“O EDIFÍCIO”
Retrato fiel de uma época de apogeu
enclavado na barranca branca
vi o comércio fluir pelas artérias
vi embarcações platinas britânicas
e além mar
vi a fauna
a flora
vi o homem pantaneiro
hoje veio no arquipélago do futuro
a indústria sem chaminés
lançar clarões cosmogônicos
e o silêncio do giz
registra a História nova
que se está fazendo em Corumbá!
Meu vulto esguio
Naufraga na rotina dos dias
Retrato nítido de uma fase
Cujas palavras
Provisórias do poente
se gravaram em Edifício!