RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1 NOME DO MEDICAMENTO A-Vite, 50000 U.I., Cápsula 2 COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada cápsula contém 100 mg de acetato de axeroftol, correspondente a 50.000 U.I. de Vitamina A Excipientes: amarante (E 123) - 2,19 mg; sorbitol (E 420) - 16,7 mg; óleo de rícino hidrogenado - 13,3 mg; lactose - 16,7 mg Lista completa de excipientes ver 6.1 3 FORMA FARMACÊUTICA Cápsula. Cápsula nº 3 de cor verde. 4 INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1. Indicações terapêuticas Tratamento da deficiência de vitamina A, que se pode manifestar por sintomas tais como: - xeroftalmia, queratomalácia, alteração da visão nocturna; - secura e hiperqueratose da pele; - diminuição da resistência a infecções A-Vite poderá ser utilizado na prevenção de deficiência de vitamina A em situações de risco associadas a doenças gastrointestinais (má-absorção, esteatorreia, insuficiência pancreática e deficiência proteica grave). No entanto, a absorção de vitamina A com a forma farmacêutica em cápsulas pode ser incompleta e muito reduzida em presença destas patologias. 4.2. Posologia e modo de administração A posologia deverá ser individualizada, tendo em consideração a ingestão diária de vitamina A na dieta. A dose habitual é de: Tratamento da deficiência de Vitamina A: 1 cápsula/dia Prevenção da deficiência de vitamina A: 1 cápsula/dia As cápsulas deverão ser deglutidas inteiras com um pouco de água. População pediátrica: Tratamento da deficiência de vitamina A - xeroftalmia Em crianças com idades entre 1-8 anos a dose de vitamina A deverá ser de 5000 UI/Kg/dia, pelo que apenas se recomenda a administração de A-Vite a crianças com mais de 8 anos nas quais a posologia a utilizar será igual à do adulto. Os doentes com insuficiência hepática, com insuficiência renal e idosos não necessitam ajuste posológico, mas não devem ser submetidos a tratamentos prolongados, de forma a evitar a acumulação do fármaco (secção 4.4.). Duração do tratamento: De acordo com indicação médica. No entanto recomenda-se que não exceda os 6-8 meses. As doses diárias não devem ser ultrapassadas devido ao risco de intoxicação e hipervitaminose A, especialmente nas crianças e nos idosos. 4.3. Contra-indicações Doentes com Hipervitaminose A. Hipersensibilidade à vitamina A ou a qualquer dos excipientes. A via de administração oral é contra-indicada para o tratamento da deficiência de vitamina A em doentes com síndroma de má-absorção grave a esta vitamina. 4.4. Advertências e precauções especiais de utilização É recomendada precaução na administração de A-Vite em crianças pequenas dada a sua maior sensibilidade a doses elevadas e/ou à administração prolongada de vitamina A. No idoso a administração prolongada pode ser acompanhada de um maior risco de sobrecarga de vitamina A, dada a diminuição da depuração plasmática de retinil-éster. Este medicamento contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento. Este medicamento sorbitol. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose não devem tomar este medicamento. 4.5. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção A administração concomitante de colestiramina, colestipol e neomicina pode interferir com a absorção de vitamina A, pelo que não se encontra recomendada. Dada a possibilidade de reacções adversas aditivas, em indivíduos medicados com retinóides (isotretinoína, etretinato) deve ser evitada a administração de vitamina A. Doses elevadas de vitamina A podem aumentar o efeito hipoprotrombinémico da varfarina. 4.6. Fertilidade, gravidez e aleitamento A vitamina A é teratogénica em animais. Não se encontram disponíveis estudos adequados em humanos. Um número limitado de casos de malformações após a ingestão materna de doses elevadas de vitamina A durante a gravidez sugere uma potencial teratogenicidade pelo que não se recomenda o uso de A-Vite durante a gravidez. Amamentação A vitamina A distribui-se no leite. O efeito da ingestão materna de doses elevadas de vitamina A no lactente não é conhecido. 4.7. Efeitos sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas Não estão descritos. 4.8. Efeitos indesejáveis Estão descritas reacções adversas apenas em caso de sobredosagem aguda ou crónica (ver secção 4.9. Sobredosagem). 4.9. Sobredosagem A administração crónica de quantidades excessivas de vitamina A pode conduzir a toxicidade (hipervitaminose A). Esta situação caracteriza-se por fadiga, irritabilidade, alterações psiquiátricas, anorexia, perda de peso, vómitos e outras alterações gastrointestinais, febre, hepatoesplenomegália, alterações cutâneas, alopécia, anemia, cefaleias, hipercalcémia, artralgias e dores ósseas. População pediátrica: os sintomas de toxicidade crónica podem incluir também aumento de pressão intracraneana, edema da papila, alterações visuais e encerramento prematuro das epífises, com perturbações do crescimento ósseo. O tratamento desta situação consiste na suspensão da vitamina A e na instituição de terapêutica de suporte adequada. A intoxicação aguda com vitamina A pode ocorrer com ingestão de doses muito elevadas, sendo mais frequente em crianças pequenas que em adultos. Algumas horas após a ingestão de vitamina A em doses de cerca de 25 000 unidades por Kg de peso podem surgir irritabilidade, vertigens, delírio, coma, vómitos e diarreia. Foi também descrita aumento da pressão intracraniana com hipertensão da fontanela em lactentes, cefaleias, edema da papila, exoftalmia e alterações visuais. Eritema e descamação generalizado da pele surgem alguns dias depois, podendo persistir algumas semanas. No entanto, os sintomas habitualmente desaparecem alguns dias após a interrupção do medicamento. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1. Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: 11.3.1.1 - Nutrição. Vitaminas e sais minerais. Vitaminas. Vitaminas lipossolúveis, código ATC: A11CA01 A vitamina A é uma vitamina lipossolúvel que desempenha importantes funções no organismo. Possui um papel fundamental na função da retina combinando-se com a opsina para formar o pigmento visual rodopsina, essencial para a visão em situações de baixa luminosidade. A vitamina A actua como co-factor em diversas reacções químicas nomeadamente na síntese de mucopolissacáridos e colesterol e no metabolismo dos hidroxi-esteroides. É necessária para o crescimento e diferenciação dos epitélios bem como para o crescimento ósseo, reprodução e desenvolvimento embrionário. A deficiência de vitamina A provoca perturbação na adaptação visual à escuridão, bem como alterações degenerativas da retina. Verifica-se também xeroftalmia e queratomalácia, com ulceração e necrose da córnea que podem conduzir a perfuração e cegueira. Dado o seu papel na manutenção da integridade estrutural e funcional das células epiteliais, a sua deficiência acompanha-se de atrofia das mesmas com proliferação compensadora das células basais e evolução para queratinização. A nível cutâneo verifica-se o aparecimento de secura e hiperqueratose e nas membranas mucosas observa-se uma metaplasia epitelial com diminuição da secreção de muco. Verifica-se também uma diminuição da resistência às infecções tendo-se constatado em estudos animais que mesmo uma carência marginal de vitamina A aumenta a gravidade e duração das doenças infecciosas. A administração de vitamina A normaliza as alterações provocadas pela deficiência da mesma, com excepção das lesões oculares irreversíveis. 5.2. Propriedades farmacocinéticas A vitamina A é rapidamente absorvida no aparelho gastrointestinal normal, sendo necessária a presença de sais biliares e lipases pancreáticas, bem como de proteínas e lípidos da dieta. A sua absorção pode estar reduzida em presença de má absorção de lípidos, baixa ingestão proteica ou alterações da função hepática e pancreática. Os ésteres de vitamina A são hidrolisados pelos enzimas pancreáticos em retinol, o qual é reabsorvido e re-esterificado. Parte do retinol é armazenado no fígado. Quando é libertado para a circulação liga-se a uma proteína específica (Retinol Binding Protein, RBP) para ser transportada para os tecidos periféricos. A maioria da vitamina A circula sob a forma de retinol ligado à RBP. O retinol não armazenado é conjugado com glucorónido, com subsequente oxidação a retinal e ácido retinóico; estes e outros metabolitos são posteriormente excretados na urina e fezes. A vitamina A atravessa a placenta de forma limitada mas encontra-se no leite materno. 5.3. Dados de segurança pré-clínica O retinol não se revelou mutagénico no teste de Ames. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Sorbitol (E 420), Lactose, Óleo de rícino hidrogenado, Ácido esteárico, Silica coloidal anidra, Povidona K 30, Gelatina, Amarante (E 123), Dióxido de titânio (E 171) 6.2. Incompatibilidades Nenhuma, excepto luz e humidade. 6.3. Prazo de validade 3 anos. 6.4. Precauções especiais de conservação Para proteger da luz. Para proteger da humidade. 6.5. Natureza e conteúdo do recipiente Embalagens com blisters de PVC/Alu contendo 20, 60 ou 200 cápsulas 6.6. Precauções especiais de eliminação e manuseamento Não existem requisitos especiais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Sidefarma – Sociedade Industrial de Expansão Farmacêutica, S.A. Rua da Guiné, n.º 26 2689-514 Prior Velho Portugal 8. NÚMEROS DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Nº de registo: 9935916 - 20 cápsulas, 50000 U.I. blisters de PVC/Alu Nº de registo: 5368964 - 60 cápsulas, 50000 U.I. blisters de PVC/Alu Nº de registo: 9935924 - 200 cápsulas, 50000 U.I. blisters de PVC/Alu 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO INTRODUÇÃO NO MERCADO: Data de revisão: 15 Novembro 2005 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DA AUTORIZAÇÃO DE