Rio 2016: Exercício vai simular ações de defesa química, biológica, radiológica e nuclear* Brasília, 10/03/2016 – O Ministério da Defesa coordena, nesta sexta-feira (11), uma simulação prática de incidentes, como etapa final do Curso de Descontaminação deMúltiplas Vítimas, com o objetivo de treinar as capacidades brasileiras na área de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Feito em formato de intercâmbio com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, o curso tem como alunos integrantes da Marinha, do Exército e Força Aérea Brasileira, além de representantes dos Corpos de Bombeiros Militares e Polícias Civis e Militares do Rio de Janeiro e dos Estados que abrigam cidadessede do futebol olímpico. Também vão participar membros de agências governamentais brasileiras, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear, Polícia Federal, Ministério da Saúde, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Defesa Civil. Entre os dias 7 e 11 de março, aproximadamente 80 pessoas participaram do curso, realizado na Escola de Instrução Especializada do Exército, que abordou temas como descontaminação de pessoal, viaturas e equipamentos, auto descontaminação, descontaminação de grupos populacionais especiais e descontaminação em massa. No caso das Forças Armadas, participam militares que irão compor as diferentes estruturas que serão ativadas, durante os Jogos Olímpicos, no ambiente de enfrentamento ao terror, como o Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo (CCPCT) e os Centros de Controle Tático Integrado (CCTIs). O assessor de DQBRN do Ministério da Defesa, coronel Chamon Malizia De Lamare, explica que o curso é mais um momento de capacitação e treinamento, não só para as Forças Armadas, mas também para diversas outras instituições envolvidas na segurança das Olimpíadas, propiciando oportunidade para o exercício da coordenação interagência. “A expertise das Forças Armadas norteamericanas será bastante útil para a troca de experiências e para o aperfeiçoamento do adestramento e da capacitação do nosso pessoal”, afirmou. “É isso o que buscamos: ampliar nosso conhecimento para adequar as nossas tropas para quaisquer adversidades. No mundo, as histórias de incidentes com esse tipo de agentes é bastante vasta”, complementou. Confira, abaixo, entrevista realizada pelo Portal do Ministério da Defesa com o coronel De Lamare. Portal MD: Qual a importância de um País que vai sediar um grande evento ter o domínio sobre esse tipo de conhecimento? Coronel De Lamare: Para as Forças Armadas, há um adestramento voltado para essa especificidade, para essa expertise. E especificamente, agora, para os Jogos Olímpicos, nós estamos intensificando essas ações de capacitação. Existe uma percepção no mundo de que esse tipo de ameaça está mais forte? O Brasil, felizmente, não é palco desse tipo de ações, mas as Olimpíadas são um momento diferenciado. Não podemos passar um minuto sequer descuidando da preparação necessária. Então, como há a presença de vários chefes de Estado, delegações, atletas, muitos países, precisamos manter esta preparação constantemente, embora elementos de inteligência não tenham assinalado ameaças concretas nesse sentido. Como se lida na prática com esse tipo de ameaça? Existem procedimentos para identificação do agente que foi usado, seja ele químico, biológico, radiológico ou nuclear, e a parte de descontaminação. Existem elementos especializados de todas as três Forças, preparados em cursos ministrados em escolas específicas das Forças Armadas. Dentro desses cursos, eles aprendem técnicas e o uso dos equipamentos que detectam esses agentes. No período dos Jogos, estaremos com esses equipamentos prontos a serem utilizados nas instalações de competição, realizando varreduras, promovendo detecção e monitoramento do ambiente, buscando identificar a existência de algum agente. Se isso for confirmado, também existe a parte técnica para a descontaminação. Isso depende do tipo de agente, da quantidade que foi empregada, do número de pessoas afetadas. Há toda uma técnica em cima disso, mas é importante que se destaque que nós não vislumbramos uma ameaça concreta nesse sentido. Estamos nos preparando para qualquer tipo de situação, assegurando um ambiente tranquilo e seguro para a realização dos Jogos. Como serão feitas as varreduras? As equipes são dividas em turmas, cada uma com a sua especialidade. Existe um grupo específico para esse tipo de varredura, que nós chamamos de reconhecimento DQBRN. Em ações preventivas, nós atuamos com esse pessoal e com esses equipamentos - os detectores, procedendo às varreduras nos diversos ambientes onde pode haver qualquer problema. Buscaremos cobrir todas as instalações de competições, a fim de que possamos nos precaver. Se houver algum tipo de incidente, como é feito o processo de descontaminação? Existem instalações chamadas postos de descontaminação. Esses postos serão alocados junto às diferentes as cidades do futebol e também no Rio de Janeiro. Caso ocorra qualquer incidente, há o desdobramento desse posto, com tendas especiais, onde há equipamentos apropriados para, ao ser identificada a contaminação, as pessoas serem submetidas a essa “limpeza”, realizada com produtos especiais, já adquiridos pelas Forças brasileiras. Qual o caso mais recente em que o Brasil atuou em DQBRN? Tivemos dois casos de suspeição de ebola, que não foram confirmados, mas que serviram para que usássemos os protocolos que existem entre as Forças Armadas e o Ministério da Saúde. Então, houve uma atuação em que todas as medidas foram tomadas de forma adequada e minuciosa, a fim de que se pudesse preservar, não apenas o paciente com suspeita, mas também o nosso pessoal envolvido, sendo que atuamos em conjunto com o pessoal da Saúde e o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Foi mais uma oportunidade de adestramento e de experimentação dos protocolos e procedimentos que nós usamos, que poderão ser úteis por ocasião das Olimpíadas. Vale lembrar que, graças a essa experiência do Brasil, durante a visita do papa ao Paraguai ano passado, foi pedido o apoio do país vizinho para que as nossas Forças, pelas suas capacitações, pela sua expertise e pelo seu adestramento, se deslocasse ao Paraguai para promover, também naquele país, ações como essas de reconhecimento e identificação, para preservar a figura do santo pontífice na eventualidade de um incidente qualquer. Fonte: Ministério da Defesa Data da publicação: 10 de março Link: http://www.defesa.gov.br/noticias/18823-rio-2016-exercicio-vai-simular-acoes-dedefesa-quimica-biologica-radiologica-e-nuclear PSV ‘Bram Buck’ Lançado ao mar pelo Estaleiro Navship o mais novo navio brasileiro* Em cerimônia realizada pelo Estaleiro Navship Ltda., em Navegantes/SC, foi realizado o lançamento lateral do PSV (Platform Supply Vessel) nacional “Bram Buck” (IMO 9763770, casco nr.136, 5.051 dwt. A embarcação foi encomendada pelo armador Bram Offshore Transportes Maritimos Ltda., Macaé/RJ (Edison Chouest Offshore LLC, Cut Off/LA, EUA), O batimento de sua quilha foi em 24/01/2014, quando foi iniciada sua construção. PSV’s são embarcações com função primaria o suporte e fornecimento a plataformas de prospecção de petróleo e apoio a operações offshore Fonte: Poder Naval Data da publicação: 11 de março Link: http://www.naval.com.br/blog/2016/03/11/psv-bram-buck-lancado-ao-mar-pelo- estaleiro-navship-o-mais-novo-navio-brasileiro/ Líder da Coreia do Norte ordenou mais testes nucleares, diz agência* SEUL (Reuters) - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, assistiu ao teste de lançamento de um míssil balístico e ordenou que o país aperfeiçoe sua capacidade de realizar ataques nucleares conduzindo mais testes, relatou a agência estatal de notícias KCNA nesta sexta-feira. A reportagem não informou quando o teste ocorreu, mas provavelmente se referia ao lançamento de dois mísseis de curto alcance na quinta-feira, que voaram 500 quilômetros e caíram no mar. "O prezado camarada Kim Jong Un disse que o trabalho... deve ser reforçado para aprimorar a capacidade de realizar ataques nucleares e emitiu tarefas de combate para que continuem os testes de explosões nucleares, para avaliar o poder das ogivas nucleares recém-desenvolvidas, e os testes para aprimorar a capacidade de realizar ataques nucleares", disse a KCNA. No começo da semana, a mídia estatal citou comentários do líder norte-coreano segundo os quais sua nação miniaturizou ogivas nucleares para montá-las em mísseis balísticos. As tensões na península coreana aumentaram dramaticamente depois que o isolado país comunista levou a cabo seu quarto teste nuclear em janeiro e disparou um foguete de longo alcance no mês passado, levando o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a adotar uma resolução pedindo novas sanções. Realizar mais testes nucleares seria uma violação clara das sanções da ONU, que também proíbem testes de mísseis balísticos, embora Pyongyang as tenha rejeitado. A Coreia do Norte tem um grande arsenal de mísseis de curto alcance e está desenvolvendo mísseis balísticos intercontinentais de longo alcance (ICBMs, na sigla em inglês). Jeong Joon-hee, porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul, afirmou que "é simplesmente um comportamento imprudente e irrefletido de alguém que não faz ideia de como o mundo funciona" quando indagado sobre os comentários de Kim. Na China, o apoiador econômico e diplomático mais importante da Coreia do Norte, o Diário do Povo, principal jornal do país, exortou todos os lados a serem "pacientes e corajosos", mostrar boa vontade e retomar as conversas de paz. A Coreia do Sul disse não acreditar que seu vizinho do norte teve sucesso em miniaturizar uma ogiva nuclear ou em acionar um míssil balístico intercontinental funcional. Fonte: Reuters Data da publicação: 11 de março Link: http://br.reuters.com/article/topNews/idBRKCN0WD17V China alerta para Península da Coreia* situação "explosiva" na Após manobras militares da Coreia do Sul e dos EUA e das ameaças nucleares norte-coreanas, ministro chinês do Exterior pede cautela a todas as partes e condena "fé cega" nas sanções internacionais. O ministro do Exterior da China, Wang Yi, alertou nesta terça-feira (08/03) para uma situação "explosiva" após o início das manobras militares conjuntas entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos e as ameaças de ataque nuclear feitas pela Coreia do Norte. Ele pediu cautela a todas as partes. "Se as tensões saírem do controle, será um desastre para todos", alertou o ministro durante a assembleia do Congresso Popular da China em Pequim, ressaltando que seu país não reagirá passivamente a um possível aumento das perturbações na estabilidade da Península da Coreia. Wang Yi ressaltou que todas as partes devem evitar o agravamento da situação. Ele evocou as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU à Coreia do Norte, após o mais recente teste de mísseis realizados pelo país, mas disse que seria irresponsável ter "fé cega" nas pressões internacionais sobre Pyongyang. O ministro também lembrou que o Conselho de Segurança defende a retomada das negociações para o acordo entre seis partes, que envolve as duas Coreias, China, Estados Unidos, Rússia e Japão, congeladas desde 2009. Wang Yi adotou uma postura mais rígida sobre a questão da disputa pelas ilhas no Mar da China Meridional, por onde passa uma das mais movimentadas rotas do comércio marítimo de petróleo e matérias-primas do mundo. As ilhas, afirmou o ministro, são parte integral do território chinês e devem ser defendidas por todos os cidadãos. Numa referência aos Estados Unidos, Wang Yi disse que as reivindicações de liberdade de navegação na área, feitas por uma outra nação, não dão a essa nação o direito de fazer o que bem quiser na região. A Marinha dos Estados Unidos fez travessias na área para ressaltar a liberdade de navegação. O ministro chinês observou que as relações entre Pequim e Washington são permeadas por "cooperação e tensões", e que talvez este seja o "estado de normalidade" entre as duas nações. Novas sanções sul-coreanas A Coreia do Sul anunciou nesta terça-feira novas sanções unilaterais à Coreia do Norte, afetando 40 indivíduos e 30 organizações no país vizinho e em outras nações. Além disso, navios que, nos 180 dias anteriores, tiverem passado por portos norte-coreanos não serão autorizados a atracar em portos sul-coreanos. O Serviço de Inteligência Nacional em Seul acusou Pyongyang de realizar nas últimas semanas ataques cibernéticos a telefones celulares de dezenas de autoridades no país e de roubar mensagens pessoais de texto e de voz contidas nos aparelhos. Fonte: DW Data da publicação: 11 de março Link: http://www.dw.com/pt/china-alerta-para-situa%C3%A7%C3%A3o-explosiva-na- pen%C3%ADnsula-da-coreia/a-19101259 * Não mencionado o autor