AVALIAÇÃO DA GENOTOXICIDADE DO SULFATO DE COBRE NO

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XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia
25 a 28 de setembro de 2012
Porto de Galinhas – PE
AVALIAÇÃO DA GENOTOXICIDADE DO SULFATO DE COBRE NO BIOINDICADOR
Ctenopharyngodon idella (CYPRINIDAE)
Emanuele C. Pesenti1; Antonio E. M. L. Marques1; Marta M. Cestari1
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[email protected] (Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
Paraná)
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[email protected] (Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
Paraná)
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[email protected] (Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná)
A introdução do cobre em ambientes aquáticos, principalmente em água doce, deve-se a contaminação por
pesticidas e fertilizantes utilizados em terrenos agrícolas e à aplicação de compostos de cobre como
algicidas, diretamente nos corpos de água. O cobre é um metal de transição essencial para a manutenção de
vários processos biológicos. Contudo, também participa de reações oxidativas que promovem a liberação de
radicais livres, podendo prejudicar a integridade e a função celular dos organismos. O conhecimento da
especiação química de metais é um aspecto determinante na avaliação de seu verdadeiro impacto ambiental,
tendo em vista que a disponibilidade é geralmente pequena para as concentrações totais de metais em água.
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos genotóxico e citotóxico do sulfato de cobre em
Ctenopharyngodon idella (carpa-capim) exposto a concentração de 0,013 mg/L de cobre ao longo de 168
horas, com amostragens a cada 24 horas e a dois períodos de descontaminação, 15 e 30 dias. As técnicas
empregadas foram o ensaio cometa com eritrócitos e células do fígado e o teste do micronúcleo písceo
(MNP) em eritrócitos. Os resultados demonstraram que os dois tecidos foram sensíveis a exposição ao cobre,
considerando que tanto o ensaio cometa com eritrócitos quanto com células do fígado foi capaz de evidenciar
danos ao DNA, quando comparados ao controle negativo e entre os grupos nos diferentes tempos de
exposição. O teste do MNP revelou diferenças apenas na alteração nuclear do tipo notched, mas não na
frequência de MNP. O potencial citotóxico do cobre foi demonstrado pela diminuição nas frequências de
eritrócitos imaturos circulantes. As células do tecido hepático demonstraram menos danos no DNA, em
comparação ao controle, depois de 48 horas de tratamento. Logo, pode-se inferir a atuação do mecanismo de
reparo no fígado destes animais. Na comparação da resposta de cada tecido à exposição, o sangue apresentou
mais danos, mostrando ser de resposta mais rápida por possivelmente ter um sistema de reparo mais lento. A
concentração de cobre lábil nos aquários, detectada por IPC-OES, diminuiu ao longo dos 7 dias de
experimento, ao passo que a quantidade de sólidos totais em suspensão aumentou. Os resultados permitem
inferir que, mesmo em níveis traço, o cobre é capaz de causar danos ao material genético de
Ctenopharyngodon idella.
Palavras-chave: ensaio cometa, micronúcleo písceo, peixe
Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
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