Carolina Moreira da Costa

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Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Pró-Reitoria
de Pós-Graduação
e Pesquisa
Latu Sensu
em Terapia Intensiva
Latu
Sensude
emConclusão
Terapia Intensiva
Trabalho
de Curso
Trabalho de Conclusão de Curso
PNEUMONIA ASPIRATIVA: RECURSOS
FISIOTERAPÊUTICOS MANUAIS UTILIZADOS PARA
DESOBSTRUÇÃO
BRÔNQUICA
PNEUMONIA ASPIRATIVA:
RECURSOS
FISIOTERAPÊUTICOS
MANUAIS UTILIZADOS PARA DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA
Autora: Carolina Moreira da Costa
Autor: Carolina Moreira da Costa
Orientador: Vinícius Maldaner
Orientador: Msc. Vinícius Zacarias Maldaner da Silva
Brasília-DF
2011
Brasília - DF
2011
CAROLINA MOREIRA DA COSTA
PNEUMONIA ASPIRATIVA: RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS MANUAIS
UTILIZADOS PARA DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA
Artigo apresentado ao curso de Pós-Graduação
em Terapia Intensiva da Universidade Católica de
Brasília, como requisito parcial para obtenção do
título de Especialista em Terapia Intensiva.
Orientador: Professor Msc. Vinícius Zacarias
Maldaner da Silva.
Brasília
2011
2
PNEUMONIA ASPIRATIVA: RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS MANUAIS
UTILIZADOS PARA DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA
CAROLINA MOREIRA DA COSTA
Resumo:
As Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) surgiram no Brasil na década de 70 com a
finalidade de manter cuidados intensivos, monitoração das funções vitais do paciente,
permitindo correção de quaisquer alterações. Uma das complicações mais temidas são as
pneumonias aspirativas, que é a inalação, pelas vias aéreas superiores, de material que irá se
instalar abaixo das cordas vocais. A fisioterapia respiratória atua na prevenção e no
tratamento através da desobstrução brônquica podendo utilizar recursos manuais como
compressão/descompressão, percussão, vibrocompressão, vibração, tosse induzida e
aceleração do fluxo expiratório. Esta revisão tem como objetivo expor as manobras de
fisioterapia respiratória, cuja aplicação pode preservar a oxigenação e a ventilação pulmonar,
favorecendo a recuperação do paciente. A metodologia utilizada foi uma revisão não
sistemática em sites como: Scielo, Lilacs, Medline, periódicos e literaturas. Foram
encontradas 33 referências sendo 28 utilizadas. Observa-se que as técnicas manuais são
amplamente utilizadas, sendo na maioria das vezes, de forma associada entre elas ou a outros
recursos como a drenagem postural. Seus efeitos e aplicabilidade ainda necessitam de mais
estudos baseados em evidências para definir um melhor protocolo.
Palavras Chave: pneumonia
fisioterapêuticos manuais.
aspirativa,
unidades
de
terapia
intensiva,
recursos
Aspiration Pneumonia: Manual Physioterapy Resources Utilized for Bronchial
Clearing.
Abstract:
The Units of Intensive Therapy arose in Brazil during the 70’s with the purpose of
maintaining intensive care, the monitoring of the patient’s vital functions, permitting
correction of any alterations. One of the most feared complications is respiratory pneumonia,
by the inhalation, through the upper air paths, from the material that will be installed below
the vocal chords. The respiratory physiotherapy acts in the prevention and in the handling
through the bronchial clearing being able to utilize manual resources as
compression/decompression, percussion, vibrocompression, vibration, induced coughing and
acceleration of the respiratory flux. This revision has the objective of exposing the maneuvers
of respiratory physiotherapy, whose application can preserve the oxygenation and the
pulmonary ventilation, favoring the recovery of the patient. The methodology utilized was a
revision which is not systematic in sites like: Scielo, Lilacs, Medline, periodic and literatures.
33 references were found, and 28 were utilized. It can be noted that the manual techniques
are broadly utilized, being usually, of form associated between them or to others resources as
the drainage postural. It’s effects and applicability still need more studies based in evidences
to define a better protocol.
Keywords: respiratory pneumonia, units of intensive therapy, physical therapy resource
manual.
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INTRODUÇÃO
As Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) surgiram a partir da década de 50 devido
aos casos de poliomielite em Copenhagem – Dinamarca, fazendo inúmeras vítimas e
desafiando os cientistas mais importantes do mundo no combate à doença, a qual necessitava
de um tratamento com equipamentos especiais, que não poderiam ser colocados nas
enfermarias e precisavam funcionar 24 horas. (COSTA, 2003)
No Brasil, as UTI’s iniciaram-se na década de 70, com a finalidade de manter e
desenvolver a equipe multidisciplinar especializada, proporcionando cuidados intensivos,
monitorização das funções vitais do paciente, permitindo correção de quaisquer alterações. O
diagnóstico precoce é de suma importância, pois possibilita chances de recuperação, reduz
disfunção orgânica e tempo de internação. (GAMBAROTO, 2006)
A ventilação, espontânea ou artificial, tem como objetivo prover ventilação alveolar
capaz de permitir trocas gasosas compatíveis com as necessidades metabólicas e manter
volumes e características mecânicas pulmonares. A ventilação mecânica é um método de
suporte para o paciente durante uma enfermidade aguda, não constituindo uma terapia
curativa, que necessite de terapia de substituição do sistema respiratório. (COSTA, 2003)
Este suporte mecânico tem como indicações: hipoventilação pulmonar, oxigenação
inadequada, redução da capacidade de musculatura respiratória em manter trabalho
respiratório e aumento da demanda respiratória devido a condições pulmonares e
extrapulmonares. Ela também é direcionada como forma profilática, em cirurgias de grande
porte, insuficiências respiratórias (IRpA), paradas cardio-respiratória (PCR), estados de
choque, entre outras. (GONÇALVES, 2000) Clinicamente, a incapacidade de manter
oxigenação satisfatória (PaO2>60mmHg), ventilação alveolar adequada (PaCO2<50mmHg) e
pH aceitável (>7,25) com trabalho respiratório também aceitável (FR<35ipm) é indicação de
algum suporte ventilatório artificial.
Uma das complicações mais temidas em pacientes internados nas UTI’s são as
pneumonias aspirativas (MARIK, 2001), principalmente quando o doente não consegue
respirar espontaneamente. Freqüentemente, usa-se a ventilação artificial, a oxigenação
complementar e os tubos para drenagem, com o objetivo de otimizar o estado hemodinâmico
do paciente. Nesse contexto, devido à retenção de secreções traqueobrônquicas decorrentes da
intubação endotraqueal e da imobilidade no leito, a fisioterapia respiratória (FR) constitui uma
conduta importante para a recuperação ventilatória.
A aspiração é definida como a inalação, pelas vias aéreas inferiores, de material que
irá se instalar abaixo das cordas vocais (MCCLAVE AS, 2002). O material pode ser
constituído por secreções orofaríngeas, saliva, alimentos, líquidos, conteúdos gástricos,
substâncias tóxicas ou bactérias (ZALOGA GP, 2002). Segundo Mahul et al.(1992), cerca de
20% dos pacientes intubados por mais de três dias apresentam diagnóstico de pneumonia
associada à aspiração de resíduos. A pneumonia aspirativa, portanto, é um processo infeccioso
causado pela inalação de secreções orofaríngeas potencialmente contaminadas por
microorganismos patogênicos, tais como as bactérias que colonizam a superfície da mucosa
da cavidade orofaríngea, a inalação, portanto, constituindo o mecanismo primário pelo qual as
bactérias entram nos pulmões (MARIK, 2001; ZALOGA GP, 2002). A pneumonia é
assintomática no caso de microaspirações, ou seja, quando o pequeno volume de material
aspirado não é detectado clinicamente.
A “exata quantidade de material aspirado para caracterizar microaspiração não é
definida, porém, a quantidade usualmente é menor do que um mL”(ZALOGA, 2002). De
acordo com McClave et al. (2002) e Zaloga (2002) a pneumonia é sintomática quando o
material aspirado for detectável por ser de maior volume, no caso, devido à chamada
macroaspiração. Esta é detectada na observação de dados clínicos, caracterizados pela
presença de sinais como: febre, leucocitose, mudança na produção de secreção (expectoração
4
de secreção purulenta) e hipoxemia. No exame radiológico, caracteriza-se pela presença de
infiltrado em parênquima pulmonar.
A pneumonia aspirativa pode ser considerada pneumonia nosocomial (PN) quando se
desenvolve após 72 horas da admissão no hospital, sendo que, nesses casos, geralmente são
polimicrobiais. A PN é causada freqüentemente por microorganismos entéricos gramnegativos, podendo também ser causada por microorganismos gram-positivos (MARIK,
1999).
Acredita-se que o circuito do ventilador possa favorecer a aderência bacteriana e
comprometer os mecanismos de defesa das vias aéreas. Com isso, ocorre rápida colonização
da orofaringe pelo aerossol contaminado, gerado pela inalação através do equipamento de
terapia-inalação, causando a pneumonia associada ao ventilador. (YOKOTA, 2004)
A aspiração é a principal causa de pneumonia em UTI e contribui significativamente
para a morbi-mortalidade de pacientes criticamente doentes (MARIK, 2001; MCCLAVE SA
et al, 2002). O trabalho interdisciplinar com a equipe de enfermagem, junto ao paciente, pode
resultar no melhor atendimento às necessidades deste, otimizado as ações desenvolvidas à
beira do leito, prevenindo complicações e, conseqüentemente, diminuindo custos para o
sistema de saúde.
Frente ao exposto é que se verifica a necessidade da FR, visando a recuperação
funcional e respiratória do paciente o mais breve possível. As manobras de fisioterapia,
agregadas aos cuidados que se prestam aos doentes sedados e acamados, serão usadas para
facilitar a desobstrução das vias respiratórias e a nova expansão pulmonar, com o objetivo de
prevenir complicações nos pacientes sob este risco. A intervenção da FR favorece também a
respiração profunda e uma eficiente troca gasosa, diminuindo a quantidade de secreção e
facilitando a higienização dos brônquios. Sendo estes importantes condutores para a
aspiração, o acúmulo de secreção pode resultar em foco de contaminação pulmonar.
Considerando a instalação da pneumonia nosocomial cabe ao fisioterapeuta participar
de todo o processo de higiene brônquica que visa a melhora da mecânica respiratória
aumentando a complacência pulmonar dinâmica e diminuição da resistência do sistema
respiratório, através do conhecimento e domínio das principais técnicas manuais utilizadas
(ROSA et al., 2007).
Segundo Bruneto; Paulin (2002), as manobras de higiene brônquica são: percussão,
vibração, vibrocompressão e variantes de tosse, as mesmas podem estar associadas ou não à
drenagem postural, que serão descritas a seguir.
Segundo Avena et al., (2008) compressão/descompressão é uma técnica que durante a
fase expiratória comprime a parede do tórax e descomprime na fase inspiratória facilitando a
mobilização de secreção das vias aéreas periféricas para as áreas centrais, podendo ser
chamada de compressão torácica manual ou tosse manualmente assistida, pois, o aumento da
força de compressão na expiração aumenta a velocidade do ar expirado e é útil na mobilização
das secreções para a traquéia sendo removidas através da tosse induzida ou aspiração. As
mãos são posicionadas bilateralmente sobre o terço inferior do tórax ou unilateralmente com
as mãos sobre o terço médio e inferior do tórax ou simultaneamente sobre o tórax e abdome,
com uma das mãos ventralmente sobre o esterno e a outra na região do abdome.
A tosse induzida é uma manobra que estimula o reflexo de tosse quando se estimula
mecanicamente os receptores laríngeos comprimindo a região abaixo da traquéia ou acima da
fúrcula esternal, sendo utilizada quando a tosse voluntária está abolida ou em pacientes não
cooperativos (SARMENTO, 2005).
Vibração é uma técnica que consiste em exercer uma pressão sobre a parede do tórax
com movimentos oscilatórios rápidos ritmados de pequena amplitude caracterizados por
contração isométrica repetidas de grupos musculares de membros superiores. As vibrações
partem dos ombros e membros superiores do terapeuta. O posicionamento dos dedos é feito
5
de forma que fique alinhado com os arcos costais seguindo a anatomia das costelas sendo
aplicada a força em toda a mão na fase expiratória (YOKOTA; GODOY; CERIBELLI, 2006).
A vibrocompressão é uma técnica que consiste na associação das manobras de
vibração e de compressão torácicas. Consiste na compressão da parede torácica, no sentido
anatômico dos arcos costais, com os dedos colocados entre os mesmos, sendo a força
compressiva distribuída igualmente entre os dedos e a palma das mãos. É aplicada na fase
expiratória do ciclo respiratório, de forma constante, lenta e moderada, permitindo um melhor
esvaziamento pulmonar, facilitando a mobilização de secreções das vias aéreas centrais e
inferiores e a ventilação pulmonar (SOARES; VELOSO; FIGUEIREDO, 2000)
A manobra de percussão é aplicada com os cotovelos do fisioterapeuta parcialmente
fletidos, as mãos em forma de concha com o punho ou com os dedos nos lados ventral, lateral
e dorsal do tórax de forma ritmada com mesma força alternando-se as mãos que tocam o
tórax, podendo ser de forma direta na qual o tórax recebe o contato da região hipotenar das
mãos do fisioterapeuta com os dedos fletidos em movimentos sequenciais de desvio
radioulnar ou indireta sendo o movimento realizado sobre a outra mão do fisioterapeuta
espalmada sobre o tórax promovendo a mobilização de secreção por meio de seu
estremecimento em varias posições de drenagem do paciente (SARMENTO, 2005; LAMARI
et al., 2006; BRUNETTO; PAULIN, 2002).
A aceleração do fluxo expiratório consiste em deprimir o gradil costal do paciente,
além daquele que ele consegue realizar na fase expiratória. Pode ser feita com o paciente em
decúbito dorsal onde o fisioterapeuta posiciona as mãos ou apenas uma das mãos sobre a
região paraesternal do paciente acompanhando o movimento torácico. A pressão na fase
expiratória prolonga essa fase devido à pressão no sentido craniocaudal. Essa técnica pode ser
realizada também em decúbito lateral com a pressão no mesmo sentido com uma das mãos
sendo a outra mão usada para fixar a região torácica posterior. As mãos devem estar abertas,
dedos aduzidos, punhos e cotovelos fixos. Sendo a pressão proveniente do ombro e tendo
como objetivo estimular a tosse para higienização brônquica (COSTA, 2004; IRWIN;
TECKLIN, 2003).
O presente estudo tem como objetivo identificar os principais recursos
fisioterapêuticos manuais que podem ser utilizados para desobstrução brônquica em pacientes
com pneumonia aspirativa, para, então, definir o melhor protocolo.
MATERIAIS E MÉTODOS:
A metodologia aplicada na realização deste trabalho foi uma revisão bibliográfica não
sistemática, baseada em pesquisa de livros e periódicos das bibliotecas da Universidade de
Brasília (UnB) e Universidade Católica de Brasília (UCB). Também foram pesquisados
artigos em base de dados do Ministério da Saúde, Bireme (Lilacs e Medline) e Pubmed. Para
a pesquisa dos artigos foram utilizadas as seguintes palavras-chave: Pneumonia, Fisioterapia
respiratória, Manobras e Pneumonia Nosocomial. Foram encontradas 28 referências em
língua portuguesa e inglesa, no período de 2000 a 2011 visando um amplo estudo sobre as
manobras de desobstrução como tratamento da pneumonia aspirativa. Além disto, foram
utilizados alguns artigos e livros de outros anos por serem de extrema relevância para a
pesquisa e serem citados por outros autores.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A maioria dos estudos compara isoladamente as técnicas e a combinação entre elas.
ROSA et al.(2007), avaliou os efeitos da fisioterapia respiratória e aspiração traqueal com
intervalo de 24hs de um protocolo para o outro, utilizando como técnica
6
compressão/descompressão torácica para auxiliar na higiene brônquica em pacientes sob
VMI, observou-se que a complacência pulmonar, volume corrente e volume minuto não
alteraram de forma significativa em nenhum dos protocolos.
Ao estudar os efeitos da compressão/descompressão torácica versus a manobra de
Pressão Expiratória Final Positiva - Pressão Expiratória Final Zero (PEEP-ZEEP) na
complacência pulmonar de pacientes em VMI, verificaram que essa não se difere entre
aplicação de trinta minutos em ambas as técnicas sendo a saturação periférica de oxigênio
favorável no grupo que recebeu compressão/descompressão (SANTOS et al.,2009).
Ao comparar aspiração endotraqueal com e sem associação da compressão torácica
por 5 minutos, JERRE et al.(2007), evidenciou que no grupo que utilizou a manobra houve
maior quantidade de secreção eliminada em relação ao grupo que recebeu apenas a aspiração.
Em uma revisão de literatura sobre os efeitos da drenagem postural, realizada por
IKEA et al. (2006), verifica-se que é uma técnica usada para promover deslocamento do muco
brônquico, mas sua efetividade de forma isolada não é muito abordada sendo mais investigada
de forma combinada com outras técnicas de desobstrução brônquica. O que indica a
necessidade de novas pesquisas.
Ao verificar a eficácia da drenagem postural e da percussão na higiene brônquica, seus
efeitos e associação a outras técnicas observam-se que vários estudos indicam que ambas as
técnicas são eficazes sendo comprovadas por meio de aumento da velocidade do muco
transportado, das trocas gasosas e melhora da função pulmonar, porém a pressão expiratória
positiva tem melhora significativa em comparação com essas técnicas (LAMARI et al., 2006).
A percussão associada a drenagem postural facilita a mobilização da secreção para as
vias aéreas de maior calibre e mais proximais reduzindo tempo de tratamento por aumentar os
efeitos gravitacionais da drenagem postural (GAMBAROTO, 2006).
Ao comparar a fisioterapia convencional como percussão, vibração e drenagem
postural com o uso do Flutter em pacientes hipersecretores tendo como base a quantidade de
secreção expectorada, observa-se que ambos são igualmente eficazes tendo diferentes
indicações de acordo com o grau de independência do paciente (ROMEIRO et al., 2006).
Em relação à Drenagem postural, vibração e percussão; estudos clínicos apresentam
dados inconclusivos com metodologias distintas de aplicação e população variável quando
observados seus efeitos fisiológicos em aplicação isolada de cada manobra (JERRE et al.,
2007).
Segundo Stiller (2000), as técnicas mais usadas na UTI são percussão, vibração e
estímulo a tosse, geralmente usada de forma combinada. Podendo ser usadas de forma isolada
quando tem indicação específica, entretanto que não reduz a incidência de pneumonia
nosocomial havendo pouca evidência da efetividade das técnicas de forma individual.
Devido à escassez de estudos é difícil afirmar a eficácia da Percussão e da Vibração
pelo fato das técnicas serem usadas geralmente como parte do tratamento e não isoladamente
(SCANLAN; WILKINS; STOLLER, 2000).
CONCLUSÃO
Observa-se que as técnicas manuais como compressão/descompressão, percussão,
vibrocompressão, vibração, tosse induzida e aceleração do fluxo expiratório são amplamente
utilizadas em pacientes com pneumonia aspirativa, sendo na maioria das vezes, de forma
associada entre elas ou a outros recursos como a drenagem postural. Seus efeitos e
aplicabilidade ainda necessitam de mais estudos baseados em evidência para que de acordo
com a necessidade de cada paciente possa definir um melhor protocolo.
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