BRINCAR E CALCULAR... É HORA DE COMEÇAR Gabriela da Silva Almeida1 Keilla Braz Batista1 Mágda Silva Aparecida1 Edlarce de Paula Assunção2 Valéria de Fátima Queiroz2 RESUMO: A matemática é uma das ciências que está sempre presente no nosso cotidiano. Em virtude disso, os jogos matemáticos se tornaram atividades importantes para o desenvolvimento das crianças. Os jogos e o brechó escolar possibilitarão a reorganização de situações na qual eles estão inseridos. Devido à falta de projetos relacionados à matemática na Escola Municipal Profª Maria Lícia de Castro Trindade e a dificuldade na aprendizagem dos conhecimentos básicos de matemática por parte dos alunos, resolvemos aplicar este projeto que visa uma integração entre o brincar e o calcular na perspectiva melhor do entendimento matemático, desenvolvendo assim o raciocínio lógico. PALAVRAS-CHAVE: Lúdico; Cálculo; Cotidiano. INTRODUÇÃO Como tornar o ensino da matemática mais interessante? Pensou-se nesse projeto como um meio de tornar as aulas de matemática mais interessante, utilizando técnicas diferentes, desenvolvendo assim, o raciocínio lógico dos alunos, através de ligação com o cotidiano utilizando modelos matemáticos associado às situações reais. O projeto tem o intuito de auxiliar os educando envolvidos no ensino matemático a fim de ajudá-los a resolver operações de adição e subtração, através de um brechó escolar onde serão trabalhadas essas operações, a fim de proporcionar motivação nos alunos e o gosto pela matemática. Além de internalizar as operações de uma forma lúdica através dos jogos. O ensino da matemática nas séries iniciais deve priorizar o avanço do conhecimento das crianças perante situações significativas de aprendizagem, envolvendo experiências concretas. 1 2 Graduandas do Curso de Pedagogia – UEG Unidade Universitária de Formosa 2009. Professoras Curso de Pedagogia – UEG Unidade Universitária de Formosa 2009. 1 BRINCAR E CALCULAR... É HORA DE COMEÇAR A matemática é uma ciência muito presente no nosso cotidiano. Porém, a certo preconceito relacionado a ela, raramente desenvolvemos trabalhos ou projetos sobre essa disciplina. O projeto tem o intuito de auxiliar os educandos envolvidos no ensino matemático a fim de tentar ajudá-los a resolver operações de adição e subtração, através de um brechó, onde serão trabalhadas essas operações, a fim de proporcionar motivação nos alunos e o gosto pela matemática. A maioria das escolas tem uma concepção tradicionalista no ensino e aprendizagem, pois veem o ato de brincar como algo desassociado ao âmbito escolar, como se a escola fosse um lugar unicamente para estudar. Quando a matemática é relacionada às brincadeiras e jogos lúdicos interagindo com o cotidiano do aluno, este por sua vez internaliza de forma eficaz. Devido à falta de projetos relacionados à matemática na Escola Municipal Maria Lícia e a dificuldade na aprendizagem dos conhecimentos básicos de matemática por parte dos alunos, resolvemos aplicar este projeto que visa uma integração entre o brincar e o calcular na perspectiva melhor do entendimento matemático. O projeto aborda várias atividades, como a realização de um brechó e diversos jogos matemáticos. E será aplicado em uma turma de 2º ano do ensino fundamental. Pretende-se trabalhar com essa turma o uso de jogos como, bingo da adição, dominó matemático, pega-vareta, boliche, amarelinha, pescaria, batalha naval entre outros com o intuito de desenvolver o pensamento lógicomatemático do aluno, demonstrando para ele que matemática também pode ser uma atividade agradável. Após os jogos iremos aplicar um brechó escolar. Explicaremos para os alunos o que é um brechó, pediremos que eles levem dois itens para escola (podendo ser brinquedos, gibis, livros e etc), com a autorização dos pais, já que os objetos não serão devolvidos. Lembrando que os membros do grupo também deverão levar produtos, tendo em vista que alguns alunos poderá não levar. Orientaremos a turma para separar tudo em grupos: brinquedos, livros e etc. Definiremos os valores e colocaremos nas etiquetas, para que os próprios alunos coloquem nas peças. Em seguida, dividiremos os alunos em vendedores que receberão notas de 2 e 1 real (para troco) e em compradores, todos com o mesmo valor em cédulas de 5, 10 e 20. O dinheiro dado aos alunos não deverá ter valor comercial. Na seqüência, faremos à inauguração do brechó, observando e anotando as estratégias criadas pelos alunos. Recolheremos as folhas com as anotações feitas por eles. Por último, analisaremos os registros dos alunos. Nas seguistes aulas, sem as cédulas, discutiremos as situações que surgiram no brechó. As situações de sala de aula devem ser programadas de modo que as questões levantadas sejam problemas para o aluno e não somente para o professor. Assim, problemas de compras no 2 mercado ou na feira, que, à primeira vista, parecem vinculados ao real, podem estar muito distantes do aluno que vai ao mercado com sua mãe ou à feira. Em aula é possível dramatizar situações de comércio e levantar questões sobre os objetos da sala e mesmo propor brincadeiras lógicas quadrados mágicos, por exemplo - onde os problemas são apresentados de tal maneira que o aluno deseje resolvê-los e não seja pressionado pelo professor a fazê-lo. A Matemática é, antes de tudo, um modo de pensar. Quanto mais cedo esse modo de pensar de raciocinar for trabalhado com as crianças, mais significativa será a aprendizagem dessa disciplina, principalmente se esta for trabalhada partindo de jogos e brincadeiras. Segundo Piagt (1998, p. 158): O jogo é um caso típico das condutas negligenciadas pela escola tradicional, dado o fato de parecerem destituídas de significado funcional. Para a pedagogia corrente, é apenas um descaso ou desgaste de um excedente de energia. Mas esta visão simplista não explica nem a importância que as crianças atribuem aos seus jogos e muito menos a forma constante de que se revestem os jogos infantis, simbolismo ou ficção, por exemplo. O uso de jogos na educação tem como função fazer com que os alunos gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido. O processo de ensino-aprendizagem através da ludicidade do jogo permite o educando aprender matemática de forma interessante e divertida, dissociada da prática de ensino de forma cansativa, sem despertar estímulo no educando. Segundo Smole (2000, p. 107): O caminho da matemática no Ensino Fundamental é essencialmente lúdico, no qual a criança se mostra louca para aprender e o professor não deve se preocupar com a escrita da matemática deve deixar que ela resolva as situações-problemas do seu modo, discutindo após as variadas maneiras de chegar ao resultado. Desse modo, observa-se que o ensino matemático desenvolvido de forma interessante, rica e prazerosa, não deixará espaço para uma aprendizagem centrada na prática de conceitos memorizados. O aluno quando se envolve com o jogo lúdico tem vontade de expressar suas emoções, seu pensamento. Com isso, o educador deve deixar que o aluno pense a matemática por si mesmo, elaborando estratégias para resolver o problema. O uso de jogos para o ensino representa uma mudança de postura do professor em relação ao que é ensinar matemática, ou seja, o papel do professor muda de comunicador de conhecimento para o de observador, organizador, e mediador da aprendizagem no processo de construção do saber pelo aluno, e só irá interferir, quando for necessário. Pois quando os alunos começam a se interagir com os jogos para trabalhar a resolução de problemas matemáticos eles começam a ajudar uns aos outros, para atravessar as dificuldades que os leva a pensar, como irão resolver os problemas propostos durante a aula. É claro que, quando o professor usa o jogo na sala de aula, o barulho é 3 inevitável, pois só através de discussões que é possível chegar-se a resultados convincentes. Dentro da escola é preciso encarar esse barulho de uma forma construtiva, porque sem ele dificilmente ira ter clima de motivação para o jogo. Também é importante o hábito do trabalho em grupo, uma vez que o barulho diminui se os alunos estiverem acostumados a se organizar em equipes. REFERÊNCIAS BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: matemática. Secretaria de Educação Fudamental – Brasília: MEC/SEF, 1977. CARVALHO, Diane Lucchesi de, Metodologia do Ensino da Matemática. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério 2º grau. Série formação do professor) SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A Matemática na Educação Infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. SMOLE, Kátia; Ignez, Maria. Cálculo sem lápis e papel: cálculo mental. CAEM – IME/USP. SCHLIEMANN, Ana Lúcia Dias, David William Carraher, Terezinha Nunes Carraher. Na Vida Dez, Na Escola Zero. São Paulo: Cortez, 2006 Revista Nova Escola - Machado de Assis: 09-2008 SITE Disponível em: http://www.mundojovem.pucrs.br/projeto-ludico-motivacao-aulas-matematica.hp. Acesso em: 07/06/2009 ás 18h20min. Disponível em: http://www.faesi.com.br/2007/downloads/6/TCC%20PRONTO%20%20RENATA .pdf. Acesso em: 07/06/2009 ás 18h: 20min. Disponível em: http://www.limc.ufrj.br/amostra/amostra_mat_1.pdf. Acesso em: 07/06/2009 ás 20h: 49min. Disponível em: http://www.educacao.ufpr.br/publicacoes/sedpeef/resumos_comunicacao_%20oral _%20em_%20pdf/alexoleandro.pdf. Acesso em: 07/06/2009 ás 20h: 49min. Disponível em: http://www.ime.unicamp.br/erpm2005/anais/conf/conf_01.pdf. 07/06/2009 ás 20h: 49min. Acesso em: 4