentemente adquirida pelo Laboratório José Luiz Ribeiro, que permite a dosagem rápida e precisa dos hormônios”, esclarece o especialista. O hipotireoidismo chega a ser cinco vezes mais frequente nas mulheres em comparação com os homens. Um estudo realizado em 2007 pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e publicado na revista Clinical Endocrinology mostrou que 12,3% das mulheres brasileiras - ou seja, 10,6 mil conforme a população feminina da época, que era de 86,2 milhões de mulheres no Brasil - com mais de 35 anos têm hipotireoidismo. Nelas, os sintomas incluem menstruação irregular e diminuição da libido. A causa mais comum, conforme explica o Dr. Dyonísio, é a tireoidite de Hashimoto, uma inflamação da glândula, que tem caráter genético e ocorre devido a uma autoagressão por anticorpos. “O tratamento consiste na reposição do hormônio T4 por via oral”, afirma o endocrinologista. A disfunção também afeta os bebês recém-nascidos e, neste caso, o diagnóstico é feito através do teste do pezinho (que nada mais é do que a coleta de sangue para análise). O hipotireoidismo na infância gera, além dos mesmos problemas ocorridos nos adultos, má-formação motora e problemas no desenvolvimento cognitivo (memória, raciocínio e aprendizado, por exemplo). Hoje é registrado um caso a cada 3 mil recém-nascidos. Por isso, o tratamento deve ser iniciado logo após o diagnóstico, evitando os prejuízos ao desenvolvimento da criança. 3) O que é a dieta habitual exigida por certos exames? É a que você costuma comer no seu dia a dia. Portanto, essa instrução significa apenas o seguinte: não mude a alimentação. 4) Até aspirina altera resultados de exames? Com certeza. Aspirina é o nome popular do ácido acetilsalicílico. Ela está presente em muitos analgésicos e antitérmicos, tais como AAS, Buferin, Doril, Melhoral, Aspirina Forte, Cibalena, Doloxene-A e Aspirina C. Mas também em antiácidos (AlkaSeltzer e Engov), onde está associada a outras substâncias farmacológicas, por isso guarde bem: todos os remédios com ácido acetilsalicílico interferem nos exames de coagulação do sangue. Em altas doses, podem diminuir os valores totais da Tiroxina ou T4 - um dos hormônios da tireoide. Dr. Carlos Eduardo Dyonísio - endocrinologista Posto fica aberto de segunda a sábado para coleta de material; os resultados dos exames podem ser vistos pela internet. No coração de Nova Iguaçu, unidade tem tratamento personalizado e alta tecnologia em análises bioquímicas. O Laboratório José Luiz Ribeiro integra agora o grupo Laboratório de Corrêas, que há 44 anos garante eficiência e segurança no resultado dos exames realizados. Com tecnologia de ponta – as análises bioquímicas são realizadas por meio do sistema mais moderno do mercado –, equipe qualificada e ambiente aconchegante, a unidade é uma importante ferramenta para a saúde de Nova Iguaçu. Os resultados são disponibilizados em no máximo 48 horas, sendo que 80% deles saem no mesmo dia e podem ser vistos pela internet. O objetivo, como explica o diretor do laboratório, Dr. Denisvaldo Vieira Silveira, é ficar mais próximo e simplificar a vida dos pacientes. “A correria do dia a dia faz com que os cuidados com a saúde, muitas vezes, fiquem em segundo plano. Queremos contribuir com a qualidade de vida das pessoas levando comodidade e agilidade para a população de Nova Iguaçu”, diz o diretor. A preocupação se reflete nos detalhes do ambiente acolhedor e especialmente projetado para garantir a eficiência dos serviços prestados. As análises são feitas através do Architect Abbott C 8.200. O equipamento de última geração tem capacidade para realizar 2 mil testes por hora, reduzindo em 50% o tempo de espera pelo resultado com 0% de chance de erros, devido ao mecanismo automatizado. O laboratório realiza exames de urgência com 100% de segurança, possibilitando o início do tratamento de doenças de maneira precoce. “A rapidez no resultado não é apenas uma questão de comodidade, é também uma forma de garantir que uma intervenção possa ser feita, caso seja necessário. É uma forma de salvar vidas, realizando o tratamento o mais cedo possível, aumentando as chances de cura”, explica Dr. Denisvaldo. TRATAMENTO DE DOENCAS INTESTINAIS - PAG. 2 Os exames do Laboratório José Luiz Ribeiro são feitos em aparelhos de alta tecnologia que garantem mais conforto e segurança ao paciente. Adquiridos em 2013, o Architect Abbott C 8.200 e o Architect Abbott C 4.100 precisam de apenas três a cinco microlitros de sangue, ou seja, menos que uma gota, pra fazer as análises, seja de bioquímica, imunologia ou de hormônios.O recurso significa menos tempo de coleta e mais rapidez na entrega dos resultados. A tecnologia permite que a máquina, sozinha, cumpra a função antes realizada por quatro equipamentos de grande porte. O Architect Abbott C 8.200 possui 12 compartimentos com capacidade para 25 tubos cada, totalizando 300 recipientes, o que corresponde a 300 pacientes. Ele realiza mais de 40 tipos de análises com apenas um tubo de sangue coletado. Os testes demoram de um a 30 minutos para serem feitos, conforme o grau de complexidade. Dentre os exames de bioquímica realizados pelo Laboratório José Luiz Ribeiro estão as medições dos níveis de glicose, triglicerídeos, ureia e ácido úrico, entre outros. Os exames de hormônios avaliam o funcionamento da tireoide e os níveis de fertilidade, por exemplo, enquanto os de imunologia têm como objetivo detectar a presença de doenças como hepatite, HIV (AIDS), toxoplasmose e rubéola, além de muitas outras. Agora, todos eles são feitos em um só equipamento. informativo prevencao e diagnostico Tratamento previne e evita o avanço das doenças inflamatórias intestinais Aumento no número de casos nos últimos 50 anos mostra a importância do diagnóstico precoce através de exames. Dr. José Francisco da Silva Vieira explica como as doenças intestinais afetam a qualidade de vida A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa afetam o intestino comprometendo o bom funcionamento do órgão e a qualidade de vida do paciente. O diagnóstico precoce permite conter a evolução e o agravamento do quadro, por isso, é importante ficar atento aos sintomas. Dor abdominal e diarreia (muitas vezes com sangue) constantes, febre, emagrecimento aparentemente sem causa e anemia são alguns dos indícios que devem ser investigados. Segundo dados da Sociedade Americana de Gastroenterologia, aproximadamente 5 milhões de pessoas no mundo são portadoras das doenças inflamatórias crônicas. Os estudos apontam que as doenças são provocadas pela junção de três fatores: genético, imunológico e ambiental (alimentação, uso crônico de medica- mentos, como antibióticos, e outros hábitos de vida). O gastroenterologista Dr. José Francisco da Silva Vieira explica que a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa se diferem pela região afetada e pela gravidade do quadro. Enquanto a primeira pode atingir todo o aparelho digestivo, indo da boca até o ânus – sendo mais comum no intestino delgado (fino) e grosso –, a retocolite aparece somente no intestino grosso. Além disso, a doença de Crohn pode causar fístulas abdominais ou perianais, que são lesões na barriga ou ao redor do ânus, consequentes da infecção. Por elas são excretados pus e até fezes. “O quadro compromete a vida da pessoa de diversas formas, já que há mau cheiro e um grande incômodo. O paciente não consegue ter um convívio social, profissional e um rela- Diretor: Dr. Denisvaldo Vieira Silveira Uma publicação do Laboratório José Luiz Ribeiro. Comentários e Sugestões: Rua Dr. Otávio Tarquino, 74 - sl. 02 Centro - Nova Iguaçu/RJ CEP: 26.210-170 [email protected] www.jlribeiro.com.br cionamento amoroso com atividade sexual saudável”, salienta o médico. As doenças podem ainda comprometer o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Segundo o Dr. José Francisco, a falta de conhecimento e de informação gera um atraso que varia de cinco a 10 anos na detecção da doença. “As pessoas se automedicam e acreditam ter resolvido o problema, como uma febre ou uma diarreia. Com isso, o quadro vai se agravando. Apesar de não haver cura, o diagnóstico precoce pode interromper a evolução, evitando as fístulas e a estenose (estreitamento) do intestino, por exemplo, além de retardar a necessidade de uma intervenção cirúrgica”, alerta o especialista. O exame de sangue é o primeiro passo para identificar a infecção. Além dele, tomografia, ressonância magnética, colonoscopia e retossigmoidoscopia auxiliam o médico na identificação do problema. “Os exames mostram o tipo e a extensão da lesão, do sangramento e, assim, da doença. Apontam ainda o espessamento da parede do intestino e permitem fazer a biópsia, já que a retocolite tem relação direta com o câncer”, esclarece o Dr. José Francisco. O diagnóstico pode causar um grande abalo emocional, por isso, o médico criou um grupo de apoio. As reuniões são bimestrais e o projeto é ligado a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD). “Os pacientes e suas famílias contam com equipe multidisciplinar e trocam experiências, o que contribui para a aceitação e conscientização, o que reflete positivamente no tratamento”, afirma o gastroenterologista, lembrando que os casos mais graves podem provocar reflexos em partes diversas do corpo, levando a infecções nas articulações, nos olhos e na pele. Jornalista Responsável: Fernanda Soares (Mtb.: 0043113/RJ) Fotos: Divulgação Projeto Gráfico: Tiragem: 3.000 exemplares 3 informativo palavras do D I R E T O R Uma equipe de sucesso A valorização de profissionais de perfil técnico-caseiro é uma necessidade reconhecida pelo Laboratório José Luiz Ribeiro. Para alcançar metas mais altas, o profissional precisa mostrar sua capacidade, seu perfil e sua propensão a assumir um crescimento do papel técnico. Ao se desenvolver dentro de uma empresa, o funcionário adquire carinho, amor e profissionalismo, porque ali o colaborador obteve as suas primeiras lições. As empresas, de um modo geral, sofrem com a carência de profissionais de formação técnica, por isso, as organizações privadas pensam em estratégias para valorizar a “prata da casa”. São funcionários que detém conhecimentos disponíveis sobre as atividades e os negócios da empresa. O Laboratório José Luiz Ribeiro vê a necessidade de investir na educação de qualidade e na formação profissional, “visão da qualificação do futuro”. A minha formação profissional foi incentivada e orientada por um profissional que se dispôs a ajudar um ser humano ansioso e sedento de informações, me possibilitando crescer e buscar um caminho profissional. Foi então que procurei em minha vida, multiplicar esses valores e ajudar outras pessoas (talentos) também sedentas e com potencial gigantesco de alcançar o seu caminho como especialista. O Laboratório José Luiz Ribeiro acredita na potencialidade dos jovens, abrindo as portas para o primeiro emprego e para o trabalho técnico, e também os incentivando na graduação de ensino superior. Foi importante para a empresa acreditar em pessoas que abraçaram a profissão com entusiasmo e que, apesar de todas as dificuldades particulares, ultrapassaram muitas barreiras e conseguiram chegar à formação desejada. O Laboratório fica honrado em poder formar profissionais qualificados dando ferramentas para que vençam e tenham um horizonte cultural maior. Reconhecemos estes profissionais que ao permanecerem e não abandonarem o projeto de formação técnica acreditam na potencialidade da empresa. Temos a certeza de que eles estão também no contexto de uma grande família. Dr. Denisvaldo Vieira Silveira DICAS DE SAUDE O sol como aliado Crescem os casos de insuficiência de vitamina D O endocrinologista Dr. André Bezerra O medo do câncer de pele durante anos afastou as pessoas dos raios solares. A preocupação com a doença fez crescer entre a população o mito de que o sol não faz bem à saúde. Se evitar o sol ajuda a se proteger do câncer de pele, por outro lado, este hábito também tem causado sérios problemas de saúde, por causa da insuficiência da vitamina D. A vitamina é absorvida pelo organismo por meio da exposição ao sol. “Existe uma pressão grande para as pessoas evitarem o sol a todo custo, mas em termos de saúde pública isso pode ser muito pior”, afirmou o endocrinologista Dr. André Bezerra. Para permitir a absorção da vitamina D, é preciso deixar braços, ombros e coxas expostos ao sol por pelo menos 30 minutos, sem a interferência de protetores solares. O endocrinologista explica que a vitamina está presente no raio ultravioleta B, que possui ondas mais curtas. Por este motivo, o horário mais apropriado para a absorção da vitamina acontece quando o sol está mais alto no céu, entre as 10h e as 14h. Para medir a vitamina D no sangue deve-se solicitar a dosagem de 25 (OH) vitamina D, que nos dá a ideia real de como anda a reserva do hormônio no organismo, ao contrário da dosagem da 1,25 (OH)2 vitamina D que, apesar de ser a forma ativa, tem uma meia vida curta e é muito influenciada por outros fatores. “Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que 90% da população negra e 75% da população branca possuam níveis de vitamina D abaixo do recomendado, que é acima de 30ng/ml. Embora não existam dados confirmados, existem muitos casos também no Brasil”, comentou o endocrinologista, citando que cerca de 50% dos exames pedidos por ele vem com índices inferiores a esse valor. Segundo ele, além da falta do sol, existe a suspeita de que outro fator esteja contribuindo para a insuficiência da vitamina: Por ser solúvel em gordura, o aumento de peso da população pode estar sequestrando a reserva desta vitamina. A preocupação com os índices de vitamina D no organismo se justifica: em crianças, a insuficiência pode causar raquitismo e em adultos, osteomalácia. A vitamina D é um hormônio que é transferido para o fígado. A vitamina é responsável pela mineralização do osso. Sem esse processo, o osso se torna mais fraco. A vitamina D, depois de formada na pele sob a ação da luz solar, não é um hormônio ativo. Para isso, precisa passar por dois processos de hidroxilação, primeiro no fígado e depois no rim. Essa segunda hidroxilação também ocorre em células brancas do sangue, permitindo a fagocitose das bactérias e vírus. A principal função da vitamina D, como hormônio, é facilitar a absorção de cálcio no intestino. No leucócito, a vitamina D é uma citocina (mediador químico) de inflamação, que tem ação imune. “Por este motivo, há suspeita de que existam mais casos de gripe no inverno justamente porque as pessoas pegam menos sol. O nível de vitamina D ativa nos leucócitos é importante para que esses destruam os microorganismos”, explicou o médico. A reposição da vitamina D pode ser feita através de um preparado com a vitamina isolada, em forma de composto com a vitamina A ou nos comprimidos de cálcio. Apenas cerca de 10% da vitamina D do organismo vem dos alimentos (sendo as melhores fontes o óleo de fígado de bacalhau, o shitake seco, as carnes e os peixes gordurosos). Por isso, a melhor maneira de se manter os níveis normais da vitamina é se expondo ao sol. “Quando necessário, a reposição é simples e segura. Sempre houve preocupação com o risco de intoxicação, mas temos visto que isso é muito raro, principalmente quando a reposição é feita sob acompanhamento médico”, comenta o endocrinologista. A tendência é que essa dosagem se torne um exame de rotina na avaliação clínica inicial, mas, no momento, devemos nos lembrar de pedir o exame nessas situações: crianças com baixa velocidade de crescimento e atraso na maturação óssea; mulheres na pós-menopausa; homens acima de 50 anos; homens e mulheres com diagnóstico de osteopenia ou osteoporose; pacientes com queixas de fraqueza muscular, dores ósseas, fragilidade das unhas e cabelos e níveis altos no sangue de PTH (hormônio da paratireóide) com cálcio normal.