o cobre e seus efeitos sobre o desenvolvimento embrionário de ave

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XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia
25 a 28 de setembro de 2012
Porto de Galinhas – PE
O COBRE E SEUS EFEITOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DE AVE
Camila Stupak¹; Patrícia F. Freitas2; Renata R. Miranda3; Ciro A. O. Ribeiro3; Claudia F. O. Machado¹
¹ [email protected] (Universidade Federal do Paraná, Lab. Biologia do Desenvolvimento, Ctba, Pr)
2
[email protected] (Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, Paraná)
3
[email protected] (Universidade Federal do Paraná, Lab. de Toxicologia Celular, Ctba, Pr)
3
[email protected] (Universidade Federal do Paraná, Lab. de Toxicologia Celular, Ctba, Pr)
1
[email protected] (Universidade Federal do Paraná, Lab. Biologia do Desenvolvimento, Ctba, Pr)
Vários aspectos favorecem o uso dos embriões de aves como modelo experimental na embriotoxicologia.
Dentre eles podemos citar a facilidade de obtenção e monitoramento, o curto e bem descrito período de
desenvolvimento e sua sensibilidade aos efeitos de contaminantes. Diversas substâncias podem agir sobre os
mecanismos da embriogênese, alterando o padrão normal de desenvolvimento da espécie. O cobre é um
metal necessário para manter processos fisiológicos, porém em determinadas concentrações pode se tornar
tóxico, provocando graves distúrbios. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da exposição
ao cobre utilizando o embrião de ave como bioindicador. Ovos embrionados de Gallus gallus foram
injetados com 100µl de acetato de cobre (CuAc), nas concentrações de 50 (grupo contaminado 1) e 500 µM
(grupo contaminado 2) e 100µl de solução salina tamponada com fosfato (PBS) (grupo controle), na câmara
de ar. Em seguida, foram incubados durante 3 e 7 dias. Os embriões de 3 dias foram fixados em Carnoy,
corados com Carmalumen de Mayer e montados para análise morfológica em estereomicroscópio. Os de 7
dias foram fotografados a fresco para análise anatômica e morfométrica, e depois fixados em ALFAC e
processados para microscopia de luz. Os indivíduos expostos à maior concentração (grupo contaminado 2),
nos dois tempos de incubação, apresentaram diferença significativa (p<0,05) na taxa de mortalidade, quando
comparados com os indivíduos do grupo controle. Os embriões expostos ao CuAc, em ambas as
concentrações, apresentaram alterações morfológicas, porém somente os expostos à menor concentração
(grupo contaminado 1), com 3 dias de incubação, apresentaram diferença significativa (p<0,05) na incidência
das mesmas. As malformações observadas nos embriões de 3 dias ocorreram principalmente no fechamento
da parede do corpo e na formação dos somitos. Nos de 7 dias se observou, anatomicamente, a presença de
hemorragia generalizada, parede do corpo aberta e alguns embriões apresentaram todo o corpo alterado. Na
análise histológica, foi possível constatar gastrosquise com evisceração, dobramentos irregulares das
vesículas encefálicas e da medula espinhal. Quanto à análise morfométrica, houve diferença significativa
entre as médias do grupo controle (p<0,05) e dos grupos contaminados I e II. No entanto, comparando-se a
morfometria entre os grupos contaminados, esta diferença não foi significativa (p>0,05). Pode-se concluir
que o embrião de ave constitui um excelente modelo para investigação dos efeitos de contaminantes desde os
estágios iniciais da vida dos vertebrados.
Palavras-chave: cobre, embriotoxicologia, ave
Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
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